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Tom:

Am

Am
Lisboa já tem sol mas cheira a lua,
E7
Quando nasce a madrugada sorrateira
E o primeiro eléctrico da rua
Dm E7 Am
Faz coro c'oa chinela da Ribeira.
Dm Am
Se chove, cheira a terra prometida,
E7 Am
Procissões têm cheiro a rosmaninho.
Dm Am
Na tasca da viela mais escondida,
E7 A
Cheira a iscas (com elas) e a vinho.

A
Um craveiro numa água furtada,
E7
Cheira bem, cheira a Lisboa!
Uma rosa a florir na tapada,
A
Cheira bem, cheira a Lisboa!
E7
A fragata que se ergue na proa,
A
A varina que teima em passar,
A7 D
Cheiram bem porque são de Lisboa,
A E7 A
Lisboa tem cheiro de flores e de mar!

Lisboa cheira aos cafés do Rossio,


E o fado cheira sempre a solidão,
Cheira a castanha assada, se está frio,
Cheira a fruta madura, quando é Verão.
Nos lábios tem o cheiro dum sorriso,
Manjerico tem o cheiro de cantigas,
E os rapazes perdem o juízo
Quando lhes dá o cheiro a raparigas.
Tom:
E

E
Óh rama, ó que linda rama,
A E
Óh rama da oliveira!
C#m F#m
O meu par é o mais lindo
B7 E
Que anda aqui na roda inteira!

E
Que anda aqui na roda inteira,
A E
Aqui e em qualquer lugar,
C#m F#m
Óh rama, que linda rama,
B7 E
Óh rama do olival!

Eu gosto muito de ouvir


Cantar a quem aprendeu.
Se houvera quem me ensinara,
Quem aprendia era eu!

Não m' invejo de quem tem


Parelhas, éguas e montes;
Só m' invejo de quem bebe
A água em todas as fontes.

Fui à fonte beber água,


Encontrei um ramo verde;
Quem o perdeu tinha amores,
Quem o achou tinha sede.

Debaixo da oliveira
Não se pode namorar;
A folha é miudinha,
Deixa passar o luar.
Tom:
D

Intro: D A D A D

D G
Deixem passar
D
Esta linda brincadeira,
A
Que a gente vamos bailar
D
Pr' a gentinha da Madeira! {Bis}

D A D A D (2x)

D A
Eu venho de lá tão longe,
D
ai eu venho de lá tão longe,
A
Venho sempre à beira-mar,
D
venho sempre à beira-mar.
A
Trago aqui estas "coibinhas",
D
trago aqui estas "coibinhas",
A
Pr' amanhã, pró seu jantar,
D
pr' amanhã, pró seu jantar.

Refrão (Bis)

D A D A D (2x)

A Madeira é um jardim,
a Madeira é um jardim,
No mundo não há igual,
no mundo não há igual.
Seus encantos não têm fim,
seus encantos não têm fim,
É vila de Portugal,
é vila de Portugal.

Refrão (Bis)

D A D A D (2x)
Tom:
A
(A) Ó malhão, malhão (E)

Que vida é a tua

Ó malhão, malhão

Que vida é a tua

Comer e beber

Ó trim tim tim

passear na rua

Ó malhão, malhão

Ó malhão vem ver

As ondas do mar

Ó trim tim tim

Aonde vão ter

Ó malhão, malhão

Ó malhão do norte

Quando o mar está bravo

Quando o mar está bravo

Faz a onda azul

Ó malhão, malhão

Ó malhão do Porto

Quem morreu morreu

Ó trim tim tim

Quem morreu está morto


TOM: A

Ó Rosa, arredonda a saia, A


Ó Rosa, arredonda-a bem! E7
Ó Rosa, arredonda a saia,
Olha a roda que ela tem! A

Olha a roda que ela tem,


Olha a roda que ela tinha!
Ó Rosa, arredonda a saia,
Que fique bem redondinha!

{Refrão}

A saia que traz vestida,


É bonita e bem feita,
Não é curta, nem comprida,
Não é larga, nem estreita.

{Refrão}
Tom: C

Olhos pretos são gentios,C


São gentios, são gentios da Guiné.G7 C
Ai da Guiné, por serem negros,F C
Da Guiné, por serem negros, gentios por não ter fé.G7 C {Bis}

Olhos pretos, cheios de ardor,


Ai quanto amor, diz à gente com o olhar.
Ai olhos pretos, do meu encanto,
Ai quanto pranto tu fizeste derramar.

Eu amei dois olhos pretos,


Que me foram, que me foram dois traidores.
Quem diz que é firme, que o preto é firme,
Ai quem diz que o preto é firme, entende pouco de amores.

Olhos pretos são cativos,


São cativos do império brasileiro.
Não há paixão ai, ai como a última,
Não há paixão como a última, nem amor como o primeiro.
Tom:
C

C G
Ponha aqui o seu pézinho,

Devagar, devagarinho
C
Se vai à Ribeira Grande,
G
Que eu tenho uma carta escrita,

Para ti cara bonita


D
Não tenho por quem a mande.

Eu nasci à sexta-feira
Com barbas e cabeleira
Mais parecia um anti-Cristo
Qu'inté o Sr. Padre Cura
Que é um homem de sabedura
Nunca tal havera visto.

Eu fui à Praia da Rocha


Sapato, meia e galocha
Ver se o mar estava manso,
Encontrei lá uma garoupa
Toda embrulhada em roupa
A dormir o seu descanso.

Eu fui de Lisboa a Sintra


A casa da tia Jacinta
P'ra me fazer uns calções,
Mas a pobre criatura
Esqueceu-se d' abertura
Para as minhas precisões.

Eu fui até Vila Franca


Escarchada numa tranca
À morte duma galinha,
O que ela tinha no papo
Sete cães e um macaco
E um soldado da Marinha.

Toda a moça que é bonita


Que ela chore, que ela grite
Nunca havera de nascer
É como a maçã madura
Na quinta do Padre Cura
Todos a querem comer.

Fui-me casar às capelas


Por ser manco das canelas
C'uma mulher sem nariz,
Esta gente das Fajãs
Já me deu os parabãs
P'lo casamento que fiz!
Tom:
C

(G) Como era linda com seu ar namoradeiro (Am)


(G)Até lhe chamavam menina das tranças pretas (D)
(E) Pelo Chiado caminhava o dia inteiro (Am)
(D) Apregoando raminhos de violetas (G)
(E) Pelo Chiado caminhava o dia inteiro (Am )
(D) Apregoando raminhos de violetas (G)
E as meninas de alta roda que passavam
Ficavam tristes ao olhar o seu cabelo
Quando ela olhava com vergonha o disfarçavam
E pouco a pouco todas deixaram crescê-lo
Passaram dias e as meninas do Chiado
Usavam tranças enfeitadas com violetas
Todas gostavam do seu novo penteado
E asim nasceu a moda das tranças pretas
De violeteira já ninguém hoje tem esperança
Deixou saudades foi-se embora e à tardinha
Está o Chiado recheado de mil tranças
Mas tranças pretas ninguém tem como ela as tinha

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