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VEJAM BEM

1. e 3.
Vejam bem, que não há só gaivotas em terra, quand’um homem se põe a pensar, quand’um
homem se põe a pensar. Quem lá vem, dorme à noit’ao relento n’areia, dorme à noit’ao relento
no mar, dorme à noit’ao relento no mar. E se houver uma praça de gente madura, e uma estátua,
e uma estátua de febr’ a arder… Anda alguém, pela noite de breu à procura e não há quem lhe
queira valer, e não há quem lhe queira valer.

2.
Vejam bem, d’aquel’ homem a fraca figura, desbravand’os caminhos do pão, desbravand’os
caminhos do pão. E se houver uma praça de gente madura, ninguém vem levantar-me do chão,
ninguém vem levantar-me do chão. Vejam bem, que não há só gaivotas em terra, quando um
homem se põe a pensar. Quem lá vem, dorme à noit’ao relento n’areia, dorme à noit’ao relento
no mar, dorme à noit’ao relento no mar.
TRAZ UM AMIGO TAMBÉM / VENHAM MAIS CINCO
1ª e 2ª estrofe: só mulheres / 3ª: todos

1. Venham mais cinco, de’uma assentada que eu pago já, do branco ao tinto, se o velho estica eu fico por
cá. Se tem má pinta, dá-lhe um apito e põe-no para andar, de espada na cinta, já crê que é rei de quem e
além-mar.
1ª e 2ª vez: Só homens / 3ª: todos

Não me obriguem a vir para a rua gritar, Qu’ é já tempo de embalar a trouxa e zarpar
Sempre todos: Kiriri ki-riri kiriri ki-ri, kiriri ki- bararaumbauê (2x)
2. A gente ajuda, havemos de ser mais eu bem sei, mas há quem queira, deitar abaixo o que eu levantei.
A bucha é dura, mais dura é a razão que a sustem, só nesta rusga não há lugar pr’ós filhos da mãe.
3. Bem me diziam, bem me avisavam como era a lei, na minha terra, quem trepa no coqueiro é o rei.
A bucha é dura, mais dura é a razão que a sustem, só nesta rusga não há lugar pr’ós filhos da mãe.

SAUDAÇÃO A BARCELOS
Barcelos, terra formosa, entre todas és a rainha; Foste o berço de cantores que em mil estrofes trovaram
Tens a graça primorosa que do céu nos avizinha! A harmonia dessas cores que nos prados se espalharam!

Exaltemos seus primores, suas riquezas louvemos. Beijos do sol da alegria, cantos de aves namoradas!
Terra de nossos amores suas belezas cantemos! Quantos poemas de harmonia, quantos enlevos de fadas!

Aquelas veigas ridentes suas fontes de Cristal! Nós choramos, nós cantamos a sombra dos salgueirais,
Criam os sonhos ardentes nas regiões do Ideal! Barcelos que nós amamos, à terra de nossos pais!
LEMBRANÇAS DO DOURO
A

Homens:
Barqueiro, deita a barca ao rio, deita a barca ao rio, vamos navegar. (2x)
Mulheres: Ai, amor, se a barca tomba, caio ao rio, não sei nadar! (2x)
B

Todos:
Barqueiro, deita a barca ao rio, deita a barca ao rio, vamos navegar. (2x)
Ai, amor, se a barca tomba, caio ao rio, não sei nadar! (2x) NADAR!
C
D Homens:
Menina não vá ao monte, olhe que andam lobos na serra. (2x)
Mulheres:
Eu tenho muito mais medo dos papo secos da minha terra. (2x)
F
Mulheres:
Olhá Maria Cavaca, / mulher de grande respeito, / já desceste no conceito
/ da gente da tua terra.
Homens:
………………………….Pimba…………………………………Pimba…………………………….
Pimba…………………………..Pimba

Mulheres:
Além Douro and’a guerra / andam aos tiros à gente. / Ganha-se lá bom dinheiro
/ mas o corpo’é que o sente.

Homens:
…………………….……….Pimba…………………………………Pimba…………………..………….
Pimba…………….……………..Pimba

G Todos: Ó……
Mulheres: Ó, ferreiro, guarda a filha, não a ponhas à janela, qu’anda aí um
sujeitinho que não tira os olhos dela.
Homens: Vai tu, vai tu, vai ela, vai tu pra terra dela (2x)
Mulheres: ………………….. vai ela………………………. dela…. (2x)
H
És do meu gosto, és da minha opinião, hei de amar-te, ó moreninha,
da raíz do coração (2x: 2ª vez com “terceirinhas”)
Mulheres: Ó, ferreiro, guarda a filha, não a ponhas ao portão, qu’anda aí um
sujeitinho que lhe quer deitar a mão.
Homens: Vai tu, vai tu, vai ela, vai tu pra terra dela (2x)
Mulheres: ………………….. vai ela………………………. dela…. (2x)

És do meu gosto, és da minha opinião, hei de amar-te ó moreninha,


da raíz do coração (2x: 2ª vez com “terceirinhas”)
J
Todos: Ó Senhora do Remédios, dos Remédios de Lamego,
Mulheres: todo o caminho fui bem, ………………………… só na barca tive medo.
Homens: ……………………………………. Trailaró laró laró ………………………………….
Trailaró laró laró.

Todos: A Senhora do Remédios, tem uma fita amarela,


Mulheres: que lha deram os soldados, ………………………… quando vieram da guerra.
Homens: ……………………………………. Trailaró laró laró ………………………………….
Trailaró laró laró.

L
No alto daquela serra, (2x) ‘stá um lenço, ‘stá um lenço de mil cores. (2x)
A dizer adeus adeus, (2x) viva quem, viva quem não tem amores. (2x)
N
Oh que lindos olhos tem a padeirinha, nem parece andar ao pó da farinha.
Oh que lindos olhos tem o meu amor, nem parece estar no forno ao calor.
P
Fui ao rio p’ra te ver, à fonte pra te falar;
Nem no rio nem na fonte eu te pude encontrar (2x)
Q
Ai!
R Todos:
Barqueiro, deita a barca ao rio, deita a barca ao rio, vamos navegar. (2x)
Ai, amor, se a barca tomba, caio ao rio, não sei nadar! (2x)
S
Barqueiro, deita a barca ao rio…
Barqueiro, deita a barca ao rio…
Barqueiro, Barqueiro, Barqueiro!
CANÇÕES DA TRADIÇÃO
Notas: Homens / Mulheres

Ó Malhão, Malhão, que vid'é a tua? (2x) Comer ir beber, ai-tirimtimtim, passear na rua (2x)
Ó Malhão, Malhão, quem te deu as meias? (2x) Foi um caixeirinho, ai-tirimtimtim, das pernas feias (2x)
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Notas: Homens / Mulheres
H: Menina estás à janela com teu cabelo à lua, não me vou daqui embora sem levar uma prenda tua, sem levar,

TODOS: …. uma prenda dela com o teu cabelo à lua menina ‘stás à janela.
M: Os olhos requerem olhos, os corações, corações, e os meus requerem os teus em todas ocasiões.
TODOS: Gosto muito dos teus olhos mas ainda mais dos meus, se não foram os meus olhos como iria ver os
teus.

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Mulheres: Meninas, vamos ao vira, Ai, que o vira é coisa boa! (2x)
Eu já vi dançar o vira, Ai, às meninas de Lisboa! (2x)
Homens: O Vira, que vira, e torn’ a virar, as voltas do Vira são boas de dar.
O Vira, que vira, o Vira virou, as voltas do Vira sou eu quem as dou. Virou!
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TODOS:
Ao passar a ribeirinha pus o pé molhei a meia, pus o pé molhei a meia, pus o pé molhei a meia.
Namorei em minha terra fui casar em terr' alheia fui casar em terr' alheia porque não fiquei na minha.
Fui casar em terr'alheia minha mãe não me ralhou minha mãe já não se lembra do tempo que já passou.
Do tempo que já passou do tempo que já lá vai minha mãe já não se lembra quando na morou meu pai.
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TODOS:
Milho verde, milho verde, Ai, milho verde, milho verde, milho verde maçaroca.
À sombra do milho verde, Ai, à sombra do milho verde, namorei uma cachopa.
Milho verde, milho verde, Ai, milho verde, milho verde, milho verde miudinho
À sombra do milho verde, Ai, à sombra do milho verde, namorei um rapazinho
Milho verde, milho verde, Ai, milho verde, milho verde, milho verde folha larga
À sombra do milho verde, Ai, à sombra do milho verde, namorei uma casada.
Mondadeiras do meu milho, Ai mondadeiras do meu milho, Mondai o meu milho bem.
Não olhais para'o caminho, Ai, não olhais para'o ca minho, que'a merenda já lá vem…
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TODOS:
Ó Malhão, Malhão, quem te deu as botas? (2x) Foi um caixeirinho, ai-tirimtimtim, das perninhas tortas (2x)
Ó Malhão, Malhão, ó Margaridinha (2x) Eras do teu pai, ai-tirimtimtim, mas agor’és minha (2x)

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