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máximo que se pode dizer é que se tratava de um coelho muito

branco.
EEEI PROF. OLÍMPIO CATÃO Por isso tudo é que ninguém nunca imaginou que ele pudesse ter
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA -1º BIMESTRE algumas ideias. Veja bem: eu nem disse “muitas ideias”, só disse
Língua portuguesa “algumas”. Pois olhe, nem de algumas achavam ele capaz.
Profª Ivonete Tavares Ramos A coisa especial que acontecia com aquele coelho era também
Data: ______/_______/2017 especial com todos os coelhos do mundo. É que ele pensava essas
NOME______________________________Nº:____7º ANO _____ algumas ideias com o nariz dele. O jeito de pensar as ideias dele era
GABARITO mexendo bem depressa o nariz. Tanto franzia e desfranzia o nariz
1 5 9 13 17 21 que o nariz vivia cor-de-rosa. Quem olhasse podia achar que
pensava sem parar. Não é verdade. Só o nariz dele é que era rápido,
2 6 10 14 18 22 a cabeça não. E para conseguir cheirar uma só ideia, precisava
3 7 11 15 19 23 franzir quinze mil vezes o nariz.
4 8 12 16 20 24 Pois bem. Um dia o nariz de Joãozinho ─ era assim que se chamava
esse coelho - um dia o nariz de Joãozinho conseguiu farejar uma
H- RECONHECER O SENTIDO DECORRENTE DA PONTUAÇÃO
coisa tão maravilhosa que ele ficou bobo. De pura alegria, seu
Questão 1
coração bateu tão depressa como se ele tivesse engolido muitas
Leia o texto e responda a questão .
borboletas. Joãozinho disse para ele mesmo:
O queijo e a lua
─ Puxa, eu não passo de um coelho branco, mas acabo de cheirar
Diléa Frate
uma ideia tão boa que até parece de menino!
O queijo e a lua se encontraram numa noite escura, quando a lua
O travessão usado em “Um dia o nariz de Joãozinho ─ era assim que
parecia um pedaço de queijo e o queijo parecia uma lua cheia. Ao
se chamava esse coelho ─ um dia o nariz de Joãozinho conseguiu
olhar para o queijo pensou: “Nós nos completamos”. Mas aí alguém
farejar uma coisa tão maravilhosa que ele ficou bobo” indica
chegou perto do queijo e nhoct!, tirou um pedaço! A lua não gostou
(A) um novo diálogo.
daquela intimidade: estava com ciúmes! Apaixonada pelo pedaço
(B) uma explicação.
de queijo, ela foi mudando. Quanto mais o tempo passava, ela
(C) um pensamento.
assumia a forma dele e ele a forma dela: a lua ia ficando gordinha,
(D) uma enumeração.
e o queijo... fininho! O tempo passou, até que a lua cheia chegou e
H-RECONHECER OS ELEMENTO DA NARRATIVA
iluminou a última fatia do queijo. Naquela noite, ela não resistiu,
A mulher e a galinha
olhou para ele com paixão, e nhoct!, devorou-o, lambendo os
beiços. No dia seguinte, a dona da casa onde morava o queijo
Questão 4
comprou uma ratoeira. A lua riu que riu, esperando pelo próximo
Esopo
queijo.
Uma viúva tinha uma galinha que punha um ovo por dia. Imaginando
Os dois-pontos utilizados em “Quanto mais o tempo passava, ela
que, se desse à galinha mais cevada2, ela poria dois ovos por dia,
assumia a forma dele e ele a forma dela: a lua ia ficando gordinha, e
passou a fazer
o queijo... fininho!”
isso. Mas a galinha ficou gorda e já não podia botar nem mesmo um
indicam uma
ovo por dia.
(A) enumeração.
A moral dessa fábula é:
(B) citação.
(A) Nada é tão perfeito que não possa ser criticado.
(C) explicação.
(B) Quem tem cabeça oca, alegra-se com qualquer coisa.
(D) dúvida.
(C) A insistência é útil para os momentos incertos.
(D) Os que muito querem, perdem até o que já têm.
Questão 2
Leia o trecho retirado do romance O caneco de prata para responder
Questão 5
a questão .
Esse Tal de Roque Enrow
O professor Giovanni desceu do poste e encomendou um cientista
Paulo Coelho, Rita Lee
famoso que tinha fugido da prisão de Nuremberg.
Ela nem vem mais pra casa, doutor
[...] Giovanni pediu que ele fizesse uma bomba bacteriológica a fim
Ela odeia meus vestidos,
de não
Minha filha é um caso sério, doutor
deixar o Três Bandeiras jogar domingo.
Ela agora está vivendo
[...] A bomba tinha bactéria de sarampo, catapora, mononucleose,
Com esse tal de... Roque Enrow
tosse comprida, giárdia, cachumba, bicho geográfico e gripe asiática.
Roque Enrow, Roque En...
As vírgulas utilizadas no terceiro parágrafo do texto indicam uma
Ela não fala comigo, doutor
(A) enumeração.
Quando ele está por perto
(B) citação.
É um menino tão sabido, doutor
(C) explicação.
Ele quer modificar o mundo
(D) substituição.
Esse tal de Roque Enrow
Roque Enrow
Questão 3
Roquem é ele? Quem é ele?
Leia o texto e responda a questão
Esse tal de Roque Enrow?
Leia o trecho do conto O mistério do coelho pensante e responda às
Uma mosca, um mistério,
questões .
Uma moda que passou
Pois olhe, Paulo, você não pode imaginar o que aconteceu com
E ele, quem é ele?
aquele coelho.
Isso ninguém nunca falou!
Se você pensa que ele falava, está enganado. Nunca disse uma só
Ela não quer ser tratada, doutor
palavra na vida. Se pensa que era diferente dos outros coelhos, está
E não pensa no futuro
enganado. Para dizer a verdade, não passava de um coelho. O
E minha filha está solteira, doutor
1
Ela agora está lá na sala A palavra “Envelheceu”, na história, indica:
Com esse tal de Roque Enrow (A) O tempo que passou para Renata.
Roque Enrow, Roque En... (B) O lugar dos fatos da vida da Renata.
Eu procuro estar por dentro, doutor (C) As ações praticadas pela Renata.
Dessa nova geração (D) A fala da Renata com os clientes.
Mas minha filha não me leva a sério, doutor
Ela fica cheia de mistério Questão 8
Com esse tal de Roque Enrow Leia o texto e responda à questão 8.
Roque Enrow Níquel Náusea - Travesseiro de Penas
Roquem é ele? Quem é ele?
Esse tal de Roque Enrow?
Uma mosca, um deserto,
Uma bomba que estourou
Ele, quem é ele?
Isso ninguém nunca falou!
A história é contada
(A) pela filha. A pergunta formulada por Níquel Náusea
(B) pela mãe. (A) fica sem resposta nenhuma.
(C) pelo doutor. (B) fica flutuando no pensamento.
(D) pelo Roque Enrow. (C) é respondida pelo travesseiro.
(D) é respondida pelo resmungo da galinha.
Questão 6
Leia o texto e responda à questão . Questão 9
[...] Você sabe a história dos seus pais? E dos seus avós? E dos Leia o texto e responda às questão .
seus bisavós? O queijo e a lua
Eu também não sei muito não. Mas quando não sei invento. Diléa Frate
[...] Por isso não sou muito boa contadeira de histórias. Fico O queijo e a lua se encontraram numa noite escura, quando a lua
misturando parecia um pedaço de queijo e o queijo parecia uma lua cheia. Ao
as coisas que aconteceram com as inventadas. E quando começo olhar para o queijo pensou: “Nós nos completamos”. Mas aí alguém
a conversar chegou perto do queijo e nhoct!, tirou um pedaço! A lua não gostou
vou lembrando de outros assuntos, e misturando mais ainda. Fica daquela intimidade: estava com ciúmes! Apaixonada pelo pedaço de
uma história queijo, ela foi mudando. Quanto mais o tempo passava, ela assumia
grande e principal, toda cheia de historinhas pequenas penduradas a forma dele e ele a forma dela: a lua ia ficando gordinha, e o queijo...
nela. fininho! O tempo passou, até que a lua cheia chegou e iluminou a
Tem gente que gosta, acha divertido. Tem gente que só quer saber última fatia do queijo. Naquela noite, ela não resistiu, olhou para ele
de com paixão, e nhoct!, devorou-o, lambendo os beiços. No dia
histórias muito exatas e muito bem arrumadinhas – então é melhor seguinte, a dona da casa onde morava o queijo comprou uma
mudar ratoeira. A lua riu que riu, esperando pelo próximo queijo.
de história, porque esta aqui é meio atrapalhada mesmo e toda ao No final, a lua ficou feliz porque
contrário. (A) o rato comeu um pedaço do queijo.
[...] (B) conseguiu enganar a dona de casa.
Gostar de pendurar histórias é uma ação praticada (C) poderia apreciar a ratoeira toda noite.
(A) pelos pais. (D) o queijo foi se encontrar com ela.
(B) pelos avós.
(C) pela bisavó. H-IDENTIFICAR ASPÉCTOS LINGUÍSTICOS
(D) pela narradora. Questão 10
Raul no ônibus
H-INFERIR INFORMAÇÃO IMPLÍCITA Ana Maria Machado
Questão 7 [...]
As pérolas De tanto prestar atenção em tudo, nos outros, na vida de cada um,
Carlos Drummond de Andrade Raul se distraiu. Até esqueceu que tinha resolvido pensar. Já estava
Dentro do pacote de açúcar, Renata encontrou uma pérola. A pérola quase chegando em casa. Um pouco antes de saltar, viu que a
era evidentemente para Renata, que sempre desejou possuir um lavadeira tinha tocado a campainha para descer. E bem na hora em
colar de pérolas, mas sua profissão de doceira não dava para isto. que ela ia descendo os degraus, carregando aquela trouxa [de roupa]
— Agora vou esperar que cheguem outras pérolas — disse Renata, pesada, o motorista acelerou o motor, fazendo um barulhão e
confiante. reclamando porque ela estava demorando:
E ativou a fabricação de doces, para esvaziar mais pacotes de ─ Como é dona Maria? Vai ficar a vida toda aí, é? Pensa que tá todo
açúcar. mundo à toa?
Os clientes queixavam-se que os doces de Renata estavam Ela começou a pedir desculpas, toda atrapalhada.
demasiado doces, e muitos devolviam as encomendas. Por que não Raul ficou uma fera. E começou a falar:
aparecia outra pérola? Renata deixou de ser doceira qualificada, e ─ Moço, o senhor não está vendo que ela está descendo e
ultimamente só fazia arroz-doce. Envelheceu. carregando peso? Faça o favor de esperar.
A menina que provou o arroz doce, aquele dia, quase já ia quebrando O motorista respondeu:
um dente, ao mastigar um pedaço encaroçado. O caroço era uma ─ A conversa não chegou na cozinha. Cala a boca, pirralho.
pérola. A mãe não quis devolvê-la a Renata, e disse: Sem pensar, Raul respondeu:
— Quem sabe se não aparecerão outras, e eu farei com elas um ─ Cala a boca já morreu. Quem manda em mim sou eu.
colar de pérolas? Vou encomendar arroz-doce toda semana. As palavras sublinhadas no texto têm a finalidade de indicar
2
(A) qualidades. (B) a Mozart com sua Sonata.
(B) lugares. (C) a Nícolas, o violinista anão.
(C) nomes. (D) a Prelúdio, o espetáculo.
(D) ações.
H-INFERIE INFORMAÇÃO EXPLÍCITA
Questão 11 Questão 13
A melhor opção Buldogue
Carlos Drummond de Andrade Ricardo Azevedo
Todos começaram a dizer que o ouro é a melhor opção de Quase todos os buldogues possuem temperamento forte. Os
investimento. Fernão Soropita deixou-se convencer e, não tendo exemplares dessa espécie canina costumam ser sisudos e
recursos bastantes para investir na bolsa de Zurique, mandou fazer arrogantes, preferindo dar a impressão de que não têm medo de
uma dentadura de ouro maciço. nada nem querem saber de coisa nenhuma. Silenciosos, vivem
Substituir sua dentadura convencional por outra, preciosa e com a cara amarrada, como se estivessem zangados por algum
ridícula, valeu-lhe aborrecimentos. O protético não queria aceitar a motivo. Desse modo, deixam as pessoas em volta com a sensação
encomenda; mesmo se esforçando por executá-la com perfeição, o de que fizeram alguma coisa errada, mas não fizeram. Certos
resultado foi insatisfatório. O aparelho não aderia à boca. Seu peso buldogues chegam a passar cerca de vinte e tantos dias sem dar
era demasiado. A cada correção diminuía o valor em ouro. E o ouro um único latido ou muxoxo. Esses cães ou cachorros costumam
subindo de cotação no mercado internacional. também ser muito conservadores, ou seja, gostam das coisas do
As palavras que caracterizam a nova dentadura são: jeito que estão. Não querem nem ouvir falar em novidades, em
(A) Ridícula e insatisfatória ideias diferentes e opiniões que não sejam as suas. Perto deles,
(B) Preciosa e convencional. todo o mundo acaba ficando meio sem jeito, pois nunca se sabe
(C) Convencional e insatisfatória. quando estão bravos e quando não estão, nem o que querem nem
(D) Preciosa e ridícula. o que vão fazer. Muitos animais desta curiosa espécie, apesar dos
pesares, trazem escondido seu lado sentimental. Apreciam a boa
Questão 12 música, choram (a sós) quando sentem saudade e gostam de fazer
O anão violinista e seu cachecol cafuné. Ai de quem, todavia, recusar seus carinhos!
Jorge Miguel Marinho O texto informa que os buldogues gostam de
Enquanto os sinos badalavam no pequeno Reino, muito longe dali (A) acompanhar as novidades.
um anão violinista partia definitivamente da sua cidade natal. (B) ouvir todas as opiniões.
Ele se chamava Nícolas, tinha uma idade indefinível e andava (C) levar a vida sem mudanças.
sempre com um enorme cachecol. Para ele não importava se chovia, (D) aceitar ideias diferentes.
se fazia sol ou se aquele lugar distante ficava coberto de sol. O anão
jamais saía de casa sem arrastar pelo chão as pontas de seu Questão 14
cachecol. Leia o trecho do texto Os cisnes selvagens e responda às
Uma única vez ele foi fazer um concerto num pequeno teatro da De manhã bem cedo, a perigosa rainha fechou-se num banheiro
cidade e esqueceu o agasalho amarelo. Nesse dia não houve todo de mármores, com as almofadas mais macias e os tapetes
espetáculo porque o músico não conseguia lembrar os acordes mais mais belos. Levava consigo três rãs. Ela as beijou e disse para a
simples de um prelúdio sem o seu compridíssimo cachecol. primeira rã: Sente na cabeça de Elisa quando ela vier tomar banho,
As pessoas estranhavam aquela mania de Nícolas, mas todos para ela se tornar preguiçosa como você!” Para a segunda, pediu:
adoravam ouvi-lo na praça tocando o Bolero de Ravel1. “Sente na testa dela, para que se torne nojenta como você” e,
Bastava ele subir no coreto e todo mundo sentia um arrebatamento assim, o pai não a reconheça!”. Para a terceira, sussurrou: “Pouse
no peito, um calor agradável na fronte, uma vontade incontrolável de no coração da menina, para que ela vire uma pessoa má e sofra
cantar. Os homens largavam o trabalho, as crianças pulavam o muro por isso! ”
da escola e as mulheres deixavam a comida queimar. [...] Ela então chamou Elisa e tirou sua roupa. Tão logo a jovem
A cidade parava e muita gente dizia que a vida começava a flutuar. entrou na água, a primeira rã sentou em seu cabelo, a segunda em
O músico abraçava tanto o instrumento que era difícil perceber onde sua testa e a terceira em seu peito, mas Elisa nem percebeu.
aparecia o violino e onde surgia o anão. Quando saiu da banheira, boiavam na água três papoulas
[...] Quando se entregava a uma serenata de Mozart2, ficava mais vermelhas.
loiro, com a pele quase transparente e os olhos cheios de luz. As Se os bichos não fossem tão venenosos e não tivessem sido
mãos pareciam enormes e, dependendo da tonalidade do tempo, beijados pela feiticeira, teriam se transformado em rosas
muitos imaginavam que elas tocavam o céu. vermelhas, mas ainda assim viraram flores, só por terem encostado
Todos se encantavam. na cabeça e no coração de Elisa. Ela era pura e inocente para que
Os inimigos se olhavam nos olhos, os marreteiros3 silenciavam e os o feitiço exercesse todo o seu poder.
estranhos que passavam pela cidade trocavam objetos pessoais e
apertavam fortemente as mãos.
Mas era só o violino parar e o lugar voltava ao normal. As rãs, ao se encostarem na cabeça e no coração de Elisa, se
Os comerciantes se irritavam com a pausa [...], as mulheres atiravam transformaram em
as panelas no quintal. Alguns permaneciam mais tempo diante do (A) mármores.
coreto, mas logo lembravam os seus nomes e começavam a (B) tapetes
caminhar. (C) papoulas.
Por isso, quase todos concordavam que, em nome da segurança do (D) rosas.
trabalho, da tranquilidade das famílias e do repúdio às incontroláveis
emoções, Nícolas deveria partir. Questão 15
Em “Nesse dia não houve espetáculo porque o músico não Raul no ônibus
conseguia lembrar os acordes mais simples de um prelúdio sem o Ana Maria Machado
seu compridíssimo cachecol”, o substantivo em destaque se refere [...]
(A) a Ravel com seu Bolero.
3
De tanto prestar atenção em tudo, nos outros, na vida de cada um, nem menos; se isso acontecer você precisa enguiçar, viu? Você
Raul se distraiu. Até esqueceu que tinha resolvido pensar. Já estava enguiça quando eu pensar “enguiça!”, enguiça?
quase chegando em casa. Um pouco antes de saltar, viu que a O fecho ficou olhando pra minha cara. Não disse que sim nem que
lavadeira tinha tocado a campainha para descer. E bem na hora em não. Eu vi que ele tava querendo uma coisa em troca.
que ela ia descendo os degraus, carregando aquela trouxa [de roupa] ─ Olha, eu já vi que você tem mania de brilhar. Se você enguiçar
pesada, o motorista acelerou o motor, fazendo um barulhão e na hora que precisa, eu prometo viver polindo você pra te deixar
reclamando porque ela estava demorando: com essa pinta de espelho. Certo?
─ Como é dona Maria? Vai ficar a vida toda aí, é? Pensa que tá todo O fecho falou tlique bem baixinho com todo o jeito de “certo”.
mundo à toa? No trecho “Virei pro fecho e passei uma cantada nele”, significa que
Ela começou a pedir desculpas, toda atrapalhada. a narradora-personagem
Raul ficou uma fera. E começou a falar: (A) cantou uma canção para o fecho.
─ Moço, o senhor não está vendo que ela está descendo e (B) pediu ao fecho que afastasse as pessoas.
carregando peso? Faça o favor de esperar. (C) sugeriu um acordo para o fecho.
O motorista respondeu: (D) solicitou ao fecho que abrisse a bolsa.
─ A conversa não chegou na cozinha. Cala a boca, pirralho.
Sem pensar, Raul respondeu: Questão 18
─ Cala a boca já morreu. Quem manda em mim sou eu.
No texto, o motorista reclamou porque a lavadeira estava
(A) conversando distraída com o Raul.
(B) demorando para descer os degraus.
(C) prestando atenção em tudo, na vida.
(D) pensando em chegar logo em casa.

H- RECONHECER OS EFEITOS DE SENTIDO PRODUZIDOS Analisando as falas das personagens, assinale a alternativa que
PELO USO DA CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO. contenha as expressões utilizadas em seu sentido conotativo:
Questão 16 A) “Você vai comer asfalto” e “estou morto”.
Cachorro Louco B) “No quinto período, seu babaca” e “você vai comer asfalto”.
Diléa Frate C) “Ameaça terrorista” e “aula de educação física”.
Bingo era um cachorro que pensava que era gente, e adorava D) “Ameaça terrorista” e “estou morto”.
imitar carro. Assim, em vez de dizer: “Au-au”, ele dizia: “Bibi! ”. Foi
assim que ele conheceu Bibi, a cachorrinha da vizinha. “Que nome H- IDENTIFICAR O USO ADEQUADO DOS MODOS VERBAIS
lindo! ”, disse galante entre latidos. E acelerou abanando o rabo e Questão 19
fazendo “brum, brum”, todo descabelado! Bibi ficou assustadíssima Cachorro Louco
com aquilo. Ele não ligou. Seguiu dando um rolé pela rua e fazendo Diléa Frate
umas loucuras, como no dia em que cismou que era um ônibus. Bingo era um cachorro que pensava que era gente, e adorava
Pegou várias pulgas no caminho, que se grudaram nele e só imitar carro. Assim, em vez de dizer: “Au-au”, ele dizia: “Bibi! ”. Foi
desceram no ponto final do ônibus, no banho, que Bingo chamava assim que ele conheceu Bibi, a cachorrinha da vizinha. “Que nome
de lava-rápido. Foi nesse dia que Bingo cometeu um exagero: lindo! ”, disse galante entre latidos. E acelerou abanando o rabo e
depois de lavado, pediu para ser polido com cera de automóvel!! fazendo “brum, brum”, todo descabelado! Bibi ficou assustadíssima
Ficou com o pelo brilhante, duro e tão bem penteado, que Bibi deu com aquilo. Ele não ligou. Seguiu dando um rolé pela rua e fazendo
a maior bola para ele, que aproveitou e falou: “Oi, Bibi! ”. E ela, umas loucuras, como no dia em que cismou que era um ônibus.
piscando o olho, respondeu: “Oi, Fonfom! ”. Deram um passeio e Pegou várias pulgas no caminho, que se grudaram nele e só
descobriram: a maluquice do Bingo caía como uma luva na desceram no ponto final do ônibus, no banho, que Bingo chamava
futilidade de Bibi. Casaram e tiveram dois cachorrinhos. De vez em de lava-rápido. Foi nesse dia que Bingo cometeu um exagero:
quando, são vistos correndo pela rua: um filhote pensa que é a depois de lavado, pediu para ser polido com cera de automóvel!!
moto e o outro, o entregador de pizza. Ficou com o pelo brilhante, duro e tão bem penteado, que Bibi deu
Em “[...] Bibi deu a maior bola para ele [...]”, o trecho em destaque a maior bola para ele, que aproveitou e falou: “Oi, Bibi! ”. E ela,
significa que a cachorrinha piscando o olho, respondeu: “Oi, Fonfom! ”. Deram um passeio e
(A) mostrou-se interessada por Bingo. descobriram: a maluquice do Bingo caía como uma luva na
(B) jogou a bola direto no pé do cachorrinho. futilidade de Bibi. Casaram e tiveram dois cachorrinhos. De vez em
(C) aproveitou para pentear os pelos do Bingo. quando, são vistos correndo pela rua: um filhote pensa que é a
(D) colocou luvas na patas do cachorro. moto e o outro, o entregador de pizza.
Os verbos destacados no texto mostram que as ações
(A) aconteceram uma vez no passado.
Questão 17 (B) vão acontecer no futuro bem próximo.
Leia o trecho do romance A Bolsa Amarela e responda à questão. (C) acontecem com regularidade no presente.
O fecho: (D) aconteciam com frequência no passado.
A bolsa amarela não tinha fecho. Já pensou? Resolvi que naquele
dia mesmo eu ia arranjar um fecho pra ela. Questão 20
[...] Leia o trecho do texto Os cisnes selvagens e responda [...]
O homem disse que o fecho era muito barato: ia enguiçar. Vibrei! De manhã bem cedo, a perigosa rainha fechou-se num banheiro
Era isso mesmo que eu tava querendo: um fecho com vontade de todo de mármores, com as almofadas mais macias e os tapetes
enguiçar. Pedi pro vendedor atender outro freguês enquanto eu mais belos. Levava consigo três rãs. Ela as beijou e disse para a
pensava um pouco. Virei pro fecho e passei uma cantada nele: primeira rã: Sente na cabeça de Elisa quando ela vier tomar banho,
─ Escuta aqui fecho, eu quero guardar umas coisas bem para ela se tornar preguiçosa como você!” Para a segunda, pediu:
guardadas aqui dentro dessa bolsa. Mas você sabe como é que é, “Sente na testa dela, para que se torne nojenta como você” e,
não é? Às vezes vão abrindo a bolsa da gente assim sem mais assim, o pai não a reconheça!”. Para a terceira, sussurrou: “Pouse
4
no coração da menina, para que ela vire uma pessoa má e sofra
por isso! ” Questão 23
[...] Ela então chamou Elisa e tirou sua roupa. Tão logo a jovem Leia o trecho do conto O mistério do coelho pensante e responda
entrou na água, a primeira rã sentou em seu cabelo, a segunda em Pois olhe, Paulo, você não pode imaginar o que aconteceu com
sua testa e a terceira em seu peito, mas Elisa nem percebeu. aquele coelho.
Quando saiu da banheira, boiavam na água três papoulas Se você pensa que ele falava, está enganado. Nunca disse uma só
vermelhas. palavra na vida. Se pensa que era diferente dos outros coelhos,
Se os bichos não fossem tão venenosos e não tivessem sido está enganado. Para dizer a verdade, não passava de um coelho.
beijados pela feiticeira, teriam se transformado em rosas O máximo que se pode dizer é que se tratava de um coelho muito
vermelhas, mas ainda assim viraram flores, só por terem encostado branco.
na cabeça e no coração de Elisa. Ela era pura e inocente para que Por isso tudo é que ninguém nunca imaginou que ele pudesse ter
o feitiço exercesse todo o seu poder. algumas ideias. Veja bem: eu nem disse “muitas ideias”, só disse
Os verbos assinalados no trecho do texto apresentam a ideia de “algumas”. Pois olhe, nem de algumas achavam ele capaz.
(A) pedido. A coisa especial que acontecia com aquele coelho era também
(B) possibilidade. especial com todos os coelhos do mundo. É que ele pensava essas
(C) ordem. algumas ideias com o nariz dele. O jeito de pensar as ideias dele
(D) certeza. era mexendo bem depressa o nariz. Tanto franzia e desfranzia o
nariz que o nariz vivia cor-de-rosa. Quem olhasse podia achar que
Questão 21 pensava sem parar. Não é verdade. Só o nariz dele é que era
Leia o trecho do conto “O Fantasma Camarada” e responda rápido, a cabeça não. E para conseguir cheirar uma só ideia,
O dia passou normalmente. Fiz uns desenhos, dona Lucinha falou precisava franzir quinze mil vezes o nariz.
umas coisas. Não me lembro na verdade como eram as aulas do Pois bem. Um dia o nariz de Joãozinho ─ era assim que se
pré-primário. chamava esse coelho - um dia o nariz de Joãozinho conseguiu
Na hora do lanche tinha uma coisa que sempre acontecia. A gente farejar uma coisa tão maravilhosa que ele ficou bobo. De pura
ficava em mesinhas de quatro pessoas. Na minha mesa se sentava alegria, seu coração bateu tão depressa como se ele tivesse
uma menina, a Sandra. engolido muitas borboletas. Joãozinho disse para ele mesmo:
Na garrafinha da lancheira, ela trazia sempre leite frio. Ninguém ─ Puxa, eu não passo de um coelho branco, mas acabo de cheirar
fazia isso. Em geral era suco de uva. Mas com a Sandra era leite. uma ideia tão boa que até parece de menino!
E toda vez ela derramava leite em cima da mesa. Com o tempo, a O coelho franzia e desfranzia tanto o nariz que o nariz
mesa foi ficando com cheiro de leite azedado. Naquele dia (A) encontrava ideias.
aconteceu de novo. A Sandra derramou o leite. Era bem nojento. (B) farejava borboletas.
Eu imaginava o leite entrando pela garganta dela e azedando na (C) vivia cor-de-rosa.
barriga. Mas tenho de admitir que suco de uva na barriga também (D) pensava sem parar.
deve ser nojento.
Assinale a alternativa em que o narrador personagem mostra um Questão 24
fato que costumava acontecer frequentemente. A mãe de Felipe fingiu não ouvir. Continuou preparando o jantar em
(A) “[...] dona Lucinha falou umas coisas.” silêncio. Resultado: Felipe deixou de ganhar o prêmio. Então ele
(B) “[...] suco de uva na barriga também deve ser nojento.” começou a reduzir suas mentiras. Até que um dia deixou de contá-
(C) “A gente ficava em uma mesinha de quatro pessoas.” las. Bem, Felipe cresceu e tornou-se um escritor. Voltou a criar
(D) “O dia passou normalmente.” histórias. Agora sem culpa e sem medo. No momento está
escrevendo um conto. É a história de um menino que deixa de
H- ESTABELECER RELAÇÃO DE CAUSA E CONSEQUÊNCIA ganhar uma bicicleta porque mentia...
Questão 22 Felipe começou a reduzir suas mentiras porque:
As pérolas A) começou a escrever um conto.
Carlos Drummond de Andrade B) deixou de ganhar uma bicicleta.
Dentro do pacote de açúcar, Renata encontrou uma pérola. A C) inventou ter sido sorteado por um programa de TV.
pérola era evidentemente para Renata, que sempre desejou D) seu pai alertou sobre as consequências da mentira.
possuir um colar de pérolas, mas sua profissão de doceira não BOA PROVA!
dava para isto. ─ Agora vou esperar que cheguem outras pérolas
─ disse Renata, confiante.
E ativou a fabricação de doces, para esvaziar mais pacotes de
açúcar. Os clientes queixavam-se que os doces de Renata
estavam demasiado doces, e muitos devolviam as encomendas.
Por que não aparecia outra pérola?
Renata deixou de ser uma doceira qualificada, e ultimamente só
fazia arroz-doce. Envelheceu.
A menina que provou o arroz doce, aquele dia, quase já ia
quebrando um dente, ao mastigar um pedaço encaroçado. O
caroço era uma pérola. A mãe não quis devolvê-la a Renata, e
disse:
─ Quem sabe se não aparecerão outras, e eu farei com elas um
colar de pérolas? Vou encomendar arroz-doce toda semana.
Renata passou a fazer apenas arroz-doce e como resultado ela
(A) aumentou o número de encomendas.
(B) comprou um colar de pérolas.
(C) encontrou outras pérolas no açúcar.
(D) deixou de ser uma doceira qualificada.
5

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