Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Além do Espelho1
Resumo:
Para isso, uma sinuosa pesquisa bibliográfica foi feita em parte das obras de
mestre e aprendiz. Ao mesmo tempo, que de forma aprazível, se pode aprender,
devemos tomar cuidado para não nos perdermos; dada a vastidão de textos, livros e
publicações dos professores, que caminham em vários temas com destreza ímpar.
Ainda, em sede de bosquejo, podemos delinear que a nau TEORIA GERAL DO
ESTADO (referida cátedra tradicionalíssima da casa de Afonso Pena) nunca estivera
desamparada de Comandante capaz, ainda que após alguns anos de vacância, ela
sempre retorna para as mãos merecedoras; a história não mente.
1. Ponderações iniciais
4
Uma vida nova começa, em livre tradução.
4
5
Recomenda-se HORTA, José Luiz Borges. Interdisciplinaridade, Direito e Estado; memórias da
Faculdade de Direito da UFMG. Revista Brasileira de Estudos Políticos, v. 40, p. 193-217, 2012. Para
que com ele consiga elucidar com maior assertividade sobre a história da Vetusta Casa de Afonso
Pena e de seu Programa de Pós-Graduação sob o reflexo do homenageado.
6
Ibid.
5
Sob essa luz, fica a complexa missão de tentar, ao menos em partes, discorrer
sobre os impactos daquele que foi um dos grandes nomes que abrilhantou uma das
maiores revoluções intelectuais concretizadas na Faculdade de Direito da UFMG. José
Alfredo de Oliveira Baracho, que não apenas orientou nosso mestre José Luiz Borges
Horta em sua graduação em Direito e no mestrado, também em Direito, com a
dissertação intitulada “A educação nas constituições brasileiras”, mas também o
antecedeu na gloriosa cátedra de Teoria Geral do Estado.
Assertivo nas discussões que se propunha, o Professor contava com uma abastada
coletânea, fruto de suas pesquisas, que o marcavam como exemplar constitucionalista.
Suas diversas obras contava com exímios exemplares, que merecem o devido
destaque, tais quais; Regimes políticos, de 1977; Teoria Geral dos Partidos Políticos,
de 1979; Teoria da Constituição, de 1979; Processo e Constituição: o devido processo
legal, de 1980; Imunidades Parlamentares, de 1980; Teoria Geral do Poder
Constituinte, de 1981; Teoria Geral das Formas Políticas, de 1983; Teoria Geral do
Federalismo, de 1983, que lhe rendeu o prêmio Pontes Miranda; dentre outros
inúmeros livros, artigos e textos.
12
BARACHO, José Alfredo de Oliveira. HORTA, Jose Luiz Borges. Direito e Política: ensaios
Selecionados. Organizador: José Luiz Borges Horta. – 1. Ed. – Florianópolis: Compedi, 2015. p. 6.
8
4. Baracho em Horta.
As influências de Baracho em Horta são tantas que talvez seja bastante complexa
a tarefa de destrincha-las. Para torna-la mais acertadas, podemos categorizá-las em
duas, separando-as por suas naturezas. A primeira, diz respeito às influências
intelectuais e acadêmicas; já a segunda, tange as influências comportamentais e
pessoais. A dissociação, em princípio, não é perfeitamente visível, mas há de se fazer
entender de forma mais objetiva, na finalidade de compreender as semelhanças entre
os emblemáticos catedráticos.
Com o seu preceptor, Horta aprendeu a produzir não apenas em grande volume,
mas também foi marcado pela a qualidade dos escritos e pensamentos desenvolvidos.
13
Op. Cit. p. 6.
9
Foi trilhando seu percurso acadêmico ao lado de Baracho que Horta aprendeu a
viver o que acreditava. As influências transcenderam uma mera orientação formal para
a total inspiração de um ethos típicos dos mais honrados homens públicos que a vida
acadêmica do Brasil poderia ter a salvaguarda de se beneficiar.
14
Idem.
15
Op. Cit. p. 8.
10
Dentre os textos preferidos de José Luiz Borges Horta, entre os publicados por
Baracho, destacam-se dois: Teoria Geral dos Partidos Políticos e Teoria Geral da
Soberania, dignos de um livro organizado de orientando para orientador, como já
referido. Dos principais motivos para o apreço pelas publicações, vemos duas
justificativas – uma diz sobre o chamado Direito Constitucional da Liberdade, como
nomeado pelo próprio Baracho no primeiro texto, e segundo o chamado Direito
Constitucional do Poder. Ambos expressam o vigoroso compromisso permanente de
Baracho com o Estado de Direito.
5. Considerações finais
16
HORTA, José Luiz Borges. Direito Constitucional da Educação. – Belo Horizonte: Decálogo, 2007.
p. 190.
17
Citações diretas de trechos da canção “Além do Espelho” dos ilustres Paulo Cesar Pinheiro e João
Nogueira, famosa na voz do segundo. A poesia da letra que fala justamente dos sentimentos de uma
possível sucessão de fatos e aprendizados. “A vida é mesmo uma missão\A morte uma ilusão\Só sabe
quem viveu\Pois quando o espelho é bom\Ninguém jamais morreu...” JOÃO NOGUEIRA. Além do
Espelho. Rio de Janeiro: Som Livre: 1992. CD (3:51).
11
Ao fim, podemos ver de frente ao espelho que o reflexo de Horta sempre foi dar
continuidade ao legado iniciado por Baracho.
18
Op. Cit. p. 8.
12
Referências bibliográficas:
BARACHO, José Alfredo de Oliveira. HORTA, Jose Luiz Borges. Direito e Política:
ensaios Selecionados. Organizador: José Luiz Borges Horta. – 1. Ed. –
Florianópolis: Compedi, 2015. 208p.