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ESCALAS
1. Introdução
Algumas ideias importantes relacionadas à noção de escala1:
• conjunto de notas;
• normalmente apresentadas e praticadas sequencialmente e ordenadas de acordo a suas alturas;
• extensão: limite de audibilidade humano (16-20000 Hz, aproximadamente) e de extensão dos
instrumentos;
• normalmente seccionadas em períodos ou ciclos delimitados pelo intervalo de 8ª justa;
• o período caracteriza-se por um modo, que é a ordem de intervalos entre as notas consecutivas
dentro do período;
• nomeia-se a escala pelo nome da nota que inicia o período e pelo nome do modo.
1
Extraídas de de minuta de material sobre o assunto de autoria do Prof. Eustáquio Grilo.
2.2 Escalas menores
Para efeito prático, pode-se pensar as escalas maiores e menores como relacionadas entre si pela
armadura de clave2. Começando-se uma escala maior a partir do VI grau de uma escala maior (ou seja, a
uma terça menor abaixo da tônica dessa escala maior) e mantendo-se a mesma armadura, obtém-se uma
escala menor.
A ordem dos intervalos do modo resultante é, como já visto, T-½T-T-T-½T- T-T, chamado de menor
primitivo, ou natural ou antigo. As tonalidades correspondentes às duas escalas são chamadas relativas.
São comuns alterações no VI e no VII graus das escalas menores. E seu uso se tornou tão frequente que os
teóricos propuseram duas formas adicionais para a escala menor. A forma harmônica traz o VII grau
alterado ascendentemente; a forma melódica possui o VI e o VII graus alterados ascendentemente, quando
a escala vai em direção ascendente, mantendo as notas correspondentes à escala primitiva quando em
direção descendente3.
A alteração no VII grau em ambas as escalas visa a criar o grau de sensível (uma vez que a escala menor
primitiva tem o VII grau como subtônica – ou seja, a um tom inteiro da tônica), com a consequente criação
de um acorde maior sobre a dominante, fato que terá implicações importantes do ponto de vista da
harmonia. A alteração do VI grau na forma melódica visa a evitar o intervalo de tom aumentado entre o VI
grau e o VII grau alterado ascendentemente.
As alterações em cada escala organizam-se junto à clave em um conjunto chamado armadura de clave. Os
acidentes indicados na armadura alteram todas as notas de mesmo nome na música. Seguindo a ordem dos
2
Conjunto de acidentes, colocados junto à clave que alteram todas as notas de mesmo nome ao longo da
peça (v. item X, mais adiante).
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Assim reza a teoria tradicional, embora a literatura musical apresente inúmeros exemplos de utilização da
alteração do VI e o do VII graus também quando a escala vai em sentido descendente e vice-versa.
ciclos de quintas, a cada escala acrescenta-se um acidente nas escalas, na seguinte ordem: fá-dó-sol-ré-lá-
mi-si, para os sustenidos; e si-mi-lá-ré-sol-dó-fá, para os bemóis.
A figura abaixo apresenta as quinze tonalidades maiores e suas relativas menores, com as respectivas
armaduras de clave.