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Pintura com Tinta Silicato Inorgânico de Zinco: FATOS & MITOS

Rob Francis
R A Francis Consulting Services, Ashburton, Vic, Australia
SUMÁRIO: Uma demão única de tinta silicato inorgânico de zinco pode proporcionar proteção de longo prazo
em estruturas de aço expostas em diversos ambientes atmosféricos. Por se tratar de demão única aplicada com
espessura relativamente baixa, é também muito econômico e pode ser aplicada rapidamente. Entretanto
existem algumas desvantagens e custos a serem analisados quando se usa esse material. Isto levou a um grande
número de mitos e dúvidas referente a pintura com tinta silicato inorgânico de zinco que resultaram em evitar
o seu uso, falhas ou descuido. Este trabalho discute alguns desses mitos e foca alguns assuntos que envolvem
seleção, aplicação e manutenção dessa pintura.

SUMMARY: A single coat inorganic zinc silicate can provide long-term protection to steelwork in many
atmospheric environments. As a single coat system applied relatively thinly, it is also very economical and can
allow rapid throughput of coating work. However there are some disadvantages and costs to be incurred when
using this material. These have led to a number of myths and misunderstanding regarding inorganic zinc silicate
coatings which have led to its misuse, failures or neglect. This paper discusses some of these fallacies and points
out some of the issues involved in selection, application and maintenance of these coatings.

Palavras Chaves: Silicato inorgânico de zinco, aplicação, condições ambientais, espessura, falhas, repintura.

Keywords: Inorganic zinc silicate, application, environmental conditions, thickness, failures, overcoating

INTRODUÇÃO

Uma demão única de silicato inorgânico de zinco (IZS), se base solvente (SB) ou base água (WB), pode
proporcionar proteção de longo prazo em estruturas de aço expostas em diversos em diversos ambientes
atmosféricos. Por se tratar de demão única aplicada com espessura relativamente baixa, é também muito
econômico e pode ser aplicada rapidamente. Entretanto, embora ofereça propostas atrativas em todos
aspectos ao longo da vida útil, existem algumas desvantagens e custos a serem discutidos quando se usa este
tipo de material. Isto levou a um grande número de mitos e dúvidas referente a pintura com tinta silicato
inorgânico de zinco que resultaram em falhas na pintura bem como evitar o uso ou negligencia. Este trabalho
discute alguns desses mitos e foca alguns pontos que envolvem a seleção, aplicação e manutenção dessa
pintura.

INTRODUCTION

A single coat inorganic zinc silicate (IZS), whether solvent borne (SB) or water-borne (WB), can provide long-
term protection to steelwork in many atmospheric environments. As a single coat applied relatively thinly, it is
also very economical and can allow rapid throughput of coating work. However, as with many attractive
propositions in all aspects of life, there are some disadvantages and costs to be incurred when using this material.
These have led to a number of myths and misunderstanding regarding inorganic zinc silicate coatings which have
led to coating failures as well as its misuse or neglect. This paper discusses some of these fallacies and points
some of the issues involved in selection, application and maintenance of these coatings.

NT: Este material é uma tradução não oficial que tem por objetivo facilitar o entendimento daqueles que
não dominam o idioma inglês e deve ser entendido que o material é uma contribuição para o
conhecimento de quem trabalha com pintura e revestimento industrial e deve ser usado somente para
fins de conhecimento.

Corrosion & Prevention 2013 Paper 026


Pintura com Tinta Silicato Inorgânico de Zinco: FATOS & MITOS
Mito: Pintura com tinta silicato inorgânico de zinco protege o aço pelo mecanismo de proteção catódica.

A diferença de potencial eletroquímico entre o zinco e o aço, e a sua utilização para proteger o aço, é bem
conhecida mesmo fora da indústria de proteção anticorrosiva. O zinco metálico conectado eletricamente ao aço
em um eletrólito condutivo, é anódico e irá preferencialmente corroer, tornando o aço catódico e assim ele está
protegido. O uso frequente de anodos de zinco para proteger estruturas de aço imersas e enterradas é uma
manifestação evidente desta propriedade.

No entanto, quando o zinco é utilizado em forma de tinta, especialmente o uso de zinco em pó disperso em
resina, outros processos de proteção entram em ação. Em um arranhado ou fissura que exponha o substrato
em uma pintura com tinta rica em zinco aplicado ao aço, não há dúvida de que os pigmentos de zinco corroem
preferencialmente protegendo o aço adjacente à área nua. Os pigmentos de zinco continuarão corroendo e
protegendo o aço nu até que a região se torne muito grande e não haja força suficiente para continuar
fornecendo a proteção catódica. Entretanto, nas bordas da pintura na área nua, o zinco continuará corroendo
no lugar do aço e se espalhando lateralmente, evitando que a corrosão do aço avance sob o filme da pintura o
que é observada nos danos em pinturas isentos de zinco.

Mas em regiões onde o aço não está exposto, que normalmente é a maior parte da pintura, se não toda a
pintura, especialmente quando nova, o substrato de aço não corrói. Isso não é por causa da proteção catódica,
mas propriamente a pintura de zinco está simplesmente fornecendo proteção por barreira. O oxigênio, a
umidade e outros agentes corrosivos reagem com os pigmentos de zinco na superfície externa da pintura e não
permeiam até o substrato. Os produtos de corrosão tendem a preencher os espaços vazios do filme de modo
que o efeito barreira possa ser de fato ir melhorando com o tempo. Os produtos de corrosão do zinco metálico
em revestimento por galvanização não têm essa característica e como eles permanecem na superfície, são mais
susceptíveis de serem removidos com a exposição contínua. Deve ser observado que a reticulação do polímero
de silicato em uma pintura de silicato inorgânico de zinco, também fornece uma barreira muito eficaz e uma
pintura a base de silicato inorgânico sem pigmento de zinco podem conferir considerável durabilidade mesmo
em ambientes bastante corrosivos (1).

Assim existem dois mecanismos pelos quais a pintura com tinta silicato inorgânico de zinco (IZS) fornecem
proteção ao aço. O mais importante é que os pigmentos de zinco e a resina silicato fornecem uma barreira
impedindo que os agentes corrosivos atinjam o substrato de aço. Com o tempo, os produtos de corrosão de
zinco vão preenchendo as porosidades e essa barreira se torna mais efetiva. Apenas nos locais onde a pintura
tenha sido arranhada ou em outras áreas expondo o substrato, existe a proteção catódica fornecida pelo zinco.
Estes efeitos que fornecem proteção em pintura com pigmentos de zinco são mostrados esquematicamente na
Figura 1 (a).

(a) (b)
Figura 1: Mecanismo de proteção de pintura rica em zinco sem acabamento (a) e com acabamento (b)

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Fallacy: Inorganic zinc coatings protect steel by cathodic protection.

The difference in electrochemical potential between zinc and steel, and its utilisation to protect steel, is well-
known even outside the corrosion protection industry. Zinc metal electrically connected to steel in a conductive
electrolyte is anodic and will preferentially corrode, making the steel cathodic and so it is protected. The
widespread use of zinc anodes to protect submerged and underground structures is the obvious manifestation of
this property.

However, when zinc is used as a coating, especially the use of zinc dust suspended in a binder, other protective
processes come into play. At a scratch or gap in a zinc-rich coating applied to steel, there is no doubt that the
zinc particles corrode preferentially protecting the steel adjacent to the bare area. The zinc particles will continue
to corrode protecting the bare steel area until the region becomes too large and there is insufficient throwing
power to continue providing cathodic protection. However at the edge of the bare area, zinc will continue to
corrode in preference to the steel spreading laterally, preventing the undercutting of the coatings which is
observed in break down of zinc-free coatings.

But in the regions where steel is not exposed, which will normally be the bulk of the coating if not the entire
coating especially when new, the steel substrate does not corrode. This is not because of cathodic protection but
rather the zinc coating is simply providing barrier protection. Oxygen, moisture and other corrosives react with
the zinc particles at the outer surface of the coating, and do not permeate to the substrate. The corrosion products
tend to fill the voids in the coating so the barrier effect can in fact improve with time. The corrosion products from
zinc metal coatings do not have this feature as they remain on the surface and are more likely to be removed with
continued exposure. It should also be noted that the silicate polymer network in an inorganic zinc silicate coating
also provides a very effective barrier and silicate coatings without zinc can provide considerable durability even
in quite corrosive environments (1).

So there are two mechanisms by which IZS coatings provide protection to steel. Most importantly, the zinc
particles and silicate binder provide a barrier preventing the corrosives reaching the steel. Over time, this barrier
becomes more effective as zinc corrosion products fill the porosity. Only at scratches and other bare areas is
there cathodic protection provided by zinc. These effects which provide protection in zinc powder coatings are
shown diagrammatically in Figure 1(a).

Fato: Pintura intacta com tinta silicato inorgânico de zinco fornecem proteção ao aço pelo efeito de barreira do
silicato de zinco. Ao longo do tempo, os produtos de corrosão preenchem as porosidades e efeito barreira
aumenta. Os pigmentos de zinco fornecem proteção catódica apenas onde o aço é exposto, tais como em
arranhados e fissuras na pintura.

Fact: Intact inorganic zinc silicate coatings provide protection to the steel substrate by the barrier effect of the
zinc silicate. Over time, the porosity is filled with corrosion products and barrier effect increases. The zinc metal
particles provide cathodic protection only where the steel is exposed, such as at scratches and gaps in the coating.

Mito: Tinta silicato inorgânico de zinco é simplesmente uma tinta e qualquer pintor pode aplicar.

Esse mito é talvez a principal razão para a maioria das falhas com pintura com tinta silicato inorgânico de zinco.
Embora as habilidades requeridas para mistura e aplicação possam ser aprendidas facilmente, tratar uma tinta
silicato inorgânico de zinco (IZS) da mesma forma que outras tintas de um ou dois componentes, pode resultar
em falha na aplicação. Alguns fatores que devem ser levadas em conta quando está misturando e aplicando essa
tinta, incluem:

• A tinta deve ser filtrada para minimizar o risco de entupimento, porém deve tomar o cuidado para não
descartar muita quantidade do pigmento zinco. Manter um apropriado teor de zinco na tinta é fundamental
para um bom desempenho da pintura.

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• O pigmento de zinco é pesado e tem a tendência de sedimentar. É necessário agitação continua durante a
aplicação. O material misturado deve manter em movimento e minimizar as interrupções. As mangueiras devem
ser bem limpas e o líquido agitado e sem interrupção.

• O pintor deve aplicar a tinta como um filme úmido mesmo em passes paralelos. Isto é especialmente
verdadeiro por ser tintas que secam muito rapidamente. O ideal é aplicar com uma passada com “overlap” de
50%. Isto significa que a pistola deve ser ajustada para aplicar metade da espessura especificada por passe.

• Temperaturas (ambiente e substrato) e umidade relativa do ar são críticos para a aplicação e cura (ver seção
mais tarde).

Em alguns casos, é melhor imaginar que a tinta silicato inorgânico de zinco seja uma película de concreto do que
uma película de tinta. A Tabela 1 compara algumas propriedades de tinta silicato inorgânico de zinco com
concreto bem como com tinta epóxi rica em zinco, que é uma tinta típica de pintura. Embora tenha diferenças
importantes, a tinta silicato inorgânico de zinco é mais próxima a concreto em muitos modos do que uma tinta
epóxi rica em zinco.

Tabela 1 – Comparação entre Propriedades de Concreto e Tintas Ricas em Zinco


Silicato Alcalino de
Propriedade Concreto Etil Silicato de Zinco Epoxi Rica em Zinco
Zinco
Estrutura Poroso Poroso Poroso Impermeável
Efeito de UV Nenhum Nenhum Nenhum Calcina e degrada
Secagem Inicial Evaporação de água Evaporação de solvente Evaporação de água Evaporação de solvente
Hidratação (reação com Hidratação (reação com Reticulação entre os
Cura Reação com água e CO2
umidade) água) componentes A e B
Cura a Longo Prazo Reação com umidade Reticulação Reticulação Sem alteração
Mudança com
Produtos de reação Produtos de reação Produtos de reação Empoamento e
Exposição a
preenchendo os poros preenchendo os poros preenchendo os poros degradação química
Intemperismo
Decomposição da
Eventual Decomposição Corrosão do pigmento Corrosão do pigmento
Carbonatação resina epóxi e corrosão
em Ambiente Neutro de zinco de zinco
do pigmento de zinco

Como em concreto, os constituintes mais pesados podem sedimentar no material líquido durante a aplicação.
Baxter (2) considera uma lata de tinta silicato inorgânico de zinco como areia com água, então necessita de
agitação constante para manter os pigmentos de zinco em suspensão (Figura 2)

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Figura 2 – A agitação é necessária para manter os pimentos de zinco em suspensão.

Fallacy: Inorganic zinc silicate is simply another paint and any painter can apply it.

This myth is perhaps the main reason for most failures of IZS coatings. Although the skills required to mix and
apply it successfully can be easily learnt, treating IZS in the same way as other single or two pack paints can
result in faulty application. Some of the special factors that must be taken into account when mixing and applying
IZS coatings include:

• The mixed liquid must be filtered to minimise risk of clogging, but the painter must be careful not to throw away
too much pigment. Maintenance of the proper zinc content is crucial for coating performance.
• Zinc pigment is heavy and will rapidly settle out. It must be continuously agitated. The mixed material should
be kept moving and interruptions minimised. Lines must be cleared and the liquid agitated after any interruptions.
• The applicator must apply the coating as a wet coat in even, parallel passes. This is especially true for the WB
products which dry within a matter of seconds. Ideally, this should be as a single pass with 50 per cent overlap.
This means the gun should be adjusted to apply half the required dry film thickness per pass.
• Temperature and humidity conditions are critical for proper curing (see later section).

In some ways, it is better to think of inorganic zinc as a layer of concrete rather than a layer of paint. Table 1
compares some properties of IZS to concrete as well as to epoxy zinc, a more typical paint coating. While there
are important differences, IZS is closer to concrete in many ways than it is to an organic zinc coating.

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Like concrete, the heavy constituent can settle out from the liquid material during application. Baxter (2)
considers a can of IZS to be like a bucket of sand in water, so needs to be continuously agitated to keep the heavy
zinc pigment in suspension (Figure 2).

Fato: Tinta silicato inorgânico de zinco tem muitas idiossincrasias durante a mistura, aplicação e cura. E o pintor
deve ser experiente no uso se deseja um desempenho ótimo da pintura.

Fact: IZS coatings have many idiosyncrasies during mixing, application and curing, and applicators must be
experienced in their use if optimum performance is to be achieved.

Mito: Em esquema de demão única, a pintura com silicato de zinco base água fornece proteção superior a
silicato de zinco base solvente.

Existem diversas razões para acreditar neste mito. A tinta silicato de zinco base água começou bem antes e tem
muitos exemplos de uso. Tem um teor de zinco maior e normalmente é especificado com espessura de filme
seco maior. Em nossa parte do mundo, a versão de 1994 de AS/NZS 2312 deu, por exemplo, uma durabilidade
de 10 a 20 anos em atmosfera marítima para silicato de zinco base água, mas não recomendava para base
solvente para esse ambiente. Existe redução no desempenho para base solvente em outros ambientes. Como
resultado, o silicato de zinco base solvente tem sido menos especificada como esquema de demão única. A
revisão de 2002 de AS/NZS 2312 reduziu a diferença em durabilidade entre os dois tipos consideravelmente,
mas manteve a crença de que somente silicato de zinco base água seria especificado para ambiente severo.

Entretanto, examinando mais de perto verifica-se que a diferença de desempenho entre os dois tipos é menor.
A tinta silicato de zinco base água é mais dura com melhor resistência a abrasão, mas isto não é relevante para
aplicação na maioria dos ambientes atmosféricos. No teste de Prohesion acelerado, Lofhelm e outros (3)
encontraram que a base solvente foi melhor que base água. No entanto, relativo ao teste acelerado, o
desempenho no campo nem sempre mostra isso.

Tintas silicato de zinco base solvente tem sido usada em muitas aplicações. A Tabela 2 é uma lista de exemplos
na Austrália e Nova Zelândia mostrando a durabilidade de etil silicato de zinco com 75 µm de um levantamento
feito em 2001 (4). Este levantamento limitado enquanto não confirme igualdade com o produto base água
certamente afasta o mito que tinta silicato de zinco base solvente fornece durabilidade menor.

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Tabela 2 – Exemplos de Durabilidade de Etil Silicato de Zinco Aplicados na Austrália e Nova Zelândia
Ambiente Corrosivo Segundo Anos de Duração em
Estrutura Localização
ISO 12944-2 2001
Meat Works Hamilton NZ 19+
Pipeline Dungog NSW 25+
Drayton colliery Doito NSW 16+
C-2
Springvale colliery Lithgow NSW 13+
Baixo
Power station Mt. Piper NSW 11+
Power station Loy Yang Vic 20+
Power station Wallerawang NSW 23+
Sign gantries, Western Link by-pass Melbourne Vic 5+
C-3 Power station Vales Point NSW 25+
Médio Power station Eraring NSW 23+
Mini steel mill Rooty Hill NSW 8+
C-4 Gas plant Longford Vic 23+
Alto Tank roof Hastings Vic 21+
C-5
Century zinc mine process area North Qld 4+
Muito Severo
Cadia gold mine process area Orange NSW 4+
Industrial

No levantamento de 17 aplicações de demão única de silicato inorgânico de zinco em Victoria (5), somente uma
estrutura foi protegida com silicato inorgânico de zinco base solvente, uma ponte com 22 anos pintada.
Enquanto uma simples estrutura não pode ser conclusiva, é interessante comparar os desempenhos com outros
pintados com base água. Teve um desempenho significativamente fraco pela idade do que um esquema base
água, mas como demonstrado na Figura 3, o fraco desempenho foi principalmente devido a aplicação de
espessura baixa em muitas partes da estrutura. As regiões com corrosão estavam associadas com estas áreas
com baixa espessura de filme seco. Onde a pintura estava com a espessura correta, o desempenho estava bom.
Interessante que a espessura máxima encontrada na estrutura foi de 336 µm com várias leituras acima de 150
µm, mas como em base água, não foi observado nenhum craqueamento.

A tinta silicato de zinco base solvente tem menor limitação de cura em relação a base água, e tem outras
vantagens associadas com especificação e o uso de base solvente sobre base água (6). No entanto, se aplicada
corretamente, ambos tipos podem fornecer excelente proteção em ambientes agressivos. Os especificadores
precisam estar cientes que ambos produtos vão proporcionar boa proteção e ambos podem ser usados em
diversas situações.

Figura 3: Condição de pontes pintadas com silicato inorgânico de zinco em função da espessura mínima
medida EFS (: base água, : base solvente). (5)

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Fallacy: The water-borne product provides greatly superior protection to the solvent-borne product in a
single-coat system.

There are many reasons for belief in this fallacy. WB-IZS has been around for longer, and there are far more
examples of its use. It usually has a slightly higher zinc content, and is often specified to a higher dry film
thickness. In our part of the world, the 1994 version of AS/NZS 2312 gave, for example, a durability of 10 to 20
years in a marine atmospheric environment for WB-IZS but did not recommend SB-IZS at all for this environment.

There were similar reductions in performance for the SB in other environments. As a result, the solvent-borne
product has been less commonly specified as a single coat application. The 2002 update of AS/NZS 2312 reduced
the difference in durability between the two types considerably, but the belief that only the water-borne product
should be specified in severe environments has persisted.

However, close examination has shown the difference in performance between the two types to be minor. The WB-
IZS is certainly harder with better abrasion resistance, but this is not relevant for most atmospheric applications.
In accelerated Prohesion testing, Lofhelm et al (3) found the SB-IZS outperformed WB-IZS.

However, relating accelerated to field performance is not always advised.

Single coat solvent borne IZS has in fact been used in many applications. Table 2 is a list of examples in Australia
and New Zealand showing the durability of a specified 75 microns of ethyl silicate IZS from a survey taken in
2001 (4). This limited survey, while not confirming equality with the water-borne product certainly dispels the
myth that the solvent-borne product provides inferior durability.

In a survey of 17 single-coat inorganic zinc coated bridges in Victoria (5), only one structure was protected with
solvent-borne inorganic zinc, a bridge 22 years old. While a single structure does not allow definite conclusions
to be drawn, it is interesting to compare its performance with those coated with the water-borne product. It did
perform significantly poorer for its age than the water-borne counterparts, but, as shown by Figure 3, its poorer
performance is most likely due to the rather low film thickness that was applied over parts of the structure. The
regions of rust breakthrough were associated with these areas of low film thickness. The coating performed well
where the coating was thicker. Interestingly, the maximum thickness on this structure measured was 336 microns,
with a number of readings above 150 microns but, as with the water-borne product, no mud cracking was
observed.

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SB IZS has fewer curing limitations than the WB product, and there are other advantages associated with
specification and use of solvent-borne product over the water borne zincs (6). However, properly applied, both
types can provide excellent protection in severe environments. Specifiers need to be aware that both products will
provide good protection and can be used interchangeably in many situations.

Fato: As duas tintas, silicato inorgânico de zinco base água e base solvente, podem fornecer excelente proteção
em muitos ambientes. A escolha do tipo deve ser normalmente baseada na aplicação e nas condições de cura
(ver a seção seguinte). Observe que a aplicação de demão única com 100 µm de base solvente pode ser
especificado conforme referenciado em AS 4841-2006.

Fact: Both single coat WB and SB IZS coating systems can provide excellent protection in many environments.
Selection of the type should normally be based on likely application and curing conditions (see following section).
Note that the application of a single 100 micron coat of SB IZS can be specified by reference to AS 4841-2006.

Mito: As mesmas considerações de secagem e cura devem ser seguidas na aplicação de ambos produtos,
silicato inorgânico de zinco base água e base solvente.

Os processos de secagem (perda de solvente) e cura (reação química) são completamente diferentes para os
dois produtos e devem ser levadas em consideração os ambientes durante a aplicação. Deve ser entendido que
embora ocorram a evaporação da água ou do solvente e a pintura aparenta estar seca, isto não significa que a
pintura está curada. A reticulação estará ocorrendo e esta reação continua por muitas semanas e até anos.
Salome (7) descreveu com detalhes as condições aceitáveis para aplicação destes dois produtos e epóxi zinco
para comparação.

Para produto base água, o primeiro estágio é a evaporação da água, então é necessário um ambiente seco e
quente. Após a evaporação da água, uma das primeiras reações durante a cura é a produção de hidróxido de
potássio. Sob condições normais, isso será neutralizado durante a reação com o dióxido de cartono do ar e
umidade e possibilita a formação do polímero silicato de zinco que é mais insolúvel e resistente a água com o
tempo. Entretanto condensação ou chuva pode causar o ataque do hidróxido de potássio ao zinco ou o silicato
que não tenha reagido, causando ferrugens localizadas, bolhas ou um filme mole e não curado (Figura 4). Chuva
forte pode remover o hidróxido do filme e este dano pode impedir a cura. Dependendo das condições
ambientais, pode levar semanas ou meses antes do hidróxido tenha reagido ou removido do filme e alcançar
uma superfície neutra.

Condições ideais para a aplicação de silicato inorgânico de zinco base água são a temperatura da superfície entre
20º C a 25º C e a umidade relativa do ar entre 40% a 50%. Nessas condições a cura a resistência a água pode
levar cerca de 2 horas. Mais distante das condições ideais, o tempo de cura será mais longo. A pintura deve ser
protegida da chuva ou condensação durante este período. Embora não muito citado, o movimento do ar
também é uma condição importante para a secagem de tinta base água e ar parado deve ser evitado.

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(a) (b)
Figura 4: Corrosão localizada e empolamento em pintura com silicato inorgânico de zinco base água pela
produção de alcalinos e como resultado da condensação ocorrida durante a cura

Para produto base solvente, o primeiro estágio é a evaporação do solvente que ocorre inclusive em dias frios.
Após a evaporação do solvente, o silicato de etila reage com a água da umidade atmosférica (reação de hidrólise)
para formar um silanol e etanol. As moléculas de silanol reticulam na reação de condensação com o zinco e
umidade para formar o polímero silicato de zinco. Não há formação de hidróxido e a pintura se torna insolúvel
em água em questão de minutos. Com o álcool como seu solvente, pode ser aplicado sob condições mais frias
que produtos base água que por outro lado não precisa de umidade relativa do ar alta para cura. Sob condições
de baixa umidade, a pintura seca. mas não cura formando um filme friável e baixa coesão. As condições ideais
para a aplicação de base solvente são temperatura da superfície entre 20º C e 25º C e umidade relativa do ar
entre 70% e 90%. No entanto pode ser aplicada em temperatura até 5º C e umidade relativa pelo menos de 50%,
embora o mínimo deve ser de 60% caso seja pintada com outra tinta. A pintura vai curar sob condições de
umidade muito alta, mas a evaporação do solvente pode retardar e corre o risco de danos causados por chuva
ou condensação. O tempo de cura aumenta com a baixa temperatura e baixa umidade relativa do ar. A Figura
B1 na AS/NZS 3750.15-1998 fornece uma típica curva para cura de tinta silicato inorgânico de zinco base
solvente.

A Figura 5 resume as condições de secagem e cura para os dos tipos de tintas silicato inorgânico de zinco, base
água e base solvente.

Figura 5: Condições de temperatura e umidade relativa do ar para cura de tinta silicato inorgânico de zinco.

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Fallacy: The same drying and curing considerations relate to application for both the WB and SB products.

The processes of both “drying” (loss of solvent) and “cure” (chemical reactions) are completely different for the
two products so entirely different environmental considerations are appropriate during application. It needs to
be recognised that just because the water or solvent has evaporated from the coating and the coating appears
dry, this does not mean that the coating is cured. There will be considerable cross-linking occurring and this
reaction continues for many weeks and even years. Salome (7) described in detail the acceptable conditions for
application of the two products, and epoxy zinc for comparison.

For the water-borne product, the first stage is evaporation of the water, so warm, dry conditions are required.
After evaporation of the water, one of the first reaction products during the cure is production of alkaline
potassium hydroxide. Under normal conditions, this will neutralise through reaction with atmospheric carbon
dioxide and moisture and allow the zinc silicate polymer to form, which becomes more insoluble and water
resistant with time. However, heavy dew or water ponding will cause this hydroxide to attack the zinc or the
unreacted silicate, causing spot rusting, blistering or a soft, uncured film (Figure 4). Heavy rain may wash the
hydroxide out of the film, and this damage may not arise. Depending on the weather conditions, it may be weeks
or months before the hydroxide is reacted or removed from the coating and a neutral surface is achieved.
Ideal conditions for the application of WB-IZS coatings are a surface temperature of 20 to 25°C, and an RH of
between 40% and 50%. Under these conditions, curing to water resistance can be achieved in about 2 hours. The
further away from the ideal conditions, the longer will be the curing time. The coating must be protected from
rain or heavy dew during this period. Although not often stated, moving air is also important for drying any water-
borne coating, and stagnant air conditions must be avoided.

For the solvent-borne product, the first stage is evaporation of the solvent which readily occurs even under cold
conditions. After evaporation of the solvent, ethyl silicate reacts with water from atmospheric humidity (a
hydrolysis reaction) to form a silanol and ethanol. The silanol molecules cross-link in a condensation reaction,
reacting with zinc and moisture to form a zinc silicate polymer. No hydroxide forms and the coating becomes
water insoluble within a matter of minutes. With alcohol as its solvent, it can be applied under cooler conditions
than the water-borne, but SB-IZS does require high humidity to cure. Under conditions of low humidity, the
coating “dries” but a soft, friable un-cured coating results.

Ideal conditions for application of solvent-borne IZS are a surface temperature of 20 to 25°C, and an RH of
between 70% and 90%. However, they can be applied at a temperature down to 5°C and a relative humidity of at
least 50%, although this should be at least 60% if the IZS is to be overcoated. The coating will cure under
conditions of very high relative humidity, but evaporation of the solvent will be retarded and there is greater risk
of damage from rain or condensation. Curing times will increase with cooler temperatures and lower humidity.
Figure B1 in AS/NZS 3750.15-1998 gives typical curing profiles for a solvent borne inorganic zinc.

Fato: A aplicação de silicato inorgânico de zinco base água requer condição seca e quente do ambiente enquanto
base solvente requer umidade relativa do ar mais alta. Para prevenir que um aplicador seja forçado a aplicar a
tinta silicato inorgânico de zinco em condições climáticas inferiores onde certamente não terá uma cura
satisfatória, providência deve ser tomada pelo especificador para que tanto a tinta base água ou base solvente
deve ser aplicada dependendo das condições predominantes.

Fact: Application of WB-IZS requires warm, dry conditions, while the SB-IZS requires relatively humid
conditions. In order to prevent an applicator being forced to apply an IZS coating under climatic conditions where
it is not likely to achieve satisfactory cure, provision should be made by specifiers to allow either solvent or water
borne zinc silicate coating to be used depending on prevailing conditions.

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Pintura com Tinta Silicato Inorgânico de Zinco: FATOS & MITOS
Mito: Diminuir a espessura do filme para reduzir o risco de craqueamento da pintura é crítico quando se aplica
tintas silicato inorgânico de zinco.

Um dos problemas com tinta silicato inorgânico de zinco, especialmente base solvente, é a tendência de
craqueamento quando aplicada com excesso de espessura. É um problema real e muitas aplicações em
superfícies complexas resultam em craqueamento em cantos e outras áreas difíceis durante a pintura. Mas o
craqueamento não é um defeito tão sério quanto aparenta. Primeiro, com muitas formulações, pode não ser
visível a não ser que a espessura esteja acima de 100 µm (9). Com pintor bem treinado e experiente como
discutido anteriormente, mantendo a espessura abaixo de tal nível, pode não ter problema. Em segundo, como
demonstrado, a tinta silicato inorgânico de zinco parece mais com concreto do que pintura e tal como concreto,
um leve craqueamento não deve ser um problema. Os produtos de corrosão vão preencher os vazios deixados
pelo leve craqueamento do mesmo modo que acontece com o concreto. Finalmente, mesmo que o aço esteja
exposto, o zinco vai fornecer a proteção catódica prevenindo a ocorrência da corrosão no substrato.

Como mostrado na Figura 3, é crítico que não tenha pintura suficiente cobrindo todas partes da estrutura. Para
que aconteça isso, a espessura especificada deve ser de tal modo que tenha pequena chance de regiões com
espessura menor que 75 µm. Para conseguir isso, o pintor deve ter como objetivo espessura por volta de 100
µm. Espessura de filme seco padrão na AS 3894.3 e SSPC-PA 2, permite espessura mínima de 80% da espessura
especificada se a média for aceitável. Isto significa que espessura mínima especificada de 100 µm pode ter
espessura até 80 µm, mas não inferior a essa medida. Isso pode assegurar que a pintura tenha espessura
suficiente para minimizar o risco de defeitos em regiões com baixa espessura. Uma inspeção visual deve ser feita
para assegurar que não haja nenhum craqueamento severo e perda de aderência, mas craqueamento invisível
deve ser deixado. Certamente não existe uma exigência de checar isso com o uso de lentes de aumento.

Fallacy: Minimising the film thickness to reduce the risk of mudcracking is critical when applying inorganic
zincs.

One of the problems with IZS coatings, especially solvent-borne, is their tendency to mud crack when applied too
thickly. This is a very real problem, and many applications on complex surfaces will result in cracking in corners
and other difficult areas when the coating is applied too heavily. But mudcracking is not as serious as it may
appear. Firstly, with many formulations, it does not become visible unless the coating is some hundreds of microns
thick (9). With the trained and experienced applicators as discussed above, keeping the thickness below such
levels should not be a problem. Secondly, as discussed above, IZS is more like concrete than paint, and as with
concrete, fine cracking should not be an issue. The corrosion products should fill in the cracks in the same way
that fine cracks in concrete will often self heal. Finally, even if the steel was exposed, the zinc would provide
cathodic protection preventing corrosion of the substrate.

As shown in Figure 3, it is critical that there is sufficient coating covering every part of the structure. In order to
achieve this, the target film thickness should be such that there is little chance that there will be regions with less
than about 75 microns of coating. To achieve this, skilled applicators should aim for around 100 microns. Dry
film thickness Standards such as AS 3894.3 and SSPC PA-2 allow readings down to 80% of the specified minimum
film thickness if the average is acceptable. Therefore, a specified minimum DFT of 100 microns means that the
applicator is allowed to apply the coating in places down to 80 microns, but no lower. This should ensure that
there is sufficient coating over the entire surface to minimise the risk of premature breakdown in low DFT regions.
A thorough visual inspection should be carried out to ensure there is no severe mudcracking and loss of adhesion,
but minor cracking can be left. There is certainly no requirement to check for its presence with a hand lens.

Fato: Regiões com baixa espessura de filme seco está mais suscetível a apresentar defeitos na pintura do que
regiões que estejam apresentando leve craqueamento. Craqueamento severo deve ser reparado, mas é melhor
concentrar em alcançar a espessura de filme suficiente. É recomendado que a tinta silicato inorgânico de zinco
Seja aplicada com espessura mínima especificada de aproximadamente 100 µm.

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Pintura com Tinta Silicato Inorgânico de Zinco: FATOS & MITOS
Fact: Regions of low DFT are far more likely to allow premature coating breakdown than regions showing minor
mud cracking. Severe mudcracking should be repaired, but it is better to concentrate on achieving sufficient
coating thickness. It is recommended that IZS be applied to a minimum specified thickness of approximately 100
microns.

Mito: Uma tinta silicato inorgânico de zinco não deve ser reparado com ela mesma.

Este é um mito popular que recomenda para reparo com tinta epóxi rica em zinco. De fato, o silicato inorgânico
de zinco pode ser repintado com ela mesma com algumas considerações que difere do reparo com outros tipos
de tinta, embora a aplicação com a tinta original requeira cuidado e habilidade.

Realçando, deve ser levado em conta a porosidade da pintura. Se a pintura se encontrar com baixa espessura
após aplicação e demão adicional seja requerida, não vai ter chance das porosidades serem preenchidas com
produtos de corrosão e a solução de silicato do reparo vai migrar para dentro das porosidades deixando uma
superfície friável e de baixa coesão. De acordo com Baxter (2) o teor de líquido da tinta de reparo deve ser
aumentado de 10% a 15% que seria quantidade de líquido suficiente para prevenir que o filme se torne menos
coeso e tenha perda de aderência. Pulverizar água antes de aplicar a pintura de reparo para criar produtos de
corrosão do zinco e preencher as porosidades também tem sido sugerido.

Uma vez que a pintura esteja exposta, a porosidade deixa de ser a questão. Como em qualquer pintura de
reparo, a superfície deve ser adequadamente limpa antes de aplicar a tinta silicato inorgânico de zinco. Zhang e
Walker (10) investigaram inúmeras técnicas de preparação de superfície e inúmeros pintura de reparo diferentes
sobre tinta silicato inorgânico de zinco exposto ao tempo (Figura 6). Eles verificaram que após 8 anos de
exposição, o reparo com silicato inorgânico de zinco base água e base solvente, desempenharam muito bem e
onde eram recomendados reparos com tinta poliuretano rica em zinco curado com umidade e epóxi rica em
zinco não tiveram desempenho satisfatório bem como apresentaram corrosão branca, deterioração da pintura
e no caso de tinta epóxi rica em zinco, corrosão vermelha.

A preparação de superfície mais efetiva foi com jateamento ligeiro seguido de tratamento mecânico,
hidrojateamento a baixa pressão e com adição de abrasivo e lavagem com água a baixa pressão. Entretanto, o
efeito da preparação de superfície foi mais significante para o desempenho fraco da pintura de reparo e fez
pequena diferença para o reparo com silicato inorgânico de zinco. Riding (11) também realizou testes de reparos
em corpos de provas e concluiu que o método de preparação de superfície, se com raspagem com escova,
lavagem com água baixa pressão e escovamento e lavagem ou lavagem e jateamento ligeiro, fizeram pouca
diferença na aderência. Verificou que quando a preparação de superfície limpa a superfície e deixa livre de
contaminantes soltos, então pode ser aplicada um adequado reparo.

Figura 6: Teste de repintura na passagem de Graham Street.

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Zhang e Walker encontraram que a aderência após oito anos de todas quatro pinturas de reparo estavam de
boa para excelente em todos os casos. Entretanto, a aderência inicial da pintura de manutenção com silicato
inorgânico de zinco era fraca (9, 11). Isto é porque a cura total dessas pinturas leva um bom tempo e somente
quando a pintura estiver quase completamente curada (que pode levar alguns meses) ocorre a aderência que
se desenvolve entre a pintura nova com a velha.

Na verdade, a coesão da pintura de reparo mais do que a aderência da nova pintura sobre a pintura velha precisa
ser desenvolvida. Reparo com silicato inorgânico de zinco pode não ser executado onde a aderência inicial possa
ser crítica, mas esta situação não deve ser muito comum em aplicação em estrutura de aço em condições
atmosférica.

Fallacy: An inorganic zinc coating cannot be repaired with itself.

This is a popular fallacy with repair recommendations ranging from complete removal to overcoating with epoxy
zinc. In fact, IZS can be recoated with itself with few extra considerations that differ from repair of other coating
types, although as with original application this does require care and skill.

Once again it is the porosity of the coating that must be taken into account. If the coating is found to be too thin
after application and an extra coat is required, the porosity has not had a chance to fill with corrosion products
and the silicate solution from the repair coat will migrate into the voids leaving a friable and powdery surface.

According to Baxter (2) the liquid content of the repair coat should be increased by 10 to 15% so that there is
sufficient liquid to prevent the surface layer becoming underbound and lack in adhesion. Spraying the zinc with
water before applying a repair coat to create corrosion products that fill the porosity has also been suggested.
Once the coating has aged, porosity is no longer an issue. As with any other repair coating, the surface must be
properly cleaned before applying a topcoat of IZS. Zhang and Walker (10) investigated a number of surface
preparation techniques and a number of different repair coatings over aged inorganic zinc (Figure 6). They found
that, after eight years of exposure, repair with SB and WB IZS both performed very well and were recommended.
Zinc-rich moisture cured urethane and epoxy zinc repair coatings did not perform as well with white rust, coating
deterioration and, in the case of the epoxy zinc, red rust. For surface preparation, sweep abrasive blasting was
most effective, followed in order by power tool cleaning, low pressure water cleaning with abrasive injection, and
low pressure water cleaning. However, the effect of surface preparation was more significant for the poorly
performing repair coats, and made little difference to the IZS repair coating. Riding (11) also carried out repair
tests on panels and found the method of surface preparation, whether scrub with a brush, low pressure wash,
scrub and wash or wash and sweep blast made little difference to adhesion. It appears as long as the surface is
thoroughly clean and free from loose contamination, then it will be suitable for overcoating.

Zhang and Walker found that the adhesion after eight years of all four repair coatings was very good to excellent
in all cases. However, the initial adhesion of a maintenance IZS coating is poor (9, 11). This is because full cure
of these Coatings takes a long time and it is only when the coating is almost completely cured (which may be some
months) that the bond between the old and new coating has fully developed.

It is actually cohesion within the repair coat rather than adhesion of the new coat to the old coat that needs to
develop. Repair with IZS should not be carried out where initial adhesion is critical, but such situations should
not be common for structural steel in most atmospheric applications.

Fato: Áreas com baixa espessura após aplicação pode receber a mesma pintura se a porosidade do filme for
levada em consideração. Quando uma demão única de silicato inorgânico de zinco requer manutenção, pode
ser reparado com outra demão de silicato inorgânico de zinco, base solvente ou base água, dependendo das
condições predominantes. Jateamento ligeiro é a preparação ideal, mas outros métodos normais de preparação
podem ser usados. A aderência inicial da pintura de reparo pode ser baixa, mas isto melhorar com o tempo e a
pintura de reparo lentamente se funde com a pintura existente.

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Fact: Low build areas after application can be built up with the same coating if porosity of the film is taken into
account. When a single-coat ISZ coating system needs maintenance, it can be repaired with another coat of IZS,
water or solvent borne depending on prevailing conditions. Sweep blasting is ideal preparation, but any normal
surface preparation method can be used. Initial adhesion of the repair coat may be minimal, but this will improve
with time and the repair coat will merge gradually with the existing coat.

Mito: Pintura sobre silicato inorgânico de zinco proporciona proteção adicional em sistema de demão única.

Para pintura convencional, mais demãos são normalmente melhores, como estas vão fornecer melhor proteção
contra danos de raios UV e ataques por oxigênio, água e outros agentes corrosivos bem como minimizar os
riscos de regiões com baixa espessura. Entretanto para pintura com silicato inorgânico de zinco, não se aplicam
a maioria destas considerações. Essas tintas não são afetadas pelos raios UV e como descrito acima, são pinturas
permeáveis e a formação de produtos de corrosão do zinco contribui para melhorar a proteção com o tempo.

Aplicando uma pintura de acabamento, impede que o filme de silicato inorgânico de zinco continue curando e
também a formação de produtos de corrosão. E também o mecanismo de proteção catódica que protege o
substrato de aço, é reduzido pela pintura de acabamento como mostra a Figura 1 (b). Diversos testes têm
mostrado que a pintura de acabamento não é necessário e em alguns casos pode na verdade ser prejudicial à
durabilidade do sistema de pintura (12).

Fallacy: A top coat will provide additional protection to a single-coat IZS coating.

For conventional coatings, more coats are usually better, as these will provide better protection against UV
damage and permeation by oxygen, water and other corrosives as well as minimising the risk of areas with low
build. However for IZS coatings, most of these considerations do not apply. They are not affected by UV and, as
explained above, they are permeable coatings and the formation of zinc corrosion products actually contribute to
improved protection with time.

Applying a top coat prevents continued curing and the formation of the protective corrosion products.
Furthermore, the cathodic protection that protects bare areas of steel is also reduced by a top coat as shown in
Figure 1(b). Many tests have shown that topcoating is not necessary and in some cases can actually be detrimental
to coating system durability (12).

Fato: Tinta silicato inorgânico de zinco, tanto base água ou base solvente, desempenham bem sem a pintura de
acabamento. Pintura de acabamento somente devem ser aplicadas se a cor for requisito e neste caso um primer
epóxi rico em zinco pode ser melhor para aplicar e ter menos problemas de secagem e cura e fornecer
desempenho similar em sistemas de múltiplas demãos.

Fact: IZS, whether WB or SB, performs best when uncoated. Top coats should only be applied if colour is
required, and then an epoxy zinc primer system that is easier to apply and has fewer drying and curing restrictions
provides similar performance in a multi-coat system.

Mito: Se uma pintura de acabamento sobre silicato inorgânico de zinco for necessária, é uma atividade
relativamente simples

Como mencionado antes, acabamento pode ser aplicado quando a cor é um requisito ou algum outro requisito
específico que a pintura de demão única de silicato inorgânico de zinco não atenda. A pintura de acabamento
ajuda na observação e atividades requeridas pelo pintor de sistema sem acabamento descrito anteriormente. O
silicato inorgânico de zinco deve estar curado e qualquer contaminação e overspray devem ser removidos. Os
requisitos de cura são mais importantes e crítico do que para sistema sem acabamento uma vez que o
acabamento seja aplicado, a cura do silicato inorgânico de zinco é interrompida. A pintura de acabamento pode

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falhar através de descolamento do acabamento trazendo junto parte do primer de zinco da superfície, falha
bem conhecida como falha coesiva do zinco conforme a Figura 7 (a) (13). Isso acontece devido à falta de coesão
da demão de zinco que apresenta cura incompleta.

(a) (b)
Figura 7: Descolamento do zinco (a) ou empolamento (b) que pode ser o resultado de aplicação de
acabamento sobre silicato inorgânico de zinco se procedimento adequado não for seguido.

Existem outras considerações quando se aplica pintura de acabamento. O mais importante, a natureza porosa
do zinco pode resultar em bolhas (de gases) ou poros no acabamento, usualmente resultando em aparência de
crateras após secagem como mostra a Figura 7 (b). Isso é devido ao escape da presença de ar contido na
porosidade do silicato inorgânico de zinco. Existem algumas técnicas usadas para diminuir o risco destes defeitos
incluindo o uso de “mist coat” com a pintura de acabamento com pequena diluição ou o uso de uma tinta selante
compatível (14, 15). Essas tintas penetram nas porosidades da pintura de zinco e expulsa o ar para fora. A pintura
subsequente não é, portanto, afetado por bolhas e poros. O ideal é que a pintura de acabamento seja aplicada
sobre o silicato inorgânico de zinco quando este tenha sido exposto por diversas semanas e esses problemas
raramente acontecem com a pintura de acabamento é feito na oficina ou após edificação.

Pintura com silicato inorgânico de zinco base água normalmente não recebem pintura de acabamento devido
ao problema adicional de possível presença de alcalinidade residual que pode destruir qualquer pintura aplicada.
Entretanto o silicato inorgânico de zinco pode receber acabamento látex acrílico que é o único de baixo VOC ou
sem VOC, então pode ser usado como um sistema de pintura “verde” ou ecologicamente correto, onde tenha
como requisito a cor e durabilidade. Esse sistema foi usado na obra que é um ícone em São Francisco – EUA, na
Golden Gate Bridge na década de 1980. Se esse sistema é especificado, todos requisitos referentes a secagem,
cura e pintura de acabamento devem ser seguidos bem como que não deve existir alcalinidade residual na
superfície. Estudos feitos pelo US Department of Transport (16) mostraram que acabamento acrílico
apresentaram empolamento sobre silicato inorgânico de zinco base água em 60 dias, a não ser que o primer
tenha sido exposto ao processo de molhar e secar antes da aplicação do acabamento. Isto torna a superfície
com pH neutro. O único método alternativo para neutralizar a superfície é a aplicação de lavagem com ácido
fosfórico após a cura que é uma atividade anormal para aplicadores de tinta. A pressão da lavagem não foi
suficiente para criar uma superfície neutra. Esses pesquisadores recomendaram testar o pH da superfície para
assegurar que estivesse entre 4 e 7 se vai aplicar pintura de acabamento. Em adição para verificar que a pintura
esteja totalmente curada. Infelizmente testes normalizados não estão disponíveis para ambos requisitos embora
ASTM D4262 (17) pode ser facilmente adaptada para teste de pH e Riding (18) tem desenvolvido méodot para
teste de cura para silicato inorgânico de zinco base água.

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Fallacy: If topcoating IZS is necessary, it is a relatively straightforward activity.

As mentioned above, topcoating should only be carried out when colour is required or there is some other specific
requirement that cannot be met by an un-topcoated IZS system. Topcoating adds to the observations and activities
required by the applicator of the un-topcoated systems described above. The IZS must be thoroughly cured and
any contamination and dry spray must be removed. Curing requirements are even more important and critical
than for the un-topcoated systems as, once the topcoat is applied, no further curing can take place. Topcoats can
fail by peeling of the topcoated and part of the zinc primer from the surface, a failure known as zinc splitting, as
shown in Figure 7(a) (13). This arises because of the lack of cohesion within an uncured IZS coating.

There are other considerations when applying topcoats. Most importantly, the porous nature of the zinc can cause
bubbling (gassing) or pinholing of the topcoat, usually resulting in a cratered appearance once dried as shown
in Figure 7(b). This arises as air within the porous IZS escapes. There are a number of techniques used to minimise
the risk of this, including use of a low DFT mist coat, application of a layer of the topcoat thinned down
considerably or use of a compatible tie coat (14, 15). These will penetrate into the porosity of the zinc coating
and drive out the air. The subsequent coating should not then be affected by bubbling and pinholing. Ideally the
topcoat should be applied after the ISZ has been exposed to the weather for several weeks, and these problems
are rare when topcoating shop primed steel on site after erection.

Water borne inorganic zincs should not normally be topcoated because of the additional problem of possible
residual alkalinity which may destroy any applied coating. However, WB-IZS topcoated with an acrylic latex is a
unique system with low or no VOC, so can be used as a ‘green coating’ system where colour and good durability
are required. This system was used when the iconic Golden Gate Bridge in San Francisco was repainted in the
1980s. If this system is specified, as well as all the other concerns regarding drying, curing and topcoating, it is
essential that there is no residual alkalinity on the surface. Investigations by the US Department of Transport (16)
showed acrylic topcoats inevitably blistered over WB-IZS within 60 days, unless the primer was subject to cyclic
wetting and drying before topcoat application. This created a neutral pH surface. The only other method for
neutralising the surface was application of a phosphoric post-cure acid wash, an unlikely activity by coating
applicators. Pressure washing was not sufficient to create a neutral surface. These researchers recommended
testing the pH of the surface to ensure it is between 4 and 7 if it is to be over-coated. This is in addition to checking
that the coating is thoroughly cured. Unfortunately, standardised tests are not available for either of these
requirements, although ASTM D4262 (17) can be easily adapted for pH testing and Riding (18) has developed a
method for testing cure of the WB-IZS coatings.

Fato: A pintura com silicato inorgânico de zinco pode receber acabamento com sucesso, mas o aplicador deve
tomar cuidados especiais referente a cura apropriada, superfície isenta de contaminantes, técnicas especiais de
aplicação para evitar bolhas no acabamento e com produto base água, um pH da superfície neutro. Não é uma
atividade tão simples assim.

Fact: IZS can be successfully topcoated, but the applicator must be especially careful regarding proper curing,
absence of surface contamination, special application techniques to avoid topcoat bubbling and, with the WB
product, a pH neutral surface. It is not a simple activity.

CONCLUSÃO

A tinta silicato inorgânico de zinco base solvente ou base água, fornece inúmeros desafios únicos para o
especificador e aplicador. Entretanto a excelente proteção fornecida por esses sistemas, através de aplicação
rápida e econômica fazem valer a pena aprender sua correta aplicação e entender os limites e idiossincrasias.
Seguir essas recomendações é recompensado por uma aplicação com sucesso deste importante produto na luta
contra a corrosão.

Corrosion & Prevention 2013 Paper 026


Pintura com Tinta Silicato Inorgânico de Zinco: FATOS & MITOS
CONCLUSIONS

Inorganic zinc silicate, whether solvent-borne or water-borne, provides a number of unique challenges for the
specifier and applicator. However, the excellent protection provided by these systems, along with its rapid
application and good economy mean that it is worth learning to properly apply it and understand its limits and
idiosyncrasies. The asset owner will be rewarded by successful application of this important product in the fight
against corrosion.

AUTOR

Rob Francis é um metalurgista e especialista em corrosão e pintura. Tem mais


de 40 anos de experiência em metais, materiais e corrosão, especialmente
referente a pintura anticorrosiva. Dr. Francis obteve o título de B.Sc em
Metalurgia junto a Universidade de Melbourne e obteve o título de Ph.D em
ciência da corrosão do Centro de Corrosão e Proteção da Universidade de
Manchester, Inglaterra. É Tecnólogo em Corrosão da Associação Australiana
de Corrosão e Inspetor de Pintura, Certificado pela NACE como Inspetor de
Pintura e Chairman de MT14/2, onde desenvolveu AS/NZS 2312 sobre seleção
e aplicação de pintura anticorrosiva. Editou recentemente a revisão da ACA
Publication – “Inorganic Zinc Coatings – History, Chemistry, Properties,
Applications and Alternatives”.

REFERENCIAS

Referências marcadas com * estão incluídos em “Inorganic Zinc Coatings – History, Chemistry, Properties, Application and
Alternatives” editado por R A Francis, ACA Publicação-1 (2013)

1. *A Thomas, Water-borne Silicates in Coatings and Construction Chemicals, Surface Coatings Australia, March 2009,
p10 and April 2009, p14.
2. *I Baxter, Corrosion Australasia, Vol 18, No. 2, pp 11-12, (April 1993).
3. *K Lofhelm, E Hemmings and A Szokolik, Corrosion & Prevention 2006, Hobart, Tasmania, 2006, Paper 003.
4. E Hemmings, Personal Communication, March 2001.
5. *R A Francis and A Szokolik, Corrosion & Prevention 2000, Auckland, New Zealand, 2000, Paper 071.
6. *E Hemmings and N Demirdjian, Corrosion and Prevention 2001, Newcastle, New South Wales, 2001, Paper 088.
7. *F Salome, Corrosion and Prevention 2002, Adelaide, South Australia, 2002, Paper 017.
8. W Mandeno, Private communication. (2013).
9. *R Francis, D Ellis and A Walker, ACA ‘Corrosion Control 007’ Conference Proceedings, Sydney (2007), republished in
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10. *J Zhang and A L Walker, Proceedings, Austroads 8th Bridge Conference: Sustainable Bridges - The Thread of Society,
Sydney, Australia, 2011.
11. *E. Riding “Inorganic Zinc Silicate Coatings - Chemistry and Protective Properties”, Inorganic Zinc Seminar, Melbourne,
1997, ACA.
12. W J Paton, “Performance characteristics of zinc-rich coatings applied to carbon steel”, NASA Technical Note D-7336,
(July 1973).
13. R Freedman, Private communication (2013).
14. K B Tator, “Topcoating Zinc-Rich Primers”, Materials Performance, March 1976, pgs 9 – 16.
15. SSPC-PS Guide 8.00, Guide to Topcoating Zinc-Rich Primers (2002).
16. J P Ault, C L Farschon, “Adhesion criteria between water-based inorganic zinc coatings and their topcoats for steel”,
FHWA-RD-98-170 (March 1999).
17. ASTM D4262, “Standard Test Method for pH of Chemically Cleaned or Etched Concrete Surfaces”, ASTM International,
West Conshohocken, PA, USA.
18. *E Riding, “Field Test for Water Insolubility of Water Borne Inorganic Zinc Coatings”, Jotun General Information
Bulletin No 002, Revision 1. Issued July 2002.

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