Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo
Transtornos mentais são considerados um importante problema de saúde pública por
acarretarem sofrimento e incapacidades aos indivíduos, gerarem sobrecarga para a
família e para toda a sociedade. Universitários, em especial da área da saúde, tem sido
alvo de pesquisas por apresentarem prevalências ainda mais elevadas e ideação suicida,
e elevado grau de cinismo nas relações/baixa empatia. A literatura aponta que a
personalidade do indivíduo pode estar associada à aparição de sofrimento psíquico,
especialmente em ambiente universitário, onde o estudante se depara com atividades
que exigem maior esforço, adaptação e concentração que as atividades que costumava
exercer em outros contextos; porém, ainda não há consenso quanto a relação entre
fatores internos, relativamente estáveis dos indivíduos como a personalidade, na
presença de sofrimento psíquico e estresse em universitários. Este estudo tem como
objetivo geral investigar a prevalência de estresse e Transtornos Mentais Comuns em
estudantes universitários da área da saúde de uma universidade particular do município
de Governador Valadares/MG e fatores associados. Tem-se como objetivos específicos:
caracterizar a população estudada em relação ao perfil sociodemográfico, histórico de
saúde e acadêmico; identificar a prevalência de TMC e estresse em universitários da
área da saúde; comparar a prevalência de TMC e estresse em universitários no início e
fim do curso; identificar os traços de personalidade predominantes; identificar os traços
de personalidade associados à presença de TMC e estresse; identificar fatores de risco e
de proteção para TMC e estresse. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e
analítico com uma amostra por conveniência formada por universitários do segundo
período e do último período de conclusão dos cursos de graduação em andamento da
área da saúde. Para a coleta de dados serão utilizados questionário sociodemográfico e
histórico de saúde, o Self Repporting Questionnarie (SRQ-20), a Escala de Estresse
Percebido, o Inventário dos Cinco Grandes Fatores de Personalidade, a Escala de Modo
de Enfrentamento de Problemas e o Inventário de Empatia. A análise dos dados será
realizada utilizando-se o Software Stata 12 para análise descritiva simples, bivariada e
regressão logística. Estima-se que os resultados deste estudo servirão de base para o
planejamento de estratégias e intervenções voltadas à prevenção de impactos negativos
à saúde mental dos universitários proporcionando maior qualidade de vida durante a
formação acadêmica.
Palavras-chave: Transtorno Mental Comum, Estresse, Traços de Personalidade,
Empatia, Universitários.
2
Introdução
As pesquisas em saúde pública e discussões políticas tem priorizado, atualmente,
planejamento de ações de prevenção de doenças e promoção de saúde mental nas
populações (OMS, 2019). Os transtornos mentais, em especial, a depressão vem
acometendo mais de 350 milhões pessoas no mundo (OMS, 2017; NOBREGA et al,
2020). Sabe-se que os transtornos mentais, neurológicos e relacionados ao uso de
substâncias são responsáveis por 12% dos anos perdidos por alguma incapacidade, o
que vem aumentando os custos com cuidados em saúde e sobrecarregando o sistema
(TAUSCH et al, 2021).
Recentemente, a revista The Lancet destacou que, após o início da pandemia do
novo Coronavírus, prevalências ainda mais elevadas de transtornos mentais vem sendo
identificadas (Tausch et al, 2021), sendo o Brasil o país com maior índice de depressão
(61%) e ansiedade (41%) das Américas (CAMPOS et al, 2020). Estima-se um aumento
de 25% dos casos de ansiedade e depressão com o início da pandemia interferindo
negativamente na qualidade de vida dos indivíduos (OMS, 2019).
Segundo Andrade (2010), apesar da depressão também ocorrer na infância, a
idade média de início dos transtornos depressivos situa-se entre 20 e 40 anos. O autor
indica que é possível associar a prevalência da depressão em adultos jovens por esses
estarem em uma fase relacionada à escolha de uma profissão, busca por estabilização
financeira e afirmação no mercado de trabalho, além de comumente terem preocupações
com as relações familiares, em especial o estabelecimento e a manutenção das relações
com parceiros íntimos.
Estudantes universitários, em especial os da área da saúde, vêm sendo foco de
pesquisas em diversos países, constatando-se nessas investigações elevada prevalência
de sofrimento psíquico (GRANER, 2018). Uma das mais antigas indicações de
sofrimento psíquico em estudantes encontra-se em editorial do The Journal of American
Medical Association, em 1903 (JAMA, 2003), o qual divulgou o elevado índice de
suicídio entre médicos norte-americanos. Após esse editorial, foram realizadas
conferências em diversos países no sentido de se discutir e reconhecer a importância
desse assunto (MILAN; ROSSI; DE MARCO, 1999).
A literatura é vasta quanto à preocupação com o sofrimento psíquico de
estudantes universitários. A prevalência de Transtornos Mentais Comuns tem variado de
3
suicídio entre os universitários, tal como demonstrou Ross (1973). Estudos mais
recente, como o de Machado et al (2020), identificaram que o uso de psicotrópico
(p=0,022), tentativa de suicídio prévia (p=0,002), comportamento autolesivo não suicida
(p=0,038) e abuso de álcool (p= 0,010) associaram-se como fatores de risco para
ideação suicida em universitários atendidos no serviço de assistência de saúde estudantil
de uma Universidade Federal no estado de Minas Gerais. Estudo de metanálise
identificou que depressão (OR 6,29 CI [4.80-9.82]), Síndrome de Burnout (OR 6.29
[2.05-19.30], apresentar comorbidades (OR 5.08 [2.81-9.18], percepção elevada de
estresse (OR 3.72 [1.39-9.94] configuraram-se como fatores de risco importantes para
ideação suicida em estudantes do curso de medicina (SEO et al, 2021).
A presença de sintomas de estresse vem sendo identificada em uma parcela
significativa da população universitária (MONDARDO, 2005). Fisher (1994) investigou
o desenvolvimento do estresse no período de transição para a universidade e
correlacionou a presença do estresse acadêmico com a decorrente mudança de planos
(novas etapas), tarefas acadêmicas, dificuldades financeiras e sociais. Além das
mudanças próprias de ensino e do maior nível de exigência, os alunos se esbarram com
as incertezas naturais da escolha profissional, considerando a universidade como grande
fonte de estressores.
Segundo Selye (1965), estresse é o grau de desgaste do corpo. Desgaste que não
implica necessariamente em alteração mórbida, mas pode produzir modificações na
estrutura e composição química do organismo. A essas modificações, Selye (1965)
denominou de síndrome de adaptação geral, desenvolvida em três fases: reações de
alarme, reações de resistência, e de exaustão. De acordo com Ramos-Cerqueira (2000),
estudos buscam não apenas descrever as reações do estresse ou os eventos estressantes
aos quais os indivíduos estão expostos, mas buscam identificar como os indivíduos
lidam com ou enfrentam as situações estressantes. Esta visão trouxe significativa
mudança em pesquisas trazendo o foco também para as estratégias de enfrentamento (ou
coping). Assim, considera-se que a avaliação das estratégias utilizadas deve focalizar o
que o indivíduo pensa ou faz em contextos (adversos) específicos e, também, as
mudanças ocorridas em cada situação (RAMOS-CERQUEIRA, 2000). Estratégias de
enfrentamento ou coping são mudanças cognitivas e comportamentais que visam
administrar demandas específicas, internas e/ou externas, avaliadas pelo sujeito como
excedendo ou sobrecarregando seus recursos pessoais (Folkman & Lazarus, 1984).
5
Além da saúde mental dos estudantes universitários, uma outra variável que vem
sendo investigada, principalmente na área da saúde, são os traços de personalidade
(SUCIU; MELIT; MĂRGINEAN, 2021; AIRAGNES et al. 2021). A personalidade se
caracteriza como o que ordena os comportamentos apresentados pelo indivíduo, sua
forma de agir diante as situações que vive, bem como suas formas de adaptação às
situações encontradas cotidianamente (FEIST; FEIST; ROBERTS, 2015). Os Cinco
Grande Fatores da Personalidade de McCrae e Costa é, no momento, a teoria mais
aceita por pesquisadores visto que é aplicável em diferentes amostras e culturas,
podendo ser mensurada por diferentes fontes de avaliação (como autoavaliação e
avaliações clínicas). Através desta teoria, é possível descrever e identificar aspectos da
personalidade de maneira simples, visto que é dividida em cinco grandes traços:
Abertura à experiência, Amabilidade, Conscienciosidade, Extroversão e Neuroticismo
(SILVA, 2011).
A personalidade interfere diretamente nas respostas emocionais e nos
julgamentos sobre a satisfação com a vida e com os eventos que os indivíduos estão
vivenciando; ou seja, sob esta ótica, o modo como o indivíduo interpreta o meio
ambiente depende dos seus traços de personalidade. Sendo assim, a personalidade
6
possui papel importante em como a pessoa pensa, sente e age diante de eventos
estressores, sinalizando o nível de vulnerabilidade do sujeito (WOYCIEKOSKI;
NATIVIDADE; HUTZ, 2014).
Em estudos realizados por Junior (et al, 2016) e Junior, Lima e Lopes (2014)
constatou-se correlação entre o traço neuroticismo e elevada ansiedade em
universitários do curso de Psicologia, enquanto amabilidade correlacionou-se a níveis
leves do transtorno. Bartolomeu, Nunes e Machado (2008) identificaram correlação
entre amabilidade e pró-sociabilidade, e auto-afirmação e auto-controle, mostrando eu
possivelmente alguns trações de personalidade interferem em diferentes aspectos das
habilidades sociais.
Uma preocupação crescente com universitários da área da saúde, que pode estar
associada tanto com traços de personalidade quanto com a presença de sofrimento dos
estudantes, é com a empatia. Tem-se observado elevado grau de cinismo e de condutas
antiéticas nas práticas acadêmicas, preocupando docentes e pesquisadores em relação à
formação e futura atuação desses profissionais no mercado de trabalho (HOJAT et al,
2004). Hojat et al. (2004) avaliaram níveis de empatia de 125 alunos de três cursos de
medicina por meio do Jefferson Scale of Physician Empathy (JSPE). Observou-se, em
geral, que a empatia sofreu diminuição considerando o momento do curso, sendo menor
nos últimos anos (Bellini et al. 2002). Este dado destoa do que se espera de sujeitos que
optam pela formação e saúde; em geral, espera-se que apresentem idealismo e
entusiasmo com seus futuros pacientes; no entanto, o que se observa é um declínio em
habilidades sociais como a empatia principalmente em alunos de medicina. Além disso,
baixa empatia vem sendo correlacionada a elevado sofrimento em estudantes (WANG
et al., 2019).
Empatia é um conceito que a literatura vem mostrando ser difícil de se
compreender, com pouco consenso entre os autores (COSTA-DROLON ET AL. 2021).
No entanto, observam-se descrições que giram em torno de um atributo cognitivo
(“como penso sobre”), afetivo (“como sinto sobre”) e comportamental (“como me
comporto diante de”) presente nas pessoas em diferentes situações da vida (DEWALL,
2021). A maioria dos estudos enfatizam empatia como um traço relativamente estável
ao longo do tempo (composição de traços de personalidade) e alguns consideram-na
uma variável contextual (CUFF & TAYLOR, 2017). Desta forma, ainda são necessárias
novas pesquisas para compreender a sua influência na saúde mental dos universitários,
7
Hipóteses:
Maior sofrimento psíquico entre estudantes do sexo feminino, com menor renda
familiar, histórico de tratamento psiquiátrico, coping focalizado na emoção, com baixa
empatia e percepção de apoio social.
Maior sofrimento psíquico nos períodos finais dos cursos, comparativamente
com os primeiros.
Elevado neuroticismo se encontra associado à presença de sofrimento em
universitários.
Baixa amabilidade e elevado neuroticismo se encontram associados à baixa
empatia.
Objetivo primário
Investigar a prevalência de estresse e Transtornos Mentais Comuns em
estudantes universitários da área da saúde de uma universidade particular do município
de Governador Valadares/MG e fatores associados.
Objetivos secundários
Identificar a prevalência de TMC e estresse em universitários da área da saúde;
Comparar a prevalência de Transtornos Mentais Comuns e estresse em
universitários no início e fim do curso;
Identificar os traços de personalidade predominantes;
Identificar os traços de personalidade associados à presença de TMC e estresse;
Identificar fatores de risco e de proteção para TMC e estresse em universitários da
área da saúde.
8
Metodologia Proposta:
Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva e quantitativa. Participarão desta
pesquisa universitários, de ambos os sexos, matriculados e cursando o segundo e o
último período (em andamento) dos cursos da área da saúde da Universidade Vale do
Rio Doce - UNIVALE, situada em Governador Valadares/MG, sendo os quais:
Biomedicina, Enfermagem, Estética e Cosmética, Farmácia, Fisioterapia,
Fonoaudiologia, Medicina, Nutrição, Odontologia e Psicologia. Os universitários
serão convidados a participar da pesquisa e terão plena autonomia na escolha pela
participação. Destaca-se no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido que será
oferecido ao voluntário o apoio necessário caso perceba qualquer dano direto/indireto
e imediato/tardio decorrentes da participação no estudo, pelo tempo que for
necessário (ItensII.3.1 e II.3.2, da Resolução CNS nº. 466 de 2012). Além disso, será
oferecido acolhimento pelo serviço de apoio psicológico do Espaço A3 da
Universidade caso o conteúdo do protocolo o mobilize emocionalmente, podendo
posteriormente ser encaminhado ao Serviço de Psicologia Aplicada - SPA. Sua
participação não lhes resguardará nenhum privilégio financeiro, acadêmico ou de
qualquer outra natureza. Será resguardado o direito de pedir indenizações e a
cobertura material para reparação de possível dano causado pela pesquisa (Resolução
CNS nº 466 de 2012, IV.3.h, IV.4.c e V.7).
A pesquisadora se reunirá com o coordenador de cada curso para detalhar os
objetivos da pesquisa e a metodologia a ser utilizada em seu desenvolvimento e solicitar
autorização para a aplicação dos instrumentos de coleta de dados de forma coletiva em
salas de aula do Campus II da UNIVALE. As salas de aula possuem instalações e
espaço adequados, como mesas e cadeiras individuais, para a realização a coleta de
dados. Diante da aprovação dos coordenadores, será agendado o dia e horário
adequados para realização da coleta em cada turma.
A aplicação dos instrumentos será de forma coletiva, levando em consideração
que a pesquisa não deverá interferir no funcionamento das atividades programadas pelos
professores e coordenação dos cursos. Na data estabelecida, a pesquisadora se reunirá
com cada turma dos cursos supracitados, separadamente, para explicar os objetivos do
trabalho e os aspectos éticos envolvidos na pesquisa com seres humanos. Após os
estudantes serem convidados a participar como voluntários desta pesquisa, aqueles que
consentirem, assinando as duas vias (uma para o pesquisador e uma para o estudante) do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE; Anexo 1), responderão a um
9
Critérios de inclusão:
11
Critérios de exclusão:
Ter passado por um evento estressor nos últimos trinta dias que não esteja
relacionado à vida universitária, tais como morte ou doença grave de um membro da
família, perda de emprego e diagnóstico de uma doença crônica. Excluem-se pessoas
com menos de dezoito anos e que possuem condições cognitivas que possam dificultar o
preenchimento do protocolo de pesquisa.
Riscos:
Os riscos envolvidos nesta pesquisa estão relacionados à possibilidade de o
participante sentir um certo desconforto ou constrangimento ao responder algumas
questões dos instrumentos em razão do tema do estudo. Destaca-se que, caso isso ocorra
com algum participante, a coleta de dados será encerrada imediatamente. Além disso,
caso necessário, será oferecido apoio psicológico pelos meios já mencionados. Também
é possível que, devido à quantidade de instrumentos utilizados, o respondente possa se
sentir cansado aos respondê-los. Resguarda-se ao voluntário, nesse caso, o direito de
desistir de participar da pesquisa a qualquer momento.
Benefícios:
A pesquisa contribuirá para melhorar a compreensão acerca da ocorrência de
sofrimento psíquico entre os universitários e sua associação com os traços de
personalidade, entre outras variáveis, tornando possível o planejamento de projetos de
intervenção para a promoção de saúde e qualidade de vida entre universitários e para a
prevenção de transtornos mentais no público em questão. Ademais, ao final da pesquisa,
todos os participantes, coordenadores do curso e os gestores da instituição, receberão
uma devolutiva contemplando os dados coletados e analisados no estudo.
Análise de dados:
Os dados obtidos serão tabulados em planilha Excel, transferidos e analisados no
programa STATA 12.0 (STATA CORP, 2011), sendo a prevalência de TMC e estresse
entre os universitários o desfecho deste estudo. As variáveis de exposição (VEs) serão:
12
Desfecho Primário:
Estima-se que os resultados deste estudo servirão de base para o planejamento
de estratégias e intervenções voltadas à prevenção de impactos negativos à saúde mental
dos universitários proporcionando maior qualidade de vida durante a formação
acadêmica.
Desfecho Secundário:
Não se aplica.
Tamanho da Amostra:
Serão abordados universitários matriculados nos cursos da área da saúde da
UNIVALE. Trata-se de uma amostra por conveniência, estimando-se obter 500
participantes.
( ) Sim ( X ) Não
Cronograma de Execução:
Orçamento financeiro:
Referências:
AIRAGNES, G.; VAURE, C.B.; GALAM, E.; BUNGE, L.; HOERTEL, N.; LIMOSIN,
F.; JAURY, P.; LEMOGNE, C. Personality traits are associated with cognitive empathy
in medical students but not with its evolution and interventions to improve it. Journal of
Psychosomatic Research, v.144, 2021.
FEIST, J., FEIST, G. J., ROBERTS, T. Teoria dos cinco traços e fatores de McCrae e
Costa. In: ______. Teorias da Personalidade: 8ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2015. cap
13. p. 252 - 267.
HOJAT, M., VERGARE, M. J., MAXWELL, K., BRAINARD, G., HERRINE, S. K.,
ISENBERG, G. A., VELOSKI, J., GONNELLA, J. S. The devil is in the third year: a
longitudinal study of erosion of empathy in medical school. Academic Medicine:
Journal of the Association of American Medical Colleges, v. 84, n.9, 2009.
ROSS, M. Suicide among physicians a psychological study. Dis Nerv Syst, v. 34, n.
3, p. 145 - 150, mar. 1973.
SANTOS, A. A. A.; et al. A relação entre a vida acadêmica e a motivação para aprender
em universitários. Psicol. Esc. Educ. Maringá, v. 15, n. 2, p. 283-290, jul./dez. 2011.
ANEXOS
20
Anexo 1
Título: “Saúde mental dos estudantes universitários da área da saúde: fatores de risco e
proteção associados.”
2 – IDENTIFICAÇÃO INSTITUIÇÃO:
Curso: Psicologia
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA
Rua Israel Pinheiro, 2000 – Campus Universitário – Tel.: 3279 5575
3.1) Você está sendo convidado a participar de uma pesquisa intitulada “Associação
entre o modelo dos Cinco Grandes Fatores de Personalidade e saúde mental de estudantes
universitários.”
3.2) A pesquisa tem como objetivo principal investigar a associação entre os traços de
personalidade e a presença de Transtornos Mentais Comuns (TMC) e Estresse em
universitários de cursos da área da saúde em uma universidade particular do município de
Governador Valadares/MG.
3.3.3) Será resguardado o completo sigilo de sua identidade. Durante a realização da coleta
dos dados, haverá duas caixas em você poderá colocar o TCLE assinado e o protocolo de
pesquisa separadamente, garantindo seu anonimato. Além disso, os documentos serão
guardados em armário com chave no Núcleo de Pesquisa em psicologia da UNIVALE,
Bloco D10. O banco de dados gerados por esta pesquisa ficará em um arquivo na nuvem
com senha, tendo acesso apenas os pesquisadores responsáveis por este estudo. Após cinco
anos, todos os formulários de pesquisa serão picotados de tal forma que não poderão ser
identificados seus conteúdos. No banco de dados gerado em planilha Excel serão
eliminadas todas as informações que possibilitem a sua identificação e, após cinco anos,
todos os arquivos eletrônicos com os dados serão permanentemente deletados.
3.3.4) A coleta dos dados ocorrerá apenas em um momento em sala de aula, em horário e
local combinado com o coordenador do Curso e o professor referência.
3.3.5) Durante sua participação, você poderá recusar-se a responder qualquer pergunta e
abandonar o procedimento, retirando seu consentimento, em qualquer momento, sem
nenhuma penalização ou prejuízo.
3.3.6) A sua participação na pesquisa será como voluntário (a), não recebendo nenhum
privilégio, seja ele de caráter financeiro ou de qualquer outra natureza. Entretanto, lhe serão
garantidos todos os cuidados necessários à sua participação, de acordo com seus direitos
individuais e respeito ao seu bem-estar físico e psicológico.
( ) Endereço eletrônico:_______________________________________________
( ) Endereço físico: ___________________________________________________
3.3.13) Você poderá fazer contato como o pesquisador responsável e com o Comitê de
Ética em qualquer momento que desejar através dos endereços indicados no início deste
formulário.
Confirmo ter autonomia plena e ter sido informada e esclarecida sobre o conteúdo
deste termo. A minha assinatura abaixo e em todas as páginas deste documento indica que
concordo em participar desta pesquisa e por isso dou meu livre consentimento.
OBS. Este documento será assinado pelo pesquisador e participante e rubricado por eles
em todas as páginas.
____________________, _de de .
Anexo 2
Em qual período você se encontra? Caso seja um aluno irregular, indique o período onde cursa
o maior número de matérias. __________________
Turno: ( ) Matutino ( ) Noturno
No momento você:
( )Estuda ( ) Estuda e trabalha
Você possui alguma doença orgânica ou psiquiátrica diagnosticada? ( ) Não ( ) Sim. Qual?
____________________________________________________________________________
Você faz uso de algum medicamento para tratamento de algum transtorno psiquiátrico
(depressão, ansiedade, outro)? ( ) Sim ( ) Não
Se sim, quem prescreveu a medicação? ____________________________________________
Qual medicamento você utiliza? __________________________________________________
Você faz uso de algum medicamento para auxiliar na concentração, atenção ou desempenho
acadêmico?
( ) Sim ( ) Não
Se sim, quem prescreveu a medicação? __________________________________________
Qual medicamento você utiliza? ________________________________________________
Tendo como padrão a quantidade referente à dose abaixo, responda: com que frequência
consome seis doses ou mais numa única ocasião?
25
( ) nunca
( ) menos de um vez por mês
( ) pelo menos uma vez por mês
( ) pelo menos uma vez por semana
( ) diariamente ou quase diariamente
Você passou por algum evento estressor grave nos últimos trinta dias?
( ) Não
( ) Sim: ( ) Morte ou doença grave de um membro da família
( ) Perda de emprego
( ) Diagnóstico de uma doença crônica
( ) Outro __________________________________________________
26
Anexo 3
INSTRUÇÕES. A seguir encontram-se algumas características que podem ou não lhe dizer
respeito. Por favor, escolha um dos números na escala abaixo que melhor expresse sua
opinião em relação a você mesmo e anote no espaço ao lado de cada afirmação. Vale ressaltar
que não existem respostas certas ou erradas. Utilize a seguinte escala de resposta:
1 2 3 4 5
Discordo Discordo em Nem concordo Concordo em Concordo
totalmente parte nem discordo parte totalmente
___12. É reservado
Anexo 4
Encontra dificuldades para realizar com satisfação suas atividades diárias Sim Não
Anexo 5
0 – Nunca
1 – Quase nunca
2 – Às vezes
3 – Quase sempre
4 – Sempre
Anexo 6
Não há respostas certas ou erradas. O que importa é como você está lidando com a situação.
Responda a todas as perguntas.
Eu me culpo. 0 1 2 3 4 5
Eu rezo / oro. 0 1 2 3 4 5
Eu brigo comigo mesmo; eu fico falando comigo mesmo o que devo fazer. 0 1 2 3 4 5
Eu sei o que deve ser feito e estou aumentando meus esforços para ser bem 0 1 2 3 4 5
sucedido.
Eu culpo os outros. 0 1 2 3 4 5
Converso com alguém que possa fazer alguma coisa para resolver o meu 0 1 2 3 4 5
problema.
Anexo 7
Abaixo você encontrará uma série de afirmações que descrevem reações em diversas
situações sociais. Por favor, leia cada uma delas e responda com que freqüência essas
afirmações se aplicariam a você, marcando o número de acordo com a escala abaixo. Caso
nunca tenha passado por alguma dessas situações, tente imaginar como você reagiria ao
enfrentá-la. Responda a todas as perguntas.
Quando faço um pedido, procuro me certificar de que este não irá trazer incômodo à outra 1 2 3 4 5
pessoa
Eu adiaria a decisão de terminar um relacionamento se percebesse que o meu par está com 1 2 3 4 5
problemas
Quando alguém faz algo que me desagrada, demonstro livremente a minha raiva 1 2 3 4 5
Costumo me colocar no lugar da outra pessoa quando estou sendo criticado, para tentar 1 2 3 4 5
perceber os sentimentos e razões dela
Ao ter que fazer um pedido a uma pessoa que está ocupada, declaro o meu reconhecimento do 1 2 3 4 5
quanto ela está atarefada, antes de fazer o pedido
Quando percebo que minha opinião contrasta com a do meu interlocutor, procuro me expor de 1 2 3 4 5
forma mais incisiva
Antes de pedir a uma pessoa para mudar um comportamento que me incomoda, procuro me 1 2 3 4 5
colocar no lugar dela para entender o que a leva a ter tal atitude.
Tenho facilidade de entender o ponto de vista de outra pessoa, mesmo quando ela me critica. 1 2 3 4 5
Ao fazer um pedido incompatível com os interesses de outra pessoa, procuro ser persuasivo até 1 2 3 4 5
conseguir o que desejo.
Ao acabar de ouvir um amigo que está com problemas, evito comentar sobre minhas conquistas 1 2 3 4 5
Eu abriria mão de fazer um pedido importante se este causasse incômodo considerável à outra 1 2 3 4 5
pessoa
Quando pretendo terminar uma relação, procuro por em prática a minha decisão em vez de 1 2 3 4 5
ficar pensando muito a respeito
Quando recebo uma crítica, esforço-me para identificar as razões que levaram a outra pessoa a 1 2 3 4 5
me criticar
Quando alguém expõe uma opinião contrária à minha, sinto-me incomodado e procuro logo 1 2 3 4 5
demonstrar o meu ponto de vista
Se alguém me deve algo, cobro-lhe a dívida imediatamente, mesmo que ele possa ter motivos 1 2 3 4 5
que justifiquem o não pagamento
Antes de expressar a minha opinião sobre algo com que não concordo, eu procuro compreender 1 2 3 4 5
o lado de todas as pessoas envolvidas.
É melhor terminar logo uma relação com uma pessoa do que ficar adiando, mesmo que 1 2 3 4 5
naquele dia ele (a) não esteja bem
Se eu fizer um pedido e receber uma negativa, procuro entender as razões do outro, mesmo me 1 2 3 4 5
sentindo frustrado(a).
Quando recebo uma crítica procuro expressar para a outra pessoa a minha compreensão do que 1 2 3 4 5
ela disse, para me certificar de que a entendi
Quando alguém me faz um pedido que não posso ou não quero atender, digo “não” sem 1 2 3 4 5
rodeios.
Evito revelar meus problemas pessoais quando percebo que a outra pessoa não está bem 1 2 3 4 5
Antes de desabafar meus problemas com um amigo procuro me certificar de que ele está 1 2 3 4 5
receptivo a me ouvir
Costumo me colocar no lugar de uma pessoa que está me revelando um problema para ver 1 2 3 4 5
como me sentiria e o que pensaria se a situação fosse comigo
Durante uma conversação procuro demonstrar interesse pela outra pessoa, adotando uma 1 2 3 4 5
postura atenta
Antes de encerrar um relacionamento, eu me coloco no lugar da outra pessoa para avaliar como 1 2 3 4 5
ela irá se sentir.
Ao fazer um pedido conflitante com os interesses de outra pessoa, procuro expressar meu 1 2 3 4 5
reconhecimento sincero do incômodo que estou lhe causando.
Quando alguém não paga o que me deve, fico muito irritado e não hesito em cobrar a dívida. 1 2 3 4 5
Deixo de revelar uma experiência de sucesso se percebo que a outra pessoa está triste ou com 1 2 3 4 5
problemas.