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Não sairei para o quintal nem hoje nem nunca mais? Segundos tilintando
em berços de vidro. Onde foi deixada a letra sanguínea. O diapasão ponta numa
placenta. O aceno de sombra líquida no tórax. Quadros a cem
quilômetros por hora varando meus ouvidos. Equilibrando taças. Quando o balé
começa e os poetas balbuciam paraísos para suas amadas. E os homens são
apenas homens com seus gestos de ferrugem, suas maletas cheias de bocejos e
uma carta de despedida para o tédio de prontidão na garganta.