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68 anos de O Senhor dos Anéis

Por Jessica Nascimento

Entre os 10 livros mais vendidos do mundo, o Senhor dos Anéis completa 68 anos de publicação em 2022.
Escrito pelo professor, escritor e filólogo John Ronald Reuel Tolkien, conhecido como J.R.R. Tolkien, a
narrativa conta a história do hobbit Frodo e seus amigos na caminhada pela destruição do Um Anel.

Descrita como uma jornada de amizade, amor, cura e morte. Tolkien contou em entrevista à rádio e TV BBC,
respectivamente em 1964 e 1968, sobre quão significativa é a obra para a sua própria vida: “No condado, é onde
eu me sinto em casa”.

Na busca de criar uma narrativa mais elaborada e longa, Tolkien trabalhou arduamente na criação de O Senhor
dos Anéis. Até a publicação foram 17 anos de organização e escrita. “Lembro que cheguei a chorar no
desenlace” , “o Senhor dos Anéis foi escrito pelo meu próprio sangue (...)”, revela o escritor em entrevista à
BBC.

Antes do mundo conhecer O Senhor dos Anéis, Tolkien apresentou pedaços do “novo Hobbit” para um grupo
literário de Oxford, chamados de Inkilings, em que colegas se reuniam para discutir e contar histórias. A
primeira edição da obra leva uma dedicatória ao grupo: “Aos Inkilings”. Entre diversos artigos, C.S Lewis,
amigo próximo de Tolkien, escritor de As Crônicas de Nárnia e fundador do Inkilings, escreveu boas
recomendações sobre O Senhor dos Anéis.

Por causa do tamanho da obra, foi decidido entre a editora e o escritor a divisão em três partes: A Sociedade do
Anel, que foi publicada em 29 de julho de 1954; As Duas Torres em 11 de novembro de 1954; e por fim O
Retorno do Rei em 20 de outubro de 1955.

A Terra Média de O Senhor dos Anéis nasceu nas trincheiras da 1ª Guerra Mundial, enquanto Tolkien lutava na
batalha mais letal dos militares britânicos. A visão da morte dos seus companheiros e a deformidade no corpo
das pessoas por conta dos embates, o faria retratar minuciosamente sobre a morte e grandes batalhas no seu
mundo fantástico. Indo na contramão da maioria dos grandes escritores que viveram a guerra e descreveram
sobre ela, Tolkien vai tratar da experiência em sua fantasia.

Para Tolkien toda a sua criação fazia parte de si mesmo, era uma memória de tudo já vivido, uma inspiração na
vida. “Ele vivia o livro enquanto caminhávamos, às vezes comparando partes dos morros com as Montanhas
Brancas de Gondor (...) Fazíamos piqueniques com pão, queijo e maçãs, bebíamos vinho de pêras, cerveja ou
sidra. Quando víamos sinais de poluição industrial, falava de orcs e orquice”. afirma George Sayer, amigo de
Tolkien e mestre em Inglês.

Casado com Edith Mary Tolkien, ela era considerada a musa e a inspiração para criação das personagens
femininas presentes na Terra Média. Em uma ocasião, enquanto passeavam por um bosque, ela começou a
dançar para Tolkien, esse momento inspira o romance de dois personagens da Terra Média.

É evidente o quanto a vida, as pessoas, os amores de Tolkien, emergiram em sua criação. Não foram apenas
anos criando uma extensa obra, mas foram anos coletando momentos e exprimindo-os nos livros. Todo o
esforço não foi em vão, os resultados se tornaram evidentes ao longo do tempo, e continuam mesmo depois de
tantos anos. Confira os ganhos da obra e do autor:

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