Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Tiradas de conversas informais com Prof. Eustáquio Grilo e de minuta de material sobre o assunto, ainda em
preparação, na época.
2.2. Escalas menores
Para efeito didático, pode-se pensar as escalas maiores e menores como relacionadas entre si pela
armadura de clave2. Começando-se uma escala maior a partir do VI grau de uma escala maior (ou seja, a
uma terça menor abaixo da tônica dessa escala maior) e mantendo-se a mesma armadura, obtém-se uma
escala menor.
A ordem dos intervalos do modo resultante é, como já visto, T-½T-T-T-½T- T-T, chamado de menor
primitivo, ou natural ou antigo.
Como o acorde sobre o VI grau em uma tonalidade maior representa a função de relativa da tonalidade em
questão, por extensão, diz-se que as tonalidades são relativas entre si; ou seja, a tonalidade de Lá menor é
a relativa menor de Dó maior e, inversamente, a tonalidade de Dó maior constitui a relativa maior de Lá
menor.
São comuns alterações no VI e no VII graus das escalas menores. E seu uso se tornou tão frequente que os
teóricos propuseram duas formas adicionais para a escala menor. A forma harmônica traz o VII grau
alterado ascendentemente; e a forma melódica possui o VI e o VII graus alterados ascendentemente,
quando a escala vai em direção ascendente, mantendo-se as notas correspondentes à escala primitiva
quando em direção descendente3.
A alteração ascendente do VII grau na escala harmônica visa a criar o grau de sensível nesta escala, fato que
terá implicações importantes do ponto de vista da harmonia, com a consequente criação de um acorde
maior sobre a dominante – daí o qualificativo de harmônica para a escala. O VII grau também é alterado na
forma melódica, e a alteração do VI grau visa a evitar o intervalo melódico de tom aumentado entre o VI
grau natural e o VII grau alterado ascendentemente – como acontece na forma harmônica –, daí o seu
nome de escala melódica.
2
Conjunto de acidentes, colocados junto à clave que alteram todas as notas de mesmo nome ao longo da peça (v.
item X, mais adiante).
3
Assim reza a teoria tradicional, embora a literatura musical apresente inúmeros exemplos de utilização da alteração
do VI e o do VII graus também quando a escala vai em sentido descendente e vice-versa.
2.3. Ciclos de quintas e armaduras de clave
As escalas maiores e menores dentro do sistema tonal são organizadas em um esquema chamado ciclo de
quintas. Partindo-se da nota dó/lá,, o ciclo de quintas ascendentes nos dão as escalas que usam sustenidos;
o ciclo de quintas descendentes nos dão as escalas quequ usam bemóis. As notas que devem ser alteradas em
cada escala são indicadas junto à clave,
clave em um conjunto chamado armadura de clave. clave Os acidentes
indicados na armadura alteram todas as notas de mesmo nome na música – salvo indicação em contrário.
contrário
Seguindo a ordem dos ciclos de quintas, a cada escala acrescenta-se se um acidente nas escalas, na seguinte
segu
ordem: fá-dó-sol-ré-lá-mi-si,
si, para os sustenidos; e si-mi-lá-ré-sol-dó-fá,
si fá, para os bemóis.
A figura abaixo apresenta os ciclos de quintas ascendentes e descendentes, com as armaduras de claves
correspondentes às quinze tonalidades maiores com suas relativas menores.