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Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

(UNILAB)
Aluno: Fláildo da Silva Araújo
Disciplina: Física Básica
Curso: Ciências Biológicas
Professor: Aristeu Rosendo Pontes Lima

Ecolocalização em morcegos
A ecolocalização se tornou uma importante adaptação para os morcegos tendo em vista
que os mesmos possuem visão pouco desenvolvida, o que os permite reconhecer certos
ambientes sem o auxílio da visão, o que os auxilia, tanto na sua locomoção em ambientes com
pouca luminosidade, como na caça de seu alimento. No entanto, antes de entrarmos em detalhes
sobre como esse processo evoluiu através dessa espécie, é importante sabermos o que é a
ecolocalização: A ecolocalização, também conhecida como biossonar, é um processo que
consiste em emissões de ondas ultrassônicas por alguns animais que rebate no que está a frente
e volta em forma de eco, fornecendo informações sobre a distância e tamanho. Além disso,
para que isso ocorra, o animal necessita possuir um órgão que transmita um sinal acústico e
possua um sistema auditivo capaz de interpretar perfeitamente o eco do sinal emitido. Com
isso, o animal pode obter uma percepção tridimensional dos ambientes.
Analisando fisicamente esse processo de ecolocalização, vamos inicialmente falar a
respeito do som e o eco. Para isso, vamos imaginar que estamos dentro de uma sala com
paredes lisas, sem nenhum obstáculo. Ao falar, o som emitido por nossas cordas vocais vai
até a parede, refletir e voltar aos nossos ouvidos. Porém, nesse processo, não iremos ouvir
apenas o som que estamos emitindo, mas o reflexo do som na parede em diversas direções.
Nossos ouvidos possuem uma “proteção anti-eco" chamada persistência sonora. Com isso, se
o som refletido bate na parede e volta antes de 0,1 segundo, não conseguimos ouvir o som
refletido como uma repetição (eco), mas sim como uma reverberação. E é exatamente isso
que nos difere dos morcegos.
Os morcegos necessitam de ondas com o comprimento pequeno para serem refletido
pelo objeto e o tempo que o som vai demorar para voltar vai depender da distância do
morcego até o objeto. Através da intensidade do eco, o morcego consegue ter noção do
tamanho do objeto, ou seja, objetos maiores refletem com maior intensidade.
Nos morcegos, a ecolocalização está presente em todas as famílias, porém, emitida de
formas diferentes entre algumas espécies. Algumas emitem ecolocalização tonal através da
laringe, enquanto outras produzem sons através de estalos na língua e/ou asas. Por utilizarem
esse sistema de ecolocalização, suas orelhas são consideravelmente grandes e possui uma
diferença em sua membrana basilar que funciona como uma espécie de sintetizador de sinais
do sistema auditivo. Em morcegos que emitem sinais na laringe, usa as vibrações das cordas
vocais pela passagem de ar, e isso faz com que a frequência do sinal emitido possa ser
regulada de acordo com a tensão das cordas vocais e alterada pelos músculos da laringe.
Como são especialistas em ecolocalização, alguns morcegos são capazes de se
concentrar em objetos minúsculos de até aproximadamente 0,017 centímetros. Como insetos
estão sempre se movimentando, os morcegos chegam a emitir 190 sons por segundo.
Algumas famílias de morcegos, como os filostomídeos emitem sons de ecolocalização
através do focinho, o que acaba ajudando a focar os sons que rebatem e alteram o formato das
orelhas para conseguir captar com precisão os sinais obtidos.

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