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O pescador

A imensidão do mar ia até onde a vista se perdia, as ondas eram pequenas e calmas e a
lua no céu era refletida na água escura e profunda. Um pequeno barco de madeira se
encontrava no meio de toda aquela escuridão e apenas um lampião iluminava a figura que
se encontrava embarcado... Um homem, na sua casa dos 40, musculoso e bem
preservado, seus cabelos grisalhos combinavam com a luz prateada do luar e seus olhos
castanhos examinavam a água de forma minuciosa. Em sua mão, uma vara de pescar,
está muito maior do que a de um amador e muito mais reforçada, feita para pegar peixes
grandes.
Um trabalho calmo e necessário, na terra, uma família lhe espera, 2 filhos pequenos
e uma mulher que para ele, era a mais bonita do mundo... Seu objetivo era nada
menos que encher o máximo possível aquele pequeno barco com peixes, pois a
fartura só iria trazer bons tempos para seus entes queridos.
Tudo estava tranquilo, a isca não é fisgada nenhuma vez em horas de espera, seu
olhar começava a se cansar e a vontade de dormir começava a lhe tomar... Seus
olhos se fechavam, o sono o tomava e o homem começava a entrar no mundo dos
sonhos, uma luz azulada começava a surgir, um som de água sendo agitada surgia e
com surpresa o homem descobria que aquilo não era um sonho... Com um pulo, o
homem abria os olhos a procura da origem daquela luz o fazendo cair de sua cadeira,
seus olhos brilhavam e rapidamente ele identificava aquela figura a sua frente. Uma
grande baleia, tendo o dobro do tamanho de seu barco, seus olhos azuis e várias
manchas em seu corpo brilhavam em uma luz cintilante, a coisa mais bonita que
aquele homem havia visto no mar, e ainda mais rápido do que ela havia aparecido, ela
sumia, mergulhando na escuridão do mar.
O que tinha acontecido? Uma alucinação? Um sonho? O homem sabia que não... Aquilo
era real, ele realmente havia visto aquilo. O que os outros pescadores diriam quando ele
contasse o que havia visto? Diriam que ele estava maluco? Que havia sonhado?...
Obviamente que sim. O velho homem olhava em direção do mar por mais alguns
segundos, se recuperando do susto, e se levantando ele se sentava novamente em sua
cadeira... Que mal faria ele contar sobre aquela história? Ele não seria julgado como louco,
afinal, ele é um pescador... Quem leva histórias de pescador a sério?

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