Você está na página 1de 11

GRUPO DE ACÓLITOS

FORMAÇÃO PARA TURIFERÁRIOS

_________________________________
FORMADOR ( VENÂNCIO FERREIRA )

_________________________________
CO-FORMADOR ( FLORENTINO DE SOUSA )

NOVEMBRO 2021
ESCRITO POR: FLORENTINO DE SOUSA E VENÂNCIO FERREIRA

FORMAÇÃO PARA TURIFERÁRIOS

Livrinho apresentado ao Grupo de Acólitos


da Paróquia Sagrada Família.

Data da aprovação: __/__/____

APROVADO ( )

Conjunto de examinadores

_________________________________
Coordenador ( Dério Miguel )

_________________________________
Vice/Coordenador ( Miguel Henriques )

_________________________________
Resp/Liturgia ( Venâncio Ferreira )

i
ÍNDICE

1. TURÍBULO........................................................................................................... 2
2. NAVETA .............................................................................................................. 3
3. INCENSO ............................................................................................................ 4
4. MODO DE INCENSAR ........................................................................................ 5
5. MOMENTOS PARA INCENSAR (DETALHE - MISSA PARTE POR PARTE) ..... 7

ii
1. TURÍBULO

Pequeno objecto para colocar brasas e incenso. palavras turíbulo (incensário)


e turiferário (aquele que o transporta).

 Constituição do turíbulo:

O turíbulo tem o aspecto de uma esfera de metal, suspensa(o) por correntes


ou cadeados (as correntes do incensador ), unidas pela cápsula e a corrente do
opérculo rematada por uma argola.

Nota: a parte de cima, chamada opérculo, serve de tampa, cujos numerosos


orifícios deixam sair o fumo, para levantar e abaixar o opérculo basta movimentar a
argola. Abrir-se-á a parte de baixo (entre a base e o opérculo), esta base serve para
colocar as pastilhas de carvão e receber o incenso.

 Vemos abaixo o: Esquema simplificado da composição de um turíbulo.

 Como se prepara o turíbulo:

Leva algum tempo a preparar.

O turiferário deve chegar com a devida antecedência.

a) Limpar o turíbulo, caso o anterior turiferário, por descuido, não o tenha limpo.
b) Preparar o fogareiro, o petróleo e o carvão.
Sobre o fogareiro coloca-se o carvão, colocando-se o petróleo sobre o mesmo
(em quantidade mínima pois o petróleo é combustível), acende-se uma vela ou
então utiliza-se um isqueiro ou fósforo e coloca-se sobre o mesmo, criando
contacto directo com a chama. Quando estiver incandescente, põe-se no
incensador.

1
 Como se utiliza o turíbulo:

a) Leva-se o turíbulo fechado, preferencialmente na mão direita, de maneira que


a cápsula fique apoiada no polegar e no indicador.
b) A outra mão, se não houver um naveteiro, leva a naveta, caso contrário, coloca
o braço junto ao corpo, com a mão na zona do peito.
c) Conduz-se o turíbulo, de lado, de modo a não prejudicar o andamento.

d) Só quando antes se impôs incenso, se baloiça o turíbulo lentamente e a toda a


largura.
e) Enquanto o sacerdote incensa, o acólito que o acompanha, deve ter a
preocupação de levantar levemente a ponta da casula, o caso de estar a
dificultar a incensação

 Imposição do incenso

f) O turiferário, de frente para o sacerdote, saúda-o com uma inclinação de


cabeça. Abre o turíbulo, conservando-o na mão esquerda pela corrente, faz
subir com a mão direita a argola e levanta o opérculo à altura devida. Mantém-
no imóvel e de maneira a que as correntes não impeçam a imposição do
incenso.
g) Conservando a mão esquerda por debaixo da cápsula, enquanto com a mão
direita deixa cair a corrente do opérculo, deixa fechar o opérculo do turíbulo,
logo que o sacerdote abençoe o incenso.

 Como se entrega o turíbulo ao cerimoniário que, por sua vez, terá de o passar
ao presidente da celebração

h) Como se entrega ao que vai incensar: pega-se o turíbulo com a mão direita na
cápsula e com a mão esquerda junto ao opérculo. Ao mesmo tempo dirige-se
a cápsula para o lado direito e a parte inferior do turíbulo para a esquerda.

2
2. NAVETA

É o receptáculo ou objecto que contém o incenso à ser posto no turíbulo, é


assim designada por ter a forma de um navio antigo.

 Constituição da naveta:

Contem uma colher, para o sacerdote ou o acólito colocar incenso sobre o


carvão (normalmente pastilhas de carvão) que arde no incensador.

3
3. INCENSO

Incenso (História)

De incendere (acender), é uma resina que, ao arder, produz um agradável


aroma.

 Incenso na Bíblia

A oração é algo interior, que se manifesta exteriormente com a voz, o canto, as


posturas corporais, e também com o fumo suave e o perfume do incenso. O (Salmo
140,2) diz: «Suba até Vós a minha oração como incenso», e o Apocalipse (8,3-4) diz:
que « Adiantou-se outro anjo e pôs-se junto do altar, com um turíbulo de ouro na mão.
Foram-lhe dados muitos perfumes, para que os oferecesse com as orações de todos
os santos no altar de ouro, que está diante do trono. O fumo dos perfumes subiu da
mão dos anjos com as orações dos santos, diante de Deus. »

 Incenso no Cristianismo

Os cristãos só no século IV introduziram a linguagem simbólica do incenso nas


suas celebrações.
Actualmente, quando se quer ressaltar a festividade do dia, na Missa, ao
ofertório,
incensa-se o altar, as imagens da Cruz ou da Virgem, o livro do Evangelho, as
oferendas sobre o altar, os ministros e o povo cristão, e, depois da consagração ou
nas celebrações de culto eucarístico, incensa-se também o Santíssimo. Com isso
quer-se significar um gesto de honra (ao Santíssimo, ao corpo do defunto nas
exéquias), ou um símbolo de oferenda sacrificial (no Ofertório, tanto o pão e o vinho
como as pessoas).
Incensam-se os sinos, quando se benzem; o Círio Pascal, antes de cantar o
Precónio;
as paredes da igreja, na sua Dedicação; os sepulcros, etc.
Nas exéquias, incensar os
restos mortais do defunto exprime o apreço que a comunidade cristã sente por este
corpo que foi templo do Espírito e está destinado à ressurreição e, ao mesmo tempo,
ao sentido de oferenda total e definitiva que a morte supõe.
Também se usa o incenso na Liturgia das Horas, simbolizando a oração que
sobe até Deus.
Durante o cântico do Benedictus e do Magnificat «pode-se incensar o altar e,
aseguir, o sacerdote e o povo» (IGLH 261), e também a Cruz (cf. CB 204).

4
4. MODO DE INCENSAR

Só existem duas formas de realizar a Incensação: os ictos (movimento único


do turíbulo com uma pausa entre eles e não sucessivos) e o ductos (movimento duplo
consecutivo do turíbulo com uma pausa se for realizado mais ductos).

 Normas das incensações:

a) Incensa-se com 3 ductos de 3 ictos o que totaliza (9 ictos), cada movimentação


seguida de (1 movimento duplo + 1 movimento único = 3 ictos ), totalizando 3
movimentações que são 9 ictos : À elevação do pão; À elevação do vinho;
Durante a bênção do Santíssimo; O que preside a celebração (se for o bispo).

b) Incensa-se com 3 ductos de 2 ictos o que totaliza (6 ictos) : O que precise à


celebração (se não for o bispo); O Evangeliário (Diácono ou Sacerdote); Cruz
Processional .
c) Incensa-se com 3 ductos de 1 ictos o que totaliza (3 ictos) : O povo.
d) Incensa-se com ictos sucessivos: O altar .

 Modo de incensar:

 Deve-se colocar entre o polegar (a argola) e o indicador da mão esquerda (a


argola da cápsula), de maneira que a cápsula que as prende assente sobre
este dois dedos, apertam-se com a mão estendida (conservando os outros
dedos juntos e estendidos).
 Com a mão direita pega-se no turíbulo fechado pela extremidade inferior dos
cadeados, junto do opérculo, nessa posição, coloca a mão esquerda sobre o
peito.
 Sem mover o corpo nem deslocar a mão esquerda, levanta, a uma certa
distância de si, o opérculo à altura dos olhos. Nesta posição imprime-se ao
turíbulo um ligeiro movimento de oscilação em direção à mesma pessoa ou
objeto.
 Antes e depois da incensação, faz-se inclinação profunda às pessoas ou aos
objetos sagragos que incensou.

5
5. MOMENTOS PARA INCENSAR (DETALHE - MISSA PARTE POR PARTE)

3.1) Início da Santa Missa: incensar o altar,cruz, círio.

 A missa solene começa nos seus preparativos, onde os acólitos deveram estar
presentes 30 minutos antes do início da celebração.
 O Cerimoniário ou acólito dirigente ira distribuir os serviços entre os acólitos.
 Faltando 10 minutos para o início da missa, os acólitos se encaminham para a
porta principal para dar-se o início da celebração.
 Assim que o padre chegar à porta principal, o turiferário e o naveteiro levam o
turíbulo para o padre, para que o padre abençoe e depois de escutada as
intenções, inicia-se a procissão de entrada.

 Chegados à escada do presbitério, o turiferário junto com o naveteiro ficam


próximo ao altar para que o padre possa incensar o mesmo. Após o beijo no
altar (feito apenas pelo padre), o padre abençoa novamente o turíbulo e
incensa o altar, e logo após o sacerdote ocupa a presidência começando os
Ritos Iniciais.
O cruciferário, os ceriferários completam as suas funções (colocando a cruz no
local apropriado), e dirigem-se aos seus respectivos lugares.

 Os restantes acólitos se dirigem para as cadeiras que lhes estão reservados, o


cerimoniário acompanha presbítero e com ele faz a reverência prevista (vênia),
feita na base da escada, sobe a escada junto com o padre.

3.2) Ritos de Inicias.

3.3) Liturgia da Palavra:

Aclamação ao Evangelho:

O turiferário deverá levar o turíbulo ao sacerdote no momento do canto de


aclamação para pôr incenso e que seja abençoado, depois os mesmos se dirigem
para próximo do ambão da proclamação do evangelho.

6
Evangelho: Antes de proclamar o Evangelho.

Quem vai proclamar diz: "O Senhor esteja convosco", o povo responde: "Ele
está no meio de nós". Em seguida diz: Proclamação do Evangelho de Nosso Senhor
Jesus Cristo segundo São " Mateus, Marcos, Lucas, João" o povo responde: "Glória a
Vós Senhor". Neste momento quem vai proclamar incensa o Ambão.

3.4) Liturgia da Eucarística:

Ofertório:
 Antes do lavabo, o turiferário com o turibulo deverá com o naveteiro
dirigir-se ao sacerdote.
 O sacerdote incensará as ofertas e o altar, após terminar de incensar, o
sacerdote deve ser incensado.

Na sequência o turiferário (estando no presbitério), incensa o povo, procedendo


da seguinte maneira:

a) o turiferário vai para a frente do presbitério e virado para o corredor central


da Igreja o turiferário faz um gesto com a mão direita, movendo-a de baixo
para cima, com a palma da mão virada para cima, dando a entender aos
fiéis que chegou o momento deles se levantarem a fim de receberem a
incensação.
O turiferário faz a vênia inicial e após isto o povo é incensado.
b) Um pouco antes da Consagração: O turiferário e naveteiro, estando de
joelhos, devem colocar incenso no turíbulo.
c) Consagração: Quando o celebrante levanta a hóstia e o cálice, o turiferário
faz a incensação.

3.2) Ritos de Finais.

Não se usa incenso na procissão de saída, salvo em casos que ao término da


Missa haja algum rito que prescreva o uso de incenso, por exemplo, um sepultamento,
ou uma procissão eucarística. Nesse caso o turiferário deve estar disponível para, na
hora adequada, apresentar o turíbulo.. Em regra, a missão do turiferário termina no
ofertório ou com a incensação das sagradas espécies.
7

Avaliado e Aprovado
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FORMAÇÃO PARA TURIFERÁRIOS - Livrinho

GRUPO DE COROINHAS SÃO DOMINGOS SÁVIO A SERVIÇO DO SANTO ALTAR


– Formação Para Turiferário

Você também pode gostar