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TOLKIEN

INFÂNCIA
Em 1892 nasceu J.R.R. Tolkien, a sigla abrevia o nome John
Ronald Reuel Tolkien. O premiado escritor, professor e
filólogo nasceu em Bloemfontein, um território no
continente africano pertencente ao Império Britânico.

Tolkien viveu seus primeiros anos de vida num território


no interior da atual África do Sul. Seu pai tinha negócios na
região.

Aos três anos passou férias em Birmingham com sua mãe


e irmão, em 1895. Em dezembro daquele ano, Tolkien se
divertiu ao ver pela primeira vez uma árvore de Natal. Em
fevereiro do ano seguinte ditou uma carta a seu pai:
“Querido, papai
Estou tão contente de voltar para vê-lo, faz tanto tempo
que nos afastamos do senhor. Espero que o navio nos leve
todos de volta para o senhor, mamãe e o bebê e eu. Sei que
vai ficar muito contente de receber uma carta de seu
pequeno Ronald [...] Mamãe diz que o senhor não vai
reconhecer o bebê ou a mim, ficamos homens grandes;
temos tantos presentes de Natal para lhe mostrar [...]”
INFÂNCIA
A carta não foi enviada. Pouco tempo depois de
escrevê-la, Ronald recebeu a notícia do
falecimento de seu pai.

Sua mãe, Mabel Tolkien, nunca mais voltou para a


África do Sul. A família se mudou para uma casa
cercada por florestas naturais no interior da
Inglaterra, em Birmingham. Tolkien no futuro
confessou que estes foram os anos mais felizes de
sua infância.
“Na verdade, não sei por que, sempre fui muito atraído por
árvores. Todas as minhas obras são repletas de árvores. Na
verdade, acho que gostaria de conversar com uma árvore
para descobrir o que ela acha das coisas”. J.R.R. Tolkien
Sarehole
A segunda infância de Ronald (como era conhecido pela
família) teve um papel importante para a criação do
Condado. Ao voltar para a Inglaterra, a família passou a
viver em Midlands Ocidentais, se dividindo entre o bairro
tranquilo de Sarehole, e a agitação da cidade grande de
Birmingham.

Segundo a biografia escrita por Humphrey Carpenter,


Tolkien não gostava da correria da cidade, e ficou
particularmente chateado quando precisou sair do
interior para estudar na King Edward’s School. Em suas
cartas e anotações, Sarehole sempre permaneceu como a
lembrança feliz de um lugar tranquilo – assim como a terra
dos hobbits.
INFÃNCIA E ORFANDADE

Mabel Tolkien recebia ajuda financeira de sua família para


sustentar seus filhos. Ela também cuidava da educação
deles, lendo livros clássicos e dando-lhes formação religiosa.

Mabel passou a levar os filhos a uma igreja católica de sua


cidade. O restante da família reprovou a atitude da mãe e
parou de mandar dinheiro.

Quem passou a ajudar a mãe com seus dois filhos pequenos


foi o padre jesuíta Francis Xavier Morgan. Sua ajuda foi
crucial para a vida de Tolkien, em 1904 Mabel faleceu.
ADOLESCÊNCIA
Além de tutor, o padre se tornou responsável
pelos irmãos.

Com apenas 16 anos, John se apaixonou por


Edith Bratt, com quem manteve um
relacionamento escondido por um breve
período, mas logo o padre Morgan o proibiu de
namorá-la até completar 21 anos.
INÍCIO DA CARREIRA
No ano de 1910, J.R.R. Tolkien é admitido na
Universidade de Oxford. Seus estudos
contemplam temas como filologia, mitologia
nórdica, literatura clássica e a língua alemã. Outro
tema que despertou seu interesse foi o período
medieval.

Nesse mesmo ano, tentou reatar laços com sua


antiga amada. Ela estava noiva de outra pessoa.
Isso não desanimou Tolkien, ele enviou cartas
declarando seu amor e Edith admitiu ainda amá-
lo.

O amor da juventude de ambos foi concretizado


em março de 1916, quando Edith e Tolkien se
casaram.
GUERRA
Em 1915, Tolkien foi convocado para lutar na guerra
pelo exército britânico. A primeira grande guerra
foi um período prolongado de horror, carnificina e
colapso civilizacional. Essa experiência marcou
profundamente a vida de J.R.R. Tolkien.

Ele dividiu as trincheiras com alguns amigos de um


círculo literário que frequentava na universidade.
Todos os horrores da guerra abriram os olhos de
Tolkien para o valor da amizade.

Durante os combates, John Ronald perdeu muitos


amigos. Tudo isso se tornou um motivacional para a
escrita de suas obras.
CONTINUIDADE
NA CARREIRA
Com o fim da Primeira Guerra, Tolkien iniciou sua
carreira acadêmica. Com apenas 33 anos, conquistou
uma cadeira em Oxford. Era considerado um dos
maiores filólogos do seu tempo.

Tolkien defendeu o estudo do inglês clássico, para


ele, a língua possui um poder que é poder dizer como
as coisas realmente são.

Seu interesse por mitos e pelo mundo medieval


também marcaram sua obra e sua filosofia. A
simbologia de seus escritos teve profundas
influências desses campos que estudou.
INFLUÊNCIAS
Um dos pensadores mais influentes
para a biografia de Tolkien foi G.K.
Chesterton.

Em 1926, Tolkien conheceu C.S. Lewis. O


autor de O Hobbit e de O Senhor dos
Anéis ajudou o criador das Crônicas de
Nárnia a encontrar a fé.
A CRIAÇÃO DA
TERRA MÉDIA
A CRIAÇÃO DA
TERRA MÉDIA
Além da carreira acadêmica, Tolkien era extremamente
dedicado a seus filhos e a sua esposa. Frequentemente
apresentava aos filhos histórias e ilustrações de mundos
fantásticos que criava.

Em um verão, Tolkien corrigia provas de seus alunos, tarefa


que ele considerava enfadonha, e em uma das provas
recebeu uma que continha uma folha em branco. Nessa folha,
ele escreveu:

“Num buraco no chão, vivia um Hobbit”


A CRIAÇÃO DA TERRA MÉDIA
O autor ainda não sabia o que eram os Hobbits, ou qual
papel teriam, mas foi assim que começou a história de
uma de suas obras primas.

Em 1937, a jornada de Bilbo Bolseiro conquistou o mundo


apresentando o fantástico mundo da Terra Média, repleto
de elfos, magos, anões, dragões, hobbits e orcs.

Tolkien se identificava com os hobbits, ele gostava de


dormir, de comer, de beber, de estar com os amigos,
aproveitar e celebrar as pequenas alegrias da vida. Os
pequenos momentos de alegria da vida que o homem
deve almejar.
O CARÁTER SIMBÓLICO
Todas as histórias de Tolkien são simbolismos, existem valores e símbolos que o
autor apresenta e defende, mas sem um teor tão explícito.

Segundo o próprio autor:


“O Senhor dos Anéis obviamente é uma obra fundamentalmente religiosa e
católica; inconscientemente no início, mas conscientemente na revisão.” (J. R. R.
Tolkien – Carta para Robert Murray, SJ, 02 de dezembro de 1953)

O tom simbólico é uma forma de fazer com que as pessoas apliquem em suas
vidas os ensinamentos de suas obras.
FANTASIAS E CONTOS DE FADAS
Segundo Tolkien, a principal importância dos contos de fadas e das fantasias é
revelar aspectos e belezas da vida, da realidade, e levar as pessoas a encontrarem
e descobrirem o bem.

Ele afirma:

“A magia do Belo Reino não é um fim em si mesma, sua virtude reside em suas
operações — entre elas está a satisfação de certos desejos humanos primordiais.
Um desses desejos é inspecionar as profundezas do espaço e do tempo. Outro é
entrar em comunhão com outros seres vivos.
Assim, uma história poderá tratar da satisfação desses desejos com ou sem a
interferência de máquinas ou de magia, e na medida em que tiver sucesso se
avizinhará da qualidade de histórias de fadas e terá seu sabor”.
ANÁLISE DO SIMBOLISMO
A obra mistura elementos da mitologia nórdica e greco-romana com a
doutrina moral cristã. Apesar do título, o grande protagonista da história é a
providência divina, que age silenciosamente em cada acontecimento.

Embora não seja mencionado sequer uma vez, Deus está presente o tempo
todo, como numa "brisa leve".
1. Vocação: o chamado de Bilbo
2. Virtudes e talentos/ vícios e dificuldades
3. Fé cega TÓPIC

OS
4. Inversão/ subversão do ato de “roubar”
5. Diferenças entre Bilbo e os anões
6. O achado da Espada élfica, a Ferroada, e o amadurecimento de Bilbo
7. O encontro com os elfos e a tradição
8. O encontro com Gollum
9. Passagem pela Trevamata, a floresta negra; conselho de Gandalf
10. Esgaroth, a cidade do lago; o desprezo pela tradição
11. Smaug e a ganância
12. “Sou aquele que enterra seus amigos vivos, e os afoga, e os arranca vivos de
dentro d’água”
13. Reminiscência do passado através de Bard
14. A doença do dragão e A Batalha dos Cinco Exércitos
15. O retorno para casa
OBRAS
Suas principais obras são:
Sir Gawain e o Cavaleiro Verde (1925);
O Hobbit (1937);
Sobre Histórias e Fadas (1945);
Mestre Gil de Ham (1949);
O Senhor dos Anéis (1954-1955);
As Duas Torres (1954);
O Retorno do Rei (1955);
As Aventuras de Tom Bombadil (1962);
A Última Canção de Bilbo (1966);
Ferreiro do Bosque Grande (1967);
Silmarillion (1977) obra póstuma.
“TEMOS DE DECIDIR APENAS
O QUE FAZER COM O
TEMPO QUE NOS É DADO.”
J.R.R. TOLKIEN
BIBLIOGRAFIA
https://jovemnerd.com.br/nerdbunker/o-senhor-dos-aneis-autor-tolkien-historia/

https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/tolkien

https://www.ebiografia.com/t_r_r_tolkien/

https://energiainteligenteufjf.com.br/especial/a-influencia-de-j-r-r-tolkien-nos-dias-atuais/
-
https://medium.com/@josedonalisio/an%C3%A1lise-da-simbologia-de-o-hobbit-de-j-r-r-tolkien-217e6ea15243

https://comshalom.org/o-simbolismo-e-a-alegoria-nas-obras-de-tolkien/

https://padrepauloricardo.org/blog/o-que-os-hobbits-tem-a-nos-ensinar

https://www.youtube.com/watch?v=FKQXUh1SSmo&themeRefresh=1

https://www.youtube.com/watch?v=Dlox7_inr80

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