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“ADOLESCÊNCIA

E
DROGAS”
SENSIBILIZAÇÃO
SENSIBILIZAÇÃO
INTRODUÇÃO
TEMA “Adolescência e Drogas”

FOCO Motivos que comumente levam os


adolescentes a consumir drogas.
OBJETIVO Reflexão.

METODOLOGIA Sensibilização,
Explanação teórica,
Vídeos,
Música,
Workshop.
AFINAL, O QUE
SÃO DROGAS?
AFINAL, O QUE SÃO DROGAS?
ORIGEM DO TERMO “DROGAS”

Francesa

Drogue a Produto farmacêutico

Holandesa

Drooge vate a Tonéis de folhas secas

Árabe

Dúvawá a Bala de trigo


DEFINIÇÃO DO TERMO “DROGAS”

“Substância que, quando administrada ou consumida


por um ser vivo, modifica uma ou mais de suas
funções, com exceção daquelas substâncias
necessárias para a manutenção da saúde normal.”
CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS

QUANTO À FORMA DE PRODUÇÃO

9 NATURAIS

Obtidas através de determinadas


plantas, animais e minerais.

9 SINTÉTICAS

Fabricadas em laboratório.
DROGAS NATURAIS

Nicotina
(tabaco) Ópio
(papoula)
Plantas

Soros hiperimunes
Animais

Hematita

Minerais
DROGAS SINTÉTICAS
CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS

QUANTO À AOS EFEITOS CAUSADOS NO SNC

9 Drogas Depressoras

9 Drogas Estimulantes

9 Drogas Perturbadoras ou Alucinógenas


CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS

Drogas Depressoras

Exemplos: Álcool, opióides (heroína, morfina),


solventes voláteis (éter, Thinner®,
cola-de-sapateiro), calmantes
benzodiazepínicos.
CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS

Drogas Estimulantes

Exemplos: Nicotina, cafeína, cocaína,


crack (produzido a partir da cocaína),
anfetaminas (inibidores de apetite),
metanfetaminas (ecstasy, crystal).
CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS

Drogas Perturbadoras
ou Alucinógenas

Exemplos: Maconha, LSD, alguns tipos


de cogumelos e cactos.
OS PRIMEIROS
CONTATOS
TRÁFEGO DOS USUÁRIOS DE DROGAS

Térreo

1º Subsolo

2º Subsolo

3º Subsolo

4º Subsolo

5º Subsolo

Porão da Morte V
TRÁFEGO DOS USUÁRIOS DE DROGAS

Térreo

è 1º Subsolo
ÁLCOOL

è 2º Subsolo
CIGARRO

è 3º Subsolo
MACONHA

è 4º Subsolo
COCAÍNA

è 5º Subsolo
CRACK

Porão da Morte V
TRÁFEGO DOS USUÁRIOS DE DROGAS

Térreo

è 1º Subsolo
ÁLCOOL

è 2º Subsolo
CIGARRO

è 3º Subsolo
MACONHA

è 4º Subsolo
COCAÍNA

è 5º Subsolo
CRACK

Porão da Morte V
TRÁFEGO DOS USUÁRIOS DE DROGAS

Térreo

è 1º Subsolo
ÁLCOOL

è 2º Subsolo
CIGARRO

è 3º Subsolo
MACONHA

è 4º Subsolo
COCAÍNA

è 5º Subsolo
CRACK

Porão da Morte V
TRÁFEGO DOS USUÁRIOS DE DROGAS

Térreo

è 1º Subsolo
ÁLCOOL

è 2º Subsolo
CIGARRO

è 3º Subsolo
MACONHA

è 4º Subsolo
COCAÍNA

è 5º Subsolo
CRACK

Porão da Morte V
TRÁFEGO DOS USUÁRIOS DE DROGAS

Térreo

è 1º Subsolo
ÁLCOOL

è 2º Subsolo
CIGARRO

è 3º Subsolo
MACONHA

è 4º Subsolo
COCAÍNA

è 5º Subsolo
CRACK

Porão da Morte V
TRÁFEGO DOS USUÁRIOS DE DROGAS

Térreo

è 1º Subsolo
ÁLCOOL

è 2º Subsolo
CIGARRO

è 3º Subsolo
MACONHA

è 4º Subsolo
COCAÍNA

è 5º Subsolo
CRACK

Porão da Morte V
TRÁFEGO DOS USUÁRIOS DE DROGAS

Térreo

è 1º Subsolo
ÁLCOOL

è 2º Subsolo
CIGARRO

è 3º Subsolo
MACONHA

è 4º Subsolo
COCAÍNA

è 5º Subsolo
CRACK

Porão da Morte V
“É fácil destruir,
o difícil é construir”
Ditado Popular
POR QUE OS
ADOLESCENTES
USAM?
O PRAZER E O SER HUMANO

5400 - 5000 A.C. É encontrado um jarro de cerâmica no norte do Irã, com resíduos de vinho.

4000 A.C. Os chineses são provavelmente um dos primeiros povos a usar a maconha.

Os sumérios, na Mesopotâmia, são considerados o primeiro povo a usar ópio


3500 A.C.
("flor do prazer").

A folha de coca é costumeiramente mastigada na América do Sul. A coca é tida


3000 A.C.
como um presente dos deuses.

O gim é inventado na Holanda e sua popularização na Inglaterra no século


Século 17 18 cria um grave problema social de alcoolismo.

O pesquisador francês Moreau de Tours publica o primeiro estudo sobre


1845
drogas alucinógenas.

Cheirar cocaína torna-se popular. Os primeiros casos médicos


1905
de danos nasais por uso de cocaína são relatados em 1910.

1943 O químico suíço Albert Hofmann ingere, por acidente, uma dose de LSD-25.

Alexander Shulgin sintetiza o MDMA em seu laboratório. Ao mastigá-lo, sente


1965
"leveza de espírito".
Preocupação Mundial

1977 Início da "Era de Ouro" do ecstasy.

Surge o crack , a cocaína na forma de pedra. A droga, acessível às camadas


Década de 80
mais pobres da população tem um alto poder de dependência.

1984 O uso recreativo do MDMA ganha as ruas.

Fonte: Revista Galileu Especial nº3 - Agosto/2003


COMO FUNCIONA O CÉREBRO

Tudo acontece na intimidade bioquímica dos


neurotransmissores pelo circuito do prazer.

O cérebro tende a repetir o que lhe dá prazer.

O prazer estimula o cérebro a procurar a droga.

O efeito das drogas depende:


9 Dos neurotransmissores que influenciam;
9 Das áreas do cérebro em que estão localizados;
9 Das funções que essas áreas desempenham.
A PROBLEMÁTICA DAS DROGAS

“A criança entra na adolescência com dificuldades,


conflitos e incertezas que se magnificam neste momento
vital, para sair em seguida à maturidade estabilizada com
determinado caráter e personalidade adultos.”
(ABERASTURY e KNOBEL, 1992)
A PROBLEMÁTICA DAS DROGAS

9 A droga tem o poder de transformar as emoções e


modificar /ocultar os verdadeiros sentimentos negativos.

9 A média de idade do 1º contato com álcool e tabaco foi


de 12/13 anos.

9 Aos 15 anos, 75% dos jovens brasileiros já beberam ao


menos uma vez na vida.

9 5,2% dos jovens brasileiros entre 12 e 17 anos são


dependentes de álcool (12% e 15% vida adulta),
2,2% de tabaco, 0,6% da maconha e 0,2% de
tranqüilizantes.

(fonte: Cebrid)
A PROBLEMÁTICA DAS DROGAS

Fatores que poderão levar o


adolescente a usar drogas:

SOCIAIS

Incluindo neste grupo a sociedade e a


cultura, a família e o grupo de amigos.

INDIVIDUAIS

Aspectos inatos e adquiridos,


particularmente as vivências infantis.
(OUTEIRAL, 2003)
“Como é sofrido ser gente.”
(Adélia Prado)

Utilidades - Sobrevivência Significados - Prazeres e alegrias

9 Amor: força que nos move.


9 A razão não resolve todos os problemas.
9 Pais e educadores devem ensinar a beleza da vida.
9 Somos seres humanos e não relacionais.
(Padre Fábio de Melo)
RELAÇÕES
FAMILIARES
RESGATE DO NÚCLEO FAMILIAR
RELAÇÃO PAIS E FILHOS

Período da adolescência é constituído


por mudanças:

9 Busca da independência junto aos pais;


9 Busca de si mesmo para descobrir sua
identidade – seu lugar no mundo;
9 Contradições, confusões, ambivalência,
dores, caracterizado por fricções com o
meio familiar e social.

O adolescente vive o período de luto:

9 Corpo de criança;
9 Identidade de criança;
9 Relação com os pais da infância.
“Entrar no mundo dos adultos – desejado
e temido – significa para o adolescente,
a perda definitiva de uma condição e
criança. É o momento crucial na vida
do homem e constitui a etapa decisiva
de um processo de desprendimento
que começou com o nascimento.”

Arminda Aberastury
“A independência do adolescente é o mesmo que
a dependência de cabeça para baixo”.

Flávio Gikovate
“Os traficantes entram em nossas casas
porque encontram portas abertas.
E seduzem nossos filhos porque eles tem
crescido fracos e sem qualquer esperança”.

Flávio Gikovate

TEORIA DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL


Erik Erikson

1º estágio: Confiança x Desconfiança = Esperança

5º estágio: Indentidade x Confusão de papéis = Fidelidade


9 Limites exacerbados sufocam o adolescente

9 Excesso de liberdade é o mesmo que desamparo

9 Busca pela droga como remédio para a dor que está


sentindo

9 Busca pelo prazer mesmo que momentâneo


Considera-se assim que o período da adolescência
vem com a depressão pelas perdas que o sujeito
vivencia. É normal haver o afastamento do
adolescente em relação aos pais, calando-se
e refugiando-se para seu interior, onde vai ao
encontro ao passado para encontrar-se e depois
desse encontro conseguir enfrentar o futuro.
PREVENÇÃO
AUTOESTIMA

FAMÍLIA
AUTOESTIMA

GRUPO DE AMIGOS
EPS – ESCOLA PROMOTORA DE SAÚDE
http://www.contradrogas.org.br/
CARACTERÍSTICAS DE PROGRAMAS
DE PREVENÇÃO QUE NÃO FUNCIONAM

9 Intervenções pontuais isoladas


(ex: palestras);

9 Slogans e frases de efeito


(“Diga não às drogas”);

9 Apelo moral e estratégia de


amedrontamento.
MODELO DE PREVENÇÃO
ASPECTOS LEGAIS
DEFINIÇÃO DE “CRIME”

Esqueça a concepção vulgar da palavra “crime”.

“Crime” não é dispensar o Brad Pitt.

“Crime” não é comer 1Kg de chocolate.


DEFINIÇÃO DE “CRIME”

Crime é toda conduta humana:

a) Voluntária;

b) Socialmente reprovável em determinada cultura;

c) Prevista por lei que atribua uma pena para quem pratica
a conduta.

O objetivo maior da lei penal é evitar (por meio da coerção)


que as pessoas pratiquem determinados atos tidos como
danosos à sociedade, alcançando, desta forma, a paz social.
DEFINIÇÃO DE “CRIME”

EXEMPLO

Ameaçar alguém é algo socialmente reprovável e tal conduta


é prevista em lei que atribui uma pena para quem o faz.

Decreto-Lei nº 2.848/1940 (Código Penal Brasileiro)

Art. 147.
Ameaçar alguém, por palavra, Conduta socialmente
escrito ou gesto, ou qualquer reprovável que se quer
outro meio Simbólico, de evitar a prática.
causar-lhe mal injusto e grave.

Pena
Detenção, de 1 (um) a 6 (seis) Penalidade imposta a
meses, ou multa. quem age desta forma.
PENAS

Em linhas gerais, as penas aplicáveis aos que cometem


crimes tem três finalidades básicas:

9 Retribuir ao criminoso o mal que ele causou à


sociedade;

9 Ressocializar o criminoso e reinseri-lo na sociedade,

9 Servir de exemplo para que outras pessoas não


cometam o crime.
DROGAS NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

A lei 11.343/2006 disciplina a matéria e


tem como principais objetivos: Como será
que a lei
consegue
9 Prevenir a utilização indevida de fazer isso?
drogas;

9 Reprimir a produção e comercialização


(tráfico) de drogas;

9 Instituir uma política de atenção


especial ao usuário ou dependente
de drogas.
CRIME: PORTE DE DROGAS PARA USO PESSOAL

Lei nº 11.343/2006 (Lei de Tóxicos)

Art. 28 PARA RELEMBRAR


Quem adquirir, guardar, tiver em depósito,
Conduta socialmente
transportar ou trouxer consigo, para consumo reprovável que se
pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo quer evitar a prática,
com determinação legal ou regulamentar será por isso é crime.
submetido às seguintes penas:

I - Advertência sobre os efeitos das


drogas; PARA RELEMBRAR:

II - Prestação de serviços à comunidade; Penalidade imposta


a quem age desta
III - Medida educativa de comparecimento forma.
a programa ou curso educativo.
CRIME: PORTE DE DROGAS PARA USO PESSOAL

OBSERVE:

Não há pena de privação da liberdade (prisão).

As penas impostas tem o objetivo de recuperar


o usuário/dependente.
O CRIME E A ADOLESCÊNCIA

A Lei de Drogas estabelece uma política especial ao


usuário de drogas porque ele ostenta uma condição
especial.

Da mesma forma, o adolescente ostenta uma condição


especial por estar em fase de desenvolvimento
biopsicossocial: por isso há uma lei que lhes garante
tratamento especial: O Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA).

O “ECA” estabelece uma vasta gama de


diretrizes que têm como único objetivo a
proteção integral da criança (< 12 anos) e do
adolescente (12 anos <> 18 anos), o que inclui
preocupações de natureza criminal.
DROGAS PARA USO PESSOAL E ADOLESCÊNCIA

1. O adolescente flagrado com drogas para uso pessoal


será submetido às providências previstas no ECA e
não na lei penal (art. 28 da lei de tóxicos).

2. A principal característica do ECA é a extremada


preocupação com a proteção dos interesses
(desenvolvimento) da criança e do adolescente. Neste
sentido:

a) Adolescentes não cometem “crime”, mas “ato


infracional”.
b) Não estão sujeitos às penas, mas às “medidas
socioeducativas”.
c) Além disso, as providências podem alcançar,
até mesmo, a família.
DROGAS PARA USO PESSOAL E ADOLESCÊNCIA

A medida socioeducativa pode ser:


(art. 112, do ECA)

9 Advertência,

9 Obrigação de reparar o dano,

9 Prestação de serviços à comunidade,

9 Liberdade assistida,

9 Regime de semiliberdade, internação.


CRITÉRIO DE APLICAÇÃO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA

Nos crimes praticados por adultos, os patamares


mínimos e máximos da pena, bem como a
modalidade de pena, já estão estabelecidos no
próprio artigo que define o crime. Cabe ao juiz
apenas aplicar, de forma quase automática, o que
está escrito.

PARA RELEMBRAR
Objetivos da pena:

1) Retribuir
2) Ressocializar
3) Servir de exemplo
CRITÉRIO DE APLICAÇÃO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA

Para adolescentes, o critério é diferente,


absolutamente individualizado,
pois o objetivo é outro.

A medida socioeducativa visa ressocializar o menor infrator.

É necessário avaliar caso a caso qual modalidade e dosimetria são


mais adequadas para um determinado menor infrator:

“A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua


capacidade de cumpri-la, as circunstâncias
e a gravidade da infração.”

(art. 112, § 3º, do ECA)

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