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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE CAXIAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO DE MEDICINA

JOÃO VITOR SOARES SANTOS

SAÚDE MENTAL EM ALUNOS DE MEDICINA: DIFERENÇA ENTRE SEXOS

São Luís
2022
JOÃO VITOR SOARES SANTOS

SAÚDE MENTAL EM ALUNOS DE MEDICINA: DIFERENÇA ENTRE SEXOS

Monografia apresentada à coordenação do


Curso de Medicina da Universidade
Estadual do Maranhão para a obtenção do
grau de Médico.

Orientador: Prof. Dr. José Albuquerque de


Figueiredo Neto.

Co-orientador: Prof. Irene Sousa da Silva

São Luís
2022
SAÚDE MENTAL EM ALUNOS DE MEDICINA: DIFERENÇA ENTRE SEXOS

Monografia apresentada à coordenação do


Curso de Medicina da Universidade
Estadual do Maranhão para a obtenção do
grau de Médico.

Orientador: Prof. Dr. José Albuquerque de


Figueiredo Neto.

Co-orientador: Prof. Irene Sousa da Silva

__________________________________________________
Prof. Dr. JOSÉ ALBUQUERQUE DE FIGUEIREDO NETO.
(Orientador)

__________________________________________________
Prof. IRENE SOUSA DA SILVA
(Orientadora)

__________________________________________________
JOÃO VITOR SOARES SANTOS
(Orientado)
4
Sumário

1. INTRODUÇÃO 5

2. JUSTIFICATIVA 7

3. OBJETIVOS: 8

3.1 OBJETIVO GERAL: 8

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 8

4. MARCO TEÓRICO 9

4.1 DEPRESSÃO E ANSIEDADE 9

4.2 DEPRESSÃO E ANSIEDADE ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA 13

5. METODOLOGIA 15

REFERÊNCIAS 19

ANEXOS 23

APÊNDICE 28
5

1. INTRODUÇÃO
Os transtornos mentais comuns correspondem a quadros clínicos
em que o indivíduo pode apresentar sintomatologias diversas, dentre elas:
ansiedade, depressão, tristeza, fadiga, estresse, ente outras. (OMS, 2017;
NUNES et al., 2016). A intensidade e a frequência dos sintomas são capazes de
implicar sofrimento psíquico para os indivíduos, de modo a interferir nas
atividades diárias deles, nos relacionamentos interpessoais e na qualidade de
vida (OMS, 2017).
A prevalência global estimada de transtorno depressivo maior em
2020 era de aproximadamente 193 milhões de pessoas, e a de ansiedade, 298
milhões de pessoas (SANTOMAURO et al., 2021).
A Depressão é um problema médico grave e altamente prevalente
na população em geral. A prevalência de depressão, ao longo da vida, no Brasil,
está em torno de 15,5% (Ministério da Saúde, 2021). O Brasil é o país com
maior prevalência de depressão da América Latina, e esta doença ocupa o 4°
lugar entre as principais causas de ônus durante a vida, e o 1° lugar em tempo
vivido com incapacitação (OMS, 2017).
O Brasil está em destaque também no que diz respeito à
Ansiedade, sendo classificado como o país com mais indivíduos ansiosos, o
que também impacta diretamente na qualidade de vida das pessoas (OMS,
2017).
Dentro do ambiente universitário, a prevalência de ansiedade e
depressão é crescente. Esse fenômeno é mais evidente nas escolas médicas,
conhecidas por serem ambientes que impactam negativamente na saúde
mental dos alunos (PAGNIN et al., 2015). Isso porque, além de eventuais
problemas sociais e familiares do estudante, a graduação em medicina é
marcada por grande exigência acadêmica, falta de tempo para o lazer,
competição com os colegas e dificuldades inerentes ao começo da relação
médico-paciente (CUNHA et al., 2017).
Esses transtornos mentais, quando não são diagnosticados e
devidamente tratados, podem gerar impactos indesejáveis como desgaste
profissional, isolamento social, comprometimento da saúde do indivíduo e,
quando presentes nos profissionais formados, até aumento do número de erros
médicos (MATA et al., 2015; WEST et al., 2016; TYSSEN; VAGLUM, 2002).
Além disso, podem gerar mecanismos de enfrentamento nocivos, como abuso
de substâncias ilícitas, consumo de álcool, tabagismo e ideações suicidas.
6
DYRBYE; THOMAS; SHANAFELT, 2005).
Apesar do aumento da incidência de depressão e ansiedade entre
estudantes de medicina e suas consequências, os fatores associados ao
desgaste da saúde mental dos discentes são poucos explorados nas pesquisas.
Alguns aspectos sociais, demográficos, comportamentais e acadêmicos como
sexo, idade, residência, solidão, insônia, dificuldades financeiras e doenças
crônicas são correlacionados a esses problemas na literatura, porém ainda com
resultados divergentes. (MAHROON et al., 2018; YAHAYA et al.,2018)
Em relação ao sexo, alguns estudos são divergentes e
inconclusivos. No entanto, muitas pesquisas relatam a maior prevalência dessas
patologias nas mulheres, evidenciando até uma correlação estatística
significante. Contudo, por trás dos dados há o viés de uma visão do sexo
feminino como mais frágil ou emocional, quando, na verdade, esse estereótipo é
resultado dos papéis atribuídos aos gêneros e do contexto cultural patriarcal.
Muitos estudos sobre a prevalência de sintomas de ansiedade e
depressão entre estudantes de medicina não tiveram uma amostra grande o
suficiente e/ou focaram somente nas taxas de prevalência sem relacionar com
os possíveis fatores causais dessas patologias. Nesse sentido, o presente
estudo tem como objetivo elucidar os aspectos relacionados, bem como a
incidência de sintomas depressivos e de ansiedade em estudantes de medicina,
corroborando assim para futuras medidas de prevenção e tratamento dos
futuros médicos.
7

2. JUSTIFICATIVA
Segundo a OMS (2017), em seu relatório mais recente, a
depressão cresceu de forma expressiva entre 2005 e 2015, aumentando em
18%. Antes da pandemia, a prevalência de transtornos de ansiedade era de
9,3% no Brasil, enquanto para depressão esse índice foi de 5,4%, variando de
leve a extremo (OMS, 2017). A prevalência global estimada de transtorno
depressivo maior em 2020 era de aproximadamente 193 milhões de pessoas, e
a de ansiedade, 298 milhões de pessoas (SANTOMAURO et al., 2021).
A saúde mental em estudantes de medicina destaca-se em um
cenário alarmante e estima-se que a prevalência de sintomas de depressão
nesse grupo é consideravelmente maior do que entre seus pares na mesma
faixa etária (MAYER, 2017). Uma revisão sistemática brasileira com 59 estudos
sobre problemas mentais em estudantes de medicina revela que a prevalência
média de depressão foi de 30,6% e de ansiedade, 32,9% (PACHECO, et al.,
2017).
Segundo a OMS (2017), os transtornos mentais são fatores de risco
para o suicídio e esta é a segunda causa de morte de jovens entre 15 e 29
anos. Já no cenário entre os estudantes de medicina, alguns estudos (Mayer,
2017; DELLA SANTA, 2016; ROSTETEIN et al., 2016) já avaliaram a
prevalência de ideação suicida, e esta foi estimada em 11,1% e variou entre
7,4% a 24,2%.

Diante desse cenário preocupante entre os estudantes de medicina,


muitos estudos têm sido publicados no sentido de destacar os principais fatores
relacionados ao surgimento dessas desordens mentais e enfatizando a
necessidade de que a comunidade acadêmica reaja.
8

3. OBJETIVOS:
3.1 OBJETIVO GERAL:
Avaliar a prevalência de sintomas de depressão e ansiedade em
estudantes de medicina nos seis anos do curso, na cidade de São Luís do
Maranhão

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:


I. Analisar a associação entre o Gênero biológico e a prevalência de
depressão e ansiedade em estudantes de medicina de São Luís, MA.
II. Avaliar a presença de fatores de risco para desordens mentais entre
estudantes de medicina de São Luís, MA.
III. Estudar as diferenças existentes entre os escores de depressão e de
ansiedade nos estudantes da de Medicina, conforme os diferentes
ciclos do curso médico em São Luís, MA.
9

4. MARCO TEÓRICO
4.1 DEPRESSÃO E ANSIEDADE
Os distúrbios mentais podem ser divididos conforme a sintomatologia e
critérios diagnósticos próprios. Segundo o DSM – V (2014), os transtornos
depressivos incluem transtorno disruptivo da desregulação do humor;
transtorno depressivo maior (incluindo episódio depressivo maior); transtorno
depressivo persistente (distimia); transtorno disfórico pré-menstrual; transtorno
depressivo induzido por substância/medicamento; transtorno depressivo devido
a outra condição médica; outro transtorno depressivo especificado e transtorno
depressivo não especificado.
Os Transtornos de Ansiedade incluem transtornos que compartilham
características de medo e ansiedade excessivos e perturbações
comportamentais relacionados. Medo é a resposta emocional a ameaça
iminente real ou percebida, enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça
futura. As vezes, o nível de medo ou ansiedade é reduzido por
comportamentos constantes de esquiva. Os transtornos de ansiedade diferem
entre si nos tipos de objetos ou situações que induzem medo, ansiedade ou
comportamento de esquiva e na ideação cognitiva associada. A maioria ocorre
com mais frequência em indivíduos do sexo feminino do que no masculino
(DSM – V, 2014).
A prevalência global estimada de transtorno depressivo maior em
2020 era de aproximadamente 193 milhões de pessoas, e a de ansiedade, 298
milhões de pessoas (SANTOMAURO et al., 2021).
Para o diagnóstico formal de depressão e/ou ansiedade utiliza-se as
classificações da quinta edição do Manual diagnóstico e estatístico de
transtornos mentais (DSM-5, 2014) e/ou da Classificação Internacional de
Doenças (CID-11, 2019).
A característica comum dos transtornos depressivos é a presença de
humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de alterações somáticas e
cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento do
indivíduo (SOUZA, 2010; MAYER, 2017).
Os transtornos depressivos na sua forma mais grave podem levar ao
suicídio (OMS, 2017). A depressão e o suicídio são fenômenos complexos que
trazem intenso sofrimento na vida das pessoas acometidas, de seus familiares,
amigos e comunidade. Estes dois fenômenos coexistem e se influenciam
mutuamente (DELLA SANTA, 2016; SILVA, 2015).
10
O que difere entre eles são os aspectos de duração, momento ou
etiologia presumida. Os sintomas clínicos da depressão, de acordo com o
DSM- V e o Código Internacional de Doenças (CID-10) são humor depressivo,
tristeza, perda de interesse ou prazer, perda ou ganho de peso significativo,
insônia (no início, na metade ou no final do sono) ou hipersonia, agitação ou
retardo psicomotor, fadiga ou perda de energia, sentimento de inutilidade ou
culpa excessiva ou inadequada, indecisão ou capacidade diminuída de pensar
ou concentrar-se e pensamentos de morte recorrentes (AMERICAN
PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013; OMS,1993).
Na Classificação Internacional de Doenças (CID-10) encontram-se:
transtorno depressivo maior, melancolia, distimia, depressão integrante do
transtorno bipolar tipos I e II e depressão como parte da ciclotimia e transtornos
do humor.O CID-10 propõe a distinção dos transtornos de humor entre:
Episódio maníaco [F30.x]; Perturbação afetiva bipolar [F31]; Episódio
depressivo [F32.x]; Perturbação depressiva recorrente; Perturbação do humor
(afetivas) persistentes – ciclotimia [34.0] (OMS, 1993).
Uma breve descrição das classificações dos transtornos depressivos
propostas pela APA e OMS é apresentada a seguir:
11

Quadro 1 – Classificação dos transtornos depressivos de acordo com oDSM-5 e


CID-10
DSM–5 Especificar: Com sintomas ansiosos (especificar gravidade atual leve,
Transtornos moderada-grave, grave); com características mistas; melancólicas,
Depressivos atípicas; psicóticas congruentes ou incongruentes com o humor; com
catatonia; com início no periparto; com padrão sazonal.

296.99 – Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor

( _ ) - Transtorno Depressivo Maior


( *) – Episódio único
296.21 – Leve
296.22 – Moderado
296.23 – Grave
296.24 – Com características psicóticas
296.25 – Em remissão parcial
296.26 – Em remissão completa
296.20 – Não especificado
( ) – Episódio recorrente
296.31 – Leve
296.32 – Moderado
296.33 – Grave
296.34 – Com características psicóticas
296.35 – Em remissão parcial
296.36 – Em remissão completa 1
296.30 – Não especificado –y

300.4 – Transtorno Depressivo Persistente (Distimia)


Especificar: Em remissão parcial ou completa; início precoce ou
tardio; com síndrome distímica pura; com episódio depressivo maior
persistente ou intermitentes; com episódio atual; e gravidade atual:
leve, moderada, grave.

625.4 – Transtorno Disfórico Pré-menstrual

. - Transtorno Depressivo Induzido por Substância ou


Medicamento

293.83 – Transtorno Depressivo Devido a Outra Condição Médica

311 - Outro Transtorno Depressivo Especificado

311 – Transtorno Depressivo Não Especificado

CID - 10 Transtornos de humor


F30 - Episódio maníaco (usado para episódio único de
mania)
F31 - Transtorno afetivo bipolar
F32 - Episódio depressivo (usado para episódio depressivo único)

F33 - Transtorno depressivo recorrente (tem as mesmas


subdivisões descritas para o episódio depressivo)

F34 - Transtornos persistentes do humor:


12

F34.0 – Ciclotimia

F34.1 – Distimia

DSM - 5 CID-10 Categoria


309.21 F93.0 Transtorno de Ansiedade de Separação
313.23 F94.0 Mutismo Seletivo
300.29 F40.2 Fobia Específica
300.23 F40.10 Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
300.01 F41.0 Transtorno de Pânico
Ataque de Pânico
300.22 F41.0 Agorafobia
300.02 F41.1 Transtorno de Ansiedade Generalizada
Transtorno de Ansiedade Induzido por Substância/Medicamento
293.84 F06.4 Transtorno de Ansiedade Devido a outra Condição Médica
300.09 F41.8 Outro Transtorno de Ansiedade Especificado
300.00 F41.9 Transtorno de Ansiedade Não Especificado

Fonte: APA, 2013; OMS, * O DSM-5 referente aos transtornos depressivos, reconheceu o luto de 1 a 2
anos como estressor psicossocial grave.
** A CID-10 inclui ainda códigos para "outros" transtornos do humor e para "transtornos não identificados.
13

4.2 DEPRESSÃO E ANSIEDADE ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA


O jovem adulto tem um grande desafio na construção final da sua
personalidade e é com a entrada no ensino superior que essa construção
atinge um dos pontos cruciais (O’ BRIEN, 2002).
No primeiro estudo multicêntrico realizado no Brasil para avaliação de
sintomas depressivos e ansiosos entre estudantes de medicina, concluiu-se
que a prevalência de sintomas de depressão e ansiedade em estudantes de
medicina brasileiros é alta, principalmente nos estudantes do sexo feminino e
de escolas médicas localizadas nas capitais (MAYER, 2017). Ficou evidente
também que o cansaço, a culpa e a irritabilidade foram os sintomas mais
intensos e frequentes encontrados no quadro sintomático de depressão
(MAYER, 2017).
Em relação ao gênero, vários estudos relataram diferenças significativas
entre homens e mulheres, enquanto outros não encontraram nenhuma
diferença significativa. Em geral, as estudantes universitárias tendem a ter mais
depressão do que os homens.Um estudo realizado entre estudantes
universitários de 23 países descobriu que a prevalência de sintomas
depressivos foi de 19% entre os estudantes do sexo masculino e de 22% entre
as do sexo feminino. Da mesma forma, quando a prevalência foi estratificada
por sexo, as estudantes de medicina do sexo feminino apresentaram maior
prevalência de depressão (31,5%) do que os do sexo masculino (24,2%).
Embora as mulheres estejam mais em risco, as altas taxas dos estudantes do
sexo masculino causam um problema especial, pois eles estão menos
dispostos a procurar ajuda. Um estudo realizado entre estudantes de medicina
mostrou uma diferença significativa de gênero com o dobro da taxa de
ansiedade entre as mulheres em relação aos homens (40% versus 20%). Outro
estudo no Brasil avaliou e comparou a frequência e gravidade dos sintomas de
ansiedade entre os primeiros- e estudantes de medicina do sexto ano. Eles
descobriram que as mulheres eram mais propensas a sofrer de ansiedade do
que os homens. Na Arábia Saudita, um estudo transversal mostrou uma taxa
significativamente maior de morbidades psicológicas, incluindo ansiedade,
entre estudantes de medicina pré-médica, 1º, 2º e 3º ano (89,7 %) do que os
homens (60%); no entanto, não foram encontradas diferenças significativas
entre os sexos em todos os outros anos. (MIRZA et al, 2021).
14

Para O’ Brien (2002), o confronto com o ensino superior é considerado


como uma ruptura com a continuidade e esta mudança leva a uma
necessidade de criação de mecanismos de adaptação quer a nível físico,
social, emocional, acadêmico além de um aumento das expectativas quanto às
responsabilidades profissionais e afastamento (emocional e/ou físico) da
família de origem. Bardagi e Albanaes (2015) alertam que a dificuldade para
enfrentar tantos desafios impostos pela vivência acadêmica pode, inclusive,
impactar na satisfação com a graduação (BARDAGI & ALBANES, 2015) e,
conseqüentemente, na possibilidade de evasão, fato que reforça o papel da
família enquanto instância de apoio durante o período acadêmico (FIORINI, et.
al, 2017).
No contexto da educação médica, além dos estressores e o impacto
destes na vida e saúde dos estudantes, alguns autores destacam a importância
de considerar as diferenças sócio-demográficas e a maneira como os
estudantes respondem aos estressores do curso (SOUZA, 2010; MAYER
2017).

Em 2010, Baldassin publicou a revisão dos estudos brasileiros sobre


depressão e ansiedade em estudantes de medicina. O estudo descreveu,
forma geral, que a formação médica é uma fase que acarreta grande
distressores pessoais para os estudantes. Os autores destacaram que a
maioria destes estudos foi realizada em uma única escola e era transversal.
Apontaram para a necessidade dos estudos subseqüentes serem
multicêntricos e explorarem causas, conseqüências e soluções para o
problema de saúde mental entre estudantes de medicina (BALDASSIN, 2010).
15

5. METODOLOGIA
Estudo transversal, analítico, com estudantes das Universidade CEUMA
e Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em São Luís, Maranhão, Brasil.

Participantes:

Os acadêmicos matriculados nos cursos de graduação em Medicina do


primeiro ao sexto ano serão convidados a participar do estudo, independente
do sexo e com idade mínima de 18 anos.
Amostra:
Para o cálculo amostral, consider-se-á o total de estudantes das
universidades durante 2016 (n= 1230), sendo considerado um poder estatístico
de 95%, um erro amostral de 5%.
Coleta de dados:
A coleta de dados irá ocorrer nas salas de aulas através de
questionários respondidos. Não serão incluídos estudantes que não se
encontrem presentes e aqueles que não concordarem em assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido. Coletou-se os Dados Sóciodemográficos, o
Inventário de Depressão de Beck – BDI e o Inventário de Ansiedade de Beck –
BAI).
Questionário Sociodemográfico:
O Questionário Sociodemográfico irá abordar questões referentes ao:
gênero, idade, estado civil, solteiro e casado/união estável, cor da pele
autodeclarada (branca, parda, negra, indígena e amarela) segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); estilo de vida: presença ou não de
tabagismo, ingestão de álcool e atividade física.
Escore de depressão e ansiedade:
Na avaliação dos sintomas sugestivos de depressão, utilizar-se-á o
Inventário de Depressão de Beck - Segunda Edição (BDI-II). Um instrumento
autoaplicável, que mensura a intensidade da depressão em adultos e
adolescentes a partir dos 13 anos de idade, avaliando os sintomas
correspondentes aos critérios diagnósticos dos transtornos depressivos.
Cada item será pontuado, e o ponto de corte definido será de 13 pontos,
variando de 0-13 (mínimo); 14-19 (leve); 20-28 (moderado); 29-63 (grave). O
Escore total do BDI-II reflete uma estimativa da gravidade global da depressão.
Para avaliar a ansiedade, utilizar-se-á o Inventário de Ansiedade de
Beck (BAI), uma escala de autorrelato, capaz de mensurar a intensidade de
sintomas da ansiedade, que são compartilhados de forma mínima, com os da
16
depressão. O instrumento reflete níveis de intensidade de gravidade crescente
de cada sintoma. A classificação é de 0 a 7 pontos (mínima); 8 a 15 pontos
(leve); 16 a 25 pontos (moderada) e de 26 a 63 pontos (grave) e o ponto de
corte é de 16 pontos.
Aspectos éticos:
A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital
Universitário da UFMA (parecer: número 1.900.196/2017). Conforme preconiza
a Resolução de nº 466, de 12 de dezembro de 2012 e suas complementares
do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2013).
Análise estatística:
A tabulação dos dados será feita no Microsoft Excel 2013® e a análise
estatística no programa estatístico SPSS, Versão 22.
A análise a partir do programa estatístico SPSS, Versão 22. As
normalidades serão testadas através de teste de Shapiro-Wilk e a correlação
por Spearman. Modelos de regressão logística não ajustada e ajustada serão
traçados entre as variáveis associadas e os desfechos: presença ou não de
sintomas de depressão e de ansiedade, através de modelo de Back Ward. O
nível de significância alfa inferior à 5%.
17
4 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

ATIVIDADE MAR – AGO/ MAR/ OUT/ MAI/ JUN/


S DEZ/2017 2019 2020 2021 2022 2022
Revisão de
x x x x
Literatura
Coleta de
x
Dados
Análise de
x x
Dados
Elaboração
x
do Pré-
Projeto
Aprovação
do Projeto x
de
Monografia
Elaboração
da x
Monografia
Defesa da
x
Monografia

.
18
5 ORÇAMENTO

5.1 DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

MATERIAIS DE CONSUMO
Produto Quantidade Preço Unitário Preço Total
Papel A4 1 R$22,00 R$220,00
Tonner para impressora 01 R$100,00 R$100,00
SUB-TOTAL - - R$122,00

5.2 ORIGEM DOS RECURSOS

Os recursos necessários para a execução do projeto serão próprios.


19
6- REFERÊNCIAS

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION - APA. Manual diagnóstico e estatístico de


transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014

BECK, A. T.; STEER, R. A.; BROWN, G. K. BDI-II Inventário de Depressão de Beck. São
Paulo: Pearson/Casa do Psicólogo, 2012.

BECK, A. T.; STEER, R. A.; BROWN, G. K. BDI-II Inventário de Ansiedade de Beck. São
Paulo: Pearson/Casa do Psicólogo, 2012.

BRENNEISEN MAYER, Fernanda et al. Factors associated to depression and anxiety in


medical students: a multicenter study. BMC medical education, v. 16, n. 1, p. 1-9, 2016.

CUNHA, Deyse Helena Fernandes da et al. Percepção da qualidade de vida e fatores


associados aos escores de qualidade de vida de alunos de uma escola de medicina. Jornal
Brasileiro de Psiquiatria, v. 66, p. 189-196, 2017.

DELLA SANTA, N.; CANTILINO, A. Suicídio entre Médicos e Estudantes de Medicina:


Revisão de Literatura. Rev. bras. educ. med., v. 40, n. 4, p. 772- 780, Dec. 2016.

DYRBYE, Liselotte N.; THOMAS, Matthew R.; SHANAFELT, Tait D. Medical student distress:
causes, consequences, and proposed solutions. In: Mayo Clinic Proceedings. Elsevier,
2005. p. 1613-1622.

DYRBYE, Liselotte N.; THOMAS, Matthew R.; SHANAFELT, Tait D. Systematic review of
depression, anxiety, and other indicators of psychological distress among US and Canadian
medical students. Academic medicine, v. 81, n. 4, p. 354-373, 2006.

MAHROON, Zaid A. et al. Factors associated with depression and anxiety symptoms among
medical students in Bahrain. Academic Psychiatry, v. 42, n. 1, p. 31-40, 2018.

MAHROON, Zaid A. et al. Factors associated with depression and anxiety symptoms among
medical students in Bahrain. Academic Psychiatry, v. 42, n. 1, p. 31-40, 2018.

MATA, Douglas A. et al. Prevalence of depression and depressive symptoms among resident
physicians: a systematic review and meta-analysis. Jama, v. 314, n. 22, p. 2373-2383, 2015.

MAYER, Fernanda Brenneisen. A prevalência de sintomas de depressão e ansiedade


entre os estudantes de medicina: um estudo multicêntrico no Brasil. 2017. Tese de
Doutorado. Universidade de São Paulo.

MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS). Depressão. Governo Federal. Disponível em: <


https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/depressao-1/depressao >. Acesso
em: 03 mar. 2022

NUNES, Maria A. et al. Common mental disorders and sociodemographic characteristics:


baseline findings of the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil).  Brazilian
Journal of Psychiatry, v. 38, p. 91-97, 2016.
20
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) et al. Depressão e outros transtornos
mentais comuns: estimativas de saúde global. Organização Mundial da Saúde, 2017.

Organização Mundial da Saúde. CID-11 para estatísticas de mortalidade e morbidade.


Versão: abril de 2019. Genebra: OMS; 2019. Disponível em: > https://icd.who.int/browse11/l-
m/en <. Acesso em: 03 mar. 2022

PACHECO, Joao P. et al. Mental health problems among medical students in Brazil: a
systematic review and meta-analysis. Brazilian Journal of Psychiatry, v. 39, p. 369-378,
2017.

PACHECO, João Pedro Gonçalves et al. Gender inequality and depression among medical
students: A global meta-regression analysis. Journal of psychiatric research, v. 111, p. 36-
43, 2019.

PAGNIN, Daniel et al. Comparison of quality of life between medical students and young
general populations. Education for Health, v. 28, n. 3, p. 209, 2015.

SANTOMAURO, Damian F. et al. Global prevalence and burden of depressive and anxiety
disorders in 204 countries and territories in 2020 due to the COVID-19 pandemic. The
Lancet, v. 398, n. 10312, p. 1700-1712, 2021.

SANTOS, Ana Maria Vitrícia de Souza et al. Transtornos mentais comuns: prevalência e
fatores associados entre agentes comunitários de saúde. Cadernos Saúde Coletiva, v. 25,
p. 160-168, 2017.

TYSSEN, Reidar; VAGLUM, Per. Mental health problems among young doctors: an updated
review of prospective studies. Harvard review of psychiatry, v. 10, n. 3, p. 154-165, 2002.

WEST, Colin P. et al. Association of perceived medical errors with resident distress and
empathy: a prospective longitudinal study. Jama, v. 296, n. 9, p. 1071-1078, 2006.
.
21

ANEXOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MRANHÃO


PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃOEM CIÊNCIAS DA SAÚDE
UFMA/DOTORADO

PESQUISA: Espiritualidade e morbidades em estudantes de medicina: estudo comparativo de


duas universidades brasileiras
Prof. Dr. José Albuquerque de Figueiredo Neto (Pesquisador responsável)
Joana Katya Veras R Sampaio Nunes (Pesquisador auxiliar

Questionário Sóciodemográfico
Nome:
Idade: anos Procedência:
Contatos: coloque o DDD:
Gênero
1 ( ) Masculino 2 ( ) Feminino 3 ( ) Outros
Cor ou Raça auto-referida:
( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda ( ) Indígena ( ) Outra
Em qual período/semestre de graduação está cursando?
1 ( ) 1º período 5 ( ) 5º período 9 ( ) 9º período
2 ( ) 2º período 6 ( ) 6º período 10 ( ) 10º período
3 ( ) 3º período 7 ( ) 7º período 11 ( ) 11º período
4 ( ) 4º período 8 ( ) 8º período 12 ( ) 12º período
1. Instituição de ensino:
Forma de Acesso ao ensino superior: Privada.
1 ( ) Vestibular Tradicional
2 ( )ProUni
3 ( ) Fies
4 ( ) Outros:
2. Forma de Acesso ao ensino superior: Pública.
1 ( ) Universal 4 ( ) Indígenas
2 ( ) Escola pública 5 ( ) Deficientes
3 ( ) Negros 6 ( )ProUni
7 ( ) Outros:
3. Estado civil?
1 ( ) Solteiro 3 ( ) Viúvo
2 ( ) Casado 4 ( ) Divorciado/separado
4. Vínculo empregatício?
1 ( ) Sim
2 ( ) Não
3 ( ) SOMENTE ESTUDANTE
5. Renda Mensal: R$
6 . Moradia
1 ( ) sozinho 3 ( ) com amigos
2 ( ) com a família 4 ( ) moradia cedida pela universidade (ajuda de custo)
22

ANEXO E-Inventário de Depressão de Beck - Segunda Edição (BDI-II)


UNIVERSIDADE FEDERAL DO MRANHÃO
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
UFMA/DOTORADO

PESQUISA: Espiritualidade, RELIGIOSIDADE e morbidades em estudantes de medicina:


estudo comparativo de duas universidades brasileiras
Prof. Dr. José Albuquerque de Figueiredo Neto (Pesquisador responsável)
Joana Katya Veras R Sampaio Nunes (Pesquisador auxiliar)

Inventário de Depressão de Beck - Segunda Edição (BDI-II) ARG.04.11


DATA

Nome:

Este questionário possui 21 grupos de afirmações. Por favor, leia cada uma delas cuidadosamente.
Depois, escolha uma frase de cada grupo, que melhor descreve o modo como você tem se sentido nas
duas últimas semanas, incluindo hoje. Faça um círculo em volta do número (0, 1, 2 ou 3),
correspondente à afirmação escolhida em cada grupo. Se mais de uma afirmação em grupo lhe parecer
igualmente apropriada, escolha a de número mais alto neste grupo. Verifique se você não marcou
mais de uma afirmação por grupo, incluindo o item 16 (alteração no padrão de sono) e o item 18
(alteração no apetite).

Q1 TRISTEZA Q12 PERDA DE INTERESSE


0 Não me sinto triste. 0 Não perdi o interesse por outras pessoas ou
por minhas atividades.
1 Eu me sinto triste grande parte do 1 Estou menos interessado pelas outras
tempo. pessoas do que costumava estar.
2 Estou triste o tempo todo. 2 Perdi quase todo o interesse por outras
pessoas ou coisas.
3 Estou tão triste ou tão infeliz que não 3 É difícil me interessar por alguma coisa.
consigo suportar.
Q2 PESSIMISMO Q13 INDECISÃO
0 Não estou desanimado (a) a respeito 0 Tomo minhas decisões tão bem quanto
do meu futuro. antes.
1 Eu me sinto mais desanimado (a) a 1 Acho mais difícil tomar decisões agora do
respeito do meu futuro do que de que antes.
costume.
2 Não espero que as coisas dêem certo 2 Tenho mais dificuldade em tomar decisões
para mim. agora do que antes.
3 Sinto que não há esperança quanto ao 3 Tenho dificuldade para tomar qualquer
meu futuro. Acho que só vai piorar. decisão.
Q3 FRACASSO PASSADO Q14 DESVALORIZAÇÃO
23

0 Não me sinto um fracasso (a). 0 Não me sinto sem valor.


1 Tenho fracassado mais do que 1 Não me considero hoje tão útil ou não me
deveria. valorizo com antes.
2 Quando penso no passado vejo muitos 2 Eu me sinto com menos valor quando me
fracassos. comparo com outras pessoas.
3 Sinto que como pessoa sou um 3 Eu me sinto completamente sem valor.
fracasso total.
Q4 PERDA DE PRAZER Q15 FALTA DE ENERGIA
0 Continuo sentindo o mesmo prazer 0 Tenho tanta energia hoje como sempre tive.
que sentia com as coisas de que eu
gosto.
1 Não sinto tanto prazer com as coisas 1 Tenho menos energia do que costumava ter.
como costumava sentir.
2 Tenho muito pouco prazer nas coisas 2 Não tenho energia suficiente para fazer
que eu costumava gostar. muita coisa.
3 Não tenho mais nenhum prazer nas 3 Não tenho energia suficiente para nada.
coisas que costumava gostar.
Q5 SENTIMENTO DE CULPA Q16 ALTERAÇÕES NO PADRÃO DE SONO
0 Não me sinto particularmente culpado 0 Não percebi nenhuma mudança no meu
(a). sono.
1 Eu me sinto culpado (a) a respeito de 1ª Durmo um pouco mais do que o habitual.
várias coisas que fiz e/ou que deveria
ter feito.
2 Eu me sinto culpado (a) a maior parte 1b Durmo um pouco menos do que o habitual.
do tempo
3 Eu me sinto culpado (a) o tempo todo. 2ª Durmo muito mais do que o habitual.
Q6 SENTIMENTOS DE PUNIÇÃO 2b Durmo muito menos do que o habitual.
0 Não sinto que estou sendo punido (a) 3ª Durmo a maior parte do dia.
1 Sinto que posso ser punido (a). 3b Acordo 1 ou 2 horas mais cedo e não
consigo voltar a dormir.
2 Eu acho que serei punido (a). Q17 IRRITABILIDADE
3 Sinto que estou sendo punido (a) 0 Não estou mais irritado (a) do que habitual.
Q7 AUTO-ESTIMA 1 Estou mais irritado (a) do que o habitual.
0 Eu me sinto como sempre me senti 2 Estou muito mais irritado (a) do que o
em relação a mim mesmo (a). habitual.
1 Peri a confiança em mim mesmo (a) 3 Fico irritado (a) o tempo todo.
2 Estou desapontado (a) comigo mesmo Q18 ALTERAÇÕES DE APETITE
(a).
3 Não gosto de mim. 0 Não percebi nenhuma mudança no meu
apetite.
Q8 AUTOCRÍTICA 1ª Meu apetite está um pouco menor do que o
habitual
0 Não me critico nem me culpo mais do 1b Meu apetite está um pouco maior do que o
que o habitual. habitual.
1 Estou sendo mais crítico (a) comigo 2ª Meu apetite está muito menor do que antes.
mesmo (a) do eu costumava ser.
2 Eu me critico por todos os meus erros. 2b Meu apetite está muito maior do que antes.
3 Eu me culpo por tudo de ruim que 3ª Não tenho nenhum apetite.
acontece.
Q9 PENSAMENTOS OU DESEJOS 3b Quero comer o tempo todo
24

SUICIDAS
0 Não tenho nenhum pensamento de me Q19 DIFICULDADE DE CONCENTRAÇÃO
matar.
1 Tenho pensamentos de me matar, mas 0 Posso me concentrar tão bem quanto antes.
não levaria adiante.
2 Gostaria de me matar. 1 Não posso me concentrar tão bem como
habitualmente.
3 Eu me mataria se tivesse 2 É muito difícil manter a concentração em
oportunidade. alguma coisa por muito tempo
Q10 CHORO 3 Eu acho que não consigo me concentrar em
nada
0 Não choro mais do que chorava antes. Q20 CANSAÇO OU FADIGA
1 Choro mais agora do que costumava 0 Não estou mais cansado (a) ou fatigado (a)
chorar. do que habitual.
2 Choro por qualquer coisinha. 1 Fico cansado (a) ou fatigado (a) mais
facilmente do que o habitual.
3 Sinto vontade de chorar, mas não 2 Eu me sinto muito cansado (a) ou fatigado
consigo. (a) para fazer muitas das coisas que
costumava fazer
Q11 AGITAÇÃO 3 Eu me sinto muito cansado (a) ou fatigado
(a) para fazer a maioria das coisas que
costumava fazer
0 Não me sinto mais inquieto (a) ou Q21 PERDA DE INTERESSE POR SEXO
agitado (a) do que me sentia antes.
1 Eu me sinto mais inquieto (a) ou 0 Não notei qualquer mudança recente no meu
agitado (a) do que me sentia antes. interesse por sexo.
2 Eu me sinto tão inquieto (a) ou 1 Estou menos interessado (a) em sexo do que
agitado (a) que é difícil ficar parado costumava estar.
(a).
3 Estou tão inquieto (a) ou agitado (a) 2 Estou menos interessado (a) em sexo agora.
que tenho que estar sempre me
mexendo ou fazendo alguma coisa.
3 Perdi completamente o interesse por sexo
25
26

APÊNDICE
APENDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MRANHÃO


PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA
SAÚDE UFMA/DOUTORADO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Universidade Federal do Maranhão / Programa de Pós Graduação em Ciências da


Saúde. Endereço: Av. dos Portugueses, 1966 – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Programa
de Pós INFORMAÇÕES SOBRE A
PESQUISA:
Graduação em Ciências da Saúde da UFMA, Bacanga, São Luís - MA, 65080-805, (98) 3272-8000.
Título da pesquisa:
ESPIRITUALIDADE, RELIGIOSIDADE E MORBIDADES EM ESTUDANTES DE
MEDICINA: estudo comparativo de duas universidades brasileiras
PESQUISADOR RESPONSÁVEL:
Prof. Dr. José Albuquerque de Figueiredo Neto
Contatos Pesquisador Responsável: Endereço: Av. dos Portugueses, 1966 – Centro de
Ciências Biológicas e da Saúde, Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde da UFMA, Bacanga,
São Luís - MA, 65080-805, (98) 3272-8000. Endereço eletrônico:jafneto@terra.com.brTelefone: (98)
9971-8194
Você está sendo convidado (a) a participar, como voluntário (a) em uma pesquisa.
Qual o objetivo do estudo?
 Avaliar a espiritualidade e morbidade durante a formação acadêmica em estudantes de medicina
de duas intuições de ensino superior no Estado do Maranhão e avaliar as diferentes formas de
como os estudantes respondem as questões sobre o tema.
Porquê?
 Porque acreditamos que a sua espiritualidade e religiosidade sofrem influência do cientificismo
da graduação em Medicina;
 Porque gostaríamos de conhecer o que você acredita ser a espiritualidade e religião, e qual a
importância de disto para a sua saúde mental, durante a formação acadêmica;
 Quem sabe após os resultados, possamos colaborar com a implantação de um serviço de apoio
psicopedagógico aos alunos.
Como o estudo será feito?
A pesquisa será feita da seguinte maneira: você responderá um questionário, por
aproximadamente 60 minutos. Os questionários serão: o Questionário Sócio demográfico/econômico, o
Índice de Religiosidade de Duke (DUREL), que avalia a sua religiosidade, a Escala de avaliação de
espiritualidade em contextos de saúde (que avalia a sua espiritualidade), o Escala de Bem-Estar Subjetivo
(EBES), a qual avalia a sua qualidade de vida, o Inventário de Depressão de Beck - Segunda Edição
(BDI-II) (que avalia níveis de depressão) e Beck AnxietyInventory (BAI), o qual avalia a existência de
ansiedade.
Há riscos? Como contornar esses riscos?
27

1. Esta pesquisa não oferece risco de morte, PORÉM, se apresentar alguns riscos, estes serão
considerados mínimos e se referem a eventuais constrangimentos, aflições durante o processo de
entrevista o que torna direito do participante em sair da pesquisa no momento que quiser. Na
ocorrência de algumas dessas situações os pesquisadores garantem aos participantes o
encaminhamento ao serviço de apoio social existente na instituição e o acompanhamento de um
profissional especializado.
2. Ressaltamos também que no caso de constrangimento em compartilhar algumas das suas
informações pessoais ou confidenciais e que tenha medo delas serem compartilhadas com outras
pessoas, os dados da pesquisa serão confidencias, e serão divulgadas apenas em eventos ou
publicações científicas, não havendo identificação dos voluntários, sendo assegurado total sigilo
sobre sua participação;
3. Você contará com o apoio do pesquisador se necessário, em todas as etapas de sua participação
no estudo.
O que posso esperar de benefício?
1. Apoio e orientação sobre a espiritualidade/morbidades/depressão e ansiedade durante o período
da pesquisa direto ou indireto, imediato ou posterior, ao participante em decorrência de sua
participação na pesquisa (II.4, Res. 466/12).
2. Você ter conhecimento de fatores como depressão, ansiedade, e como lhe dar com sua
religiosidade e espiritualidade;
3. Que este estudo seja uma forma de divulgar o perfil de saúde dos acadêmicos de medicina e
contribua para uma melhoria das condições de saúde nesta população.
Esclarecimentos:
Sempre que você desejar serão fornecidos esclarecimentos sobre cada uma das etapas do
estudo. A qualquer momento, você poderá recusar a continuar participando do estudo e, também, poderá
retirar sua permissão, sem que para isto sofra qualquer penalidade ou prejuízo.
Sobre sigilo das informações:
Será garantido o sigilo quanto a sua identificação e das informações obtidas pela sua
participação. Apenas os responsáveis pelo estudo terão acesso as suas informações e a divulgação destas
informações só será feita entre os profissionais estudiosos do assunto. Você não será identificado (a) em
nenhuma publicação que possa resultar deste estudo.
Há custos?
Não haverá nenhum custo ou gratificação financeira pela sua participação neste estudo.
Informações adicionais:
Você será indenizada por qualquer despesa que venha a ter com sua participação nesse
estudo e, também, por todos os danos que venha a sofrer pela mesma razão, sendo que, para essas
despesas estão garantidos os recursos.
O quê são os CEP?
Os Comitês de Ética em Pesquisa (CEP) são colegiados interdisciplinares e independentes,
de relevância pública, de caráter consultivo, deliberativo e educativo, criados para garantir a proteção dos
participantes da pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da
28

pesquisa dentro de padrões éticos. O endereço e o contato do CEP que está avaliando o desenvolvimento
deste trabalho é:
Contatos do CEP: Endereço: Rua Barão de Itapary nº 227
Bairro: Centro, Comitê de Ética CEP: 65.020-070 UF: MA Município: São Luís
Telefone: (98)2109-1250 E-mail: cep@huufma.br
Como participo do estudo?
No caso de aceitar fazer parte do estudo, assine as duas páginas que estão no final deste
documento, com igual conteúdo. Uma delas é sua e a outra do pesquisador responsável. É importante
lembrar que este termo também será assinado em todas as páginas pelos pesquisadores envolvidos neste
estudo.

São Luis, / /

Assinatura do sujeito ou responsável


Assinatura do pesquisador:

Contatos Pesquisador Responsável: Endereço: Av. dos Portugueses, 1966 – Centro de


Ciências Biológicas e da Saúde, Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde da UFMA, Bacanga,
São Luís - MA, 65080-805, (98) 3272-8000. Endereço eletrônico:jafneto@terra.com.brTelefone: (98)
9971-8194

Contatos do CEP: Endereço: Avenida dos Portugueses, 1966 CEB Velho


Bairro: Bloco C, Sala 7, Comitê de Ética CEP: 65.080-040 UF: MA Município: São Luís
Telefone: (98) 3272-8708 Fax: (98) 3272-8708 E-mail: cepufma@ufma.br

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