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Resumo
Estudos realizados em vários países indicam que estudantes de medicina
estão expostos durante sua formação acadêmica a diversas situações
geradoras de estresse. O despreparo do estudante para lidar com estas
situações pode trazer repercussões importantes em seu desempenho
acadêmico, em sua saúde e em seu bem-estar psicossocial. Além disso,
pesquisas têm mostrado que deficiências em habilidades sociais podem
contribuir para o desenvolvimento do estresse. Este estudo avaliou as fontes
de estresse existentes no curso de medicina, assim como a relação entre os
níveis de estresse e de habilidades sociais nos estudantes. A amostra
constituiu-se de 178 alunos (105 mulheres e 73 homens) do primeiro ao sexto
ano de medicina. O questionário para avaliação de estressores, o Inventário de
Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL) e o Inventário de Habilidades
Sociais (IHS) revelaram 7 fontes de estresse mais apontadas pelos estudantes.
Além disso, a maioria dos alunos encontra-se na fase de resistência ao
estresse. Deficiências em habilidades sociais estão relacionadas ao estresse
nesta população, sendo mais um fator somado às outras fontes estressoras.
Conclui-se que a experiência acadêmica dessa amostra favorece o estresse e
que níveis mais baixos de habilidades sociais estão relacionados à presença
de estresse. Os dados obtidos neste estudo podem ser utilizados na
elaboração de projetos de apoio psicológico para estudantes de medicina, bem
como na melhoria do desenvolvimento acadêmico dos mesmos. Sugere-se que
esta pesquisa seja replicada em outras faculdades de medicina para possibilitar
uma comparação entre os resultados obtidos, os quais poderão confirmar,
ampliar ou mesmo refutar os achados deste estudo.