Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Londrina
2010
DANIELA APARECIDA ESTEVAN
Londrina
2010
DANIELA APARECIDA ESTEVAN
BANCA EXAMINADORA
______________________________________
Orientador: Prof. Dr.Ricardo Tadeu de Faria
Universidade Estadual De Londrina
______________________________________
Profa. Dra. Annete Bonnet
Embrapa
______________________________________
Profa. Dra. Inês Cristina De Batista Fonseca
Universidade Estadual De Londrina
______________________________________
Profa. Dra. Rosângela Capuano Tardivo
Universidade Estadual De Ponta Grossa
______________________________________
Profa. Dra. Mariza Barion Romagnolo
Um Iversidade Estadual De Maringá
_____________________________________
SUPLENTE – Prof. Dr. Rodrigo Kersten
Pontificia Universidade Católica -Pr
______________________________________
SUPLENTE – Profa. Dra. Andrea Diniz
Universidade Estadual De Londrina
Aos membros das bancas que participaram da avaliação dos demais artigos
desenvolvidos no doutorado.
Em especial a Deus.
.
ESTEVAN, Daniela Aparecida. Bromeliaceae da região nordeste do Estado do Paraná,
Brasil. 2010. 65 f. Tese (Doutorado em Agronomia) – Universidade Estadual de Londrina,
Londrina, 2010.
RESUMO
Um estudo foi realizado sobre a família Bromeliaceae na região nordeste do estado do Paraná
(Brasil) (23°-24,5° S e 49,5°-51,5° W), prioritariamente coberta por Floresta Estacional
Semidecidual. O objetivo foi conhecer a riqueza da família, além de atualizar a distribuição
geográfica das espécies da região e reconhecer características morfológicas importantes,
através de chaves de identificações e descrições. O trabalho foi realizado através de coletas
em 35 municípios para análise de plantas vivas e ampliação de material herborizado
depositado em herbário, além da consulta aos acervos de herbários paranaenses. Esta família
está representada na região por 35 espécies, pertencentes aos gêneros Tillandsia (11), Dyckia
(oito), Billbergia (cinco), Aechmea e Vriesea (três), Acanthostachys, Ananas, Bromelia
Canistrum e Pitcairnia (uma espécie cada), que se distinguem pelos tipos de hábito (epífitas
ou rupículas), folhas (margem inteira ou espinescente, formando roseta ou não),
características da inflorescência (simples ou composta, pedunculada ou séssil), sépalas (livres
ou fundidas, simétricas ou assimétricas), e presença ou não de apêndices petalinos, pelo tipo
de fruto (baga, cápsula ou infrutescência) e semente (comosa ou não). Foram propostas
chaves para identificação de gêneros e espécies, além de descrições e ilustrações. Do total, 16
espécies não estão protegidas em Unidades de Conservação do Paraná, três espécies de
Dyckia são citadas apenas para o estado do Paraná, sendo duas destas registradas em apenas
uma localidade.
ABSTRACT
This study presents one survey about Bromeliaceae family occurring in the Northeast Paraná
State (Brazil) (23°-24,5° S e 49,5°-51,5° W), mainly occupied by Seasonal Semidecidual
Forest. The objective was to find the family diversity, and to update the geographical
distribution of species in these region and recognize important morphological features, using
in identification keys and descriptions. Field trips were performed to 35 municipalities for
fresh material observations and collecting herbarium specimens, and also through analysis of
Paraná State Herbaria specimens. The family is represented by 35 species, included in
Tillandsia (eleven), Dyckia (eight), Billbergia (five), Aechmea and Vriesea (three),
Acanthostachys, Ananas, Bromelia, Canistrum, Pitcairnia (one species each), that can be
differentiated one each other by fruit type (baccate, capsule or infrutescence) and seed
(appendaged or naked), inflorescence morphology (simple or compound, scape evident or
lacking), sepals (free or not, symmetrical or assymetrical), and leaf (forming a vase or not,
with margin entire or spinescent), petals (appendaged or not) and habit (epiphytes or
lithophytes). Were included keys to identify genera and species, descriptions and illustrations.
Of the total, 16 species are not protected by “Paraná State Conservation Units”, and three
Dyckia species are endemic to the Paraná State, and two species are only known by one
locality collection.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 7
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 64
7
1 INTRODUÇÃO
2. REVISÃO DE LITERATURA
de incentivo nos herbários para a ampliação das coletas são necessárias, pois a deficiência de
espécimes compromete o avanço no conhecimento do grupo, da diversidade e da distribuição
das bromélias (MARTINELLI et al., 2008).
13
3. ARTIGO:
3.1 RESUMO
Um estudo foi realizado sobre a família Bromeliaceae na região nordeste do estado do Paraná
(Brasil) (23°-24,5° S e 49,5°-51,5° W), prioritariamente coberta por Floresta Estacional
Semidecidual. O objetivo foi conhecer a riqueza da família, além de atualizar a distribuição
geográfica das espécies da região e reconhecer características morfológicas importantes,
através de chaves de identificações e descrições. O trabalho foi realizado através de coletas
em 35 municípios para análise de plantas vivas e ampliação de material herborizado
depositado em herbário, além da consulta aos acervos de herbários paranaenses. Esta família
está representada na região por 35 espécies, pertencentes aos gêneros Tillandsia (11), Dyckia
(oito), Billbergia (cinco), Aechmea e Vriesea (três), Acanthostachys, Ananas, Bromelia
Canistrum e Pitcairnia (uma espécie cada), que se distinguem pelos tipos de hábito (epífitas
ou rupículas), folhas (margem inteira ou espinescente, formando roseta ou não),
características da inflorescência (simples ou composta, pedunculada ou séssil), sépalas (livres
ou fundidas, simétricas ou assimétricas), e presença ou não de apêndices petalinos, pelo tipo
de fruto (baga, cápsula ou infrutescência) e semente (comosa ou não). Foram propostas
chaves para identificação de gêneros e espécies, além de descrições e ilustrações. Do total, 16
espécies não estão protegidas em Unidades de Conservação do Paraná, três espécies de
Dyckia são citadas apenas para o estado do Paraná, sendo duas destas registradas em apenas
uma localidade.
ABSTRACT
This study presents one survey about Bromeliaceae family occurring in the Northeast Paraná
State (Brazil) (23°-24,5° S e 49,5°-51,5° W), mainly occupied by Seasonal Semidecidual
Forest. The objective was to find the family diversity, and to update the geographical
distribution of species in these region and recognize important morphological features, using
in identification keys and descriptions. Field trips were performed to 35 municipalities for
fresh material observations and collecting herbarium specimens, and also through analysis of
Paraná State Herbaria specimens. The family is represented by 35 species, included in
Tillandsia (eleven), Dyckia (eight), Billbergia (five), Aechmea and Vriesea (three),
Acanthostachys, Ananas, Bromelia, Canistrum, Pitcairnia (one species each), that can be
differentiated one each other by fruit type (baccate, capsule or infrutescence) and seed
(appendaged or naked), inflorescence morphology (simple or compound, scape evident or
lacking), sepals (free or not, symmetrical or assymetrical), and leaf (forming a vase or not,
with margin entire or spinescent), petals (appendaged or not) and habit (epiphytes or
14
lithophytes). Were included keys to identify genera and species, descriptions and illustrations.
Of the total, 16 species are not protected by “Paraná State Conservation Units”, and three
Dyckia species are endemic to the Paraná State, and two species are only known by one
locality collection.
3.2 INTRODUÇÃO
Bromeliaceae Juss., Gen. Pl. ed. 1.49.1789. Aug. (“Bromeliae”). nom. cons. Tipo: Bromelia
L.
1.Roseta com poucas folhas longas e pêndulas;duas brácteas alongadas e foliáceas na base da
inflorescência .............................................................................................. 1. Acanthostachys
1’. Roseta com muitas folhas, formando tanque; ausência de brácteas alongadas na base da
inflorescência ........................................................................................................................ 2
2. Inflorescência com invólucro de brácteas .............................................................................. 3
2’.Inflorescência com brácteas dispostas ao longo do escapo ................................................... 4
3. Sépalas livres; inflorescência com escapo conspícuo . .......................6. Canistrum
3’. Sépalas concrescidas na base, inflorescência com escapo inconspícuo .................................
.... ....................................................................................................... 2. Aechmea (A. recurvata)
4. Fruto composto, coroa de brácteas presente no ápice .............................................. 3. Ananas
4’. Fruto simples, coroa de brácteas ausente ............................................................................. 5
5. Ovário ínfero; fruto baga com sementes sem apêndices ........................................................ 6
5’. Ovário súpero ou semi-ínfero; fruto cápsula com sementes com apêndices......................... 8
6. Folhas com margem fortemente espinescente, as centrais com base avermelhada; apêndices
petalinos ausentes ................................................................................................. 5 Bromelia
6’. ................ Folhas com margem serrilhada a espinescente; apêndices petalinos presentes . 7
7. Inflorescência simples ou composta, ereta; sépalas assimétricas .......................... 2. Aechmea
7’. Inflorescência simples, pêndula; sépalas simétricas ........................................... 4. Billbergia
8. Plantas rupículas ou terrestres; sementes aladas ................................................................... 9
8’.Plantas geralmente epífitas; sementes plumosas ................................................................ 10
9.Folhas com margem geralmente espinescente .......................................................... 7. Dyckia
9’.Folhas com margem geralmente inteira .............................................................. 8. Pitcairnia
10.Roseta de folhas não formando tanque; apêndices petalinos ausentes ............... 9. Tillandsia
10’.Roseta de folhas formando tanque; apêndices petalinos presentes ...................... 10. Vriesea
19
1 Acanthostachys Klotzch
1.1 Acanthostachys strobilacea (Schult.f.) Klotzsch in Link, Klotzsch & Otto, Icon. Pl. Rar.
1:21, pl. 9. 1840(1841).
Epífitas, 0,6-1,3 m compr. Rizomas curtos, poucas folhas geralmente
pêndulas, não formando tanque. Folhas verdes com escamas esbranquiçadas, dísticas; bainhas
castanho-escuras, elípticas ou suboblongas; lâminas 70-120 X 0,4-1 cm, lineares,
conduplicadas, ápice atenuado, margem espinescente, espinhos 2 cm compr., escamas alvo-
lepidotas. Escapo 15-38 cm compr., pálido-lepidoto; brácteas na base, as duas externas 28-95
cm compr., foliáceas e longo-atenuadas, as internas formando um invólucro, 1-2,5 cm compr.,
triangulares, ápice acuminado. Inflorescência espiga, 2,5-5,5 X 1,0-1,5 cm, ovóide ou
cilíndrica. Brácteas florais alaranjadas a avermelhadas, castanhas ao secar, coriáceas, 1-2 cm
compr., largo ovais, serrilhadas, lepidotas. Flores sésseis, cerca de 2 cm compr.; sépalas
livres, amarelas, 0,9 cm compr., triangulares, laterais carenadas, ápice agudo, apiculado,
margem inteira, lepidota; pétalas livres, amarelas, 1,6 cm compr., espatuladas, com 2
apêndices petalinos basais; estames 3 epipétalos e 3 livres, inclusos, filetes 1 cm compr.,
lineares-achatados, anteras dorsifixas, 0,2 cm compr., lanceoladas; ovário ínfero, 0,6 cm
compr., suborbicular, estilete 1,1 cm compr. Fruto baga; sementes castanho-avermelhadas,
0,1-0,4 cm compr., alongadas.
Material examinado: BRASIL. PARANÁ: Apucarana, Fazenda Solana, 17-
X-2007, D.A. Estevan et al. 1700 (FUEL); Bela Vista do Paraíso, Fazenda Horizonte, 14-XI-
2006, D.A. Estevan et al. 1702 (FUEL); Cambé, 10-VI-1997, V.F. Kinupp, C. Medri & E.M.
Francisco 462 (FUEL, MBM); Ibiporã, Pq. Estadual de Ibiporã, 15-X-2007, P.R. Gutierrez et
al. 14 (UNIFIL); floresta das margens do rio Tibagi (Doralice), 07-XII-2006, A. Bonnet s.n.
(UPCB65140); Londrina, Av: São João, 09-XI-2009, D.A. Estevan et al. 1860 (FUEL);
Bosque I, 13-X-1986, fl, M.C. Dias & C.G. Perri s.n. (FUEL3347); Marco Zero de Londrina,
7-XI-2004, G.V. de Souza & M. Cavallari s.n. (UNIFIL1829); Margem esquerda do rio
Tibagi- Maravilha, 15-XI-1995, F. Chagas e Silva & L.H. Soares-Silva 1869 (FUEL); São
Jerônimo da Serra, Vila Nova Tibagi, 02-X-2007, D.A. Estevan et al. 1701 (FUEL). Sengés,
Fazenda Morungava, rio do Funil, 15-VII-1958, G. Hatschbach et al. 5387 (MBM); Telêmaco
20
Borba, Eixo da barragem, estrada de acesso, 26-IX-2008, Urber Filho et al. 252 (UPCB, H-
Klabin); Poço Preto, Urber Filho & M.V. Castillo 150 (UPCB).
Distribuição geográfica: Brasil: MA, MG, ES, RJ, SP e PR, em áreas de
Savanas e Floresta Estacional Semidecidual (WANDERLEY; MARTINS, 2007). No estado
do Paraná foi encontrada também em Floresta Estacional Semidecidual no centro oeste do
estado (BORGO; SILVA; PETEAN, 2002), no Parque Nacional do Iguaçu (BONNET et al.,
no prelo; CERVI; BORGO, 2007), e em Maringá (DETTKE; ORFRINI; MILANEZE-
GUTIERRE, 2008).
Assim como no estado de São Paulo a espécie somente foi encontrada com
hábito epifítico, apesar de ser referida como também rupícula (SMITH; DOWNS, 1979).
Espécie de fácil reconhecimento pelas poucas folhas estreito-lineares e pêndulas, de ampla
distribuição na área de estudo. Coletada com flores em setembro e novembro e frutos em
junho.
2.1. Aechmea bromeliifolia (Rudge) Baker in Benth. & Hook. f., Gen. pl. 3:664. 1883.
2.2. Aechmea distichantha Lem., Jard. Fleur. 3: t.269. 1853, nom. cons.
2.3. Aechmea recurvata (Klotzsch) L.B. Sm., Contr. Gray Herb. 98: 5.1932.
3. Ananas Mill.
O gênero possui oito espécies, sendo que três são citadas para o estado do
Paraná, incluindo a única espécie registrada na área estudada (WANDERLEY; MARTINS,
2007)
3.1. Ananas bracteatus (Lindl.) Schult. & Schult. f. in Roem. & Schult., Syst. Veg., 7(2):
1286. 1830.
1-4 X 0,4-1,2 cm, excedendo as flores, triangulares, ápice pungente, margem espinescente.
Flores sésseis, 3,5 cm compr.; sépalas livres, rosadas com base verde, coriáceas, 1,1-1,4 X 0,6
cm, levemente assimétricas, carinadas-dobradas, largo-ovais, ápice agudo; pétalas livres,
roxas, alvas na base, 2,2-2,4 X 0,5 cm, espatuladas, eretas na antese, apêndices petalinos 2
lígulas de margens fimbriada; filetes internos adnados às pétalas, filetes 1,2 cm compr.,
anteras dorsifixas, 4-5 mm compr., sagitadas-lineares; estilete 1,7 cm compr., estigma trífido-
fimbriado. Sincarpo amarelo, 12-15 cm compr., ovóide-cilíndrico, formado pelo eixo central
da inflorescência carnosamente concrescidos com os ovários, coroa de brácteas no ápice do
fruto composto e brácteas persistentes envolvendo cada fruto. Frutos arredondados.
Material examinado: BRASIL. PARANÁ: Ibiporã, Pq. Estadual de Ibiporã,
02-XII-2009, D.A. Estevan et al. (UNIFIL); Ventania, Sítio do Pinheiro, 29-X-2007, fl, D.A.
Estevan et al. 1751 (FUEL); 16-IV-2007, D.A. Estevan et al. 1752 (FUEL); 07-VII-2009,
D.A. Estevan et al. 1807 (FUEL). A espécie apresentou distribuição restrita na área estudada,
sendo encontrada apenas em dois municípios em ambientes florestais. Coletada com flores em
abril e julho.
Distribuição geográfica: ES ao RS, Floresta Ombrófila Densa e Estacional
Semidecídua, geralmente em locais abertos (WANDERLEY; MARTINS, 2007).
Para a Flora de São Paulo as brácteas e sépalas são citadas como
avermelhadas (WANDERLEY; MARTINS, 2007) e para a flora de Santa Catarina róseo-
avermelhadas (REITZ, 1983), já nos materiais examinados neste trabalho elas são rosadas.
4. Billbergia Thunb.
4.1. Billbergia alfonsi-joannis Reitz, R. Reitz, Anais Bot. Herb. Barbosa Rodrigues 4: 31, táb.
9. 1952; loc. cit. 4: 37.1952
filetes 3 cm compr., filiformes, anteras violáceas, sub-basifixas, 2,6 cm compr.; ovário 1,5-2
cm compr., elíptico, coberto pelo indumento tomentoso, estilete e estigma violáceos, estigma
com os 3 lobos espiral-conduplicados.
Material examinado: BRASIL. PARANÁ: Jundiaí do Sul, Rio Jundiaí do
Sul, 18-VII-1998, J. Carneiro 444 (MBM); Ventania, Sítio do Pinheiro, 29-X-2007, D.A.
Estevan et al. 1868 (FUEL); 09-X-2008, D.A. Estevan et al. 1869 (FUEL); 16-IV-2007, D.A.
Estevan et al. 1870 (FUEL).
Distribuição geográfica: segundo Gaiotto (2005) ocorre nos estados de MG,
SP, PR e SC, porém não foi incluída na flora de São Paulo (WANDERLEY; MARTINS,
2007), sendo então sua ocorrência neste estado duvidosa.
Esta espécie foi encontrada em apenas duas localidades na área estudada,
além dos municípios de Colombo e Irati (GAIOTTO, 2005), e está presente na Lista Oficial
da Flora Ameaçada de Extinção do Brasil (Instrução Normativa MMA No 06/2008).
4.2. Billbergia distachia (Vell.) Mez in Mart., Eichler & Urb., Fl.bras. 3(3): 417. 1892.
Epífita, 40–98 cm compr. Roseta tubular. Folhas verdes com linhas brancas
transversais esbranquiçadas, eretas; bainha verde, 10-21 X 5-9,5 cm, oval, margem hialina,
lepidota em ambas as faces; lâminas 30-97 X 5-8 cm, liguladas, ápice agudo ou mucronado,
margem espinescente, espinhos 0,2-0,4 cm compr. Escapo 35-50 cm compr., excedendo a
roseta foliar, carnoso, densamente alvo-lanuginoso; brácteas róseas, maiores que os entrenós,
as superiores 13-20 X 3-4 cm, elípticas, ápice agudo, as inferiores 8-10 X 2,5 cm, ápice
cuspidado. Inflorescência 15-25 cm compr., alvo-lanuginosa. Brácteas florais 1-2,1 X 0,3-0,7
cm, ovais, ápice agudo, evidentes, as das flores centrais e do ápice 0,2-0,4 X 0,1-0,2 cm,
ovais, inconspícuas, tomentosas. Flores sésseis, 6-8 X 0,7-0,8 cm; sépalas livres, 1 X 0,5 cm,
ovais ou suboblongas, ápice agudo, esparsamente lanuginosas; pétalas azuis em direção ao
ápice, espiraladas, 6-8 X 0,4cm, elípticas, com 2 apêndices basais de ápice fimbriado; estames
livres, exclusos na antese, filetes 4-5 cm compr., filiformes, anteras dorsifixas, azuis, 3 cm
compr.; estilete 5-6 cm compr., estigma 0,4-0,5 cm compr., espiral-conduplicado, piloso,
ovário verrucoso, 2,5 cm compr., elíptico, densamente tomentoso. Frutos 1,5-2 cm compr.,
ovóides.
Material examinado: BRASIL. PARANÁ: Londrina, Vale do Rubi, 10-IV-
2007, D.A. Estevan et al. 1873 (FUEL); Mauá da Serra, Sítio do Xaxim, 11-IV-2007, D.A.
Estevan et al. 1872 (FUEL); Jaguaraíva, Sertão de Cima, 18-XI-1971, G. Hatschbach 25496
& O.Guimarães (MBM); Sapopema, Bairro do Lambari, 21-VIII-2009, D.A. Estevan et al.
1871 (FUEL); Sengés, Santo Antonio do Itararé, 08-X-1971, G. Hatschbach 27192 (MBM);
Tomazina, Salto Cavalcante, 23o.51’05.8’’ S 049o.57’3.7’’ W, 30-III-2009, D.A. Estevan et
al. 1726 (FUEL), 24-III-2009, D.A. Estevan et al. 1728 (FUEL).
Distribuição geográfica: segundo Gaiotto (2005) ocorre nos estados de ES,
GO, SP e PR , porém não foi incluída na flora de São Paulo (WANDERLEY; MARTINS,
2007), sendo sua ocorrência neste estado duvidosa. A espécie ocorre também em Floresta
Ombrófila Mista nos municípios de Bocaíuva do Sul e Rio Branco (GAIOTTO, 2005).
30
de Vila Velha, Ponta Grossa (TARDIVO; CERVI, 2001), e municípios da Bacia do Alto
Iguaçu (KERSTEN; KUNIYOSHI, 2009), e em Floresta Estacional Semidecídua no Parque
Nacional do Iguaçu (CERVI; BORGO, 2007). Coletada com flores em abril a julho e frutos
em agosto.
Epífita, 60–70 cm compr. Roseta tubular. Folhas verdes com linhas brancas
transversais esbranquiçadas, eretas; bainha verde, 25-38 X 3,5-10 cm, elíptica, margem
hialina; lâminas 30-70 X 5-15 cm, liguladas, canaliculadas, ápice agudo ou mucronado,
margem espinescente, espinhos, 3-5 mm compr. Escapo 29-41 cm compr., excedendo a roseta
foliar, carnoso, densamente alvo-lanuginoso; brácteas róseas, superiores 14-18 X 2-4,5 cm,
elípticas, ápice agudo, inferiores 10-13 X 1,8 cm, obovais, ápice obtuso, maiores que os
entrenós. Inflorescência 25-35 cm compr., alvo-lanuginosa. Brácteas florais 0,1-0,2 X 0,2 cm,
oval-triangulares, ápice obtuso-acuminado. Flores sésseis, 6-11 X 0,5 cm; sépalas livres, 0,5-
0,7 X 0,5 cm, ovais, ápice agudo; pétalas livres, verdes ou amarelo-esvedeadas, espiraladas,
8,5 X 0,4-0,5 cm, elípticas, ápice agudo, glabras, com 2 apêndices basais com ápice
fimbriados; estames livres, exclusos na antese; filetes 3,5-5,5 cm compr., filiformes, anteras
dorsifixas, amarelas, 1,5-2,5 cm compr.; estilete amarelado na base, anilado no ápice, 5,5-8,5
cm compr., estigma 0,7-1 cm compr., espiral-conduplicado, ovário não verrucoso, 0,6-1,5 cm
compr., elíptico, pouco tomentoso.
Material examinado: BRASIL. PARANÁ, Jaguariaíva, Rio das Mortes,
18.XII.1965, R. Reitz & R. M. Klein 17911 (MBM).
Distribuição geográfica: regiões nordeste e sudeste do Brasil e também no
estado de GO, em Floresta Ombrófila Densa de planalto e cerrado (WANDERLEY;
MARTINS, 2007). O único registro para o Paraná é uma coleta realizada pelos pesquisadores
Pe. Raulino Reitz e Roberto Miguel Klein no ano de 1965, em novas excursões realizadas ao
município esta espécie não foi encontrada novamente. Caso a espécie ainda exista na natureza
medidas de conservação deveriam ser tomadas.
32
5. Bromelia L.
5.1. Bromelia antiacantha Bertol., Virid. Bonon. 4. 1824; Misc. Bot. 4:6, pl. 1. 1844.
6. Canistrum E. Morren
6.1. Canistrum cyathiforme (Vell.) Mez in Mart., Eichler & Urb., Fl. Bras. 3(3): 252. 1891.
Jaguaraíva, Pq. Estadual do Cerrado, 12-II-2001, Von Linsingen 59 (MBM); Mauá da Serra,
05-IV-2008, D.A. Estevan et al. 1766 (FUEL); Sapopema, Salto das Orquídeas, 23º.55.06’ S
050º.36.36’ W, 10-IV-2007, fl. D.A. Estevan et al. 1770 (FUEL); 05-IV-1997, V.F. Kinupp,
C. Medri & E.M. Francisco 368 (FUEL); 16-VIII-1997, C. Medri ,V.F. Kinupp, & E.M.
Francisco 357 (FUEL); São Jerônimo da Serra, Estrada para o distrito Terra Nova, Rio Pilão,
12-XII-2006, D.A. Estevan et al. 1768 (FUEL); Vila Nova do Pote, 02-X-2007, D.A. Estevan
et al. 1767 (FUEL); Ventania, Faz. Califórnia, 20-V-2005, D.A. Estevan et al. 879 (FUEL).
Distribuição geográfica: MG à SC, em Floresta Ombrófila Densa
(WANDERLEY; MARTINS, 2007). No estado do Paraná também foi encontrada em Floresta
Ombrófila Mista e campos rupestres do Parque Estadual de Vila Velha, Ponta Grossa
(TARDIVO; CERVI, 2001), região do alto Tibagi nos municípios de Ponta Grossa e Palmeira
(BONNET et al., no prelo), e em planícies de inundação do rio Iguaçu (BONNET et al, no
prelo). Coletada com flores abril, maio, julho, outubro e dezembro.
7. DYCKIA
Brácteas florais 0,7-1,5 X 0,3-0,6 cm, excedendo ou não as sépalas, lanceoladas, ápice
atenuado, glabras ou esparsamente lepidotas. Flores sésseis a curto-pedicioladas; sépalas 0,8-
0,9 X 0,4-0,5 cm, ovais, ápice agudo; pétalas alaranjadas, 1,2 X 0,6 cm, elípticas, cuculadas;
filetes unidos entre si e com as pétalas; estigmas subsésseis. Frutos 1,5 cm compr., ovóides.
Material examinado: BRASIL. PARANÁ: Jaguaraíva, Lajeado 5 Reis, 15-
X-1966, J.Lindeman & H. Haas 3048 (MBM); Sengés, Morro Pelado, 06-X-1971, G.
Hatschbach 27105 (MBM).
Distribuição geográfica: campos secos do Paraná (SMITH; DOWNS, 1974).
Para o Paraná há registros de material herborizado para Ponta Grossa e Colombo, depositados
no herbário MBM.
7.2. Dyckia dusenii L. B. Smith, Contr. Gray Herb. 98: 6, pl. 2. 1932.
7.3. Dyckia encholirioides (Gaudich.) Mez in C. DC., Monogr. Phan. 9: 507. 1896.
7.5. Dyckia lutziana L.B. Sm., Arq. Bot. S. Paulo II. 1: 107, pl. 107. 1943.
7.6. Dyckia minarum Mez in Mart., Eichler & Urb., Fl. bras. 3 (3): 483. 1894.
7.7. Dyckia pseudococcinea L. B. Sm., Arq. Bot. S. Paulo II. 1: 108, pl. 109, 1943.
do Paraná foi encontrada em campos rupestres do Parque Estadual de Vila Velha, Ponta
Grossa (TARDIVO; CERVI, 2001). Coletada com flores em março e junho.
8.1. Pitcairnia flammea Lindl., Bot. Reg. 13: pl. 1092. 1827.
9. Tillandsia L.
1. Plantas pendentes nos ramos das árvores, inflorescência uniflora com escapo inconspícuo
até 1 cm9.11. Tillandsia usneoides
1’. Plantas eretas nos ramos das árvores, inflorescência geralmente com mais de 2 flores com
escapo conspícuo acima de 2 cm .......................................................................................... 2
2. Inflorescência simples ........................................................................................................... 3
2’. Inflorescência composta ....................................................................................................... 9
3. Folhas dísticas; inflorescência 1-2 flora .......................................... 9.6. Tillandsia recurvata
3’. Folhas polísticas; inflorescência multiflora.......................................................................... 4
4 .Folhas com menos de 5 cm de compr .................................................................................. 5
4’ .Folhas com mais de 6 cm de compr. .................................................................................... 6
5. Folhas rosuladas em caule inconspícuo, raque geniculada ................ 9.3. Tillandsia loliacea
5’ .Folhas dispostas ao longo do caule conspícuo, raque levemente angulada ............................
.................................................................................................... 9.10. Tillandsia tricholepis
6. Caule geralmente bem desenvolvido; sépala anterior livre e as 2 posteriores conatas até a
metade ...............................................................................................9.9. Tillandsia tenuifolia
6’. Caule curto, inconspícuo; sépalas brevemente conatas ou livres ........................................ 7
7. Inflorescência linear, aberta; filetes não plicados ...................... 9.7. Tillandsia streptocarpa
7’ .Inflorescência globosa, subglobosa, cilíndrica ou piramidal, densa; filetes levemente a
fortemente plicados ............................................................................................................... 8
44
9.1. Tillandsia didisticha (E. Morren) Baker, Jour. Bot. London 26: 16. 1888.
litorânea da Ilha do Mel (KERSTEN; SILVA, 2002). Coletada com flores em maio, setembro
e outubro e frutos em abril e dezembro.
Espécie de difícil identificação em estado vegetativo e muitas vezes
confundida com T. gardneri Lindley da qual pelo formato da inflorescência.
9.3. Tillandsia loliacea Mart. ex Schult. & Schult. f. in Roem. & Schult., Syst. 7(2): 1204.
1830.
9.4. Tillandsia pohliana Mez in Mart., Eichler & Urb., Fl. bras. 3(3): 597. 1894.
9.5. Tillandsia polystachia (L.) L., Sp. Pl. ed. 2. 410. 1762
9.6. Tillandsia recurvata (L.) L., Sp. pl., ed. 2: 410. 1762.
subsésseis; sépalas livres, 4-7 mm compr., lanceoladas, ápice agudo, glabras; pétalas azul-
claras ou brancas, 7-9 mm compr., estreitas, liguladas, ápice obtuso; estames livres, inclusos,
atingindo ca. de 1/3 do comprimento das pétalas, filetes retos, anteras dorsifixas; ovário
elipsóide, estilete espesso, mais curto que o ovário. Cápsulas, 2-3 cm compr., levemente
cilíndrica, abrupta e curtamente contorta.
Material examinado: BRASIL. PARANÁ: Bandeirantes; Campus da
FFALM, 11-VI-1966, M.V.F. Tomé 845 (MBM); Ibiporã, sítio do Salto, 30-III-1987, C.G.
Perri s.n. (FUEL4525); 19-XI-1986, C.G. Perri s.n. (FUEL3615); Pq. Estadual de Ibiporã, 15-
X-2007, J.L.A. Souza et al. 3 (UNIFIL); Jaguaraíva, Pq. Estadual do Cerrado, 12-XI-2001,
Von Linsingen 62 (MBM); Londrina, Campus UEL, 06-XII-1992, V.C. Mello et al. s.n.
(FUEL29513); 17-XI-1992, L.A. Pires, P.D. Cunha s.n. (FUEL10188,10189); Campus UEL-
CCB, 16-VI-1990, M.F. Gouvêa s.n. (FUEL8539); Fazenda Santa Ana, 12-IV-1985, A.O.S.
Vieira et al. s.n. (FUEL603); Reserva do Apucaraninha, S 23o.45’018’’ W 050o.54’03.7’’, 26-
IX-2006, D.A. Estevan et al. 1820 (FUEL); vale do Córrego Água Fresca, 12-IV-2002, H.F.
Amaral s.n. (UNIFIL193); Sengés, Fazenda Morungava, 24o.06’47.7’’ S e 049o.24’07.07’’ W,
17-VII-2009, D.A. Estevan et al. 1865 (FUEL); Telêmaco Borba, rio das Antas, 28-IX-2008,
Urber Filho et al. 264 (UPCB, H-Klabin); Klabin, 30-X-2009, D.A. Estevan et al. 1859
(FUEL).
Distribuição geográfica: ampla distribuição pelo continente americano.
Encontrada sobre fios de alta tensão (WANDERLEY; MARTINS, 2007). No estado do
Paraná foi encontrada também em Floresta Ombrófila Mista nos municípios de Araucária
(PR) (KERSTEN; SILVA, 2002), Fazenda Rio Grande (GAIOTTO; ACRA, 2005), no Pq.
Estadual de Vila Velha, Ponta Grossa (TARDIVO; CERVI, 2001), região do alto Tibagi nos
municípios de Ponta Grossa e Palmeira (BONNET et al., no prelo), municípios da Bacia do
Alto Iguaçu (KERSTEN; KUNIYOSHI, 2009), e em planícies de inundação do rio Iguaçu
(BONNET et al, no prelo), e em Floresta Estacional Semidecidual em Maringá (DETTKE;
ORFRINI; MILANEZE-GUTIERRE, 2008).
Espécie muitas vezes confundida com T. mallemontii Glaziou ex Mez, da
qual se diferencia apenas pela cor da flor.
hospedeira; bainha distinta, ovóide, densamente lepidota; lâminas 15-45 X 0,5-1,5 cm, linear-
triangulares, involuta-subuladas, ápice longo-atenuado, densamente cinéreo-lepidotas. Escapo
20-45 cm compr., ultrapassando as folhas; brácteas 2-5 X 0,8 cm, lanceoladas, ápice aristado,
conduplicadas, imbricadas, as basais foliáceas, densamente lepidotas. Inflorescência simples
ou composta, linear, aberta, 5-20 cm compr., espigas 2-10, 3-14 flores, dísticas, ramos
complanados. Brácteas florais verde-acizentadas, 1,5-2 X 0,5-0,6 cm, mais curtas ou mais
compridas que as sépalas, lanceoladas, ápice agudo, densamente lepidotas. Flores dísticas;
sépalas livres, coriáceas, 1,8-2 X 0,5-0,6 cm, oblongas, ápice agudo, imbricadas, glabras;
pétalas azuis a roxas, 2,5-3 cm compr., espatuladas, ápice obtuso, contortas; estames livres,
inclusos, filetes ca. 5mm compr., anteras dorsifixas, ca. 1 mm compr., lineares; ovário
cilíndrico, 5 mm compr., estilete engrossado mais curto que o ovário, 2 mm compr. Cápsulas
amarronzadas, 4-5 cm compr.; sementes 0,5 cm compr. de núcleo seminífero e coma apical de
3 cm.
Material examinado: BRASIL. PARANÁ: Arapoti, Fazenda Cachoeira
estrada ponte velha, 24o.10’17.9’’ S 049º.53’50.6’’ W, 23-VI-2009, fl., D.A. Estevan et
al.1795 (FUEL); Leópolis, Rio Tangará, 29-V-2007, D.A. Estevan et al. 1804 (FUEL); São
Jerônimo da Serra, Salto Nogueira, 24-VIII-2007, D.A. Estevan et al. 1763 (FUEL); 12-XII-
2006, D.A. Estevan et al. 1803 (FUEL); 08-XI-2002, K.L.V.R. et al. 556 (FUEL); 24-IV-
2007, D.A. Estevan et al. 1806 (FUEL); Sapopema, Salto das Orquídeas, 23º.55.06’ S
050º.36.36’ W, 19-IX-1998, C. Medri, V.F. Kinupp & E.M. Francisco 698 (FUEL);
Tamarana, Fazenda Barão do Rio Branco, 22-VII-2008., D.A. Estevan et al. 1802 (FUEL);
22-VII-2008, D.A. Estevan et al. 1805 (FUEL).
Distribuição geográfica: ampla distribuição ocorrendo no Brasil, Peru e
Bolívia (WANDERLEY; MARTINS, 2007). No estado do Paraná foi encontrada em Floresta
Ombrófila Mista e campos rupestres do Parque Estadual de Vila Velha, Ponta Grossa
(TARDIVO; CERVI, 2001). Coletada com flores em abril, maio, julho, agosto e novembro e
frutos em maio, julho, setembro e dezembro.
das Orquídeas, 02-VIII-1997, C.Medri, V.F. Kinupp & E.M. Francisco 298 (FUEL); Bairro
do Lambari, 21-VIII-2009, fl., D.A. Estevan et al. 1828 (FUEL); Santo Antonio do Paraíso,
29-V-2007, D.A. Estevan et al. 1830 (FUEL); Sertanópolis, Faz. Ferraz, 18-X-1989, M.L.
Favarão et al. s.n. (FUEL8066); Tamarana, Recanto do Pinhão, 05-IV-2008, D.A. Estevan et
al. 1833 (FUEL); Sítio Casa das Pedras, 15-X-1986, A.O.S. Vieira et al. 129 (FUEL);
Telêmaco Borba, Bota Fora II, 29-IX-2008, Urber Filho et al. 268 (UPCB, H-Klabin); Klabin,
30-X-2009, D.A. Estevan et al. 1856 e 1857 (FUEL).
Distribuição geográfica: em todos estados litorâneos, além do Centro-Oeste
(WANDERLEY; MARTINS, 2007). No estado do Paraná foi encontrada também em Floresta
Ombrófila Mista nos municípios de Araucária (KERSTEN; SILVA, 2002), Curitiba
(BORGO; SILVA, 2003; HEFLER; FAUSTIONI, 2004), Fazenda Rio Grande (GAIOTTO;
ACRA, 2005), no Pq. Estadual de Vila Velha, Ponta Grossa (TARDIVO; CERVI, 2001),
região do alto Tibagi nos municípios de Ponta Grossa e Palmeira (BONNET et al., no prelo),
municípios da Bacia do Alto Iguaçu (KERSTEN; KUNIYOSHI, 2009), e em planícies de
inundação do rio Iguaçu (BONNET et al, no prelo), e em Floresta Estacional Semidecidual no
centro oeste do estado (BORGO; SILVA; PETEAN, 2002) e no Pq. Nacional do Iguaçu
(BONNET et al, no prelo; CERVI; BORGO, 2007), e em planície litorânea da Ilha do Mel
(KERSTEN; SILVA, 2002). Coletada com flores em agosto, setembro, outubro e dezembro e
frutos em março, abril, setembro, outubro e dezembro.
A espécie apresentou grande variação morfológica, principalmente pela
disposição das folhas e presença ou não de caule evidente, o que também já foi constatado por
Wanderley e Martins (2007).
9.10. Tillandsia tricholepis Baker, Jour. Bot. London 16: 237. 1878.
9.11. Tillandsia usneoides (L.) L., Sp. pl., ed. 2. 411. 1762.
compr., oblongas, ápice agudo; estames livres, inclusos, filetes filiformes, 3 mm compr.,
anteras basifixas a dorsifixa, 2 mm compr., lineares, ápice agudo; ovário 1 mm compr.,
elipsóide, estilete grosso, 2 mm compr.
Material examinado: BRASIL. PARANÁ: Jaguaraíva, Fazenda Samambaia,
13-XI-1974, G. Hatschbach 35464 (MBM); Chapada Santo Antônio, 20-XI-1980, L. Th.
Dombrowski 12257 (MBM); rio das Mortes, 23-XI-1990, A.C. Cervi 3262 (MBM); São
Jerônimo da Serra, Salto Nogueira, 24-VIII-2007, D.A. Estevan et al. 1801 (FUEL);
Telêmaco Borba, Estrada para ilha Surubim, fl., J.A. Pimenta et al. s.n. (FUEL 7645);
Ventania: sítio do Pinheiro, 16-IX-2005, D.A. Estevan et al. 865 (FUEL).
Distribuição geográfica: maior distribuição dentro da família desde a Florida
à o sul da América do Sul, em mata atlântica de encosta e de planalto e restinga
(WANDERLEY; MARTINS, 2007). No estado do Paraná foi encontrada também em Floresta
Ombrófila Mista nos municípios de Araucária (KERSTEN; SILVA, 2002), Curitiba
(BORGO; SILVA, 2003; HEFLER; FAUSTIONI, 2004), Fazenda Rio Grande (GAIOTTO;
ACRA, 2005), no Pq. Estadual de Vila Velha, Ponta Grossa (TARDIVO; CERVI, 2001),
região do alto Tibagi nos municípios de Ponta Grossa e Palmeira (BONNET et al., no prelo),
municípios da Bacia do Alto Iguaçu (KERSTEN; KUNIYOSHI, 2009), e em planícies de
inundação do rio Iguaçu (BONNET et al, no prelo), e em Floresta Estacional Semidecidual no
centro oeste do estado (BORGO; SILVA; PETEAN, 2002).
A população forma extensas “cortinas” pendentes das árvores o que facilita
a identificação da espécie, dificilmente coletada com flores e frutos.
10.1. Vriesea flava A.F. Costa, H. Luther & Wand., Novon 14(1): 36-39. 2004.
10.2. Vriesea friburgensis Mez in Mart., Eichler & Urb., Fl. bras. 3(3): 537. 1894.
al, no prelo), e em planície litorânea da Ilha do Mel (KERSTEN; SILVA, 2002). Coletada
com flores abril e setembro e frutos em agosto e dezembro.
Há relato da grande variabilidade morfológica da espécie, no que diz
respeito ao número de flores, posição e comprimento dos ramos, presença de carena e
dimensão de brácteas florais e sépalas, com a divisão em variedades que apresentam algumas
sobreposições e discordâncias nas características diagnósticas (WANDERLEY; MARTINS,
2007), entretanto, essas características não foram observadas nos espécimes coletados na área
de estudo.
10.3. Vriesea platynema Gaudich., Voy. Bonite, Bot., est. 66. 1843.
Dyckia pseudococcinea SE BC e BI
Dyckia tuberosa SE BT e BI
Pitcairnia flammea SE BI
Tillandsia didisticha FES BC
Tillandsia geminiflora FES e FOM BT
Tillandsia loliacea FES BT
Tillandsia pohliana FES e FOM BT e BC
Tillandsia polystachia FES e FOM BT
Tillandsia recurvata FES e FOM BT, BC e BI
Tillandsia streptocarpa FES e FOM BT e BC
Tillandsia stricta FES e FOM BT, BC e BI
Tillandsia tenuifolia FES e FOM BT e BI
Tillandsia tricholepis FES e FOM BT e BC
Tillandsia usneoides FES e FOM BT e BC
Vriesea flava FES e FOM BT
Vriesea friburgensis FES e FOM BT e BC
Vriesea platynema FES BT
3.5 CONCLUSÕES
3.6 REFERÊNCIAS
LUTHER, H. E. An alphabetical list of bromeliad binomials. 10. ed. Sarasota: The Marie
Selby Botanical Gardens, 2006.
MARTINELLI, G.; VIEIRA, C. M.; GONZALES, M.; LEITMAN, P.; PIRATININGA, A.;
COSTA, A. F.; FORZZA, R. C. Bromeliaceae da Mata Atlântica Brasileira: lista de espécies,
distribuição e conservação. Rodriguésia, v. 59, n. 1, p. 209-258, 2008.
SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das
famílias de Angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. Nova Odessa: Instituto
Plantarum, 2005.
TARDIVO, R. C.; CERVI, A. C. Bromeliads of the State Park of Vila Velha, Ponta Grossa,
Paraná, Bazil. Selbyana, v. 22, p. 68-74, 2001.
63
REFERÊNCIAS
APG III. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and
families of flowering plants. Botanical Journal of the Linnean Society, p. 1-17, 2009.
LUTHER, H. E. An alphabetical list of bromeliad binomials. 10. ed. Sarasota: The Marie
Selby Botanical Gardens, 2006.
SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das
famílias de Angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. Nova Odessa: Instituto
Plantarum, 2005.
TARDIVO, R. C.; CERVI, A.C. Bromeliads of the State Park of Vila Velha, Ponta Grossa,
Paraná, Bazil. Selbyana, v. 22, p. 68-74, 2001.