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Categorias monoidais e o
Teorema de Mac Lane para a
condição estrita
Florianópolis
Março de 2016
Universidade Federal de Santa Catarina
Curso de Pós-Graduação em Matemática
Pura e Aplicada
i
ii
It has long been an axiom of mine that the little things are innitely
the most important.
Sherlock Holmes
iii
iv
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo demonstrar o Teorema de
Mac Lane para a condição estrita. Tal teorema arma que toda cate-
goria monoidal é monoidalmente equivalente a uma categoria monoidal
estrita. Além disso, apresentamos categorias abelianas e demonstramos
que toda categoria monoidal também é monoidalmente equivalente a
uma categoria monoidal esquelética.
Utilizamos como referência principal as notas de aula Una introdu-
ción a las categorías tensoriales y sus representaciones do Prof. Dr.
Martín Mombelli.
v
vi
Abstract
The present work aims to demonstrate Mac Lane's Strictness The-
orem. This theorem states that any monoidal category is monoidally
equivalent to a strict monoidal category. Moreover, we present abelian
categories and demonstrate that any monoidal category is monoidally
equivalent to a skeletal monoidal category.
We used as the main reference the class notes Una introdución a las
categorías tensoriales y sus representaciones of the Prof. Dr. Martín
Mombelli.
vii
viii
Sumário
Introdução 1
1 Pré-requisitos 4
1.1 Categorias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2 Monomorsmos, epimorsmos e isomorsmos . . . . . . 10
1.3 Funtores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.4 Transformações naturais . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2 Categorias abelianas 36
2.1 Núcleos e conúcleos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
2.2 Categorias aditivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
2.3 Categorias abelianas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
3 Categorias monoidais 66
3.1 Categorias monoidais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
ix
Introdução
A teoria de categorias é apresentada pela primeira vez em 1945, no
trabalho de Samuel Eilenberg e Saunders Mac Lane intitulado General
Theory of Natural Equivalences, com o intuito de entender transforma-
ções naturais. Por ser uma teoria tão abstrata que aparentemente não
tem conteúdo, foi chamada de abstração sem sentido. Atualmente,
tornou-se uma linguagem poderosa, indispensável em muitas áres da
matemática, como geometria algébrica, topologia e teoria de represen-
tações.
1
tais isomorsmos naturais são as respectivas identidades, dizemos que
a categoria monoidal é estrita. O Teorema de Mac para a condição
estrita arma que podemos, em um certo sentido, considerar quaisquer
categorias monoidais como estritas.
Uma das motivações para realizarmos esse trabalho foram duas ob-
servações feitas em ([5]: Remark 2.8.6 e 2.8.7). Para situarmos o leitor,
os dois resultados principais estudados aqui são que toda categoria
monoidal é monoidalmente equivalente a uma categoria monoidal es-
quelética e que toda categoria monoidal é monoidalmente equivalente a
uma categoria monoidal estrita, este é o conhecido Mac Lane's strict-
ness theorem. Na observação 2.8.6, encontramos um exemplo de uma
categoria monoidal que não é estrita, mas que pelo teorema de Mac
Lane é monoidalmente equivalente a uma monoidal estrita.
2
assegura-se que algumas categorias sejam mais estritas do que a ca-
tegoria apresentada no exemplo dado, a saber, V ecω
G. Estudamos essa
categoria em nosso trabalho, porém a denotamos por C(G, ω).
Nossa proposta de trabalho foi entender bem as provas dos dois
resultados principais citados acima e a seguir apresentamos a disposição
dos capítulos dessa dissertação.
No Capítulo 1, apresentamos os pré-requisitos sobre teoria de cate-
gorias. Entre eles, estão os conceitos de categorias, funtores e transfor-
mações naturais. Além disso, denimos equivalências entre categorias e
demonstramos o fato de que duas categorias são equivalentes se existir
um funtor el, pleno e denso entre estas.
No Capítulo 2, estudamos categorias abelianas. Denimos obje-
tos iniciais, nais e nulos, categorias pré-aditivas, aditivas e abelianas.
Um dos resultados importantes é que em categorias abelianas vale o
Teorema do isomorsmo.
No Capítulo 3, estudamos categorias monoidais. Apresentamos a
denição clássica destas categorias e provamos algumas de suas pro-
priedades. Ao denirmos categorias esqueléticas, que possuem uma
estrutura mais simples, mostramos que toda categoria monoidal é mo-
noidalmente equivalente a uma categoria monoidal esquelética.
No Capítulo 4, demonstramos o Mac Lane's Strictness Theorem,
que arma que toda categoria monoidal é monoidalmente equivalente
a uma categoria monoidal estrita.
3
Capítulo 1
Pré-requisitos
Neste capítulo apresentamos os conceitos fundamentais para estu-
darmos categorias. Denimos categoria, funtor, transformação natural,
monomorsmo e epimorsmo.
1.1 Categorias
Denição 1.1.1 Uma categoria C consiste de
(i) uma coleção de objetos Ob(C);
(iii) para qualquer objeto X em Ob(C), um morsmo idX em HomC (X, X),
chamado morsmo identidade de X ;
4
para quaisquer f em HomC (X, Y ) e g em HomC (Y, X);
5
Exemplo 1.1.3 A categoria Rel é aquela cujos objetos são os conjun-
tos e os morsmos são as relações.
6
Exemplo 1.1.10 Seja k um corpo. Denotamos por Algk a categoria
cujos objetos são as k -álgebras e os morsmos são os homomorsmos
de k -álgebras.
7
Exemplo 1.1.16 A categoria T op é aquela cujos objetos são os espaços
topológicos e os morsmos são as funções contínuas.
{(x, f (x)) : x ∈ X} ⊆ X × Y.
Dessa forma, Set é uma subcategoria de Rel, mas não é uma sub-
categoria plena, pois nem toda relação é uma função.
f: R → R×R
r 7 → (r, 0).
8
Denição 1.1.26 Uma categoria é dita pequena se as coleções de ob-
jetos e morsmos forem conjuntos.
Denição 1.1.27 Uma categoria C é dita localmente pequena se, para
quaisquer X, Y ∈ C, HomC (X, Y ) é um conjunto.
As principais categorias que vamos estudar são localmente peque-
nas. Por essa razão, daqui em diante vamos considerar todas as cate-
gorias como localmente pequenas.
Apresentamos agora algumas construções básicas que nos permitem
obter novas categorias a partir de categorias já conhecidas.
(iii) para cada par (X, Y ) em Ob(C × D), id(X,Y ) = (idX , idY ) é o
morsmo identidade em HomC×D ((X, Y ), (X, Y ));
9
para morsmos (f, g) ∈ HomC (X, X 0 ) × HomD (Y, Y 0 ), (f 0 , g 0 ) ∈
(iv)
HomC (X 0 , X 00 ) × HomD (Y 0 , Y 00 ), a composição é dada por
(f 0 , g 0 ) ◦ (f, g) = (f 0 ◦ f, g 0 ◦ g).
10
Denição 1.2.3 Sejam C uma categoria e f : X → Y um morsmo
em C. Então, o morsmo f é dito um
(i) monomorsmo se para todo par de morsmos g, h : Z → X tais que
f ◦ g = f ◦ h, tem-se g = h;
(ii) epimorsmo se para todo par de morsmos g, h : Y → Z tais que
g ◦ f = h ◦ f , tem-se g = h;
(iii) isomorsmo se existe um morsmo g : Y → X tal que g ◦ f = idX
e f ◦ g = idY .
Além disso, X e Y são ditos isomorfos, e denotamos por X ' Y , se
existir um isomorsmo f :X →Y.
Notemos que monomorsmo e epimorsmo são conceitos duais. Em
outras palavras, os monomorsmos de C são exatamente os epimors-
mos de Cop . O conceito de isomorsmo é auto-dual. Também, todo
isomorsmo é um monomorsmo e um epimorsmo. A recíproca nem
sempre é verdadeira, como será mostrado nos exemplos. Aqui, faze-
mos o comentário de que quando C é uma categoria abeliana, objeto
de estudo do próximo capítulo, a recíproca é verdadeira.
Na categoria Set, funções injetoras (sobrejetoras) são exatamente
os monomorsmos (epimorsmos). Esses fatos seguem diretamente da
Proposição 1.2.2. Abaixo alguns exemplos de monomorsmos não in-
jetores e epimorsmos não sobrejetores.
k(x)
0≤ = k(y) < 1.
k(x) + 1
k(x)
0< = k(y) < 1,
k(x) + 1
11
o que é um absurdo, pois k(y) ∈ Z. Isso implica k = 0, logo g=h e π
é um monomorsmo. Claramente, π não é injetor.
Exemplo 1.2.5 Em Ring , a inclusão i : Z → Q é um epimorsmo não
sobrejetor.
Exemplo 1.2.6 Pode ainda acontecer de uma bijeção não ser um iso-
morsmo. Em T op, a função f : [0, 2π) → S 1 dada por f (t) = eit ,
t ∈ [0, 2π), é uma bijeção contínua. No entanto, a inversa de f não é
contínua, logo f não é um isomorsmo em T op.
Abaixo alguns exemplos de categorias em que monomorsmos são
injetores e epimorsmos são sobrejetores.
12
ou seja, a inclusão canônica e o homomorsmo trivial, respectivamente.
Então f ◦ g = f ◦ h. Como f é um monomorsmo, temos g=h e isso
implica K = {eG }. Logo, f é injetor.
se, f ◦ f é um epimorsmo.
0
13
1.3 Funtores
Ao denirmos uma estrutura algébrica, é natural que sejam deni-
dos também os morsmos que preservam tal estrutura. No nosso caso,
denimos agora os morsmos entre categorias, chamados funtores.
F (g ◦ f ) = F (f ) ◦ F (g).
F (f ◦op g) = F (g ◦ f ) = F (f ) ◦ F (g).
para X ∈ C e f um morsmo em C.
14
ParaC, D categorias, denotamos por F un(C, D) a coleção de funto-
res entre C e D. Na próxima seção, vamos apresentar a coleção F un(C, D)
como uma categoria. Para uma categoria C, F un(C, C) = End(C).
Apresentamos agora alguns exemplos de funtores. Começamos apre-
sentando funtores que podem ser considerados em qualquer categoria.
e para f :Y →Z um morsmo em C,
e para f :Y →Z um morsmo em C,
15
Nesse caso, o funtor RX é contravariante. De fato, para Y ∈C e
para todo α ∈ HomC (Y, X), temos
RX (g ◦ f )(α) = α ◦ (g ◦ f )
= (α ◦ g) ◦ f
= (RX (g)(α)) ◦ f
= RX (f )(RX (g)(α))
= (RX (f ) ◦ RX (g))(α).
Uma notação mais conhecida para LX (respectivamente RX ) é HomC (X, −)
(respectivamente HomC (−, X)). Nessa notação, escreve-se f∗ (respec-
∗
tivamente f ) para HomC (X, −)(f ) (respectivamente HomC (−, X)(f )).
Esses dois funtores podem ainda ser combinados, como mostra o pró-
ximo exemplo.
16
Os próximos exemplos são chamados funtores de esquecimento. São
chamados assim porque o efeito deles sobre os objetos consiste em es-
quecer parte da estrutura ou alguma propriedade do objeto, enquanto
os morsmos são preservados. Portanto, esses funtores são, intuitiva-
mente, da forma U : C → D, U (X) = X e U (f ) = f , para X ∈C e f
um morsmo em C.
17
Exemplo 1.3.17 Seja F : Set → Grp o funtor denido por F (X) =
FX , para um conjunto X , em que FX é o grupo livre gerado por X ,
e F (f ) = f¯, para uma função f : X → Y , em que f¯ : FX → FY é o
homomorsmo de grupos citado acima.
18
Sejam k um corpo e V um k -espaço vetorial. Denotamos por T (V )
a k -álgebra tensorial sobre V . Como k -espaços vetoriais, temos
∞
M
T (V ) = V ⊗n ,
n=0
(v1 ⊗ · · · ⊗ vn ) · (w1 ⊗ · · · ⊗ wm ) = v1 ⊗ · · · ⊗ vn ⊗ w1 ⊗ · · · ⊗ wm .
f ×f : X ×X → Y × Y.
(x, y) 7 → (f (x), f (y))
19
G um grupo com operação ∗. Denotamos por Gop
Seja o grupo com
op
operação ∗ cujos elementos são os mesmos de G e
R× = {r ∈ R : r é invertível}
20
T (L)/I , em que I é o ideal de T (L) gerado pelos elementos da forma
x ⊗ y − y ⊗ x − [x, y] ∈ T (L), para x, y ∈ L.
Se f : L → K é um homomorsmo de k -álgebras de Lie, existe um
único homomorsmo de k -álgebras f¯ : U(L) → U(K) tal que f¯ ◦ ιL =
ιK ◦ f .
(∗)
∆(f (h)) = (f ⊗ f )(∆(h))
= (f ⊗ f )(h ⊗ 1H + 1H ⊗ h)
= f (h) ⊗ 1K + 1K ⊗ f (h),
21
Exemplo 1.3.28 Com a notação do Exemplo 1.3.11, se considerarmos
D ◦ D : V ectk → V ectk , obtemos um funtor covariante, chamado duplo
dual. Esse funtor associa cada k -espaço vetorial V ao duplo dual V ∗∗
∗∗
e cada transformação k -linear T : V → W à dupla transposta T :
∗∗ ∗∗ ∗∗ ∗ ∗∗
V → W denida por T (Φ) = Φ ◦ T , para todo Φ ∈ V .
f
X Y
f0 g
Z g0
W
g ◦ f = g 0 ◦ f 0 ∈ HomC (X, W ).
22
Sabemos que funtores preservam composições. Portanto, funtores
também preservam diagramas comutativos. Por exemplo, se F :C→D
é um funtor, considerando o diagrama comutativo anterior, temos que
F (f )
F (X) F (Y )
F (f 0 ) F (g)
F (Z) F (W )
F (g 0 )
F (f ) G(f )
F (Y ) µY
G(Y )
é comutativo, ou seja,
G(f ) ◦ µX = µY ◦ F (f ).
23
Uma forma de interpretarmos uma transformação natural seria como
uma coleção de morsmos que transforma os diagramas comutativos ob-
tidos aplicando um funtor naqueles obtidos aplicando outro funtor, ou
seja, como se a transformação natural transladasse certos diagramas.
Considerando µ : F → G uma transformação natural, isso pode ser
visto pelos diagramas comutativos
µX
X F (X) G(X)
f F (f ) G(f )
µY
Y F (Y ) G(Y )
h F (h) G(h)
g F (g) G(g)
µZ
Z F (Z) G(Z)
τX : X × X → X × X,
(x, y) 7→ (y, x)
24
Exemplo 1.4.5 A coleção das inversões nos grupos é um isomorsmo
natual. Explicitamente, seja µ : IdGrp → (−)op denida por
µG : G → Gop ,
x 7→ x−1
ev V : V → V ∗∗
v 7 → evV (v)
25
é uma transformação natural, em que o morsmo
evV (v) : V ∗ → k
f 7 → f (v)
26
Denição 1.4.9 Sejam C, D categorias, F, G, H : C → D funtores e
µ : F → G, ν : G → H transformações naturais. A composição vertical
de ν e µ é a transformação natural ν ◦ µ : F → H dada por
νF (X)
J(F (X)) H(F (X))
J(µX ) H(µX )
J(G(X)) νG(X)
H(G(X))
27
(ν◦µ)X
F (X) H(X)
F (f ) H(f )
F (Y ) H(Y )
(ν◦µ)Y
νX µX
G(X) H(X) e F (X) G(X)
G(Y ) νY
H(Y ) F (Y ) µY
G(Y )
comutam. Assim,
(ν∗µ)X
(J ◦ F )(X) (H ◦ G)(X)
J(F (f )) H(G(f ))
(J ◦ F )(Y ) (H ◦ G)(Y )
(ν∗µ)Y
28
comuta. Além disso, os diagramas
νG(X) µX
J(G(X)) H(G(X)) e F (X) G(X)
J(G(Y )) νG(Y )
H(G(Y )) F (Y ) µY
G(Y )
comutam. Assim,
F F
µ
C G D C ν ◦ µ D.
ν
H H
F J J ◦F
C µ D ν E C ν ∗ µ E.
G H H ◦G
29
Para funtores F, G, denotamos por N at(F, G) a coleção de trans-
formações naturais µ : F → G. Podemos agora apresentar mais um
exemplo de categoria.
µX
X G(F (X))
f G(F (f ))
Y µY
G(F (Y ))
Armação 1: F é el.
Devemos mostrar que F : HomC (X, Y ) → HomD (F (X), F (Y )) é
aplicação injetora. Sejam f, f 0 ∈ HomC (X, Y ) tais que F (f ) = F (f 0 ).
Então G(F (f )) = G(F (f 0 )) e temos
µY ◦ f = G(F (f )) ◦ µX
= G(F (f 0 )) ◦ µX
= µY ◦ f 0 ,
30
em que na primeira e terceira igualdades usamos a naturalidade de µ
para os morsmos f e f 0, respectivamente. Portanto, µY ◦ f = µY ◦ f 0
e como µY é um isomorsmo, obtemos f = f 0.
Por argumento análogo, G : D → C também é el. Esse fato será
usado na próxima armação.
Armação 2: F é pleno.
Devemos mostrar que F : HomC (X, Y ) → HomD (F (X), F (Y ))
é aplicação sobrejetora. g : F (X) → F (Y ) um morsmo em
Seja
D. Consideremos f : X → Y o morsmo em C denido por f =
µ−1
Y ◦ G(g) ◦ µX . Então, pela naturalidade de µ para f , temos
G(F (f )) ◦ µX = µY ◦ f
= µY ◦ µY−1 ◦ G(g) ◦ µX
= G(g) ◦ µX .
Portanto, G(F (f )) ◦ µX = G(g) ◦ µX e como µX é um isomorsmo,
obtemos G(F (f )) = G(g). Sendo G el, concluímos que F (f ) = g .
Armação 3: F é denso.
Seja Z ∈ D. Então, G(Z) ∈ C e F (G(Z)) ' Z , via o isomorsmo
νZ : Z → F (G(Z)).
31
Como g 0 ◦g : F (X) → F (X 00 ) é um morsmo em D, existe um único
morsmo fg0 ◦g : X → X 00 tal que F (fg0 ◦g ) = g 0 ◦ g . Agora,
F (fg0 ◦g ) = g0 ◦ g
= F (fg0 ) ◦ F (fg )
= F (fg0 ◦ fg ).
(∗)
fg−1 ◦ fg = fg−1 ◦g
= fidF (X)
= fF (idX )
(∗∗)
= idX ,
νZ
Z F (XZ )
W νW
F (XW )
32
Sabendo disso, denimos G:D→C por
G(Z) = XZ e G(g) = fν −1 ,
W ◦g◦νZ
G(idZ ) = fν −1
Z ◦idZ ◦νZ
= fν −1
Z ◦νZ
= fidF (X
Z)
= fF (id
XZ )
(∗)
= idXZ
= idG(Z) ,
G(g 0 ◦ g) = fν −1
◦g 0 ◦g◦νZ
V
= fν −1
◦g 0 ◦νW −1
◦νW ◦g◦νZ
V
(∗)
= fν −1
◦g 0 ◦νW ◦ fν −1
V W ◦g◦νZ
0
= G(g ) ◦ G(g),
µ−1
X = fν −1 .
F (X)
Para vericarmos que µ : IdC → G ◦ F é uma transformação natu-
ral, consideremos h : X → Y um morsmo qualquer em C. Devemos
33
mostrar que o diagrama
µX
X (G ◦ F )(X)
h G(F (h))
Y µY
(G ◦ F )(Y )
é comutativo. Temos
G(F (h)) ◦ µX = fν −1
◦F (h)◦νF ◦ µX
F (Y ) (X)
= fνF (Y ) ◦ fF (h) ◦ fν −1 ◦ µX
F (X)
= µY ◦ h ◦ µ−1
X ◦ µX
= µY ◦ h ◦ idX
= µY ◦ h.
g F (G(g))
W νW
(F ◦ G)(W )
é comutativo. Temos
F (G(g)) ◦ νZ = F (fν −1 ) ◦ νZ
W ◦g◦νZ
(∆)
= νW ◦ g ◦ νZ−1 ◦ νZ
34
= νW ◦ g ◦ idZ
= νW ◦ g
35
Capítulo 2
Categorias abelianas
Neste capítulo estudamos as categorias abelianas. Para isso, preci-
samos denir núcleos, conúcleos e categorias aditivas. Estas últimas são
categorias com estrutura adicional dada pela existência de um objeto
zero, soma de morsmos e soma direta de objetos. Como referência
básica, citamos [8] e [9].
36
Denição 2.1.3 Seja C uma categoria. Um objeto Z ∈ C é dito objeto
zero, ou objeto nulo, se Z é objeto inicial e nal.
No caso de Z ser objeto zero, para X ∈ C, denotamos por
0X : X → Z e 0X : Z → X
os únicos morsmos em HomC (X, Z) e HomC (Z, X), respectivamente.
Notemos que objeto zero é um conceito auto-dual.
37
Exemplo 2.1.12 Seja k um corpo. A categoria Algk não tem objeto
zero.
0X 0Y
Z
0X 0Y
Z
φX φY
ι
Z0
0X
Y = 0Y ◦ 0X
38
= 0Y ◦ ι−1 ◦ ι ◦ 0X
= φY ◦ φX .
f ◦ 0W W
X = 0Y e 0YW ◦ f = 0X
W.
0W
X f
W X Y
0X
0W 0Y
f ◦ 0W
X = f ◦ 0X ◦ 0W
= 0Y ◦ 0W
= 0W
Y .
Portanto, f ◦ 0W W
X = 0Y . Analogamente, mostra-se 0YW ◦ f = 0X
W.
39
é um morsmo em C tal que f ◦ k0 = 0K Y , existe um único morsmo
0
k0
f
u X Y
k
K 0K
Y
é comutativo.
0X
Q
Q
q
f
X Y u
q0
0X Q0
Q0
é comutativo.
Notemos que núcleo e conúcleo são conceitos duais. Em outras pa-
lavras, um núcleo de um morsmo em C é um conúcleo desse morsmo
em Cop .
40
(i)Se (K, k) e (K 0 , k0 ) são núcleos de f , então existe um único isomor-
smo u : K → K 0 tal que k = k0 ◦ u, isto é, núcleos de f são únicos,
salvo isomorsmo.
k ◦ (v ◦ u) = (k ◦ v) ◦ u = k 0 ◦ u = k.
(ii) É o item (i) para Cop . Isto é, em Cop , (Q, q) e (Q0 , q 0 ) são núcleos
de f . Pelo item (i), existe um único isomorsmo u ∈ HomCop (Q, Q0 ) =
HomC (Q0 , Q) tal que q = q 0 ◦op u = u ◦ q 0 . Portanto, existe um único
0 0
isomorsmo u : Q → Q tal que q = u ◦ q .
f ◦ (k ◦ g) = (f ◦ k) ◦ g = 0K Z
Y ◦ g = 0Y .
41
k ◦ g = k ◦ h = k ◦ u. Pela unicidade de u, u = g = h.
f : G → H um homomorsmo de
De fato, seja grupos. Sabemos
que K = {x ∈ G : f (x) = eH } é um subgrupo de G. O par
(I, k) e (J, q)
são o núcleo e o conúcleo de f, respectivamente, em que
k:I→R e q : S → S/J
são a inclusão e a projeção canônicas, respectivamente.
Veriquemos o conúcleo. Seja q 0 : S → Q0 um morsmo em Ring
0
tal que q ◦ f = 0. Então f (R) ⊆ Ker(q 0 ). Como Ker(q 0 ) é um ideal,
segue que J ⊆ Ker(q 0 ). Pela propriedade universal do quociente, existe
0 0
um único homomorsmo de anéis u : S/J → Q tal que q = u ◦ q .
42
Exemplo 2.1.24 Em R M, todo morsmo possui núcleo e conúcleo.
(P, k) e (N/f (M ), q)
k:P →M e q : N → N/f (M )
43
2.2 Categorias aditivas
Denição 2.2.1 Uma categoria C é dita pré-aditiva se
(i) C possui objeto zero;
0X
Y = 0Y ◦ 0X
= 0Y ◦ (0X + 0X )
= 0Y ◦ 0X + 0Y ◦ 0X
= 0X X
Y + 0Y .
Logo, 0X X X
Y = 0Y + 0Y . Somando o oposto de 0X
Y em HomC (X, Y ),
obtemos eHomC (X,Y ) = 0X
Y .
44
(i) f é um monomorsmo se, e somente se, para todo morsmo g :
W → X em C com f ◦ g = 0W Y implica g = 0X ;
W
Demonstração: W
(i) (⇒) Seja g : W → X tal que f ◦ g = 0Y . Então
f ◦ g = f ◦ 0W
X e como f é um monomorsmo, segue que g = 0W
X.
(⇐) Sejam g, h : W → X morsmos em C tais que f ◦ g = f ◦ h.
W W
Então f ◦ (g − h) = 0Y . Por hipótese, g − h = 0X e portanto,
W
g = h + 0X = h. Logo, f é um monomorsmo.
45
Segue da Proposição 2.2.2 e da denição anterior que, para quais-
F (X)
quer X, Y ∈ C, F (0X
Y ) = 0F (Y ) .
Exemplos de funtores aditivos são apresentados após denirmos as
categorias aditivas. Para isso, precisamos da denição de soma direta
de objetos.
Y e pX ◦ iY = 0X .
pY ◦ iX = 0X Y
Demonstração: Temos
pY ◦ iX + pY ◦ iX = pY ◦ iX ◦ idX + idY ◦ pY ◦ iX
= pY ◦ iX ◦ pX ◦ iX + pY ◦ iY ◦ pY ◦ iX
= pY ◦ (iX ◦ pX + iY ◦ pY ) ◦ iX
= pY ◦ idS ◦ iX
= pY ◦ iX .
46
Proposição 2.2.9 Sejam C uma categoria pré-aditiva e X, Y ∈ C. Se-
jam (S, pX , pY , iX , iY ) e (S 0 , p0X , p0Y , i0X , i0Y ) somas diretas de X e Y .
Então existe um isomorsmo µ : S → S 0 tal que os diagramas
X X
pX p0X iX i0X
µ µ
S S0 S S0
pY p0Y iY i0Y
Y Y
Analogamente,µ ◦ iY = i0Y .
0 0
Mostremos que µ é um isomorsmo. Temos que iX ◦ pX , iY ◦ pY ∈
0 0 0 0
HomC (S , S). Denimos ν : S → S por ν = iX ◦ pX + iY ◦ pY . Então
47
Resta-nos mostrar que o morsmo µ é o único comutando o primeiro
ou o segundo diagramas. Seja η : S → S 0 tal que o primeiro diagrama
comuta com η no lugar de µ, isto é, p0X ◦ η = pX e p0Y ◦ η = pY . Temos
η = idS 0 ◦ η
= (i0X ◦ p0X + i0Y ◦ p0Y ) ◦ η
= i0X ◦ p0X ◦ η + i0Y ◦ p0Y ◦ η
= i0X ◦ pX + i0Y ◦ pY
= µ.
48
Exemplo 2.2.14 Sejam R um anel, k um corpo e A uma k -álgebra.
As categorias R M, V ectk , A M e A m são categorias aditivas.
49
que os diagramas
pX pX 0
X X ⊕ X0 X0
f f ⊕f 0 f0
Y pY Y ⊕Y0 pY 0 Y0
iX iX 0
X X ⊕ X0 X0
f f ⊕f 0 f0
Y iY
Y ⊕Y0 iY 0
Y0
pY ◦ (f ⊕ f 0 ) = pY ◦ (iY ◦ f ◦ pX + iY 0 ◦ f 0 ◦ pX 0 )
= pY ◦ iY ◦ f ◦ pX + pY ◦ iY 0 ◦ f 0 ◦ pX 0
0
= idY ◦ f ◦ pX + 0YY ◦ f 0 ◦ pX 0
0
= f ◦ pX + 0X⊕X
Y
= f ◦ pX .
Portanto, pY ◦ (f ⊕ f 0 ) = f ◦ pX e analogamente, pY 0 ◦ (f ⊕ f 0 ) = f 0 ◦
pX 0 . A comutatividade do segundo diagrama segue da comutatividade
do primeiro diagrama para Cop .
Resta-nos mostrar que o morsmo f ⊕f 0 é o único tal que o primeiro
0 0
ou o segundo diagramas comutam. Seja g : X ⊕ X → Y ⊕ Y um
morsmo em C tal que o primeiro diagrama comuta com g no lugar de
f ⊕ f 0 . Então pY ◦ g = f ◦ pX e pY 0 ◦ g = f 0 ◦ pX 0 . Temos
g = idY ⊕Y 0 ◦ g
= (iY ◦ pY + iY 0 ◦ pY 0 ) ◦ g
50
= iY ◦ pY ◦ g + iY 0 ◦ pY 0 ◦ g
= iY ◦ f ◦ pX + iY 0 ◦ f 0 ◦ pX 0
= f ⊕ f 0.
(g ◦ f ) ⊕ (g 0 ◦ f 0 ) = (g ⊕ g 0 ) ◦ (f ⊕ f 0 ).
pX pX 0
X X ⊕ X0 X0
Z pZ Z ⊕ Z0 pZ 0 Z0
pY pY 0
Y Y ⊕Y0 Y0
g g⊕g 0 g0
Z pZ Z ⊕ Z0 pZ 0 Z0
pX pX 0
X X ⊕ X0 X0
f f ⊕f 0 f0
Y pY Y ⊕Y0 pY 0 Y0
51
são comutativos. Então
pZ ◦ (g ⊕ g 0 ) ◦ (f ⊕ f 0 ) = g ◦ pY ◦ (f ⊕ f 0 )
= g ◦ f ◦ pX .
(f + g) ⊕ (f 0 + g 0 ) = (f ⊕ f 0 ) + (g ⊕ g 0 ).
pX pX 0
X X ⊕ X0 X0
f +g (f ⊕f 0 )+(g⊕g 0 ) f 0 +g 0
Y pY Y ⊕Y0 pY 0 Y0
pX pX 0
X X ⊕ X0 X0
f f ⊕f 0 f0
Y pY Y ⊕Y0 pY 0 Y0
pX pX 0
X X ⊕ X0 X0
g g⊕g 0 g0
Y pY Y ⊕Y0 pY 0 Y0
52
são comutativos. Então
pY ◦ ((f ⊕ f 0 ) + (g ⊕ g 0 )) = pY ◦ (f ⊕ f 0 ) + pY ◦ (g ⊕ g 0 )
= f ◦ pX + g ◦ pX
= (f + g) ◦ pX .
pY ◦ ((f ⊕ f 0 ) + (g ⊕ g 0 )) = (f + g) ◦ pX e analogamente,
Portanto,
pY ◦ ((f ⊕ f ) + (g ⊕ g 0 )) = (f 0 + g 0 ) ◦ pX 0 . Pela Proposição 2.2.22,
0
0
0 0 0 0
segue que (f + g) ⊕ (f + g ) = (f ⊕ f ) + (g ⊕ g ).
(− ⊕ −)(X, X 0 ) = X ⊕ X 0 e (− ⊕ −)(f, f 0 ) = f ⊕ f 0 ,
(− ⊕ −)(g, g 0 ) ◦ (− ⊕ −)(f, f 0 ) = (g ⊕ g 0 ) ◦ (f ⊕ f 0 )
= (g ◦ f ) ⊕ (g 0 ◦ f 0 )
= (− ⊕ −)(g ◦ f, g 0 ◦ f 0 ).
53
= idF (X) .
f + g = δY ◦ (f ⊕ g) ◦ ∆X .
Demonstração: (X⊕X, p1X , p2X , i1X , i2X ) e (Y ⊕Y, p1Y , p2Y , i1Y , i2Y )
Sejam
as somas diretas de X, X e Y, Y , respectivamente. Denimos ∆X : X →
X ⊕ X e δY : Y ⊕ Y → Y por
Então
δY ◦ (f ⊕ g) ◦ ∆X = (p1Y + p2Y ) ◦ (f ⊕ g) ◦ ∆X
= (p1Y ◦ (f ⊕ g) + p2Y ◦ (f ⊕ g)) ◦ ∆X
= (f ◦ p1X + g ◦ p2X ) ◦ ∆X
= (f ◦ p1X + g ◦ p2X ) ◦ (i1X + i2X )
= f ◦ p1X ◦ i1X + f ◦ p1X ◦ i2X +
g ◦ p2X ◦ i1X + g ◦ p2X ◦ i2X
= f ◦ idX + f ◦ 0X X
X + g ◦ 0X + g ◦ idX
= f + 0X X
Y + 0Y + g
= f + g.
54
2.3 Categorias abelianas
Denição 2.3.1 Uma categoria C é dita abeliana se
(i) C é aditiva;
(ii) todo morsmo em C possui núcleo e conúcleo;
(iii) todo monomorsmo é um núcleo e todo epimorsmo é um conúcleo.
K0
u
k0
f
Ker(f ) X Y.
k
π
v
Cok(k)
Ker(f )
f ◦ k = 0Y
Como segue, pela propriedade universal do co-
núcleo (Cok(k), π) para o par (Y, f ), que existe um único morsmo
v : Cok(k) → Y tal que f = v ◦ π .
55
0
Agora, seja k0 : K 0 → X um morsmo em C tal que π ◦ k 0 = 0K
Cok(k) .
Então
0 0
f ◦ k 0 = v ◦ π ◦ k 0 = v ◦ 0K K
Cok(k) = 0Y .
Ker(q)
v
ι
q
X Y Cok(f )
f
q0
u
Q0
56
Demonstração: Como f é um epimorsmo, pela Proposição 2.1.25,
(Z, 0Y ) é o conúcleo de f. Pela Proposição 2.1.27, (Y, idY ) é o núcleo
Y
de 0 . Por outro lado, como f é um monomorsmo, pela proposição
anterior, (X, f ) é o núcleo de 0Y . Pela unicidade do núcleo dada pela
Proposição 2.1.19, existe um único isomorsmo u : X → Y tal que
f = idY ◦ u. Logo, f =u é um isomorsmo.
57
(ii) Sejam (Ker(f ), k) o núcleo de f e (Cok(k), π) o conúcleo de k .
Então existe v : Cok(k) → Y tal que f = v ◦ π .
0X
Cok(f )
X
f
q
u Y Cok(f )
ι
Ker(q) Ker(q)
0Cok(f )
é comutativo. Portanto, f = ι ◦ u.
u
X Ker(q)
ψ
u0 ι
K ι0
Y
58
é comutativo. Além disso, se u e u0 são epimorsmos, então ψ é um
isomorsmo.
π0
X Q
ψ
π v0
Cok(k) v Y
u
X Ker(q)
ψ
u0 ι
q0
K Y Cok(ι0 ).
ι0
q
ψ0
Cok(f )
q 0 ◦ f = q 0 ◦ ι0 ◦ u0 = 0K 0 X
Cok(ι0 ) ◦ u = 0Cok(ι0 ) .
59
Pela propriedade universal do conúcleo (Cok(f ), q) para o par (Cok(ι0 ), q 0 ),
existe um único morsmo ψ : Cok(f ) → Cok(ι0 ) tal que o diagrama
0
0X
Cok(f )
Cok(f )
q
f
X Y ψ0
q0
0X Cok(ι0 )
Cok(ι0 )
é comutativo. Portanto, q0 = ψ0 ◦ q.
0
Agora, ι é um monomorsmo. Pela Proposição 2.3.3, (K, ι0 ) é o
núcleo de q0 . Temos
Ker(q) Ker(q)
q 0 ◦ ι = ψ 0 ◦ q ◦ ι = ψ 0 ◦ 0Cok(f ) = 0Cok(ι0 ) .
Ker(q)
0Cok(ι0 )
Ker(q)
ι
q0
ψ Y Cok(ι0 )
ι0
K 0K
Cok(ι0 )
ι0 ◦ u0 = f = ι ◦ u = ι0 ◦ ψ ◦ u.
ι0 ◦ u0 = ι0 ◦ ψ ◦ u e como ι0 é um monomorsmo, segue que
Logo,
u = ψ ◦ u. Então ι = ι0 ◦ ψ e u0 = ψ ◦ u, ou seja, o diagrama da
0
proposição é comutativo.
Agora, suponhamos que u e u0 sejam epimorsmos. Como ι0 ◦ ψ = ι
0
e ψ◦u = u então, pela Proposição 1.2.10, temos que ψ é um mono-
morsmo e um epimorsmo, respectivamente. Pela Proposição 2.3.4,
temos que ψ é um isomorsmo.
60
Corolário 2.3.10 Sejam C uma categoria abeliana e f : X → Y um
morsmo em C. Sejam f = ι ◦ u e f = v ◦ π as decomposições de f
como nos itens (i) e (ii) da Proposição 2.3.8. Então
(i) u é um epimorsmo.
(ii) v é um monomorsmo.
Demonstração: (i) Mostremos que u é um epimorsmo usando a
Proposição 2.2.3. Seja h : Ker(q) → W um morsmo em C tal que
h ◦ u = 0XW.
0
Seja (Ker(h), k ) o núcleo de h. Pela propriedade universal do nú-
0 0
cleo (Ker(h), k ) para o par (X, u), existe um único morsmo u : X →
Ker(h) tal que o diagrama
0X
W
X
u
h
u0 Ker(q) W
k0
Ker(h) Ker(h)
0W
ψ
u0 ι
Ker(h) Y
ι◦k0
61
(ii) É o item (i) para Cop .
π ι
Cok(k) Ker(q)
φ
é comutativo.
Demonstração: Consideremos as decomposições f = ι◦u e f = v◦π
dos itens (i) e (ii), respectivamente, da Proposição 2.3.8. Pelo corolário
anterior, u é um epimorsmo e v é um monomorsmo. Pelo Lema 2.3.9,
existe um único isomorsmo ψ : Ker(q) → Cok(k) tal que o diagrama
u
X Ker(q)
ψ
π ι
Cok(k) v Y
ι ◦ φ ◦ π = ι ◦ u = f.
62
com a denição de núcleo e conúcleo, que deve ser feita para uma
categoria com objeto zero. No entanto, escolhemos apresentá-la nessa
seção, pois vamos mostrar que em categorias abelianas todo morsmo
tem imagem e coimagem.
ι
I
g
f
u X Y
g0
I0 ι0
é comutativo.
g0
f
X Y u
g
π C
é comutativo.
63
Notemos que imagem e coimagem são conceitos duais. Em outras
palavras, uma imagem de um morsmo em C é uma coimagem desse
morsmo em Cop .
Vale notarmos que se aplicarmos a propriedade universal da imagem
(I, ι) para o par (I, ι), o único morsmo que se obtém é idI : I → I .
Usamos esse fato na demonstração da proposição abaixo.
ι ◦ (v ◦ u) = (ι ◦ v) ◦ u = ι0 ◦ u = ι.
64
Seja (I 0 , ι0 ), em que I0 ∈ C
ι0 : I 0 → Y é um monomorsmo
e
em C tal que existe um morsmo g : X → I com f = ι ◦ g . Pelo
0 0 0 0
0 0
Lema 2.3.9, existe um único morsmo ψ : Ker(q) → I tal que ι = ι ◦ψ .
(f (M ), ι) e (M/P, π)
65
Capítulo 3
Categorias monoidais
Os monóides são uma das estruturas mais fundamentais da álge-
bra ordinária. Por exemplo, grupos são monóides em que todos os
elementos são invertíveis, anéis são grupos abelianos com a adição e
monóides com o produto, módulos são grupos abelianos com a soma, o
conjunto de endomorsmos de objetos algébricos são monóides com a
composição. Portanto, as categorias monoidais, sendo a categoricação
dos monóides, são uma das estruturas mais fundamentais em teoria de
categorias.
66
noidais. O resultado importante deste capítulo é o fato de que toda
categoria monoidal é monoidalmente equivalente a uma categoria mo-
noidal esquelética, e esta última possui uma estrutura de categoria mais
simples. No próximo capítulo, mostramos que toda categoria monoi-
dal é monoidalmente equivalente a uma categoria monoidal estrita, que
tem estrutura monoidal mais simples. Como referência básica, citamos
[5], [8] e [9].
(x ∗ y) ∗ z = x ∗ (y ∗ z), 1 ∗ x = x e x ∗ 1 = x.
⊗(X, Y ) = X ⊗ Y e ⊗ (f, g) = f ⊗ g,
67
((X ⊗ Y ) ⊗ Z) ⊗ W
aX,Y,Z ⊗idW aX⊗Y,Z,W
(X ⊗ (Y ⊗ Z)) ⊗ W (X ⊗ Y ) ⊗ (Z ⊗ W )
X ⊗ ((Y ⊗ Z) ⊗ W ) X ⊗ (Y ⊗ (Z ⊗ W ))
idX ⊗aY,Z,W
aX,1,Y
(X ⊗ 1) ⊗ Y X ⊗ (1 ⊗ Y )
X ⊗Y
comutam, ou seja,
aX,Y,Z⊗W aX⊗Y,Z,W = (idX ⊗ aY,Z,W )aX,Y ⊗Z,W (aX,Y,Z ⊗ idW )
e rX ⊗ idY = (idX ⊗ lY )aX,1,Y .
As comutatividades do primeiro e segundo diagramas da denição
anterior são chamadas axiomas do pentágono e do triângulo, respecti-
vamente.
Chamamos o funtor ⊗ de produto tensorial, apesar de não ser sem-
pre um produto tensorial ordinário. Chamamos a e l, r de isomorsmos
naturais de associatividade e unidade, respectivamente. Analogamente,
para X, Y, Z ∈ C, chamamos aX,Y,Z e lX , rX de isomorsmos de asso-
ciatividade e de unidade, respectivamente.
Referimo-nos a uma categoria monoidal por C quando o funtor pro-
duto tensorial, o objeto unidade e os isomorsmos naturais de associa-
tividade e unidade estão subentendidos.
Explicamos alguns detalhes da Denição 3.1.1. Sendo ⊗ : C×C → C
um funtor, para f : X → Y , f 0 : X 0 → Y 0, g : Y → Z g0 : Y 0 → Z 0
e
morsmos em C, temos
gf ⊗ g 0 f 0 = (g ⊗ g 0 )(f ⊗ f 0 ).
68
Em particular, se f : X → Y e g : X 0 → Y 0 são isomorsmos em C,
−1
então existem f : Y → X e g −1 : Y 0 → X 0 e como ⊗ é um funtor,
temos
(f −1 ⊗ g −1 )(f ⊗ g) = f −1 f ⊗ g −1 g
= idX ⊗ idX 0
= ⊗(idX , idX 0 )
= ⊗(id(X,X 0 ) )
= id⊗(X,X 0 )
= idX⊗X 0 .
⊗(⊗(X, Y ), Z) = ⊗(X ⊗ Y, Z) = (X ⊗ Y ) ⊗ Z
l : 1 ⊗ − → IdC e r : − ⊗ 1 → IdC ,
ambos de C para C.
69
f : X → X 0 , g : Y → Y 0 e h : Z → Z 0 morsmos
Sejam em C, os
diagramas de naturalidade de a, l e r são, respectivamente,
aX,Y,Z
(X ⊗ Y ) ⊗ Z X ⊗ (Y ⊗ Z)
(f ⊗g)⊗h f ⊗(g⊗h)
(X 0 ⊗ Y 0 ) ⊗ Z 0 aX 0 ,Y 0 ,Z 0
X 0 ⊗ (Y 0 ⊗ Z 0 )
lX rX
1⊗X X X ⊗1 X
id1 ⊗f f f ⊗id1 f
1⊗Y Y Y ⊗1 rY Y.
lY
(i) Crev = C;
X ⊗rev Y = Y ⊗ X e f ⊗rev g = g ⊗ f,
(iii) 1rev = 1;
X,Y,Z = aZ,Y,X , lX = rX e rX = lX .
−1
arev rev rev
70
Proposição 3.1.3 Sejam C uma categoria monoidal e f, g : X → Y
morsmos em C tais que id1 ⊗ f = id1 ⊗ g . Então f = g .
a1,X,Y
(1 ⊗ X) ⊗ Y 1 ⊗ (X ⊗ Y )
lX ⊗idY lX⊗Y
X ⊗Y
aX,Y,1
(X ⊗ Y ) ⊗ 1 X ⊗ (Y ⊗ 1)
X ⊗Y
são comutativos.
71
Demonstração: Consideremos o diagrama
a1,1,X ⊗idY
(1)
(1 ⊗ 1) ⊗ (X ⊗ Y ) 1 ⊗ (X ⊗ Y ) 1 ⊗ ((1 ⊗ X) ⊗ Y )
r1 ⊗idX⊗Y id1 ⊗(lX ⊗idY )
1 ⊗ (1 ⊗ (X ⊗ Y )) (5)
72
Diagrama (5), segue do axioma do pentágono para os objetos 1, 1,
X e Y.
Mostremos que o diagrama (∗) é comutativo. Temos
arev
1,Y,X
(1 ⊗rev Y ) ⊗rev X 1 ⊗rev (Y ⊗rev X)
rev ⊗rev id
lY rev
lY
X ⊗rev X
Y ⊗rev X
a−1
X,Y,1
X ⊗ (Y ⊗ 1) (X ⊗ Y ) ⊗ 1
X ⊗Y
73
(i) l1⊗X = id1 ⊗ lX , para todo X ∈ C;
(ii) rX⊗1 = rX ⊗ id1 , para todo X ∈ C;
(iii) l1 = r1 .
l1⊗X
1 ⊗ (1 ⊗ X) 1⊗X
id1 ⊗lX lX
1⊗X X
lX
(iii) Os diagramas
a1,1,1
(1 ⊗ 1) ⊗ 1 1 ⊗ (1 ⊗ 1)
l1 ⊗id1 l1⊗1
1⊗1
a1,1,1
(1 ⊗ 1) ⊗ 1 1 ⊗ (1 ⊗ 1)
1⊗1
74
l1⊗1 = id1 ⊗ l1 . (i)
Então
(1)
l1 ⊗ id1 = l1⊗1 a1,1,1
(i)
= (id1 ⊗ l1 )a1,1,1
(2)
= r1 ⊗ id1 .
ι⊗idX
1⊗X 10 ⊗ X
lX 0
lX
idX ⊗ι
X ⊗1 X ⊗ 10
rX 0
rX
75
a1,10 ,X
(1 ⊗ 10 ) ⊗ X 1 ⊗ (10 ⊗ X)
10 ⊗ X
a1,10 ,X
(1 ⊗ 10 ) ⊗ X 1 ⊗ (10 ⊗ X)
0 ⊗id
r1 0
id1 ⊗lX
X
1⊗X
l10 ⊗X
1 ⊗ (10 ⊗ X) 10 ⊗ X
0 0
id1 ⊗lX lX
1⊗X X
lX
r10 ⊗ idX = 0
(id1 ⊗ lX )a1,10 ,X (2)
0 0
lX l10 ⊗X = lX (id1 ⊗ lX ). (3)
Então
(2)
lX (r10 ⊗ idX ) = 0
lX (id1 ⊗ lX )a1,10 ,X
(3) 0
= lX l10 ⊗X a1,10 ,X
(1) 0
= lX (l10 ⊗ idX )
(∗) 0
= lX (ιr10 ⊗ idX )
(∗∗) 0
= lX (ι ⊗ idX )(r10 ⊗ idX ),
76
em (∗) usamos a denição de ι e em (∗∗) o fato de ⊗ ser um funtor.
0 0
Portanto, lX (r1 ⊗ idX ) = lX (ι ⊗ idX )(r10 ⊗ idX ) e como r10 ⊗ idX é um
0
isomorsmo, segue que lX = lX (ι ⊗ idX ). Logo, o primeiro diagrama
comuta. A comutatividade do segundo diagrama é análoga.
Resta-nos mostrar que o morsmo ι é único tal que um dos diagra-
mas comuta. Seja ι0 : 1 → 1 0 um morsmo em C tal que o primeiro
diagrama comuta. Considerando X = 10 , temos que o diagrama
ι0 ⊗id10
1 ⊗ 10 10 ⊗ 10
l10 0
l1 0
0
1
Denição 3.1.7 Uma categoria monoidal estrita é uma terna (C, ⊗, 1),
em que C é uma categoria, ⊗ : C × C → C é um funtor e 1 ∈ C tal que,
para quaisquer X, Y, Z ∈ C,
(X ⊗ Y ) ⊗ Z = X ⊗ (Y ⊗ Z), 1 ⊗ X = X = X ⊗ 1
aX,Y,Z : (X × Y ) × Z → X × (Y × Z),
((x, y), z) 7→ (x, (y, z))
77
lX : {∗} × X → X e rX : X × {∗} → X
(∗, x) 7→ x (x, ∗) 7→ x
De fato, mostremos que a, l e r são isomorsmos naturais que sa-
tisfazem os axiomas do pentágono e do triângulo. Sejam f : X → X 0,
0 0
g : Y → Y e h : Z → Z funções. É claro que aX,Y,Z , lX e rX são
bijeções, logo isomorsmos em Set. Agora, vejamos que os diagramas
aX,Y,Z
(X × Y ) × Z X × (Y × Z)
(f ×g)×h f ×(g×h)
(X 0 × Y 0 ) × Z 0 aX 0 ,Y 0 ,Z 0
X 0 × (Y 0 × Z 0 )
lX rX
{∗} × X X X × {∗} X
id{∗} ×f f f ×id{∗} f
{∗} × X 0 X0 X 0 × {∗} rX 0 X0
lX 0
f lX (∗, x) = f (x)
= lX 0 (∗, f (x))
= lX 0 (id{∗} × f )(∗, x).
Analogamente, prova-se que r é um isomorsmo natural. Mostre-
mos os axiomas do pentágono e do triângulo. Sejam X, Y, Z, W con-
juntos e x ∈ X, y ∈ Y, z ∈ Z, w ∈ W . Então
78
= aX,Y,Z×W ((x, y), (z, w))
= (x, (y, (z, w)))
= (idX × aY,Z,W )(x, ((y, z), w))
= (idX × aY,Z,W )aX,Y ×Z,W ((x, (y, z)), w)
= (idX × aY,Z,W )aX,Y ×Z,W (aX,Y,Z × idW )(((x, y), z), w)
e
lX : k ⊗ X → X e rX : X ⊗ k → X
1⊗x 7→ x x⊗1 7 → x
Analogamente, (vectk , ⊗k , k, a, l, r) é uma categoria monoidal.
1 ∈ C(G, ω)
L
O objeto é o corpo k com graduação k= g∈G δ1,g k ,
em que δ1,g é o delta de Kronecker e ⊗ = ⊗k .
79
Z ∈ C(G, ω) com graduações X =
L
L Sejam X, Y, L g∈G Xg , Y =
g∈G gY , Z = Z
g∈G g . Para quaisquer a, b, c ∈ G, x ∈ Xa , y ∈
Yb , z ∈ Zc , consideremos as seguintes transformações k -lineares
aX,Y,Z : (X ⊗ Y ) ⊗ Z → X ⊗ (Y ⊗ Z),
(x ⊗ y) ⊗ z 7→ ω(a, b, c)x ⊗ (y ⊗ z)
lX : k ⊗ X → X e rX : X ⊗ k → X.
1⊗x 7→ ω(1, 1, a)−1 x x⊗1 7 → ω(a, 1, 1)x
Então (C(G, ω), ⊗, 1, a, l, r) é uma categoria monoidal. De fato,
mostremos que, para X, Y, Z ∈ C(G, ω), aX,Y,Z e lX são morsmos
em C(G, ω). Notemos que, para cada g ∈ G, temos
M
((X ⊗ Y ) ⊗ Z)g = (X ⊗ Y )e ⊗ Zc
ec=g
M M
= (Xa ⊗ Yb ) ⊗ Zc
ec=g ab=e
M
= (Xa ⊗ Yb ) ⊗ Zc .
abc=g
L
Analogamente, (X ⊗ (Y ⊗ Z))g = abc=g Xa ⊗ (Yb ⊗ Zc ). Também,
M
(k ⊗ X)g = δ1,a k ⊗ Xb = k ⊗ Xg .
ab=g
e lX (1 ⊗ x) = x ∈ Xa .
Logo,aX,Y,Z ((Xa ⊗ Yb ) ⊗ Zc ) ⊆ Xa ⊗ (Yb ⊗ Zc ) e lX (k ⊗ Xa ) ⊆ Xa
e isso nos diz que aX,Y,Z (((X ⊗ Y ) ⊗ Z)g ) ⊆ (X ⊗ (Y ⊗ Z))g e que
lX ((k ⊗ X)g ) ⊆ Xg . Portanto, aX,Y,Z e lX são morsmos em C(G, ω) e
analogamente, rX é um morsmo em C(G, ω).
Resta-nos mostrar o axioma do pentágono e do triângulo. Sejam
X, Y, Z, W ∈ C(G, ω), a, b, c, d ∈ G e x ∈ Xa , y ∈ Yb , z ∈ Zc , w ∈ Wd .
Então
80
(∗∗)
= ω(a, b, c)ω(a, bc, d)ω(b, c, d)x ⊗ (y ⊗ (z ⊗ w))
= (idX ⊗ aY,Z,W )(ω(a, b, c)ω(a, bc, d)x ⊗ ((y ⊗ z) ⊗ w))
= (idX ⊗ aY,Z,W )aX,Y ⊗Z,W (ω(a, b, c)(x ⊗ (y ⊗ z)) ⊗ w)
= (idX ⊗ aY,Z,W )aX,Y ⊗Z,W (aX,Y,Z ⊗ idW )(((x ⊗ y) ⊗ z) ⊗ w),
⊗(G, F ) = G ◦ F e ⊗ (ν, µ) = ν ∗ µ,
(ν 0 ∗µ0 )X = νS(X)
0
G(µ0X ) e (ν∗µ)X = νR(X) F (µX ), para todo X ∈ C.
81
= (idF ∗ idG )X
= (idF )G(X) F ((idG )X )
= idF (G(X))
= id(F ◦G)(X)
= (idF ◦G )X
= (id⊗(F,G) )X
(i) F : C → D é um funtor;
82
(F (X) ⊗ F (Y )) ⊗ F (Z)
ζX,Y ⊗idF (Z) aF (X),F (Y ),F (Z)
F ((X ⊗ Y ) ⊗ Z) F (X) ⊗ F (Y ⊗ Z)
F (aX,Y,Z ) ζX,Y ⊗Z
F (X ⊗ (Y ⊗ Z))
lF (X) rF (X)
1 ⊗ F (X) F (X) F (X) ⊗ 1 F (X)
ζX,Y
F (X) ⊗ F (Y ) F (X ⊗ Y )
F (X 0 ) ⊗ F (Y 0 ) F (X 0 ⊗ Y 0 ).
ζX 0 ,Y 0
83
Exemplo 3.1.13 Seja (C, ⊗, 1, a, l, r) uma categoria monoidal. A terna
IdC
(IdC , ζ IdC , φIdC ) é um funtor monoidal, em que ζX,Y = idX⊗Y , para
X, Y ∈ C e φ IdC
= id1 .
G
ζF F
G(ζX,Y )
(X),F (Y )
G(F (X) ⊗ F (Y ))
φG◦F
1 G(F (1))
φG G(φF )
G(1)
ou seja,
G◦F
ζX,Y F
= G(ζX,Y )ζFG(X),F (Y ) e φG◦F = G(φF )φG .
G◦F
r(G◦F )(X) = (G ◦ F )(rX )ζX,1 (id(G◦F )(X) ⊗ φG◦F ).
De fato, temos
G◦F G◦F
ζX,Y ⊗Z (id(G◦F )(X) ⊗ ζY,Z )a(G◦F )(X),(G◦F )(Y ),(G◦F )(Z)
F G F G
= G(ζX,Y ⊗Z )ζF (X),F (Y ⊗Z) (idG(F (X)) ⊗ G(ζY,Z )ζF (Y ),F (Z) )
84
aG(F (X)),G(F (Y )),G(F (Z))
F G F
= G(ζX,Y ⊗Z )ζF (X),F (Y ⊗Z) (G(idF (X) ) ⊗ G(ζY,Z ))
G
ζF (X),F (Y )⊗F (Z)
G(F (X)) ⊗ G(F (Y ) ⊗ F (Z)) G(F (X) ⊗ (F (Y ) ⊗ F (Z)))
F
G(idF (X) )⊗G(ζY,Z ) F
G(idF (X) ⊗ζY,Z )
G
ζF (X)⊗F (Y ),F (Z)
G(F (X) ⊗ F (Y )) ⊗ G(F (Z)) G((F (X) ⊗ F (Y )) ⊗ F (Z))
F
G(ζX,Y )⊗G(idF (Z) ) F
G(ζX,Y ⊗idF (Z) )
85
fato de F ser funtor monoidal. Agora, vejamos o próximo diagrama
F
ζX,Y G
ζX,Y
F (X ⊗ Y ) µX⊗Y
G(X ⊗ Y )
1
φF φG
F (1) µ1
G(1)
86
Denição 3.1.17 Uma categoria C é dita esquelética se, para quais-
quer X, Y ∈ C tais que X ' Y implicar X = Y .
Em outras palavras, uma categoria esquelética C não possui objetos
distintos que sejam isomorfos.
−1
σX⊗Y f ⊗g σX 0 ⊗Y 0
0 0
X Y =X ⊗Y X ⊗Y X ⊗Y X 0 ⊗ Y 0 = X 0 Y 0.
87
−1
= σX⊗Y (idX ⊗ idY )σX⊗Y
−1
= σX⊗Y idX⊗Y σX⊗Y
−1
= σX⊗Y σX⊗Y
= idX⊗Y
= idXY
= id(X,Y )
(gf, g 0 f 0 ) = gf g 0 f 0
−1 0 0
= σZ⊗Z 0 (gf ⊗ g f )σX⊗X 0
−1 0 0
= σZ⊗Z 0 (g ⊗ g )(f ⊗ f )σX⊗X 0
−1 0 −1 0
= σZ⊗Z 0 (g ⊗ g )σY ⊗Y 0 σY ⊗Y 0 (f ⊗ f )σX⊗X 0
= (g g 0 )(f f 0 ).
Logo, é um funtor.
(f (g h))aX,Y,Z
−1
= σX 0 ⊗(Y 0 Z 0 ) (f ⊗ (g h))σX⊗(Y Z) aX,Y,Z
−1 −1
= σX 0 ⊗(Y 0 Z 0 ) (f ⊗ (g h))(idX ⊗ σY ⊗Z )
88
−1 −1 −1
= σX 0 ⊗(Y 0 Z 0 ) (f ⊗ σY 0 ⊗Z 0 (g ⊗ h)σY ⊗Z σY ⊗Z )
(f ⊗ (g ⊗ h))aX,Y,Z
(σX⊗Y ⊗ idZ )σ(XY )⊗Z
(∗) −1 −1
= σX 0 ⊗(Y 0 Z 0 ) (idX 0 ⊗ σY 0 ⊗Z 0 )
aX 0 ,Y 0 ,Z 0 ((f ⊗ g) ⊗ h)
(σX⊗Y ⊗ idZ )σ(XY )⊗Z
(∗∗) −1 −1
= aX 0 ,Y 0 ,Z 0 σ(X 0 Y 0 )⊗Z 0 (σX 0 ⊗Y 0 ⊗ idZ 0 )
−1
(σX 0 ⊗Y 0 (f ⊗ g)σX⊗Y ⊗ h)σ(XY )⊗Z
−1
= aX 0 ,Y 0 ,Z 0 σ(X 0 Y 0 )⊗Z 0 ((f g) ⊗ h)σ(XY )⊗Z
= aX 0 ,Y 0 ,Z 0 (f g) h),
89
Sk(C), temos
aX,Y,ZW aXY,Z,W
−1 −1
= σX⊗(Y (ZW )) (idX ⊗ σY ⊗(ZW ) )aX,Y,ZW
(σX⊗Y ⊗ idZW )σ(XY )⊗(ZW )
−1 −1
σ(XY )⊗(ZW ) (idXY ⊗ σZ⊗W )
aXY,Z,W (σ(XY )⊗Z ⊗ idW )σ((XY )Z)⊗W
−1 −1
= σX⊗(Y (ZW )) (idX ⊗ σY ⊗(ZW ) )aX,Y,ZW
−1
(σX⊗Y ⊗ σZ⊗W )
aXY,Z,W (σ(XY )⊗Z ⊗ idW )σ((XY )Z)⊗W
−1 −1
= σX⊗(Y (ZW )) (idX ⊗ σY ⊗(ZW ) )aX,Y,ZW
−1
(idX⊗Y σX⊗Y ⊗ σZ⊗W idZ⊗W )
aXY,Z,W (σ(XY )⊗Z ⊗ idW )σ((XY )Z)⊗W
−1 −1
= σX⊗(Y (ZW )) (idX ⊗ σY ⊗(ZW ) )aX,Y,ZW
−1
(idX⊗Y ⊗ σZ⊗W )(σX⊗Y ⊗ idZ⊗W )
aXY,Z,W (σ(XY )⊗Z ⊗ idW )σ((XY )Z)⊗W
−1 −1
= σX⊗(Y (ZW )) (idX ⊗ σY ⊗(ZW ) )aX,Y,ZW
−1
((idX ⊗ idY ) ⊗ σZ⊗W )(σX⊗Y ⊗ (idZ ⊗ idW ))
aXY,Z,W (σ(XY )⊗Z ⊗ idW )σ((XY )Z)⊗W
(1) −1 −1 −1
= σX⊗(Y (ZW )) (idX ⊗ σY ⊗(ZW ) )(idX ⊗ (idY ⊗ σZ⊗W ))
aX,Y,Z⊗W aX⊗Y,Z,W
((σX⊗Y ⊗ idZ ) ⊗ idW )(σ(XY )⊗Z ⊗ idW )σ((XY )Z)⊗W
(2) −1 −1 −1
= σX⊗(Y (ZW )) (idX ⊗ σY ⊗(ZW ) (idY ⊗ σZ⊗W ))
(idX ⊗ aY,Z,W )aX,Y ⊗Z,W (aX,Y,Z ⊗ idW )
((σX⊗Y ⊗ idZ )σ(XY )⊗Z ⊗ idW )σ((XY )Z)⊗W
−1 −1 −1
= σX⊗(Y (ZW )) (idX ⊗ σY ⊗(ZW ) (idY ⊗ σZ⊗W )aY,Z,W )
aX,Y ⊗Z,W
(aX,Y,Z (σX⊗Y ⊗ idZ )σ(XY )⊗Z ⊗ idW )σ((XY )Z)⊗W
(3) −1 −1
= σX⊗(Y (ZW )) (idX ⊗ aY,Z,W )(idX ⊗ σ(Y Z)⊗W )
90
(σX⊗(Y Z) ⊗ idW )(aX,Y,Z ⊗ idW )σ((XY )Z)⊗W
−1 −1
= σX⊗(Y (ZW )) (idX ⊗ aY,Z,W )(idX ⊗ σ(Y Z)⊗W )
aX,Y Z,W
(σX⊗(Y Z) ⊗ idW )(aX,Y,Z ⊗ idW )σ((XY )Z)⊗W
(4) −1
= (idX aY,Z,W )σX⊗((Y Z)W )
−1
(idX ⊗ σ(Y Z)⊗W )aX,Y Z,W (σX⊗(Y Z) ⊗ idW )
σ(X(Y Z))⊗W (aX,Y,Z idW )
(5)
= (idX aY,Z,W )aX,Y Z,W (aX,Y,Z idW ),
em (1) usamos duas vezes a naturalidade de a, em (2) usamos o axioma
do pentágono, em (3) usamos duas vezes a denição de a, em (4) usamos
a denição de idX aY,Z,W e aX,Y,Z idW e em (5) usamos a denição
de a. Agora, veriquemos o axioma do triângulo. Temos
rX idY
−1
= σX⊗Y (rX ⊗ idY )σ(X1)⊗Y
−1
= σX⊗Y (rX (idX ⊗ σ1 )σX⊗1 ⊗ idY )σ(X1)⊗Y
−1
= σX⊗Y (rX ⊗ idY )((idX ⊗ σ1 ) ⊗ idY )(σX⊗1 ⊗ idY )σ(X1)⊗Y
(1) −1
= σX⊗Y (idX ⊗ lY )aX,1,Y ((idX ⊗ σ1 ) ⊗ idY )
(σX⊗1 ⊗ idY )σ(X1)⊗Y
(2) −1
= σX⊗Y (idX ⊗ lY )(idX ⊗ (σ1 ⊗ idY ))aX,1,Y
(σX⊗1 ⊗ idY )σ(X1)⊗Y
(3) −1 −1
= σX⊗Y (idX ⊗ lY )(idX ⊗ σ1⊗Y )(idX ⊗ (σ1−1 ⊗ idY ))
(idX ⊗ (σ1 ⊗ idY ))aX,1,Y (σX⊗1 ⊗ idY )σ(X1)⊗Y
−1 −1
= σX⊗Y (idX ⊗ lY )(idX ⊗ σ1⊗Y )aX,1,Y
(σX⊗1 ⊗ idY )σ(X1)⊗Y
−1 −1
= (idX lY )σX⊗(1Y )
(idX ⊗ σ1⊗Y )aX,1,Y
(σX⊗1 ⊗ idY )σ(X1)⊗Y
(4)
= (idX lY )aX,1,Y ,
em (1) usamos o axioma do triângulo, em (2) usamos a naturalidade
do a, em (3) usamos a denição de l e em (4) usamos a denição de a.
91
Portanto, (Sk(C), , 1, a, l, r) é uma categoria monoidal.
−1
σX⊗Y σX ⊗σY σX⊗Y
F X ⊗Y X ⊗ Y = F (X ⊗ Y ).
ζX,Y :X ⊗Y X ⊗Y
F
e isso explica a denição deζX,Y .
F
Mostremos que ζ : ◦ (F × F ) → F ◦ ⊗ é um isomorsmo natural.
É claro que ζX,Y é um isomorsmo, para quaisquer X, Y ∈ C, pois é
F
0 0
uma composição de isomorsmos. Sejam f : X → X e g : Y → Y
morsmos em C. Então
F
F (f ⊗ g)ζX,Y
−1 F
= σX 0 ⊗Y 0 (f ⊗ g)σX⊗Y ζX,Y
−1
= σX 0 ⊗Y 0 (f ⊗ g)(σX ⊗ σY )σ
X⊗Y
−1
= σX 0 ⊗Y 0 (f σX ⊗ gσY )σ
X⊗Y
−1
= σX 0 ⊗Y 0 (σX 0 F (f ) ⊗ σY 0 F (g))σ
X⊗Y
−1
= σX 0 ⊗Y 0 (σX 0 ⊗ σY 0 )(F (f ) ⊗ F (g))σ
X⊗Y
−1
= σX 0 ⊗Y 0 (σX 0 ⊗ σY 0 )σ 0 (F (f ) F (g))
X ⊗Y 0
F
= ζX 0 ,Y 0 (F (f ) F (g)).
Agora denimos
92
Veriquemos que (F, ζ F , φF ) é um funtor monoidal. Para X, Y ∈ C,
queremos mostrar que
F F F F
ζX,Y ⊗Z (idX ζY,Z )aX,Y ,Z = F (aX,Y,Z )ζX⊗Y,Z (ζX,Y idZ ),
F
lX = F (lX )ζ1,X (φF idX )
F
e rX = F (rX )ζX,1 (idX φF ).
De fato,
F F
σX⊗(Y ⊗Z) ζX,Y ⊗Z (idX ζY,Z )aX,Y ,Z
F
= (σX ⊗ σY ⊗Z )σX⊗Y ⊗Z (idX ζY,Z )aX,Y ,Z
F
= (σX ⊗ σY ⊗Z )(idX ⊗ ζY,Z )σX⊗(Y Z) aX,Y ,Z
F
= (σX ⊗ σY ⊗Z ζY,Z )σX⊗(Y Z) aX,Y ,Z
= (σX ⊗ (σY ⊗ σZ )σY ⊗Z )σX⊗(Y Z) aX,Y ,Z
= (σX ⊗ (σY ⊗ σZ ))(idX ⊗ σY ⊗Z )σX⊗(Y Z) aX,Y ,Z
(1)
= (σX ⊗ (σY ⊗ σZ ))aX,Y ,Z (σX⊗Y ⊗ idZ )σ(XY )⊗Z
(2)
= aX,Y,Z ((σX ⊗ σY ) ⊗ σZ )(σX⊗Y ⊗ idZ )σ(XY )⊗Z
F
= aX,Y,Z (σX⊗Y ⊗ σZ )(ζX,Y ⊗ idZ )σ(XY )⊗Z
F
= aX,Y,Z (σX⊗Y ⊗ σZ )σX⊗Y ⊗Z (ζX,Y idZ )
F F
= aX,Y,Z σ(X⊗Y )⊗Z ζX⊗Y,Z (ζX,Y idZ )
(3) F F
= σX⊗(Y ⊗Z) F (aX,Y,Z )ζX⊗Y,Z (ζX,Y idZ ).
93
F
= σX F (lX )ζ1,X (id1 idX )
F
= σX F (lX )ζ1,X (φF idX ),
−1
G
ζX,Y = σX⊗Y , para X, Y ∈ Sk(C) e φG = σ1−1 .
G G
ζX,Y Z (idG(X) ⊗ ζY,Z )aG(X),G(Y ),G(Z)
−1 −1
= σX⊗(Y Z) (idX ⊗ σY ⊗Z )aX,Y,Z
−1 −1
= aX,Y,Z σ(XY )⊗Z (σX⊗Y ⊗ idZ )
G G
= G(aX,Y,Z )ζXY,Z (ζX,Y ⊗ idG(Z) )
lG(X) = lX
−1
= lX σ1⊗X (σ1−1 ⊗ idX )
G
= G(lX )ζ1,X (σ1−1 ⊗ idG(X) )
G
= G(lX )ζ1,X (φG ⊗ idG(X) ).
G
A condição envolvendo rG(X) = G(rX )ζX,1 (idG(X) ⊗ φG ) é provada
de maneira análoga.
Agora, denimos α : G ◦ F → IdC e β : F ◦ G → IdSk(C) por
αX : X → X, αX = σX , para todo X ∈ C,
94
Seja f :X→Y um morsmo em C e mostremos que o diagrama
αX
(G ◦ F )(X) IdC (X)
(G◦F )(f ) f
(G ◦ F )(Y ) αY
IdC (Y )
f αX = f σX
= idY f σX
= σY σY−1 f σX
= σY F (f )
= σY G(F (f ))
= αY (G ◦ F )(f ).
αX ⊗αY
(G ◦ F )(X) ⊗ (G ◦ F )(Y ) IdC (X) ⊗ IdC (Y )
G◦F IdC
ζX,Y ζX,Y
(G ◦ F )(X ⊗ Y ) αX⊗Y
IdC (X ⊗ Y )
1
φG◦F φIdC
(G ◦ F )(1) α1
IdC (1)
G◦F F −1 −1
ζX,Y = G(ζX,Y )ζFG(X),F (Y ) = σX⊗Y (σX ⊗ σY )σX⊗Y σX⊗Y ,
95
ou seja,
G◦F −1
ζX,Y = σX⊗Y (σX ⊗ σY ).
Além disso,
Logo,
IdC
ζX,Y (αX ⊗ αY ) = idX⊗Y (σX ⊗ σY )
−1
= σX⊗Y σX⊗Y (σX ⊗ σY )
G◦F
= σX⊗Y ζX,Y
G◦F
= αX⊗Y ζX,Y
α1 φG◦F = σ1 σ1−1
= id1
= φIdC .
βX βY
(F ◦ G)(X) (F ◦ G)(Y ) IdSk(C) (X) IdSk(C) (Y )
F ◦G IdSk(C)
ζX,Y ζX,Y
(F ◦ G)(X Y ) IdSk(C) (X Y )
βXY
1
IdSk(C)
φF ◦G φ
F ◦G G F
ζX,Y = F (ζX,Y )ζG(X),G(Y )
96
−1 F
= F (σX⊗Y )ζX,Y
−1 −1 F
= σX⊗Y σX⊗Y σX⊗Y ζX,Y ,
ou seja,
F ◦G −1 F
ζX,Y = σX⊗Y ζX,Y .
Além disso,
φF ◦G = F (φG )φF
= F (σ1−1 )id1
= σ1−1 σ1−1 σ1 ,
ou seja,
φF ◦G = σ1−1 .
Logo,
Id
ζX,YSk(C) (βX βY ) = idXY (σX σY )
−1
= idXY σX⊗Y (σX ⊗ σY )σX⊗Y
F
= idXY ζX,Y
−1 F
= σXY σXY ζX,Y
−1 F
= σXY σX⊗Y ζX,Y
F ◦G
= βXY ζX,Y
e
β1 φF ◦G = σ1 σ1−1 = id1 = φIdSk(C) .
Portanto, existem funtores monoidais (F, ζ F , φF ) e (G, ζ G , φG ) e iso-
morsmos naturais monoidais α : G ◦ F → IdC e β : F ◦ G → IdSk(C) .
Assim, C e Sk(C) são monoidalmente equivalentes.
97
Capítulo 4
98
4.1 Construção de uma categoria monoidal
estrita
Seja (C, ⊗, 1, a, l, r) uma categoria monoidal. Construímos uma ca-
tegoria monoidal estrita associada a C que é usada no teorema principal
desse capítulo. Denotamos por EndC (C) a categoria denida pelo que
segue:
cX,Y : F (X) ⊗ Y → F (X ⊗ Y ),
(F (X) ⊗ Y ) ⊗ Z
cX,Y ⊗idZ aF (X),Y,Z
F (X ⊗ Y ) ⊗ Z F (X) ⊗ (Y ⊗ Z)
cX⊗Y,Z cX,Y ⊗Z
F ((X ⊗ Y ) ⊗ Z) F (X ⊗ (Y ⊗ Z))
F (aX,Y,Z )
rF (X)
F (X) ⊗ 1 F (X)
cX,1 F (rX )
F (X ⊗ 1)
99
quer X, Y ∈ C, o diagrama
µX ⊗idY
F (X) ⊗ Y G(X) ⊗ Y
cF
X,Y cG
X,Y
F (X ⊗ Y ) µX⊗Y
G(X ⊗ Y )
é comutativo.
(ν◦µ)X ⊗idY
F (X) ⊗ Y H(X) ⊗ Y
cF
X,Y cH
X,Y
F (X ⊗ Y ) H(X ⊗ Y )
(ν◦µ)X⊗Y
é comutativo. De fato,
cH
X,Y ((ν ◦ µ)X ⊗ idY ) = cH
X,Y (νX µX ⊗ idY )
= cH
X,Y (νX ⊗ idY )(µX ⊗ idY )
(1)
= νX⊗Y cG
X,Y (µX ⊗ idY )
(2)
= νX⊗Y µX⊗Y cF
X,Y
100
= (ν ◦ µ)X⊗Y cF
X,Y ,
cG◦F
X,Y
G(F (X)) ⊗ Y G(F (X ⊗ Y ))
cG
F (X),Y
G(cF
X,Y )
G(F (X) ⊗ Y )
ou seja,
cG◦F F G
X,Y = G(cX,Y )cF (X),Y .
cG◦F
X,Y ⊗Z a(G◦F )(X),Y,Z = (G ◦ F )(aX,Y,Z )cG◦F G◦F
X⊗Y,Z (cX,Y ⊗ idZ )
G◦F
e r(G◦F )(X) = (G ◦ F )(rX )cX,1 .
De fato,
G◦F
cX,Y ⊗Z a(G◦F )(X),Y,Z
= G(cF G
X,Y ⊗Z )cF (X),Y ⊗Z aG(F (X)),Y,Z
(1)
= G(cF G G
X,Y ⊗Z )G(aF (X),Y,Z )cF (X)⊗Y,Z (cF (X),Y ⊗ idZ )
= G(cF G G
X,Y ⊗Z aF (X),Y,Z )cF (X)⊗Y,Z (cF (X),Y ⊗ idZ )
(2)
= G(F (aX,Y,Z ))G(cF F G G
X⊗Y,Z )G(cX,Y ⊗ idZ )cF (X)⊗Y,Z (cF (X),Y ⊗ idZ )
(3)
= G(F (aX,Y,Z ))G(cF G F G
X⊗Y,Z )cF (X⊗Y ),Z (G(cX,Y ) ⊗ idZ )(cF (X),Y ⊗ idZ )
101
= (G ◦ F )(aX,Y,Z )cG◦F G◦F
X⊗Y,Z (cX,Y ⊗ idZ )
= (G ◦ F )(rX )cG◦F
X,1 .
Nas igualdades (1) e (4) usamos que (G, cG ) ∈ EndC (C), em (2) e
F
(5) usamos que (F, c ) ∈ EndC (C) e que G é um funtor e na igualdade
G G◦F
(3) usamos a naturalidade de c . Portanto, (G ◦ F, c ) ∈ EndC (C).
F G J H
Agora, sejam (F, c ), (G, c ), (J, c ), (H, c ) ∈ EndC (C), µ : F →
G e ν : J → H morsmo em EndC (C). Veriquemos que o diagrama
(ν∗µ)X ⊗idY
J(F (X)) ⊗ Y H(G(X)) ⊗ Y
cJ◦F
X,Y
H◦G
cX,Y
J(F (X ⊗ Y )) H(G(X ⊗ Y ))
(ν∗µ)X⊗Y
é comutativo. De fato,
cH◦G
X,Y ((ν ∗ µ)X ⊗ idY )
(1)
= H(cG H
X,Y )cG(X),Y (H(µX ) ⊗ idY )(νF (X) ⊗ idY )
(2)
= H(cG H
X,Y )H(µX ⊗ idY )cF (X),Y (νF (X) ⊗ idY )
= H(cG H
X,Y (µX ⊗ idY ))cF (X),Y (νF (X) ⊗ idY )
(3)
= H(µX⊗Y )H(cF H
X,Y )cF (X),Y (νF (X) ⊗ idY )
(4)
= H(µX⊗Y )H(cF J
X,Y )νF (X)⊗Y cF (X),Y
(5)
= H(µX⊗Y )νF (X⊗Y ) J(cF J
X,Y )cF (X),Y
= (ν ∗ µ)X⊗Y cJ◦F
X,Y .
Na igualdade (1) usamos que (ν ∗ µ)X = H(µX )νF (X) , em (2) usa-
mos a natualidade de cH , em (3) usamos que µ ∈ EndC (C) e que H
102
é um funtor, em (4) usamos que ν ∈ EndC (C) e em (5) usamos a
naturalidade de ν. ν ∗ µ é um morsmo em EndC (C).
Portanto,
Seguimos mostrando que ⊗ é um funtor. A prova desse fato é similar
F G
ao que foi feito no Exemplo 3.1.11. Sejam (F, c ), (G, c ) ∈ EndC (C).
Então
Portanto, ⊗ é um funtor.
103
Já temos que (H ◦ G) ◦ F = H ◦ (G ◦ F ) e IdC ◦ F = F = F ◦ IdC .
Resta-nos mostrar c(H◦G)◦F = cH◦(G◦F ) e cIdC ◦F = cF = cF ◦IdC . Para
quaisquer X, Y ∈ C, temos
(H◦G)◦F
cX,Y = (H ◦ G)(cF H◦G
X,Y )cF (X),Y
= H(G(cF G H
X,Y ))H(cF (X),Y )cG(F (X)),Y
= H(G(cF G H
X,Y )cF (X),Y )c(G◦F )(X),Y
= H(cG◦F H
X,Y )c(G◦F )(X),Y
H◦(G◦F )
= cX,Y
e
C ◦F
cId
X,Y = IdC (cF IdC
X,Y )cF (X),Y
= cF
X,Y idF (X)⊗Y
= cF
X,Y
= idF (X⊗Y ) cF
X,Y
= F (idX⊗Y )cF
X,Y
= F (cIdC F
X,Y )cIdC (X),Y
◦IdC
= cF
X,Y .
104
cF
X,Y = aW,X,Y
W
e F(g)X = g ⊗ idX ,
cF
X,Y : FW (X)⊗Y → FW (X⊗Y ),
W
isto é , cF
X,Y : (W ⊗X)⊗Y → W ⊗(X⊗Y )
W
g⊗idX
F(g)X : FW (X) → FV (X), isto é F(g)X : W ⊗ X −→ V ⊗ X.
Armação 1: F é um funtor.
(FW (X) ⊗ Y ) ⊗ Z
FW
cX,Y ⊗idZ aFW (X),Y,Z
FW (X ⊗ Y ) ⊗ Z FW (X) ⊗ (Y ⊗ Z)
FW WF
cX⊗Y,Z cX,Y ⊗Z
FW ((X ⊗ Y ) ⊗ Z) FW (X ⊗ (Y ⊗ Z))
FW (aX,Y,Z )
rFW (X)
FW (X) ⊗ 1 FW (X)
FW
cX,1 FW (rX )
FW (X ⊗ 1)
105
são comutativos. Usando a denição de F, os diagramas tornam-se
((W ⊗ X) ⊗ Y ) ⊗ Z
aW,X,Y ⊗idZ aW ⊗X,Y,Z
(W ⊗ (X ⊗ Y )) ⊗ Z (W ⊗ X) ⊗ (Y ⊗ Z)
aW,X⊗Y,Z aW,X,Y ⊗Z
W ⊗ ((X ⊗ Y ) ⊗ Z) W ⊗ (X ⊗ (Y ⊗ Z))
idW ⊗aX,Y,Z
rW ⊗X
(W ⊗ X) ⊗ 1 W ⊗X
W ⊗ (X ⊗ 1)
F(g)X ⊗idY
FW (X) ⊗ Y FV (X) ⊗ Y
F W FV
cX,Y cX,Y
FW (X ⊗ Y ) FV (X ⊗ Y ).
F(g)X⊗Y
106
Usando a denição de F, o diagrama torna-se
(g⊗idX )⊗idY
(W ⊗ X) ⊗ Y (V ⊗ X) ⊗ Y
aW,X,Y aV,X,Y
W ⊗ (X ⊗ Y ) V ⊗ (X ⊗ Y )
g⊗idX⊗Y
e isso nos diz que F(idW ) = idF(W ) . Além disso, para quaisquer mor-
smos g:W →V e h : V → U em C e X ∈ C, temos
F(hg)X = hg ⊗ idX
= (h ⊗ idX )(g ⊗ idX )
= F(h)X F(g)X
= (F(h) ◦ F(g))X
107
= (FW ◦ FV , cFW ◦FV ),
e, para quaisquer X, Y ∈ C,
cFW ◦FV
X,Y = FW (cF FW
X,Y )cFV (X),Y
V
= FW (aV,X,Y )cFW
V ⊗X,Y
= (idW ⊗ aV,X,Y )aW,V ⊗X,Y .
Além disso,
F(W ⊗ V ) = (FW ⊗V , cFW ⊗V )
F
e, para quaisquerX, Y ∈ C, cX,Y
W ⊗V
= aW ⊗V,X,Y .
F F
Precisamos estabelecer uma terna (F, ζ , φ ). Primeiramente ve-
mos que, para W, V ∈ C,
F F
ζW,V : F(W ) ⊗ F(V ) → F(W ⊗ V ), ou seja, ζW,V : FW ◦ FV → FW ⊗V .
F
ζW,V
FW ◦ FV FW ⊗V
F(g)⊗F(h)=F(g)∗F(h) F(g⊗h)
FW 0 ◦ FV 0 F
FW 0 ⊗V 0
ζW 0 ,V 0
108
= FW 0 (h ⊗ idX )F(g)V ⊗X
= (idW 0 ⊗ (h ⊗ idX ))(g ⊗ idV ⊗X )
= g ⊗ (h ⊗ idX ).
Considerando o objeto X∈C no diagrama anterior, temos
a−1
W,V,X
(FW ◦ FV )(X) FW ⊗V (X)
g⊗(h⊗idX ) (g⊗h)⊗idX
e o mesmo é comutativo devido à naturalidade de a−1 para (g, (h, idX )).
F
Logo, ζ é uma transformação natural.
F
O próximo passo é mostrarmos que ζW,V é um
isomorsmo em
F
EndC (C). Vejamos que ζW,V : FW ◦ FV → FW ⊗V
é uma transfor-
mação natural, ou seja, o diagrama abaixo comuta, para f : X → Y
morsmo em C
F
(ζW,V )X
(FW ◦ FV )(X) FW ⊗V (X)
(FW ◦ FV )(Y ) F
FW ⊗V (Y ).
(ζW,V )Y
F
Usando as denições de F e de ζW,V , o diagrama torna-se
a−1
W,V,X
W ⊗ (V ⊗ X) (W ⊗ V ) ⊗ X
W ⊗ (V ⊗ Y ) (W ⊗ V ) ⊗ Y
a−1
W,V,Y
109
que é comutativo devido à naturalidade de a−1 para (idW , (idV , f )).
F F −1
Portanto, ζW,V é uma transformação natural e como (ζW,V )X = aW,V,X
F
é um isomorsmo, para todo X ∈ C, segue que ζW,V é um isomorsmo
natural.
F
Para concluirmos que ζW,V é um morsmo em EndC (C), devemos
mostrar que o diagrama
F
(ζW,V )X ⊗idY
(FW ◦ FV )(X) ⊗ Y FW ⊗V (X) ⊗ Y
FW ◦FV F W ⊗V
cX,Y cX,Y
(FW ◦ FV )(X ⊗ Y ) F
FW ⊗V (X ⊗ Y )
(ζW,V )X⊗Y
F
é comutativo, para quaisquer X, Y ∈ C. Usando a denição de ζW,V e
FW ⊗V
as igualdades para cX,Y e cFW ◦FV
X,Y , o diagrama torna-se
a−1
W,V,X ⊗idY
(FW ◦ FV )(X) ⊗ Y FW ⊗V (X) ⊗ Y
(FW ◦ FV )(X ⊗ Y ) FW ⊗V (X ⊗ Y )
a−1
W,V,X⊗Y
Agora, denimos
φF : IdC → F1 por φF −1
X = lX : X → 1 ⊗ X,
para todo X ∈ C.
110
em EndC (C), é necessário que o diagrama abaixo comute
φF
X ⊗idY
IdC (X) ⊗ Y F1 (X) ⊗ Y
IdC F1
cX,Y cX,Y
IdC (X ⊗ Y ) F1 (X ⊗ Y ),
φF
X⊗Y
−1
lX ⊗idY
IdC (X) ⊗ Y F1 (X) ⊗ Y
idX⊗Y a1,X,Y
IdC (X ⊗ Y ) −1
F1 (X ⊗ Y )
lX⊗Y
111
Segundo a Denição 3.1.12, devemos mostrar que, para W, V, U ∈ C,
os diagramas
F
ζW F
idF(W ) ⊗ζV,U
⊗V,U
F(aW,V,U ) F
ζW,V ⊗U
F(W ⊗ (V ⊗ U ))
lF(W ) rF(W )
(IdC , cIdC ) ⊗ F(W ) F(W ) F(W ) ⊗ (IdC , cIdC ) F(W )
F(1) ⊗ F(W ) F
F(1 ⊗ W ) F(W ) ⊗ F(1) F
F(W ⊗ 1)
ζ1,W ζW,1
= (idW ⊗ a−1
V,U,X )idFW (V ⊗(U ⊗X))
= idW ⊗ a−1
V,U,X ,
112
F
= FW ⊗V ((idFU )X )(ζW,V )FU (X)
F
= FW ⊗V (idFU (X) )(ζW,V )FU (X)
F
= FW ⊗V (idU ⊗X )(ζW,V )U ⊗X
= idFW ⊗V (U ⊗X) a−1
W,V,U ⊗X
= a−1
W,V,U ⊗X ,
na denição de ν ∗ µ, F = IdC , G = F1 e J = H = FW .
113
EndC (C), de ζF e de φF , obtemos os diagramas
((FW ◦ FV ) ◦ FU )(X)
−1
aW,V,U ⊗X id(FW ◦FV ◦FU )(X)
a−1
W ⊗V,U,X idW ⊗a−1
V,U,X
FW ⊗(V ⊗U )(X)
−1 −1
lW ⊗X lW ⊗idX idW ⊗lX rW ⊗idX
Agora, denimos
Armação 5: G é um funtor.
114
De fato, sejam (F, c) ∈ EndC (C) e µ, ν morsmos em EndC (C).
Então
G(id(F,c) ) = G(idF )
= (idF )1
= idF (1)
= idG(F,c)
e
G(ν ◦ µ) = (ν ◦ µ)1
= ν1 µ1
= G(ν)G(µ).
Agora, consideramos uma estrutura monoidal para o funtor G. Para
facilitar a notação, algumas vezes escrevemos (F, cF ) somente como F.
Denimos
G G
ζG,F : G(G)⊗G(F ) → G(G⊗F ), ou seja, ζG,F : G(1)⊗F (1) → G(F (1)),
por
G
ζG,F = G(lF (1) )cG
1,F (1) ,
G(ν)⊗G(µ)=G(ν∗µ) G(ν⊗µ)=G(ν∗µ)
0 0 0 0
G(G0 , cG ) ⊗ G(F 0 , cF ) G
G((G0 , cG ) ⊗ (F 0 , cF ))
ζG 0 ,F 0
G
G(ν ∗ µ)ζG,F = (ν ∗ µ)1 G(lF (1) )cG
1,F (1)
115
= G0 (µ1 )νF (1) G(lF (1) )cG
1,F (1)
(1)
= G0 (µ1 )G0 (lF (1) )ν1⊗F (1) cG
1,F (1)
G
= ζG 0 ,F 0 (G(ν) ⊗ G(µ))
G
= ζG 0 ,F 0 (G(ν) ∗ G(µ)).
Também denimos
G G G G
ζH,G◦F (idG(H) ⊗ζG,F )aG(H),G(G),G(F ) = G(aH,G,F )ζH◦G,F (ζH,G ⊗idG(F ) ),
G
lG(F ) = G(lF )ζIdC ,F
(φG ⊗ idG(F ) ),
G
e rG(F ) = G(rF )ζF,Id C
(idG(F ) ⊗ φG ).
De fato,
G G
ζH,G◦F (idG(H) ⊗ ζG,F )aG(H),G(G),G(F )
G
= H(l(G◦F )(1) )cH
1,(G◦F )(1) (H(id1 ) ⊗ ζG,F )aH(1),G(1),F (1)
(1) G
= H(lG(F (1)) )H(id1 ⊗ ζG,F )cH
1,G(1)⊗F (1) aH(1),G(1),F (1)
G
= H(lG(F (1)) (id1 ⊗ ζG,F ))cH
1,G(1)⊗F (1) aH(1),G(1),F (1)
116
(2) G
= H(ζG,F lG(1)⊗F (1) )cH
1,G(1)⊗F (1) aH(1),G(1),F (1)
(3) G
= H(ζG,F )H(lG(1)⊗F (1) )H(a1,G(1),F (1) )cH H
1⊗G(1),F (1) (c1,G(1) ⊗ idF (1) )
G
= H(ζG,F )H(lG(1)⊗F (1) a1,G(1),F (1) )cH H
1⊗G(1),F (1) (c1,G(1) ⊗ idF (1) )
(4) G
= H(ζG,F )H(lG(1) ⊗ idF (1) )cH H
1⊗G(1),F (1) (c1,G(1) ⊗ idF (1) )
(5) G
= H(ζG,F )cH H
G(1),F (1) (H(lG(1) ) ⊗ idF (1) )(c1,G(1) ⊗ idF (1) )
(6)
= H(G(lF (1) ))H(cG H H
1,F (1) )cG(1),F (1) (H(lG(1) )c1,G(1) ⊗ idF (1) )
G
= (H ◦ G)(lF (1) )cH◦G
1,F (1) (ζH,G ⊗ idG(F ) )
G G
= ζH◦G,F (ζH,G ⊗ idG(F ) )
G G
= (id(H◦G)◦F )1 ζH◦G,F (ζH,G ⊗ idG(F ) )
G G
= G(id(H◦G)◦F )ζH◦G,F (ζH,G ⊗ idG(F ) )
(7) G G
= G(aH,G,F )ζH◦G,F (ζH,G ⊗ idG(F ) ),
lG(F ) = lF (1)
= IdC (lF (1) )id1⊗F (1)
= IdC (lF (1) )cIdC
1,F (1)
G
= ζIdC ,F
G
= G(idF )ζIdC ,F
(id1 ⊗ idF (1) )
(8) G
= G(lF )ζIdC ,F
(φG ⊗ idG(F ) )
e
rG(F ) = rF (1)
(9)
= F (r1 )cF
1,1
(10)
= F (l1 )cF
1,1
117
que (H, cH ) ∈ EndC (C) e portanto satisfaz (4.1), em (4) usamos o pri-
G
meiro diagrama da Proposição 3.1.4, em (6) usamos a denição de ζG,F
e que H é um funtor, em (7), (8) e (11) usamos que EndC (C) é estrita,
em (9) usamos que (F, cF ) ∈ EndC (C) e portanto satisfaz (4.2) e em
(10) usamos a Proposição 3.1.5 (iii).
αW : W ⊗ 1 → W por αW = rW
αW ⊗αV
(G ◦ F)(W ) ⊗ (G ◦ F)(V ) IdC (W ) ⊗ IdC (V )
G◦F
ζW,V idW ⊗V
(G ◦ F)(W ⊗ V ) αW ⊗V
IdC (W ⊗ V )
1
φG◦F id1
(G ◦ F)(1) α1
IdC (1)
118
comutam. De fato,
αW ⊗ αV = rW ⊗ rV
= (idW ⊗ rV )(rW ⊗ idV ⊗1 )
(1)
= (idW ⊗ rV )(idW ⊗ lV ⊗1 )aW,1,V ⊗1
= (idW ⊗ rV )(idW ⊗ lFV (1) )aW,1,FV (1)
= (idW ⊗ rV )FW (lFV (1) )cFW
1,FV (1)
= F
rW ⊗V (ζW,V )1 ζFGW ,FV
= F
rW ⊗V G(ζW,V )ζFGW ,FV
(3) G◦F
= αW ⊗V ζW,V
(4)
α1 φG◦F = r1 G(φF )φG
(5)
= l1 (φF )1 id1
= l1 l1−1
= id1 .
119
mostrar que o diagrama
(βF )X
FF (1) (X) F (X)
FF (1) (f ) F (f )
FF (1) (Y ) F (Y )
(βF )Y
= F (f lX )cF
1,X
(1)
= F (lY )F (id1 ⊗ f )cF
1,X
(2)
= F (lY )cF
1,Y (F (id1 ) ⊗ f )
= (βF )Y (idF (1) ⊗ f )
= (βF )Y FF (1) (f ),
(βF )X ⊗idY
FF (1) (X) ⊗ Y F (X) ⊗ Y
FF (1)
cX,Y cF
X,Y
FF (1) (X ⊗ Y ) F (X ⊗ Y )
(βF )X⊗Y
é comutativo. De fato,
cF
X,Y ((βF )X ⊗ idY ) = cF F
X,Y (F (lX )c1,X ⊗ idY )
120
= cF F
X,Y (F (lX ) ⊗ idY )(c1,X ⊗ idY )
(1)
= F (lX ⊗ idY )cF F
1⊗X,Y (c1,X ⊗ idY )
(2)
= F (lX⊗Y )F (a1,X,Y )cF F
1⊗X,Y (c1,X ⊗ idY )
(3)
= F (lX⊗Y )cF
1,X⊗Y aF (1),X,Y
F (1) F
= (βF )X⊗Y cX,Y .
βF
(F ◦ G)(F, cF ) IdEndC (C) (F, cF )
(µ ◦ βF )X = µX (βF )X
= µX F (lX )cF
1,X
(1)
= G(lX )µ1⊗X cF
1,X
(2)
= G(lX )cG
1,X (µ1 ⊗ idX )
= (βG )X F(µ1 )X
= (βG ◦ F(µ1 ))X
= (βG ◦ F(G(µ)))X
= (βG ◦ (F ◦ G)(µ))X .
121
Logo, µ ◦ βF = βG ◦ (F ◦ G)(µ) e como β(F,cF ) é um isomorsmo em
EndC (C) (isomorsmo natural), segue que β é um isomorsmo natural.
Resta-nos vericar que β é uma transformação natural monoidal.
F G
Sejam (F, c ), (G, c ) ∈ EndC (C). Devemos mostrar que os diagramas
βG ∗βF
(F ◦ G)(G, cG ) ⊗ (F ◦ G)(F, cF ) (G, cG ) ⊗ (F, cF )
F◦G
ζG,F idG◦F
IdC
φF◦G idIdC
(F ◦ G)(IdC ) IdC
βIdC
(βG ∗ βF )X
= G((βF )X )(βG )FF (1) (X)
= G((βF )X )(βG )F (1)⊗X
= G((βF )X )G(lF (1)⊗X )cG
1,F (1)⊗X
(1)
= G((βF )X )G(lF (1) ⊗ idX )G(a−1 G
1,F (1),X )c1,F (1)⊗X
(2) −1
= G((βF )X )G(lF (1) ⊗ idX )cG G
1⊗F (1),X (c1,F (1) ⊗ idX )aG(1),F (1),X
(3) −1
= G((βF )X )cG G
F (1),X (G(lF (1) ) ⊗ idX )(c1,F (1) ⊗ idX )aG(1),F (1),X
−1
= G(F (lX ))G(cF G G
1,X )cF (1),X (G(lF (1) )c1,F (1) ⊗ idX )aG(1),F (1),X
(4) G F
= (G ◦ F )(lX )cG◦F
1,X (ζG,F ⊗ idX )(ζG(1),F (1) )X
G F
= (βG◦F )X (ζG,F ⊗ idX )(ζG(1),F (1) )X
(5) G F
= (βG◦F )X F(ζG,F )X (ζG(G),G(F ) )X
G F
= (βG◦F ◦ F(ζG,F ) ◦ ζG(G),G(F ) )X
(6)
= (βG◦F ◦ ζ F◦G )X
122
e
(7)
(βIdC ◦ φF◦G )X = (βIdC ◦ F(φG ) ◦ φF )X
= (βIdC )X F(id1 )X φF
X
−1
= IdC (lX )cIdC
1,X (id1 ⊗ idX )lX
−1
= lX id1⊗X lX
= idX
= idIdC (X)
= (idIdC )X .
123
Referências Bibliográcas
[1] ABRAMSKY, S.; TZEVELEKOS, N. Introduction to Cate-
gory Theory and Categorical Logic, New Structures for Phy-
sics 813, Springer, Berlin, 2011, pp. 3-95.
124