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CAMPUS ARAÇUAÍ

MEMORIAL DESCRITIVO DA SUBESTAÇÃO ELÉTRICA

01 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS:

O presente memorial tem por finalidade fornecer as informações descritivas, no que diz
respeito às definições arquitetônicas e estruturais para a execução das obras civis da
Construção da Subestação Elétrica do Campus Araçuaí.

A obra se resume em uma edificação com área construída de 14,49 m² e pé-direito de 6


m, para servir de abrigo aos equipamentos da subestação elétrica, conforme projetos anexos
e planilha de quantitativos/especificações.

02 - FUNDAÇÃO

A fundação da edificação será através de quatro sapatas que serão suporte das cargas dos
quatro pilares. As sapatas serão em concreto armado com resistência mínima de 30 Mpa,
sendo a base quadrada de 0,80 x 0,80 m. Os fustes que darão continuidade aos pilares serão
amarrados por vigas baldrame, também de concreto armado. A altura da viga baldrame será
de 30 cm e a largura de 17 cm. Os fustes terão seção transversal de 17x17 cm.

No interior da cabine haverá dois compartimentos separados por uma parede de ½ tijolo, com
comprimento de 1,75 m, levantada do nível do piso até o teto. Diferentemente das paredes de
1 tijolo, que serão sustentadas pelas vigas Vx e Vy nos níveis 1 e 2 (ver projeto), essa parede
de ½ tijolo terá como base uma sapata corrida de 20x30 cm, sob um baldrame de 15x30 cm.

Toda a escavação a ser realizada para a fundação terá os fundos das cavas e valas bem
apiloados e receberão uma camada de 3 cm em concreto magro (lastro) para evitar o contato
da armação com o solo. As vigas baldrame ficarão afloradas em relação ao solo a uma altura
de 15 cm, para que o piso interno fique acima do nível do solo.

Para evitar que, através da capilaridade ascendente, a umidade dos alicerces seja transmitida
às alvenarias e superestrutura, será aplicada nos baldrames impermeabilização com tinta
asfáltica, em duas demãos. As vigas baldrame e dos níveis 2 e 3 estão indicadas no projeto
anexo.

03 – ESTRUTURA

A estrutura será composta de pilares de concreto armado suportados por sapatas. As


extremidades superiores dos pilares serão ligados (amarrados) através de vigas de concreto
armado. Devido à altura da edificação (6,0 m), haverá ainda um cintamento intermediário que
dará a rigidez estrutural necessária à edificação. Os pilares serão de 17x17 cm e as vigas com
altura de 30 cm e largura de 17 cm. A largura da viga na parede interna será de 15 cm.
A resistência mínima do concreto dos pilares e vigas será 30 Mpa. Tanto as formas da
fundação como da estrutura serão em chapa de madeira serrada, reaproveitada 4 vezes.

04 – PAREDES

As alvenarias serão de tijolo cerâmico furado 9x19x19 cm, 1 vez (espessura de 19 cm),
assentado em argamassa traço 1:4 (cimento e areia média não peneirada), preparada
manualmente. Para separar os dois compartimentos da cabine, haverá uma alvenaria interna
de ½ tijolo e comprimento de 1,75 m. Essa parede interna vai do piso ao teto e, na metade da
altura da parede, haverá uma viga (Vz) engastada na viga Vx. Essas vigas estão indicadas no
projeto estrutural anexo. A extremidade superior dessa parede terá cunhamento no encontro
com a laje.

A espessura das juntas serão de aproximadamente 10 (dez) mm, devendo ser


uniformes. As alvenarias deverão ser aprumadas, ter as fiadas niveladas e não ter juntas-
prumo. A quantidade de água de amassamento é função do tipo de bloco, da temperatura
ambiente, etc., sendo, portanto, necessária a presença de profissional qualificado no controle
do preparo da argamassa.

05 – REVESTIMENTO

Todos os materiais componentes dos revestimentos, como cimento, areia, água e


outros, deverão ser da melhor procedência, para garantir a boa qualidade dos serviços. Antes
de iniciar os trabalhos de revestimento, deve-se adotar providências para que todas as
superfícies a revestir estejam firmes, retilíneas, niveladas e aprumadas. Qualquer correção
nesse sentido será feita antes da aplicação do revestimento.

A superfície a revestir deverá estar limpa, livre de pó, graxas, óleos ou resíduos orgânicos. As
eflorescências visíveis decorrentes de sais solúveis em água (sulfato, cloretos, nitratos, etc.)
impedem a aderência firme entre as camadas dos revestimentos. Por isso deverão ser
eliminadas as eflorescências através de escovamento a seco, antes do início da aplicação do
revestimento. Revestimentos de argamassa que se descolaram devem ter o restante do
revestimento demolido.

As superfícies a serem revestidas devem ser limpas e umedecidas antes da colocação de


qualquer revestimento. A limpeza deve eliminar gorduras, vestígios orgânicos e outras
impurezas que possam acarretar futuros desprendimentos ou quaisquer outras patologias.

Para auxiliar na aderência do revestimento sobre as paredes devem ser aplicados chapisco,
traço 1:3 (cimento e areia média) com espessura de 5 mm. Serão chapiscadas também todas
as superfícies lisas de concreto, como teto, montantes, vergas e outros elementos da estrutura
que ficarão em contato com a alvenaria, inclusive fundo de vigas. O revestimento único
(emboço paulista) será no traço 1:2:8 (areia, cimento e cal hidratada) espessura 20 mm com
preparo manual.

A quantidade de água de amassamento é função do tipo de bloco, da temperatura ambiente,


etc., sendo portanto, necessário a permanência de profissional qualificado no controle do
preparo da argamassa.

06 – PISOS

Antes da execução da laje de piso será procedido o aterro entre os baldrames, apiloados com
nacos de 30 kg, sendo o material do aterro reaproveitamento da escavação da fundação. A
laje de piso será de concreto armado (tela) com resistência mínima de 21 Mpa e terá
espessura de 7 cm. O contrapiso será em argamassa traço 1:4 de cimento e areia grossa,
preparada manualmente, com espessura média de 3 cm.
O passeio no perímetro da edificação será em concreto desempenado traço 1:2,5:3,5
(cimento, areia e brita), com espessura de 5 cm, incluído no serviço (SINAPI – 85181) a forma
de fechamento com tábua de madeira. Em torno do passeio será lançada brita 2 na espessura
de 5 cm e largura de 2 metros.

07 – COBERTURA

A cobertura será de laje maciça com sobrecarga de 100 kg/cm², fabricadas para vãos de
até 3,5 m e espessura final de 12 cm, sendo prevista ferragem negativa. Sobre a cobertura
será aplicada impermeabilização de superfície com geomembrana (manta termoplástica lisa)
tipo PEAD, espessura de 2 mm.

08– PINTURA

As superfícies a serem pintadas devem se apresentar firmes, curadas, sem partículas


soltas, completamente secas, isentas de graxas, óleos, poeira, mofo etc, devendo ainda estar
lixadas.

Deverão ser usadas as tintas já preparadas em fábricas, não sendo permitidas


composições, salvo se permitidas pela fiscalização. As tintas aplicadas serão diluídas
conforme orientação do fabricante e aplicadas na proporção recomendada. As camadas serão
uniformes, sem corrimento, falhas ou marcas de pincéis.
Deve ser aplicado fundo com selador acrílico, e depois aplicadas duas demãos de tinta
em duas demãos. Cada demão de tinta somente será aplicada quando a precedente estiver
perfeitamente seca, devendo-se observar um intervalo de 24 horas entre demãos sucessivas.

09 – ESQUADRIAS

Serão instaladas na área da cabine destinada aos disjuntores duas esquadrias em


chapa de aço 14, do tipo veneziana. Na área de circulação da cabine será instalada uma
esquadria do tipo basculante em chapa dobrada de aço. A cabina terá três áreas distintas:
área de circulação, área para disjuntores e área TC TP-medição, as duas últimas terão uma
proteção interna com uma estrutura metálica com cantoneiras de ferro galvanizado com
portões de entrada. Toda essa estrutura assentada será fechada até o teto por tela
galvanizada fio 12. É considerado que todas as esquadrias previstas serão entregues já
pintadas.

10 - DISPOSIÇÕES FINAIS

O canteiro de obra deverá ser mantido rigorosamente limpo. Após a conclusão da obra,
deverá ser procedida uma última limpeza, bem como o seu entorno. Todo resíduo (entulho,
sobra de madeira, etc.) deverá ser retirado e destinado em local onde não causa danos ao
meio ambiente.

A comissão de fiscalização por ocasião do recebimento provisório da obra, realizará uma


minuciosa vistoria na mesma, devendo solicitar da contratada, quaisquer reparo ou
complemento de serviços que se fizerem necessários. O recebimento provisório só se dará
após o atendimento, pela contratada, das solicitações que por ventura forem feitas à época da
vistoria.
O recebimento definitivo da obra, só se dará após a comprovação de perfeito estado de
funcionamento da obra, pela comissão de fiscalização.

Belo Horizonte, 06 de Janeiro de 2023

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Brunno Franco Godoi
Engenheiro Civil
CREA-MG 199.511/D

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