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Exercício 3

A vida a pós a morte é um tema que suscita muita controvérsia não só na


comunidade científica, mas também como um tema presente no nosso quotidiano,
este dilema não recai sobre nenhuma ciência exata pois nunca chegaremos a obter
uma resposta certa e nunca teremos meios para conseguir formular uma tese em volta
deste tema, sendo assim de livre interpretação e bastante interessante do ponto de
vista filosófico. A morte é um dilema estudado á bastante tempo pela filosofia, tendo
teses como as de Epicuro, Arthur Schopenhauer, Friedrich Nietzsche, Martin Heidegger
e Michel de Montaigne cada filosofo interpretou este tema a sua maneira e consoante
a sua época. Epicuro vulgarizo o medo da morte considerando que o ser humano seria
uma identidade coesa, formada por um conjunto de átomos em movimento e idealiza
o fim da vida como um processo inevitável descrevendo-a como a dissolução dessas
partículas elementares e acreditando que mais tarde se iriam reorganizar dando
origem a um novo ser, tendo como base a frase: “A morte nada significa para nós”. Já
um filosofo mais recente como Martin Heidegger baseava se num panorama do
sentido do “ser” afirmando que o ser do homem é um "ser que caminha para a
morte", seguindo essa linha de pensamento acreditava que o importante está em
alcançar o melhor sentido de ser, para enfrentar a morte.
A dicotomia vida e morte é um especto importante a realçar pois só realmente
damos valor muitas vezes a nossa vida por termos certezas de que um dia chegara ao
fim, muitas pessoas têm medo da morte ou melhor tem medo de não ter aproveitado
a sua vida e do meu ponto de vista penso que é um medo bastante racional, o medo
do ser humano de serem esquecidos e de não terem completado nada de grandioso.
Desde o momento em que nascemos já sabemos qual será o nosso futuro e isso é
apavorante, a pressão de se pensar que não se quer partir sem ter atingido os nossos
objetivos , vemos isto bastante refletido no que chamamos de “crise de meia idade” o
que não passa de um grande pavor de chegar a velhice sem ter experimentado coisas
novas ou ter passado a sua vida na monotonia, penso que este medo da morte passa a
medida que vamos envelhecendo, olhamos para pessoas de idade e vemos que tem
uma serenidade admirável com o futuro que os aguarda. Cada pessoa tem a sua ideia
do que existe para alem da vida, se é que existe algo, mas ninguém sabe ao certo e
muitas vezes escolhe se agarrar a essa ideia para se coadunar com a morte.
A vida a pós a morte acredita se que pode ter vários formatos como a
reencarnação, a ida para o céu ou para o inferno, a ideia de que a nossa energia nunca
se decompõe e fica sempre presente no mundo, existem várias teorias para este
assunto; este conceito é abordado em diferentes religiões e cada uma tem a sua
própria perspetiva, no Espiritualismo acredita se que a vida a pós a morte é uma
passagem da evolução do espirito ate a reencarnação, acreditando que quando o
corpo morre o espirito se torna livre e consciente , isto caso a pessoa tenha sido boa
passara a evoluir numa forma fluida, já as pessoas pecadoras é lhes dada uma segunda
chance de se redimirem reencarnando; no Islamismo a vida a pós a morte é vista de
forma bastante semelhante ao cristianismo acreditando que a alma pode seguir o seu
caminho para o Ceu ou para o inferno e será Alá que sentencia as almas, caso chegue
ao Ceu eles acreditam que lá lhes esperam uma vida eterna no paraíso, 80 mil servos a
seu dispor e 72 virgens ; no Budismo acreditam na reencarnação como os espíritas
diferenciando se por acreditarem que quem viveu uma vida de pecado reencarnara
num animal insignificante como uma barata ou uma pulga , já quem viveu uma vida de
bem reencarnará num príncipe ou numa aguia ; na Umbanda também se acredita na
vida a pós a morte, sendo a alma levada e guiada por entidades divinas, reencarnando
ou num espirito protetor ( recompensa dos bons atos em vida ) ou num espirito
perturbador; no Cristianismo temos a divisão tripartidária do corpo, voltando a forma
física para a terra, o espirito volta para Jesus e a alma é julgada pelos seus pecados em
vida podendo ir para o céu ou para o inferno; no Judaísmo acredita se que quando o
corpo morre é um sinal de libertação para o começo de uma vida num plano espiritual,
por fim no Protestantismo não acreditam na reencarnação mas muito semelhante ao
cristianismo acreditam no julgamento mas não só pelos seus pecados em vida mas
também pela fé que tinham em Deus.
Cientificamente nunca se terá como provar se alguma destas hipóteses estará
correta a questão estará sempre presente no mundo e não se encontra uma hipótese
com mais verdade que a outra pois no fundo padecem de dados concretos que as
possam evoluir para teses, serão sempre hipóteses que tentam procurar uma resposta,
mas será sempre uma verdade absoluta a qual não conseguiremos alcançar.

Marisa Gomes, nº13, 11ºJ

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