François Turretini foi um teólogo suíço do século XVII que escreveu a obra "Compêndio de Teologia Apologetica" para refutar perspectivas como o Catolicismo Romano, Arminianismo e Socinianismo com base nas Escrituras. A obra aborda diversos tópicos teológicos como a doutrina de Deus, Cristo, salvação, igreja e escatologia. A erudição de Turretini é impressionante, citando amplamente a escolástica católica e oponentes da época.
François Turretini foi um teólogo suíço do século XVII que escreveu a obra "Compêndio de Teologia Apologetica" para refutar perspectivas como o Catolicismo Romano, Arminianismo e Socinianismo com base nas Escrituras. A obra aborda diversos tópicos teológicos como a doutrina de Deus, Cristo, salvação, igreja e escatologia. A erudição de Turretini é impressionante, citando amplamente a escolástica católica e oponentes da época.
François Turretini foi um teólogo suíço do século XVII que escreveu a obra "Compêndio de Teologia Apologetica" para refutar perspectivas como o Catolicismo Romano, Arminianismo e Socinianismo com base nas Escrituras. A obra aborda diversos tópicos teológicos como a doutrina de Deus, Cristo, salvação, igreja e escatologia. A erudição de Turretini é impressionante, citando amplamente a escolástica católica e oponentes da época.
RESENHA DO LIVRO “COMPÊNDIO DE TEOLOGIA APOLOGÉTICA”
De François Turretini. Trad. por Edições Paracletos, 1ª Edição em 3 volumes. São Paulo – Cultura Cristã 2011, 848 p.
François Turretini (1623-1687), foi um teólogo de tradição reformada,
identificado com a escolástica calvinista. Turretini atuou como professor de teologia e filosofia em Genebra. Foi forte opositor do Amyraldismo defendido por Moisés Amyraut da Escola de Saumur (1596-1664) que defendia uma espécie de universalismo. A principal obra de Turretini é sua “Institutio Theoloiae Electicae” como resultado de trinta anos de docência em Genebra, a obra é considerada uma das mais abrangentes obras do escolasticismo reformado, a edição latina chega a 1.800 páginas. O conteúdo é denso, porém, profundo, erudito e preciso. Turretini tem como objetivo refutar com base nas Escrituras perspectivas conflitantes como o Catolicismo Romano, Arminianismo e o Socinianismo. No primeiro volume, o autor disserta sobre como a teologia deveria ser utilizada na academia cristã, bem como suas divisões, objetivo e gênero (se teórica ou prática). Logo após, passa a versar sobre as Escrituras Sagradas, sua autoridade, canonicidade, perfeição, clareza, também alude a consideração da Bíblia como autoridade suprema, em detrimento da tradição como ensinam os papistas. A seguir, ainda no primeiro volume, Turretini discorre sobre o ser de Deus e seus atributos, bem como em refutação ao erro dos socinianos ensina com propriedade a doutrina da Trindade Divina, a divindade do Pai, Filho e do Espírito Santo com ênfase na cláusula “filioque” (que o Espírito Santo procede do Pai e do Filho). O autor descreve a doutrina dos decretos divinos e destaca o artigo acerca da predestinação, eleição e reprovação. Posteriormente descreve a doutrina da criação, origem da alma, com ênfase na providência de Deus e na criação dos anjos. A doutrina do pecado é também considerada, tendo em vista o pecado geral e o pecado particular, bem como sua propagação. No segundo volume é abordado o tema da Lei de Deus, tomando o decálogo como ponto de partida. A seguir, Turretini fala a respeito do pacto da graça em ambos os testamentos, sua unidade, extensão, bem como o contraste entre o antigo e o novo pacto, negando as doutrinas papistas do limbo e do purgatório. Ainda neste segundo volume é abordada a Cristologia, ou seja, a pessoa de Cristo (sua encarnação, união hipostática, comunicação de propriedades, duplo estado), sua obra (seus sofrimentos, descida ao inferno, ressurreição, ascensão e entronização a destra de Deus. O oficio mediador, profético e sacerdotal de Jesus são também abordados neste volume. O autor ocupa-se com a doutrina da Salvação, constituída pelo ensino acerca da satisfação, intercessão, a graça de Deus, o chamado eficaz, a fé salvadora e seus atos, objeto, sujeito, perseverança e certeza. Trata da justificação somente pela fé, remissão de pecados, bem como o a santificação e as boas obras. No terceiro volume o autor trata da eclesiologia, destacando o conceito bíblico de igreja: sua unidade, invisibilidade, perpetuidade, suas marcas (pregação fiel da Palavra e administração adequada dos sacramentos). Ao discorrer sobre o governo da igreja, Turretin refuta os erros do primado de Pedro e primazia papal ensinados pelos católicos. Aborda a questão do ministério da igreja – vocação, matrimônio, remuneração, disciplina eclesiástica, bem como refuta a autoridade dos concílios eclesiásticos em detrimento das Escrituras, bem como a relação entre igreja e estado. A respeito dos sacramentos, o autor procura estabelecer um contraste entre os sacramentos no Antigo Testamento e no Novo Testamento, especialmente o batismo e a Ceia do Senhor, refutando com isso as ideias de regeneração batismal e transubstanciação ensinados pelos romanistas. A última parte do terceiro volume é dedicada a escatologia, o autor relata o informe bíblico acerca da ressurreição, fim do mundo, juízo final, morte eterna e vida eterna. É impressionante a grandiosidade da realização de Turretini. Percebemos apesar do estilo denso, um profundo estilo pastoral e devocional um ensinamento maravilhosamente edificante. Não é sem razão que esta obra é considerada uma das maiores obras protestantes já escritas.
A erudição de François Turretini, por exemplo, impressionante. O teólogo
suiço-italiano cita de fonte primária toda a escolástica católica medieval, a realista ou nominalista; sofistas, jesuítas, cita seus opositores da época, Socínio e arminianos; é
dialético, percorre a Patrística inteira . E em termos de devoção, a sua vida e obra
desmentem as acusações pietistas, de outrora e de hoje.