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O consumo de álcool está relacionado a diversos fatores. Segundo um estudo


realizado por alunos de enfermagem e publicada na Revista de Saúde e
Ciências Biológicas, o consumo de álcool está associado a diversosfatores de
risco, independentemente daclasse, idade ou sexo. Família, redes sociaise
publicidadesão três dos muitosfatores que podem influenciar o consumo de
bebidas alcoólicas.
ALCOOLISMO: INFLUÊNCIAS NEGATIVAS AO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

GOUVEIA, Sônia Mariê Lohrana da Silva¹


MOREIRA, Nathália Leite²
THOMPSON, Vânia Vailant³
INTRODUÇÃO

O alcoolismo é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas em todo o


mundo, e está associado a uma série de problemas de saúde física e mental.

Tendo como base um estudo realizado pela Dra. Delma Neves Pessanha, no ano de
2003 acerca do consumo de bebidas alcoólicas e as prescrições sociais, pode-se
ressaltar que o conhecimento por trás deste assunto é de suma importância, visto
que é considerada como um hábito social que é passado entre gerações, tendo
ocupado uma posição de destaque entre a sociedade, de forma a ter se tornado
costume sociocultural hegemônico. Como cita a Dra;

Em decorrência, a teoria da gênese cultural do alcoolismo


tornou-se rapidamente reconhecida. O beber moderado e o
beber responsável se elevaram, assim, ao status de ideais
culturais; a abstinência passou a ser considerada um sectarismo
peculiar; o abuso foi confinado sob o termo alcoolismo. (NEVES,
Delma Pessanha)

¹Graduanda do Curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo-ES – lohranaferreira@outlook.com


² Graduando do Curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo-ES – nathalialmoreira@hotmail.com
³ Graduando do Curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo-ES – vaniavthompson@gmail.com
Professor orientador. Titulação. Centro Universitário São Camilo-ES – e-mail@email.com.
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Segundo Gilberta Acselrad, Mestra em educação pelo IESAE/FGV (2014), os


“Usos e costumes se modificaram ao longo do tempo, mas as substâncias
psicoativas continuam fazendo parte da vida dos povos, em todos os países e em
todos os tempos. A aceitação cultural do uso foi sendo construída ao longo dos
séculos”. Em vista disso, o álcool foi sendo incluso em situações cotidianas sociais
que envolvem interações interpessoais e consequentemente, a superioridade do ato
de beber bebidas alcoólicas e o nascimento de um ciclo interminável acerca do
costume social de beber álcool.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o alcoolismo é


uma doença que se destaca pelo uso compulsivo do álcool, e desde 1967 é tida
como doença crônica e como um problema de saúde pública. Conforme as normas
da Associação Psiquiátrica Americana, em 1994 houve a conceitualização da
dependência química como a necessidade excessiva e compulsiva de ter e utilizar
alguma substancia. A partir destes mesmos dados da Organização Mundial da
Saúde, realizou-se um levantamento de informações que mostram que o uso
abusivo do álcool é responsável por 2,8 milhões de mortes por ano no mundo, sendo
100 mil delas só no Brasil, informações estas recentes do ano de 2022.

Apesar das consequências negativas sociais e ocupacionais serem um grande


problema de cunho social que atinge todos os níveis de classes sociais e que causa
danos irreversíveis ao organismo do indivíduo que o usa, continua sendo
considerado uma droga lícita, o que reforça o uso continuo da substancia pela
maioria das pessoas, que buscam nessa bebida a desinibição seguida da função
mediadora da sociabilidade, assim, estimulando as relações interpessoais, desta
forma, o consumo de bebidas alcoólicas é sinônimo de alegria, lazer e relaxamento.
(Pádua, 2010)

Contudo, os males consequentes do uso abusivo de álcool se estendem de males


fisiológicos, a males neuropsicológicos. O consumo excessivo de álcool causa dano
cerebral por meio de mecanismos inibitórios que atuam diretamente em
neurotransmissores do sistema nervoso central (SNC), como os neurotransmissores
inibitórios ácido gama aminobutírico (GABA) e os neurotransmissores excitatórios

¹Graduanda do Curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo-ES – lohranaferreira@outlook.com


² Graduando do Curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo-ES – nathalialmoreira@hotmail.com
³ Graduando do Curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo-ES – vaniavthompson@gmail.com
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glutamato (GLU). alterações comportamentais e cognitivas no SNC causam déficits


de memória, linguagem, atenção, aprendizado, habilidades visuoespaciais, funções
executivas, habilidades motoras e sociais. (COUTINHO, J. do N., QUEVEDO, M. O.,
FONSECA, R. P; 2022)

Em vista disso, se torna claro que discutir o alcoolismo é uma pauta altamente
significativa. Os inúmeros danos provocados pelo álcool são todos de extrema
importância para estudo, no entanto, neste trabalho o objetivo central será a respeito
dos efeitos negativos do álcool ao Sistema Nervoso Central.

METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de cunho qualitativo, composta a partir de


estudos, livros e registros disponíveis, havendo o levantamento de dados e
referencias, desta maneira, abrangendo a análise e a interpretação na leitura de
estudos e livros, avaliando o resultado por meio destes. Utilizou-se como parâmetro
para escolha dos artigos, trabalhos relacionados ao uso compulsivo de álcool, a
dependência química, a construção social formada ao redor deste comportamento
proveniente do vicio, além, dos males que o alcoolismo causa no sistema nervoso
central. O método aplicado foi o dedutivo, tendo como objetivo confirmar a hipótese
de que o álcool causa danos cerebrais irreversíveis, assim podendo elucidar este
perigo, auxiliando o leitor a expandir o saber e priorizar a sua própria saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ACSELRAD, Gilberta. Consumo de alcool no Brasil (Org.). Série Cadernos Flacso,


nº 12. Rio de Janeiro, 2014.

COUTINHO, Jussara do Nascimento; FONSECA, Ricardo Paes;QUEVEDO, Mariana


Oliveira; SANTOS, Alcione de Oliveira. EFEITOS DANOSOS DO CONSUMO
ÁLCOOL AO SISTEMA NERVOSO CENTRAL E AO ÂMBITO SOCIAL. VI Jornada
de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho – FIMCA / Psiquiatria e
Saúde Mental. Revista FIMCA, 8(3), XI. 2022.

NEVES, Delma Pessanha. O Consumo de Bebidas Alcoólicas: Prescrições


Sociais. São Paulo, n° 55. 2003.

¹Graduanda do Curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo-ES – lohranaferreira@outlook.com


² Graduando do Curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo-ES – nathalialmoreira@hotmail.com
³ Graduando do Curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo-ES – vaniavthompson@gmail.com
Professor orientador. Titulação. Centro Universitário São Camilo-ES – e-mail@email.com.
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Organização Mundial de Saúde; Organização Pan-Americana de Saúde. Álcool.


2021. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topicos/alcool. Acesso em 21/03/2023.

PÁDUA, Aline Ferreira. Causas e consequências do consumo excessivo do


álcool. Revista Toque da Ciência, Bauru - SP, p. 1 - 1. 2010.

ALVES, Poliana dos Santos; ARAÚJO, Jeferson Santos; CUNHA, Mariana Farias da;
FREITAS, Karina de Oliveira, SILVA, Silvio Eder Dias da; VASCONCELOS, Esleane
Vilela; VASQUES, Jéssica Stephanie da Silva. Representação social de sujeitos
alcoolistas acerca da atração e da dependência do uso de álcool. Revista de
Saúde e Ciências Biológicas. V. 3, n. 2. Centro Universitário Christus. Fortaleza,
Ceará. 2016.

¹Graduanda do Curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo-ES – lohranaferreira@outlook.com


² Graduando do Curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo-ES – nathalialmoreira@hotmail.com
³ Graduando do Curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo-ES – vaniavthompson@gmail.com
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