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Tampinhas, Cruzar a Linha, Presente e Passado,

Andanças e Bate-papos
Vou escrever de novo nessa plataforma, vou escrever de
novo apesar da vida do telepata não ser nenhum parque de
diversões, muito menos do telepata, cismado,
ensimesmado esquizoide, ansioso, que toma alguns
controles sejam farmacológicos sejam para não ficar
antissocial demais, do telepata falastrão, que tem certa
birrinha quando perde no xadrez (eu vejo meus erros
depois quando dá), que cuida de pais idosos (mas nem tão
idosos e melhores de saúde e antitabagismo que eu), que
anda com tênis do ano passado para trás (a páscoa tá aí,
calço 43 e depois me darei algum de presente já que o pé é
de lebre e trabalhei que nem Judas Iscariotes deu trabalho
na Santa Ceia). Aí vem um legalzão e pergunta, né: E as
tampinhas, sua caixa de tampinhas? Essa ideia veio do Bar
do Juca, saudoso Bar do Juca que promete ficar em pé
mais de cinco gerações lá no Mirante, descendo a igreja do
Mirante sentido Escola Educar. O velho Juca certa vez,
quando eu ainda bebia uma com álcool, tirou de baixo da
pia uma enorme caixinha cheia de tampinhas e deixou eu
escolher umas diferentes (com iguais não se faz nada?
Sim, se fazem chocalhos usando prego, martelo e arame
mas com diferentes se faz história). E aí eu comecei mais
uma coleção. Percorrendo as ruas de Argentina, Brasil, e
Chile; percorrendo o Nordeste, Minas e bairros da Capital
Paulista. O que eu tinha eram cartões telefônicos e
carrinhos e passei a ter tampas de todos os tipos e
tamanhos (nenhuma raridade, mas muitas de vinho,
uísque, cervejas, manteiga, licores, misturas de vinhos,
conhaque, e estou aceitando as terríveis de cachaça
artesanal). As minhas coleções não valem nada a não ser
para mim e minha família, a única coisa que fiz foi catalogar
em fotografias caso seja furtado (coisa de fundo de céu em
Virgem e contra olho gordo). Às vezes reflito se terei casa
se continuar fazendo artesanatos de africana (tanto que
parei um pouco) e me patrulhando para não ficar
materialista demais (ter só não é melhor que doar para
quem não tem e respeitando nossos limites de apego
emocional e etecetera e tal). Sobre o Presente e Passado:
Comecei a ler um livro do Raymond Bernard e me veio
essa “biruteza”, com o perdão do termo, na mente:
Seríamos uma espécie de civilização nas últimas? No
sentido de em breve termos carros voadores, tele
transportes, espírigons (termo que ouvi com Laércio
Fonseca e autoexplicativo quanto à paranormalidade em
comunicação), paz mundial e não precisarmos mais
trabalhar tanto, comermos pílulas nutritivas e vivermos
eternamente e eternamente jovens? Não, nas últimas está
o louco que pensa que trabalhar pouco é sina para quem
mordeu o fruto do pecado e vê verdadeiras porcarias no
noticiário cujos frutos mordidos nenhum demônio,
potestade ou principado teria crueldade para espalhar
cagando e vomitando entre os seus (da própria, antes,
espécie cujo jus não fez mais de pertencer). Crescer e
multiplicar é uma coisa agora roubar, matar e destruir é
outra totalmente diferente. Creio num meio-termo: Numa
laranja mecânica, por que não? Mas assim como uma
laranja podre dá conta de apodrecer várias, essa laranja
será responsável no futuro da própria qualidade e das
tantas que se perderam por alguma culpa dela própria.
Curto e grosso como física elementar. Esses generais
truculentos e lentos para entender, esses playboys que não
colaboram para extinção da fome ou mesmo para o
aquecimento global, esses tantos cuja ficha não cai fácil
agindo qual antiácido nos pecados capitais vão sofrer até
mudar: Não há fórmula mágica infelizmente, o futuro
repetirá o passado (com o tempo não parando para um
cafezinho sequer) enquanto não formarmos humanidade no
peito, enquanto houver mais mísseis que tubos de diploma,
enquanto o bicho-homem ser bicho por catar lixo tamanha
miséria para matar a fome ou ser bicho-lobo, com raiva de
quem não merece, um zumbi sanguinário contra a própria
matilha. As grandes massas estão por aí, cheias de irmãos,
cheias de gente boa, gente boníssima, gente mais ou
menos e algumas exceções e algumas camuflagens. Os
bate-papos: Precisamos, isso urge, conversar com nossos
amigos, conversar com nossos familiares, conversar sobre
assuntos chatos para que as soluções venham, conversar
para não repetir os mesmos erros e acertar mais do que
acertávamos, falar e falar sem nos tornarmos regadores de
ladainhas e papo-furado. Só sobrou andanças: Como sou
péssimo corredor eu ando, exercício libera hormônios que
poderiam vir de prazeres perniciosos e transforma a luz
solar em vitamina D. Cruzar a linha: Não me refiro à deixar
a bola sair do bom jogo e depender de gândulas para toda
bola fora. Não me refiro a cruzar a linha da sanidade (erro
boçal e imperdoável). Não me refiro a cruzar a linha do
trem sem esperar o trem o passar. Não é sobre ler sem
notar as entrelinhas. Não é sobre passar da linha (que
rabisca enormes garranchos quando ocorre). Tampouco
sobre a linha territorial de território que não é seu. Enfim,
de tanto que não é sabemos o que é! Até outro Sábado da
Aleluia ou outra data especial ou não, fui.

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