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Leitura do artigo científico- Orientação Bibliográfica

Luma Pinheiro 40169

Prof. Me. Marilda Duran Lima

Se trata de um artigo, intitulado "Prevalência de transtornos mentais comuns entre


estudantes universitários: revisão sistemática da literatura", foi publicado na revista Psicologia
em pesquisa em 2022, volume 16, pI-1 pF-23. O título é descritivo e informativo, sem
abreviações ou fórmulas e reflete o conteúdo do trabalho, não é algo supérfluo, é formado por
11 palavras, de tamanho adequado. Os autores e suas instituições- Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC), Fernanda Machado Lopes, Pontifícia Universidade Católica de
Campinas (PUC-Campinas), Renata Thurler Lessa e André Luiz Monezi Andrade, e
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Reinaldo Antônio Carvalho, Richard
Alecsander Reichert e Denise de Micheli.

O assunto tratado no resumo tem como propósito apresentar a revisão sistemática que
tem como objetivo analisar artigos sobre a prevalência de transtornos mentais comuns entre
estudantes universitários brasileiros. A metodologia utilizada consistiu na busca de artigos no
Portal da Biblioteca Virtual em Saúde utilizando os descritores "Acadêmicos" ou
"Universitários" e "Transtornos Mentais Comuns", e posterior seleção de 18 artigos
qualificados. Os resultados da revisão indicaram que a prevalência de transtornos mentais
comuns entre estudantes universitários brasileiros varia entre 19% e 55,3%, o que é mais
frequente do que o observado em estudos internacionais com estudantes universitários,
nacionais com população em geral e outras amostras. Em conclusão, são sugeridas medidas
de cuidados em saúde mental para este público.

Na introdução são apresentados embasamentos teóricos de diferentes anos


razoavelmente recentes (2007, 2014, 2012 e 2013) e o tema abordado é delimitado de forma
precisa - o impacto dos transtornos mentais na vida dos estudantes universitários. São
fornecidas justificativas que incluem dados de pesquisas que apontam para a frequência de
transtornos mentais entre universitários, de modo a validar a relevância do estudo. A questão
de pesquisa é “Qual a frequência de TMC entre universitários brasileiros?” e o objetivo do
estudo é identificar a prevalência de TMC entre universitários brasileiros. O texto descreve e
analisa publicações científicas relacionadas ao assunto com clareza e coesão.
Na seção de metodologia, são apresentados critérios claros para seleção e exclusão de
estudos, especificando o tema principal (transtornos mentais comuns), os descritores
linguísticos e o período cronológico (estudos transversais brasileiros publicados entre 2010 e
2020). As BASES de dados utilizadas foram, o portal da BVS (Biblioteca Virtual de Saúde) e
apenas artigos empíricos com metodologia quantitativa, descritiva e transversal foram
selecionados. Embora a faixa etária não tenha sido especificamente mencionada, o estudo foi
focado em universitários brasileiros em todo o país, porém, também foi utilizada uma
pesquisa realizada por Kerebih et al. (2017) com estudantes de medicina em uma universidade
da Etiópia. As informações foram coletadas por meio de instrumentos, como o Self-Reporting
Questionnaire (SRQ-20), que foi o instrumento mais utilizado para identificar a presença de
TMC, exceto em um estudo da análise de resumos, fizeram a análise por grupo de questões,
classificando os sintomas em categorias: humor depressivo/ansioso, sintomas somáticos,
decréscimo de energia vital e pensamentos depressivos, leitura completa dos artigos
selecionados e utilizando a técnica de "bola de neve" para inclusão de outros artigos. No
entanto, o estudo não apresentou um protocolo prévio e não avaliou o risco de viés dos artigos
incluídos.

Na discussão, o artigo discute os resultados apresentados na seção anterior e os


compara com estudos anteriores sobre o tema. Os autores destacam a alta prevalência de TMC
em estudantes universitários brasileiros, que é superior às taxas encontradas em estudos
internacionais e nacionais com a população geral. Os autores também discutem as possíveis
causas desse aumento na prevalência de TMC, incluindo fatores como o estresse acadêmico, o
isolamento social, o uso de drogas e álcool e a falta de acesso a serviços de saúde mental.

Os autores ressaltam a relevância de investir em medidas para prevenção e tratamento


de TMC nas instituições de ensino superior, tais como implementação de programas de
aconselhamento psicológico, incentivo a atividades físicas e de recreação, capacitação de
docentes e colaboradores para lidar com estudantes com problemas de saúde mental e
ampliação do acesso a serviços de saúde mental. Ademais, os autores realçam a importância
de conduzir mais investigações acerca do assunto, incluindo pesquisas qualitativas que
possam auxiliar na compreensão mais aprofundada das causas e dos fatores de risco para
TMC em estudantes universitários.

Por último, a conclusão do artigo reitera os principais resultados da revisão


sistemática, enfatizando a elevada prevalência de TMC entre estudantes universitários
brasileiros e a necessidade de se investir em políticas de prevenção e tratamento da saúde
mental nas universidades. Os autores salientam que o problema dos TMC em estudantes
universitários não pode ser ignorado, uma vez que pode acarretar graves consequências não só
para a saúde dos estudantes, mas também para seu desempenho acadêmico e profissional. Por
essa razão, é essencial que as universidades e as políticas públicas de saúde mental priorizem
a promoção da saúde mental dos estudantes universitários.

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