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Secretaria Municipal de Educação de São Paulo

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO


CONHECER
ESTUDO
MA S COMPLEMENTAR

CONHECER
MA S
7 º
ESTUDO COMPLEMENTAR
ANO
CICLO AUTORAL

FORMAÇÃO
7º ANO
REFERÊNCIAS

AGRADECEMOS A TODOS QUE FIZERAM PARTE DA PRODUÇÃO DO CONTEÚDO DESTE CADERNO EM ALGUM
MOMENTO. PARTES DAS ATIVIDADES APRESENTADAS FORAM CRIADAS PARA ESTA OBRA E OUTRAS FORAM
REPRODUZIDAS DOS SEGUINTES DOCUMENTOS.
PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO
Ricardo Nunes
Prefeito São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Trilhas de aprendizagens: Ensino
Fundamental – 4º ano ao 9º ano. – São Paulo: SME / COPED, 2020.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - SME
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Coordenadoria de Gestão da Educação básica. Departamento de
Fernando Padula
Desenvolvimento Curricular e de Gestão da Educação básica. Centro de Ensino Fundamental dos Anos Iniciais. EMAI:
Secretário Municipal de Educação
educação matemática nos anos iniciais do ensino fundamental: organização dos trabalhos em sala de aula, material
do professor e do estudante – 4º e 5º ano, s/d.

SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Coordenadoria de Gestão da Educação básica. Departamento de
Desenvolvimento Curricular e de Gestão da Educação básica. Centro de Ensino Fundamental dos Anos Iniciais. Currículo
em Ação: 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Livro do Aluno. Volumes 1 e 2, s/d.

SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Projeto Intensivo no Ciclo I: 4º
ano: livro do aluno. São Paulo: SME / DOT, 2011.

SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Cadernos de apoio e aprendizagem: Língua Portuguesa e
Matemática: 1º ano ao 9º ano. 2. ed. rev. e atual. - São Paulo: SME, 2011 e 2014.

SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Interfaces Curriculares: áreas do conhecimento e avaliação
para aprendizagem: 4º e 5º anos do ciclo I do Ensino Fundamental de 9 anos: caderno do professor.

São Paulo: SME, 2013. SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica.
Recuperação Língua Portuguesa: Aprender os padrões da linguagem escrita de modo reflexivo: unidade II – Palavra
cantada: Desvios dos padrões de escrita: interferência da variedade linguística falada: livro do aluno.

São Paulo: SME / DOT, 2011. SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica.
Recuperação Língua Portuguesa: Reflexão sobre o sistema de escrita: unidade I: livro do aluno. São Paulo: SME / DOT, 2011.

SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Recuperação Língua Portuguesa:
Aprender os padrões da linguagem escrita de modo reflexivo: unidade III – Palavra dialogada: livro do aluno. São Paulo:
SME / DOT, 2011.

SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Recuperação Língua
Portuguesa: Aprender os padrões da linguagem escrita de modo reflexivo: unidade IV – Você sabia? livro do
aluno. São Paulo: SME / DOT, 2011.

São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Recuperação Matemática: Números
naturais e operações – módulo I / Secretaria Municipal de Educação. – São Paulo: SME/ DOT, 2011.

São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Recuperação Matemática: Números
racionais, operações e resolução de problemas – módulo II / Secretaria Municipal de Educação. – São Paulo: SME/
DOT, 2011.

São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Recuperação Matemática: Números inteiros,
operações e resolução de problemas – módulo III / Secretaria Municipal de Educação. – São Paulo: SME/ DOT, 2011.

São Paulo: SME / DOT, 2011. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Programa Gestão da
Aprendizagem Escolar – Gestar II. Língua Portuguesa: Atividades de Apoio à Aprendizagem 1 – AAA1: linguagem e
cultura: versão do aluno. Brasília: MEC / SEB, 2008.
Secretaria Municipal de Educação de São Paulo

CONHECER
ESTUDO
MA S COMPLEMENTAR

7º ANO
CICLO AUTORAL

São Paulo - 2021/2022


COORDENADORIA PEDAGÓGICA – COPED ORGANIZAÇÃO E ELABORAÇÃO
Bruna Acioli Silva Machado
ASSESSORIA TÉCNICA - COPED David Capistrano da Costa Neto
José Roberto de Campos Lima Gilson dos Santos
Paloma Ros Salvador Sanches Humberto Luis de Jesus
Talita Vieira Roberto Leandro Alves dos Santos
Mayra Pereira Camacho
DIVISÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO – DIEFEM Rosângela Ferreira de Souza Queiroz
Sandra Salavandro Rodrigues
DIVISÃO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – DIEJA
REVISÃO DE CONTEÚDO
DIVISÃO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL – DIEE Bruna Acioli Silva Machado, Carla da Silva Francisco,
Cristhiane de Souza - Diretora David Capistrano da Costa Neto, Gilson dos Santos,
Humberto Luis de Jesus, Katia Gisele Turollo do Nascimento,
Leandro Alves dos Santos e Sandra Salavandro Rodrigues
NÚCLEO TÉCNICO DE CURRÍCULO – NTC
Felipe de Souza Costa - Diretor
REVISÃO TEXTUAL
Cláudio Santana Bispo
NÚCLEO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO – NTA
Maria Alice Machado da Silveira
Claudio Maroja - Diretor
Roberta Cristina Torres da Silva
Samira Novo Lopes
NÚCLEO TÉCNICO DE FORMAÇÃO – NTF Thiago Fabiano Brito
Adriana Carvalho da Silva - Diretora
PROJETO EDITORIAL
DIVISÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL – DIEI
Cristiano Rogério Alcântara - Diretor
CENTRO DE MULTIMEIOS
Magaly Ivanov - Coordenadora
AUTORIA
Equipe da COPED e colaboradores
NÚCLEO DE CRIAÇÃO E ARTE - Projeto, Editoração e Ilustração
das Divisões Pedagógicas das DRE
Ana Rita da Costa
Angélica Dadario
Cassiana Paula Cominato
Fernanda Gomes Pacelli
Simone Porfirio Mascarenhas

CC S
BY NC SA

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Qualquer parte desta publicação poderá ser compartilhada (cópia e redistribuição
do material em qualquer suporte ou formato) e adaptada (remixe, transformação
e criação a partir do material para fins não comerciais), desde que seja atribuído
São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Peda- crédito apropriadamente, indicando quais mudanças foram feitas na obra. Direitos
gógica. de imagem, de privacidade ou direitos morais podem limitar o uso do material, pois
Conhecer mais : estudo complementar – 7º ano – Ciclo autoral. – São necessitam de autorizações para o uso pretendido.
Paulo : SME / COPED, 2022. A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo recorre a diversos meios para
128 p. : il. localizar os detentores de direitos autorais a fim de solicitar autorização para
publicação de conteúdo intelectual de terceiros, de forma a cumprir a legislação
Bibliografia vigente. Caso tenha ocorrido equívoco ou inadequação na atribuição de autoria de
alguma obra citada neste documento, a SME se compromete a publicar as devidas
alterações tão logo seja possível.
1. Ensino Fundamental. 2. Aprendizagem. 3. Língua Portuguesa. 4. Mate-
mática. 5. Ciências Naturais. 6. Geografia. 7. História. I. Título. Disponível também em: <educacao.sme.prefeitura.sp.gov.br>

CDD 372 Consulte o acervo fotográfico disponível no Memorial da Educação Municipal da


Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.
Código da Memória Documental: SME13/2022 educacao.sme.prefeitura.sp.gov.br/Memorial-da-Educacao-Municipal
Elaborado por Patrícia Martins da Silva Rede – CRB-8/5877 e-mail: smecopedmemorialeducacao@sme.prefeitura.sp.gov.br
Olá Estudantes,

Vamos começar mais um ano letivo. Nos dois últimos anos passamos por um
período de aprendizagem de maneira remota ou semipresencial. O convívio com
os(as) professores(as) e colegas ocorreu de uma forma diferente daquela a que
estávamos acostumados.

Sua escola precisou se adaptar a esse novo momento e, assim, em 2022, para
auxiliar nessa nova fase, este material foi construído por docentes de diferentes
regiões da nossa cidade para ajudá-lo(a) no fortalecimento das aprendizagens. O
caderno Conhecer Mais apresenta atividades de Ciências, Geografia, História,
Língua Portuguesa e Matemática para serem realizadas nos primeiros meses de
2022, elas envolvem saberes essenciais que precisam ser garantidos para você 
e todos(as) os(as) estudantes da Rede Municipal de Ensino, do 7º ao 9º ano do
Ensino Fundamental. Nesse material, você poderá fazer anotações e realizar as
atividades em sala de aula, ao mesmo tempo que seus colegas. Nesse retorno,
você precisa participar de todas as aulas, visto que os(as) professores(as) estarão
atentos a direcionar e mediar ações, a partir de uma rotina de estudos estruturada,
para lhe oferecer todos os saberes aos quais tem direito e não permitir que nenhu-
ma aprendizagem fique para trás.

Bons estudos!

Fernando Padula
Secretário Municipal de Educação
SUMÁRIO

LÍNGUA PORTUGUESA 6

MATEMÁTICA 34

CIÊNCIAS NATURAIS 65

GEOGRAFIA 96

HISTÓRIA 115
LÍNGUA PORTUGUESA
LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 7

ATIVIDADE 1

OUVINDO CANÇÕES BRASILEIRAS: LETRA & MELODIA


Unidade 5

Ouvindo canções brasileiras:


PARA COMEÇO DE CONVERSA

Jovens, como vocês, têm suas preferências por músicas e canções. Elas estão por todos os
letra & melodia
lugares (nas casas, nas ruas, nas praias, nos restaurantes, nos supermercados, nas lojas, nos
meios de transporte, nos teatros, nos shows), em diferentes mídias (rádio, televisão, computa-
dor, celular) e em formatos diversos (CD, MP3, LP, K7, streamings). Você certamente já ouviu
muitas músicas e cantou várias canções, mas algum dia já parou para pensar sobre as relações
Para começo de conversa
entre a letra e a melodia? Assim como as narrativas orais, a música faz parte de diferentes cul-
turas e modifica-se ao longo do tempo e do espaço. Você já percebeu, por exemplo, como as
Jovens, como vocês, têm suas preferências por músicas e canções.
músicas e canções ocidentais são diferentes das orientais?
Elas estão por todos os lugares (nas casas, nas ruas, nas praias, nos
restaurantes, nos supermercados,,
nas lojas, nos meios de transporte,e,
nos teatros, nos shows), em
diferentes mídias (rádio, televisão,
o,
computador, celular) e em formatostos
diversos (CD, MP3, LP, K7). Vocêê
certamente já ouviu muitas músicas as
e cantou várias canções, mas algum m
dia já parou para pensar sobre as
relações entre a letra e a melodia??
Assim como as narrativas orais,
a música faz parte de diferentes
culturas e modifica-se ao longo do Nesta Unidade, você ouvirá várias
canções, conhecerá seus intérpretes,
tempo e do espaço.
aprenderá a lê-las e a interpretar suas
Você já percebeu, por exemplo, como letras. Além de cantá-las, é claro!
as músicasNas
e canções ocidentais são
próximas atividades,Escreverá
você paródias
ouvirádevárias
canções para
canções, conhecerá seus intér-
diferentespretes,
das orientais? uma apresentação musical na classe.
aprenderá a lê-las e a interpretar suas letras. Além de cantá-las, é
Pronto para começar?
claro! Escreverá paródias de canções para uma apresentação musical na
classe. Pronto para começar?
LÍNGUA PORTUGUESA · 6 O ANO 157

157 9/16/10 1:08 PM


8 Conhecer Mais - Estudo Complementar

No VAMOS
Brasil temos PRATICAR!
grande diversidade de ritmos, danças, músicas
No
NoBrasil
Brasiltemos
temosgrande
grandediversidade
diversidadede deritmos,
ritmos,danças, músicaseeecanções.
danças,músicas canções.
canções.
1.1.Para
1. Para pensar
Parapensar
pensar
No
um
Brasilum
temos
pouco
umpouco
pouco sobre
grandesobre
esse
sobreesse
esse
diversidade
tema,
tema,
de
assista
tema,assista
ritmos,
ao
assistaao
danças,
vídeo
aovídeo
vídeo
músicas
Samba
Sambaeefrevo.
Samba
e canções. efrevo.
frevo.
Em
Em seguida,
Emseguida, converse
seguida,converse com
conversecom seus
comseus colegas
colegaseeecom
seuscolegas com
comoooprofessor.
professor.
professor.
1. Comparando músicas e canções
2.2.Comparando
2. Comparando
Comparandomúsicas músicas
músicaseeecanções
canções
canções
CEDOC/FPA

CEDOC/FPA
CEDOC/FPA

CEDOC/FPA
CEDOC/FPA

CEDOC/FPA
Chttps://vermelho.org.br/2012/05/24/brasilidade-a-evolucao-do-
chorinho-no-sorriso-dos-choroes/

CEDOC/FPA
Chorinho Chorinho Samba-cançãoSambas-canção
Chorinho
Chorinho Samba-canção
Samba-canção
CEDOC/FPA

ORMUZD ALVES/FOLHAPRESS
CEDOC/FPA

ORMUZD ALVES/FOLHAPRESS
CEDOC/FPA

ORMUZD ALVES/FOLHAPRESS
ORMUZD ALVES/FOLHAPRESS
CEDOC/FPA

Frevo-canção
Frevo-canção
Frevo-canção
Frevo-canção Frevo
Frevo dede
de
Frevo rua
rua
rua
Frevo de rua

ÉÉÉpossível
possível que
possívelque vocês
quevocês chamem
vocêschamem tudo
tudooooque
chamemtudo que ouvem
queouvem de
ouvemde música
demúsica
músicaou ou som.
ousom. Mas
Masaaa
som.Mas
canção
cançãoéééum
canção um tipo
umtipo muito
tipomuito especial
muitoespecial de
especialde música
demúsica cantada.
cantada.EEEéééela
músicacantada. ela que
elaque interessa
queinteressa
interessa
nesta
nesta Unidade.
nestaUnidade.
Unidade.
a)
a)
a)Conversem
Conversem em
Conversemem pequenos
empequenos grupos.
pequenosgrupos.
grupos.

● ●
Qual
Qual música
Qualmúsica ou
músicaou canção
oucanção do
cançãodo vídeo
dovídeo chamou
vídeochamou mais
chamoumais sua
maissua atenção?
suaatenção? Justifi
atenção?Justifi que.
que.
Justifi que.
LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 9

Chorinho pra Você Sambas-canção


(Severino Araujo) https://www.youtube.com/
https://www.youtube.com/ watch?v=1SUkL6xJqaM
watch?v=c5NGOcNyF4g

Frevo-canção Frevo
https://www.youtube.com/ https://www.youtube.com/
watch?v=IS8r3wG8-Js watch?v=WvVhfJYvqqs

É possível que vocês chamem tudo o que ouvem de música ou som. Mas a canção é um
tipo muito especial de música cantada. E é ela que interessa nesta atividade.

A) Após assistirem aos vídeos, utilizando os QRcodes acima, conversem em pequenos


grupos:

• Qual música ou canção do vídeo chamou mais sua atenção? Justifique.

• Você percebeu diferenças entre as músicas e as canções? Quais?

• Por que só algumas são chamadas de “canção”, como “samba-canção” e “frevo-canção”?

• Você conseguiu reconhecer algum instrumento musical nas músicas e canções?


Quais?

B) Apresente as discussões de seu grupo para outros colegas da sala e perceba, com a
ajuda do(a) Professor(a), as semelhanças e diferenças entre os grupos.

As próximas atividades levarão vocês a uma viagem por algumas canções brasileiras.
Uma viagem cheia de ritmo e melodia da qual certamente vocês vão gostar! Que tal ouvir mais
uma canção?
10 Conhecer Mais - Estudo Complementar

ATIVIDADE 2

OUVINDO O HIT “SÓ VOCÊ”


Canção não é qualquer tipo de composição musical cantada. Canção “é a fala por trás da me-
lodia”. Na canção, a melodia está casada com a letra, com o ritmo das frases e com a sonoridade
das vogais e das sílabas das palavras. Você já percebeu que, ao falar, nossa voz sobe e desce? Do
mesmo modo, na canção, a melodia sobe e desce de acordo com a letra que está sendo cantada.

VAMOS PRATICAR!

1. Você vai assistir a um vídeo com a canção “Só você”, que faz muito sucesso desde os anos
1980 no Brasil, seja na voz do cantor e compositor Vinicius Cantuária, seja na voz de outros
intérpretes ou bandas.

“Só Você” Fabrício Zavanella


https://www.youtube.com/watch?v=mhWuRJJUz1U
ATIVIDADE 1 Ouvindo o hit “Só você”

2. Conversando sobre o vídeo 1. Você vai assistir a um vídeo com a canção “Só você”, que faz muito sucesso
desde os anos 1980 no Brasil, seja na voz do cantor e compositor Vinicius
Cantuária, seja na voz de outros intérpretes ou bandas.
Depois de assistir à interpretação da Banda Zava, discuta com
2. Conversando sobreos
o vídeocolegas.
Depois de assistir à interpretação da Banda Zava, discuta com os colegas.
a) Você já conhecia a canção? Em que situações você a escutou?
A) Você já conhecia a canção? Em que situações vocêb) a escutou?
Do que você gostou mais ao ouvir a canção: da melodia, da letra da
canção ou da banda? Justifique.
c) O que a letra da canção e a música transmitem a você?
B) Do que você gostou mais ao ouvir a canção: da melodia,
d) Você acha da
possívelletra da
dizer que “Só você”canção ou da ban-
é uma canção romântica?
Por quê?
da? Justifique. 3. Acompanhando a melodia com a letra da canção
Agora, ouça a canção acompanhando sua letra. As letras das canções
são normalmente publicadas em encartes de CDs, sites, revistas sobre música
C) O que a letra da canção e a música transmitem a você? e songbooks.

D) Você acha possível dizer que “Só você” é


uma canção romântica? Por quê?

160 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

Port6ºAnoParte2.indd 160 9/16/10 1:08 PM


LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 11

3. Acompanhando a melodia com a letra da canção.


Agora, ouça a canção acompanhando sua letra. As letras das canções são normalmente
publicadas em encartes de CDs, sites, revistas sobre música e songbooks.

Canção: “Só você” (1985)

Compositor: Vinicius Cantuária

Demorei muito pra te encontrar


Agora quero só você
Teu jeito todo especial de ser
Eu fico louco com você

Te abraço e sinto coisas que eu não sei dizer


Só sinto com você
Meu pensamento voa de encontro ao teu
Será que é sonho meu?

Tava cansado de me preocupar


Quantas vezes eu dancei
E tantas vezes que eu só fiquei
Chorei, chorei

Agora eu quero ir fundo lá na emoção


Mexer teu coração
Salta comigo alto e todo mundo vê

Que eu quero só você


12 Conhecer Mais - Estudo Complementar

Vinicius Cantuária nasceu em Manaus em 1951, mas vive no Rio de Janeiro desde os 6 anos.
Aos 12 anos montou, com amigos da escola, um conjunto musical no qual era baterista. Nos
anos 1970, participou de bandas de rock e passou a compor. “Lua e estrela” foi interpretada por
Caetano Veloso, e “Só você” ganhou interpretação do próprio compositor, de Fagner, de Fábio
Júnior e da banda Capital Inicial. Ambas são sucessos dos anos 1980.

4. Analisando a letra da canção.


Releia com atenção a letra da canção “Só você” para entender bem o que ela diz. Em se-
guida, responda às questões.

A) De que assunto trata a canção?

B) A qual público se dirige essa canção: crianças, jovens, adultos? Justifique sua resposta.

C) Por quais situações passou a pessoa que ama antes do encontro? Cite versos.
LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 13

D) Que verso, na canção, equivale a uma declaração de amor? Sublinhe-o na letra da canção.

E) Qual recurso a canção usa para tornar essa declaração bem evidente?

F) Ao ouvir e ler a canção, você notou que existem versos ou conjunto de versos que se
repetem? Que resultado o compositor pretende alcançar com essa repetição?

5. Analisando palavras e expressões da letra da canção.

A) O verso “Demorei muito pra te encontrar” pode ser facilmente compreendido. Ele indica
para o ouvinte da canção que havia tempo o eu lírico procurava alguém. Como você
interpreta o verso “Quantas vezes eu dancei”?
14 Conhecer Mais - Estudo Complementar

B) Nesse verso, que sentido tem o verbo “dançar”?

C) Cite dois outros versos da canção em que haja palavras em sentido figurado. Em segui-
da, explique o que elas querem dizer.

6. Compreendendo a composição da letra da canção.


A) Em dupla, preencham o quadro a seguir com as informações do texto que vocês aca-
baram de ler.

Canção “Só você”

Autor do texto e da melodia

Papel social do produtor ao


escrever o texto

Interlocutor (para quem o


texto foi escrito)

Intérprete da canção

Estilo musical
LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 15

b) Responda às questões:
● Em sua opinião, o que importa para quem escreve canções?

B) Responda às questões:

• Em sua opinião, o que importa para quem escreve canções?


● O que você já sabe sobre aqueles que se dedicam à arte
de compor canções?

• O que você já sabe sobre aqueles que se dedicam à arte de compor canções?

● O que você gostaria de saber sobre os compositores de


canções brasileiras?

• O que você gostaria de saber sobre os compositores de canções brasileiras?

164 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

Port6ºAnoParte2.indd 164 9/16/10 1:08 PM


16 Conhecer Mais - Estudo Complementar

ATIVIDADE 3

QUEM É QUE FALA NA CANÇÃO?

VAMOS PRATICAR!

1. Releia os versos da canção “Só você”:

“Demorei muito pra te encontrar [...] Eu fico louco com você”.


“Te abraço e sinto coisas que eu não sei dizer / Só sinto com você”.
“Tava cansado de me preocupar / Quantas vezes eu dancei”.
“E tantas vezes que eu só fiquei / Chorei, chorei”.

A) Quem fala na letra da canção: um homem ou uma mulher? Como você chegou a
essa conclusão?

B) O que você acha que levou Vinicius Cantuária a compor essa canção nos anos 1980?
Se possível, faça uma pesquisa para descobrir.
LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 17

C) Em sua opinião, um compositor poderia compor uma canção fingindo ser uma mulher ou
uma criança? Justifique sua resposta.

Compositor e autor não se confundem com “eu lírico”

Ao escrever uma canção ou um poema, o autor/compositor pode fingir que é outra pessoa.
Um homem pode fingir que é mulher e vice-versa. Uma mulher madura pode fingir que é um
jovem ou uma jovem. Um jovem pode fingir que é a mãe, o pai ou um dos irmãos dele.
Essa “pessoa fingida” é a voz da canção. Ela fala, faz declarações, reclama, conversa com
outras pessoas. A essa “voz” chamamos de “eu lírico”, ou “eu poético”. Por que “eu”?
Compositor Porque
e autor é com “eu lírico”
não se confundem
Ao escrever uma canção ou um poema, o autor/composit
a “palavra usada por aquele que fala” na letra da canção. Mesmo que seja um “eu” imaginado,
fingir que é outra pessoa. Um homem pode fingir que é m
fingido, de faz de conta. vice-versa. Uma mulher madura pode fingir que é um jove
jovem. Um jovem pode fingir que é a mãe, o pai ou um do

E por que “lírico”? Porque, na Antiguidade, os textos poéticos eram cantados e acompanha-
Essa “pessoa fingida” é a voz da canção. Ela fala, faz decla
reclama, conversa com outras pessoas. A essa “voz” cham
dos da lira (instrumento musical). Por isso se diz que a poesia é irmã gêmea da canção.
“eu lírico”, ou “eu poético”. Por que “eu”? Porque é a “pa
por aquele que fala” na letra da canção. Mesmo que seja
Os versos que se seguem, do poeta português Fernando Pessoa, dão uma ideia
imaginado, bem
fingido, de fazclara
de conta.

do que seja um poeta e o compositor: são fingidores. E por que “lírico”? Porque, na Antiguidade, os textos poét
cantados e acompanhados da lira (instrumento musical).
se diz que a poesia é irmã gêmea da música.
Os versos que se seguem, do poeta português Fernando P
dão uma ideia bem clara do que seja um poeta e o compo
são fingidores.
Autopsicografia
Autopsicografia
Fernando
Fernando Pessoa O poeta é um fingid
Finge tão completam

O poeta é um fingidor. Que chega a fingir q


A dor que deveras se
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

166 CADERNOS DE APOIO E APR

Port6ºAnoParte2.indd 166
18 Conhecer Mais - Estudo Complementar

2. Existem muitas canções cujos compositores, mesmo sendo homens, escrevem de um pon-
to de vista feminino, ou seja, a voz da canção é expressa por uma mulher. Vamos ler alguns
trechos de canções brasileiras.

Texto 1

Canção: “O X do problema”
Compositor: Noel Rosa

Nasci no Estácio
Eu fui educada na roda de bamba
Eu fui diplomada na escola de samba
Sou independente, conforme se vê
[...]
Eu sou diretora da escola do Estácio de Sá
E felicidade maior neste mundo não há
Já fui convidada para ser estrela do nosso cinema
2. Existem muitas canções cujos compositores, mesmo sendo homens,
Ser estrela é bem fácil
escrevem de um ponto de vista
Sair do Estácio feminino,
é que ou seja, a voz da canção é
é o X do problema
expressa por uma[...]mulher. Vamos ler alguns trechos de canções brasileiras.

Texto 1
Noel de
Noel de Medeiros Rosa, ou simplesmente Noel Rosa, é cantor, REPRODUÇÃO
Canção: “O X do problema” Medeiros
compositor, bandolinista e violonista. Nascido em 11 de dezembro
Rosa, ou
de 1910 na capital do Estado do Rio de Janeiro, dos três aos 18
Compositor: Noel Rosa simplesmente
anos estudou no tradicional Colégio São Bento. Cresceu franzino e
doentio, o que fez com que tivesse uma vida curta, deNoel Rosa,26
apenas
Nasci no Estácio é cantor,entre
anos, mas não improdutiva. Compôs mais de 100 canções,
REPRODUÇÃO

elasna
Eu fui educada “Oroda
X do de
problema”,
bambaem 1933. Morreu em 4 de maio compositor,
de 1937,
vítima de tuberculose. bandolinista
Eu fui diplomada na escola de samba e violonista.
Sou independente, conforme se vê Nascido em 11 de dezembro
de 1910 na capital do Estado
[...]
do Rio de Janeiro, dos
Eu sou diretora da escola do Estácio de Sá três aos 18 anos estudou
E felicidade maior neste mundo não há no tradicional Colégio São
Bento. Cresceu franzino e
Já fui convidada para ser estrela do nosso cinema doentio, o que fez com que
Ser estrela é bem fácil tivesse uma vida curta, de
LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 19

Texto 2

Canção: Teresinha (1979)

Compositor: Chico Buarque

O primeiro me chegou
Como quem vem do florista
Trouxe um bicho de pelúcia
Trouxe um broche de ametista
Me contou suas viagens
E as vantagens que ele tinha
Me mostrou o seu relógio
Me chamava de rainha
Me encontrou tão desarmada
Que tocou meu coração
Mas não me negava nada
E, assustada, eu disse não
[...]

Texto 2 TUCA VIEIRA/FOLHAPRESS

Buarque deTeresinha
FranciscoCanção: Hollanda, mais(1979)
conhecido como Chi-
co Buarque, é cantor, compositor e romancista. Nasceu em
19 de junho de 1944, Compositor:
na cidade do Chico
Rio deBuarque
Texto 2
TUCA VIEIRA/FOLHAPRESS

Janeiro, e morou
em São Paulo, onde estudou no Colégio Canção:
SantaTeresinha
Cruz. Quan- (1979)
O primeiro me chegou Compositor: Chico Buarque
do estudante de arquitetura, envolveu-se com o movimento
VIEIRA/FOLHAPRESS

O primeiro me chegou
estudantilComo
e foi quem
preso vem
pelosdo floristadaComo
agentes ditadura
quem vem domilitar.
florista A
canção “Teresinha” faz parte do LP Ópera do
Trouxe ummalandro,
bicho de pelúcia de
Trouxe um bicho de pelúcia Trouxe um broche de ametista
1977.
TUCACrédito

Me contou suas viagens


Trouxe um broche de ametista
E as vantagens que ele tinha
Francisco Buarque de Hollanda,
mais conhecido como Chico
Me mostrou o seu relógio Buarque, é cantor, compositor
Me contou suas viagens Me chamava de rainha
e romancista. Nasceu em 19 de
junho de 1944, na cidade do
Me encontrou tão desarmada Francisco Buarque de Hollanda,
Rio de Janeiro, e morou em São
E as vantagens que ele tinhaQue tocou meu coração Paulo, onde estudou no Colégio
mais conhecido como Chico
Santa Cruz. Quando estudante de
Mas não me negava nada arquitetura, envolveu-se com o
Me mostrou o seu relógio E, assustada, eu disse não Buarque, é cantor, compositor
movimento estudantil e foi preso
pelos agentes da ditadura militar.
[...] e romancista. Nasceu em 19 de
Me chamava de rainha
A canção “Teresinha” faz parte do
LP Ópera do malandro, de 1977.
junho de 1944, na cidade do
Me encontrou tão desarmada
3. Analisando o eu lírico das canções Rio de Janeiro, e morou em São
Que tocou meu coração a) Em duplas, completem o quadro a seguirPaulo, onde estudou
com informações sobre os no Colégio
trechos das canções que vocês leram: Santa Cruz. Quando estudante de
20 Conhecer Mais - Estudo Complementar

3. Analisando o eu lírico das canções.

A) Em duplas, completem o quadro a seguir com informações sobre os trechos das can-
ções que vocês leram:

Texto 1 Texto 2

Quem é o compositor?

Quando a canção foi


composta?

Como podemos
caracterizar o eu
lírico da canção?

B) Sublinhe, nas canções, as palavras e expressões que demonstram que o eu lírico ex-
pressa um ponto de vista feminino.

4. Comparando o eu lírico e a melodia das canções.


A) Ao ler o trecho da letra da canção “Teresinha”, de Chico Buarque, você conseguiu esta-
belecer relação com uma cantiga bastante conhecida das crianças? Qual?

B) Escute no vídeo um trecho da canção “Teresinha” e da cantiga infantil “Terezinha de Jesus”.


https://www.youtube.com/watch?v=rFa5B4kFIGA

“Terezinha de Jesus”
Tema infantil de domínio público

Terezinha de Jesus
De uma queda foi ao chão
Acudiram três cavalheiros
Todos três chapéu na mão.
O primeiro foi seu pai,
O segundo seu irmão,
O terceiro foi aquele
Que a Tereza deu a mão
[...]
LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 21

Em seguida, em pequenos grupos, preencham o quadro comparativo:

Questões “Teresinha” “Terezinha de Jesus”


O que vocês notaram sobre
a melodia?

Como é o ritmo da canção?

O que vocês perceberam do


conjunto dos instrumentos?

O que vocês perceberam na


letra da canção?

Como vocês caracterizam


os intérpretes?

C) Em que pessoa (primeira ou terceira) está o eu lírico de “Teresinha”, de Chico Buarque?


Cite os versos que justificam sua resposta.

D) Pode-se afirmar que o eu lírico da cantiga “Terezinha de Jesus” se encontra em primeira


pessoa? Por quê?

5. Comparando a letra das duas canções.

A) Na canção composta por Chico Buarque, quando o “primeiro” chegou, como Teresinha
se sentia?
22 Conhecer Mais - Estudo Complementar

B) Que sentimento é esse?

C) Qual é a reação do eu lírico?

D) Escreva um parágrafo sobre as semelhanças que existem entre a “Teresinha” e a “Tere-


zinha de Jesus”.

ATIVIDADE 4

MATE A FOME DE BOM HUMOR COM “FOME COME”

VAMOS PRATICAR!

1. Assistindo ao vídeo.

A) Agora, você vai assistir a uma interpretação da canção “Fome come”,


dos compositores Sandra Peres, Paulo Tatit e Luiz Tatit.
https://www.youtube.com/watch?v=-G1ozGVDd2I

Pelas fotos, você já percebeu que os autores dessa canção não são jovens nem crianças. No
entanto, eles fingem ser, ou seja, fazem de conta que são. Assumem nas canções um eu lírico infantil,
brincalhão e descontraído.
ATIVIDADE 3 Mate a fome de bom humor LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 23

com “Fome come”


Os compositores

EDUARDO KNAPP/FOLHAPRESS
1. Assistindo ao vídeo Sandra Peres (te
Os compositores e cantores Sandra Peres (tecladista) e Paulo Tatit (gui- e Paulo Tatit (gu

Imagem: Caderno de Apoio, 6º


tarrista) formam, desde 1994,
a) Agora, vocêavai dupla responsável
assistir a uma pelo grupo Palavra formam, desde 1
Cantada. A canção “Fome come” faz parte do DVD e CD Palavra cantada
responsável pelo
10 anos, gravadosinterpretação
em 2004. da canção “Fome come”,
Palavra Cantada.

ano, p. 178.
dos compositores Sandra Peres, Paulo “Fome come” faz
Luiz Augusto deTatit e Luiz
Moraes Tatit. compositor e escritor, nasceu
Tatit, paulistano, DVD e CD Palavra
em 23 de outubro de 1951. Com o Grupo Rumo desde 1974, cujo objetivo é “expandir as fron- 10 anos, gravado
Pelasarranjo
teiras da composição, fotos,e você já percebeu
interpretação que
na música os
brasileira”, já gravou canções de sua
autoria e de compositores dos anos 1930. Luiz Augusto de Moraes Tatit, paulista
autores dessa canção não são jovens compositor e escritor, nasceu em 23 de
nem crianças. No entanto, eles fingem de 1951. Com o Grupo Rumo desde 197
objetivo é “expandir as fronteiras da co
B) Acompanheser, ou da
a letra seja, fazem
canção de conta
“Fome que são.
come” durante a exibiçãoarranjo
do vídeo e observe com
e interpretação na música brasi
Assumem nas
atenção a interpretação dos canções
cantores eum
doseu lírico
instrumentos, a combinação da letra com a
gravou canções de sua autoria e de com
melodia, a emoção que a canção provoca em você. dos anos 1930.
infantil, brincalhão e descontraído.
b) Acompanhe a letra da canção “Fome come” durante a exibição
Canção: “Fome come” (1998)
do vídeo e observe com atenção Compositores:aSandra
interpretação dos
Peres, Paulo Tatit e Luiz Tatit cantores e dos

instrumentos, a combinação da letra com a melodia, a emoção que a


Gente eu tô ficando impaciente Se vem de fora
canção provoca
A minha fome é persistenteem você. Ela devora, ela devora, ela devora
Come frio come quente
Come o que vê pela frente Se for cultura
Canção: “Fome come” (1998) Ela tritura,
Come a língua come o dente Compositores:
ela tritura Sandra Peres, Paulo Tatit e Lui
Qualquer coisa que alimente
A fome come simplesmente Se o que vem é uma cantiga
Gente eu tôCome
ficando impaciente
tudo no ambiente Toda fome é tão carente
Ela mastiga, ela mastiga Se for cultura
A minha fome é persistente
Tudo que seja atraente Come o amor que a gente sente Ela tritura, ela tritura
É uma forma absorvente
Come frio come quente A fome Ela
comeentão nunca discute
eternamente Se o que vem é uma c
Come e nunca é suficiente Só deglute, só deglute
Come o queToda
vê pela
fome éfrente
tão carente No passado e no presente Ela mastiga, ela mast
Come a língua come o dente A fome Eésesempre
for conversa mole
descontente
Come o amor que a gente sente
Qualquer coisa que alimente
Se for mole, ela engole Ela então nunca discu
A fome come eternamente Fome come Só deglute, só deglute
A fome comeNo simplesmente
passado e no presente Se faz falta no abdome
Fome come
A fome é
Come tudo no ambiente sempre descontente Fome come, fome come E se for conversa mole
Tudo que seja atraente Se vem de fora Se for mole, ela engol
Fome come
Fome
É uma forma come
absorvente Ela devora, ela devora, ela devora
Se faz falta no abdom
Come e nunca CDé Canções curiosas, produzido por Sandra Peres e Paulo Tatit, da Palavra Cantada, 1998, recebeu Prêmio Sharp 1998.
suficiente Fome come, fome com

CD Canções curiosas, produzido por Sandra Peres e Paulo Tatit, da Palavra Cantada, 1998, recebeu Prêmio Sha
24 Conhecer Mais - Estudo Complementar

2. Conversando sobre a canção


A) Vocês já conheciam essa canção? Comentem onde e como a conheceram.

B) O que essa canção lhes faz lembrar?

C) Do que vocês mais gostaram no vídeo: da música, da letra ou da interpretação?


Por quê?

D) O que acharam do clipe que acompanha a canção? O que mais chamou sua atenção
nas imagens?

3. Percebendo a letra e o ritmo da canção


Em comparação com as canções que você ouviu e estudou, como pode caracterizar a can-
ção “Fome come”:
A) assunto:

B) eu lírico:

C) emoções provocadas:

D) combinação da letra com a melodia e o ritmo:


LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 25

E) instrumentos utilizados:

F) coro e voz:

4. Explorando a letra e a melodia da canção


Cante ou releia com atenção a letra de “Fome come” para entender o que ela diz.

A) Observe bem os 16 versos que compõem a primeira estrofe. Que palavras têm o mesmo
som final? Sublinhe-as no texto.

B) Que papel essas palavras desempenham na letra da canção?

C) E na melodia da canção, como essas palavras são cantadas?

D) Ainda nessa primeira estrofe, a fome já está satisfeita ou não? Como você explica isso?
26 Conhecer Mais - Estudo Complementar

5. Observe bem as outras estrofes menores da letra da canção.

A) Pode-se dizer que nessas estrofes a fome já está sendo satisfeita? Por quê?

B) Quais as fomes que você percebe do eu lírico na canção?

C) O que acontece com as rimas agora? Permanecem as mesmas da primeira estrofe?


Por quê?

D) Em sua opinião, por que as rimas mudam?

E) Que inovação as outras estrofes introduzem na melodia da canção?

F) E como é que, mudando tanto as rimas e o canto, a canção tem continuidade?

G) No final da canção há alguns versos repetidos. Escute-a novamente e procure explicar


o porquê da repetição na conclusão.
LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 27

6. Analisando palavras e expressões da letra da canção


Agora, é sua vez. Escolha na letra de “Fome come” uma expressão em sentido figurado e
explique o que entende dela.

ATIVIDADE 5

POR TRÁS DAS LETRAS


A canção “Fome come” nos mostrou como o casamento perfeito da letra com a melodia ga-
rante a boa qualidade da canção. Você já percebeu que, nas letras das canções, a vocação das
palavras é a música. As palavras podem ser ouvidas, faladas, cantadas ou lidas.
Quando faladas e ouvidas, só é possível entender o que elas significam pelo som delas. Basta
pensar em uma conversa por telefone. Por isso, há quem diga que o som é a alma da palavra.
Os bons compositores de canções exploram ao máximo o som das palavras. Escolhem,
escolhem até encontrar as palavras que melhor se harmonizam com a música. Não é qualquer
palavra que fica bem em uma canção!

Canção: “Ah!”

Compositor: Luiz Tatit

Não pode usar qualquer palavra


Então é por isso que não dava
Eu tentava, repetia, achava lindo e colocava
Se não cabe, se não pode
Tem que trocar de palavra!

Luiz Tatit. “Ah!”. Faixa do CD Rumo. São Paulo: Grupo Rumo, 2004.
28 Conhecer Mais - Estudo Complementar

E que harmonia é essa? Na canção, o som e o ritmo das palavras complementam a melodia
e o ritmo da música. Dizem até que a canção é irmã gêmea da poesia, pois nasceram juntas.
Imagine uma canção de que você gosta só falada, recitada, e não cantada. Sem graça alguma,
não é? Canção é isso. Letra e melodia, ou seja, letra musicada! Letra que só está completa com
música. Letra com afinidade com a música.
Nesta parte, vamos explorar e experimentar os sons das palavras e a combinação que a
poesia faz entre eles, chamada “rima”.

VAMOS PRATICAR!

1. Conversando sobre música


1. Conversando sobre música
1. Conversando
A) Vocês conhecem sobre
as notas musicais dó, ré, mi, fá, sol, lá, si?
música
a) Vocês conhecem as notas musicais dó, ré, mi, fá, sol, lá, si?
a) Vocês
B) Alguém conhecem
de seu as notas musicais dó, ré, mi, fá, sol, lá, si?
b) Alguém degrupo estuda
seu grupo música?
estuda Sabe
música? cantar
Sabe a escala?
cantar a escala?
b) Alguém de seu grupo estuda música? Sabe cantar a escala?
c) Assista
C) Assista ao vídeo
ao vídeo e observe
e observe as crianças
as crianças cantando
cantando a escala
a escala musical.
musical.
c) Assista ao vídeo e observe as crianças cantando a escala musical.

d) As músicas se baseiam nessas notas, mas não as repetem nessa ordem.


D) As d) As uma

músicas músicas
secanção se baseiam
baseiam infantil
nessasnessas
terminada
notas, notas,
mas masas
assim:
não não
dó, asmi,
ré,
repetemrepetem
fá, fá,nessa
nessa fá; ordem.
dó,
ordem. ré,
Hádó, uma can-
Háré,
ção infantil
ré, uma
ré; canção
terminada infantil
dó, sol,assim:
fá, mi,dó,terminada
mi,ré,mi; fá,assim:
mi,dó, fá, mi,
ré, dó,
fá; dó, ré, dó,
fá, ré,
fá, mi,Vocês
fá. fá,ré,
ré, fá,conhecem?
fá;dó,
ré; dó,sol,
ré, fá,
dó,mi, mi,
mi; dó,ré,ré,ré,mi,
Se sim,ré; fá,
como dó,
fá,sol,
éfá. fá, mi,econhecem?
Vocês
o ritmo mi, mi; dó,Se
a melodia? ré,sim,
mi, fá,
como fá, éfá. Vocêseconhecem?
o ritmo a melodia?
Se sim, como é o ritmo e a melodia?
e) Perceba
E) Perceba a interpretação
a interpretação que oquecoral o faz
coraldefaz
umadecantiga
uma cantiga
infantil infantil
e comparee com a pauta
e)compare
Perceba
musical a seguir: acom
interpretação
a pauta musicalque o acoral faz de uma cantiga infantil e
seguir:
compare com a pauta musical a seguir:
LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 29
f) Existem também os chamados acordes, ou seja, a combinação de sons
dessas notas musicais. Por exemplo: dó, mi, sol, dó, sol, mi, dó.
Pois
F) Existem é, na verdade,
também as palavras
os chamados dasou
acordes, canções
seja, ainvejam a música.
combinação Nãodessas notas
de sons
querem
musicais. ficar atrás
Por exemplo: dela!
dó, Observem
mi, sol, dó, sol,como asPois
mi, dó. crianças
é, nacantam
verdade,noasvídeo
palavras das
canções
as invejam a música.
notas mi, sol e dó.Não querem ficar atrás dela! Observem as notas mi, sol e dó?

2. Assim como os sons musicais são harmoniosos, agradáveis ao ouvido, na poesia também
há palavras cujos sons seO harmonizam com outros, que rimam com outros. Quer ver?
LÍNGUA PORTUGUESA · 6 ANO 181
Gente eu tô ficando impaciente
A minha fome é persistente
6ºAnoParte2.indd 181
Come o que vê pela frente 9/16/10 1:08 PM

Se vem de fora ela devora ela devora ela devora


Se for cultura ela tritura ela tritura
Se o que vem é uma cantiga ela mastiga ela mastiga
Ela então nunca discute só deglute só deglute
E se for conversa mole se for mole ela engole
Se faz falta no abdome fome come fome come

A) Se as rimas complementam a melodia, a posição delas nas palavras complementa o


ritmo. Identifique outros exemplos em outras canções em que a rima se dá na última
sílaba das palavras.

B) As rimas mais frequentes, no entanto, ocorrem entre a penúltima e a última sílaba das
palavras. Que outros casos como esses existem nessa ou em outras canções?
30 Conhecer Mais - Estudo Complementar

ATIVIDADE 6

O SOM DAS PALAVRAS TAMBÉM FALA


Além das rimas, os compositores de canções gastam um bom tempo experimentando, des-
cobrindo ou inventando o som das palavras. Existe uma canção do folclore brasileiro, “O trem de
ferro”, cujas palavras, rimas, ritmo e melodia contribuem para reproduzir, de maneira agradável
e graciosa, os muitos sons que as velhas marias-fumaça faziam.

Canção: “Trem de ferro”


O trem de ferro
Quando sai de Pernambuco
Vai fazendo chic chic
Até chegar no Ceará
Rebola o pai
Rebola a mãe
Rebola o filho
Eu também sou família
Eu também quero rebolar.

VAMOS PRATICAR!

1. Assistindo ao vídeo e cantando


https://www.youtube.com/watch?v=n5vTi19WNGA

Cante a canção “O trem de ferro”, acompanhando a letra e a interpretação do vídeo.


Em seguida, converse com seus colegas:
A) Como foi a experiência de cantar essa canção?
LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 31

B) O que mais chamou sua atenção na canção?

C) Do que você mais gostou nela?

D) O que você observou na execução da canção?

2. Analisando o ritmo e a melodia


A) Aponte as palavras que complementam o som, o ritmo e o efeito pretendido com a canção.

B) Como está construída a rima no par Ceará / rebolá (rebolar)?


32 Conhecer Mais - Estudo Complementar

ATIVIDADE 7

COMPOR E COÇAR... É SÓ COMEÇAR!

Vocês ouviram as canções e acompanharam seus intérpretes. Aprenderam a cantá-


-las, leram, compreenderam e interpretaramas letras de canções brasileiras.
Agora, chegou a vez de vocês escreverem suas canções: composição em versos e em ri-
mas, aproveitando as de que já aprenderam a gostar.
O que de fato vocês vão fazer?
Em pequenos grupos, vocês escreverão uma paródia de uma das canções que estudaram
aqui. Todas elas permitem uma boa brincadeira! O trabalho do grupo é reescrever a letra delas
e ensaiar uma interpretação de acordo com as novas intenções do eu lírico criado por vocês.
Procurem fazer uma composição bem engraçada!

O que é uma paródia?


Paródia é a imitação de um texto já escrito, mas que pretende ser engraçada, que faz
brincadeiras, procura provocar as pessoas e divertir-se com acontecimentos sérios. Vários
programas televisivos de humor e emissoras de rádio apresentam paródias de canções conhe-
cidas do público. Vejamos um exemplo. Experimente cantar para perceber o ritmo e melodia
das duas canções:

Canção: “Cheio de charme”


Compositor: Guilherme Arantes

Paixão assim
Não acontece todo dia
Huuuuuum, cheio de charme
Um desejo enorme
De se aventurar
[...]
Paródia
Pastel assim
Não aparece todo dia
Huuuuuum, cheio de carne
Uma azeitona enorme
E eu vou devorar
LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 33

Ao parodiar uma canção, é necessário reescrever os versos originais, buscar rimas, muitas
rimas, diferentes umas das outras, claro. Além disso, é preciso também ajustar a letra da paródia
à melodia original da canção.
Depois de prontas as paródias, avaliadas pelo professor e aperfeiçoadas por vocês, começa
a segunda parte do trabalho: preparar uma apresentação musical para seus colegas de classe.
Isso mesmo!

VAMOS PRATICAR!

1. Passos para a composição da paródia

A) Seu grupo vai escolher a canção que pretende parodiar: “Só você”, “Fome come”, “O
trem de ferro” ou outra que preferirem.

B) Feita a escolha, busquem no livro a letra da canção e a copiem inteirinha.

C) Procurem também as anotações que fizeram a respeito dela quando a estudaram em


sala de aula.

2. Passos para escrever a composição


A) Como é a canção que escolheram? Romântica? Divertida? Séria?
Então, a paródia que vão compor também poderá ser romântica, divertida ou séria. Certo?
Vocês vão respeitar o mesmo eu lírico, mas que agora resolveu brincar com a letra da can-
ção que escreveu antes. Observe estes exemplos:
• “Quem vê cara não vê coração.” / “Quem vê cara não vê falsificação.”

• “Teu nome, Maria Lúcia, tem qualquer coisa que afaga” (Vinicius de Moraes) / “Teu nariz,
Zé Luís, tem alguma coisa engraçada”.

B) Os versos que compuserem têm de caber na melodia da canção original. Não podem
ser maiores nem menores. Por isso é preciso pensar nas palavras e expressões que
serão substituídas.

C) Dependendo das palavras originais que substituírem, vocês terão de encontrar outra ou
outras que rimem com ela e tenham o mesmo número de sílabas: sim / plim / trim; sofá /
Naná / Pará; / biscoito / dezoito / afoito; cálido / pálido / válido e assim por diante.

D) Após a produção e revisão da paródia, com ajuda do(a) professor(a) e da turma, organi-
zem a apresentação musical da classe.
MATEMÁTICA
MATEMÁTICA - 7O ANO 35

ATIVIDADE 1

LENDO E INTERPRETANDO GRÁFICOS


Existem situações cuja resolução depende da leitura e da interpretação de dados apresen-
tados em tabelas ou em gráficos.

VAMOS PRATICAR!

1. Todos os dias, antes de acabar o intervalo, Kayky vai ao banheiro para escovar os dentes antes de
voltar à sala de aula. Ele reparou que pouquíssimos colegas tinham o mesmo hábito. Resolveu per-
guntar, aos seus amigos de escola, qual a frequência que cada um fazia a limpeza de seus dentes.
Após as respostas, ele construiu o gráfico a seguir que mostra quantas pessoas escovam
os dentes entre uma e seis vezes ao dia.

Quantidade de escovação por dia


14
13
12

10

8
7
6
6

4
3
2 1
0
0
Uma vez Duas vezes Três vezes Quatro vezes Cinco vezes Seis vezes

A) Você acha importante fazer a limpeza regularmente dos seus dentes? Por quê?
36 Conhecer Mais - Estudo Complementar

B) Se você fosse responder à pergunta do Kayky, em qual coluna ela estaria, ou seja, qual a
frequência que você escova seus dentes? Em quais momentos você faz a limpeza deles?

C) Observando o gráfico feito por Kayky, quantas pessoas responderam à pesquisa?

D) Por que você acha que a maioria das pessoas faz a escovação apenas duas vezes ao
dia, e poucas fazem a escovação 5 vezes ou mais?

E) Respondendo à pergunta de Kayky, Renato disse que só faz a escovação duas vezes ao
dia – antes de dormir e depois de acordar. Enquanto Janaína falou que escova os dentes
seis vezes ao dia – antes de dormir, depois de acordar e após as refeições. Se nenhum
dos dois amigos de Kayky mudar a frequência de escovação, quantas vezes Janaína
terá limpado seus dentes a mais que Renato em 30 dias?
MATEMÁTICA - 7O ANO 37

F) Além da escovação diária, quais outras medidas podemos adotar para manter nossos
dentes saudáveis por bastante tempo?

G) Kayky conseguiu convencer metade dos seus colegas a escovarem seus dentes uma
vez a mais por dia. Esboce um possível gráfico considerando que a outra metade per-
maneceu com seus hábitos de limpeza dos dentes.

2. Marina estava observando seus colegas de classe e reparou que nem sempre todos iam
com o uniforme para a escola. Então, resolveu anotar quantos colegas foram para a aula
cada dia da semana e quantos deles estavam uniformizados. Depois de uma semana, ela
produziu o seguinte gráfico.
Quantidade de alunos com uniforme

35
32
29 30 30
30
27
25 24
22
20 20

15

10

0
Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
38 Conhecer Mais - Estudo Complementar

A) É possível entender completamente as informações olhando apenas o gráfico? Por quê?

B) Cada barra de uma cor representa uma informação importante coletada por Marina.
Uma indica a quantidade de estudantes presentes no dia, a outra indica a quantidade
de estudantes uniformizados nesse mesmo dia. Qual seria a associação correta entre
as informações e as cores? Por quê? Após isso, faça uma legenda adequada no gráfico
anterior.

C) Sem querer, Marina apagou as informações da sua tabela assim que estava produzindo
o gráfico. Restou apenas as informações relativas à sexta-feira. Transcreva as informa-
ções do gráfico para a tabela e, usando a informação contida na tabela, faça as barras
faltantes no gráfico. Não esqueça de colorir

Dia da Semana Estudantes Presentes Estudantes com Uniforme

Segunda-Feira

Terça-Feira

Quarta-Feira

Quinta-Feira

Sexta-Feira 32 22

D) Em qual dia tivemos menos estudantes nas aulas? Em qual dia tivemos mais estudantes
uniformizados na escola?
MATEMÁTICA - 7O ANO 39

E) Qual o dia em que a diferença entre estudantes uniformizados e presentes foi maior? E menor?

F) Na sua escola, é comum o uso do uniforme? Você costuma usá-lo? Para você, qual a
importância de ir para a escola uniformizado?

ATIVIDADE 2

ENTENDENDO O ANO BISSEXTO


Anos bissextos são os anos em que nosso calendário admite 366 dias – quando é incluído o
dia 29 de fevereiro. Isso acontece porque o período que o globo terrestre leva para dar uma volta
completa em torno do Sol é de, aproximadamente, 365 dias e 6 horas. E, como no calendário
não existem 6 horas, é sempre considerada a quantidade inteira de dias.

VAMOS PRATICAR!

1. Por que o ano bissexto ocorre de 4 em 4 anos?


40 Conhecer Mais - Estudo Complementar

2. O ano em que estamos é bissexto? Por quê?

3. O ano de 2096 será bissexto? Por quê?

4. Quantos anos bissextos tem em um período de 30 anos?

5. Desde o ano que você nasceu até hoje, por quantos anos bissextos você já passou?

6. Imagine que Osmar tenha nascido no dia 29 de fevereiro de 2000? Qual será a idade dele
em 2032?
MATEMÁTICA - 7O ANO 41

Curiosidade
Considerando tudo que vimos sobre o ano bissexto, você acreditaria se eu dissesse
que o ano de 2100 não será bissexto? Pode parecer estranho, mas de fato 2100 não será
bissexto. Apesar de esse número obedecer aos critérios que definem a bissextralidade, a
explicação para isso é que o tempo que o Planeta Terra leva para completar uma volta em
torno do Sol é de aproximadamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. E arre-
dondamos essa aproximação para 365 dias e 6 horas, o que torna mais fácil a inclusão de 1
dia a cada 4 anos. Mas repare que o arredondamento dessa aproximação inclui 11 minutos
e 14 segundos na contagem. A longo prazo, esse acúmulo de 11 minutos implicaria em
alterações nas datas corretas. Por isso, em 1582, o papa Gregório 13 instituiu o calendário
tal como conhecemos atualmente levando em conta que os anos bissextos ocorrerão de 4
em 4 anos, exceto quando o ano em questão for início de século, além de não ser múltiplo
de 400, como é o caso de 2100.

ATIVIDADE 3

MÚLTIPLOS E NÚMEROS PRIMOS

VAMOS PRATICAR!

1. No quadro numérico a seguir, pinte da cor amarela os múltiplos de 2; de vermelha os múlti-


plos de 3; e de laranja os múltiplos de 6:

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30

0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60
42 Conhecer Mais - Estudo Complementar

2. Observando o quadro, o que “descobriu”?

3. Observe o quadro numérico a seguir:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

61 62 63 64 65 66 67 68 69 70

71 72 73 74 75 76 77 78 79 80

81 82 83 84 85 86 87 88 89 90

91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
MATEMÁTICA - 7O ANO 43

A) Construa o Crivo de Eratóstenes conforme orientações:

1 – Riscar o número 1.

2 – Riscar todos os múltiplos de 2, maiores que 2.

3 – Riscar todos os múltiplos de 3, maiores que 3.

4 – Riscar os múltiplos do próximo número que não foi riscado, exceto ele próprio que
será o número 5, e assim por diante.

B) Registre, no quadro a seguir, os números que ficaram sem riscar:

C) Observe os números do quadro. Existe alguma particularidade?


44 Conhecer Mais - Estudo Complementar

ATIVIDADE 4

EXERCITANDO: MÚLTIPLOS E DIVISORES

VAMOS PRATICAR!

1. Nas fichas, a seguir, escreva em cada uma os cinco primeiros múltiplos dos números indicados:

18 20 24 36 40

0 · 18 = 0
1 · 18 = 18
2 · 18 = 36
3 · 18 = 54
4 · 18 = 72

2. Observe as fichas que preencheu. Complete:

A) De qual(is) número(s) 0 é múltiplo?

B) De qual(is) número(s) 18 é múltiplo?

C) De qual(is) número(s) 36 é múltiplo?


MATEMÁTICA - 7O ANO 45

D) De qual(is) número(s) 40 é múltiplo?

E) De qual(is) número(s) 72 é múltiplo?

3. Agora, escreva as divisões correspondentes às multiplicações de cada ficha, como foi feito
com o número 18:

18 20 24 36 40
1 · 20 = 20 1 · 24 = 24 1 · 36 = 36 1 · 40 = 40
1 · 18 = 18
2 · 10 = 20 2 · 12 = 24 2 · 18 = 36 2 · 20 = 40
2 · 9 = 18
4 · 5 = 20 3 · 8 = 24 3 · 12 = 36 4 · 10 = 40
3 · 6 = 18
4 · 6 = 24 4 · 9 = 36 5 · 8 = 40
6 · 6 = 36
18 : 1 = 18
18 : 2 = 9
18 : 3 = 6
18 : 6 = 3
18 : 9 = 2
18 : 18 = 1

4. Observe as divisões que registrou. Complete:

A) Os divisores de 18 são:__________________________________

B) Os divisores de 20 são:__________________________________

C) Os divisores de 24 são:__________________________________

D) Os divisores de 36 são:__________________________________

E) Os divisores de 40 são:__________________________________
46 Conhecer Mais - Estudo Complementar

5. Escreva V e F:

A) ( ) 12 é múltiplo de 2, de 3, de 6.

B) ( ) 20 é múltiplo de 2, de 5, de 10.

C) ( ) 24 é múltiplo de 2, de 3, mas não de 6.

D) ( ) 12 é múltiplo de 24.

E) ( ) 28 é múltiplo de 2, de 7, de 14.

F) ( ) 2, 3 e 7 são divisores de 42.

G) ( ) 2 e 7 são divisores de 45.

H) ( ) 2, 3, 7 e seus produtos 6, 14, 21 são divisores de 84.

I) ( ) 10 é múltiplo de 2.

J) ( ) 2 é divisor de 10.

ATIVIDADE 5

RELACIONANDO FRAÇÃO E PORCENTAGEM

1. Calcule 1% e 10% dos valores indicados no quadro a seguir:

Valor 10% do valor 1% do valor

R$ 200,00

R$ 350,00

R$ 572,00
MATEMÁTICA - 7O ANO 47

A) Agora, registre a forma como calculou 10% e 1% de um dos valores apresentados no quadro:

B) Utilizando o mesmo raciocínio, como você calcularia mentalmente 11% de um valor? E 12%?

C) Registre a forma de calcular mentalmente 12% de R$ 500,00:

2. Calcule:

A) 50% de R$ 200,00 1
B) de R$ 200,00
2
48 Conhecer Mais - Estudo Complementar

C) 25% de R$ 600,00 D) 1 de R$ 600,00


4

E) 75% de R$ 400,00 3
F) de R$ 400,00
4

3. O que você observou nos resultados destes cálculos?

4. Complete o quadro a seguir com as formas de representação de um mesmo número


racional.

Forma
Linguagem natural Forma decimal Forma percentual
fracionária

Vinte centésimos 20
0,20 20%
ou vinte por cento 100

50%

0,75

Um quarto ou vinte e cinco


centésimos ou vinte e cinco
por cento

10%
MATEMÁTICA - 7O ANO 49

ATIVIDADE 6

CALCULANDO PROBABILIDADES
Você já brincou de ‘Cara ou Coroa’? É só pegar uma moeda qualquer, lançá-la para cima e
observar qual face vai ficar apontada para cima.
Se aparecer o valor da moeda, dizemos que caiu COROA (como na imagem à esquerda);
se aparecer um rosto, dizemos que caiu CARA (como na imagem à direita).

Numizmat 675 por por


Wikimedia Commons
E agora, que tal brincarmos um pouco para aprender Matemática?

1. Jogue uma moeda 20 vezes, anotando a sequência de resultados.

2. Quantas vezes caiu cara? E coroa?

3. André jogou a moeda apenas 10 vezes e obteve 3 caras e 7 coroas. Ele representou a por-
centagem de ocorrências de cara da seguinte maneira:

3 30
= = 0,30 = 30%
10 100
E representou, na forma de porcentagem, a ocorrência de coroas da seguinte maneira:
7 70
= = 0,70 = 70%
10 100
Represente a ocorrência de caras e coroas dos seus lançamentos do mesmo modo que
André fez.
50 Conhecer Mais - Estudo Complementar

4. Quando Caio lançou sua moeda, ele obteve coroa 19 vezes nos primeiros 19 lançamentos. O
que você espera que aconteça no último lançamento? Por quê?

A) Se Caio tivesse brincado de lançar um dado de 6 faces, repetidas vezes, ao invés de


uma moeda, qual o número teria mais chance de aparecer depois de 100 lançamentos?
Por quê?

ATIVIDADE 7

VAMOS FALAR DA LINGUAGEM ALGÉBRICA?

https://www.youtube.com/watch?v=vogDcRcjiwg

Quando conversamos com alguém, usamos uma língua para estabelecer a comunicação,
dentre elas, o Português, Espanhol, Inglês, Libras, Árabe etc. E com a Matemática não é diferen-
te. Para que ocorra uma comunicação, a Matemática também se vale de uma linguagem.

1. Hector recebeu de seu professor de Matemática a seguinte tabela:


MATEMÁTICA - 7O ANO 51

Português “Matematiquês”

O dobro de um número 2·x

O quadrado de um número a2

A terça parte de um número w


3

A diferença entre 8 e um número 8−b

Hector reparou que na coluna “matematiquês” da tabela aparece sempre uma letra para
representar o “número”, ele entendeu que esse número era desconhecido. O professor
Emerson explicou que a essa letra damos o nome de variável. Significa dizer que é um valor
que não se conhece ou que ainda varia.
A) Hector recebeu o desafio de fazer a tradução do “matematiquês” para o Português e
vice-versa. Faça você também essa atividade:

Português “Matematiquês”

√z

O cubo de um número

A soma entre um número e (−7)

2·p+9

O perímetro de um triângulo cujos lados medem


3 cm, 4 cm e y cm
w
4

O perímetro de um quadrado cujo lado mede x cm

3 · w = w + 10
52 Conhecer Mais - Estudo Complementar

ATIVIDADE 8

IDENTIFICANDO MEDIANA, MODA E MÉDIA ARITMÉTICA

https://www.youtube.com/watch?v=ZvmADk5kp6g

Em situações envolvendo pesquisas, determinados valores ajudam a tomar boas decisões,


entre estes valores nós podemos citar a mediana, a moda e a média aritmética.

1. Ana gosta muito de basquete e resolveu pesquisar mais informações importantes do seu
time preferido. Ela anotou o saldo final de cestas do seu time nos últimos 13 jogos. Saldo de
cestas é a diferença entre o total de cestas feitas e de cestas sofridas por uma equipe.
A seguir estão os números anotados por Ana.

Jogo 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13
Saldo de
2 −17 8 4 −11 12 −1 66 8 12 8 35 −22
cestas

A) Observe os números anotados por Ana. Em qual jogo você acha que o time de Ana teve
um melhor desempenho? E o pior? Por quê?

B) No regulamento dessa competição, cada time de basquete ganhava dois pontos por
vitória e um ponto por derrota. Quantos pontos tem o time de Ana?
MATEMÁTICA - 7O ANO 53

C) Ana queria determinar a mediana, a moda e a média aritmética do saldo de cestas. Ela
começou reorganizando esses valores em ordem crescente (considerando inclusive as
repetições). Rearranje os valores anotados anteriormente por Ana, colocando-os em
ordem crescente.

MEDIANA

D) Por que há um valor em destaque? Observe o nome que ele recebe e a quantidade de
números que estão antes e que estão depois do número em destaque.

O valor que mais aparece na distribuição é chamado de moda.

E) Quantas vezes cada valor aparece na distribuição do item C?

A média aritmética é obtida somando todos os valores dados e dividindo esse resulta-
do pela quantidade de números.

F) Para você, o que significa média aritmética? Qual é a sua importância nessa análise que
a Ana está fazendo?
54 Conhecer Mais - Estudo Complementar

G) Vamos calcular a média, assim como Ana? Primeiro, comecemos somando todos os
números da sequência dada.

H) Como foram 13 jogos, agora iremos dividir o resultado do item G por 13. Em seguida,
responda: qual a média aritmética dos valores anotados por Ana?

I) Será que os valores da mediana, da moda e da média aritmética serão sempre


iguais? Construa uma sequência com 5 valores quaisquer para lhe ajudar a respon-
der a essa pergunta.
MATEMÁTICA - 7O ANO 55

ATIVIDADE 9

CALCULANDO DISTÂNCIAS
Existem situações no cotidiano que exigem a leitura de mapas, a localização ou o desloca-
mento de objetos ou pessoas e, até a determinação de distâncias e comprimentos!!!

1. A seguir temos a imagem de uma região do Pari, bairro de São Paulo, localizado na zona
central do município. O ponto destacado em amarelo é a EMEF Infante Dom Henrique –
apelidada de Espaço de Bitita, em homenagem à escritora e moradora da região Carolina
Maria de Jesus (1914-1977).

https://medium.com/@medidasp/roteando-caminhos-com-qgis-tutorial-parte-1-df603123594f

Temos outros pontos em destaque também. Em preto, a Associação Portuguesa de Despor-


tos; em rosa, a Rua Pascoal Ranieiri; em verde, o Grêmio Recreativo Leões da Fabulosa;
em dourado a Rua Araguaia; e, em azul, a casa da aluna Vitória. Algumas distâncias entre
esses locais de destaque são:
56 Conhecer Mais - Estudo Complementar

DE........................................................ PARA..............................................DISTÂNCIA
Escola ............................................... Associação Portuguesa ................ 78 metros
Associação Portuguesa..................... R. Pascoal Ranieiri.......................... 56 metros
R. Pascoal Ranieiri ........................... Grêmio Recreativo .......................... 68 metros
Grêmio Recreativo ........................... Casa da Vitória............................... 34 metros
Casa da Vitória ................................. R. Araguaia ................................... 171 metros
R. Araguaia ....................................... Escola............................................ 273 metros

A) Qual o perímetro do polígono destacado na imagem, formado por localidades da região?


Lembre-se que perímetro é a soma de todos os lados do polígono.

B) Se você estivesse com a Vitória na casa dela, qual caminho você adotaria para ir até a
escola e por quê?

C) Se você estivesse na Rua Araguaia e tivesse que ir até o ponto marcado como Rua Pascoal
Ranieiri, por quais locais destacados você passaria, considerando o caminho mais curto?
MATEMÁTICA - 7O ANO 57

D) Você conhece aplicativos ou sites que te ajudam a criar rotas? Você considera o uso
desses aplicativos importante? Por quê? Em que situações você já os utilizou?

E) Imagine que fosse criada uma rua reta que ligasse a casa da estudante Vitória à Asso-
ciação Portuguesa. Você acha que o trajeto por essa rua seria mais curto que o caminho
atual para se deslocar entre esses dois pontos? Por quê

ATIVIDADE 10

RESOLVENDO PROBLEMAS NO CAMPO


DAS GRANDEZAS E MEDIDAS

1. Luiza resolveu contornar sua toalha quadrada de 2,5 metros de lado com renda. Quantos
metros de renda ela usou, no mínimo, nesse contorno?
58 Conhecer Mais - Estudo Complementar

2. Pela manhã, a temperatura de uma cidade era de 10 °C e, à tarde, era de 15 °C. Quantos
graus Celsius a temperatura variou do período da manhã para o da tarde?

3. Marcos precisava saber o comprimento de uma prateleira. Como não tinha instrumento de
medida adequado, usou a medida aproximada do comprimento do palmo de sua mão. Ob-
serve a seguir como ele mediu essa prateleira:

Ilustração: Fernanda Gomes

Qual é a medida aproximada do comprimento dessa prateleira?


MATEMÁTICA - 7O ANO 59

4. Pablo foi ao açougue para comprar 2,5 kg de carne. No momento da “pesagem”, o açou-
gueiro verificou que a quantidade de carne selecionada por Pablo “pesava” 1,7 kg. Quanto
de carne falta para completar a quantidade solicitada por Pablo?

5. Luiza comprou 7 metros de tecido para enfeitar um salão de festas. Quantos centímetros de
tecido Luiza comprou para enfeitar esse salão?

6. Um campo oficial de futebol tem 100 metros de comprimento e 65 metros de largura. Será
construído um campo menor, com 20 metros de comprimento, proporcional ao campo ofi-
cial. Qual a medida da largura, em metros, do campo menor?
60 Conhecer Mais - Estudo Complementar

7. Um cliente comprou um pacote com 12 latas de refrigerante, de 350 ml cada. Qual a quan-
tidade total de refrigerante, em ml, comprada pelo cliente?

ATIVIDADE 11

VARIANDO AS TEMPERATURAS ATÉ


OS VALORES NEGATIVOS

1. Leia com atenção o texto abaixo e destaque todas as temperaturas que aparecem.

Frio derruba temperaturas


e bate recordes no Brasil

A massa de ar polar formada por


um anticiclone que veio da Argentina
avançou pelo continente e derrubou a Foto: Jefferson Rech / Wikimedia Commons.

temperatura em todo país. Os termô-


metros brasileiros registraram mínimas
abaixo de 0o C, neve e chuva congelada
em várias cidades da região Sul. Mais
de 50 cidades amanheceram com frio
abaixo de 0o C. Pelo menos 15 cidades
gaúchas registraram temperaturas ne-
gativas na madrugada.
Assim como na cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, nevou em outras cidades do
Brasil como Canela, Caxias do Sul e Palmeira das Missões.
A menor temperatura foi registrada na cidade de São José dos Ausentes, na Serra Gaú-
cha, com mínima de −3,4o C, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
MATEMÁTICA - 7O ANO 61

A cidade de Bom Jardim da Serra teve a tempe-


ratura mais baixa do ano até agora em Santa Catari-
na, com −7,4o C.
Já em Urupema, também na Serra, fez −6,6o C
mas por causa dos ventos de até 43km/h a sensação

Foto: Arthur Puls / Wikipedia.


térmica chegou aos −17°C.
O frio ainda deve continuar até a metade desta
semana. Essa massa de ar polar poderá ser a mais for-
te a agir sobre a América do Sul neste ano. Bariloche
também teve recorde de frio, com temperaturas de
−25°C.
Ao sair de casa, leve um casaco a mais e doe para quem precisa.

Diferença entre neve, geada e granizo

Os fenômenos aparecem quando o vapor d’água passa para o estado sólido – a diferença é
que em cada um o processo acontece em lugares distintos, com temperaturas também diferentes.
Neve: surge nas nuvens, quando o vapor d’água que está em grandes altitudes se transfor-
ma em cristais de gelo. Se o cristal de gelo passar em locais com ar acima de 0ºC, ele der-
rete e cairá na forma de chuva ou de garoa. A neve pode cair em forma de pelotas de neve
(mais pesadas) ou em forma de grãos ou flocos de neve (mais leves)..
Geada: formada no chão e não no céu, quando o vapor d’água próximo ao solo congela,
dando origem a uma camada de pequenas agulhas geladas. Para que ela ocorra, a tempe-
ratura do ar deve cair abaixo de zero. O tipo mais comum é a chamada geada branca, que
congela apenas a parte superficial das plantas, queimando as folhas e prejudicando o seu
desenvolvimento. A mais grave é a geada negra, que acontece quando os termômetros atin-
gem marcas em torno de 10 graus negativos.
Granizo: é a queda de gelo em pedaços e apresenta formas irregulares e tamanhos geral-
mente superiores a 5 mm. Normalmente caem em conjunto com a chuva. Assim, a diferença
entre neve e granizo está no tamanho das partículas (o granizo é o maior), na forma irre-
gular que esse último apresenta, além de ele estar
associado à chuva líquida. Existem outros tipos de
precipitações semelhantes à neve e ao granizo:
Foto: Paulo Marcelo Adamek / Wikimedia.

Sincelo: é o congelamento de gotas em sus-


pensão após essas entrarem em contato com a
superfície que se encontra muito fria ou igual-
mente congelada. Costuma acontecer em momen-
tos de nevoeiros.
Escarcha: é um processo semelhante ao sin-
celo, com a diferença de ser mais brando e
ocorrer em situações de neblina.
Fonte: https://www.jornaljoca.com.br/frio-derruba-temperaturas-e-bate-recordes-no-brasil/. Acesso em 2 abr. 2020.
62 Conhecer Mais - Estudo Complementar

Esse texto é uma reportagem publicada em 18 de julho de 2017 sobre o clima de algumas
cidades do Brasil nessa data. A respeito das informações que estão nele, responda:

A) Qual foi a menor temperatura indicada na reportagem? Em que cidade ela aconteceu?

B) Em algum lugar a temperatura nem estava positiva nem negativa? Aonde? O que isso
significa?

C) Houve temperaturas abaixo de zero? Em que locais? O que isso representa?

D) De modo geral, em sua cidade, as temperaturas costumam ser baixas ou altas? Isso
quer dizer que aí, na maior parte do tempo, faz frio ou faz calor?
MATEMÁTICA - 7O ANO 63

E) Há um trecho do texto que diz: “Já em Urupema, também na Serra, fez −6,6°C, mas por
causa dos ventos de até 43km/h a sensação térmica chegou aos −17°C. Imagine que
em Urupema a temperatura triplicasse. Quantos graus alcançaria? E a sensação térmi-
ca? Como estaria o clima nessa cidade?

F) Qual é a diferença prevista entre as temperaturas no Piauí e no Rio Grande do Sul, num
determinado dia, segundo as informações a seguir?

TEMPO NO BRASIL – instável e ensolarado no Sul

Máxima prevista: 37°C no Piauí.


Freepik

Mínima prevista: -3°C no Rio Grande do Sul.

G) Preencha a tabela realizando corretamente as operações indicadas em cada linha:

a b a+b a.b a:b

-2 1

-30 -5

12 4

-45 3

-100 -25
64 Conhecer Mais - Estudo Complementar

H) La Paz, cidade Boliviana de clima frio onde, em média, a temperatura chega a 8°C, está
localizada em um profundo vale, na Cordilheira dos Andes, cercada por montes e mon-
tanhas. Em dias mais amenos, a temperatura máxima chega a 14°C e a mínima de −2°C.
Represente a variação de temperatura nessa cidade na reta a seguir:
CIÊNCIAS NATURAIS
66 Conhecer Mais - Estudo Complementar

ATIVIDADE 1

MULHERES QUE FAZEM CIÊNCIA!

Astronauta se torna a mulher


a passar mais tempo no espaço

4 de março de 2020.

A astronauta norte-americana Christina Koch, 41 anos, voltou à Terra no dia 6 de fevereiro,


depois de quase um ano na Estação Espacial Internacional (ISS). Com 328 dias de missão,
Koch se tornou a mulher a ficar mais tempo no espaço. O recorde anterior, registrado em 2017,
era da norte-americana Peggy Whitson (288 dias). “Recordes são feitos para serem quebrados.
É um sinal de progresso”, escreveu Whitson em uma rede social. Ela ainda é a mulher com maior
número e tempo de caminhadas espaciais (dez caminhadas, com duração total de 60 horas e
21 minutos). Koch já havia atingido outro recorde em outubro de 2019, ao participar da primeira
caminhada espacial apenas com mulheres, ao lado da astronauta dos EUA, Jessica Meir. No
total, Koch fez seis caminhadas espaciais. O recorde absoluto de permanência no espaço é de
437 dias e pertence ao russo Valeri Polyakov. Já a russa Valentina Tereshkova foi a primeira mu-
lher no espaço, em 1963. Apenas 20 anos depois, outra astronauta voltaria a sair da Terra. No
total, mais de 60 mulheres já viajaram para fora do planeta. A Nasa (agência espacial dos EUA)
promete levar a primeira mulher à Lua em 2024.
php?title=Valentina+Tereshkova&uselang=pt
https://pt.wikipedia.org/wiki/Christina_Koch

https://commons.wikimedia.org/w/index.

Christina Koch Valentina Tereshkova

Texto adaptado: https://www.jornaljoca.com.br/astronauta-se-torna-a-mulher-a-passar-mais-tempo-no-espaco/


CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 67

VAMOS PRATICAR!

1. Na sua opinião, o que essas mulheres fizeram de extraordinário em suas carreiras


profissionais?

2. Por que, para algumas pessoas, é estranho observar mulheres ocupando outros papéis,
além daqueles pré-definidos pela sociedade, como, por exemplo, desempenhando tarefas
domésticas? Se necessário, peça ajuda de um familiar para responder.

Mulheres e o método científico!

Conheça um pouco sobre essas três mulheres brasileiras que foram cientistas pioneiras em
nosso país e, depois, vamos discutir um pouco sobre o que é fazer ciência.
68 Conhecer Mais - Estudo Complementar

Nise da Silveira

https://pt.wikipedia.org/wiki/Nise_da_Silveira
Médica psiquiatra, dedicou sua vida ao trabalho com doentes mentais, mani-
festando-se radicalmente contra as formas de tratamento que julgava serem
agressivas. Foi pioneira ao enxergar o valor terapêutico da interação de pa-
cientes com animais.

Johanna Döbereiner
Johanna_D%C3%B6bereiner
https://pt.wikipedia.org/wiki/

Engenheira agrônoma, suas pesquisas foram fundamentais para que o Bra-


sil desenvolvesse o uso do etanol e também se tornasse o segundo produtor
mundial de soja. Seu trabalho permitiu que milhares de pessoas consumis-
sem alimentos mais baratos e saudáveis.

Carolina Martuscelli Bori

notaveis/310-carolina-martuscelli-bori
Pedagoga e psicóloga, teve papel fundamental no estabelecimento do estudo

http://www.canalciencia.ibict.br/
científico da Psicologia no Brasil, responsável pela introdução da análise do
comportamento em nosso país.

Para saber mais


Dica para você conhecer essas ou outras trajetórias e
experiências de diversas cientistas mulheres e pionei-
ras no Brasil, disponível para download gratuito através
do QR Code, ou no link a seguir:

http://www.sbpcnet.org.br/site/publicacoes/outras-publicacoes/livro_
pioneiras.pdf
CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 69

3. Leia e observe a tirinha a seguir:


Crédito: Armandinho, de Alexandre Beck, uso
autorizado pelo autor

Que relação podemos fazer entre o assunto tratado por Fê e Armandinho nesta tirinha e a
importância do trabalho de homens e mulheres na ciência, por exemplo?

Este tema é bastante interessante, não acha?

Como se faz ciência e como ela está presente em nosso dia-a-dia?


Você quer saber como cientistas ou mesmo você pode realizar descobertas?
Uma das formas de trabalho dos cientistas é por meio do método científico, um conjunto
de etapas ou passos organizados em uma sequência lógica para estudar os fenômenos. Vale
reforçar que a investigação científica pode ser feita de diferentes maneiras e o método científico
é apenas uma forma de fazer ciência.
Vamos entender um pouco sobre essas etapas? Tenho certeza de que você vai se reconhe-
cer nelas durante o seu dia-a-dia quando se deparar com alguns problemas ou dúvidas que te
deixarem muito curioso.
70 Conhecer Mais - Estudo Complementar

A primeira delas, é a OBSERVAÇÃO, diante de alguma situação que ocorre na natureza,


você pode ser levado pela curiosidade e pela necessidade de buscar formas de entender o que
leva um fenômeno a acontecer. Assim, a partir da observação que pode ser a olho nu ou com a
utilização de instrumentos, como o microscópio, você começa a formular questões.
Por exemplo: Observa-se muitas pessoas dizendo por aí, que a maioria das meninas se
desenvolvem mais rápido do que os meninos. Então, uma questão que poderia ser levantada é:
Será que isso é verdade?
Na tentativa de responder a essa questão, você pode passar a tentar dar uma possível
resposta que explique esse fenômeno. Essa é a HIPÓTESE, ou seja, uma ou mais afirmações
prévias para explicar os fenômenos.
Para responder à pergunta poderia ser levantada a seguinte hipótese: “Alguma substância
está presente mais cedo no corpo das meninas que causa esse desenvolvimento?”.
Para verificar se a hipótese levantada é realmente verdadeira, você pode realizar vários
experimentos controlados, ou então realizar uma pesquisa, porque a EXPLORAÇÃO de co-
nhecimentos que foram organizados ou construídos por outras pessoas, também faz parte do
trabalho científico. Neste caso tanto fazer experiências em laboratório ou explorar informações
podem confirmar a hipótese ou então mostrar que ela não é verdadeira e deve ser descartada.
Assim, outra hipótese poderá ser levantada e outras pesquisas serão realizadas.
Depois de analisar cuidadosamente os resultados obtidos com as experiências ou com a
exploração que você realizou, você pode chegar a algumas CONCLUSÕES e ter sua pergunta
inicial respondida.

Você já parou para pensar que, ao responder às grandes perguntas da humanidade e


enfrentar desafios importantes do nosso cotidiano, a ciência possibilita avanços nas mais
diversas áreas, como saúde, alimentação, tecnologia e meio ambiente? Assim, os cientistas
também são responsáveis por contribuir para melhora da qualidade de vida das populações
ao redor do mundo, promovendo desenvolvimento intelectual e cultural, criando conheci-
mento, diminuindo as desigualdades e melhorando a educação.

Bom, agora que você conhece um pouco mais sobre o modo de trabalhar com a ciência,
vamos para algumas atividades:
CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 71

4. Olhe ao seu redor, você seria capaz de identificar três ou mais facilidades, aparatos, conhe-
cimentos ou melhorias que você e sua família utilizam hoje e que foram possíveis graças
ao desenvolvimento da ciência? Se necessário, peça ajuda de um familiar para responder.

5. As frases da tabela 1 representam o raciocínio de um pesquisador, associe corretamente


com as etapas que estão na tabela 2.

Tabela 1 Tabela 2

Talvez alguma substância presente nas folhas


A Conclusão
verdes seja responsável por essa cor

Realizar experimento para encontrar compostos


presentes em todas as folhas verdes e verificar se
B Observação
alguns desses não estariam presente nas folhas
que são de outras cores

Todas as folhas verdes possuem um pigmento


C Exploração
em comum

D Por que as folhas das árvores são verdes? Hipótese


72 Conhecer Mais - Estudo Complementar

6. Resolva a cruzadinha:

Horizontais Verticais
É o que desperta a curiosidade e a Momento de verificar se a hipótese levantada é
3 necessidade de buscar formas de 1 verdadeira, realizando experimentos ou, então,
entender algum fenômeno uma pesquisa.

Uma tentativa de responder à questão Nome do método utilizado por cientistas que é
5 levantada, e dar uma possível resposta 2 um conjunto de etapas ou passos para estudar
que explique o que está acontecendo. um fenômeno da natureza

Depois de analisar os resultados da pesquisa


Dedicou sua vida ao trabalho com doentes
ou dos experimentos, pode ser possível
6 4 mentais, foi radicalmente contra as formas
comprovar como e porque determinado
agressivas de tratamento que existiam.
fenômeno se repete

Suas pesquisas foram fundamentais para Psicóloga responsável pela introdução da


7 6
que o Brasil desenvolvesse o uso do etanol. análise do comportamento em nosso país
CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 73

(pagina 96)
ATIVIDADE 2
ATIVIDADE 2- Adolescência e puberdade
ADOLESCÊNCIA E PUBERDADE
(abre boxe historia em quadrinhos Alexandre Beck 3149/190)

Crédito: Armandinho, de Alexandre Beck


Adolescendo

Tirinha Tenho certeza de que


do Armandinho você vai concordar:
comemorativa aos 29ser anos
adolescente
do ECA nem sempre é fácil. A adolescên-
cia traz muitas transformações, conflitos, perdas e medos. Não é à toa que o jovem pode se sen-
tir confuso,
Créditos: muitas vezes
Armandinho, desem saber o que
Alexandre Beckfazer. Quando
- uso procuramos
autorizado peloasautor
origens e o significado
da palavra adolescência, além de “crescer em direção a”, encontramos também “adoecer”. Mas,
(abre boxe)
calma, isso não significa que você está doente! Muito pelo contrário. Podemos pensar nesse
“adoecer” lembrando que a adolescência é um momento contraditório, de inúmeros conflitos e,
Adolescendo
muitas vezes, sofrimentos. Afinal, você está passando por importantes mudanças biológicas e
emocionais que nem sempre são fáceis de entender. Até mesmo o crescer traz conflitos, porque
implica inúmeras perdas. Em primeiro lugar, você não é mais criança — você está sempre ou-
vindo isso, não é? Mas é verdade. E ao deixar de ser criança, você perde a infância, os pais da
Tenho certeza
infância, de queinfantis
as fantasias você vai
e o concordar:
corpo infantil.ser adolescente
Muitas nem sempre
vezes, ao vivenciar essas é fácil. oAado-
perdas,
adolescência
lescente voltatraz muitas
a ter transformações,
uma reação conflitos,
de defesa muito comum perdas e medos.
na infância Não é à Étoa
— a onipotência. que o
aquele
sentimento que leva você a pensar que nada vai lhe acontecer, que
jovem pode se sentir confuso, muitas vezes sem saber o que fazer. Quando você pode tudo. Nessa fase,
a onipotência é uma forma de lidar com as angústias.
procuramos as origens e o significado da palavra adolescência, além de “crescer em
direçãoÉa”, na encontramos
adolescência também
também que“adoecer”.
se estruturaMas,
a identidade
calma,sexual, experiência
isso não significaque trazvocê
que mais
conflitos para o jovem. Para se tornar homem ou mulher, é preciso tomar posições, atitudes so-
está doente! Muito pelo contrário. Podemos pensar nesse “adoecer” lembrando que a
ciais, culturais e afetivas que os adolescentes têm medo de assumir. Como é difícil para você,
adolescência é um momento contraditório, de inúmeros conflitos e, muitas vezes,
agora, em plena adolescência, enxergar o futuro! E não estamos falando somente das questões
sofrimentos.
de identidadeAfinal, você
sexual, masestá passando
também do medopor
do importantes mudanças biológicas e
futuro em geral.
emocionais que nem sempre são fáceis de entender. Até mesmo o crescer traz
conflitos, porque implica inúmeras perdas. Em primeiro lugar, você não é mais criança
— você está sempre ouvindo isso, não é? Mas é verdade. E ao deixar de ser criança,
você perde a infância, os pais da infância, as fantasias infantis e o corpo infantil.
74 Conhecer Mais - Estudo Complementar

É possível passar pela adolescência, por esse momento de intenso crescimento, de forma
saudável? Eu diria que sim. Mesmo em meio a um momento histórico marcado pela globaliza-
ção, pela rapidez das transformações tecnológicas, éticas, morais e culturais, fatores que geram
mais dificuldades para quem vive hoje a adolescência em nossa sociedade.
No livro Cabeça de Porco, MV Bill, Celso Athayde e Luís Eduardo Soares lembram que a
palavra identidade tem um duplo significado. De um lado, representa a originalidade, aquilo que
torna as pessoas diferentes, únicas. Do outro, representa a semelhança que aproxima duas
pessoas. Ou seja, se identificar significa “se espelhar”, ver no outro coisas que são parecidas
conosco, e significa ruptura, romper com modelos. Precisamos mesmo romper com nossas re-
ferências primárias, o pai e a mãe, para que, baseados no seu modelo, possamos nos construir
como pessoas únicas.
Pois, em meio a essa busca, muitas vezes sem conseguir enxergar o que pode estar “no fim
do túnel”, que você está adolescendo, se transformando e, enfim, crescendo.

Texto adaptado de Ciência Hoje na Escola – Conversando sobre Saúde com Adolescentes - SBPC – disponível em: http://
portal.mec.gov.br/index.php?option=com_ docman&view=download&alias=1858-pse-cienciaescola&Itemid=30192

VAMOS PRATICAR

1. Após ler esse texto, você tem alguma hipótese sobre por que todas essas mudanças
acontecem?
Escreva sua hipótese a seguir:
CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 75

O início da adolescência é determinado por mudanças biológicas que, dependendo


da pessoa, se iniciam entre os nove e os quatorze anos. Essas transformações são causa-
das pela atividade de alguns hormônios, que provocam diversas alterações no corpo e no
comportamento.
Puberdade que vem do latim pubertas, que significa “cobrir de pelos” é o processo bioló-
gico de desenvolvimento sexual do ser humano, e que possibilita por exemplo, a reprodução.
É durante a puberdade que as características sexuais secundárias aparecem.
A adolescência é um fenômeno social e psicológico e não devemos confundir adoles-
cência com mudanças corporais. Em alguns casos a puberdade e o início da adolescência são
simultâneos, em outros casos isso não acontece, ok?

Antes de falarmos mais especificamente sobre aspectos biológicos apenas, que tal refletir-
mos um pouco sobre a sexualidade?
Para começar, sexualidade não é sexo. Sexualidade é muito mais que atividade sexual e
não se limita a uma função biológica responsável pela reprodução. É um aspecto essencial da
vida das pessoas e envolve sexo, papéis sexuais, orientação sexual, prazer, relações afetivas,
amor e reprodução.
A sexualidade é uma dimensão fundamental de todas as etapas da vida de homens e mu-
lheres e está presente desde o nascimento até a morte.
É na adolescência, quando ocorrem profundas transformações biológicas, psicológicas e
sociais, que aparece também a capacidade reprodutiva. Ou seja, o acelerado crescimento físico
é acompanhado pela maturação sexual.
Por isso, é importante especialmente para o jovem — mas também para todos nós adultos
— buscar conhecer o funcionamento do nosso corpo e compreender nossos sentimentos, para
que possamos fazer as escolhas que sejam as mais positivas para a nossa vida e que melhor
favoreçam a expressão da nossa sexualidade.
76 Conhecer Mais - Estudo Complementar

VAMOS PRATICAR!

1. Como você explicaria a um colega de turma, quais as principais diferenças entre a puber-
dade e a adolescência?

2. Você já ouviu a música Terra de Gigantes da banda Engenheiros do Hawaii? Aqui vai um
pequeno trecho da letra:

“...eu tenho uma guitarra elétrica


Durante muito tempo isso foi tudo que eu queria ter
Mas, hei mãe
Alguma coisa ficou pra trás...”
Utilize este QR Code
se quiser ouvir a canção!
Na letra, o jovem está querendo dizer que a guitarra elétrica tão sonhada na infância, não
serve mais, que perdeu o sentido. Na sua opinião, o que mudou no comportamento de antes
e o de hoje do jovem? O que significam essas mudanças?
CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 77

Para Saber Mais


Caso deseje se aprofundar sobre este assunto, leia
a revista Ciência Hoje na Escola: Conversando sobre
Saúde com Adolescentes. Utilizando este QR Code
ou a URL a seguir:

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=1858-pse-cienciaescola&Itemid=30192

A Biologia e os hormônios de nosso corpo

Observe a imagem a seguir, ela apre-


senta as principais glândulas presentes em
nosso corpo.
Vale lembrar que nesta trilha de apren-
dizagem, daremos mais ênfase ao início
da adolescência e da puberdade, e vamos
estudar apenas algumas das glândulas e
hormônios produzidos por elas. E eles são
os responsáveis pelas transformações que
acontecem durante essa fase da vida. Em
breve, seu professor aprofundará estas
discussões com você, utilizando o caderno
Saberes e Aprendizagens de Ciências do
7o ano.
. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_end%C3%B3crino

Legenda:
Essas mudanças começam a aconte- 1.Glândula pineal
2. Hipófise
cer graças à ação de uma região do cérebro 3. Tireoide
chamada hipotálamo. Algumas células des- 4. Timo
5.Glândula supra renal
sa região produzem hormônios, que atuam 6. Pâncreas
sobre a glândula hipófise, localizada logo 7. Ovário
8. Testículo
abaixo de nosso cérebro e também chama-
da de pituitária. Então, ela passa a produzir
dois hormônios, o folículo estimulante (FSH)
78 Conhecer Mais - Estudo Complementar

e o luteinizante (LH). Ambos agem sobre as gônadas (os ovários e os testículos), sendo o primeiro
responsável pelo estímulo à produção de óvulos e de espermatozoides e, o segundo, por estimular
essas gônadas a produzir os hormônios sexuais.

Hormônios Sexuais Femininos

Estrógeno
Atua sobre os órgãos genitais, exerce efeitos por todo o corpo como o desenvolvimento dos
seios e alargamento da bacia; e prepara o útero para gravidez.

Progesterona
Desenvolve e mantém o interior do útero preparado para a gravidez e estimula o desenvol-
vimento das glândulas mamárias.

Testosterona
Atua sobre o desenvolvimento dos órgãos genitais, exerce efeitos por todo o corpo como o
desenvolvimento da barba, aumento da massa muscular, a voz torna-se mais grave, há alarga-
mento dos ombros etc.
A interação entre esses dois hormônios, possibilita a ocorrência da menstruação.

Para Saber Mais


Caso deseje saber mais sobre este assunto, assista esse vídeo, utilizando
este QR Code ou a URL a seguir:

https://www.youtube.com/watch?v=xw0MkTRmTu4
CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 79

VAMOS PRATICAR!

Quantas palavras difíceis, não? Preparamos uma atividade que ajudará você a lembrar e
associar melhor essas informações:

1. A partir do que acabamos de aprender, leia as afirmações a seguir e identifique-as com V


quando forem VERDADEIRAS e F quando forem consideradas FALSAS.

A) ( ) O hormônio LH estimula as gônadas a produzirem os hormônios sexuais.

B) ( ) O hipotálamo é considerado uma região do cérebro.

C) ( ) Os ovários não são responsáveis pela produção de óvulos.

D) ( ) A hipófise também é conhecida como glândula pituitária.

E) ( ) Os ovários são as gônadas masculinas.

F) ( ) As gônadas masculinas são chamadas de testículos.

G) ( ) O FSH e o LH são vitaminas presentes no corpo.

H) ( ) Os testículos são responsáveis por produzirem os espermatozoides.

2. Agora reescreva as frases incorretas, corrigindo-as.


80 Conhecer Mais - Estudo Complementar

3. Na canção “Cor-de-rosa-choque” da cantora Rita Lee, a letra diz:


“Mulher é bicho esquisito, todo mês sangra”.
Esse verso se refere a que situação?

Utilize este QR Code


( ) Ovulação ( ) Gravidez ( ) Menstruação
se quiser ouvir a canção!

4. Caça-palavras
O S E L Z H I R T I L A L H U I E R L S M Y
H U N N M S T K S E K P O R V I K S T G A N
A O W M N R M M I H U R N E L I O O S B E O
D A V D N E D D L B M O V E T E O I E N W A
W O S A I L A H E O I G N E E M V I S T D A
G M R N R S I R N I O E D E S D U P C O I T
A H C V I I D I N S A S E T T W L E L N A E
E E E L S A O T E E A T C F O E O E U R E S
A A R N D S H S T T F E I U S T S S R E R T
A L W E A A U I N O T R R D T C T T W N T I
R N T E U I S A P E A O T W E E A R E O I C
T U O Y H R K D Y O G N I N R A H O R G Y U
I O T E M R T E Y O F A C W O F H G G B E L
R I P R I L R O H O T I T R N E W E M T A O
I H I A C S D E M C A O S C A B E N A I D S
E S P E R M A T O Z O I D E S A E O A R E S

Adolescência Hormônios Espermatozoides Ovários Estrógeno

Óvulos Hipófise Progesterona Testosterona Puberdade Testículos

Dica

As palavras estão escondidas na horizontal, vertical e diagonal, não há palavras ao contrário.


CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 81

ATIVIDADE 3

INTERFERÊNCIAS NOS ECOSSISTEMAS

As mudanças nos ecossistemas

A diversidade de seres vivos e ambientes no nosso planeta é imensa, mas existem alguns
fatores que podem influenciar os ecossistemas. Pensar e compreender questões como estas, é
tão importante quanto conhecer a biodiversidade.

VAMOS PRATICAR!

1. Considerando as áreas de mata 1 e 2, observe a quantidade de árvores durante os anos


de 2000, 2005 e 2010.

Tabela 1 (dados fictícios)


ÁREA DE MATA 1 ÁREA DE MATA 2
(área de 15 000 m )2
(área de 15 000 m2)
Espécie de Ano Número de árvores Ano Número de árvores
árvores 2000 58 2000 25
2005 53 2005 20
2010 52 2010 12

Agora é sua vez:


A) Nos anos 2000, 2005 e 2010, quais mudanças ocorreram nas quantidades de árvores
na mata 1? E na mata 2?
82 Conhecer Mais - Estudo Complementar

B) Qual das duas matas você considera mais estável, ou seja, a área de mata em que o
número de espécies de árvores não mudou muito? E por qual motivo?

2. Proponha alguma solução para recuperação da área de mata 2, prevendo o retorno do


mesmo número de árvores do ano 2000. Se necessário, peça ajuda a um familiar para
responder.

3. Relacione os problemas ambientais às descrições:

Consiste em levar espécies de outros lugares a um


A Desmatamento
ecossistema.
Introdução de espécies Pode ocorrer pelo corte de árvores ou por queimadas,
B
exóticas perdendo a cobertura vegetal do solo.
Modificações do ambiente que alteram as condições
C Contaminação Ambiental
físicas, químicas ou biológicas.

A preservação da Mata Atlântica é imprescindível para a manutenção da flora e da fauna. Pes-


quise vídeos que mostram sobre as espécies desse bioma que estão ameaçadas de extinção.
CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 83

ATIVIDADE 4

INTERAÇÕES ECOLÓGICAS
Nesta atividade, você irá compreender como as diferentes espécies de seres vivos se rela-
cionam entre si e com outras espécies, de maneiras vantajosas ou não para ambas.
Interações ecológicas No mundo natural, nenhum organismo existe em absoluto isolamento
e cada um deles interage com o meio ambiente e outros organismos. As interações de um orga-
nismo com seu meio ambiente são fundamentais para a sobrevivência dele e o funcionamento
do ecossistema como um todo.
Em um ecossistema encontram-se várias formas de interações entre os seres vivos. Essas
interações se diferenciam pelos tipos de dependência que os organismos mantêm entre si. Algumas
dessas interações se caracterizam pelo benefício de ambos os seres vivos ou de apenas um deles.
Como exemplos de interações ecológicas, temos o inquilinismo que é um tipo de associa-
ção em que apenas um dos participantes se beneficia, sem causar qualquer prejuízo ao outro.
Nesse caso, a espécie beneficiada obtém abrigo ou, ainda, suporte no corpo da espécie hos-
pedeira. Outro tipo de interação ecológica é a predação, onde há um predador (organismo que
está caçando) que se alimenta de suas presas (o organismo que é atacado). Já no parasitismo,
um organismo denominado parasita vive dentro ou sobre o corpo do outro organismo, chamado
de hospedeiro, do qual retira alimento para sobreviver.
Existem outras interações ecológicas que ocorrem entre indivíduos de espécies diferentes,
mas também há interações ecológicas que ocorrem entre indivíduos da mesma espécie, como é
o caso da sociedade das abelhas. Leia mais sobre esse assunto no final dessa atividade.

Fonte/Adaptação: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%A3o_ecol%C3%B3gica

VAMOS PRATICAR!

1. Associe as interações ecológicas com as descrições:

Associação em que um indivíduo de uma espécie instala-se no corpo


A Predação
de um indivíduo de outra espécie, de onde retira o alimento.
Associação em que um indivíduo de uma espécie, o predador,
B Inquilinismo
alimenta-se de um indivíduo de espécie diferente, a presa.
Associação em que apenas uma espécie, o inquilino, se beneficia,
C Parasitismo procurando abrigo ou suporte no corpo de outra espécie, o
hospedeiro, sem prejudicá-la.
84 Conhecer Mais - Estudo Complementar

2. Leia os 3 exemplos a seguir e escreva o nome da interação ecológica correspondente:

CC BY-SA 3.0, https://commons.


PREDAÇÃO – INQUILINISMO – PARASITISMO

By Andréatl - Own work,

wikimedia.org/w/index.
php?curid=9041541
• Os carrapatos alimentam-se do sangue dos animais, como ma-
cacos e capivaras, podendo, ali, completar todo seu ciclo de vida.
Também podem transmitir doenças ao animal picado.

CC BY-SA 4.0, https://commons.


By Rmontemor - Own work,
• As bromélias podem crescer sobre o tronco de árvores, que ser-

wikimedia.org/w/index.
php?curid=79783365
vem de suporte para que recebam luz mais facilmente para a fo-
tossíntese. As árvores hospedeiras não sofrem nenhuma altera-
ção e podem crescer normalmente.

Por Wolf’s Eye XXX - Trabalho

BY-SA 4.0, https:/commons.


próprio pelo carregador, CC

wikimedia.org/w/index.
php?curid=79350916
• As corujas são caçadoras e se alimentam de ratos e cobras.

Um exemplo de interação ecológica que ocorre entre indivíduos da mesma espécie


é a sociedade. As abelhas são insetos que vivem em sociedades. Elas são conhecidas há
mais de 40.000 anos e contribuem para a polinização, ajudando enormemente a agricul-
tura, a produção originária de mel, geleia real, cera e própolis.

Uma colônia abriga entre trezentos e mil indivíduos. Na colônia, cada abelha tem
uma função específica. Existe a abelha rainha, as operárias e os zangões. As operárias
constroem favos maiores para acomodar as larvas quando é época de multiplicação da
colônia ou se uma nova rainha se tornar necessária, além de proteger a colmeia. O zan-
gão também tem a função de proteger a colmeia de outros insetos que possam ameaçá-
-la, além de fecundar a rainha. A abelha rainha é personagem central da sociedade. Seu
tamanho é quase duas vezes maior do que o das operárias e suas funções, do ponto de
vista biológico, é a postura de ovos e manter a ordem na colmeia. É a única fêmea com
capacidade de reprodução.

Fonte/Adaptação: https://pt.wikipedia.org/wiki/Abelha
CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 85

ATIVIDADE 5

O TEMPO NÃO PARA!

Oh! que saudades que tenho


Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Fonte/Adaptação: Trecho do poema Meus oito anos, de Casimiro de Abreu.

VAMOS PRATICAR!

1. Sabemos que nossa idade é contada em anos. Escreva uma lembrança de sua infância,
que você sente saudade, e qual era a sua idade nessa época.
86 Conhecer Mais - Estudo Complementar

2. Escreva abaixo o nome e a idade de todos que moram em sua casa.

Os movimentos da Terra e as medidas de tempo

O conceito de tempo é algo bastante complexo e


fascinante. Ele pode ser abordado sob o ponto de vis-

creativecommons.org/licenses/by-sa/2.5-
ta das mais diferentes áreas do conhecimento, como a

Corpos Celestes fora de escala


Tauolunga / CC BY-SA https://
filosofia, a sociologia, a biologia, a história, a psicolo-
gia e, em particular, a física, na qual esse conceito tem
uma enorme importância, pois é a base para muitas das
suas teorias mais importantes.
A rotação da Terra é o movimento giratório que ela
realiza sobre si, estabelecendo um eixo de simetria que transpassa seu centro e que determina
em sua interseção com a superfície do planeta, os polos geográficos Norte e Sul. A rotação
acontece no sentido anti-horário, se vista por um observador estático em relação às estrelas,
quando situado sobre o polo Norte. A duração do assim chamado dia sideral - o tempo neces-
sário para a Terra completar uma volta completa sobre si - 360 graus exatos - é de 23 horas, 56
minutos, 4 segundos e 9 centésimos (23h 56min 4,09s). Tendo o planeta um perímetro aproxi-
mado de 40 075 km na linha do Equador, a sua velocidade de rotação medida nesta linha, ou
seja, em seu diâmetro máximo, é de aproximadamente 465 metros por segundo 1 674 km/h. Em
relação ao Sol, o tempo de rotação médio - o dia solar médio - é de 24 horas. O dia solar, período
entre duas passagens sucessivas do Sol sobre o meridiano local, varia ao longo do ano, sendo
sempre superior ao dia sideral.
A diferença entre o dia sideral e o dia solar deve-se à translação da Terra, que consiste no
avanço do centro da Terra ao longo de uma curva fechada em redor do Sol, estabelecendo uma
trajetória conhecida por órbita. Para a Terra, essa órbita aproxima-se muito de uma órbita circu-
lar, mas, a rigor, é uma curva chamada elipse. A velocidade com que a Terra percorre tal órbita
é variável ao longo do ano, mas esse movimento dá-se com a velocidade em média por volta de
30 km/s, ou seja, a cada segundo, a Terra desloca-se 30 quilômetros no espaço em sua trajetória
CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 87

em torno do Sol. Durante a translação, o eixo de rotação da Terra mantém um ângulo de apro-
ximadamente 23º com a reta normal ao plano da órbita da Terra. Uma translação completa ao
redor do Sol leva 1 ano sideral e tem uma duração aproximada de 365 dias, 5 horas, 48 minutos
e 48 segundos, a uma velocidade orbital média de 29,78 km/s.
Como não pode haver todos os anos um 366º dia com as cerca de 6 horas que sobram, a
cada quatro anos realiza-se um ajuste no nosso calendário e adiciona-se mais um dia ao ano,
sendo que este ano se denomina bissexto.
Nossa rotina, com diversos compromissos e tomadas de tempo, deve estar muitas vezes orga-
nizada precisamente. Dependendo do ponto de vista e do que iremos fazer, podemos ter a sensação
desse tempo passar mais rápido ou mais devagar, mas uma coisa é certa, o tempo não para!

Referências: https://cienciahoje.org.br/coluna/a-luta-cotidiana-contra-o-tempo/; https:// pt.wikipedia.org/wiki/Dia; https://pt.wiki-


pedia.org/wiki/Ano; https://pt.wikipedia.org/wiki/ Translação_da_Terra; https://pt.wikipedia.org/wiki/Rotação_da_Terra

3. Quais são os movimentos da Terra que determinam:

A) A medida do dia:

B) A medida do ano:

C) Preencha a tabela abaixo de acordo com os dados apresentados no texto anterior.

Velocidade de rotação da Terra


Duração média de um dia solar
Velocidade orbital média da Terra
durante o movimento de translação
Duração aproximada de um ano
Ângulo do eixo de rotação da Terra

Medição do Tempo

Para medir o tempo é necessário um referencial e um evento que se repita com regularida-
de, por exemplo, a rotação da Terra.
O tempo marcado pelo relógio não é universal, mas sim uma construção histórica. Medir o
tempo significa, em princípio, registrar coincidências. Quando alguém marca um compromisso,
88 Conhecer Mais - Estudo Complementar

digamos às 9h08min do presente dia, está informando que ela

Imagem: https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Montinari_Milano.jpg#/media/Ficheiro:-
estará no local combinado quando os ponteiros grande e peque-
no do relógio coincidirem com as marcas relacionadas à esse
momento.

Montinari_Milano.jpg
A medida de tempo requer, portanto, um aparelho que pro-
duza eventos repetitivos e regulares - o relógio.
Nos relógios mecânicos o oscilador normalmente é consti-
tuído por um sistema massa-mola e nos relógios elétricos o oscilador pode ser construído apenas
com componentes elétricos, mas por questões de precisão, é muito comum que as oscilações
deste sejam controladas por um cristal.
Embora relógios com elevada precisão sejam artefatos encontrados com uma enorme facili-
dade, nas mais variadas formas, modelos e tamanhos nos dias atuais, e às vezes custando pouco,
tal precisão e acessibilidade é algo muito recente na história das sociedades. Na época das gran-
des navegações, há cerca de 500 anos, dispositivos como estes estavam apenas nos sonhos dos
navegadores. Prêmios milionários eram oferecidos para quem conseguisse construir um relógio
com precisão requerida à navegação àquela época, visto que a determinação da longitude quando
em alto mar não era viável por meio da observação das estrelas, a menos que se estivesse de
posse de tal equipamento com precisão razoável. Em suas primeiras versões, a construção de
relógios com incertezas de dezenas de minutos ao dia já implicava em um grande progresso.
Na ausência de relógios artificiais a humanidade valeu-se, ao longo de sua história, da
regularidade observada em certos fenômenos naturais, com destaque aos astronômicos, esta-
belecendo seus padrões para a determinação e medida do tempo: nestes termos, à rotação da
Terra devemos o intervalo de tempo conhecido por 1 dia, às fases da Lua devemos a definição
de semana - período equivalente a 7 dias; a lunação serviu de base para a definição de mês e
à translação da Terra devemos o conceito de ano.
As unidades de tempo mais usuais são o dia, dividido em horas, e estas em minutos, e
estes em segundos. Os múltiplos do dia são a semana, o mês, e o ano, e este último pode agru-
par-se em décadas, séculos e milênios.

Fonte/Adaptação: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tempo#Medição_do_tempo

Para Saber Mais


Para te ajudar a complementar os estudos, no canal do YouTube da SME,
você encontra esta aula gravada por professores da rede, utilize este QR
Code para assistir!

https://youtu.be/VpQbfe8MyMg
CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 89

ATIVIDADE 6

A LOCOMOÇÃO DOS SERES VIVOS NO MEIO


Os movimentos realizados pelos seres vivos são diversos e magníficos. Nesta atividade,
você irá estudar os sistemas locomotores de alguns seres vivos que permitem a locomoção nos
mais variados ambientes.

VAMOS PRATICAR!

Observe as imagens a seguir e responda as questões 1 e 2:


https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Beija_flor_colibri.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pinguim-nadando-
DSC08887.JPG

1. Relacione a maneira como essas aves se locomovem nos ambientes em que estão (aquá-
tico, terrestre ou aéreo) com suas dietas.
90 Conhecer Mais - Estudo Complementar

2. Na sua opinião, que outras razões esses animais precisam se locomover pelos ambientes,
além da busca de alimentos?

Chama-se locomoção à capacidade que muitos organismos têm de se movimentarem nos


ambientes em que vivem.
No geral, a maioria dos seres vivos se locomovem por motivos relacionados à sua sobrevi-
vência: pela fuga, busca de alimentos, reprodução, entre outros.
As formas de locomoção dos seres vivos são bastante diversificadas. Os mamíferos nor-
malmente deslocam-se com o auxílio dos seus membros; os peixes com as barbatanas; a maio-
ria das aves e alguns insetos com as asas e patas; muitos protozoários com cílios ou flagelos,
ou ainda por movimentos amebóides, ou seja, modificando a forma do seu corpo. Os seres
humanos também podem se locomover andando ou através de máquinas por eles construídas,
como a bicicleta, o automóvel, o trem, o avião, o barco, entre outras.
Nas imagens do pinguim e do beija-flor, mesmo se tratando de aves, percebemos que cada
uma ocupa um ou mais ambientes, sejam eles aquáticos, terrestres e aéreos e seus corpos
apresentam adaptações para que possam se locomover nesses locais.

Fonte/Adaptação:https://pt.wikipedia.org/wiki/Locomo%C3%A7%C3%A3o#Locomo%- C3%A7%C3%A3o_dos_seres_vivos

Para ampliarmos nossos estudos, observe as imagens a seguir sobre a adaptação das
patas de alguns animais. Note que a forma dessas patas auxilia esses animais a se locomo-
verem no ambiente onde estão e contribuem para sua sobrevivência.
As patas de um elefante são pilares verticais, pois precisam suportar o grande peso do
animal. São praticamente redondas. Embaixo dos ossos das patas dos elefantes existe uma ca-
mada gelatinosa que funciona como uma almofada de
ar ou amortecedor.
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Asian_

Por esta razão, um elefante pode ficar de pé por


elephant_eating02_-_melbourne_zoo.jpg

longos períodos de tempo sem se cansar. Aliás, ele-


fantes africanos raramente se deitam, exceto quando
estão doentes ou aleijados. Elefantes indianos, em
contraste, deitam-se frequentemente.
O elefante é um bom nadador, mas não conse-
gue trotar, saltar ou galopar. Tem dois andares: o
CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 91

caminhar e um passo mais acelerado que partilha características com a corrida. Quando
caminha, as patas funcionam como pêndulos, com as ancas e os ombros subindo e des-
cendo quando o pé é colocado no chão. O passo mais acelerado não corresponde à defini-
ção habitual de corrida, porque os elefantes têm sempre pelo menos uma pata apoiada no
chão. Andando a passo normal, um elefante anda a cerca de 3 a 6 km/h, mas pode chegar
a 40 km/h em corrida.
Fonte/Adaptação: https://pt.wikipedia.org/wiki/Elefante

O pato é uma ave que pertence à família Anatidae. Pode


ser encontrado tanto em água doce como salgada e alimen-

https://commons.wikimedia.org/w/index.
tam-se de vegetação aquática, moluscos e pequenos inver-
tebrados. Seu tamanho, geralmente, é menor que os gansos
e cisnes.

php?curid=1305376
Pode-se identificar os machos principalmente pela co-
loração diferente mais vistosa. Algumas espécies de patos
(quer selvagens, quer domesticadas ou criadas em cativei-
ro) são utilizadas pelo homem na alimentação e vestuário
(as penas).
O pato é um dos poucos animais da natureza que anda, nada e voa com razoável com-
petência. É dotado de perfeito senso de direção e comunidade, ou seja, de viver em grupos.
Fonte/Adaptação: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pato

3. Descreva, com suas palavras, como é a pata de cada animal das imagens anteriores. Na
sua opinião, por que esses animais têm as patas com esses formatos?

4. Que outras formas de locomoção de animais você se lembra? Se necessário, você pode
exemplificar indicando alguma espécie.
92 Conhecer Mais - Estudo Complementar

Para Saber Mais


Para te ajudar a complementar os estudos, no canal do YouTube da SME,
você encontra esta aula gravada por professores da rede, utilize este QR
Code para assistir!

https://youtu.be/NU10oh5s53c

ATIVIDADE 7

PRÁTICA ESPORTIVA: OS OSSOS E OS MÚSCULOS DO


CORPO HUMANO

Nesta atividade você irá compreender que músculos e ossos são grandes respon-
sáveis pelo mecanismo de locomoção do corpo humano.

O esporte tem comprovada importância na qualidade de vida de qualquer pessoa. A ativi-


dade esportiva contribui não só para o desenvolvimento físico, como também é uma poderosa
ferramenta de ajuda na reabilitação e inclusão social de pessoas com deficiência.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ver%C3%B4nica_Hip%C3%B3lito#/
media/Ficheiro:Ver%C3%B4nica_Hip%C3%B3lito_Rio2016_cr.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Petr%C3%BAcio_Ferreira#/media/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alan_Fonteles#/media/Fichei-
ro:2013_IPC_Athletics_World_Championships_-_Olivei-

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bruna_Costa_Alexandre#/media/
Ficheiro:Bruna_Alexandre_@_Slovenia_Open_2012.jpg
Ficheiro:Petr%C3%BAcio_Ferreira_Rio2016d.jpg
ra_cropped2.jpg

jpg

Velocista Alan Raíssa Machado, Petrúcio Ferreira, recordista Mesa-tenista Bruna Alexandre,
Fonteles, ouro em paratleta de lançamento mundial nos 100m bronze no Rio 2016.
Londres 2012. de dardo, recordista (classe T47).
das Américas e líder do
ranking mundial em 2019.
CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 93

Mais que isso, o esporte pode transformar tanto a vida de uma pessoa com deficiência que
em pouco tempo de prática ela pode estar representando o Brasil nos maiores eventos esporti-
vos do mundo, e isso pode acontecer na escola mesmo, existem as Paraolimpíadas Escolares
que tiveram a sua primeira edição em 2009. Este é o maior evento mundial para crianças com
deficiência em idade escolar e muitos talentos foram descobertos nestes e em outras competi-
ções, veja alguns exemplos de paratlelas a seguir:
Com certeza esses e tantos outros atletas, cuidam muito bem do corpo, com músculos defi-
nidos, ossos fortes e habilidades impressionantes. Vamos conhecer agora a natureza dos ossos
e dos músculos, topa? Como será que eles funcionam e se constituem?

Texto adaptado de: https://saudebrasil.saude.gov.br/eu-quero-me-exercitar-mais/o-esporte-pode-transformar-a-vi-


da-de-pessoas-com-deficiencia#:~:text=QUERO%20Me%20exercitar-,O%20esporte%20pode%20transformar%20a%20
vida%20de%20pessoas%20com%20defici%- C3%AAncia,social%20de%20pessoas%20com%20defici%C3%AAncia. Acesso
em 27/06/2020.

Sistema Esquelético Humano

O esqueleto humano é formado pelos ossos e tem como principais funções sustentação
do corpo, locomoção, proteção dos órgãos vitais como o encéfalo, que é protegido pelo crânio
e os pulmões e o coração, que são protegidos pelas costelas e pelo esterno. Os ossos também
armazenam as células sanguíneas e reserva de cálcio.
O esqueleto humano constitui-se de peças ósseas (ao todo 206 ossos no indivíduo adulto)
e cartilaginosas articuladas, que formam um sistema de alavancas movimentadas pelos múscu-
los em conjunto com os tendões.
Os ossos do corpo humano variam de formato e tamanho, sendo o maior deles o fêmur, que
fica na coxa, e o menor o estribo que fica dentro do ouvido médio.

VAMOS PRATICAR!

1. Considerando o esqueleto humano, escreva quais suas principais funções.


94 Conhecer Mais - Estudo Complementar

2. Exemplifique o nome de alguns ossos do corpo humano que você conhece. Escreva tam-
bém a localização desses ossos no corpo.

Sistema Muscular Humano

O Sistema Muscular Humano é o conjunto de músculos que nos permite movimentação


do esqueleto, produção de calor, postura e sustentação do corpo. As células que constituem os
músculos são chamadas de fibras musculares ou miócitos.
Existem dois tipos de tecidos musculares - liso e estriado, sendo o estriado dividido em estriado
cardíaco e estriado esquelético. Leia a seguir algumas informações sobre cada tipo de músculos:

• Músculo liso: as fibras são alongadas, sem estriações. Esse tipo de músculo se contrai
independente da nossa vontade, ou seja, fazem movimentos involuntários. Exemplos: os
órgãos internos do corpo humano.

• Músculo estriado esquelético: é formado por células cilíndricas e alongadas e possui


vários núcleos numa célula (multinucleadas). Esse músculo é voluntário, isto é, realiza
movimentos de acordo com a nossa vontade. Exemplo: bíceps.

• Músculo estriado cardíaco: as fibras são estriadas e ramificadas. O núcleo é centraliza-


do e apresenta contração rítmica involuntária. Exemplo: cora
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/1/1b/Illu_muscle_tissues.jpg

Músculo esquelético Músculo liso Músculo cardíaco

O movimento dos músculos é controlado pelo sistema nervoso. Existem mais de 600 músculos no
corpo humano. O sistema nervoso recebe as informações do corpo e reage de acordo com elas. Facil-
mente se percebe que qualquer problema ou alteração existente no corpo afeta o sistema nervoso.
Fontes/Adaptações: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_muscular https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra_muscular
CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 95

3. Escreva a seguir algumas funções do sistema muscular humano no corpo.

4. Descreva o que diferencia em cada um dos três tipos de tecido muscular presentes em
nosso corpo.

5. Considerando um atleta ou paratleta que apresentamos no início da atividade, como e onde


os três tipos de tecido musculares atuam durante a prática esportiva?

Para Saber Mais


Sobre as Paraolimpíadas, acesse essa reportagem da revista Ciência Hoje
das Crianças:

http://chc.org.br/paralimpiadas-voce-conhece/
GEOGRAFIA
GEOGRAFIA - 7O ANO 97

ATIVIDADE 1

ANALISANDO AS MUDANÇAS
NA PIRÂMIDE ETÁRIA BRASILEIRA

Os impactos decorrentes do processo


de envelhecimento da população brasileira

A sociedade brasileira deveria adquirir consciência sobre o real significado das novas reali-
dades demográficas e seus desdobramentos sobre a formulação de políticas públicas, orienta-
das a grupos sociais específicos. Para os idosos, a questão central será, então, garantir um sis-
tema previdenciário que permita qualidade de vida e sobrevivência condigna em um país onde
ser idoso é frequentemente um risco, visto que a sociedade ainda não está apta a lidar com o
crescimento e as demandas desse grupo populacional específico. Na área da saúde, destacam-
-se ações relacionadas à ampliação e melhoria no atendimento; preparação de quadros técnicos
e profissionais nos campos da Geriatria, Fisioterapia e Terapia Ocupacional; e manutenção da
convivência por meio do lazer e do incentivo à continuidade do trabalho.
Os idosos, cada vez mais, vão tendo um peso significativo na estrutura populacional. A
questão que se coloca é saber se a sociedade brasileira tem consciência das implicações dessa
nova pressão populacional sobre a estrutura de serviços, alguns dos quais terão de ser amplia-
dos, enquanto outros, criados, de forma a atender adequadamente a essa nova clientela.
A velhice não pode ser vista, portanto, como término, mas como um recomeçar com ca-
racterísticas e valores próprios; é uma nova forma de olhar o mundo. Uma sociedade equili-
brada seria aquela em que o exemplo dos idosos seria capaz de mostrar às novas gerações
que os verdadeiros valores são os decorrentes da afetividade bem direcionada e da sabedoria,
resgatando a solidariedade e o respeito àqueles que ajudaram a construir o mundo, tal como
o conhecemos.

Fonte: SIMÕES, Celso Cardoso da Silva. Relações entre as alterações históricas a dinâmica demográfica brasileira, políticas
públicas e impactos futuros decorrentes do processo de envelhecimento da população. Rio de Janeiro: IBGE, 2016.
98 Conhecer Mais - Estudo Complementar

VAMOS PRATICAR!

Após a leitura do texto, você conheceu um pouco mais sobre processo de envelhecimento
da população brasileira. Agora você poderá exercitar os seus conhecimentos e poder de inves-
tigação para responder o que se pede abaixo.

1. Segundo o texto, o Brasil é um “país onde ser idoso é frequentemente um risco, visto que
a sociedade ainda não está apta a lidar com o crescimento e as demandas desse grupo
populacional específico”. A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos, escreva 2
exemplos que justificam a afirmativa.

2. Observe a tabela de Distribuição Percentual da População por grandes grupos de idade no


Brasil - 1980 a 2010.
GEOGRAFIA - 7O ANO 99

Com base na leitura da tabela, responda: qual grupo de idade diminuiu porcentualmente
ao longo dos anos? Apresente uma hipótese que justifica a redução desse grupo de idade.

3. O grupo de idade de 65 e mais teve um crescimento ao longo dos anos. Qual o período que
ele teve o maior crescimento?

4. A partir da leitura do texto e da interpretação da tabela, apresente argumentos que justifi-


quem a afirmação “A população brasileira está em processo de envelhecimento”.
100 Conhecer Mais - Estudo Complementar

5. Realize uma entrevista, com alguém da sua família ou algum conhecido com 60 anos ou
mais de idade, pode ser presencialmente ou por telefone (não se esqueça do período de
isolamento social devido ao COVID-19). Siga um roteiro para iniciar a conversa: Quais ser-
viços públicos você utiliza? Como é a qualidade desses serviços? Quais as sugestões para
melhoria desses serviços? Continua trabalhando? Se for aposentado (a), gostaria de ter
continuado? Quais outros desafios você enfrenta no dia a dia? Como encara essa fase da
vida que está vivendo? Do que sente falta? Do que gosta? O que tem de experiência para
compartilhar para os mais jovens? Após finalizar a entrevista, registre as respostas.
GEOGRAFIA - 7O ANO 101

6. As projeções calculadas pelo IBGE apontam que o número de pessoas com 60 anos ou
mais de idade passará de 19,6 milhões para 66,6 milhões, entre 2010 e 2050, o grupo de
0 a 14 anos de idade se reduzirá de 49,9 milhões para 31,8 milhões. A partir da leitura do
texto e das projeções do IBGE, aponte 3 consequências socioeconômicas que poderão
ocorrer em 2050 se não houver formulação de políticas públicas, orientadas a esses grupos
sociais específicos: idosos, crianças e adolescentes?

7. Para atender de forma adequada e humana a população idosa, a estrutura de serviços terá
que ser ampliada e, além disso, criar novos serviços. Com base no texto, na entrevista e
no seu cotidiano, justifique quais seriam as formas adequadas e humanas, tanto de âmbito
pessoal quanto coletivo para atender esta população de idosos?
102 Conhecer Mais - Estudo Complementar

Para saber mais


Sobre pirâmide etária de diferentes Unidades da Federação, das regiões e do Brasil acesse:
https://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=12

Sobre as projeções da população do Brasil e das Unidades da Federação, acesse:


https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao//index.html

Sobre a distribuição da população por idade no território brasileiro, acesse:


https://atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/mapas_brasil/brasil_idade_da_populacao.pdf

https://www.youtube.com/watch?v=UPgR_LL0Fz0 

ATIVIDADE 2

PROCESSOS POPULACIONAIS A PARTIR DE INDICADORES


DEMOGRÁFICOS DA AMÉRICA E DA ÁFRICA

Para iniciar os estudos relacionados aos processos populacionais, lançamos algumas ques-
tões iniciais sobre demografia e indicadores socioeconômicos: Você sabe o que é Demografia?
A Geografia das Populações se dedica a estudar o quê? A população mundial está distribuída
de que forma em nosso espaço geográfico? O que são os indicadores? O que significa a sigla
IDH? Qual instituição realiza esse cálculo? Para que serve o IDH? Você conhece outros exem-
plos de indicadores? Registre as suas reflexões, ideias e conhecimentos no seu caderno.

Contextualizando: Conceitos Demográficos

Leia atentamente os textos 1, 2 e 3 a seguir, grifando as palavras, termos e/ou expressões,


a fim de apontar e distinguir os principais conceitos demográficos.
GEOGRAFIA - 7O ANO 103

Texto 1 – OMS: expectativa de vida sobe 5 anos


de 2000 a 2015 no mundo, mas desigualdades persistem
Entre 2000 e 2015, a expectativa de vida aumentou cinco anos globalmente, evolução
mais rápida desde a década de 1960. O indicador havia tido forte declínio nos anos 1990,
afetado pela queda da expectativa de vida na África devido a epidemia de AIDS, e na Europa
Oriental após o colapso da União Soviética.

Texto 1. OMS: expectativa de vida sobe 5 anos de 2000 a 2015 no mundo, mas desigualdades persistem. Fonte: Organiza-
ção das Nações Unidas – Brasil. Publicado em: 24 maio 2016. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/73130-oms-expectati-
va-de-vida-sobe-5-anos-de-2000-2015-no-mundo-mas-desigualdades-persistem. Acesso em: 17 dez. 2020.

Texto 2 – Apesar de baixa fertilidade,


mundo terá 9,8 bilhões de pessoas em 2050
Com quase 83 milhões de pessoas que a população mundial aumenta a cada ano, es-
pera-se que a tendência ascendente em tamanho da população continue, inclusive supon-
do que as taxas de fertilidade continuarão diminuindo, afirmaram os autores do relatório
produzido pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU.

Apesar de baixa fertilidade, mundo terá 9,8 bilhões de pessoas em 2050. Fonte: Organização das Nações Unidas – Brasil.
Publicado em: 22 jun. 2017. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/76893-apesar-de-baixa-fertilidade-mundo-tera-98-bi-
lhoes-de-pessoas-em-2050. Acesso em: 17 dez. 2020.

Texto 3 – Taxa de mortalidade entre


latino-americanas cai 50%, diz Banco Mundial
Expectativa de vida da população feminina e de crianças aumentou nos últimos 40
anos, mas a taxa de mortalidade de garotos entre 15 e 19 anos subiu.

Texto 3. Taxa de mortalidade entre latino-americanas cai 50%, diz Banco Mundial. Fonte: Organização das Nações Unidas –
News. Publicado em: 4 set. 2013. Disponível em: https://news.un.org/pt/audio/2013/09/1075151. Acesso em: 17 dez. 2020.
104 Conhecer Mais - Estudo Complementar

Para avançar neste estudo, pesquise outros conceitos demográficos, como os listados a
seguir, e exemplos da sua influência na dinâmica populacional. Registre suas descobertas no
caderno.

• Taxa de natalidade;

• Taxa de fecundidade;

• Crescimento populacional ou demográfico;

• Crescimento natural ou vegetativo;

• Densidade demográfica.

Problematizando: mudanças demográficas


Com o intuito de ampliar o estudo das questões relacionadas a dinâmica populacional, leia
atentamente texto 4, analise o gráfico 1 e dialogue com os(as) colegas e o(a) professor(a), a fim
de solucionar as questões-problema propostas.

Texto 4 – O envelhecimento populacional

Segundo a demógrafa do IBGE, Izabel Marri, a partir de 2047 a população deverá pa-
rar de crescer, contribuindo para o processo de envelhecimento populacional – quando os
grupos mais velhos ficam em uma proporção maior comparados aos grupos mais jovens da
população. A relação entre a porcentagem de idosos e de jovens e chamada de “índice de
envelhecimento”, que deve aumentar de 43,19%, em 2018, para 173,47%, em 2060 (Revis-
ta Retratos do Brasil, n. 16, fev. 2019, IBGE, p. 22).

Texto 4. Fonte: IBGE – Educa – Serviços professores. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/professores/educa-atividades/


20818-producao-textual-o-envelhecimento-da-populacao.html. Acesso em: 20 ago. 2020.
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GEOGRAFIA - 7O ANO 105
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CurrículoPaulista.
Paulista.Fonte:
Fonte:IBgE.
IBgE.disponível
disponívelem: https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/.Acesso
em:https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/. Acessoem:
em:2020ago.
ago.2020.
2020.
Texto4.4.Fonte:
2323 Texto Fonte:IBgE
IBgE– –Educa
Educa– –Serviços
Serviçosprofessores.
professores.disponível
disponívelem: https://educa.ibge.gov.br/professores/educa-atividades/20818-producao-
em:https://educa.ibge.gov.br/professores/educa-atividades/20818-producao-
-textual-o-envelhecimento-da-populacao.html.Acesso
-textual-o-envelhecimento-da-populacao.html. Acessoem:
em:2020ago.
ago.2020.
2020.

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https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/ uma
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106 Conhecer Mais - Estudo Complementar

Considerando a afirmação da demógrafa do IBGE, as projeções apresentadas nos gráficos


para 2040 e 2060 e os seus conhecimentos, reflita: podemos afirmar que a transição demo-
gráfica é uma tendência nacional? Quais são as implicações e os desafios do envelhecimento
da população no Brasil? Há uma tendência de redução das taxas de natalidade, mortalidade e
fecundidade? Isso implica mudanças na composição da população? Quais mudanças podem
ser apontadasBrasil
para o SP Brasil colegas
estado de São Paulo? Dialogue com os (as) SP e o (a) professor (a)
e registre as suas ideias, conhecimentos e aprendizados no seu caderno.
Considerando a afirmação da demógrafa do IBGE, as projeções apresentadas nos gráficos para
2040 e 2060 e os seus conhecimentos, reflita: podemos afirmar que a transição demográfica é uma
tendência nacional? Quais são as implicações e os desafios do envelhecimento da população no Bra-
sil? Há uma tendência de redução das taxas de natalidade, mortalidade e fecundidade? Isso implica
mudanças na composição da população? Quais mudanças podem ser apontadas para
o estado de São P
araPaulo?aber S M
aiscom os(as) colegas e o(a) professor(a) e registre as
Dialogue
suas ideias, conhecimentos e aprendizados no seu caderno. Para saber mais, assista
Assista ao vídeo Pirâmide etária: uma viagem no tempo pelas caracterís-
ao vídeo Pirâmide etária: uma viagem no tempo pelas características da popu-
ticas da
24 população brasileira, o qual pode ser acessado por meio do QR
lação brasileira , o qual pode ser acessado por meio do QR Code ao lado.
Code ao lado.

https://www.youtube.com/watch?v=UPgR_LL0Fz0. Acesso em: 26 ago. 2020.

24 Vídeo. Pirâmide etária: uma viagem no tempo pelas características da população brasileira – IBgE Explica. Fonte: IBgE. duração: 3’52’’. disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=UPgR_LL0Fz0. Acesso em: 26 ago. 2020.

Vídeo. Pirâmide etária: uma viagem no tempo pelas características da população brasileira – IBGE Explica. Fonte: IBGE.
Duração: 3’52’’. Disponível em:
GEOGRAFIA - 7O ANO 107

ATIVIDADE 3

ORGANIZANDO IDEAIS:
IDH E POPULAÇÃO DA AMÉRICA E DA ÁFRICA
Leia os textos e o mapa 1 a seguir.

Índice de Desenvolvimento Humano


O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e um indicador idealizado pelo Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), da Organização das Nações Unidas (ONU).
Atualmente, três pilares constituem o IDH (saúde, educação e renda), mensurados da se-
guinte forma:

• Uma vida longa e saudável (saúde) e medida pela expectativa de vida;


• O acesso ao conhecimento (educação) é medido por: I) média de anos de educação
de adultos, que é o número médio de anos de educação recebidos durante a vida por
pessoas a partir de 25 anos; e II) a expectativa de anos de escolaridade para crianças
na idade de iniciar a vida escolar, que é o número total de anos de escolaridade que
uma criança na idade de iniciar a vida escolar pode esperar receber se os padrões
prevalecentes de taxas de matrículas específicas por idade permanecerem os mesmos
durante a vida da criança;
• O padrão de vida (renda) é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita expres-
sa em poder de paridade de compra (PPP) constante, em dólar, tendo 2005 como ano
de referência.

A escala do IDH varia de 0 a 1, sendo que, quanto mais próximo de um, maior o desenvol-
vimento do país, e próximo de zero, menor o desenvolvimento de um país.
Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Adaptado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo
Paulista. Disponível em: http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/idh0/conceitos/o-que-e-o-idh.html. Acesso em: 20 ago. 2020.

Para Saber Mais


Sobre o IDH, acesse o texto Progresso no desenvolvimento humano marcado
por “grandes desigualdades”, por meio do QR Code ao lado.

Progresso no desenvolvimento humano marcado por grandes desigualdades, publicado em 14 set. 2018 Fonte: Nações
Unidas (ONU News). Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2018/09/1637922. Acesso em: 20 ago. 2020.
108 Conhecer Mais - Estudo Complementar

Índice de Desenvolvimento Humano – IDH 2017

Índice de Desenvolvimento Humano – IDH 2017. Fonte: Atlas Escolar IBGE. Disponível em: https://atlasescolar.ibge.gov.br/
images/atlas/ mapas_mundo/mundo_IDH.pdf. Acesso em: 20 ago. 2020.

Após leitura dos textos e analise do mapa, com o apoio de um Atlas Geográfico Escolar e/ou
do Planisfério Político, presente nas primeiras páginas deste Caderno de Geografia, responda
as questões no caderno:

1. O IDH é um indicador socioeconômico pautado em dados econômicos e sociais. Quais são


os três pilares levados em consideração? Explique como é analisado cada pilar.

2. O IDH varia de uma escala de 0 a 1, de modo que quanto mais próximo de 1, maior será
o desenvolvimento desse país. Diante dessa informação, observe o mapa e indique: três
países que apresentam IDH muito alto; três países que apresentam IDH médio e três países
que apresentam IDH muito baixo.

3. Identifique o IDH de três países do continente africano, três países do continente america-
no e compare-os com o IDH de países considerados potencias mundiais, como Alemanha,
Japão e Rússia. Quais são as suas conclusões?
GEOGRAFIA - 7O ANO 109

População nos continentes americano e africano


Em continuidade ao estudo de aspectos importantes para a compreensão da América e da
África, convidamos você a produzir seu próprio mapa. Para isso, recomendamos a utilização de
um Atlas Geográfico Escolar e livros didáticos disponíveis na escola, assim como outros mate-
riais de apoio. Em seguida, observe os dados e as informações sobre os continentes africano
e americano relacionados com o uso e a ocupação do solo, com ênfase na população dos res-
pectivos países constantes na tabela 1 a seguir. Com base nos dados populacionais dos dois
continentes, agrupando do mais populoso até o menos populoso, elabore um mapa temático.
gEOgRAFIA 211

Tabela 1 - Dados Populacionais – Continente Africano, em 2017.

País População País População

Nigéria 190 632 256 Ruanda 11 901 484

Etiópia 105 350 016 Tunísia 11 403 800

Egito 97 041 072 Benim 11 038 805

Congo-Kinshasa 83 301152 Burundi 11 466 756

Tanzânia 53 950 936 Togo 7 965 055

África do Sul 83 301152 Serra Leoa 6 163 195

Quênia 47 615 740 Líbia 6 653 210

Uganda 39 570 124 Congo-Brazzaville 4 954 674

Argélia 40 969 444 Eritreia 5 918 919

Sudão 37 345 936 República Centro-Africana 5 625 118

Marrocos 33 986 656 Libéria 4 689 021

Angola 29 310 272 Mauritânia 3 758 571

Moçambique 26 573 706 Lesoto 1 958 042

Gana 27 499 924 Namíbia 2 484 780

Madagáscar 25 054 160 Botswana 2 214 858

Costa do Marfim 24 184 810 Gâmbia 2 051 363

Camarões 24 994 884 Guiné-Bissau 1 792 338

Níger 19 245 344 Gabão 1 772 255

Burkina Faso 20 107 508 Maurícia 1 356 388

Malawi 19 196 246 Suazilândia 1 467 152

Mali 17 885 244 Camarões 808 080

Zâmbia 15 972 000 Guiné Equatorial 778 358

Zimbabwe 13 805 084 Djibouti 865 267

Senegal 14 668 522 Cabo Verde 560 899

Chade 12 075 985 Saara Ocidental 603 253

Somália 11 031 386 São Tomé e Príncipe 201 025

Guiné 12 413 867 Seicheles 93 920

Tabela 1. Dados Populacionais – Continente Africano, em 2017. Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao
Currículo Paulista.Dados Populacionais
Fonte: Index – Continente
Mundi. Disponível Africano, em 2017. Elaborado especialmente para o Material
em: https://www.indexmundi.com/map/?t=0&v=21&r=af&l=pt. Acesso
em: 20 ago. 2020.
de Apoio ao Currículo Paulista. Fonte: Index Mundi. Disponível em: https://www.indexmundi.com/
map/?t=0&v=21&r=af&l=pt. Acesso em: 20 ago. 2020.
110 Conhecer Mais - Estudo Complementar

Elabore uma legenda que contemple do país mais populoso ao menos populoso, utilizando
cinco tons de uma única cor, para dar a ideia de ordem. Ao final, lembre-se de dar um título
ao seu mapa.

Título: _________________________________________________________________

Mapa mudo: África. Fonte: IBGE, Mapas Mudos. Disponível em: http://geoftp.ibge.gov.br/produtos_educacionais/mapas_mudos/
mapas_do_mundo/ africa.pdf Acesso em: 15 dez. 2020.

Mapa mundi: África


GEOGRAFIA - 7O ANO 111

Agora observe os dados populacionais do continente americano em seus respectivos paí-


gEOgRAFIA 213
ses contidos na tabela 2. Em seguida, elabore um mapa temático, agrupando do mais populoso
ao menosAgora
populoso.
observe os dados populacionais do continente americano em seus respectivos países
contidos na tabela 2. Em seguida, elabore um mapa temático, agrupando do mais populoso ao menos
populoso.

Tabela 2 - Dados Populacionais – Continente Americano, em 2017.

País População País População

Estados Unidos 326 625 792 Panamá 3 753 142


Brasil 207 353 392 Uruguai 3 360 148
México 124 574 792 Porto Rico 3 351 827
Colômbia 47 698 524 Jamaica 2 990 561
Argentina 44 293 292 Trindade e Tobago 1 218 208
Canadá 35 623 680 Guiana 737 718
Venezuela 31 304 016 Suriname 591 919
Peru 31 036 656 Belize 360 346
Chile 17 789 268 Bahamas 329 988
Equador 16 290 913 Barbados 292 336
Guatemala 15 460 732 Santa Lúcia 164 994
Cuba 11 147 407 Granada 111 724
Bolívia 11 138 234 São Vicente e Granadinas 102 089
República Dominicana 10 734 247 Antígua e Barbuda 94 731
Haiti 10 646 714 Domínica 73 897
Honduras 9 038 741 Ilhas Caiman 58 441
Paraguai 6 943 739 Groelândia 57 713
Salvador 6 172 011 São Cristóvão e Neves 52 715
Nicarágua 6 025 951 Ilhas Falklands 3 198
Costa Rica 4 930 258

Tabela 2. Dados Populacionais – Continente Americano, em 2017. Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao
Dados Populacionais – Continente Americano, em 2017. Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Pau-
Currículo Paulista. Fonte: Index Mundi. Disponível em: https://www.indexmundi.com/map/?t=0&v=21&r=sa&l=pt.
lista. Fonte: Index Mundi. Disponível em: https://www.indexmundi.com/map/?t=0&v=21&r=sa&l=pt. Acesso em: 20 ago. 2020.
Acesso em: 20 ago. 2020.
112 Conhecer Mais - Estudo Complementar

Elabore uma legenda que contemple do pais mais populoso até o menos populoso, utilizan-
do cinco tons de uma única cor, para dar a ideia de ordem. Ao final, lembre-se de dar um título
ao seu mapa.

Título: _________________________________________________________________

Mapa mudo: América. Fonte: IBGE, Mapas Mudos. Disponível em: http://geoftp.ibge.gov.br/produtos_educacionais/mapas_mudos/
mapas_do_mundo/ americas.pdf Acesso em: 15 dez. 2020.

Com o apoio do (a) professor (a), analise os mapas que você elaborou e dialogue com os
(as) colegas e com o(a) professor(a) se e possível organizar a população por países com os
indicadores socioeconômicos, tomando como referência os dados e informações estudados.
Registre a síntese do dialogo no seu caderno.
GEOGRAFIA - 7O ANO 113

gEOgRAFIA 215
Retomando conceitos: comparando dados demográficos
ATIVIDADE
Com intuito de5 –contribuir
RETOMANDO com o CONCEITOS:
aprendizado dos COMPARANDO DADOS
principais conceitos demográficos e o
DEMOGRÁFICOS
entendimento dos indicadores demográficos, desafiamos você para uma coleta de dados e in-
formações sobre o seu município e estado, comparando-os aos de um país da sua escolha dos
continentesCom intuito de contribuir
americano com Para
e africano. o aprendizado dos principais
apoia-lo(a) conceitos demográficos
na sistematização e registro edesta
o entendi-
pesquisa,
mento dos indicadores demográficos, desafiamos você para uma coleta de dados e informações sobre
utilize o quadro a seguir.
o seu município e estado, comparando-os aos de um país da sua escolha dos continentes americano
e africano. Para apoiá-lo(a) na sistematização e registro desta pesquisa, utilize o quadro a seguir.

Escolha um país dos respectivos


Município Estado continentes
Brasil América África

___________ São Paulo __________________ _________________

População

Área

Densidade
Demográfica

Expectativa de vida

Índice de
Desenvolvimento
Humano (IDH)

Registre a(s) fonte(s)


de pesquisa:

Quando
Quando terminarde
terminar depreencher
preencher o oquadro, compare
quadro, os dados
compare e registre
os dados no seu caderno
e registre no seua quais
caderno a
conclusões você chegou a partir dessas informações.
quais conclusões você chegou a partir dessas informações.

ATIVIDADE 6 – AUTOAVALIAÇÃO
Mais uma vez é hora de refletir sobre o que você aprendeu! Recorra aos registros e anotações que
realizou e pense sobre como foi a sua participação em cada uma das atividades. Registre seus principais
aprendizados e indique aquilo que é necessário revisar. Você conseguiu realizar todas as atividades? Teve
dificuldades em alguma etapa? Quais estratégias você adotou para superar os desafios?
114 Conhecer Mais - Estudo Complementar

Autoavaliação

Mais uma vez e hora de refletir sobre o que você aprendeu! Recorra aos registros e ano-
tações que realizou e pense sobre como foi a sua participação em cada uma das atividades.
Registre seus principais aprendizados e indique aquilo que é necessário revisar. Você conseguiu
realizar todas as atividades? Teve dificuldades em alguma etapa? Quais estratégias você adotou
216 CADERNO DO ALUNO
para superar os desafios? CADERNO DO ALUNO 216
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
Para Saber Mais Expectativ
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sobre esse
Expectativa de vida no Brasil – IBGE Explica – Aprenda mais detalhes sobre ess
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sobre esse indicador social, como a diferença na expectativa de vida
homensIBG
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Fonte: IB
https://youtu.be/pPE19OI38qE
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IBGE País
IBGE Países – Explore diversas informações sobre os países com mapa
IBGEintera
Paí
esse mapa interativo. Fonte: Institut
mapa inte
gov.br/#/. Ac
Fonte: Instit
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: https://paises.ibge. gov.br/#/. A
gov.br/#/. Acesso em: 19 ago. 2020.

Fonte: São Paulo (SP). Secretaria de Estado da Educação COORDENADORIA PEDAGÓGICA. CURRÍCULO PAULISTA –
SITUAÇ
MATERIAL DE APOIO – Ensino Fundamental - 8º ANO - VOLUME 1 -  pp 204 a 216, 2021

SITUA
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possibilitam identificar as
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cem migratórios,
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possibilitam identificar as princi
fluxos migratórios, em especial
ATIVIDADE 1 – VAMOS D
Vamos dialogar sobre a disp
ATIVIDADE 1 –nasce,
tões: O ser humano VAMOS vive
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Vamos
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e/ou país?
ideias, Por quais motivos
conhecimentos o
e reflexõe
HISTÓRIA
116 Conhecer Mais - Estudo Complementar

ATIVIDADE 1

A RESISTÊNCIA NEGRA NO REGIME ESCRAVISTA:


QUILOMBOS
Durante muitos anos, no Brasil acreditou-se que o africano escravizado sofreu de maneira
passiva todos os maus tratos praticados pelos senhores. Essa crença interferiu e interfere, ainda
hoje, no imaginário da sociedade brasileira, a respeito de negras e negros brasileiros.

VAMOS PRATICAR!

1. Leia o trecho a seguir e responda:

“Costuma-se pensar o quilombo como ‘refúgio de negros escravos fugitivos’. Apesar


de terem se passado centenas de anos, essa ideia distorcida de quilombo ainda permanece
entre nós. Insistir em tal conceito significa negar ou tornar invisível o verdadeiro senti-
do e história dos quilombos. (...) os quilombos brasileiros podem ser considerados como
uma inspiração africana, reconstruída pelos escravizados para se opor a uma estrutura
escravocrata, pela implantação de outra forma de vida. (...) neste sentido, o quilombo não
significa refúgio de escravos fugidos. Tratava-se de uma reunião fraterna e livre, com laços
de solidariedade e convivência, resultante do esforço de negros escravizados de resgatar
sua liberdade e dignidade por meio da fuga do cativeiro e da organização de uma sociedade
livre. Os quilombolas eram homens e mulheres que se recusavam a viver sob o regime da
escravidão e desenvolviam ações de luta e rebeldia contra esse sistema.”
MUNANGA, K. Para entender o negro no Brasil hoje: história, realidades, problemas e caminhos. 2004

A) Qual o papel que os quilombos tiveram na vida dos africanos escravizados durante o
regime escravista no Brasil?
HISTÓRIA - 7O ANO 117

A resistência negra: O Quilombo de Palmares

“No início eram poucas pessoas, mas o número foi crescendo até se tornar uma comu-
nidade de 30 mil aquilombados, entre homens, mulheres e crianças. Os negros de Palmares
estabeleceram o primeiro Estado livre da América.”
(MUNANGA, 2004)

2. Leia o texto e responda às perguntas.

O Quilombo de Palmares
O começo:
“No ano de 1595, quarenta escravos fugiram, à noite, de um engenho no sul de Per-
nambuco. (...) estavam armados de foice e caminharam vários dias, contornando lugares de
difícil acesso até um lugar em que se sentiram seguros.”
Funcionamento:
“Na realidade, Palmares não era um único quilombo. Ele era constituído de vários
quilombos, formando uma verdadeira fortaleza. (...) o número de casas e ruas podia variar
de um quilombo para outro, mas todos possuíam uma Casa de Conselho, um templo, cis-
ternas, oficinas. As ruas eram largas, longas e retas, à maneira africana. Palmares também
possuía oficinas, forjas e olarias que produziam utensílios de metal, cerâmica e madeira
(...). A sociedade se dividia de acordo com o trabalho. Existiam 4 classes: agricultores, ar-
tesãos, guerreiros e funcionários. O Português era o idioma mais comum em Palmares,
talvez pela necessidade de agregar negros de várias culturas.” A sociedade e a economia do
quilombo de Palmares representava uma ameaça ao governo colonial, afinal, nesse local, a
terra e o resultado do trabalho coletivo pertenciam a todos e não a alguns ricos senhores
de engenho.”
MUNANGA, K. Para entender o negro no Brasil hoje: história, realidades, problemas ecaminhos. 2004.

A) A partir da leitura do texto, preencha o quadro descritivo desta experiência coletiva dos
africanos e de seus descendentes em relação aos seguintes aspectos:

Como era
População que reuniu

Organização Social

Produção econômica
118 Conhecer Mais - Estudo Complementar

ATIVIDADE 2

ESCRAVIDÃO NO BRASIL: AS ETNIAS


DOS AFRICANOS ESCRAVIZADOS

Você sabia que os negros africanos, trazidos para o Brasil como escravos, pertenciam a
diferentes civilizações que nasceram e prosperaram na África? Vamos conhecer um pouco da
história dessas civilizações?

VAMOS PRATICAR!

1. Leia os trechos a seguir sobre os Estados Negros entre os séculos X e XVI:

Império de Gana:
Conhecido como o país do ouro. Autores árabes narravam que “o ouro crescia como
cenouras e era arrancado ao nascer do solo, e que o rei prendia seu cavalo a uma enorme
pepita na qual havia que mandar abrir para isso um buraco”. Graças às suas riquezas, o rei
possuía um exército numeroso estimado em 200 mil guerreiros.
Império do Mali:
Durante dois séculos, o Mali foi o mais rico Estado da África ocidental. Possuía minas
de ouro e tinha o controle de todas as linhas de transporte e comunicação em direção ao
norte da África. Em visita ao Sultão do Egito, o governante da região distribuiu ouro em
grande quantidade e foi precedido de milhares de súditos, vestindo roupagens elegantes.
Civilização Ioruba:
Desenvolveu-se a partir do século XI, no sudoeste da atual Nigéria. Era uma civilização
caracterizada por dezenas de cidades/reinos, das quais muitas ultrapassavam os 20 mil
habitantes. Constituíam grandes centros de artesanato com oleiros, tecelões, marceneiros,
ferreiros etc. Paralelamente às atividades artísticas, artesanais e comerciais praticavam-
-se atividades agrícolas baseadas no plantio do inhame, da palmeira e outros produtos
alimentares.
Reino do Congo:
O reino do Congo remonta ao fim do século XIV. A estrutura política era a aldeia; aci-
ma das aldeias vinham os distritos, que possuíam seus governadores que eram nomeados
HISTÓRIA - 7O ANO 119

pelo rei e ficavam responsáveis por organizar as funções administrativas e judiciárias. A


estrutura militar era simples: o rei dispunha de uma guarda permanente composta por
soldados estrangeiros. O trabalho com o ferro era importante no Congo e os próprios reis
e a nobreza em geral tinham orgulho de forjar suas ferramentas. Também forjavam o cobre
e faziam anéis (...)
O Estado Zulu:
Localizava-se na região sudeste da África. Por todo o reino foram construídos arse-
nais: toda a população era especializada nas artes da guerra e das armas. Os jovens eram
alistados aos 16 anos e recebiam uma formação militar durante 3 anos. As mulheres tam-
bém tinham uma posição de destaque na concepção militar e participavam diretamente
dos combates.
(Trechos adaptados de MUNANGA, K. Para entender o negro no Brasil hoje: história, realidades, problemas e caminhos. 2004)

Agora responda:
A) Reflita sobre quais as contribuições que as pessoas pertencentes a estas civilizações
trouxeram para a nossa cultura ao serem deportados para o Brasil.

B) Escolha uma pessoa que gostaria de conhecer estas informações ou para quem você acha
que seria importante obtê-las. Pode ser um familiar, um colega que tem antepassados per-
tencentes a esta cultura ou ao continente africano, ou outra pessoa próxima. Organize uma
mensagem com todas as informações sobre as civilizações estudadas nas linhas abaixo e
depois e poste em uma rede social ou envie por e-mail para a pessoa escolhida:
120 Conhecer Mais - Estudo Complementar

ATIVIDADE 3

RESISTÊNCIA INDÍGENA NO PERÍODO COLONIAL

Com a chegada definitiva dos portugueses em território brasileiro surgiu uma série de proble-
mas para os indígenas brasileiros. Modos de vida tão distintos logo entraram em conflito. Os líderes
dos Tupinambás logo perceberam que precisariam de reforços para resistir à “intromissão” dos por-
tugueses na cultura indígena. Para isso criaram um Conselho com vários povos que deu origem à
Confederação dos Tamoios. Vamos entender que movimento de resistência indígena foi esse?

VAMOS PRATICAR!

1. Leia o texto a seguir:

A Confederação dos Tamoios foi uma luta pela liberdade e durou longos 12 anos
(1554/55- 1567). Reuniu diferentes grupos indígenas e uniu importantes chefes que mar-
caram a história do nascente Brasil. Seus feitos são pouco conhecidos – e reconhecidos –,
mas foram eles que dignificaram aqueles primeiros anos de contato. Conforme lembrou
Aylton Quintiliano em A Guerra dos Tamoios (Relume Dumará, 2003, p.19):
“Foram os Aimberê, Cunhambebe, Jagoanharo, Parabuçu, Raraí,
Coaquirae tantos outros guerreiros, autênticos percussores das grades
jornadas cívicas onde o sangue nativo foi derramado em defesa da terra
e dos direitos do homem”
Que fique claro aqui, no entanto, que esse desfile de elogios ao da Tamoios não é um
tecido romântico. Antes, é um elogio à sagacidade indígena que vem provar que os “ín-
dios” não eram pacíficos ou facilmente domesticados pelos colonizadores. Ao contrário da
imagem que foi sendo criada e recriada posteriormente, eles – tupis e tapuias – resistiram
bravamente contra os desmandos colonialistas. Para tanto, basta lembrar que a primeira
tentativa de estabelecer uma ação política no Brasil foi a criação das famosas capitanias
hereditárias. Com raras exceções, elas acabaram não funcionando por conta da resistência
indígena. E as que deram certo e prosperaram – São Vicente e Pernambuco –, conseguiram
tal proeza graças ao apoio de lideranças que fizeram acordos e alianças com os donatários.
Que fique claro, também, que havia os interesses dos indígenas em jogo. Os muitos
povos que andavam por aqui eram guerreiros, formados para a guerra e gostavam muito de
guerrear entre si. A guerra entre os grupos era, desde sempre, uma prática muito comum,
e a chegada dos europeus – fossem portugueses, fossem franceses – acabou sendo mais
HISTÓRIA - 7O ANO 121

uma oportunidade de guerrear contra inimigos. Os estrangeiros foram vistos como aliados
importantes nessa “cruzada” indígena. Afinal, os nativos tinham muito interesse em poder
contar com as armas de fogo desses estrangeiros para conseguir seu intento. Houve re-
sistência permanente, portanto, contra os que eram considerados invasores do território.
Houve também alianças para vencer inimigos comuns, além das trocas econômicas, e, en-
quanto os europeus foram úteis aos indígenas, as alianças prosperaram e deram excelentes
resultados para ambos os lados. Tais alianças e acordos cessaram apenas quando os es-
trangeiros passaram a exigir um número absurdo de escravos indígenas para trabalhar nos
canaviais. Os indígenas viram nisso um claro sinal de que os interesses de uns e de outros
já estavam se mostrando opostos e enfraquecendo a organização social dos Tupinambás,
os quais aceitavam a escravidão dos cativos em guerra, mas não que guerreiros fossem
submetidos a um trabalho braçal, forçado, que não fizesse jus à sua condição de valentia e
destreza na arte da guerra. Trabalhar no campo, na roça, nas lidas domésticas era, para os
Tupinambás, função das mulheres, e eles não podiam admitir esse tipo de mudança social.
São Paulo - SP. Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Currículo da cidade : povos indígenas:
orientações pedagógicas. – São Paulo : SME / COPED, 2019 , p. 59-61).

Agora responda:
A) Porque a Confederação dos Tamoios pode ser considerada como o primeiro movimento
de resistência indígena no Brasil?

B) Quais eram os interesses indígenas em jogo durante o movimento de resistência indígena?


122 Conhecer Mais - Estudo Complementar

C) Você acha que hoje os indígenas estão organizados em movimentos de resistência e


preservação de sua cultura? Por quê? Dê exemplos.

A “conquista” da América: visão


dos nativos americanos (maias, incas e astecas)

Como os nativos americanos reagiram à invasão dos conquistadores espanhóis? Que re-
lações se estabeleceram entre espanhóis e nativos? A relação estabelecida foi benéfica para
ambos os povos? Ou prejudicial para um dos lados?

2. Leia os trechos de relatos de nativos americanos com as impressões sobre a chegada dos
espanhóis:

“Nos caminhos jazem flechas quebradas; os cabelos estão espalhados. Destelhadas


estão as casas, incandescentes estão seus muros. Vermes abundam por ruas e praças. Ver-
melhas estão as águas, como se alguém as tivesse tingido. E se as bebíamos, eram água com
gosto de sal.
Golpeávamos os muros em nossa ansiedade. E nos restava por herança uma rede de
buracos. Nos escudos esteve nosso resguardo. Mas os escudos não detêm a tristeza e o
horror da destruição.
Cada um de nós recebeu um preço. Preço do jovem, do sacerdote, do menino e da
donzela: o preço de um pobre era só dois punhados de milho. “Somente se expulsou do
mercado o povo quando ali se colocou a catapulta.”
Texto adaptado de LEÓN-PORTILLA, Miguel. A conquista da América Latina vista pelos índios. Relatos astecas, maias e
incas. 3ª edição. Petrópolis: Vozes, 1987, pp. 41/42.
HISTÓRIA - 7O ANO 123

“(...) A reação dos americanos nativos diante da invasão espanhola variou considera-
velmente: de ofertas de aliança a uma colaboração mais ou menos forçada, de uma resis-
tência passiva a uma hostilidade permanente. No entanto, em toda parte, a chegada desses
seres desconhecidos causou o mesmo espanto, não menos intenso do que o experimentado
pelos próprios conquistadores: ambos os lados estavam descobrindo uma nova raça de
homem de cuja existência jamais haviam suspeitado.”
Texto adaptado de: WACHTEL, Nathan. OS ÍNDIOS E A CONQUISTA ESPANHOLA. In História da América Latina – vol 1, 2
ed. Edusp 2004.

A) Analise a imagem:
A imagem a seguir retrata a conquista de Tenochtitlán (cidade Asteca) por Cortés em
1521, e representa o início do cerco que acabou por derrotar o Império Asteca:

Foto Wikimedia/ The_Conquest_of_Tenochtitlan

B) Os relatos lidos são dos povos astecas, maias e incas, os chamados povos pré-colom-
bianos, que dominaram boa parte das Américas antes da chegada dos europeus ao
continente, no século XVI. De acordo com o texto, os primeiros contatos foram positivos,
de alguma forma, para os povos retratados? De todos os aspectos destacados nos tex-
124 Conhecer Mais - Estudo Complementar

tos, de destruição e perda, somente as perdas materiais foram importantes? O que mais
foi perdido neste conflito, pelos maias, incas e astecas? A imagem mostra que foi um
conflito armado: como os nativos reagem? E os europeus?

ATIVIDADE 4

UM POUCO DA HISTÓRIA DAS MULHERES NEGRAS


NO BRASIL E AS RELAÇÕES DE TRABALHO

Nos séculos XVIII e XIX, muitos estrangeiros que estiveram no Brasil desenharam, fotogra-
faram e escreveram sobre mulheres vendendo mercadorias nas ruas das cidades brasileiras. A
documentação de viajantes indica que as mulheres negras, algumas vezes autorizadas pelas
municipalidades, vendiam frutas, legumes, galinhas, pão, rendas francesas, hortaliças, peixe,
doces, bolos, bebidas… E que a rua era também seu espaço de sociabilidade, de trocas e de
confrontos. Importantes para a vida nas cidades, essas moças e senhoras negras tinham ex-
pressas em suas vestimentas, ornamentos e posturas – modo de carregar as crianças, cestos e
balaios –, uma longa história de tradições culturais africanas.
HISTÓRIA - 7O ANO 125

VAMOS PRATICAR!

1. Leia o documento e responda às perguntas:

“Em S. Paulo não são encontrados negros a percorrer as ruas, como no Rio de Janeiro,
transportando mercadorias sobre a cabeça. Os legumes e as mercadorias de consumo ime-
diato são vendidos por negras que se mantêm acocoradas na rua, que, por motivo de tal
comércio, tomou o nome de rua da Quitanda.”
“Em S. Paulo não são encontrados negros…”. (SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem à Província de São Paulo - Resumo das
viagens ao Brasil, Província Cisplatina e Missões do Paraguai. São Paulo: Livraria Martins Fontes, s/d, p. 180-181. Disponível
em: < https://ia801407.us.archive.org/7/items/viagemprovinci00sainuoft/viagemprovinci00sainuoft.pdf.

A) Esse documento também fala sobre quitandeiras. Você sabe quem eram as quitandei-
ras? Como elas eram caracterizadas? Onde trabalhavam?

ATIVIDADE 5

AS NAVEGAÇÕES NOS SÉCULOS XV E XVI E OS SEUS


ASPECTOS CIENTÍFICOS, COMERCIAIS E CULTURAIS

As descobertas científicas e a Expansão Marítima nos séculos XV e XVI, contribuíram


para que países europeus como Portugal e Espanha superassem a crise do século XIV e se
tornassem grandes potências econômicas. Para muitos historiadores, esse foi o primeiro grande
movimento que pode ser associado à globalização.
126 Conhecer Mais - Estudo Complementar

1. Observe as imagens, leia o texto e depois responda o que se pede no seu caderno.

photos/veleiro-navio-barco-mar-n%C3%A1utico-659758/
pt/photos/pouso-na-lua-apollo-11-nasa-60582/

https://pixabay.com/pt/
https://pixabay.com/

Imagem de um astronauta com roupas Imagem de uma embarcação semelhante às


apropriadas no solo lunar. utilizadas no período das Grandes Navegações.

O legado da Lua: 50 anos depois


“Um pequeno passo para o homem; um salto gigantesco para a humanidade.” Assim
Neil Armstrong anunciou ao mundo o início de sua histórica caminhada lunar, em 20 de
julho de 1969. Meio século depois, as pegadas deixadas por ele e Buzz Aldrin permanecem
visíveis não apenas na superfície da Lua — que não tem vento para apagá-las — como no
“DNA” de inúmeras tecnologias que utilizamos hoje no nosso dia a dia, de aspiradores de
pó e tênis de corrida a telefones celulares e máquinas de ressonância magnética.
No fim das contas, o esforço para conquistar a Lua gerou “uma pequena revolução
industrial”, semelhante à que aconteceu com as grandes navegações dos séculos XVI e XVII,
segundo o astrônomo Augusto Damineli, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências
Atmosféricas da USP. “Foi, certamente, um dos grandes feitos da humanidade”, diz o profes-
sor, de 72 anos, um dos muitos da sua geração que foram inspirados pelo Programa Apollo
a entrar para a ciência e investigar o universo. (...)

http://portal.if.usp.br/imprensa/pt-br/node/1947
https://www.diarioregional.com.br/o-legado-da-lua-50-anos-depois/

O legado da Lua 50 anos depois. Por: Herton Escobar. Fonte: Jornal da USP. Disponível em: <https://jornal.usp.br/ciencias/o-legado-
-da-lua-50-anos-depois/>. Acesso em: 09 ago. 2020.
HISTÓRIA - 7O ANO 127

A) De acordo com o texto, além das pegadas dos astronautas, ainda visíveis no solo lunar,
quais outros reflexos da viagem à Lua podem apontar? Justifique.

B) Segundo o astrônomo Augusto Damineli, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências


Atmosféricas da USP, o esforço para conquistar a Lua gerou “uma pequena Revolução
Industrial”, semelhante à que aconteceu com as Grandes Navegações dos séculos XVI
e XVII. A partir do que você já estudou e discutiu com os (as) colegas sobre tecnologia,
e relembrando os seus estudos sobre o Renascimento, responda: por quais motivos o
astrônomo pode ter feito essa comparação?

C) De que forma a tecnologia pode ter auxiliado as navegações dos séculos XVI e XVII,
que levaram os europeus para a África, América e Ásia?
128 Conhecer Mais - Estudo Complementar

2. Atualmente os aplicativos para acessar a internet são chamados, em português, de


navegadores.
Essa expressão, no século XVI, tinha outro significado. Em grupo, realize uma pesquisa so-
bre alguns dos navegadores europeus no período das Grandes Navegações, como Américo
Vespúcio, Vasco da Gama, Cristóvão Colombo, Pedro Álvares Cabral e Fernão de Maga-
lhães, e reproduza, no mapa abaixo, as rotas marítimas realizadas por esses navegadores.
Lembre-se de criar as legendas com as informações necessárias.
https://pixabay.com/pt/vectors/mundo-mapacontinente-
pa%C3%ADs-117174/

Legendas:
REFERÊNCIAS

AGRADECEMOS A TODOS QUE FIZERAM PARTE DA PRODUÇÃO DO CONTEÚDO DESTE CADERNO EM ALGUM
MOMENTO. PARTES DAS ATIVIDADES APRESENTADAS FORAM CRIADAS PARA ESTA OBRA E OUTRAS FORAM
REPRODUZIDAS DOS SEGUINTES DOCUMENTOS.
PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO
Ricardo Nunes
Prefeito São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Trilhas de aprendizagens: Ensino
Fundamental – 4º ano ao 9º ano. – São Paulo: SME / COPED, 2020.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - SME
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Coordenadoria de Gestão da Educação básica. Departamento de
Fernando Padula
Desenvolvimento Curricular e de Gestão da Educação básica. Centro de Ensino Fundamental dos Anos Iniciais. EMAI:
Secretário Municipal de Educação
educação matemática nos anos iniciais do ensino fundamental: organização dos trabalhos em sala de aula, material
do professor e do estudante – 4º e 5º ano, s/d.

SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Coordenadoria de Gestão da Educação básica. Departamento de
Desenvolvimento Curricular e de Gestão da Educação básica. Centro de Ensino Fundamental dos Anos Iniciais. Currículo
em Ação: 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Livro do Aluno. Volumes 1 e 2, s/d.

SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Projeto Intensivo no Ciclo I: 4º
ano: livro do aluno. São Paulo: SME / DOT, 2011.

SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Cadernos de apoio e aprendizagem: Língua Portuguesa e
Matemática: 1º ano ao 9º ano. 2. ed. rev. e atual. - São Paulo: SME, 2011 e 2014.

SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Interfaces Curriculares: áreas do conhecimento e avaliação
para aprendizagem: 4º e 5º anos do ciclo I do Ensino Fundamental de 9 anos: caderno do professor.

São Paulo: SME, 2013. SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica.
Recuperação Língua Portuguesa: Aprender os padrões da linguagem escrita de modo reflexivo: unidade II – Palavra
cantada: Desvios dos padrões de escrita: interferência da variedade linguística falada: livro do aluno.

São Paulo: SME / DOT, 2011. SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica.
Recuperação Língua Portuguesa: Reflexão sobre o sistema de escrita: unidade I: livro do aluno. São Paulo: SME / DOT, 2011.

SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Recuperação Língua Portuguesa:
Aprender os padrões da linguagem escrita de modo reflexivo: unidade III – Palavra dialogada: livro do aluno. São Paulo:
SME / DOT, 2011.

SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Recuperação Língua
Portuguesa: Aprender os padrões da linguagem escrita de modo reflexivo: unidade IV – Você sabia? livro do
aluno. São Paulo: SME / DOT, 2011.

São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Recuperação Matemática: Números
naturais e operações – módulo I / Secretaria Municipal de Educação. – São Paulo: SME/ DOT, 2011.

São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Recuperação Matemática: Números
racionais, operações e resolução de problemas – módulo II / Secretaria Municipal de Educação. – São Paulo: SME/
DOT, 2011.

São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Recuperação Matemática: Números inteiros,
operações e resolução de problemas – módulo III / Secretaria Municipal de Educação. – São Paulo: SME/ DOT, 2011.

São Paulo: SME / DOT, 2011. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Programa Gestão da
Aprendizagem Escolar – Gestar II. Língua Portuguesa: Atividades de Apoio à Aprendizagem 1 – AAA1: linguagem e
cultura: versão do aluno. Brasília: MEC / SEB, 2008.
Secretaria Municipal de Educação de São Paulo

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO


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ESTUDO
MA S COMPLEMENTAR

CONHECER
MA S
7 º
ESTUDO COMPLEMENTAR
ANO
CICLO AUTORAL

FORMAÇÃO
7º ANO

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