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Miriam Kaehler
Renato Goldenberg
Paulo Henrique Labiak Evangelista
Osmar dos Santos Ribas
Ana Odete Santos Vieira
Gerdt Guenther Hatschbach
Plantas vasculares
do Paraná
Editores
Miriam Kaehler
Renato Goldenberg
Paulo Henrique Labiak Evangelista
Osmar dos Santos Ribas
Ana Odete Santos Vieira
Gerdt Guenther Hatschbach
Apoio Realização
ISBN: 978-85-67809-00-7
Introdução, 1
Aspectos fitogeográficos do Paraná, 7
Esboço biográfico dos principais coletores, 23
Lista das plantas vasculares do Paraná, 43
Longe de ser uma compilação pura e simples, esta obra reúne informações
adquiridas ao longo de séculos, fruto do esforço de diversos naturalistas
e botânicos que realizaram coletas no Paraná. Toda a informação aqui
apresentada está necessariamente baseada em materiais depositados em
herbários do Brasil e do exterior. Portanto, é de se esperar que muitas
espécies, especialmente as cultivadas ou de difícil herborização, não estejam
presentes nesta lista.
A motivação maior para esta mobilização é responder a uma
pergunta simples: quantas e quais são as plantas que ocorrem no Estado?
Em uma época em que tanto se fala sobre biodiversidade, é decepcionante
constatarmos que tão pouco sabemos sobre as plantas que medram em
nossos quintais, parques, florestas e campos.
Outra motivação tem um sentido conservacionista: ao longo das
últimas décadas a cobertura vegetal do Estado sofreu – e ainda vem sofrendo –
uma transformação muito drástica. À exceção de localidades de difícil acesso,
e de um pequeno número de áreas protegidas por particulares ou unidades
de conservação, grande parte do Estado teve a vegetação nativa substituída
por culturas ou pastagens. Em qual medida esta destruição vem causando
extinções é quase impossível de se precisar mas, certamente, corremos o
risco de destruir boa parte de nossa flora antes mesmo que saibamos quais
plantas tínhamos e, em certa medida, para que elas serviriam.
A publicação da Flora do Paraná é um sonho antigo da comunidade
botânica paranaense. Após o lançamento da compilação de Angely (1965),
várias iniciativas tiveram como objetivo sistematizar e coordenar um
trabalho conjunto. Concomitantemente, iniciativas individuais de diversos
pesquisadores e alunos de graduação e pós-graduação, de várias instituições,
fizeram com que fosse incorporado, pouco a pouco, mais conhecimento
sobre cada porção da flora paranaense.
Em 22 de novembro de 2001 foi realizada uma reunião, durante
o “VI Encontro Regional de Botânicos do Paraná e Santa Catarina”, sob a
égide da Sociedade Botânica do Brasil, onde um plano de ação começou a
ser traçado, culminando com a publicação deste livro. Desde então foram
pleiteados recursos junto às várias instituições de fomento, públicas e
privadas, os quais foram utilizados para coletas, aquisição de equipamento e
digitalização dos dados das coleções, manutenção dos herbários e apoio para
visitas técnicas de especialistas para revisão das identificações dos espécimes
pertencentes às famílias mais diversas e complexas taxonomicamente.
Além da lista, este livro apresenta também um breve esboço
fitogeográfico que, de forma sucinta, descreve as principais fitofisionomias
A elaboração da lista
Inicialmente, uma lista preliminar foi compilada a partir dos registros dos
bancos de dados dos herbários FUEL, HUEPG, HUEM, MBM, MO, NY, RB e
UPCB, em abril de 2010, bem como daqueles que se encontram disponíveis
na rede SpeciesLink (www.splink.cria.org.br). Com base nela, construiu-se
uma lista prévia contendo mais de 215 mil registros de plantas vasculares
coletadas no estado do Paraná, distribuídas em pouco mais que 26 mil nomes.
No entanto, observou-se uma grande desequilíbrio em tais informações,
uma vez que o inventário de plantas de todo o Brasil conta com cerca de 33
mil nomes de plantas vasculares. Ou seja, nos parecia bastante improvável
que o Paraná detivesse mais de 70% de toda a diversidade encontrada no
Brasil.
Assim, o primeiro esforço foi proceder uma ampla filtragem
aludindo a uma série de problemas obviamente provenientes dos diferentes
bancos de dados utilizados. Dentre esses principais problemas estão: i)
registros duplicados pela presença de duplicatas depositadas em diversas
coleções; ii) variações nos nomes atribuídos a duplicatas; iii) sinônimos;
iv) erros na grafia dos nomes científicos; v) erros de identificação; e vi)
erros na incorporação dos registros no banco de dados das coleções, por
mero descuido, desconhecimento ou homonimia geográfica (por exemplo,
registros do estado do Pará, ou mesmo do “Panamá”, são eventualmente
compilados como provenientes do Paraná).
Sob esse panorama, procedeu-se uma meticulosa conferência para
- Plantas vasculares do Paraná -
Introdução |3
Resumo da lista
Referências
Paulo H. Labiak
Universidade Federal do Paraná
email: plabiak@ufpr.br
médias que podem variar de 1400 a 1800 mm por ano, do sul ao norte desta
região. Embora com temperaturas mais altas e uma precipitação também
abundante, é no Terceiro Planalto que se verifica uma maior interferência
das massas de ar quente e seca vindas do oeste, definindo uma estação
notavelmente mais seca e com umidade relativa do ar bastante abaixo do
observado nas demais regiões.
Mas não apenas o clima atual é o responsável pela distribuição
das florestas e campos no Paraná. Intercalações de períodos glaciais e
interglaciais, ocorridas no Quaternário, fizeram com que o clima do sul do
Brasil fosse drasticamente alterado ao longo dos últimos milhares de anos,
resultando, consequentemente, em mudanças na vegetação. Seguindo estas
mudanças climáticas as áreas de campo, de cerrado e de florestas, foram
se alternando como o elemento dominante no estado, até chegarmos às
paisagens que temos hoje e que são praticamente dominadas por elementos
florestais, com os campos restritos a algumas regiões do estado.
Estudos paleontológicos do Quaternário sugerem, por exemplo,
que no último máximo glacial (de 27.500 a 14.500 anos atrás), as médias das
temperaturas eram cerca de 7°C mais baixas do que a atual, com invernos
muito mais rigorosos e com precipitações também muito abaixo das
atuais. Esta condição mais fria e seca teria feito com a vegetação tropical,
especialmente aquela localizada no litoral e na Serra do Mar, se deslocasse
a mais de 750 quilômetros ao norte, sendo localmente substituída por uma
vegetação tipicamente campestre (Behling & Negrelle, 2001). Nas porções
mais interioranas do estado, onde hoje temos as maiores áreas de Floresta
com Araucária, este período foi também o auge de uma vegetação campestre,
ficando as florestas – e a própria araucária – restritas a pequenos vales e
encostas, locais mais úmidos e protegidos do frio intenso (Behling, 1997).
É neste período que se observa um avanço de diversas espécies típicas do
Cerrado a partir do planalto central do Brasil, estendendo seus limites
meridionais de distribuição até as porções mais interioranas do Paraná.
É apenas no fim do último período glacial, há cerca de 12.000
anos atrás, que o clima vai gradualmente passando de temperado a
predominantemente subtropical, com precipitações mais abundantes e
mais bem distribuídas ao longo do ano. As temperaturas, da mesma forma,
tornam-se mais amenas, com uma menor interferência das fortes massas
polares. Seguindo estas mudanças climáticas, as florestas litorâneas são
as primeiras a se estabelecer novamente no Paraná, inicialmente como
florestas ainda bastante pobres e representadas principalmente por espécies
pioneiras (Behling & Negrelle, 2001). Este processo, lento e gradual,
levou cerca de 6 mil anos até que uma floresta novamente exuberante se
estabelecesse nas encostas da Serra do Mar paranaense – definindo um
A vegetação do Paraná
grandes.
Devido principalmente às diferenças no solo e no clima, impostas
pelas variações nas altitudes, diversas sub-formações têm sido consideradas
para a Floresta Atlântica (Veloso et al., 1991). De uma maneira geral, é nas
porções mais baixas onde se encontram as florestas de maior porte, com
árvores que podem atingir até 30 metros de altura e com um sub-bosque
bastante rico e estruturado. Conforme se galgam as maiores altitudes, os
solos vão se tornando mais rasos e, dessa forma, oferecendo um sustentação
cada vez menos adequada à vegetação arbórea, que se torna gradativamente
mais baixa até culminar em florestas de pequeno porte – as matas nebulares
– com árvores tortuosas e extremamente adaptadas às condições impostas
pelas altitudes mais elevadas. No cume das montanhas, onde não há mais
árvores, predominam os campos de altitude da Serra do Mar, com flora
particular e consideravelmente distinta de todas as demais formações
campestres do estado.
Ainda nas proximidades do litoral, chama a atenção uma região
bastante peculiar de floresta atlântica, a qual adentra às porções mais
interioranas do continente pelo vale do rio Ribeira, na divisa entre os estados
do Paraná e São Paulo. Este corredor é formado por uma leve interrupção
na cadeia de montanhas que compõem a Serra do Mar, formando uma
planície que mantem altitudes muito semelhantes às do litoral, até a região
de Adrianópolis e municípios vizinhos. É nesta região que um número
considerável de espécies da mata atlântica apresentam seu limite meridional
de distribuição e, por ser ainda uma área pouco explorada em termos
florísticos, espera-se que muitas outras possam ser ainda encontradas nesta
região.
Primeiro Planalto. Transpondo a Serra do Mar chega-se ao Primeiro
Planalto, onde predominam áreas ainda florestais mas já com uma partici-
pação bastante importante dos campos. É nesse compartimento que encon-
tra-se também o limite oriental de distribuição da Araucaria angustifolia,
que praticamente domina a copa das florestas nesta região, pela formação
de um estrato emergente característico. No entanto, por sua proximidade
com a Serra do Mar, a composição da Floresta com Araucária no Primeiro
Planalto recebe uma forte influência das espécies da Floresta Atlântica, es-
pecialmente daquelas típicas das porções mais altas da Serra do Mar. É ainda
notável a presença de extensas regiões de várzeas, especialmente ao longo
do rio Iguaçu e de outros cursos fluviais mais avantajados. Nestas várzeas
predominam solos orgânicos de drenagem deficiente, o que define uma veg-
etação relativamente homogênea, composta por poucas espécies arbóreas
ao longo dos leitos dos rios entremeadas com áreas de campo nas planícies
de inundação.
Segundo Planalto. Dividindo os dois primeiros planaltos está a
Serra de São Luiz do Purunã, um complexo de rochas sedimentares for-
madas no Devoniano e que constitui um relevo altamente escarpado que
corta o estado no sentido norte-sul. No segundo planalto, as escarpas do
Devoniano formam uma estrutura geológica e geográfica bastante interes-
sante que margeia a face leste do Arco de Ponta Grossa. Esta região pos-
sui inúmeros diques e derrames de diabásio de origem cretácea que, com
o passar do tempo, foram intensamente erodidas ao longo da bacia do rio
Paraná, expondo as rochas mais antigas do Devoniano. A região do segundo
planalto paranaense apresenta vales extensos e profundos, com platôs mais
elevados e de relevos suaves a ondulados (Maack, 1981). É nesta região onde
predominam as mais extensas áreas de campo do Paraná, entremeados pe-
los “capões de araucária”, que se desenvolvem em áreas com solo mais pro-
fundo, constituindo talvez o que seja a configuração mais típica do sul do
Brasil – paisagem essa que ilustra a capa deste livro.
A floresta com araucária é, seguramente, a mais importante
formação florestal do sul do Brasil. Sua área central de ocorrência está
praticamente restrita ao Planalto Meridional dos estados do Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul e, mais raramente, formando “ilhas” ao longo
das partes mais altas da Serra da Mantiqueira, até praticamente a divisa
do Rio de Janeiro com o Espírito Santo. Caracteristicamente, o que define
este tipo florestal é a presença da Araucaria angustifolia, participando
de forma marcante na fitofisionomia da região devido à sua abundância,
porte e especialmente pela presença destacada no contorno da paisagem.
Embora esta seja frequentemente referida como uma unidade vegetacional
própria (e.g. Fernandes & Bezerra, 1990), sabe-se que sua composição varia
consideravelmente ao longo de sua distribuição. No Paraná, a ocorrência
desta formação está intimamente relacionada às regiões de planalto,
normalmente em altitudes superiores a 500 metros, que parece ser uma
linha orográfica especialmente importante na caracterização fitogeográfica
de toda a região.
Os campos, por sua vez, tendem a ocupar as porções mais
elevadas dos platôs do arco de Ponta Grossa. Os Campos Gerais, como são
conhecidos, estendem-se por toda a região do Segundo Planalto, por vezes
dominando a paisagem e colocando a Floresta com Araucária em segundo
plano em termos de importância. Além da dominância óbvia das gramíneas,
muitas outras famílias predominantemente herbáceas são importantes na
sua composição florística. As espécies ali ocorrentes geralmente apresentam
características sub-xerofíticas e frequentemente caules subterrâneos, o que
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Curitiba. 248 p.
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Paulo H. Labiak
Universidade Federal do Paraná
email: plabiak@ufpr.br
Saint Hilaire pertence, junto a Carl von Martius, ao seleto grupo dos mais
importantes botânicos que já estudaram a flora brasileira. Ele é também
considerado o precursor da Botânica paranaense e, ainda, da História
Natural como um todo no âmbito estadual. Naturalista destacado em sua
pátria, era membro de inúmeras instituições científicas, como as academias
de ciências de Paris, Berlim, São Petersburgo e Lisboa, além de professor da
faculdade de Ciências de Paris e membro do Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro.
Veio ao Brasil com a delegação francesa liderada pelo Grão-duque
de Luxemburgo, a qual buscava um acordo diplomático para a questão da
Guiana Francesa, anexada por d. João como represália à invasão de Portugal
por Napoleão Bonaparte. Com a atribuição de botânico, tinha Pierre A.
Delalande como companheiro para as coletas zoológicas mas acabou
acumulando ambas as funções, pela desistência desse, que permaneceu
apenas alguns meses no país e restrito às adjacências do Rio de Janeiro.
Essa condição o consagrou não apenas como botânico, mas como naturalista
no sentido amplo, mesmo que todo o material não-florístico colecionado
tenha sido posto à disposição de vários museus europeus, embora não
propriamente estudados por ele.
Saint-Hilaire permaneceu sete anos no Brasil (1816 a 1822), tendo
visitado todos os estados do Sul e Sudeste, além de Goiás e a república do
Uruguai. No estado do Paraná esteve entre 25 de janeiro e 7 de abril de 1820,
percorrendo quase 650 quilômetros ao longo dos caminhos das tropas, entre
Itararé e Curitiba e dali ao litoral, por Paranaguá e Guaratuba (Urban, 1908;
Angely, 1956; Straube, 2012). Nesse trecho, coletou 412 números, sendo 45
tipos de formas tidas novas, inclusive da erva-mate (Ilex paraguariensis),
que foi descrita por ele mesmo com base em material obtido nas cercanias
de Curitiba.
Dentre suas grandes contribuições estão as detalhadas descrições
sobre aspectos sociais e fitofisionômicos dos locais visitados. Essas
Ludwig Riedel
Berlim, Alemanha: 2 de março de 1790
Rio de Janeiro, 6 de agosto de 1861
Friedrich Sellow
Potsdam, Alemanha: 12 de março de 1769
Belo Oriente, Minas Gerais: outubro de 1831
Sellow (ou Sello, como na grafia original) era membro de uma conhecida
família de jardineiros reais, historicamente associada ao cultivo de plantas
e jardinagem. Por intervenção de Carl Ludwig Willdenow, diretor do jardim
- Plantas vasculares do Paraná -
Esboços biográficos | 27
Gustav Wallis
Lüneburg, Alemanha: 1° de maio de 1830
Cuenca, Equador: 20 de junho de 1878
por esse encargo, percorreu vários estados do Sul e Sudeste entre 1855 e
1860, publicando artigos narrativos, sendo um deles dedicado ao Paraná
(Wallis, 1859), onde esteve em agosto de 1857 visitando Castro, Curitiba,
Lapa, região litorânea e parte do vale do Ribeira.
Anos depois, percorre todo o rio Amazonas, depois residindo no
Maranhão e, então, em Belém. De retorno à Europa, voltou a peregrinar com
o propósito de obter orquídeas, tendo visitado as Filipinas e Japão (1870-
1871) e a América do Norte (1871-1872). Uma vez concluído seu contrato
com a empresa James Veitch & Sons de Londres, prosseguiu o trabalho
às suas próprias custas, viajando (1872-1874) para a Colômbia e Panamá,
onde contraiu uma doença fatal que ocasionou sua morte em um hospital
no Equador (Stafleu & Cowan, 1988).
Dedicado principalmente à coleta de plantas vivas (notadamente
orquídeas, grupo ao qual sempre é associado), visando seu cultivo na Europa
e utilização comercial, pouco contribuiu com exsicatas, além de cerca de 400
números em grande parte guardados no museu de Berlim (Urban, 1908;
Stafleu & Cowan, 1988).
John Weir
Inglaterra, circa 1801
loc.?: 28 de abril de 1989
Weir chegou ao Brasil apenas seis anos depois de Wallis, embora com mesma
missão: colecionar plantas vivas para o cultivo na Europa (Urban, 1908).
Enviado pela Royal Horticultural Society de Londres, preparou também uma
numerosa coleção de exsicatas, inclusive musgos e hepáticas, destinando-as
ao herbário do Museu Britânico.
Visitou (entre 1861 e 1863) as províncias do Rio de Janeiro, São
Paulo e do Paraná, onde trabalhou por sete meses (outubro de 1862 a abril de
1863), ao adentrar o estado por Itararé (São Paulo), também o rio Tibagi, até
Curitiba e, depois, o litoral e vale do Ribeira. Dessas regiões obteve, apenas
de exsicatas, pouco mais de 200 números genuinamente paranaenses.
De sua contribuição escrita, destaca-se o conteúdo das cartas que
enviava, contendo descrições de viagem e informando suas descobertas
quando da peregrinação ao Brasil, nos quais descreveu, ele mesmo, várias
espécies tidas como novas. Esses preciosos documentos contêm, inclusive,
algumas listas de peças enviadas, tais como localidade e tipo de material
(sementes, bulbos, tubérculos, etc). Também há interessantes descrições
de paisagens, por exemplo, dos campos naturais da região de Itararé e
Jaguariaíva, da vegetação da Serra do Mar e das grutas calcárias da Região
Metropolitana de Curitiba. Também são muito importantes as indicações de
- Plantas vasculares do Paraná -
30 | Esboços biográficos
Schwacke foi um dos naturalistas que visitaram o Brasil e acabaram por aqui
se radicar até o fim da vida. Estudou nas universidades de Göttingen e Bonn,
tornando-se especialista em Botânica e, em 1873, emigrou para o Brasil em
virtude da guerra Franco-Prussiana, da qual consta ter participado (Stafleu
& Cowan, 1985). Estabeleceu-se no Rio de Janeiro e, em 1874, foi contratado
como naturalista-viajante do Museu Nacional, responsabilizando-se pelo
herbário, onde atuou por quase vinte anos (até 1891) (Sampaio, 1919).
Durante este tempo, viajou para os arredores da cidade do Rio de Janeiro,
mas também para outros pontos do Pará, Maranhão, Piauí, Amazonas, São
Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Urban, 1908).
Em 1892 transferiu-se para a cidade histórica de Ouro Preto (Minas
Gerais), trabalhando como professor na Escola de Farmácia (criada em 1839)
e fundando o acervo que hoje é denominado “Herbário José Badini” (OUPR)
do Instituto de Ciências Exatas e Biológicas da Universidade Federal de
Ouro Preto (UFOP). Na ocasião dedicou-se firmemente à pesquisa florística
das regiões de grandes altitudes de Minas Gerais, obtendo exsicatas valiosas
destas regiões pouco exploradas e conhecidas. Schwacke tornou-se célebre
por essa característica, obtendo espécies raras ou pouquíssimo conhecidas
das zonas rupestres do Sudeste.
Seu material foi depositado principalmente no Jardim Botânico e
Museu Nacional do Rio de Janeiro, mas também no museu de Berlim (maior
parte destruído pela Segunda Grande Guerra) e vários outros, somando
cerca de 20 mil números ao total (Urban, 1908).
Visitou o Paraná em 1874, quando contemplou a região da Serra do
Mar e os planaltos, mormente no rio Tibagi e ao longo dos Campos Gerais.
Na ocasião, ele visitou diversas localidades de onde trouxe exemplares raros,
destacando-se briófitas e orquídeas, algumas delas estudadas por João
Barbosa Rodrigues (1842-1909). Menções sobre uma segunda estada em
território paranaense, datada de janeiro de 1880, têm sido refutadas e se
baseiam provavelmente em adulterações de rótulos cometidas por Auguste
F. M. Glaziou (1833-1906) que sabidamente alterou dados de coleta de
várias plantas brasileiras (Stafleu & Cowan, 1985; Wurdack, 1970).
Grande parte de suas coleções permaneceram no Brasil, podendo ser
- Plantas vasculares do Paraná -
Esboços biográficos | 31
Dusén era engenheiro mecânico por formação, atuando como tal e também
como docente na área por quase uma década. Tornou-se célebre, no
entanto, por sua vocação como explorador e naturalista especializado em
Botânica, em particular no Paraná, de onde provém maior parte de seu
espólio. Embora lembrado como coletor, também se dedicou ao estudo das
pteridófitas e briófitas, bem como da paleobotânica, sempre associada a
questões geológicas e florísticas.
Para seu amigo Ernst A. T. Harms (in Hoehne, 1941:57-58), Dusén
era um “...indivíduo calado, de natureza retraída, mas homem dotado
de humor agradável. Sem fazer grande alarde, sem doutrinar, seguiu
seu caminho. Do trabalho fez sempre a sua predileção. A vida social e as
diversões colocou sempre em segundo lugar de importância. Quiéto como
vivera transferiu-se para o além. Apenas um amigo acompanhou seus restos
mortais até a necrópole de Vinnerstad, de Oestergoetland”.
Seu interesse pela botânica iniciou por estímulo do primo Karl
Fredrick Dusén (1849-1919), também naturalista com inclinações para a
entomologia e, especialmente, para o estudo dos musgos (briófitas). Per
Karl então, inaugurou seu trabalho como pesquisador descrevendo a flora
e a geologia de Omberg, região motanhosa do litoral sueco. Em seguida,
partiu para a África (Camarões), contratado como cartógrafo e tornando-se
amigo do botânico Eduard Preuss, que o aperfeiçoou nas técnicas de coleta,
prensagem, conservação e estudo de material florístico. Montou pequena
coleção de plantas, com destaque para 30 mil exemplares de musgos e
publicou artigos sobre a geologia, itinerários e seus próprios resultados
briológicos, cabendo-lhe os méritos de ser o “verdadeiro descobridor da
flora briológica da África oriental” (Hoehne et al., 1941).
Em 1895, dirige-se à América do Sul, onde iria sedimentar os
momentos mais importantes de sua carreira. Percorre a Patagônia, Terra
do Fogo, os Andes e o litoral do Pacífico, colecionando exemplares e, em
seguida, publicando seus resultados. Em setembro de 1901, dirige-se
ao Brasil, agregando-se ao corpo técnico da Seção de Botânica do Museu
Nacional como naturalista viajante, atribuição que manteve até 1904.
Nesse ínterim, demonstrando claramente seu interesse pelos ambientes
montanos, visitou por diversas ocasiões a Serra do Itatiaia, publicando o
- Plantas vasculares do Paraná -
32 | Esboços biográficos
tal) chega a 18.500, cada qual com três ou mais duplicatas e incluindo mais
de quatro mil espécies e cerca de 400 espécimes-tipo (Angely, 1955). A
maior parte de seu legado paranaense foi depositada no Naturhistoriska
riksmuseet de Estocolmo, com cópias dispersadas por todo o mundo,
especialmente nos herbários do Missouri Botanical Garden (St. Louis,
EUA), The Academy of Natural Sciences (Philadelphia, EUA), Smithsonian
Institution (Washington, EUA), Field Museum of Natural History (Chicago,
EUA) e no Royal Botanic Gardens (Kew, Inglaterra). As coleções atualmente
mantidas no Brasil incluem pequena representação, apesar da ligação
institucional existente entre Dusén e os governos federal e estadual.
Aparentemente resumem-se a acervos de pequeno porte no Museu Nacional
do Rio de Janeiro e no Instituto de Botânica de São Paulo. Em Curitiba uma
parcela está no Museu Botânico Municipal (MBM), que absorveu o chamado
Herbário Per Karl Dusén (PKDC), antes mantido pelo Museu de História
Natural Capão da Imbuia.
Sua espetacular contribuição à flora paranaense é sempre lembrada
em nomes científicos de plantas (cerca de 70, entre gêneros e espécies), mas
também de um lagarto endêmico do Cerrado: Tupinambis dusenii Lönnberg,
1910, cujo tipo provém do Paraná. Nos anos 70, a Sociedade Paranaense de
Ciências Naturais (ora inativa) editava o periódico Dusenia, batizado em sua
homenagem e com ampla distribuição internacional. De sua lavra ou por
iniciativa de terceiros, há algumas dezenas de artigos que aludem às plantas
do Paraná, o que representa o primeiro grande momento de contribuições
ao conhecimento da flora estadual.
No Paraná, o nome de Dusén se relaciona indelevelmente com
dois de seus mais dedicados companheiros, com os quais chegou a dividir
numeração de coleta: Bruno Rudolf Lange e Carlos J. F. Westerman,
respectivamente engenheiro e diretor das estradas de ferro do Paraná.
Essa amizade lhe propiciou condições especiais: um vagão inteiro de trem
foi transformado em dormitório e cedido a ele, destinado exclusivamente
às suas coletas e pesquisas. Com isso, ao tempo em que esgotavam-se as
coletas em determinada região, seu vagão-dormitório era engatado em uma
das locomotivas e transferido para um outro local ainda não explorado. Alí,
então, permanecia o pesquisador durante mais um período, até que houvesse
coletado e explorado tudo o que lhe interessasse. É por esse motivo que a
grande maioria das novas espécies coletadas por Dusén pode ser encontrada
nos mesmos locais visitados pelo botânico, bastando-se para isso seguir a
rota das estradas de ferro que, provenientes de São Paulo, atravessam o
Paraná e adentram o estado de Santa Catarina. Uma quarta personalidade
completa esse notável grupo de amigos, o pintor Alfredo Andersen, a quem
devemos um retrato a óleo do botânico (atualmente conservado no Museu
Abilhoa, V.; F.C. Straube & A. Cordeiro, A. 2013. Museu de História Natural
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Samambaias e Licófitas
Samambaias e Licófitas Athyriaceae | 45
Araucariaceae Gingkoaceae
Miriam Kaehler Miriam Kaehler
1 gên. e 3 spp. Nativas: 1 sp. Exóticas: 2 spp. 1 gên. e 1 sp. Exóticas: 1 sp.
& R.Monteiro
Stenandrium diphyllum Nees
Aizoaceae
Stenandrium mandioccanum Nees
Miriam Kaehler
Stenandrium tenellum Nees 3 gên. e 3 spp. Exóticas: 3 spp.
Streblacanthus dubiosus (Lindau)
V.M.Baum Carpobrotus aequilaterus (Haw.)
Strobilanthes dyeriana Mast. Exót. N.E. Br. Exót.
Thunbergia alata Bojer ex Sims Exót. Lampranthus productus N.E. Br. Exót.
Thunbergia erecta (Benth.) T. Tetragonia tetragonoides (Pall.)
Anderson Exót. Kuntze Exót.
Thunbergia laurifolia Lindl. Exót.
Thunbergia mysorensis (Wight) T. Alismataceae
Anderson Exót. Miriam Kaehler
2 gên. e 10 spp. Nativas: 8 spp. Exóticas: 2 spp.
Achatocarpaceae
Miriam Kaehler Echinodorus bolivianus (Rusby)
1 gên. e 1 spp. Nativas: 1 sp.
Holm-Niels.
Echinodorus grandiflorus (Cham. &
Schltr.) Micheli
Achatocarpus praecox Griseb.
Echinodorus grisebachii Small Exót.
Echinodorus macrophyllus (Kunth)
Actinidiaceae Micheli
Miriam Kaehler Echinodorus paniculatus Micheli
1 gên. e 1 spp. Echinodorus tenellus (Mart.) Bu-
Exóticas: 1 sp. chenau
Echinodorus uruguayensis Arechav.
Actinidia deliciosa (A.Chev.) Sagittaria montevidensis Cham. &
C.F.Liang & A.R.Ferguson Exót. Schltdl.
Sagittaria rhombifolia Cham.
Adoxaceae Sagittaria sagittifolia L. Exót.
Miriam Kaehler
2 gên. e 5 spp.
Alstroemeriaceae
Miriam Kaehler
Nativas: 1 sp. Exóticas: 4 spp.
2 gên. e 10 spp. Nativas: 9 spp. Exóticas: 1 sp.
Sambucus australis Cham. & Schltdl.
Sambucus canadensis L. Exót. Alstroemeria amabilis M.C.Assis
Sambucus nigra L. Exót. Alstroemeria apertiflora Baker
Viburnum odoratissimum Ker Alstroemeria caryophyllaea Jacq. Exót.
Gawl. Exót. Alstroemeria cunha Vell.
Viburnum tinus L. Exót. Alstroemeria inodora Herb.
Alstroemeria isabellana Herb.
- Plantas vasculares do Paraná -
Angiospermas Amaranthaceae | 65
Burseraceae Barthlott
Lepismium warmingianum
José Rubens Pirani
1 gên. e 3 spp. Nativas: 3 spp.
(K.Schum.) Barthlott
Nopalea cochenillifera (L.) Salm-
Protium heptaphyllum (Aubl.) Dyck Exót.
Marchand Opuntia monacantha Haw.
Protium kleinii Cuatrec. Parodia carambeiensis (Buining &
Protium widgrenii Engl. Brederoo) Hofacker
Pereskia aculeata Mill.
Pereskia bleo (Kunth) DC. Exót.
Cabombaceae Pereskia grandifolia Haw.
Miriam Kaehler Praecereus euchlorus (F.A.C.Weber)
1 gên. e 3 spp. Nativas: 3 spp. N.P.Taylor
Rhipsalis campos-portoana Loefgr.
Cabomba aquatica Aubl. Rhipsalis cereuscula Haw.
Cabomba caroliniana A.Gray Rhipsalis dissimilis (G.Lindb.)
Cabomba furcata Schult. & Schult.f. K.Schum.
Rhipsalis elliptica G.Lindb. ex
K.Schum.
Cactaceae Rhipsalis floccosa Salm-Dyck ex
André Soller Pfeiff.
16 gên. e 34 spp. Nativas: 27 spp. Exóticas: 7 spp. Rhipsalis grandiflora Haw.
Rhipsalis pachyptera Pfeiff.
Brasiliopuntia brasiliensis (Willd.) Rhipsalis paradoxa (Salm-Dyck ex
A.Berger Pfeiff.) Salm-Dyck
Cereus hildmannianus K.Schum. Rhipsalis pilocarpa Loefgr.
Epiphyllum oxypetalum (DC.) Rhipsalis teres (Vell.) Steud.
Haw. Exót. Rhipsalis trigona Pfeiff.
Epiphyllum phyllanthus (L.) Haw. Schlumbergera gaertneri (Regel)
Harrisia tortuosa (J. Forbes ex Otto Britton & Rose
& A. Dietr.) Britton & Rose Exót. Schlumbergera rosea (Lagerh.)
Hatiora salicornioides (Haw.) Britton Calvente & Zappi
& Rose Schlumbergera truncata (Haw.)
Heliocereus schrankii (Zucc. ex Seitz) Moran Exót.
Britton & Rose Exót. Selenicereus anthonyanus
Hylocereus setaceus (Salm-Dyck) (Alexander) D.R.Hunt Exót.
R.Bauer
Lepismium cruciforme (Vell.) Miq.
Lepismium houlletianum (Lem.)
Barthlott
Lepismium lumbricoides (Lem.)
Capparaceae Cardiopteridaceae
Miriam Kaehler Miriam Kaehler
8 gên. e 12 spp. Nativas: 10 spp. Exóticas: 2 spp. 1 gên. e 6 spp. Nativas: 6 spp.
Caryophyllaceae Celastraceae
Miriam Kaehler Milton Groppo
12 gên. e 21 spp. Nativas: 11 spp. Exóticas: 10 spp. (Celastroideae)
Júlio A. Lombardi
Arenaria lanuginosa (Michx.) Rohrb. (Hippocrateoideae)
Cerastium commersonianum Ser. 12 gên. e 29 spp. Nativas: 28 spp. Exóticas: 1 sp.
Cerastium dicrotrichum Fenzl ex
Rohrb. Celastroideae
Cerastium glomeratum Thuill. Celastrus liebmanii Standl.
Cerastium rivulare Cambess. Maytenus aquifolia Mart.
Cerastium rivulariastrum Möschl & Maytenus boaria Molina
Pedersen Maytenus dasyclada Mart.
Cerastium selloi Schltdl. ex Rohrb. Maytenus evonymoides Reissek
Dianthus chinensis L. Exót. Maytenus floribunda Reissek
Drymaria cordata (L.) Willd. ex Maytenus glaucescens Reissek
Roem. & Schult. Maytenus gonoclada Mart.
Gypsophila paniculata L. Exót. Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek
Paronychia camphorosmoides Maytenus littoralis Carv.-Okano
Cambess. Maytenus patens Reissek
Paronychia chilensis DC. Exót. Maytenus schumanniana Loes.
Paronychia communis Cambess. Maytenus urbaniana Loes.
Polycarpaea corymbosa (L.) Lam. Exót. Plenckia populnea Reissek
Polycarpaea tetraphylla (L.) E.H.L. Schaefferia frutescens Jacq. Exót.
Krause Exót.
Silene antirrhina L.
Hippocrateoideae Chrysobalanaceae
Cheiloclinium cognatum (Miers) Miriam Kaehler
A.C.Sm.
4 gên. e 4 spp. Nativas: 3 spp. Exóticas: 1 sp.
Cheiloclinium serratum (Cambess.)
A.C.Sm.
Couepia grandiflora (Mart. & Zucc.)
Elachyptera festiva (Miers) A.C.Sm.
Benth.
Elachyptera micrantha (Cambess.)
Hirtella hebeclada Moric. ex DC.
A.C.Sm.
Licania tomentosa (Benth.)
Hippocratea volubilis L.
Fritsch Exót.
Peritassa campestris (Cambess.)
Parinari excelsa Sabine
A.C.Sm.
Peritassa hatschbachii Lombardi
Peritassa laevigata (Hoffmanns. ex Cistaceae
Link) A.C.Sm. Miriam Kaehler
Pristimera celastroides (Kunth) 1 gên. e 1 spp. Nativas: 1 sp.
A.C.Sm.
Salacia crassifolia (Mart. ex Schult.) Helianthemum brasiliense (Lam.)
G.Don Pers.
Salacia elliptica (Mart. ex Schult.)
G.Don
Semialarium paniculatum (Mart. ex Clethraceae
Schult.) N.Hallé Miriam Kaehler
Tontelea micrantha (Mart. ex Schult.) 1 gên. e 2 spp. Nativas: 2 spp.
A.C.Sm.
Tontelea miersii (Peyr.) A.C.Sm. Clethra scabra Pers.
Clethra uleana Sleumer
Ceratophyllaceae
Miriam Kaehler Clusiaceae
1 gên. e 1 spp. Exóticas: 1 sp.
Miriam Kaehler
5 gên. e 5 spp. Nativas: 4 spp. Exóticas: 1 sp.
Ceratophyllum demersum L. Exót.
Calophyllum brasiliense Cambess.
Chloranthaceae Clusia criuva Cambess.
Miriam Kaehler Garcinia gardneriana (Planch. &
Triana) Zappi
1 gên. e 1 spp. Nativas: 1 sp.
Mammea americana L. Exót.
Tovomitopsis paniculata (Spreng.)
Hedyosmum brasiliense Miq.
Planch. & Triana
Cucurbitaceae
Cornaceae Miriam Kaehler
Miriam Kaehler 21 gên. e 54 spp. Nativas: 44 spp. Exóticas: 10 spp.
1 gên. e 1 spp. Exóticas: 1 sp.
Apodanthera catharinensis Mart.
Cornus florida L. Exót. Crov.
Apodanthera laciniosa (Schltdl.)
Cogn.
Apodanthera ulei (Cogn.) Mart.Crov.
Cayaponia bonariensis (Mill.) Mart.
Crov.
- Plantas vasculares do Paraná -
102 | Cunoniaceae Angiospermas
Droseraceae Elatinaceae
Dennis P. Saridakis Miriam Kaehler
1 gên. e 7 spp. Nativas: 7 spp.
1 gên. e 1 spp. Nativas: 1 sp.
Drosera brevifolia Pursh
Drosera capillaris Poir. Elatine lindbergii Rohrb.
Drosera communis A.St.-Hil.
Drosera grantsaui Rivadavia
Drosera montana A.St.-Hil. Eleagnaceae
Drosera latifolia (Eichler) Gonella & Miriam Kaehler
Rivadavia
1 gên. e 1 spp. Exóticas: 1 sp.
Drosera viridis Rivadavia
Elaeagnus angustifolia L. Exót.
Gentianaceae
Maria Fernanda Calió Gesneriaceae
10 gên. e 14 spp. Nativas: 14 spp. Lucas K. Hinoshita
Renato Goldenberg
Calolisianthus amplissimus (Mart.) 7 gên. e 39 spp. Nativas: 36 spp. Exóticas: 3 spp.
Gilg
Calolisianthus pedunculatus (Cham. Achimenes longiflora DC. Exót.
& Schltdl.) Gilg Besleria selloana Klotzsch & Hanst.
Calolisianthus pendulus (Mart.) Gilg Codonanthe devosiana Lem.
Chelonanthus viridiflorus (Mart.) Codonanthe gracilis (Mart.) Hanst.
Gilg Napeanthus primulifolius (Raddi)
Coutoubea spicata Aubl. Sandwith
Curtia conferta (Mart.) Knobl. Napeanthus reitzii (L.B. Sm.)
Curtia tenuifolia (Aubl.) Knobl. Leeuwenb.
Helia brevifolia Cham. Nematanthus australis Chautems
Helia oblongifolia Mart. Nematanthus fissus (Vell.) L.E.Skog
Macrocarpaea rubra Malme Nematanthus gregarius D.L.Denham
Exót.
Schultesia australis Griseb.
- Plantas vasculares do Paraná -
122 | Goodeniaceae Angiospermas
Heliconiaceae Hydroleaceae
Miriam Kaehler Miriam Kaehler
1 gên. e 6 spp. Nativas: 3 spp. Exóticas: 3 spp. 1 gên. e 2 spp. Nativas: 2 spp.
Hydrocharitaceae Hypoxidaceae
Miriam Kaehler Julie H. Antoinette Dutilh
3 gên. e 4 spp. Nativas: 3 spp. Exóticas: 1 sp. 4 gên. e 4 spp. Nativas: 2 spp. Exóticas: 2 spp.
H.Hara M.W.Chase
Ludwigia nervosa (Poir.) H.Hara Acianthera alborosea (Kraenzl.) Luer
Ludwigia octovalvis (Jacq.) Acianthera antennata (Garay)
P.H.Raven Pridgeon & M.W.Chase
Ludwigia peploides (Kunth) Acianthera aphthosa (Lindl.)
P.H.Raven Pridgeon & M.W.Chase
Ludwigia peruviana (L.) H.Hara Acianthera auriculata (Lindl.)
Ludwigia pseudonarcissus (Chodat & Pridgeon & M.W.Chase
Hassl.) Ramamoorthy Acianthera bidentula (Barb.Rodr.)
Ludwigia quadrangularis (Micheli) Pridgeon & M.W.Chase
H.Hara Acianthera brachiloba (Hoehne)
Ludwigia sericea (Cambess.) H.Hara Pridgeon & M.W.Chase
Ludwigia tomentosa (Cambess.) Acianthera bragae (Ruschi) F.Barros
H.Hara Acianthera caldensis (Hoehne &
Oenothera affinis Cambess. Schltr.) F.Barros
Oenothera biennis L. Exót. Acianthera capillaris (Lindl.)
Oenothera glazioviana Micheli Exót. Pridgeon & M.W.Chase
Oenothera indecora Cambess. Acianthera crinita (Barb.Rodr.)
Oenothera parodiana Munz Pridgeon & M.W.Chase
Oenothera ravenii W.Dietr. Acianthera cryptantha (Barb.Rodr.)
Pridgeon & M.W.Chase
Acianthera exarticulata (Barb.Rodr.)
Opiliaceae Pridgeon & M.W.Chase
Miriam Kaehler Acianthera fenestrata (Barb.Rodr.)
1 gên. e 2 spp. Nativas: 2 spp. Pridgeon & M.W.Chase
Acianthera glanduligera (Lindl.) Luer
Agonandra brasiliensis Miers ex Acianthera gouveiae (A.Samp.)
Benth. & Hook.f. F.Barros & L.Guinarães
Agonandra excelsa Griseb. Acianthera gracilisepala (Brade) Luer
Acianthera guimaraensii (Brade)
F.Barros
Orchidaceae Acianthera hygrophila (Barb. Rodr.)
Eric de Camargo Smidt Pridgen & M.W.Chase
124 gên. e 550 spp. Nativas: 549 spp. Exóticas: 1 sp. Acianthera hystrix (Kraenzl.)
F.Barros
Coppensia paranana (M.W.Chase Acianthera karlii (Pabst) C.N.Conç.
& N.H.Williams) F.Barros & & Waechter
V.T.Rodrigues Acianthera klotzschiana (Rchb.f.)
Acianthera acuminatipetala Pridgeon & M.W.Chase
(A.Samp.) Luer Acianthera langeana (Kraenzl.)
Acianthera adiri (Brade) Pridgeon & Pridgeon & M.W.Chase
Peraceae Phytolaccaceae
Miriam Kaehler Miriam Kaehler
1 gên. e 2 spp. Nativas: 2 spp. 7 gên. e 11 spp. Nativas: 8 spp. Exóticas: 3 spp.
Plantaginaceae R.E.Fr.
Scoparia pinnatifida Cham.
Miriam Kaehler Stemodia stricta Cham. & Schltdl.
16 gên. e 36 spp. Nativas: 26 spp. Exóticas: 10 spp. Stemodia trifoliata (Link) Rchb.
Stemodia vandellioides (Benth.)
Achetaria ocymoides (Cham. & V.C.Souza
Schltdl.) Wettst. Stemodia verticillata (Mill.) Hassl.
Angelonia integerrima Spreng. Veronica arvensis L. Exót.
Antirrhinum majus L. Exót. Veronica peregrina L. Exót.
Bacopa monnieri (L.) Pennell Veronica persica Poir. Exót.
Bacopa monnierioides (Cham.)
B.L.Rob.
Bacopa stricta (Schrad.) Wettst. ex Platanaceae
Edwall Miriam Kaehler
Callitriche deflexa A. Braun ex 1 gên. e 3 spp. Exóticas: 3 spp.
Hegelm.
Callitriche rimosa Fasset Platanus acerifolia (Aiton) Willd Exót.
Callitriche stagnalis Scop. Platanus occidentalis L. Exót.
Conobea scoparioides (Cham. & Platanus orientalis L. Exót.
Schltdl.) Benth.
Cymbalaria muralis P. Gaertn., B.
Mey. & Scherb. Exót. Plumbaginaceae
Digitalis purpurea L. Exót. Miriam Kaehler
Gratiola peruviana L. 2 gên. e 2 spp. Nativas: 1 sp. Exóticas: 1 sp.
Mecardonia grandiflora (Benth.)
Pennell Limonium brasiliense (Boiss.)
Mecardonia procumbens (Mill.) Small Kuntze Exót.
Misopates orontium (L.) Raf. Exót. Plumbago auriculata Lam.
Nuttallanthus canadensis (L.) D.A.
Sutton Exót.
Plantago australis Lam.
Plantago catharinea Decne.
Poaceae
Miriam Kaehler
Plantago commersoniana Decne.
Plantago dielsiana Pilg. 115 gên. e 496 spp. Nativas: 436 spp. Exóticas: 60
Plantago guilleminiana Decne. spp.
Plantago lanceolata L. Exót. Acroceras excavatum (Henrard)
Plantago major L. Exót. Zuloaga & Morrone
Plantago tomentosa Lam. Acroceras zizanioides (Kunth) Dandy
Scoparia dulcis L. Agenium leptocladum (Hack.)
Scoparia elliptica Cham. Clayton
Scoparia montevidensis (Spreng.) Agenium villosum (Nees) Pilg.
Agrostis lenis Roseng. et al.
- Plantas vasculares do Paraná -
162 | Poaceae Angiospermas
Sabiaceae
Júlio A. Lombardi Santalaceae
1 gên. e 1 sp. Nativas: 1 sp. Miriam Kaehler
3 gên. e 25 spp. Nativas: 25 spp.
Meliosma sellowii Urb.
Eubrachion ambiguum (Hook. &
Arn.) Engl.
Salicaceae Phoradendron affine (Pohl ex DC.)
Miriam Kaehler Engl. & Krause
8 gên. e 28 spp. Nativas: 26 spp. Exóticas: 2 spp. Phoradendron bathyoryctum Eichler
Phoradendron berteroanum (DC.)
Abatia americana (Gardner) Eichler Griseb.
Abatia angeliana Alford Phoradendron chrysocladon A.Gray
Azara uruguayensis (Speg.) Sleumer Phoradendron crassifolium (Pohl ex
Banara parviflora (A. Gray) Benth. DC.) Eichler
Banara tomentosa Clos Phoradendron dipterum Eichler
Casearia aculeata Jacq. Phoradendron ensifolium (Pohl ex
Casearia arborea (Rich.) Urb. DC.) Eichler
Casearia arguta Kunth Phoradendron falcifrons (Hook. &
Casearia catharinensis Sleumer Arn.) Eichler
Casearia decandra Jacq. Phoradendron harleyi Kuijt
Casearia gossypiosperma Briq. Phoradendron interruptum (DC.)
Casearia hirsuta Sw. B.D.Jacks.
Casearia lasiophylla Eichler Phoradendron liga (Gillies ex Hook.
Casearia mariquitensis Kunth & Arn.) Eichler
Casearia obliqua Spreng. Phoradendron lindemanii Kuijt
Casearia paranaensis Sleumer Phoradendron linearifolium Eichler
Casearia pauciflora Cambess. Phoradendron microphyllum (Pohl ex
Casearia sylvestris Sw. DC.) Trel.
Populus deltoides W. Bartram ex Phoradendron mucronatum (DC.)
Marshall Exót.
Sapotaceae Sarraceniaceae
Miriam Kaehler Miriam Kaehler
10 gên. e 27 spp. Nativas: 23 spp. Exóticas: 4 spp. 1 gên. e 1 spp. Exóticas: 1 sp.
Scrophulariaceae Smilacaceae
Miriam Kaehler Miriam Kaehler
2 gên. e 10 spp. Nativas: 8 spp. Exóticas: 2 spp. 1 gên. e 10 spp. Nativas: 10 spp.
Thymelaeaceae Typhaceae
Miriam Kaehler
Miriam Kaehler
1 gên. e 6 spp. Nativas: 6 spp.
1 gên. e 2 spp. Nativas: 2 spp.
Daphnopsis brasiliensis Mart.
Typha domingensis Pers.
Daphnopsis coriacea Taub.
Typha latifolia L.
Daphnopsis fasciculata (Meisn.)
Nevling
Daphnopsis racemosa Griseb. Urticaceae
Daphnopsis schwackeana Taub. Sergio Romaniuc Neto
Daphnopsis sellowiana Taub.
André Luiz Gaglioti
11 gên. e 26 spp. Nativas: 22 spp. Exóticas: 4 spp.
Trigoniaceae
Miriam Kaehler Boehmeria caudata Sw.
Boehmeria cylindrica (L.) Sw.
1 gên. e 1 sp. Nativas: 1 sp.
Boehmeria nivea (L) Hook. et
Trigonia nivea Cambess. Arn. Exót.
Boehmeria ramiflora Jacq.
Cecropia glaziovii Snethl.
Tropaeolaceae Cecropia pachystachya Trécul
Miriam Kaehler Coussapoa microcarpa (Schott)
Rizzini
1 gên. e 4 spp. Nativas: 3 spp. Exóticas: 1 sp.
Laportea aestuans (L.) Chew
Tropaeolum brasiliense Casar. Myriocarpa stipitata Benth.
Parietaria debilis G. Forst. Exót.
- Plantas vasculares do Paraná -
Angiospermas Verbenaceae | 187
Vochysiaceae Xyridaceae
Miriam Kaehler Eduardo Damasceno Lozano
3 gên. e 15 spp. Nativas: 15 spp. 1 gên. e 21 spp. Nativas: 21 spp.
Zingiberaceae
Miriam Kaehler
5 gên. e 6 spp. Nativas: 1 sp. Exóticas: 5 spp.