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Elasticidades da procura e
da oferta. Aplicações.
Slides marcados com estão fora do âmbito do programa da licenciatura
em Finanças
Microeconomia 1
A elasticidade como medida
• A elasticidade é uma medida da variação
percentual de uma variável como resposta à
variação percentual de outra.
P 𝑄𝐷 = 100 − 5𝑃
25 50 75 100 Q
4
Elasticidade Preço-Directa
∆𝑄𝐷
∆%𝑄𝐷 𝑞 ∆𝑄𝐷 𝑝
𝜀𝐷 = = =
∆%𝑃 ∆𝑃 ∆𝑃 𝑞
𝑝
Neste caso
𝑄𝐷 = 100 − 5𝑃 ⇒ ∆𝑄𝐷 = −5∆𝑃
Logo
∆𝑄𝐷
= −5
∆𝑃
Microeconomia 5
Elasticidade Preço-Directa
Quando P=15, Q=25
Logo,
∆𝑄
∆%𝑄 𝑞 ∆𝑄 𝑝 15
𝜀𝐷 = = = = −5 × = −3
∆%𝑃 ∆𝑃 ∆𝑃 𝑞 25
𝑝
Quando P=15, se o preço aumentar 1%, a quantidade
procurada reduz-se 3%. Como 𝜀 > 1, diz-se que,
neste ponto, a procura é elástica.
Microeconomia 6
Elasticidade Preço-Directa
Quando P=5, Q=75
Logo,
∆𝑄
∆%𝑄 𝑞 ∆𝑄 𝑝 5
𝜀𝐷 = = = = −5 × = −0,33
∆%𝑃 ∆𝑃 ∆𝑃 𝑞 75
𝑝
Quando P=5, se o preço aumentar 1%, a quantidade
procurada reduz-se 0,33%. Como 𝜀 < 1, diz-se que,
neste ponto, a procura é inelástica ou rígida.
Microeconomia 7
Elasticidade da Procura
P 𝑄𝐷 = 100 − 5𝑃
Ao longo de uma
procura linear, a
elasticidade vai-se
𝜀𝐷 > 1
20 alterando…
𝜀𝐷 = 1
15
𝜀𝐷 < 1
10
5
25 50 75 100 Q
8
Elasticidade Preço-Directa
Quando maior 𝜀𝐷 mais o consumidor é
sensível às variações de preço:
– Se é muito sensível, então a procura é elástica e a
quantidade reage de forma mais do que
proporcional em relação à variação de preço.
Microeconomia 12
Casos extremos
P P
D
D
P0
𝜀𝐷 = 0 𝜀𝐷 = ∞
Q0 Q Q
P
P D
𝜀𝐷 = 0,3 𝜀𝐷 = 3,7
Procura rígida D Procura elástica
1,1
0,9
80 85 95 205
Q Q
Microeconomia 14
Linguagem: interpretar e classificar
15
Elasticidade Preço-Directa
A elasticidade preço-directa da procura tem uma
relação directa com a variação na despesa de
consumo quando se altera um preço.
P 𝑄𝐷 = 100 − 5𝑃
Se P=€12, a despesa é:
€480 = B+C
20 Se P=€16, a despesa é:
€320 = A+B
16
A
12 Por que razão desceu a
despesa se o preço
B C aumentou?
20 40 100 Q
17
Elasticidade da Procura
P 𝑄𝐷 = 100 − 5𝑃
Se P=€4, a despesa é:
€320 = B+C
20 Se P=€8, a despesa é:
€480 = A+B
18
Elasticidade e Despesa de Consumo
𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎 = 𝑃 × 𝑄
∆𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎 = ∆𝑃 × 𝑄 + 𝑃 × ∆𝑄
Efeito preço Efeito quantidade
(área A) (área C)
Se a despesa aumenta:
∆𝑃 × 𝑄 + 𝑃 × ∆𝑄 > 0 ⟺ 𝑃 × ∆𝑄 > −∆𝑃 × 𝑄
𝑃∆𝑄 ∆𝑄 𝑃
⇔ > −1 ⇔ > −1 ⇔ 𝜀 < 1
𝑄∆𝑃 ∆𝑃 𝑄
Microeconomia 19
Elasticidade e Despesa
• Então:
– Numa zona em que a procura é elástica, 𝜀𝐷 > 1 um
aumento de preço significa uma redução da despesa
(predomina o efeito da redução da quantidade)
Microeconomia 20
Outras Elasticidades da Procura
Elasticidade procura-preço cruzada
∆𝑄𝑥
∆%𝑄𝑥 𝑞𝑥 ∆𝑄𝑥 𝑃𝑦 ∆𝑄𝑥 𝑃𝑦
𝜀𝑥,𝑦 = = = =
∆%𝑃𝑦 ∆𝑃𝑦 𝑞𝑥 ∆𝑃𝑦 ∆𝑃𝑦 𝑞𝑥
𝑃𝑦
∆𝑄
∆%𝑄 𝑞 ∆𝑄 𝑤
𝜂= = =
∆%𝑊 ∆𝑊 ∆𝑊 𝑞
𝑤
22
Elasticidade Preço da Oferta
Microeconomia 23
Casos extremos
P P
S
S
P0
𝜀𝑆 = 0 𝜀𝑆 = ∞
Q0 Q Q
• Capacidade produtiva:
• A oferta de transporte aéreo é infinitamente elástica
até se esgotarem os lugares na aeronave, após o que se
torna totalmente rígida.
25
Factores que influenciam a
elasticidade preço da oferta…
• Período de tempo: quanto maior o período de
tempo mais fácil se torna aos produtores o
redireccionamento dos factores produtivos e a
elasticidade da oferta aumenta
S0
D1 • A curto prazo, uma expansão da procura de
P S1 viagens para um destino em que os aviões
D0 estão sempre cheios só terá um efeito de
aumento de preços: apenas os
S2
consumidores com maior disponibilidade a
pagar poderão viajar… a longo prazo, podem
planear-se mais voos para satisfazer a
procura, podendo o preço descer.
0
Q 26
3.A.2. Impostos Indirectos
27
Impostos Indirectos
• O lançamento de um imposto faz com que o preço
que o consumidor paga seja diferente do preço que o
produtor recebe numa transacção, ou seja:
𝑃𝑑 = 𝑃𝑠 + imposto
𝑄𝐷 = 𝑓 𝑃𝑑
𝑄𝑆 = 𝑓 𝑃𝑠
𝑄𝐷 = 𝑄𝑆
𝑃𝑑 = 𝑃𝑆 + 𝐼
𝐼 = 𝑡𝑃𝑆
29
Impostos Indirectos
(imposto específico)
Distorção provocada
A pelo imposto
PD
S
ID
B C
P*
IS F E
PS
H
D
QI Q* Q
30
Incidência Económica
Quanto maior a elasticidade da procura (em módulo) relativamente à da
oferta, maior será a distorção da quantidade transaccionada induzida pelo
imposto (e, portanto, maior a perda de excedente económico).
𝜀𝐷 𝐼𝑆
=
𝜀𝑆 𝐼𝐷
31
Impostos Indirectos
A perda excedente económico (perda pura) é tanto menor quanto
menor a elasticidade de um dos lados do mercado e, portanto,
menor a distância entre Q* e QI
A S
PD
ID B C
𝜀𝑆 < 𝜀𝐷
P*
F E
IS
PS
H
D
32
QI Q* Q
Impostos Indirectos
A perda excedente económico (perda pura) é tanto maior quanto
maior a elasticidade de um dos lados do mercado e, portanto,
maior a distância entre Q* e QI
P
𝜀𝑆 > 𝜀𝐷
QI Q* Q
Impostos Indirectos
Um imposto indirecto sem distorções (e portanto sem perda pura)
só é possível se um dos lados do mercado tiver elasticidade nula…
P 𝜀𝐷 = 0
D
ID
B S
P*=PS
H
IS =0
34
Q* = QI Q
Impostos Indirectos
(ad valorem à taxa t)
S’ (oferta com distorção)
P
A S
PD
ID B C
P*
E
IS F
PS
H
a.t
D
a
QI Q* Q
35
Subsídios
A perda excedente económico (perda pura, C+E), neste caso, é
parte da despesa fiscal (B+G+C+F+J+E) que não é apropriada
nem pelos consumidores (excedente A+B+F+J) nem pelos
produtores (excedente H+F+B+G)
S
PS A
G
IS S’ (oferta com distorção)
B C
P*
E
ID F J
PD
H
D
36
Q* QI Q
3.A.3.Controlo de Preços - Pmax
Microeconomia 37
Preços Máximos
O mercado fica equilibrado?
Qual a alteração ao excedente do
consumidor? Continua a ter o mesmo
P
significado?
Qual a alteração no excedente do
produtor?
S
A B
P*
E
C
Pmax
F
QS Q* QD Q
38
Preços Máximos: reflexão…
39
Controlo de Preços - Pmin
A S
Pmin
C B
P*
E
F
QD Q* QS Q
41
Preços Mínimos: reflexão…
1. Serão os consumidores que mais valorizam o bem aqueles
que o conseguem consumir?