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RELAÇÃO

PROFISSIONAL-PACIENTE
Saúde Coletiva

LAURA MANICA, RODRIGO VIEIRA, THAIS KLUCH, THAIS ROSSATO, THANISE RAMOS,
TONY P MOREIRA , VITOR PRETTO, VITORIA HENRIQUES e EDUARDA ANDREOLLI
Os problemas éticos no
atendimento a pacientes na clínica
odontológica de ensino.
Autoras: Evelise Ribeiro Gonçalves e Marta Inez Machado Verdi-
Departamento de Saúde Pública, Universidade Federal de Santa Catarina.
Introdução
• As clínicas odontológicas de ensino têm no seu cotidiano algumas situações
peculiares que tendem a potencializar problemas e conflitos que normalmente
fazem parte da rotina de instituições que prestam atendimento de saúde à
população através de estudantes.
Procedimentos metodológicos
• Trata-se de uma pesquisa empírica, exploratória, que foi feita com a ajuda de
dez professores no curso de Odontologia de uma universidade pública.
• Este estudo se propôs a identificar e analisar os problemas éticos que
permeiam o atendimento a pacientes em uma clínica de ensino.
Questionamentos
1- O acesso dos pacientes à clínica odontológica de ensino: motivação,
atalhos e desvios
"As razões são na sua maioria socioeconômicas, porque o atendimento é de graça."
Outro motivo é a cobertura insuficiente da rede pública de atendimento.
2- Privilégio de atendimento
"[...] muitas vezes alguns pacientes nos vêm encaminhados por outros colegas de dentro da
faculdade que nos pedem ajuda para atender esse ou aquele paciente: um parente, um amigo."
3- Casos de interesse acadêmico.

Vários professores se manifestaram neste sentido, argumentando que a instituição,


apesar de conveniada com o Sistema Único de Saúde (SUS), é uma escola e tem
como finalidade a formação de novos profissionais. Por esse motivo, os casos de
interesse acadêmico são sempre tratados como prioritários à lista de espera e às
necessidades dos pacientes.

4- As informações no atendimento: o dar, o receber e o compartilhar.

De acordo com a maioria dos professores, os pacientes atendidos na clínica


odontológica de ensino não estão bem esclarecidos sobre a realidade e o
funcionamento da clínica.
5. As manifestações do paciente durante o atendimento: "liberdade vigiada“
"Na teoria ele tem, mas isso aí é muito difícil de fazer. O paciente praticamente não fala nada
porque ele já estava esperando há muito tempo, então imagina se ele começar a fazer certos
questionamentos que seriam normais, ele pensa que naturalmente vai perder a vaga.“

6.O ensino sob o ponto de vista do professor: o olhar para a bioética


"Eu acho que uma aula específica pra toda a turma desse tipo de abordagem até seria
interessante, mas acontece que nós não temos tempo. [...] mas também, isso não é um conteúdo de
graduação, é um conteúdo de pós-graduação. Na graduação existem outros conteúdos que são
inadiáveis."
" [...] a parte básica é a conscientização do professor, daqueles que não tiveram oportunidade. Nas
especializações a gente procura às vezes assistir à disciplina de Bioética com os alunos e tal, isso já me
deu uma visão diferente das coisas, mas eu vejo que às vezes a gente carrega lá dentro umas teimosias
difíceis de trocar [...]"
Implicações bioéticas no cuidado a pacientes idosos
atendidos em unidades básica de saúde

Autor: Willian Silva Serra - Bolsista de Iniciação Científica da UEMS.


Orientadora: Elaine Aparecida Mye Takamatu Watanabe - Professora Doutora de Enfermagem da
UEMS.
Resumo
Com o passar dos anos, aumentou a perspectiva de vida da população em todo o mundo. Aumenta-se a
idade e não a qualidade de vida das pessoas. Diante disso, os idosos, continuam a enfrentar diversos
agravos de saúde, expressos em diversas doenças crônicas. A hipertensão arterial e o diabetes mellitus
são as duas doenças crônicas que mais os atingem, em virtude disso, diversos programas foram criados
pelo Ministério da Saúde do Brasil com o intuito de colaborar na prevenção e nos cuidados destes
pacientes. Essas discussões sobre cuidado, estão diretamente intrincadas com os princípios da Bioética,
de extrema relevância ao relacionar a realização de cuidados aos idosos. Teve como objetivo, conhecer a
percepção da autonomia, respeito e dignidade de idosos participantes do plano de reorganização da
atenção à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus (HIPERDIA) de duas unidades básicas de saúde
(UBS) compostas por quatro equipes de saúde da família (ESF), do município de Dourados/MS.
A pesquisa foi realizada do mês de agosto de 2013 a julho de 2014. Para inclusão, os
voluntários deveriam ser homens e/ou mulheres com 60 anos ou mais, portadores de
hipertensão e diabetes, e efetivamente cadastrados no plano. A amostra total contou
com 18 idosos. Os dados foram coletados através de entrevistas gravadas e
posteriormente transcritas que foram abordadas a partir da metodologia de análise de
conteúdo de Bardin. Como resultados, pôde-se observar a grande necessidade de uma
maior participação desse público no que concerne ao seu tratamento, principalmente
quanto à autonomia nas decisões sobre as possibilidades de tratamento. Além disso,
ficou clara a ausência de um acompanhamento fora das UBS, garantindo assim, a
integralidade do cuidado, além da falta de informações e orientações que de fato sejam
pertinentes para a vida dessa população.

Palavras-chave: Saúde do idoso, ética, saúde pública.


Relação profissional de saúde e paciente no
ensino da graduação

Título: ABORDAGEM DO TEMA “RELAÇÃO PROFISSIONAL DE SAÚDE-PACIENTE” NOS


CURSOS DE SAÚDE DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Autoras: Graciana Sulino Assunção- Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO. e Elizabeth
Queiroz- Universidade de Brasília, Brasília, DF.
Metodologia
Foi realizada sondagem de opinião por meio de questionário com estudantes
dos cursos de Ciências Farmacêuticas, Enfermagem, Medicina, Nutrição,
Odontologia e Psicologia do campus Darcy Ribeiro, da Universidade de
Brasília, e análise do fluxo dos referidos cursos com o objetivo de mapear como
o tema ‘Relação profissional de saúde-paciente’ estava sendo abordado na
universidade. O interesse na participação em oficina sobre o tema também foi
investigado. As respostas obtidas foram tabuladas e analisadas por estatística
descritiva e análise de conteúdo. Participaram desse mapeamento 143
estudantes.
Resultados
De acordo com as respostas do Questionário de Sondagem de Opinião, quando
perguntados se o tema havia sido abordado em sala de aula em algum momento
durante a formação, 127 estudantes responderam:

SIM: 104 alunos (81,9%) NÃO: 23 alunos(18,1%).


Análise
• Farmácia: o tema foi abordado em quase todas as disciplinas, mas sempre
informalmente.
• Enfermagem: em Vivências Integradoras em Enfermagem e Relacionamento
Interpessoal foi discutido o tema.
• Nutrição: tocam no assunto de passagem com frequência, falando de experiências
pessoais, não é sistemático e tem muito palpite.
• Medicina: o tema “Relação profissional de saúde-paciente” foi abordado e enfatizado em
todas as disciplinas, tanto nos aspectos clínicos quanto legais e éticos, sendo que, no
estágio clínico, é bastante debatido a partir das experiências de atendimento.
• Odontologia: em Clínica Odontológica é abordado e é citado em outras matérias.
• Psicologia: em Psicologia da Saúde é abordado o tema.
Considerações finais
“Chama atenção a dispersão de disciplinas apontadas por estudantes dos
diferentes cursos. Tal fato sugere que, quando os estudantes identificam que o
tema foi abordado em sala de aula, podem estar se referindo apenas a uma
citação a ele, visto que os nomes de muitas disciplinas apontavam para
especificidades das áreas de formação. Ainda que não seja de forma
aprofundada, tal abordagem é relevante para que a importância do tema seja
percebida ao longo dos cursos.”
Ao perguntar se os estudantes achavam que o tema foi ou está
sendo suficientemente abordado no seu curso:

SIM: 64 alunos (53,3%) e NÃO: 56 alunos (46,7%)

Quando questionado sobre o interesse em participar de uma Oficina


sobre a relação profissional de saúde-paciente:
SIM: 45 alunos (58,4%) e NÃO: 32 alunos (41,6%).
Conclusão
Vários estudos têm discutido sobre a influência da qualidade dessa relação
profissional-paciente no tratamento e prevenção das doenças e na promoção da
saúde, principalmente no que se refere à adesão de pacientes ao tratamento e à
comunicação em saúde. Portanto, os conteúdos curriculares e as metodologias
de ensino utilizadas devem permitir ao aluno apreender tanto os procedimentos
técnicos indispensáveis ao exercício profissional como, também, desenvolver
visão crítica em relação ao processo de trabalho e ao mundo que o circunda.
Referências
• http://www.redalyc.org/html/1801/180115440016
• https://www.scielosp.org/pdf/csc/2007.v12n3/755-764/pt
• https://anaisonline.uems.br/index.php/enic/article/download/2411/2466

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