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HINOPORTUNA

TUNA ACADÉMICA DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE


VIANA DO CASTELO

CANCIONEIRO
2006/2007
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Indice:
Indice: ........................................................................................................................................... 1
Hinoportuna (hino à saudade)....................................................................................................... 2
Cantigas de maio .......................................................................................................................... 3
Havemos de ir a viana .................................................................................................................. 4
Maio Maduro Maio ........................................................................................................................ 5
As sete mulheres do Minho........................................................................................................... 6
Santa Luzia ................................................................................................................................... 7
Milho Verde .................................................................................................................................. 8
Loucos de Lisboa.......................................................................................................................... 9
Sonho meu ................................................................................................................................. 10
Outras musicas:
Menina estás a janela ................................................................................................................. 11
Tango do Bandido ...................................................................................................................... 12
Carraspana ................................................................................................................................. 13
Amores de estudante .................................................................................................................. 14
Serenata há meia-noite............................................................................................................... 15
Madalena .................................................................................................................................... 16
Yo sin ti ....................................................................................................................................... 17
Vira Do Vinho ............................................................................................................................. 18
Amélia dos Olhos Doces............................................................................................................. 19
Que amor não me engana .......................................................................................................... 20
Versos de amor .......................................................................................................................... 21
Encontro Às Dez ......................................................................................................................... 22
Sardinhada à Portuguesa ........................................................................................................... 23
Queda do Império ....................................................................................................................... 24
Capas Negras ............................................................................................................................. 25
À Meia Noite ao Luar .................................................................................................................. 26
Fado do Super Zé ....................................................................................................................... 27

1
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Hinoportuna (hino à saudade)


Sol
Hinoportuna de festa
Mi Lám
É paródia riso mocidade.
Ré Sol
Brincam guitarras com velhas cantigas Luzia cidade.
Mi
Sonhos encanto são Vozes soando
Lám
Acordes de emoção,
Dóm Sol
Nossas cantidas
Ré Sol
Belas raparigas são de coração.

(instrumental) Dóm – Sol – Ré – Solm


Dóm – Sol – Ré – Sol – Fá# – Sol

É uma cantida esta nossa vida


Um hino a saudade
Viver estudante
Momentos instantes
De uma mocidade
Sonhos encanto são Vozes soando
Acordes de emoção,
Nossas cantidas
Belas raparigas são de coração.

Guarda os segredos
Escritos a negro capa que tracei.
Levo a saudade
Menina cidade de amores que deixei.
Sonhos encanto são Vozes soando
Acordes de emoção,
Nossas cantidas
Belas raparigas são de coração.

Acordes:

Sol Mi Lám Ré Dóm

2
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Cantigas de maio
(José Afonso)

Eu fui ver a minha amada


Lá p'rós baixos dum jardim
Dei-lhe uma rosa encarnada
Para se lembrar de mim

Eu fui ver uma donzela


Numa barquinha a dormir
Dei-lhe uma colcha de seda
Para nela se cobrir

Eu fui ver a minha amada


Lá nos campos eu fui ver
Dei-lhe uma rosa encarnada
Para de mim se prender

Verdes prados, verdes campos


Onde está minha paixão
As andorinhas não param
Umas voltam outras não

Minha mãe quando eu morrer


Ai chore por quem muito amargou
Para então dizer ao mundo
Ai Deus mo deu Ai Deus mo levou

3
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Havemos de ir a viana
(Pedro Homem de Mello)

Introdução:
Fá-Dó-Sol-Dó7

Dó Lá7 Rém
Entre sombras misteriosas
Sol Sol7 Do
em rompendo ao longe estrelas
Lá7 Rém
trocaremos nossas rosas
Sol/Sol7 Dó
para depois esquecê-las.

Refrão:

Dó Lá7
Se o meu sangue não me engana
Rém
como engana a fantasia
La7 Rém
havemos de ir a Viana
Sol/Sol7 Dó
ó meu amor de algum dia
Dó Dó7 Fá
ó meu amor de algum dia
Sol/Sol7 Dó
havemos de ir a Viana
La7 Rem
se o meu sangue não me engana
Sol Sol7 Dó
havemos de ir a Viana.

Partamos de flor ao peito


que o amor é como o vento
quem pára perde-lhe o jeito
e morre a todo o momento.

Refrão

Ciganos, verdes ciganos


deixai-me com esta crença
os pecados têm vinte anos
os remorços têm oitenta.

Refrão

4
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Maio Maduro Maio


(José Afonso)

Ré9
Maio maduro Maio
Dó9
Quem te pintou
Ré9
Quem te quebrou o encanto
Dó9
Nunca te amou
Ré9 Sim Mim
Raiava o sol já no sul

Sim/ Mim/ Sol/ Ré9

Ré9 Dó9
E uma falua vinha
Ré9
Lá de Istambul.

Sempre depois da sesta


Chamando as flores
Era o dia da festa
Maio de amores
Era o dia de cantar
E uma falua andava
Ao longe a varar.

Maio com meu amigo


Quem dera já
Sempre no mês do trigo
Se cantará
Qu'importa a fúria do mar
Que a voz não te esmoreça
Vamos lutar

Numa rua comprida


El rei-pastor
Vende o soro da vida
Que mata a dor
Anda ver, Maio nasceu
Que a voz não te esmoreça
A turba rompeu.

Ré9 Dó9 Sim Mim Sol Mi Lá

5
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

As sete mulheres do Minho


(Tradicional do minho)

Intro( Re, la)

Ré la
As sete mulheres do Minho
Sol la
Mulheres de grande valor
Re la
Armadas de fuso e roca
Sol la
Correram com o regedor.

Essa mulher lá do Minho


Que da foice fez espada
Há-de ter na lusa história
Uma página doirada.

Re la variação ( mi si7)
Viva a Maria da Fonte x2
La si7
Com as pistolas na mão
Mi si7
Para matar os Cabrais
La si7
Que são falsos à nação.

6
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Santa Luzia
Intro ( la mi) x 4

Lam rem
Hei de cantar com paixão
Mi lam
Viana linda princesa
Lam mi
A quem dei o coração
lam
Num acto de gentileza
rem
E com minha alma a vibrar
Mi lam
Num roubo de melodias
mi
Engrandecer a cantar

A cidade o rio e o mar


Lam La
O monte de Sta. Luzia

Refrão:

la
Sta. Luzia
Tem encantos de magia
mi
Com beleza sem igual
Linda Viana
Formosura de tricana
La
Num sorriso Virginal

Instrumental
La mi x4

Viana guarda em segredo


As noites de melodia
Amores que embalei no negro
Junto da doce Luzia
Viana com coração
Palpita com alegria
Engrandecer a cantar
A cidade o rio o mar
O monte Santa Luzia.

Sta. Luzia
Tem encantos de magia
Com beleza sem igual
Linda Viana
Formosura de tricana
Num sorriso Virginal

7
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Milho Verde
(José Afonso)

Milho verde, milho verde


Milho verde maçaroca
À sombra do milho verde
Namorei uma cachopa

Milho verde, milho verde


Milho verde miudinho
À sombra do milho verde
Namorei um rapazinho

Milho verde, milho verde


Milho verde folha larga
À sombra do milho verde
Namorei uma casada

Mondadeiras do meu milho


Mondai o meu milho bem
Não olhais para o caminho
Que a merenda já lá vem

Sol Dó Ré

8
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Loucos de Lisboa
(Ala dos Namorados)

intro: re9, do9, sol, la


re sol
Parava no café quando eu lá estava
Re la
Na voz tinha o talento dos pedintes
Re mi
Entre um cigarro e outro lá cravava a bica,
La sol re
Ao melhor dos seus ouvintes

As mãos e o olhar da mesma cor


Cinzenta como a roupa que trazia
Num gesto que podia ser de amor sorria,
E ao partir agradecia.

Refrão:
Re sol
São os loucos de Lisboa
re
Que nos fazem recordar
Mi
A Terra gira ao contrário
La sol re
E os rios correm para o mar

Um dia numa sala do quarteto


Passou um filme lá do hospital
Onde o esquecido filmado no gueto entrava
Como artista principal

Compramos a entrada p'ra sessão


Pra ver tal personagem no écran
O rosto maltratado era a razão
De ele não aparecer pela manhã

refrão

Mudamos muita vez de calendário


Como o café mudou de freguesia
Deixamos de tributo a quem lá pára um louco
A fazer-lhe companhia.

E sempre a mesma posse o mesmo olhar


De quem não mede os dias que vagueam
Sentado la continua a cravar beijinhos
As meninas que passeiam.

9
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Sonho meu
Corou essa lua
Que brilha no céu
Por ser testemunha
De um beijo teu

Teus olhos disseram


O que a voz escondeu
Despertar de um amor que adormeceu

Sonho meu
Que a alma guardou
E a noite escondeu
De flores o sabor
Momentos de amor
Que me deu

E ao ver-te é um sonho
Que não quero acordar
Na ilusão de o teu sim escutar

10
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Menina estás a janela


Sol
Menina estás à janela
Lá Fá#m
Com o teu cabelo à lua
Sim Mim
Não me vou daqui embora
Lá Ré Rém
Sem levar uma prenda tua.

Sem levar uma prenda tua


Sem levar uma prenda dela
Com o teu cabelo à lua
Menina estás à janela.

Os olhos requerem olhos


E os corações, corações
E os meus requerem os teus
Em todas as ocasiões

Sol Lá Fá#m Sim Mim Ré Ré7

11
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Tango do Bandido
(Antunia)

Se tens a vida destroçada


Sem o whisky não és nada
Se a tua namorada te trata abaixo de cão
Se o dinheiro para os cigarros
Conseguiste a arrumar carros
Se o clube do teu bairro
Vai descer de divisão

Se és no mínimo cretino
Se falhares é o teu destino
Dos otários és o rei
Temos solução para os teus anseios
Olha o fim
Esquece os meios
Torna-te um fora da lei

Se és ignóbil ao volante
Se atropelaste um restaurante
Se agora a tua amante te quer em tribunal
Porque o sangue do "garçon"
Suja o casaco de vison
Em que tinhas gasto todo
o teu subsídio de natal

12
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Carraspana
Estava uma Noite Linda
Mas eu estava à Rasca
Tinha a Garganta Seca
Precisava de ir à Tasca
Lá encontrei o que Queria
Numa ruela Afastada
Sentei-me lá numa Mesa
E pedi uma Rodada

Já não sei como Apanhei


Semelhante Carraspana
Vou continuar a beber
Ao quartilho em Viana
Estava sentado num Banco
A ver o tempo Passar
Quando se foi tudo Embora
Nem consegui Levantar
Estava perdido na Rua
A contar as pedras do Chão
A cabeça era um Circo
Estômago a Revolução
Já não sei como Apanhei
Semelhante Carraspana
Vou continuar a beber
Ao quartilho em Viana

Até que encontrei a Porta


Da minha casa Antiguinha
Mas por obra do Demónio
Acordei na minha Vizinha

Já não sei como Apanhei


Semelhante Carraspana
Vou continuar a beber
Ao quartilho em Viana Bis

13
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Amores de estudante
(Hino academico)

São como as rosas de um dia,


Os amores de um estudante
Que o vento logo levou.
Pétalas emurchecidas
Deixam no ar um perfume,
De um sonho que se sonhou.
Capas negras de estudante,
São como asas de andorinha
Enquanto dura o Verão.
Palpitam sonhos distantes,
Alinhados nos beirais
No palácio da ilusão.

Quero
Ficar sempre estudante,
P'ra eternizar
A ilusão de um instante.
E sendo assim,
O meu sonho de Amor
Será sempre rezado,
Baixinho dentro de mim.
Os amores de um estudante
São frágeis ondas do mar,
Que os ventos logo varreram.
Pairam na vida um instante
Logo descem, depois morrem
Mal se sabe se nasceram.

Mocidade, Oh! Mocidade,


Louca, ingénua e generosa
E faminta de ilusão
Que nunca sabe os motivos
De quanto queira o capricho
Ou lhe diga o coração.

14
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Serenata há meia-noite
(Antunia)

Eu hei-de ir p’ra cantar


Ao juntar os dois ponteiros
Doze sons hão-de soar
Doze serão os primeiros.

Trago uma rosa encarnada


Que colhi no meu jardim
Um rosa envergonhada
Diante beleza assim

As palavras que trocamos ao ouvido


Morrem lentas no meu coração ferido
Da metade que ainda resta do meu peito
Dá metade que te dou para ser eleito

Meu amor p’ra te encantar


Cantarei p’la noite fora
Com a benção do luar
E a censura da aurora.

15
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Madalena
(Popular Brasileira)

Introdução: Solm-Rém-Lá#-Lá-Rém-Ré7

Rém Solm
Chorar, como eu chorava
Lá Rém
Ninguém pode chorar
Ré7 Solm
Amar, como eu amava
Lá Rém
Ninguém deve amar
Ré7
La, la, la, la, la, la, la, la, la, la
Solm Dó
Chorava que dava pena

Por amor da Madalena
Rém Solm
Mas ela me abandonou
E assim murchou
Rém
Em meu jardim
Lá#- Lá- Rém -Ré7
Essa linda flôr

Solm-Rém-Lá#-Lá-Rém-Ré7
La, la, la, la

Solm Dó
E Madalena foi

Como um anjo salvador
Lá Rém-Ré7
Que eu adorava com fé
Solm Dó
Um barco sem timão

Perdido em alto mar
Lá Rém-Ré7
Sou, Madalena, sem ti, amor!

Solm-Rém-Lá#-Lá-Rém-Ré7
La, la, la, la

16
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Yo sin ti
(Tuna de Segreles)

Cada vez, que estoy a solas


Triste estoy y me doy cuenta
Que sin ti, no hay ilusión de amor
Veo el mar, de imensas holas
Veo un sin fin, lleno de estrellas
Que sin ti, pierden su intensidad (oh, oh, oh, oh)
Faltas tu, a cada instante, en la luz del sol brillante
Yo sin ti, no volveré a sonrir, como antes

Por favor (Vén a mi)


Vén que te estraño (Vén por favor)
Vén a mi, toma mis manos (No)
No me dejes tu, morir de amor (Morir de amor)

Cada vez, que estoy a solas


Triste estoy y me doy cuenta
Que sin ti, no hay ilusión de amor
Veo el mar, de imensas holas
Veo un sin fin, lleno de estrellas
Que sin ti, pierden su intensidad (oh, oh, oh, oh)
Faltas tu, a cada instante, en la luz del sol brillante
Yo sin ti, no volveré a sonrir, como antes

17
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Vira Do Vinho
Do sol
Quem quiser que eu cante bem
do
Dê-me uma pinga de vinho
Fa do
Que o vinho é coisa boa
Fa sol
Faz o cantar delgadinho
Fa do
Que o vinho é coisa boa
Sol do
Faz o cantar delgadinho

Refrão:

Olh’ó verdinho

Ó Sr. Manel
sol
Encha o copinho
do
Do seu tonel

Quem quiser que eu cante bem


Dê-me vinho ou dinheiro ( Bis )
Que esta minha gargantinha
Não é fole de ferreiro ( Bis )

Olh’ó verdinho
Ó Sr. Manel
Encha o copinho
Do seu tonel

Para cantar dói-me um dente


Para dançar uma perna (Bis)
Pra beber copos de vinho
Valha-me a santa taberna (Bis)

18
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Amélia dos Olhos Doces


Amélia dos olhos doces
Quem é que te trouxe grávida de esperança
Um gosto de flôr na boca
Na pele e na roupa perfumes de França

Cabelos côr de viu va


Cabelos de chuva, sapato de tiras e pões
Quantas vezes não queres e não amas
Os homens que dormem
Os homens que dormem contigo na cama

Amélia dos olhos doces


Quem dera que fosses apenas mulher
Amélia dos olhos doces
Se ao menos tivesses direito a viver

Cabelos côr de viu va


Cabelos de chuva, sapato de tiras e pões
Quantas vezes não queres e não amas
Os homens que dormem
Os homens que dormem contigo na cama
Amélia gaivota, amante, Poeta, rosa de café
Amélia gaiata, do bairro da lata
Do cais do sodré

Tens um nome de navio


Teu corpo é um rio
Onde a sede corre
Olhos doces, quem diria
Que o amor nascia onde a manhã morre

Cabelos côr de viu va


Cabelos de chuva, sapato de tiras e pões
Quantas vezes não queres e não amas
Os homens que dormem
Os homens que dormem contigo na cama

Amélia gaivota, amante,


Poeta, rosa de café
Amélia gaiata, do bairro da lapa
Do cais do sodré

19
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Que amor não me engana


Rém Dó Rém
Que amor não me engana
Rém Dó Rém
com sua brandura
Solm Lám
se da antiga chama
Rém Dó Rém
mal vive a amargura

Duma chama negra


duma pedra fria
que amor não se entrega
na noite vazia?

Refrão:
Rém Dó Sol
E as vozes embarcam
Rém Dó Sol
num silêncio aflito
Solm Lám
quanto mais se apartam
Rém Dó Rém
mais se ouve o seu grito

Muito à flôr das águas


noite marinheira
vem devagarinho
para a minha beira

Em novas coutadas
junto de uma hera
nascem flores vermelhas
pela Primavera

Assim tu souberas
irmã cotovia
dizer-me se esperas
pelo nascer do dia

Refrão

Rém Dó Solm Lám Sol

20
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Versos de amor
Às onze e meia, saiu prá rua
Com o seu fato domingueiro
Dormindo aldeia, brilhando a lua
Num céu de estrelas conselheiro
Coração quente, timidamente
E à sua porta então chamou
E abriu-se a janela
E só pra ela triste cantou

Versos de amor
Lindos esses versos de amor
Que fizera em segredo
a sonhar quase a medo
vivendo essa dor
A sua vida por uns versos de amor
Lindos esses versos de amor
A mais terna amargura
o silencio murmura
uma historia de amor

A noite imensa foi mais rainha


quando uma lágrima caiu
Na recompensa de o amor que tinha ela também corou sorriu
Foi tão bonito tinham lhe dito
que amar às vezes faz doer
mas a dor que sentia não lhe doía dava prazer

Versos de amor
Lindos esses versos de amor
Que fizera em segredo
a sonhar quase a medo
vivendo essa dor
A sua vida por uns versos de amor
Lindos esses versos de amor
A mais terna amargura
o silencio murmura
uma historia de amor

21
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Encontro Às Dez
Às dez,
como te pedi,
esperarei por ti,
tu não faltarás
Virás, e depois talvez
pela primeira vez,
tu me beijarás.
Às dez, espero por ti,
quando a luz do luar
nos espreitar de rua em rua,
Às dez,
tu, eu e a lua,
tu o amor e eu.

22
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Sardinhada à Portuguesa
Estava a assar sardinhas com o lume a arder
Queimei a pilinha sem ninguém saber
Se fosse outra coisa eu não me importava
Mas era a pilinha que eu tanto estimava

Quando eu era pequeninho


Minha mãe disse vai vai
Vai depressa assar sardinhas
Para o jantar do teu pai Bis Refrão

Menina da saia curta


Andas aí a dançar
Eu não quero a pilinha
Para contigo casar Bis Refrão

Passei-lhe a mão pelas pernas


Para as comparar com as minhas
Ela disse ó sequined
Vai mas é assar sardinhas Bis Refrão

Oh filha não digas isso


Entala lá a sardinha
Se queres ver um sequined
Olha pra minha pilinha Bis Refrão

São Gonçalo de Amarante


Tu pra mim foste um ladrão
Das três pernas que me destes
só duas chegam ao chão Bis Refrão

Tia Maria mamuda


Ai foi comprar duas camas
Uma pra se deitar nela
Outra pra deitar as mamas Bis Refrão

As muidas lá do meu bairro


Puseram uma tabuleta
Quem tem dinheiro é que fode
Quem não tem toca à punheta Bis Refrão

As miúdas lá do meu bairro


Já não vão lá pra piscina
Porque dizem que lá anda
Uma pissa submarina Bis Refrão

23
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Queda do Império
Perguntei ao Vento
Onde foi Encontrar
Mago sopro Encanto
Nau da Vela em Cruz

Foi nas Ondas do Mar


Do Mundo Inteiro
Terras de Perdição
Parco Império mil Almas
Por pau de canela e Marzagão

Pátria de Negreiros
Tira e foge à Morte
Que a sorte é de Quem
A terra Amou
E no peito Guardou
Cheiro a mata Eterna
Laranja Luanda sempre em Flor

Refrão

24
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Capas Negras
(Música - Armindo Maia / Letra - Fausto Feio)

Capas Negras são o simbolo do amor


Gosto delas porque exprimem minha dor
Velhas, ainda têm a mesma côr
Negras, elas guardam meu amor.
Velhas, ainda têm a mesma côr
Negras, elas guardam meu amor.

Refrão

As nossas capas, são negras como andorinhas


São negras, negras mas tão rotas e velhinhas
Soltas ao vento, as nossas capas pretinhas
Voando leves, mais leves do que andorinhas.

Sombras negras numa noite de luar


Escondem peitos, corações a palpitar
Elas, soltas ao vento a voar
Capas nunca mais hão de acabar.

25
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À Meia Noite ao Luar


(Estudantina de Coimbra)

Á meia-noite ao luar
Vai pelas ruas a cantar
Um boémio sonhador.
E a recatada donzela
De mansinho abre a janela
À doce canção de amor.

Ai como é belo à luz da lua


Ouvir-se um fado em plena rua
E o cantador apaixonado
Trinando as cordas a cantar o fado.

Dão as doze badaladas


E ao ouvir as guitarradas
Surge o luar que é de prata.

E a recatada donzela
De mansinho abre a janela
Vem ouvir a serenata.

Refrão

26
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Fado do Super Zé
Ré Lá
É d’um rapaz a história que eu vou contar

Fez directa p’ra estudar nas vésperas de um exame

Não acordou e o atraso foi brutal

Chegou tarde, o que é normal por muito que a mãe reclame
Fá# sim
Isto são horas perguntou-lhe o doutor
Lá Ré
Conhecido p’lo rigor e pelo seu tom altivo
Sol Ré
Com toda a calma respondeu que estava escrito.
Lá Ré
Einstein tinha dito que o tempo é relativo. (bis)

Refrão:
Lá Ré
Toma cuidado Zé, não te atrapalhes
Lá Ré
Tens um passado histórico a honrar
Sol Ré
Todos sabemos que esta vida está agreste
Lá Ré
Mas o Português é mestre na arte de desenrascar (bis)
Fá#, sim, Lá, Ré, Sol, Ré, Lá, Ré, Sol, Ré, Lá, Ré
Ohh, ohh...

Mas nesse dia estava em maré de azar Ele engasgou-se, mas com todo o seu
Aconteceu a desgraça carisma
O assistente já se tinha apercebido Respondeu-he com um sofisma
E perguntou-lhe ofendido Mas que lindo dia está
Afinal o que se passa
Quis saber logo p’ra que era o papelinho Refrão
Muito bem enroladinho
Do tamanho de um cigarro Mas nesse dia tudo estava p’lo pior
E o nosso Zé com toda a calma deste mundo Um azar num vem só
Respondeu com ar profundo E a tragédia aconteceu
“Ó doutor é só um charro!” Tinha marcado um rendez-vous com a
namorada
Refrão Mas com a cabeça marada
Até isso ele esqueceu
Mas o doutor não quis comer aquela história Ela ligou-lhe e deu-lhe um belo d’um sermão
E disse-lhe com ar de glória E quis saber a razão
tem o exame anulado P’ró que estava a acontecer
E José lixado com isto tudo Ele não gostou e perdeu as estribeiras
Deu por mal empregue o estudo Respondeu sem maneiras
E foi p’ra casa chateado Porque é que não vais comer
O pai ao vê-lo assim tão entristecido Comer aonde?
Quis saber o sucedido No restaurante, na cantina, ou na messe
Com uma cara muito má Come aonde te apetece
Que eu tenho mais do que fazer

27
Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

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