O documentário conta a história de Deuseli, uma jovem que foi estuprada e queria abortar a criança, mas não teve autonomia para decidir. Ela não recebeu o apoio da justiça ou da saúde pública e sua palavra foi questionada. O documentário mostra como fatores sociais, culturais e econômicos influenciaram a situação da jovem e como a comunidade via sua condição mental através de uma lente cultural e religiosa.
O documentário conta a história de Deuseli, uma jovem que foi estuprada e queria abortar a criança, mas não teve autonomia para decidir. Ela não recebeu o apoio da justiça ou da saúde pública e sua palavra foi questionada. O documentário mostra como fatores sociais, culturais e econômicos influenciaram a situação da jovem e como a comunidade via sua condição mental através de uma lente cultural e religiosa.
O documentário conta a história de Deuseli, uma jovem que foi estuprada e queria abortar a criança, mas não teve autonomia para decidir. Ela não recebeu o apoio da justiça ou da saúde pública e sua palavra foi questionada. O documentário mostra como fatores sociais, culturais e econômicos influenciaram a situação da jovem e como a comunidade via sua condição mental através de uma lente cultural e religiosa.
O documentário a margem do corpo, de Débora Diniz, conta,
parcialmente a história da jovem Deuseli, onde perpassa por uma ótica que envolve vários fatores como saúde, econômico, social e cultural. É relevante salientar sobre o modelo biomédico presente no contexto envolvido, onde o foco com relação ao mecanismo saúde e doença, era somente a gravidez, sem investigar toda a história que envolvia vários fatores que faziam com que Deuseli quisesse abortar a criança. Para mais, a jovem, vítima de estupro, não teve autonomia para decidir se poderia ou não ter o filho. É valido também, enfatizar o quanto a palavra da vítima foi questionada, levando a alguns cogitarem a possibilidade de Deuseli ter forjado o seu estupro, para culpar Nego Vilas. Trazendo para os dias atuais, essa ainda é uma situação que ocorre frequentemente, onde é mulher é questionada e abandonada pela justiça e pela saúde pública em casos como este. Deuseli não foi ouvida. Sua história é contada e baseada em hipóteses. Além disso, é possível identificar através do documentário o quanto a questão da antropologia é de relevância ser vinculada à saúde, uma vez que, segundo o texto Antropologia médica, há uma grande influência que exercem a semiologia popular e as concepções culturais de causalidade sobre os comportamentos adotados frente às doenças. Se tratando disso, é relevante perceber no documentário, como a comunidade se depara frente à condição da saúde mental de Deuseli. De princípio, percebe-se que há um contexto cultural já demarcado de que os comportamentos Da jovem, como matar a filha e outros, eram de cunho espiritual. Diante disso, várias opiniões foram levantadas, como, por exemplo, ser levada para se fazer exorcismo, visto que, por uma questão cultural, religiosa, a jovem era vista como vítima de possessão. Desta forma, como aponta o texto, o repertório cultural influencia na interpretação da patologia. Além disso, revelam que o comportamento de uma população frente a seus problemas de saúde, incluindo a utilização dos serviços médicos, são construídos a partir de universos socioculturais específicos. Assim, diante das experiências que Deuseli atravessou, percebe- se que houve negligência com relação à maneira em que a mesma foi amparada, tanto mediante a lei, como também pela falta de um encaminhamento para uma rede de apoio, como o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial).
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