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CENTRO UNIVERSITÁRIO MARIA MILZA

BACHARELADO EM ODONTOLOGIA

LETÍCIA COSTA DOS SANTOS

LESÕES BUCAIS EM INDIVÍDUOS DIAGNOSTICADOS COM


TRANSTORNO DE DEPRESSÃO, ESTRESSE E ANSIEDADE: REVISÃO
INTEGRATIVA

Governador Mangabeira-BA
2022
LETÍCIA COSTA DOS SANTOS

LESÕES BUCAIS EM INDIVÍDUOS DIAGNOSTICADOS COM


TRANSTORNO DE DEPRESSÃO, ESTRESSE E ANSIEDADE: REVISÃO
INTEGRATIVA

Monografia apresentada ao curso de


Bacharelado em Odontologia, no
Centro Universitário Maria Milza,
como requisito de avaliação parcial
para obtenção do título de bacharela

Prof. Dra. Larissa Rolim Borges


Paluch
Orientadora

Governador Mangabeira-BA
2022
Ficha catalográfica elaborada pelo Centro Universitário Maria Milza,
com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

Bibliotecárias responsáveis pela estrutura de catalogação na publicação:


Marise Nascimento Flores Moreira - CRB-5/1289 / Priscila dos Santos Dias - CRB-
5/1824

Santos, Letícia Costa dos


S237l
Lesões bucais em indivíduos diagnosticados com transtorno de depressão,
estresse e ansiedade: revisão integrativa / Letícia Costa dos Santos.
Governador Mangabeira - BA , 2022.

49 f.

Orientadora: Larissa Rolim Borges Paluch.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) - Centro


Universitário Maria Milza, 2022 .

1. Manifestações Bucais. 2. Estresse Emocional. 3. Saúde Mental. I. Paluch,


Larissa Rolim Borges, II. Título.

CDD 617.6
LETÍCIA COSTA DOS SANTOS

LESÕES BUCAIS EM INDIVÍDUOS DIAGNOSTICADOS COM TRASTORNO


DE DEPRESSÃO, ESTRESSE E ANSIEDADE: REVISÃO INTEGRATIVA.

Banca de Avaliação

Data de apresentação___/___/____

Membros Avaliadores

_________________________________
Profa. Dra. Larissa Rolim Borges Paluch
Orientadora/UNIMAM

_________________________________
Prof. José Carlos Barbosa Andrade Júnior
Membro avaliador/UNIMAM

_________________________________
Prof. Romário Santiago de Jesus
Membro avaliador/UNIMAM

_______________________________
Dra. Andrea jaqueira da Silva Borges
Profa. de TCC/UNIMAM

Governador Mangabeira-BA
2022
A minha amada mãe, Maria de
Fátima.
AGRADECIMENTOS

Á Deus, ele quem plantou a semente desse sonho em meu coração e me


proporcionou saúde e perseverança para realizá-lo.

Á minha mãe Maria de Fátima, grande responsável e colaboradora para essa


conquista, minha fortaleza e incentivo para nunca desistir, essa vitória é nossa.

Às minhas irmãs, Milena Costa, Iasmim Costa e Maria Rita Costa, minhas
companheiras de vida.

Á minha sobrinha Isa Maria, dádiva de Deus, sou mais forte depois da sua
chegada.

Á Gilmar Santana, essencial para que esse sonho se concretizasse, serei


eternamente grata.

Aos meus avós, Marlene Bernada e Agenor dos Santos, vocês são a base de
tudo.

Às minhas tias, em especial a minha tia/mãe Vilma Maria por acreditar em meu
potencial, você é um exemplo para mim.

Á Beatriz Nunes, por ter acompanhado cada passo meu e por, muitas vezes,
ter me encorajado.

Às minhas companheiras de caminhada Rosiane Monic, Cristiane Castro e


Rainara Sampaio, sem vocês tudo seria mais difícil.

Á minha dupla Thamires Santana, quem me apoiou e esteve comigo a todo


momento, sendo inspiração de força e coragem.

Á Heliel Fernandes e Iury Fernandes, por todo suporte nos momentos difíceis,
vocês são colaboradores para essa conquista.

Á Adolpho Tito, pelo incentivo e cuidado.

Á Doutora Andréa Jaqueira, pelo apoio e por todo conhecimento que me foi
passado.

Á minha orientadora Larissa Paluch, pela dedicação e paciência.

Aos demais familiares, amigos e professores, minha eterna gratidão.


“As doenças são o resultado não só
dos nossos atos, mas também dos
nossos pensamentos.”
Mahatma Gandhi
RESUMO

Diversas patologias encontradas na cavidade bucal podem ter etiologia advinda


de desordens psicológicas, e essas podem contribuir para o agravamento de
fatores como os transtornos psicológicos, como o estresse, depressão e a
ansiedade, afetando diretamente na qualidade de vida do indivíduo. O estudo
objetivou conhecer como a literatura científica aborda a relação entre lesões
bucais e o diagnóstico de depressão, estresse e ansiedade. Os objetivos
específicos foram: Identificar os tipos de lesões com os transtornos psicológicos;
conhecer os diagnósticos que relacionam os transtornos psicológicos
(depressão, o estresse e a ansiedade) com as patologias identificadas e que
afetam a saúde bucal dos indivíduos; e verificar os possíveis tratamentos para
essas patologias. O estudo trata-se de uma revisão de literatura integrativa, com
levantamentos bibliográficos realizados nas bases de dados eletrônicas da
Biblioteca Virtual em Saúde, com artigos científicos publicados entre o período
de janeiro de 2017 a abril de 2022. Os descritores da pesquisa são: saúde bucal;
lesões bucais; depressão; estresse psicológico; ansiedade; saúde mental. Os
critérios de inclusão foram artigos disponíveis em língua portuguesa, artigos que
contemplem o tema abordado, publicação no período de janeiro/2017 a
abril/2022. Teve como critérios de exclusão: artigos repetidos nas bases de
dados, indisponíveis na integra gratuitamente e trabalhos de conclusão de curso
(graduação, mestrado ou doutorado). Foram selecionados 16 estudos com base
nos critérios citados anteriormente. A saúde não é entendida apenas por
ausência de doença, e sim por um bem-estar físico, social e principalmente
mental. Visto isso, o agravamento do líquen plano, das lesões causadas pelo
vírus do herpes simples e as ulcerações aftosas, pode estar relacionado a
transtornos psicológicos, pois a depressão, o estresse e a ansiedade geram
desequilíbrio no organismo, o que colabora para uma baixa qualidade de vida,
mudanças comportamentais, mal-estar emocional, capacidade funcional
prejudicada e surgimento de doenças sistêmicas. Nesse sentido, o estudo
poderá contribuir para a formação de profissionais de saúde bucal frente ao
atendimento de pacientes com lesões relacionadas a fatores psicológicos. Além
disso, informar as consequências que a depressão, a ansiedade e o estresse
acarretam a hemóstase dos indivíduos. Pois, embora existam indicativos da
relação entre o surgimento e agravamento de lesões bucais e doenças
psicológicas, essa temática ainda precisa ser discutida pelos profissionais
odontólogos visando a compreensão dos aspectos envolvidos nesse processo.

Palavras-chave: Manifestações bucais. Depressão. Estresse emocional.


Ansiedade.
ABSTRACT

Several pathologies found in the oral cavity may have etiology arising from
psychological disorders, and these may contribute to the aggravation of factors
such as psychological disorders, such as stress, depression and. anxiety, directly
affecting the individual's quality of life. The study aimed to know how the scientific
literature approaches the relationship between oral lesions and the diagnosis of
depression, stress and anxiety. The study aimed to know how the scientific
literature approaches the relationship between oral lesions and the diagnosis of
depression, stress and anxiety. The specific objectives were: To identify the types
of injuries with psychological disorders; knowing the diagnoses that relate
psychological disorders (depression, stress and anxiety) with the pathologies
identified and that affect the oral health of individuals; and verify the possible
treatments for these pathologies. The study is an integrative literature review,
with bibliographic surveys carried out in the electronic databases of the Virtual
Health Library, with scientific articles published between January 2017 and April
2022. The research descriptors are: oral health; oral lesions; depression;
Psychological stress; anxiety; mental health. Inclusion criteria were articles
available in Portuguese, articles that address the topic addressed, publication
from January/2017 to April/2022. I had as exclusion criteria: repeated articles in
the databases, unavailable in full for free and course completion works
(undergraduate, masters or doctorate). Sixteen studies were selected based on
the aforementioned criteria. Health is not only understood by the absence of
disease, but by physical, social and especially mental well-being. In view of this,
the worsening of lichen planus, the lesions caused by the herpes simplex virus
and aphthous ulcerations, may be related to psychological disorders, as
depression, stress and anxiety generate imbalance in the body, which contributes
to a low quality of life. of life, behavioral changes, emotional malaise, impaired
functional capacity and emergence of systemic diseases. In this sense, the study
aimed to contribute to the training of oral health professionals in the care of
patients with injuries related to psychological factors. In addition, it sought to know
the consequences that depression, anxiety and stress cause the hemostasis of
individuals. For, although there are indications of the relationship between the
emergence and worsening of oral lesions and psychological diseases, this issue
still needs to be discussed by dental professionals in order to understand the
aspects involved in this process.

Keywords: Oral manifestations. Depression. Emotional stress. Anxiety.


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

LP – Líquen Plano
CD – Cirurgião Dentista
OMS – Organização Mundial de Saúde
COVID 19 – Coronavírus Disease 2019
IST – Infecção Sexualmente Transmissível
HSV1 – Herpes Simples tipo 1
BVS – Biblioteca Virtual em Saúde
LILACS – Literatura Latino-americano e do Caribe em ciências da saúde
UAR - ulceração aftosa recorrente
LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Organograma das etapas para seleção dos artigos nas bases de
dados eletrônicas da Biblioteca virtual em saúde (BVS), no período de 2017 a
abril de 2022 ...................................................................................................26

Quadro 2- Aspectos gerais dos artigos selecionados na base de dados da BVS,


publicados entre o período de janeiro de 2017 a abril de 2022 ......................46

Quadro 3- Distribuição dos artigos, segundo o ano de publicação, sobre lesões


bucais em indivíduos diagnosticados com transtorno de depressão, estresse e
ansiedade .......................................................................................................28

Quadro 4- Relações entre lesões bucais e transtornos psicológicos encontradas


nos artigos selecionados na BVS, no período de janeiro de 2017 a abril de
2022.................................................................................................................29

Quadro 5- Tipos de lesões e transtornos psicológicos encontrados na base de


dados da BVS, publicados entre o período de janeiro de 2017 a abril de
2022...................................................................................................................30

Quadro 6- Impactos causados por transtornos psicológicos à saúde dos


indivíduos, com base nos artigos selecionados na BVS, com estudos publicados
no período de janeiro de 2017 a abril de 2022................................................31

Quadro 7- Diagnóstico das lesões bucais relacionadas a transtorno psicológico,


encontrados na base de dados da BVS, com artigos publicados entre o período
de janeiro de 2017 a abril de 2022...................................................................32

Quadro 8- Tratamento das lesões relacionadas a transtornos psicológicos


encontrados na base de dados da BVS, publicados entre o período de janeiro de
2017 a abril de 2022.........................................................................................33
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 12

2 REVISÃO DE LITERATURA 15
2.1 SAÚDE MENTAL 15
2.2 SAÚDE MENTAL EM TEMPOS DE PANDEMIA 16
2.3 TRASTORNOS PSICOLÓGICOS 17
2.4 LESÕES BUCAIS ASSOCIADAS À TRASTORNOS 18
PSICOLÓGICOS
2.5 TRATAMENTOS DAS LESÕES BUCAIS ASSOCIADAS À 22
DEPRESSÃO, ESTRESSE E ANSIEDADE

3 PROCEDIMENTOS METODOLOGIOS 24
3.1 TIPO DE ESTUDO 24
3.2 LOCAIS DAS BUSCAS E DESCRITORES 24
3.3 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS TÍTULOS 25
3.4 ORGANIZAÇÃO E TÉCNICA DE ANÁLISE DOS DADOS 26

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 28
4.1 TIPOS DE LESÕES E TRASTORNO PSICOLÓGICO 29
4.2 DIAGNÓSTICO 32
4.3 TRATAMENTO PARA AS LESÕES BUCAIS 33

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 35

REFERÊNCIAS 36

APÊNDICE A - Aspectos gerais dos artigos selecionados na base de 46


dados da Biblioteca Virtual em Saúde
12

1 INTRODUÇÃO

Na década de 1980, o Brasil programou medidas de saúde voltada,


principalmente, a atenção ao bem-estar da saúde mental e na prevenção dos
transtornos psicológicos, as medidas colaboraram para uma grande transformação na
condição de saúde mental e consequentemente, asseguraram uma melhor qualidade
de vida aos indivíduos (ALMEIDA et al., 2019). Em contrapartida é cada vez mais
comum a exposição do ser humano a eventos adversos, dentro da sociedade, no
âmbito familiar, trabalho, relacionamentos, entre outros, e esses eventos podem gerar
tensões físicas e emocionais, colaborando para o desenvolvimento de problemas que
afetam a saúde mental (SADIR et al., 2010).
O desequilíbrio na saúde mental pode levar a mudanças comportamentais e
nas condições sistêmicas, levando a quadros de depressão, estresse e ansiedade,
que são considerados os transtornos psicológicos mais comuns, acometendo boa
parte da população, esses transtornos não alteram somente as emoções, mas
também podem levam a uma quebra na hemóstase do organismo (MELO et al., 2021).
A quebra na hemóstase do organismo, decorrente de transtornos psicológicos,
geram alterações negativas na cavidade bucal, esta relação é estabelecida na
literatura, onde Abertz et al. (2011), consideram que fatores psicológicos estejam
diretamente relacionados ao surgimento de lesões bucais.
Se tratando das lesões provocadas e/ou agravadas por transtornos
psicológicos, Vasco et al. (2021), trazem a teoria que a etiologia e o agravamento de
lesões de caráter crônico e autoimunes como o líquen plano (LP) esteja associada a
fatores emocionais, já que são lesões frequentemente encontradas em indivíduos com
diagnóstico de depressão, estresse e ansiedade.
O LP é uma patologia de caráter crônico e autoimune que acomete os tecidos
moles da boca, e há a possibilidade de que suas lesões sejam agravadas por
transtornos psicológicos, e o contrário é verdadeiro, já que pacientes que são
acometidos por lesões de LP podem sofrer com níveis elevados de depressão,
estresse e ansiedade (MIRANDA et al., 2021). Para Degasperi e Guerra (2021), o
agravamento dessa patologia se deve a resposta imunológica correlacionada a fatores
de estresse e ansiedade.
Além do LP, estudo realizado por Silva et al. (2021) mensura as consequências
que os transtornos psicológicos (depressão, o estresse e a ansiedade) trazem a saúde
13

bucal. Foi observado que 38% da amostra apresentou alterações bucais, como o
herpes simples e a ulceração aftosa recorrente (UAR), com 8,92% e 18,75%
respectivamente. Wazzoller et al. (2016) relatam que o vírus do herpes simples tem
uma prevalência de infecção extremante alto, as lesões são altamente contagiosas,
acometendo de 70% a 80% da população adulta. E Consolaro e Fernanda (2009)
citam que as lesões de herpes simples recidivante, além de trazerem desconforto ao
paciente, podem aumentar em situações de estresse emocional. Para Costa et al.
(2019) a UAR é uma condição bastante comum encontrada na cavidade bucal,
clinicamente é possível observar a perda súbita do tecido mucoso, acredita-se que a
etiologia das ulcerações esteja relacionada a transtornos psicológicos.
O tratamento dos indivíduos que sofrem com lesões bucais associadas a
transtornos psicológicos deve ser feito através de um diagnóstico fidedigno, logo é de
suma importância que o cirurgião-dentista (CD) esteja capacitado para entender e
diagnosticar as lesões que acometem a boca, além de tratar esse paciente de forma
multiprofissional, encaminhando-o para acompanhamento com profissionais da
psicologia (BRAGA; SOUZA, 2016).
O interesse pelo o tema se deu após assistir uma palestra sobre lesões bucais
associadas a fatores psicológicos, a palestra despertou-me uma curiosidade sobre o
assunto já que, atualmente, o número de pessoas que sofrem com transtornos
psicológicos como a depressão, a ansiedade e o estresse é altíssimo, e saber que
estes transtornos podem estar relacionados com patologias bucais fez com o que eu
buscasse mais informações a fim de entender como essa relação acontece e como
futuramente eu posso contribuir para a melhoria na qualidade de vida desses
pacientes.
Diante do exposto, reconhecendo que transtornos psicológicos estão
relacionados ao agravamento de leões bucais, a pesquisa trouxe como problema:
Como a literatura científica aborda a relação existente entre lesões bucais e indivíduos
com diagnóstico de depressão, estresse e ansiedade?
O estudo objetivou conhecer como a literatura científica aborda a relação entre
lesões bucais e o diagnóstico de depressão, estresse e ansiedade. Os objetivos
específicos foram: Identificar os tipos de lesões com os transtornos psicológicos;
conhecer os diagnósticos que relacionam os transtornos psicológicos (depressão, o
estresse e a ansiedade) com as patologias identificadas e que afetam a saúde bucal
dos indivíduos; e verificar os possíveis tratamentos para essas patologias.
14

Este estudo poderá possibilitar um melhor entendimento dos profissionais de


saúde bucal frente a casos de lesões que podem estar relacionadas a fatores
psicológicos. Além de conhecer as consequências que a depressão, a ansiedade e o
estresse trazem a hemóstase do indivíduo.
15

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 SAÚDE MENTAL

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a saúde não é entendida


como a ausência de doença, mas como um bem-estar social, físico e mental (OMS,
1947). Para Gaino et al. (2018), a saúde mental é totalmente influenciada por fatores
históricos e sociais, que podem levar, ou não, os indivíduos a desenvolverem
habilidades diante de situações estressoras e atípicas do cotidiano.
Se tratando do processo de saúde e doença mental, o modelo de
enfrentamento clínico individual não deve ser imposto, e sim o modelo de
interdisciplinaridade, que possibilita a não dissociação da saúde mental da saúde
física, já que a ligação entre estas é comprovada (SILVEIRA et al., 2018). O cuidado
ao indivíduo que sofre com desequilíbrio na saúde mental deve ser feito de forma
Interprofissional, possibilitando um tratamento completo, reforçando a ideia de que a
saúde é um estado de bem-estar emocional, físico e social (CERVO et al., 2020).
Em 2011 foram implantadas ações, pelo Ministério da Saúde, que estimularam
pesquisas e treinamentos na área da saúde mental, visando desenvolver serviços
voltados à população que sofrem com algum tipo de adoecimento psíquico (CAMPOS
et al., 2019). A duração e intensidade de fatores que influenciam o adoecimento
mental podem resultar em diversas consequências serias ao ser humano, como
respostas negativas do cérebro, tomadas de decisões, memoria, problemas com o
sono, transtornos psicológicos, entre outros (DONIDA et al., 2021).
Para que um indivíduo tenha qualidade de vida é necessário ir muito além do
que o bem-estar físico, sendo importante englobar outros fatores como a saúde
mental, bom convívio na sociedade, boas relações familiares, entendimento da
posição que ocupa, bom enfretamento de situações adversas, assim como a
percepção dos seus valores, objetivos e preocupações (ANDRADE et al., 2020).
Para Conceição et al. (2019), o aparecimento de sinais e sintomas psíquico
diante de situações crônicas de estresse, ansiedade e depressão afetam diretamente
a qualidade de vida, colaborando para desgaste psicológico que pode ser refletido
fisicamente. E, segundo Melo et al. (2021) a saúde mental deve ser estabelecida para
que o indivíduo tenha qualidade de vida, pois esta influência diretamente no
16

comportamento, nas relações familiares, na comunidade que este faz parte, na saúde
geral, entre outros.

2.2. SAÚDE MENTAL EM TEMPOS DE PANDEMIA

Em dezembro de 2019, na China, foi diagnosticado o primeiro caso de infecção


pelo Coronavírus Disease 2019 (COVID-19), e logo depois outros vários países
tiveram seus habitantes contaminados, já que se trata de um vírus com alto teor de
transmissibilidade que levou a um quadro de pandemia (DINIZ et al., 2020).
Durante uma pandemia os indivíduos podem ficar mais susceptíveis ao
adoecimento mental, já que esta leva a experiências, preocupações e sentimentos
negativos. Portanto, é necessário que os profissionais da psicologia estejam
preparados para o desenvolvimento de medidas que auxiliem no enfrentamento
dessas patologias (FARO et al., 2020).
Os efeitos psicológicos negativos das medidas preventivas impostas durante a
pandemia, como o isolamento e o distanciamento social são reais. Formas de mal-
estar, a sensação de debilidade, tristeza, incertezas, medos e estresse levam,
consequentemente, a alterações no sono, apetite e no comportamento, o que pode
acarretar um número menor de pessoas infectadas comparadas ao número de
pessoas afetadas psicologicamente (LIMA, 2020).
Em uma pesquisa feita, durante o período de pandemia pelo COVID-19, por
Wang et al. (2020), foi possível observar que entre os 1.210 indivíduos participantes
da pesquisa, 16,5% apresentavam sintomas depressivos, 28,8% sintomas moderados
de ansiedade e 8,1% possuíam quadros moderados e graves de estresse, ou seja,
53,4% sofriam danos psicológicos severos. Esse estudo relata a dificuldade de acesso
à informação, a falta de compressão e a disseminação de informações com
procedências duvidosas, fizeram com o que os indivíduos com baixa escolaridade
ficassem mais susceptíveis ao desenvolvimento de transtornos psicológicos, como a
depressão, durante a pandemia.
A literatura enfatiza a necessidade de ter conhecimento sobre as doenças que
acometem os indivíduos, os riscos, as maneiras de autocuidado, formas de prevenção
e tratamento, e que essas informações sejam passadas de maneira clara e fidedigna
para a população, colaborando para a promoção de saúde sistêmica e até mesmo
17

prevenindo o desenvolvimento de transtornos psicológicos como a depressão o


estresse e a ansiedade (DUARTE et al., 2020).

2.3 TRANSTORNOS PSICOLÓGICOS

Fatores psicológicos como a depressão, estresse e a ansiedade têm sido


relacionados ao surgimento e agravamento de doenças. Murcho, Pacheco e Neves
(2016) ressaltam que as prevalências de problemas psicológicos apresentam uma
forte relação com doenças físicas. Reforçando, Pagliarone e Sforcin (2009) chamam
atenção que alterações psicológicas como a depressão, ansiedade e estresse estão
associadas à desordem fisiológicas devido aos efeitos imunossupressores liberados
durante tais alterações.
Na psiquiatria a depressão é tratada como transtorno, sendo diagnosticada a
partir da presença de sintomas que se manifestam com uma determinada duração,
frequência e intensidade (FERREIRA; GONÇALVES; MENDES, 2014). Desta forma,
a depressão se trata de uma perturbação caracterizada por extrema tristeza,
sentimento de culpa, baixa autoestima, presença de anedonia, baixa probabilidade de
alcançar objetivos importantes para o indivíduo, e em alguns casos perda da vontade
de viver (PINTO et al., 2015). Apesar de existir algumas teorias sobre a etiologia da
depressão, ainda não se sabe ao certo o que leva o indivíduo a desenvolvê-la.
Acredita-se que pessoas diagnosticadas com a depressão liberam respostas
imunoinflamatórias e citocinas pró-inflamatórias (VISMARI; ALVES; NETO, 2008).
O estresse é caracterizado por uma quebra na hemóstase do organismo por
algum estímulo estressor, nessa perspectiva o estresse pode gerar grandes
consequências fisiológicas, psicológicas e no comportamento do indivíduo (REIS;
FERNANDES; GOMES, 2010). Essa alteração na hemóstase pode acarretar o
aparecimento e/ou agravamento de patologias bucais. A ansiedade por sua vez, pode
ser entendida como um estado de adaptação do organismo diante de situações
adversas, sendo o medo a resposta de alarme ao perigo eminente ou presente. Para
Montiel et al. (2014) a ansiedade está relacionada a inúmeras respostas produzidas
pelo organismo, como aumento da pressão arterial, alterações respiratórias, rigidez
muscular, entre outras, esse distúrbio é bem comum, proporcionando aos indivíduos
frequentes idas aos serviços de saúde em diferentes especialidades.
18

O estresse e a ansiedade são tidos de forma positiva quando acontecem de


maneira adaptativa, não tendo uma duração e intensidade prolongada. Quando isso
não acontece e esses fatores são desencadeados sem um evento estressor
caracteriza-se como transtornos psicológicos que geram respostas fisiológicas
negativas ao organismo (MARTINS et al., 2019).
São vários os fatores que podem desencadear desordens psicológicas como a
ansiedade e o estresse, entre elas estão problemas de saúde sistêmicos e crônicos,
desavenças familiares e amorosas, vida social agitada, falta de suporte social,
inseguranças, problemas no trabalho, assim como faixa etária, sexo, condição
financeira e nível educacional (BONAFÉ et al., 2016).

2.4 LESÕES BUCAIS ASSOCIANDOS A TRASTORNOS PSICOLÓGICOS

Por muito tempo acreditou-se que as patologias que afetavam a boca eram
apenas relacionadas a dentes. Com o avanço da tecnologia e estudos
epidemiológicos, os cirurgiões-dentistas (CD) puderam perceber que havia uma
grande variedade de lesões que acometem o tecido mole, salientando o quanto é
importante uma anamnese detalhada, um exame clínico criterioso e exames
complementares para a obtenção de um diagnóstico fidedigno (SOUZA et al., 2014).
Segundo Marciel et al. (2008), assim como a pele, a mucosa bucal também
está susceptível ao aparecimento de lesões. Os autores consideram que a mucosa
bucal seja mais acometida por patologias ocasionadas por traumas e inflamações do
que a própria pela humana. Para Alves et al. (2017), a cavidade bucal pode sofrer
alterações devido a fatores sistêmicos, sejam através de hábitos ou de uma quebra
na hemóstase, os impactos na saúde bucal podem ser observados mediante ao
aparecimento de patologias que podem levar ao agravamento do quadro sistêmico do
indivíduo, ou seja, preservar ou devolver a saúde bucal é de extrema importância para
o tratamento de enfermidades sistêmicas.
Almeida et al. (2005), salientam que as lesões que acometem o sistema
estomatognático podem estar relacionados a fatores sistêmicos, que contribuem para
o agravamento ou surgimento de patologias na cavidade bucal. Logo, é de extrema
importância que o estudo epidemiológico de uma população seja feito, pois este tipo
de estudo possibilita diagnosticar e tratar as enfermidades precocemente.
19

Além de possibilitar o conhecimento das lesões bucais mais prevalentes em


uma área geográfica, a pesquisa epidemiológica contribui para que o profissional de
saúde bucal determine ações preventivas, assim como tratamento precoce das
patologias (KNIEST et al., 2011). Aspectos psicológicos, em especial o estresse,
podem estar relacionados na etiologia de lesões bucais como o líquen plano, herpes
simples recidivante e UAR (CRUZ et al., 2008).

a) Líquen Plano

Para Vasco et al. (2021), é grande a importância de que a saúde física esteja
em equilíbrio com a saúde mental, pois quando esse equilíbrio não é estabelecido o
surgimento de patologias na cavidade bucal é esperado, já que transtornos
psicológicos como a depressão, o estresse e a ansiedade estão relacionados e pode
ser, até mesmo, um fator etiológico para lesões de LP, pois estes transtornos podem
alterar as funções imunológicas dos indivíduos.
O LP é uma doença de caráter crônico e autoimune. Sua etiologia ainda não é
bem definida, no entanto, existe a possibilidade de que o agravamento do LP está
associado às desordens psicológicas como o estresse, a ansiedade e a depressão.
Mesmo sendo uma possibilidade ainda controversa, existem estudos realizados que
consideram a influência de fatores psicológicos no desenvolvimento e agravamento
da patologia (VENTURINI et al., 2006).
O estresse é tido como um fator extremamente relevante para o aparecimento
do LP e a para a piora do quadro das lesões, já que as condições mentais influenciam
na saúde bucal e, sobretudo na saúde sistêmica dos indivíduos (BUENO et al., 2020).
Conforme afirmam Degasperi e Guerra (2021) situações estressantes podem
contribuir para desordens fisiológicas, gerando respostas negativas ao organismo e
principalmente ao sistema imune, isso poderia justificar o aparecimento das lesões de
LP, contudo, essa ainda é uma afirmação que não é bem esclarecida. De acordo com
Nico, Fernandes e Lourenço (2011) o LP pode se manifestar de diferentes formas:
atrófica, eritematosa, reticular, papulosa, bolhosa e erosiva cada uma com duração e
intensidade variadas.
Monti et al. (2006) salientam que a forma reticular é a mais comum nos
indivíduos com a patologia, apresentando-se com caráter assintomático, no exame
clínico observa-se lesões com aspectos de linhas brancas, conhecida por estrias de
20

Wickham. As lesões de LP são mais encontradas em pessoas de idade média e do


sexo feminino, sendo a área de mucosa jugal a mais acometida. E Sousa e Rosa
(2005) citam que a maior prevalência do LP em indivíduos do sexo feminino pode
estar relacionada ao fato de que as mulheres estejam mais susceptíveis ao estresse
emocional e a altos níveis de ansiedade.
É bastante discutida a ideia de que as lesões de LP oral podem ter potencial
de transformação maligna, embora esse ainda seja um debate que necessite de mais
evidências, fatores emocionais como o estresse é apontado como agravante para as
lesões, já que o estresse colabora para a liberação de mediadores de inflamação,
assim como imunossupressão do organismo (LEITE et al., 2019).

b) Herpes Simples Recidivante

De caráter contagioso, o herpes simples é uma infecção sexualmente


transmissível (IST) que se manifesta de forma dolorosa e bastante incomoda para o
paciente. As manifestações clínicas são localmente dolorosas, principalmente durante
a movimentação ou manipulação do local afetado (CONSOLARO; FERNANDA,
2009).
Couto et al. (2017), consideram que as lesões causadas pela infecção do
herpes tipo 1, lesões estas comumente observadas em lábio, e que pode facilmente
se disseminar para outras áreas através da saliva contaminada, apresentam-se de
forma dolorosa, sensação de queimação e coceira constante, tendo seu pico de
contaminação viral após 24h da formação das lesões. E Clemens e Forhat (2010)
citam que infecções causadas pelo vírus herpes tipo 1 (HSV1) caracterizam lesões
que afetam região bucal e facial, geralmente a contaminação pelo HSV1 acontece nas
primeiras décadas de vida.
O vírus do herpes pode se apresentar de maneira ativa ou na forma latente,
sendo através das lesões ativas o meio de contaminação pelo vírus, após a
contaminação as infecções podem se apresentar de forma recidiva, dependendo das
condições imunológicas do paciente (RODRIGUES et al., 2021). E as condições
imunológicas e emocionais do hospedeiro são apontadas como fatores que irão
influenciar na apresentação das lesões causadas pela infecção do herpes, as lesões
podem ser de caráter agudo com formação de vesículas que contém um líquido
21

contagioso, ou crônico e recidivo em indivíduos imunocomprometidos e abalado


emocionalmente (CUNHA et al., 2022).
O vírus se encontra em um estado de latência no organismo, mais
precisamente no gânglio nervoso do indivíduo infectado e pode se manifestar, por
meio de lesões vesiculares, quando o indivíduo está imunossuprimido, diante de
situações de estresse psicológico, exposição severa ao sol (RODRIGUES et al.,
2010). De acordo com Geller et al. (2012) infecções pelos vírus herpes simples
representam a IST mais comuns no mundo. Reforçando, Silva et al. (2019)
consideram que infecções pelo vírus do herpes geram impacto mundial, podendo se
apresentar de caráter crônico, latente e recidivante.

c) Ulceração Aftosa Recorrente

A UAR é caracterizada pelo surgimento de úlceras dolorosas, únicas ou


múltiplas na cavidade bucal. Sua etiologia é multifatorial, sendo causadas por fatores
locais ou sistêmicos que merecem uma abordagem criteriosa, as lesões são
observadas mais comumente em pessoas jovens e do sexo feminino, entre os fatores
causadores dos surgimentos das ulcerações estão desordens psicológicas como a
ansiedade, a depressão e principalmente o estresse (PEREIRA et al., 2013).
Fraih et al. (2002) consideram que essa ulceração seja a patologia que mais
acomete a região bucal, as lesões podem apresentar diferentes formas, tamanho,
quantidade, localização, e geralmente desaparecem de forma espontânea.
Geralmente são bastante dolorosas e desconfortáveis devido à exposição de tecido
conjuntivo, assim como a inflamação, acredita-se que a deficiência imunológica esteja
associada ao aparecimento das lesões (ANDRADE et al., 2020).
A literatura aponta o estresse emocional como agravante e/ou um fator
predisponente para o surgimento dessa patologia. O estresse é citado como um fator
precipitante e a manifestação clínica das lesões, frequentemente, coincide com
períodos de tensão emocional e intenso estado da referida condição emocional”
(CRUZ et al., 2008).
22

2.5 TRATAMENTOS DAS LESÕES BUCAIS ASSOCIADAS À DEPRESSÃO,


ESTRESSE E ANSIEDADE

A realização da anamnese detalhada e de um exame clínico feito de maneira


minuciosa, além de exames complementares são essenciais para evitar que os
tratamentos das lesões sejam baseados em tentativas e até mesmo em erros. E os
pacientes que são acometidos por fatores psicológicos como ansiedade, a depressão
e o estresse devem ser tratados de maneira específica, ou seja, devem ser
encaminhados para psicólogos (CERCHIARI et al., 2005).
Para Soares e Caponi (2011), dentre os tratamentos para a depressão estão a
atividade física, terapias com psicólogos, acupuntura, e medicamentos
antidepressivos. Segundo Consolaro et al. (2009) o conhecimento da etiologia e das
manifestações clínica de cada lesão é de extrema importância para um diagnóstico, e
principalmente para obtenção de um tratamento eficaz.
Em casos de lesões por LP o uso de corticoides sistêmicos e/ou laserterapia
como tratamento tem se mostrados eficazes (GARCÍA; GONZÁLEZ; GARCIA, 2017).
Estudos apontam que o clobetasol tópico, que se trata de um corticosteroide potente
que auxilia no alívio de manifestações inflamatórias e dermatites pode ser um aliado
no tratamento do dessa patologia (CHAMANI et al., 2015). Para Martins et al. (2008),
o emprego de corticoides tópicos e/ou sistêmicos no tratamento dessas lesões
proporcionam prognósticos bons, podendo melhorar na sintomatologia. É de
fundamental importância que os pacientes sejam acompanhados por profissionais
responsáveis pelos cuidados da saúde bucal.
Os cuidados terapêuticos nos casos de infecções por herpes simples podem
ser feitos de forma local e/ou sistêmico, com o uso de medicamentos antivirais como
o aciclovir, valaciclovir, famciclovir (GELLER et al., 2012). O rompimento das vesículas
formadas pela infecção por herpes simples pode ser uma alternativa de tratamento
para aliviar a recorrência, porém se trata de uma manobra perigosa, pois há a
possibilidade de uma autoinoculação do vírus em outras partes do corpo como olhos
e região íntima (CONSOLARO et al., 2009).
Em UARs, por serem, geralmente, lesões dolorosas e incomodas para o
paciente, é fundamental que o profissional de saúde bucal renuncie a meios de
tratamentos que ajudem a minimizar os principais sintomas. De acordo com Vieira et
al. (2015), a prescrição de medicamentos tópicos, anti-inflamatórios, ou até mesmo a
23

laserterapia são opções de tratamentos para as lesões ulcerativas. Para Natah et al.
(2004), não existe um tratamento próprio nos casos de ulcerações aftosas recorrentes
(UAR), o que pode ser feito é a redução da gravidade e frequência das lesões.
24

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1 TIPO DE ESTUDO

O estudo trata-se de uma revisão de literatura integrativa, feito a partir de


pesquisas em fontes secundárias por meios de artigos científicos encontrados em
bases eletrônicas que permita epilogar o conhecimento atual sobre a influência que
os transtornos psicológicos têm sobre a saúde bucal, assim como os impactos que as
patologias bucais têm sobre a saúde mental. A escolha pela revisão de literatura
integrativa visou possibilitar encontrar diferentes pontos de vista sobre o mesmo
assunto em um só estudo, proporcionando uma melhor compreensão sobre o tema
abordado.
E, de acordo com Souza et al. (2010) a revisão integrativa possibilita uma visão
amplificada do objeto de estudo, possibilitando combinar dados empíricos e teóricos,
além de determinar evidências atualizadas sobre uma temática específica,
fundamentando-se em estudos e conhecimentos científicos.

3.2 LOCAIS DE BUSCA E DESCRITORES

Os levantamentos bibliográficos foram realizados na base de dados eletrônica


da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) com artigos científicos publicados entre o
período de janeiro de 2017 a abril de 2022. Os descritores da pesquisa foram:
Descritor principal: saúde bucal e descritores secundários: lesões bucais; depressão;
estresse psicológico; ansiedade e saúde mental.
Os critérios de inclusão foram artigos disponíveis em língua portuguesa, artigos
que contemplem o tema abordado, publicação no período de janeiro/2017 a
abril/2022. Foram utilizados como critérios de exclusão: artigos repetidos nas bases
de dados, indisponíveis na integra gratuitamente e trabalhos de conclusão de curso
(graduação, mestrado ou doutorado).
25

3.3 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS TÍTULOS

Para o descritor principal do estudo “saúde bucal”, nas bases de dados da


Biblioteca Virtual em saúde (BVS), estava disponíveis 12.760 publicações. Em
seguida, foram feitos os cruzamentos do descritor principal com os descritores
secundários, como está simplificado no Quadro 1.
Para a seleção dos artigos na BVS foram utilizados os seguintes filtros: texto
completo disponível; idioma português; e artigos publicados nos últimos 5 anos.
No cruzamento entre os descritores saúde bucal e lesões bucais, estão
disponíveis na BVS 2.297 estudos, com aplicação dos filtros restaram 64 trabalhos,
destes foram obtidos 7 artigos, sendo 2 excluídos e 5 selecionados para o estudo.
No cruzamento entre saúde bucal e depressão, estão disponíveis 107
trabalhos, após a aplicação dos filtros restaram 16 estudos, destes 9 artigos foram
separados para análise, sendo 4 excluídos e 5 selecionados.
Entre os descritores saúde bucal e estresse psicológico estão disponíveis na
BVS 55 estudos, após a aplicação dos filtros restaram 8 publicações, destes somente
2 artigos estavam dentro dos critérios de inclusão citados anteriormente.
No cruzamento dos descritores saúde bucal e ansiedade, na BVS estão
disponíveis 186 publicações, com a aplicação dos filtros esse número caiu para 27,
destes 2 foram obtidos, e 1 excluído.
No cruzamento entre os descritores saúde bucal e saúde mental, estão
disponíveis 1.476 publicações, com os filtros esse número caiu para 74, destes foram
obtidos 5 artigos e 2 foram excluídos, selecionando um total de 16 artigos para o
presente estudo.
26

Quadro 1 - Organograma das etapas para seleção dos artigos nas bases de dados
eletrônicas da Biblioteca virtual em saúde (BVS), no período de 2017 a abril de 2022.

Biblioteca Virtual em saúde (BVS)

SAÚDE BUCAL (total 12.760)

Descritores Excluídos Selecionados


FILTROS
Artigos; Lesões bucais (7) 2 5

Texto completo; Depressão (9) 4 5


Idioma: português;
Estresse psicológico (2) - 2
Período 2017 a 2022;
Ansiedade (2) 1 1

Saúde mental (5) 2 3

Utilizados: 16
Fonte: Elaborado pelo autor, 2022.

3.4 ORGANIZAÇÃO E TÉCNICA DE ANÁLISE DOS DADOS

Após a seleção dos artigos disponíveis nas bases de dados foi realizada uma
leitura superficial do material para analisar o conjunto de informações. Posteriormente
foi feita uma leitura exploratória de todo o artigo para saber se o mesmo contempla a
temática abordada e se está de acordo com os critérios de inclusão. Em seguida,
foram organizados em um quadro os artigos selecionados para o estudo abrangendo:
número do artigo, autoria/ano, objetivo e tipo de estudo (Quadro 2).
Em seguida, foi realizada uma análise dos artigos de forma cuidadosa,
possibilitado extrair e identificar os conteúdos manifestos e latentes, buscando
controvérsias e consonâncias entre os autores de cada temática.
27

Quadro 2 - Aspectos gerais dos artigos selecionados na base de dados da BVS,


publicados entre o período de janeiro de 2017 a abril de 2022.
No. do Autoria(ano) Objetivo Tipo de estudo
artigo
Art. 1

Art. 2
Art. 3

Art. 4
Fonte: Elaborado pelo autor, 2022.

Após todas as informações compiladas, estas foram analisadas, interpretadas


e comparadas com outros estudos, buscando-se, através de inferências uma melhor
visualização dos resultados encontrados e discussão a partir desses achados, sendo
sustentado pela própria literatura existente sobre a temática.
28

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A revisão foi composta por 16 artigos científicos selecionados por meio on-line
na BVS, de acordo com os critérios de inclusão citados anteriormente. Está
apresentado no Apêndice A todos os artigos considerando os seguintes aspectos:
autoria, ano de publicação, objetivo e delineamento do estudo.
Quanto ao ano de publicação, destaca-se o ano de 2019 com 31,25% das
publicações, como é demostrado no Quadro 3.

Quadro 3 - Distribuição dos artigos, segundo o ano de publicação, sobre lesões bucais
em indivíduos diagnosticados com transtorno de depressão, estresse e ansiedade.
Ano de publicação Número de artigos Porcentagem

2017 2 12,5%

2018 4 25%

2019 5 31,25%

2020 2 12,5%

2021 3 18,75%

Fonte: Dados da pesquisa, 2022.

Segmentando as publicações por região de produção, a região Sul teve


destaque com 7 dos estudos selecionados. Quanto ao tipo de estudo, foram
analisados 13 estudos transversais e a base de dados com maior predominância foi a
LILACS em 8 estudos.
Nos estudos que foram selecionados, tendo foco principal lesões bucais em
indivíduos diagnosticados com transtorno de depressão, estresse e ansiedade,
correlacionando com a saúde sistêmica, com a qualidade de vida e bem-estar dos
pacientes. As 3 categorias relacionadas ao tema são: a) tipos de lesões com
transtornos psicológicos, b) formas de diagnósticos, e c) possíveis tratamentos.
29

4.1 TIPOS DE LESÕES BUCAIS E TRASTORNOS PSICOLÓGICOS

Os problemas de saúde bucal podem interferir em diferentes áreas do corpo


humano, podendo impedir funções cotidianas, afetar a qualidade de vida, provocar
sofrimento e agravar transtornos psicológicos (QUEIROZ et al., 2019).
Os transtornos psicológicos desencadeiam sentimentos e emoções negativas
a saúde geral, levando a uma quebra na hemóstase, o que colaboraria para o
agravamento das condições bucais dos portadores de depressão, estresse e
ansiedade, tornando prevalente a relação entre transtornos psicológicos e patologias
bucais (SILVA et al., 2019).
No quadro 4 observa-se as relações entre lesões bucais e transtornos
psicológicos citadas nos estudos selecionados.

Quadro 4- Relações entre lesões bucais e transtornos psicológicos encontradas nos


artigos selecionados na BVS, no período de janeiro de 2017 a abril de 2022.
AUTORIA (ANO) LESÕES BUCAIS E TRASTORNOS PSICOLÓGICOS

Cruz et al. (2017) É solidada a ideia da relação direta e indiretamente que os


fatores psicológicos colaboram para mudanças
comportamentais, sistema imunológico comprometido e
alterações na saúde bucal.

Lopes et al. (2021) O transtorno de depressão leva diversas consequências ao


indivíduo, dentre elas estão a baixa qualidade de vida, a
piora da condição bucal, ou até mesmo ao surgimento de
lesões.

Nascimento e Souza O estresse e a ansiedade trazem problemas a saúde bucal


(2021) através do agravamento de patologias, visto que o
contrário é verdadeiro, já que as desordens bucais podem
levar o indivíduo a desenvolver transtornos psicológicos.

Odilon et al. (2017) A saúde bucal é inteiramente ligada a saúde geral, e


quando esta não está em equilíbrio, problemas sistêmicos
podem ser desenvolvidos, impactando diretamente os
aspectos psicológicos e sociais dos indivíduos.

Fonte: Dados da pesquisa, 2022.


30

Os estudos analisados asseguram que os transtornos psicológicos, como a


depressão, o estresse e a ansiedade podem gerar desequilíbrio na hemóstase do
organismo e consequentemente levar ao agravamento de lesões bucais como o líquen
plano, lesões causadas pelo vírus do herpes, e as UAR. O quadro 5 sintetiza os artigos
que apontam a relação existente entre as lesões bucais e os transtornos psicológicos.

Quadro 5- Tipos de lesões e transtornos psicológicos encontrados na base de dados


da BVS, publicados entre o período de janeiro de 2017 a abril de 2022.
TRANSTORNO PSICOLÓGICO
TIPOS DE LESÕES
Depressão Estresse Ansiedade
- 1, 7, 14, 15 14
Líquen plano
- 1, 2, 4,13 2, 13
Herpes simples
Ulceração aftosa 3,16 1, 2, 4, 10, 15, 16 1, 10, 15

Fonte: Dados da pesquisa, 2022.

Com base nos estudos selecionados verifica-se que entre os tipos de lesões, a
UAR é a mais prevalente em pacientes que sofrem com transtorno psicológico
(depressão, o estresse e a ansiedade). Para Teotônio et al. (2021), a prevalência de
lesões bucais, como por exemplo as ulcerações aftosas, em indivíduos com transtorno
psicológico é alta, influenciando diretamente na qualidade de vida.
Para Chiloff et al. (2019) os eventos crônicos estressantes, sintomas de
depressão, ou a própria condição de vida, o lugar que se vive, as limitações funcionais,
são agravantes que influenciam indireta e diretamente na saúde bucal dos pacientes.
Os impactos que os transtornos psicológicos causam na vida dos indivíduos é
extremamente relevante e deve-se ter um cuidado relacionado a isso, sabendo que a
falta de qualidade de vida pode afetar a percepção do paciente sobre a vida no geral
(ANDRADE et al., 2020).
Os transtornos psicológicos geram desequilíbrio à saúde geral dos indivíduos,
e os impactos disso são diversos, a baixa qualidade de vida é um deles, assim como
a privação social, carência excessiva, enfermidades que acometem a boca, dentre
outros (FERREIRA et al., 2020).
31

O quadro 6 sintetiza os impactos gerados por transtornos psicológicos


(depressão, estresse e ansiedade) à saúde sistêmica dos indivíduos.

Quadro 6 - Impactos causados por transtornos psicológicos à saúde dos indivíduos,


com base nos artigos selecionados na BVS, com estudos publicados no período de
janeiro de 2017 a abril de 2022.
IMPACTOS N° DO ARTIGO
Baixa qualidade de vida 1, 2, 3, 4, 5, 8,10, 11,16

Mal-estar social e emocional 1, 2, 3, 6, 8,16

Prejuízo da capacidade funcional 3, 10

Lesões bucais 1, 2, 4, 5, 8, 9,16

Imunossupressão 1, 2, 4, 9,16

Fonte: Dados da pesquisa, 2022.

O desconforto causado por lesões bucais, influência diretamente na qualidade


de vida e bem-estar social e emocional, além de agravar fatores psicológicos e a
capacidade funcional dos indivíduos, no entanto, o contrário também é verdadeiro, já
que os transtornos psicológicos podem desencadear um desequilíbrio no sistema
imunológico, o que facilitaria no surgimento/agravamento de patologias orais
(ANDRADE et al., 2020).

4.2 DIAGNÓSTICO

É de suma importância que o CD conheça as patologias bucais e como elas se


comportam, estando apto a diagnosticar de forma precisa, fidedigna, e principalmente
reconhecer que a saúde bucal depende de fatores sistêmicos e psicológicos (ODILON
et al., 2017).
As formas de diagnóstico são variadas, destaca-se o exame clínico,
considerado o primeiro passo em todo atendimento odontológico, a alteração de cor
pode estar presente em regiões da boca que são afetadas pelas lesões, e a
inflamação é um fator bastante observado, já que se trata de uma resposta do
32

organismo frente a algum agente que cause desequilíbrio na hemóstase (CRUZ et al.,
2017).
O quadro 7 sintetiza os estudos encontrados que destacam o exame clínico, a
alteração de cor tecidual e a inflamação como formas de diagnóstico para as lesões
bucais em indivíduos com transtorno psicológico.

Quadro 7- Diagnóstico das lesões bucais relacionadas a transtorno psicológico,


encontrados na base de dados da BVS, com artigos publicados entre o período de
janeiro de 2017 a abril de 2022.
DIAGNÓSTICO N° DO ARTIGO

Exame clínico 1, 4, 6, 11, 12, 14, 15

Exame histopatológico 14, 15, 16

Alteração de cor tecidual 1, 14

Inflamação tecidual 1, 4, 16

Condição emocional do paciente 2, 4, 6, 7, 9, 11, 15

Fonte: Dados da pesquisa, 2022.

Para diagnóstico das lesões bucais relacionadas à depressão o estresse e a


ansiedade, o exame clínico, e a condição emocional são citadas em boa parte dos
estudos selecionados, assim como a alteração de cor tecidual, essa última não foi
destacada quando se tratava de lesão causada por infecção pelo vírus do herpes
simples em indivíduos que sofrem com o transtorno da depressão.
Silva e Cabral (2021), destacam que para um diagnóstico fidedigno, é essencial
que o profissional de saúde bucal conheça as condições mentais e sistêmicas do
indivíduo, através de uma anamnese detalhada, um exame clínico criterioso, e
exames complementares, para assim proporcionar ao paciente um tratamento eficaz.

4.3 TRATAMENTOS PARA AS LESÕES BUCAIS

Sabendo que as patologias que acometem a boca podem trazer ou agravar


desordens psicológicas como a depressão, o estresse e a ansiedade, assim como o
contrário também é verdadeiro, é importante que o cirurgião dentista esteja capacitado
33

para tratar os indivíduos, já que o organismo humano deve estar em hemóstase para
que não haja o desenvolvimento de doenças que afetam a autoestima, a qualidade de
vida, o bem-estar, a saúde bucal e a saúde sistêmica (NASCIMENTO et al., 2021).
O quadro abaixo sinaliza quais são as formas de tratamento para as lesões
bucais relacionadas a transtornos psicológico, indicadas nos artigos selecionados
para o estudo (Quadro 8).

Quadro 8 - Tratamento das lesões relacionadas a transtornos psicológicos


encontrados na base de dados da BVS, publicados entre o período de janeiro de 2017
a abril de 2022.
TRATAMENTO N° DO ARTIGO

Terapia medicamentosa 1, 13, 10

Encaminhamento para o psicólogo 2, 4, 7,16

Fonte: Dados da pesquisa, 2022.

A terapia medicamentosa é uma das formas de tratamento para as lesões


agravadas por transtornos psicológicos, o uso de corticoides e anti-inflamatórios são
citados, assim como medicamentos antivirais.
Estudos recentes apontam o emprego da leserterapia como forma de
tratamento para as lesões bucais, como por exemplo, para as ulcerações aftosas,
entretanto nos artigos selecionados para o estudo, esse tratamento não foi citado.
Diante da relação existente entre o agravamento de patologias bucais e
transtornos psicológicos, Silva et al. (2019), no artigo 16, ressaltam a importância de
que o CD esteja capacitado para orientar e encaminhar esses pacientes para
tratamento com psicólogo, visto que, é grande o número de indivíduos que sofrem
com lesões bucais agravadas por fatores mentais.
34

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da análise dos artigos selecionados para o estudo, pôde-se verificar


que a relação entre as lesões bucais e o transtorno de depressão, estresse e
ansiedade é verdadeira, já que esses transtornos levam a uma quebra na hemóstase
do organismo, imunossupressão, baixa qualidade de vida e agravamento ou
surgimento de patologias que acometem a cavidade bucal, porém esse ainda é um
assunto pouco debatido, fazendo-se necessário mais estudos esclarecendo como
essa relação acontece e quais as consequências que trazem ao paciente.
A literatura evidencia que a etiologia ou o agravamento do LP oral, das lesões
causadas pelo vírus do herpes e as UAR podem estar relacionadas com fatores
emocionais e mentais, já que os transtornos psicológicos colaboram para
imunossupressão e consequentemente deixa o organismo propício ao aparecimento
de doenças.
A pesquisa evidencia a importância da capacitação dos cirurgiões dentistas
para diagnosticar e tratar de forma eficaz as lesões bucais agravadas por transtornos
psicológicos, assim como fazer o encaminhamento dos pacientes ao psicólogo,
reforçando a ideia de tratar o paciente integralmente. As formas de diagnosticar as
lesões bucais são variadas, entre elas estão: o exame clínico e anamnese detalhada,
o exame histopatológico, a alteração de cor tecidual, a inflamação, assim como a
condição emocional do paciente.
O presente estudo não anula as discussões sobre a temática, embora colabore
para uma melhor visibilidade e conhecimento dos CD sobre as lesões bucais em
indivíduos com transtorno de depressão, estresse e ansiedade.
35

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%20https:/www.scimagojr.com/index.php/fo/article/view/1072. Acesso em: 06 de abril


de 2021.
VIEIRA, Anna Clara Fontes et al. Tratamento da estomatite aftosa recorrente: uma
revisão integrativa da literatura. Revista da Faculdade de Odontologia-UPF, v. 20,
n. 3, 2015. Disponível em: http://seer.upf.br/index.php/rfo/article/view/4584. Acesso
em: 16 de outubro de 2021.

VISMARI, Luciana; ALVES, Glaucie Jussilane; PALERMO-NETO, João. Depressão,


antidepressivos e sistema imune: um novo olhar sobre um velho problema. Archives
of Clinical Psychiatry (São Paulo), v. 35, p. 196-204, 2008. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rpc/a/yj3WRdM8RzhQQj5zXdMTvrk/abstract/?lang=pt. Acesso
em: 09 de janeiro de 2022.
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https://www.scielo.br/j/rpc/a/yj3WRdM8RzhQQj5zXdMTvrk/abstract/?lang=pt. Acesso
em: 23 de agosto de 2021.

WERNECK, Juliana Tristão; DE MIRANDA, Felipe Baars; JUNIOR, Arley Silva.


Desafios na distinção de lesões de Líquen Plano Oral e Reação Liquenóide. Revista
Brasileira de Odontologia, v. 73, n. 3, p. 247, 2016. Disponível em:
http://revista.aborj.org.br/index.php/rbo/article/view/770/0. Acesso em: 06 de abril de
2021.
45

APÊNDICES A - Aspectos gerais dos artigos selecionados na base de dados da BVS, publicados entre o período de janeiro de 2017
a abril de 2022.

N*. Autoria(ano) Objetivo Tipo de


estudo
1 ANDRADE et al., 2020 Avaliação da prevalência das lesões de mucosa bucal e seu impacto na qualidade de Transversal
vida relacionada à saúde bucal em crianças matriculadas nas escolas municipais de
Caicó, Rio Grande do Norte (RN).
2 FERREIRA et al., 2020 Investigar a associação entre os aspectos psicossociais e o impacto das condições Transversal
bucais sobre a qualidade de vida de adultos, escopo ainda pouco explorado em
pesquisas nacionais.
3 CHILOFF et al., 2019 Estimar a prevalência de sintomas depressivos em idosos do município de São Paulo Transversal
(Estudo SABE), em 2006 e identificar fatores de risco associados a essa prevalência em
2006 e fatores de proteção entre os idosos que não apresentaram sintomas depressivos
nas avaliações de 2000 e 2006.
4 CRUZ et al., 2017 Comparar a condição de saúde oral e os indicativos de síndrome de Burnout em Transversal
estudantes de Odontologia sedentários e atletas.
5 JORDÃO et al., 2018 Identificar a prevalência da presença simultânea de comportamentos de risco à saúde Transversal
bucal em adolescentes brasileiros e fatores associados.
6 LOPES et al., 2021 Fazer um mapeamento e uma discussão sobre o conhecimento científico envolvendo: Transversal
Condições de saúde bucal e depressão em idosos institucionalizados.
7 NASCIMENTO et al., 2021 Investigar as naturezas do sofrimento psicológico ocasionado por problemas bucais. Qualitativo
8 NÓBREGA et al., 2018 Avaliar a prevalência da insatisfação com os serviços odontológicos e sua associação Transversal
com condições normativas e subjetivas de saúde bucal entre adultos brasileiros.
9 ODILON et al., 2017 Avaliar o fluxo salivar e a capacidade tampão de pacientes com transtornos mentais em Transversal
uso de agentes psicotrópicos, acompanhados nos serviços de Psiquiatria do Hospital
Universitário Professor Edgard Santos na Bahia.
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10 QUEIROZ et al., 2019 Avaliar associação entre dor pré-operatória, ansiedade e impacto da condição bucal na Transversal
qualidade de vida dos pacientes do serviço de Urgência Odontológica da Universidade
Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.
11 PAULINO et al., 2018 Avaliação da prevalência de sinais e sintomas de disfunção temporomandibular, sua Transversal
associação com gênero, hábitos parafuncionais, tensão emocional, ansiedade e
depressão e, o seu impacto sobre a qualidade de vida relacionada com a saúde oral em
estudantes pré-vestibulandos de instituições públicas e privadas de João Pessoa/PB.
12 PIRES et al., 2019 Analisar os fatores associados ao tipo de serviço odontológico utilizado por adultos. Transversal
13 SARMENTO et al., 2019 Avaliar o impacto da saúde bucal pré-transplante dos pacientes de transplante renal e Estudo de
determinação da incidência de hospitalização por causa odontogênica; identificar as caso
lesões orais de indivíduos com doença renal imediatamente antes e logo após o
transplante renal; e avaliar a excreção salivar e a viremia dos vírus da família Herpes
vírus em doentes renais.
14 SILVA et al., 2018 Analisar a percepção dos cirurgiões-dentistas e universitários de Odontologia em relação Qualitativo
ao diagnóstico e a fatores de risco das lesões orais malignas e potencialmente malignas.
15 CUNHA et al., 2021 Levantar o número de lesões bucais prevalentes em tecido mole e duro em idosos Transversal
registrados nos laudos do Serviço de Patologia Oral e Maxilofacial da Universidade do
Estado do Amazonas, SEPAT-UEA, entre 2012 e 2018.
16 SILVA et al., 2019 Descrever a prevalência de sintomas depressivos medidos por meio da Escala de Transversal
Depressão Geriátrica–EDG-15 e testar a associação de variáveis de saúde bucal com
sintomas depressivos em uma população de idosos vinculados a onze unidades de
saúde da família do Sul do Brasil.
Fonte: Dados da pesquisa, 2022. Legenda: N = número designado ao artigo

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