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A Grande ceia

Lucas 14;16

Um certo homem fez uma grande ceia, e convidou a muitos. . E à hora da ceia
mandou o seu servo dizer aos convidados: Vinde, que já tudo está preparado.
E todos à uma começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro; Comprei um
campo, e importa ir vê-lo; rogo-te que me hajas por escusado. E outro disse:
Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-los; rogo-te que me hajas por
escusado. E outro disse: Casei, e portanto não posso ir. E, voltando aquele
servo, anunciou estas coisas ao senhor.

Então o pai de família, indignado, disse ao seu servo: Sai depressa pelas ruas
e bairros da cidade, e traze aqui os pobres, e aleijados, e mancos e cegos. E
disse o servo: Senhor, feito está como mandaste; e ainda há lugar. E disse o
senhor ao servo: Sai pelos caminhos e valados e força-os a entrar, para que a
minha casa se encha. Porque eu vos digo que nenhum daqueles varões que
foram convidados provará a minha ceia.

A parábola da Grande Ceia narra que o Senhor preparou uma grande festa e,
na hora marcada, nenhum convidado apareceu. Como você se sentiria se
preparasse um grande banquete maravilhoso, convidasse as pessoas para
participarem, mas quando tudo estivesse arrumado, ninguém aparecesse?

Cada convidado da parábola apresentou uma justificativa: a compra de cinco


juntas de bois, a aquisição de um lote de terra, o casamento. Não existe
pecado em se comprar bois ou terras, ou em casar-se. Mas a questão aqui é
outra: estas pessoas colocaram de lado a comunhão com Deus! Exatamente o
que muitos faz hoje em dia: buscam primeiro todas as coisas que julgam
importantes e, se sobrar tempo, o Reino de Deus e a Sua Justiça.

Eles colocaram de lado o convite para gozar da intimidade e da comunhão com


o Senhor. Para desfrutar das coisas que eles estavam fazendo eram boas e
legítimos segundo ao entendimento humano. Mas deixou a que havia de
melhor para as suas vidas, desfrutar da plena comunhão com o Senhor e
herdar a salvação, por que quando participamos de um banquete na presença
do Senhor alcançamos benção incontável, mas para eles não havia tempo para
Deus estavam muito ocupados com as coisas terrenas.

Mas a igreja fiel tem desfrutado todos os dias deste banquete maravilhoso que
o Senhor tem para um povo fiel que anda na revelação e na direção do Espírito
Santo fazendo sempre o que o Senhor tem revelado para o caminhar dos
servos de Deus.

A salvação anunciada no evangelho é comparada a uma festa de


casamento. O Senhor Jesus nos fala de “um rei que celebrou as bodas de seu
filho”.

Uma farta provisão para todas as necessidades da alma humana. Há um


suprimento de tudo quanto se requer para aliviar a fome e sede espiritual.
Perdão, paz com Deus, uma viva esperança neste mundo, glória no mundo
vindouro, são bênçãos retratadas diante dos nossos olhos em rica abundância.
Toda esta provisão é devida ao amor manifestado pelo Filho de Deus, Jesus
Cristo. Ele deseja nos unir a si mesmo, restaurar-nos à família de Deus como
filhos queridos, vestir-nos com a sua própria justiça, dar-nos uma posição em
seu reinado e nos apresentar inculpáveis perante o trono de seu Pai, no último
dia.

O evangelho, em suma, é uma oferta de pão para o faminto, de alegria para o


triste, de um lar para o desprezado, de um amigo para o perdido. O evangelho
é boas novas. Deus oferece identificar-se com o homem pecador, mediante
seu Filho querido. Jamais nos esqueçamos: “Nisto consiste o amor, não em
que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou, e enviou o Seu
Filho como propiciação pelos nossos pecados”(1 Jo 4:10).

O fato que o convite do evangelho são amplos, plenos, generosos e


ilimitados.

Nesta parábola, o Senhor Jesus nos conta que os servos disseram aos
convidados: “Tudo está pronto; vinde para as bodas”. Da parte de Deus não há
nada faltando para a salvação da alma dos pecadores. Ninguém jamais poderá
dizer, no fim, que foi por culpa de Deus que não se salvou. O Pai está pronto
para amar e acolher. O Filho está pronto para perdoar e limpar de toda culpa.

A graça está sendo derramada pronta para abençoá-lo. O céu está pronto para
ser o seu lar eterno. Só uma coisa é necessária: que o próprio esteja desejoso
em seu coração de ser salvo. Que não fiquemos perdendo tempo minucioso.
Deus sempre será achado inocente do sangue de todas as almas perdidas.

O evangelho sempre fala dos pecadores como seres responsáveis e que terão
de prestar contas a Deus. O Senhor coloca uma porta aberta diante de toda
humanidade. Ninguém está excluído desse convite universal. Embora eficaz
somente para os que creem, ele é suficiente para a humanidade inteira.
Embora poucos são os que entram pela porta estreita, todos são igualmente
convidados a entrar por ela.

A salvação é oferecida pelo evangelho e é rejeitada por muitos daqueles a


quem ela é oferecida. O Senhor Jesus nos conta que os convidados,
chamados pelos servos do rei, “não se importaram e se foram”. E quando
finalmente chegaram os convidados para as bodas, o rei entrou para ver os
que estavam à mesa, e “notou ali um homem que não trazia veste nupcial”. O
rei perguntou ao homem como este havia entrado, vestido impropriamente,
mas não obteve qualquer resposta. Ordenou então o rei a seus servos:
“Amarrai-o de pés e mão, e lançai-o para fora, nas trevas”.

Que nós aprendamos com sabedoria através desta parábola, e sejamos


diligentes em procurar confirmar a nossa vocação e eleição (1 Pe 1:10). A nós,
também, é dito; “Tudo está pronto; vinde para as bodas”. Tenhamos
cuidado de não recusar ao que fala (Hb 12:25). Não durmamos como os
demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios (1 Ts 5:6).
O tempo é breve. O Rei em breve entrará para ver os convidados. Já
recebemos ou não a veste nupcial? Já nos revestimos de Cristo? Essa é a
grande indagação levantada por esta parábola. Que jamais descansemos
enquanto não pudermos dar uma resposta satisfatória a essa pergunta. Que
estas palavras soem diariamente em nossos ouvidos, e nos sondem o
coração: “Muitos são chamados, mas poucos escolhidos”.

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