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OBJECTIVO:
o Fazer o acolhimento dos fiéis no portão, no pátio da Igreja antes da entrada do
templo e antes do início da Missa, também poderá ser de casa em casa (Actos 20,
20.28; Actos 5, 42);
o Moldar as pessoas à semelhança de Cristo (Prov 31, 26; Salmos 32, 8);
o Levar as pessoas (irmãos) a conhecerem a Palavra de Jesus Cristo (Salmos 143,
10; Salmos 16, 7; 2º Timóteo 3, 15);
o Fazer as pessoas (irmãos) discípulas e seguidoras do Senhor Jesus “ovelha
gerando ovelha” (2º Timóteo 2, 2.24);
o Partilhar com os irmãos as leituras bíblicas do dia (Deut 6, 7; 1º Timóteo 4, 6);
o Levar os irmãos ao arrependimento das suas más acções e atitudes (Marcos 1, 15
e 2º Samuel 12, 13);
o Recrutar e treinar os membros para melhor cumprir com discipulado (Prov 9,9-
10; Salmos 34, 11 e Isaías 28, 26);
o Associar os jovens recém-baptizados ou crismados ao serviço da Igreja (Isaias
48, 17; Colossenses 3, 16);
o Incentivar o estudo e a meditação da Sagrada Escritura (Oséias 4, 6; Jó 21, 22);
o Meditar e Orar fervorosamente (Jó 34,4; 1º Tess 5, 17-19; Efésios 6, 18; Col 1,
9; 2º Timóteo 1, 3; Salmos 86, 3 e 1º Samuel 12, 23);
o Estimular os irmãos a fazerem a catequese “Sacramentos” (Salmos 119, 66);
o Recolha de bens não perecíveis para ajudar os irmãos da comunidade mais
necessitados (Gálatas 6, 9-10; Mateus 25, 31-46 e Lucas 21, 1-4).
REFERÊNCIAS PARA FAZER PARTE DO MOVIMENTO
Recém-batizados e recém-crismados;
Casados e não casados.
O irmão “Batizando e Crisma” implica que é alguém que já foi evangelizado, convertido
e incorporado na Igreja, este pode fazer parte do movimento.
O PROBLEMA
Um estudo cuidadoso do ensino e da vida de Cristo revela que o discipulado possui dois
componentes essenciais: a morte de si mesmo e a multiplicação. São essas as ideias
básicas de todo o ministério de Jesus. Ele morreu para que pudesse reproduzir nova vida.
E ele requer que cada um de seus discípulos siga o seu exemplo.
Jesus é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis. E o Senhor do Universo ordena que toda
pessoa o siga. Seu chamado a Pedro e André (Mt 4, 18.19) e a Tiago e João (Mt 4, 21)
foi uma ordem. “Siga-me” sempre tem sido uma ordem, nunca um convite (Jo 1, 43).
Jesus nunca implorou que alguém o seguisse. Ele era embaraçosamente direto. Ele
confrontou a mulher no poço, com o seu adultério; Nicodemos, com seu orgulho
intelectual; os fariseus, com sua justiça própria. Ninguém pode interpretar
“Arrependam-se, poiso Reino dos céus está próximo” (Mt 4, 17) como uma súplica.
Jesus ordenou a cada pessoa que renunciasse a seus interesses, abandonasse os pecados
e obedecesse completamente a ele.
Quando o jovem rico se recusou a vender tudo o que possuía para segui-lo (Mt 19, 21),
Jesus não foi correndo atrás dele tentando conseguir um acordo, tile nunca minimizou
seu padrão. Jesus declarava apenas: “Quem me serve precisa seguir-me.…” (Jo 12, 26).
Jesus esperava obediência imediata. Ele não aceitava desculpas (Lc 9, 62) Quando um
homem quis primeiro sepultar o pai antes de seguir Cristo, ele replicou: “...Siga-me, e
deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos” (Mt 8, 22). Homem algum
recebeu algum elogio por ter obedecido à ordem de Cristo de segui-lo e tornar-se seu
discípulo; era o que se esperava de todos. Jesus disse: “Assim também vocês, quando
tiverem feito tudo o que lhes for ordenado, devem dizer- ‘Somos servos inúteis; apenas
cumprimos o nosso dever’” (Lc 17, 10).
Assim, quando é que você se torna um cristão, um discípulo de Cristo? Quando vai à
frente em resposta a um apelo? Quando se ajoelha diante do altar? Quando chora
sinceramente? Nem sempre. Os primeiros seguidores de Cristo tornaram-se discípulos
quando lhe obedeceram, quando “eles, deixando imediatamente seu pai e o barco, o
seguiram” (Mt 4, 22)
A obediência à ordem de Cristo “Siga-me” resulta na morte de si mesmo. O
cristianismo sem essa morte é apenas uma filosofia abstrata. É um cristianismo sem
Cristo.
Talvez o erro fundamental cometido por muitos cristãos seja fazer distinção entre
receber a salvação e tornar-se discípulo. Colocam as duas coisas em níveis diferentes de
maturidade cristã, presumindo que é aceitável ser salvo sem assumir compromisso com
as exigências mais radicais de Jesus, como “tomar a sua cruz” e segui-lo (Mt 10, 38).
A glória de Deus é mais importante do que o bem-estar do homem (Is 43, 7).
Ninguém que compreenda o propósito da salvação ousaria especular que uma pessoa
pudesse ser salva sem aceitar o senhorio de Cristo. Cristo não pode ser o Senhor da
minha vida se eu for o senhor dela. Para que Cristo esteja no controle, tenho de morrer.
Não posso me tornar discípulo sem morrer
Em grego, a palavra mathētēs refere-se a alguém que aprende por instrução de outra
pessoa.
O discípulo não está acima do seu mestre (Mt 10, 24);
O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem
instruído será como o seu mestre. (Lc 6,40)
Um discípulo é alguém que se associa constantemente com uma pessoa que tem fama
pedagógica ou uma certa Teologia ou Filosofia. É, portanto, um discípulo ou aprendiz.
Jesus não nos prometeu uma vida sem lutas e dificuldades. Na vida cristã existem também
desafios e obstáculos a serem superados. Quantos desistem nos primeiros passos! Mas o
evangelho é para os fortes, para aqueles que querem ser vencedores nas dificuldades. Ele
afirmou que “…no mundo passais por aflições”. Mas nos garantiu a vitória, ao dizer:
“mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16,33).
Busque forças em Jesus para prosseguir. Aprenda na sua Palavra, a Bíblia Sagrada, a
vencer o inimigo e a edificar a sua mente. E assim, o irmão será um vencedor.
Hebreus 12,2 diz: “Corramos com perseverança a carreira que nos está proposta
MEDOS NO MINISTÉRIO:
Deus fala que não é bom ser dominado pelo medo. O medo é um sentimento natural
mas pode nos paralisar e levar a decisões erradas. Quem confia em Deus não precisa ter
medo do futuro.
Pensando nisso, percebemos que o cristão e o medo não combinam, isso porque o medo
é a resposta da falta de conhecimento a respeito de quem Deus é – é como se disséssemos
que Ele não é capaz de guiar nossas vidas pelo caminho correto, que somos melhores
tomadores de decisão. Isso pode ocorrer porque acreditamos nas histórias de que Deus é
mau e severo e que nos castigará a qualquer momento, é o resultado de viver na ausência
da graça de Cristo Jesus.
“Bons pensamentos sobre Deus geram amor, e esse amor nos torna diligentes e fiéis;
mas pensamentos severos sobre Deus geram medo, e esse medo nos torna indolentes e
incrédulos.”
O texto de João 8,31 diz o seguinte: “Se permanecerem firmes na minha Palavra,
verdadeiramente serão meus discípulos”. Ninguém pode ser discípulo de alguém sem ao
menos saber o que o Mestre lhe exige e sem obedecer às condições impostas por este. Por
isso, permanecer na Palavra significa não apenas ouvir o que as Escrituras dizem, mas
meditar e colocar em prática os ensinos de Jesus para que estes se tornem parte de sua
vida. As Escrituras são um guia para os discípulos de Cristo. A obediência ao querer de
Cristo deve ser o distintivo de todo discípulo de Jesus, pois o discípulo acata o ensino do
Mestre.
Ama o próximo
Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem
amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês
amarem uns aos outros.
Estas foram algumas palavras de Jesus na noite em que foi preso. Ele instruiu os seus
primeiros discípulos a amarem uns aos outros com o mesmo amor que Ele estava a
demonstrar por eles. Jesus chama os seus discípulos para amarem de uma forma
incondicional, mesmo que isto fique a mal-entendido diante do mundo. Assim como
Cristo se sacrificou para o bem dos seus, os seus discípulos devem se sacrificar para bem
uns dos outros. O amor deve ser a marca dos seguidores de Cristo.
É impossível que um indivíduo seja discípulo de Cristo sem amar os seus irmãos em
Cristo. Todo aquele que deseja ser discípulo de Jesus deve amar como Ele amou. O
discipulado de Jesus está intimamente ligado ao relacionamento com o próximo. Pois
aquele que diz que ama a Deus, deve amar o seu irmão também (1 Jo 4, 20- 21).
O amor mútuo é a característica dos discípulos de Jesus. Há pessoas que usam roupas
especiais, distintivo e togas para serem identificados como integrantes de um grupo. Mas
os discípulos de Cristo não precisam de roupas especiais, mas de atitudes que os
caracterizem como seguidores de Jesus.
Produz frutos
Jesus aponta em João 15,8 mais uma evidência dos seus discípulos: eles dão frutos.55 O
texto expressa o seguinte: “Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem fruto; e assim
serão meus discípulos”.
O Pastor afirma:
Nota-se que o fruto só pode ser gerado na vida do crente a partir da sua união com Cristo.
Quando há uma íntima ligação do discípulo com Cristo, então, assim como uma árvore
cheia de seiva, é gerado o fruto. O texto anterior mostra que é importante que o discípulo
esteja ligado ao Mestre: “... se vocês permanecerem em mim...” (Jo 15,7)
A partir das palavras de Jesus mencionadas no texto acima, pode-se notar que o fato de
dar frutos é uma prova de que o indivíduo é discípulo de Jesus. Caso contrário, ele mostra
que não é um discípulo, ou seja, é uma contradição.
O fruto que o texto indica são resultados na mudança de caráter, na atuação do Espírito
na vida do crente, no serviço no ministério, fazendo outros discípulos. Todo discípulo tem
o chamado para se reproduzir, ou seja, gerar frutos.
Segundo o Pastor, que expressa sua opinião de forma bem sucinta, discípulo de Cristo é
aquele que deseja, acima de tudo, ser como Ele, gerando frutos da Sua presença.
PERDÃO
O discípulo não pode amar a Deus ou a si mesmo, e muito menos aos outros, a não ser
que aceite o completo perdão de Deus e com base nisso perdoe a si mesmo, aos outros e
aceite o perdão dos outros.
Você precisa aceitar o completo perdão de Deus para o seu passado, presente e futuro.
Não existe pecado que não possa ser perdoado com a confissão e com o genuíno
arrependimento. Deus promete purificar-nos de toda injustiça (1º Jo 1,9) e esquecer para
sempre nossos pecados (Is 43, 25). O perdão de Deus é perfeito. Deus é perfeito. Ver
abaixo um exemplo prático:
Há sete anos, Pat Williams assistiu à sua primeira reunião do grupo de estudo bíblico da
Impacto Mundial em um terreno baldio em Watts. Quando ela se entregou a Jesus, sua
vida começou a mudar. Ela estudava a Bíblia com fidelidade, orava e adorava
a Deus. Depois de formar-se, entrou para nossa equipe e começou a trabalhar na própria
comunidade em que ela cresceu. Pat parecia ser um exemplo de ouro do poder redentor
de Deus.
Entretanto, por baixo do seu sorriso contagiante, Pat escondia uma infância marcada por
opressão e abuso físico. Seu pai havia abandonado a família quando sua mãe estava
grávida de três meses de Pat. Ela e seus cinco irmãos tinham três pais diferentes. Viviam
na pobreza, às vezes, sem ter o que comer.
Contudo, o que mais feria a memória de Pat era o abuso sexual que tinha sofrido. Seu
próprio tio começou a estuprá-la quando era ainda criança. Ela recorda: “Ele me dava
doces e me pegava sempre que queria. Como ele fazia parte da família, não havia nada
que eu pudesse fazer. Ele ameaçava me matar se eu contasse” Pat cresceu com ódio de
todos os homens e odiando a si mesma por aquilo que seu tio fizera com ela. Mesmo
depois de ser missionária de nossa equipe, detestava ter de estar com homens. Sua vida
cristã estava enfraquecida pela culpa, pelo ódio e por um espírito ferido. Como tantos
cristãos, Pat havia aceitado o dom de Deus da salvação, mas não tinha aceitado o seu
completo perdão.
Há nos dias de hoje certa confusão quanto ao plano de Jesus a respeito da evangelização
mundial. Há muitos que olham para a quantidade de pessoas perdidas e veem o resgatar
do mundo como algo impossível. Mas o problema está em não compreender que o plano
de Jesus não é de adição, mas de multiplicação.
Um Padre destaca que melhor do que ganhar alguém para Cristo é ver um filho na fé se
desenvolvendo e produzindo novos discípulos em Cristo. Com base nisso, o Padre afirma
que é importante que se veja além dos “convertidos imediatos”: é necessário ver que um
discípulo pode se multiplicar, gerando outros discípulos de Jesus, que geram outros.
É importante que cada discípulo de Cristo tenha em mente que todos os crentes em Jesus
são ministros em tempo integral. Não se pode estar indiferente à obra de Deus na Terra.
O discípulo de Cristo gera outros discípulos naturalmente, assim como uma árvore gera
os seus frutos. Esta reprodução não vem de esforços humanos, mas quando o discípulo
está ligado ao Mestre, naturalmente ele irá gerar novos discípulos de Cristo, que
permaneçam nEle.
Há uma diferença entre ser apenas um indivíduo que aceitou a Jesus e ser um discípulo
multiplicador. No processo do discipulado, é importante que o discipulador invista no
treinamento da reprodução. Pois o novo discípulo de Cristo precisa entender sua missão
em Cristo. Ele deve compreender que o Evangelho não deve parar nele, mas continuar a
partir dele.
Deus pode e quer usar a todos os seus discípulos de forma tremenda no meio secular. As
Igrejas crescerão mais rapidamente quando os discípulos de Cristo entenderem a sua
missão e a terem em mente sempre, assim como Paulo tinha sempre diante de si a sua
missão e dependia do operar do Espírito através dele.
A colocação acima exposta, indicando que, quando um indivíduo é bem cuidado através
do discipulado, e se entrega de fato ao Senhor, ele em breve gerará novos discípulos de
Cristo. E através de poucas pessoas, muitas podem ser alcançadas para Cristo, e isso é
natural quando se entende o valor do discipulado.
O discipulado não deve se ater somente a levar o indivíduo se torna como Cristo na sua
maneira de ser, mas também a Cristo em seu serviço. Assim como Cristo investiu sua
vida na vida de homens para produzir discípulos, deve-se fazer aquele que almeja se
parecer com o Mestre. Após se tornar ovelha de Cristo, naturalmente irá gerar novas
ovelhas de Cristo.
Jesus chamou os seus discípulos para serem suas testemunhas, como é visto em Atos 1,
8. Mas este testemunhar não é algo que o indivíduo faz, mas que vive. Todas as atitudes,
palavras e modo de viver são evangelísticos e refletem a sua mudança em Cristo. Para o
discípulo de Cristo, manifestar o Reino é natural, como respirar. Por isso, fazer discípulos
de Cristo para este é um processo natural.
No processo em que o discípulo vai se tornando parecido com o Mestre, pelo operar do
Espírito Santo em sua vida ele vai transbordando o Evangelho a outras pessoas. Isso se
torna algo natural para ele. É muito mais do que um método, é um estilo de vida.
aos indivíduos que se tornam uma nova criatura nele: que se reproduzam, ou seja, que
façam outros discípulos por toda a terra.
Entre os muitos benefícios que o discipulado concede, pode-se citar a consciência de que
o discípulo de Cristo deve fazer outros discípulos. Pois o amor e o investimento feito pelo
discipulador irão tocar o discipulando a ponto de este fazer o mesmo com outras pessoas.
Isso gera discípulos produtivos.
O discipulado é “a maneira mais rápida e mais segura de mobilizar todo o corpo de Cristo
para evangelizar”. O discipulado é tanto um resultado da evangelização como uma forma
de realizá-la. Pois o discipulado facilita o crescimento do indivíduo, e este crescimento o
impulsiona a ser produtivo. O discipulado leva o novo convertido a se arraigar em Cristo.
Esta ligação com o Mestre impede que este se torne improdutivo.
Algo que passa despercebido a muitos, é o discipulado de Paulo que frutificou em uma
das Igrejas mais importantes do Novo Testamento. O texto de 1º Coríntios 1,14 aponta
que Paulo batizou apenas Crispo e Gaio na cidade de Corinto. Certamente Paulo tenha
investido nesses discipulando-os e acompanhando-os e a partir deles outros puderam
conhecer do mesmo Evangelho, sendo então batizados por eles. Foi o discipulado de
Paulo com Crispo e Gaio que gerou a Igreja de Corinto.
Outra Igreja que foi gerada pelo discipulado de Paulo e seus companheiros Timóteo e
Silas foi a Igreja de Tessalónica. Isso se evidência no texto de 1º Tessalonicenses 1,6a:
“De fato, vocês se tornaram nossos imitadores e do Senhor...” Paulo e seus companheiros
pregaram aos moradores daquela cidade, e estes se tornaram seus imitadores, imitando
aquele a quem eles três imitavam – o Senhor Jesus. E este fato se torna mais
surpreendente pelo fato de os tessalonicenses se tornarem exemplo para os moradores da
Acaia e da Macedônia, aos quais eles mesmos pregaram o Evangelho. Ou seja, eles
frutificaram se reproduzindo espiritualmente.
Ainda outro exemplo do apóstolo Paulo é o nascimento da Igreja em Éfeso. Nesta cidade
ele ensinou durante dois anos na escola de Tirano. Neste local ele discipulou alguns
homens. Após os dois anos já citados anteriormente, todos os judeus e gregos habitantes
da Ásia haviam ouvido do Evangelho (At 19,9-10). Possivelmente não tenha sido apenas
Paulo que tenha falado do Evangelho, mas também seus discípulos. Pois muitos dos que
iam estudar em Éfeso, estudavam por algum tempo e voltavam a sua terra natal. Dessa
forma levavam o Evangelho ainda a outro lugar.
O discipulador deve se empenhar no preparo do novo discípulo de Jesus, para que este
possa discipular ainda outros e seja frutífero. Os discípulos foram criados para se
reproduzirem. O texto de João 15,5 aponta que, se o discípulo permanece firmado com o
Senhor, este produzirá muitos frutos. O chamado à multiplicação de discípulos é “muito
alto” no Novo Testamento. Pois aquele que já conheceu a Cristo deve reproduzir em outro
aquilo que Cristo gerou em si.
Paulo é muito enfático no fato de que crentes maduros deveriam ser produtivos. Se não
fossem produtivos, ainda não eram maduros, pois nenhum discípulo maduro se contenta
com a esterilidade espiritual.
Nisso entende-se que os discípulos de Cristo devem gerar outros discípulos, e isso não é
uma opção, mas uma ordem dada pelo Mestre. Jesus além de dar a ordem, exemplificou
com a sua vida, investindo em doze homens durante três anos de seu ministério. A Palavra
aponta que foi Cristo quem escolheu os seus discípulos (Jo 15,16), com uma finalidade:
que vão e dêem frutos. Os frutos aqui mencionados são almas salvas.
O discipulado gera discípulos que se reproduzam, que levem outros a se tornarem como
o Mestre. Um leigo afirma: “À medida que se assemelha a Ele, eles irão viver para
reproduzi-lo em outros.”
COMUNIDADE
Cristo é cabeça do corpo (Ef 1,22.23), e Deus é o cabeça de Cristo (1º Cor 11,3). Se você
não faz parte de um corpo cristão, está fora do propósito corporal e criativo de Deus para
o seu povo e perde seu mais importante elo com Deus.
Como o discípulo pode obedecer à ordem de Cristo de “amar uns aos outros” sem que
outros possam receber seu amor? Nenhum cristão pode ter saúde sem outros cristãos. E
por isso que todo cristão imediatamente faz parte do corpo quando se converte: vocês são
o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo”... “Pois
em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito...” (1º Cor 12, 27; 13,
grifo do autor).
Nesse sentido, todo cristão é membro da comunidade redimida de Cristo. A Bíblia nunca
fala da possibilidade de posição sem função. Tentar viver a vida cristã sem um
relacionamento prático com o corpo é, no máximo, uma especulação arriscada.
Consequentemente, é prioridade para todo discípulo pertencer a um corpo cristão
saudável, que funciona.
Um corpo cristão saudável é caracterizado pela união. É composto de discípulos que
morreram para si mesmos e estão em completa submissão a Cristo. Eles descansam no
conhecimento de que “Deus dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua
vontade” (1º Cor 12,18).
O livro de Atos documenta a unidade na Igreja cristã como ponto central. Os cristãos
primitivos eram uma família intimamente ligada. Quando Pedro pregou no dia de
Pentecostes, os outros apóstolos ficaram em pé com ele (At 2, 14). Os discípulos do
século 1º - aprendiam, comiam, comungavam e oravam juntos (At 2, 42). Eles “tinham
todas as coisas em comum” (At 2, 44).
Nenhuma parte de um corpo saudável pode agir independentemente. Minha corrida diária
seria grandemente impedida se as minhas pernas se recusassem a cooperar uma com a
outra.
Se minha perna direita insistisse em ir para a frente enquanto a esquerda tosse para trás,
eu cairia de cara no chão.
As palavras e os atos de cada membro do corpo de Cristo devem promover a união entre
os irmãos. A união é desenvolvida pela comunhão: comunicação regular e honesta e o dar
e receber livremente o perdão. O discípulo entrega-se ao sacrifício de seu próprio bem
em favor do bem do corpo, porque sabe que essa união dará glória a Deus.
O cristão que sofre não pode esconder suas lutas da comunidade. Seus fardos, suas dores
e suas preocupações são imediatamente comunicados por meio do corpo à cabeça, que
coordena uma resposta apropriada. O corpo promove a saúde canalizando toda fraqueza
e dor à sua própria corrente sanguínea para purificação por meio do perdão e da cura. Só
a um corpo doentio falta essa intimidade.
Os membros de um corpo maduro ultrapassaram a ideia incompleta de “ir à igreja” e
entendem que eles são a Igreja. Em Cristo, os discípulos estão “sendo edificados juntos,
para se tornarem morada de Deus por seu Espírito” (Ef 2, 22). Não mais restrita a tijolos
e argamassa, a igreja funciona com força total no mundo dos negócios, na escola e na
vizinhança. A adoração já não se confina ao culto de domingo. Todo ato, toda palavra
e todo pensamento é oferecido em adoração a Deus.
Os benefícios da comunidade para o discípulo são tão grandes que é quase impossível
sobreviver sem eles. Em que outro lugar um discípulo pode estar submisso a homens
espirituais que o conheçam bem? Em que outro lugar pode ser nutrido e receber suporte
para seu crescimento e sua maturidade cristã? Em que outro lugar pode se tornar
semelhante a Cristo pela observação da vida de outros? Pode experimentar comunhão
doce e pura? Pode estar tão seguro no amor do seu próximo de forma que é liberado
para amar aos outros como Deus o ama? Pode pertencer a um coro que canta em uma
só voz um hino contínuo de louvor e adoração ao Criador? Em que outro lugar seu
testemunho para o mundo pode brilhar tanto assim? Em que outro lugar ele pode ser um
discípulo?
□ Meu amor a outros cristãos e visível. Aceitei o perdão de Cristo por meu passado, presente e futuro.
Oração
Nada facilita mais uma relação saudável do que um elogio sincero. Um comentário
positivo e edificante é um gesto de respeito e admiração.
Quando chego a minha casa, as primeiras palavras determinam o ambiente para a noite
inteira. Uma vez estabelecida a direção, é difícil mudar. Se, ao contrário, digo à minha
mulher: “Você nunca se lembra de trancar o portão? Não sabe como é perigoso com os
meninos no quintal?”, já se pode imaginar as consequências. Que diferença faz quando
digo: “Querida, você está maravilhosa!”.
Esa da Rosa sabe que minhas palavras são uma extensão do meu coração. Não existe um
filtro melhor para se manter o entusiasmo do namoro num casamento do que o elogio.
Quando tenho a sabedoria de usar de uma palavra elogiosa em primeiro lugar, nossa
comunicação é saudável e edificante.
Celeste reconheceu isso ao aconselhar quanto ao modo de aproximar-nos de Deus:
“Entrem por suas portas com ações de graças, e em seus átrios, com louvor; dêem-lhe
graças e bendigam o seu nome” (SI 100, 4).
A oração é, antes de tudo, uma avenida pela qual o discípulo adora e honra ao seu Deus.
Aguarde com alegria a oportunidade de estar na presença do Rei dos reis. Permita que a
gratidão flua de seus lábios, e que todo o seu ser expresse admiração e temor diante do
Todo-poderoso. Você tem uma boa razão para declarar o seu amor a Deus: “Pois o Senhor
é bom e o seu amor leal é eterno; a sua fidelidade permanece por todas as gerações” (SI
100, 5).
Certa vez, no início de nosso casamento, Esa da Rosa contava-me notícias alarmantes
vindas de Caxito. No meio da sua descrição. eu a interrompi e terminei de contar-lhe a
história. Nada a frustrou mais do que meu gesto. Embora ela nunca o dissesse diretamente,
percebi de imediato que ou o meu hábito ou o marido teria de sair. Deus usou minha
esposa paciente para me ensinar uma lição valiosa: comunicar é muito mais do que
conversar. Ê ouvir atentamente, dando atenção exclusiva.
Deixar de escutar é um insulto. Quando Esa da Rosa me fala de conversas com amigas,
lugares aonde foi e coisas que ela aprendeu, eu a amo o bastante para tomar parte em sua
vida concentrando-me naquilo que ela diz.
Eu me sentiria lesado se, depois de derramar o coração diante de Deus, não houvesse
resposta. Mas o Senhor promete responder (SI 91, 15). Deus deseja a perfeita
comunicação com os seus filhos. Ele fala comigo por meio da sua Palavra, trazendo-me
à memória versículos, enchendo-me a mente da sua beleza, coragem e vontade. Preciso
apenas atender ao seu conselho: “Parem de lutar! Saibam que eu sou Deus” (SI 46, 10).
Descobri que com Deus, assim como com Esa da Rosa, nossa comunicação mais
significativa ocorre quando estamos a sós.
Ouço melhor quando não há distrações — rádio, Televisão, telefone e outras pessoas.
Estou certo de que era isso que Jesus tinha em mente quando disse a seus discípulos: “...
Venham comigo para um lugar deserto e descansem um pouco” (Mc 6, 31).
SEJA CONSTANTE
E fácil demais eu chegar a minha casa depois de um longo dia de trabalho, dizer algumas
palavras frequentemente repetidas, jogar-me numa poltrona e ler a correspondência —
quase ignorando minha querida esposa. Exige-se uma disciplina verdadeira ir além dos
lugares-comuns e falar abertamente de novas ideias, planos empolgantes ou eventos
incomuns. Mais difícil ainda é ser honesto quanto a mágoas, preocupações e problemas
com os quais estou lutando.
Às vezes, sinto que, após ter sido bombardeado por pessoas, problemas e necessidades o
dia todo, é pura agonia reviver esses incidentes ao compartilhá-los. Tolice! Esa da Rosa
é o meu maior apoio. Ela quer ajudar-me a carregar os fardos e compartir as alegrias. A
comunicação constante capacita-nos a pensar igual, agir igual e ter confiança um no outro.
Partilhar com Esa da Rosa e buscar seu conselho afirmam que eu valorizo quem ela é. Se
deixo de me comunicar, eu a excluo daquilo que sou, e nosso pacto de casamento fica
reduzido a um pedaço de papel.
É por demais frequente que a tentação à preguiça entre furtivamente em minha vida de
oração. Posso racionalizar: “Deus sabe de tudo. Estou cansado demais; não tenho tempo.
Amanhã falarei com ele”. Como acontece em relação a Esa da Rosa, é fácil deixar para
depois. Ninguém fica sabendo. Ninguém me culpa. Mas é um erro pensar que a
comunicação constante com Deus seja uma opção. Se minha comunicação for esporádica,
nosso relacionamento deteriora. Primeiro, minha mulher e eu ficamos sabendo. Depois,
outras pessoas. Finalmente, todo mundo.
A constância na vida de oração do discípulo é como a resistência na vida de um corredor
fundista. Não há atalhos que encurtem o caminho. E atingida mediante um período
extenso de prática diária. Mas, se não usar essa resistência, você a perde.
Quando você pára por algum tempo, não pode recomeçar no ponto em que parou.
A intimidade com Deus exige comunicação regular. Se você não tem conversado com ele
há muito tempo e surge uma crise, sente-se desajeitado e inseguro na sua presença. Sem
comunicação constante, o cristão enfrenta a vida em terreno muito incerto. A
comunicação constante com Deus faz que o coração, a motivação, os pensamentos e até
mesmo os instintos do cristão coincidam com os de Deus. E por isso que lº
Tessalonicenses 5,17 nos instrui: “Orai continuamente” Sua fidelidade faz que você seja
bem-vindo à presença de Deus: “Assim, aproximemo-nos do trono da graça com toda a
confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no
momento da necessidade” (Hb 4, 16).
□ Ouvir ativamente.
□ Constância.
□ Sinceridade total.
CENTRO DE SANTO EUGÉNIO DE MAZENOD
MOVIMENTO DISCIPULADO DE CRISTO
Encontra-se este material especialmente nos cinco discursos, que se resumem no Grande
Mandamento:
Mateus 5, 7;
Mateus 10, s;
Mateus 11, 28-30;
Mateus 13, s;
Mateus 18, s;
Mateus 20, 20-28
Mateus 23, s;
Mateus 24, s;
Marcos 10, 32-45;
1º Cor 9, 16;
Efésios 4, 12;
Colossenses 1, 28;
Colossenses 3, 12-17;
2º Timóteo 2, 1-3;
1º Coríntios 15, 1-8;
Actos 11, 26
Discípulo fiel:
Colossenses 1, 28.
Os cânticos devem ser conhecidos de todos de um modo geral, para que todos participem.
CONCLUSÃO:
O verdadeiro discípulo de Cristo é aquele que dá evidências de Sua presença nele, por
meio da permanência na Palavra (conhecer e praticar), amor ao próximo e do gerar frutos
para a Glória do Pai.
Mas percebe-se que muito se têm negligenciado o plano traçado por Jesus e ensinado por
Ele aos seus discípulos. Os novos métodos de expansão de Igreja apresentados dia após
dia não conseguirão substituir o plano apresentado pelo Mestre. Pois nenhum outro
resulta em maturidade, comunhão e expansão natural como o método de Jesus. Pois estes
são subprodutos do discipulado.
No decorrer da pesquisa, nota-se que o discipulado foi praticado por Jesus e ensinado aos
seus primeiros discípulos, os apóstolos. Estes receberam a ordem de dar continuidade ao
trabalho iniciado por Cristo, porquanto deveriam ensinar a outros tudo o que Jesus os
tinha ensinado. Isso inclui a ordem de fazer outros discípulos apresentada logo antes.
Esta forma de expansão do Evangelho foi levada a sério pelos primeiros discípulos de
Jesus. O apóstolo Paulo apontou em 2º Timóteo 2,2 que o discipulado é repassar a outros
aquilo que já foi aprendido da Palavra e da sua prática. E estes que receberem o ensino,
devem repassar ainda à outros que passem à outros. Isso é multiplicar discípulos de forma
saudável!
Assim como foi eficiente para os primeiros discípulos e para a Igreja Primitiva, o
discipulado é útil para a Igreja contemporânea. Pois visa o crescimento do indivíduo em
Cristo de forma saudável, para que este venha frutificar e gerar novos discípulos do
Senhor. Com isso todo o Corpo é beneficiado.
ORAÇÃO DO MOVIMENTO
Agradecemos a Deus, porque o Senhor Jesus veio para o nosso encontro, chamando cada
um de nós para segui-lo, servir o nosso próximo de coração sinceiro e fraterno,
agradecemos Pai pela valorização na missão deste ministério e que o Espírito Santo seja
o nosso meio de ensinar a sua Palavra, dai-nos os dons e talentos para que possamos saber
dar os próximos passos nesta missão. Por nosso Senhor Jesus Cristos que Deus convosco
na Unidade do Espírito Santo. Amém
LEMA DO MOVIMENTO:
Em primeiro lugar queremos felicitá-lo (a) pela decisão mais importante da sua
vida entregar a vida a Jesus.
Agora uma nova vida começa cheia de bênçãos para si. Você foi feito (a) uma nova
criatura (2º Cor 5,17) em Cristo Jesus. Foi feito (a) um (a) filha(o) de Deus (João 1, 12).
José Cristina;
Isabel Zacarias;
Benedito Jamba;
Mauro Conda.
Desejamos que através destes contactos nasça em si um forte desejo de servir ao único
Deus vivo e verdadeiro, temos toda uma disponibilidade para apoiar nesta nova
caminhada com Jesus.
Além disso, uma boa dica são as escolas bíblicas voltadas especificamente para os novos
convertidos, abordando temas fundamentais como a mensagem da cruz, como funciona
a salvação, a questão da culpa e da graça, a fé como estilo de vida e os pilares da doutrina
da sua igreja são alguns exemplos
11. Em qual livro da Bíblia Jesus diz que veio para servir?
O Filho do homem veio para servir se refere a um episódio da vida de Jesus narrado em
Mateus 20:20-28 e Marcos 10:35-45. Nele Jesus trata do tema da expiação.