Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
7
Foto: Cristiano Fão.
experiências.
http://paradorhampel.com/
9
10
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
ÍNDICE
1. Introdução 15
2. Os cogumelos 19
3. Comestibilidade 24
4. Hábitos de vida 29
5. Morfologia 31
6. Guia para identificação de
cogumelos comestíveis no Brasil 39
7. Coleta e identificação 167
8. Dicas de preservação e
acondicionamento 172
9. Receitas 177
10. Índice remissivo 193
11. Bibliografia 195
Primavera Fungi:
∙∙ Primavera Cogumelos comestíveis
Fungi: Cogumelos no Brasil
comestíveis no Brasil
11
11
AGRADECIMENTOS
Este guia foi construído com auxílio de
muita gente. Das pesquisas de campo ao
laboratório, discussões e estudos, cada
passo contou com ajuda de outros pes
quisadores, amigos e incentivadores
“micoloucos”. Embora tenham sido
muitas as pessoas envolvidas neste pro
cesso, menciono especialmente Rage
Maluf, Jair Putzke, Alejandro Sequeira,
Larissa Trierveiler Pereira, Marcelo
Sulzbacher, Gustavo Reich, Tati Feldens,
Marcos Livi, Natália Pietra, Marcos
Abrahão, Marcelo Guidoux Kalil, Casa
dos Cogumelos, Micélio Br, Amuscaria
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
Lentinus sp.
INTRODUÇÃO
Embora guardem um potencial gastro
nômico fantástico, os cogumelos silves
tres ainda são um tabu no Brasil. A
maioria da população tem percepções
restritivas e micofóbicas, resultado da
falta de conhecimento e inclusão de
fungos na cultura alimentar. Esta obra é
fruto do Projeto Primavera Fungi, que
visa desmistificar e divulgar a funga.
Reunimos aqui algumas das espécies de
cogumelos comestíveis mais comuns e
conhecidas do Brasil.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
18
Agaricus sp.
19
Brasil
19
∙∙ Primavera
Primavera Fungi:
Fungi: Cogumelos
Cogumelos comestíveis
comestíveis no
no Brasil
20
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
Macrocybe praegrandis
OS COGUMELOS
Os cogumelos são organismos do rei
no Fungi cujas estruturas reprodutivas
têm um formato que lembra um
“guardachuva”. Embora existam mui
tas outras formas de fungos na nature
za (como as orelhas de pau e as bolas
de fumaça), este guia abrange somen
te as espécies com forma de cogume
los. Estimase que existam mais de
22.000 espécies de cogumelos conhe
cidas no mundo. Destas, cerca de
2.000 são consideradas comestíveis.
No Brasil já foram registradas mais de
1600 espécies de cogumelos e estima
se que existam ao menos 200 espécies
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
comestíveis.
24
Foto: Deniz Zabin
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
2525
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
COMESTIBILIDADE
O potencial de comestibilidade de uma
espécie de cogumelo não pode ser ava
liado por padrões comuns de aparên
cia, cheiro, sabor ou substrato de
ocorrência. O consumo de cogumelos
por animais também não é um indica
tivo de que determinada espécie possa
ser consumida por humanos, já que o
sistema digestivo dos humanos é dife
rente da maioria das espécies animais.
Nem mesmo análises químicas são
simples de se fazer para determinar a
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
no Brasil
comestíveis no
Cogumelos comestíveis
Fungi: Cogumelos Brasil
27
27
mo fervura ou desidratação para eli
minação de toxinas. Neste guia são
usados dois tipos de símbolos indi
cando comestibilidade:
28
JAMAIS CONSUMA UM
COGUMELO SEM ABSOLUTA
CERTEZA DA IDENTIFICAÇÃO E
COMESTIBILIDADE.
Primavera Fungi:
∙∙ Primavera Cogumelos comestíveis
Fungi: Cogumelos no Brasil
comestíveis no Brasil
Macrolepiota sp.
29
29
REGRAS PARA IDENTIFICAÇÃO
DE COGUMELOS COMESTÍ‐
VEIS:
Não existem dicas generalistas para de
terminar a comestibilidade de um cogu
melo. “Dicas” populares se referindo a
cor, substrato, presença ou ausência de
anel, entre outros detalhes que indicari
am comestibilidade são arriscadas e
equivocadas. Não considere nenhuma
delas verdadeira.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
30
HÁBITOS DE VIDA
Além das características morfológicas,
os hábitos de vida serão uma referên
cia importante para diferenciação de
espécies. Tanto o habitat (substrato)
em que o fungo irá se desenvolver
quanto a sazonalidade são observa
ções importantes que ajudarão a reco
nhecer espécies, épocas e locais de
ocorrência.
HÁBITAT
31
Micorrízicos: Espécies associadas a
raízes de plantas.
ÉPOCA DE REPRODUÇÃO
32
MORFOLOGIA
A morfologia da estrutura reprodutiva
dos fungos é muito importante para
diferenciação de espécies. A observa
ção de detalhes microscópicos, assim
como formatos e medidas de partes
como o píleo e estipe, presença de
adereços, como anel ou escamas, tipo
de himenóforo, inserção das lamelas e
cor dos esporos será muito importan
te para identificação das espécies.
Mesmo assim, em muitos casos será
necessário recorrer a análises micros
cópicas ou moleculares para segura
determinação das espécies.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
33
Tipos de píleo:
Convexo Campanulado
Umbonado Depresso
Cônico Globoso
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
Infundibuliforme Aplanado
34
Tipos de estipe:
Inserção
Central Lateral
Excêntrico Dorsal
Forma
Lamelas Lamelas
inteiras dimidiadas
Poros Labirintiforme
Dentes
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
36
Livres
Anexas
Colariadas
Tipos de lamelas:
Adnatas
Decurrentes
Emarginadas
37
Brasil
37
∙∙ Primavera
Primavera Fungi:
Fungi: Cogumelos
Cogumelos comestíveis
comestíveis no
no Brasil
38
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
placa de Petri.
Esporada de Agaricus sp. em
39
Brasil
39
∙∙ Primavera
Primavera Fungi:
Fungi: Cogumelos
Cogumelos comestíveis
comestíveis no
no Brasil
40
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
Lepista sp.
GUIA PARA IDENTIFICAÇÃO
DE COGUMELOS
COMESTÍVEIS NO BRASIL
A seção a seguir reúne algumas das
espécies de cogumelos mais conheci
das e comuns encontradas no Brasil.
Muitas delas serão restritas a deter
minados biomas, mas de forma geral
e, especialmente, em relação às es
pécies de cogumelos da mata atlânti
ca, a maioria das espécies aqui
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
41
42
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
espécie tóxica.
Amanita muscaria,
ATENÇÃO!
A maioria das espécies apresentadas neste
guia precisará ser analisada em microscó
pio com auxílio de literatura específica
para segura determinação. Na dúvida,
consulte especialistas e jamais consuma
um fungo sem certeza na identificação.
Espécies tóxicas podem causar graves in
toxicações e levar à morte.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
43
44
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
CHAVE DICOTÔMICA PARA
SEÇÕES DESTE GUIA:
1. Campestres: Espécies encontradas em campos
abertos ou gramados, sobre esterco ou não.
Eventualmente em bordas de ma‐
ta...............................................................p. 44
1.1. Esporada marrom chocolate, castanha,
cinza ou preta..................................p. 46
1.2 Esporada branca, creme, rosa ou hiali‐
na.....................................................p. 58
cinza ou preta....................................p. 88
3.2 Esporada branca, creme, rosa ou hiali‐
na.......................................................p. 94
comestíveis no
Cogumelos comestíveis
45
45
Agaricus sp.
Cogumelos
nos campos
47
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
AGARICUS BISPORUS – AGARICACEAE
Champignon silvestre, Cogumelo‐de‐Paris
Cogumelos de píleo inicialmente glo
boso, depois de convexo a aplanado,
superfície lisa, com fibras ou escamas
delicadas, de cor branca a castanho
claro. Lamelas livres e apertadas entre
si, de cor creme a rosa, chegando a
marrom chocolate na maturidade. Es
tipe cilíndrico, engrossando para base,
rosado sob o anel, membranoso e ín
fero. Cerca de 5 a 10 cm de diâmetro,
encontrados isolados ou em grupos
em campos férteis. Esporos elipsoides
marrom chocolate.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
1‐2 cm 3‐10 cm
3‐8 cm 1‐2,5 cm
49
AGARICUS CF. CAMPESTRIS – AGARICACEAE
Rosa do campo, Champignon do campo
Cogumelos de píleo convexo a aplana
do, superfície com fibras ou escamas
delicadas, de cor creme sob fundo
branco e margem com restos do véu.
Lamelas livres e apertadas entre si, de
cor rosada quando jovem e chegando a
marrom chocolate na maturação. Esti
pe cilíndrico ou afinando para base e
com anel membranoso e súpero. Cerca
de 10 cm de diâmetro, encontrados em
campos férteis, odor de anis. Esporos
elipsoides marrom chocolate.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
1‐2,5 cm 4‐10 cm
4‐8 cm 2‐3 cm
51
AGARICUS PAMPEANUS – AGARICACEAE
Champignon do campo, Cogumelo pampeano
Cogumelos de píleo convexo a aplanado,
superfície com fibras ou escamas delica
das, de cor creme sobre fundo branco e
margem com restos do véu. Lamelas li
vres e apertadas entre si, de cor rosada
quando jovem e chegando a marrom
chocolate na maturação. Estipe cilíndri
co ou afinando para base e com anel
membranoso e súpero. Cerca de 10 cm
de diâmetro, encontrados em campos
férteis. Odor menos pronunciado que A.
campestris. Esporos elipsoides marrom
chocolate.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
2 cm 4‐10 cm
4‐8 cm 2‐3 cm
53
COPRINOPSIS CINEREA – PSATHYRELLACEAE
Branca de neve
Cogumelos frágeis, píleo inicialmente
cônico e depois campanulado, de cor
branca acinzentada, escamas brancas
na superfície estriada. Estipe cilíndri
co e sem anel. Lamelas livres, inicial
mente acinzentadas e de cor escura,
como seus esporos na maturação,
quando as margens do píleo se rom
pem e tornamse deliquescentes, re
volutas ou involutas. Cerca de 10 cm
de altura e 4 cm de diâmetro. Cresce
sobre esterco.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
1,5‐3 mm 2‐4 cm
5‐10 cm 5 mm
55
COPRINUS COMATUS – AGARICACEAE
Cogumelo tinteiro, Barbuda
Cogumelos com píleo globosoalonga
do e depois convexo a aplanado com
bordas revolutas. Cor branca na juven
tude, acinzentada com escamas fibro
sas brancas na superfície e bordas
negras revolutas na maturação. Lame
las livres, brancas e depois de cor ne
gra como os esporos. Himênio
deliquescente na maturação, desman
chando completamente o chapéu. Esti
pe cilíndrico, anel frágil e móvel. Cerca
de 15 cm de altura e 5 cm de diâmetro,
crescendo nos campos.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
1 cm 3‐10 cm
1 cm
5‐10 cm
2 cm
57
PANAEOLUS ANTILLARUM – BOLBITIACEAE
Paneolus
Cogumelos de píleo globoso a campa
nulado com aréolas irregulares cor cre
me sobre fundo branco acinzentado.
Lamelas adnatas de coloração acinzen
tada e esporos negros. Estipe cilíndrico
e estriado, na mesma cor do chapéu.
Cerca de 10 cm de altura e 4 cm de diâ
metro, crescendo sobre esterco.
5‐10 mm 4‐6 cm
5‐8 cm 5‐8 mm
59
MACROLEPIOTA KERANDI – AGARICACEAE
Chapéu de cobra, Frade
Cogumelo com píleo campanulado a
aplanado, cor branca com escamas
marrons e superfície fibrilosa. O con
texto é esponjoso e branco, como as
lamelas, que são próximas e livres.
Esporada branca. Estipe cilíndrico,
reto ou retorcido, liso e sem bulbo,
presença de anel duplo e súpero. Che
ga a cerca de 10 cm de altura e diâme
tro e cresce em campos. Pode ser
facilmente confundido com Chlo
rophyllum molybdites, que tem espo
ros verdes quando maduros.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
1‐2 cm 5‐8 cm
5‐10 cm 8‐10 mm
61
MACROLEPIOTA MASTOIDEA – AGARICACEAE
Chapéu de cobra, Frade
Cogumelo com píleo globoso, depois
umbonado a aplanado, mantendo
umbo característico, cor creme com
escamas marrons e margem fibrilosa
a apendiculada. O contexto é esponjo
so e branco, as lamelas são próximas e
livres. Esporada branca. Estipe cilín
drico e longo, por vezes com pequenas
escamas pardas, com base alargada e
presença de anel ínfero. Com cerca de
15 cm de altura e 10 cm de diâmetro,
cresce em campos.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
1‐1,5 cm 5‐10 cm
8‐10 mm
5‐15 cm
2‐3 cm
63
MACROLEPIOTA PROCERA – AGARICACEAE
Chapéu de cobra, Frade
Cogumelo com píleo ovoide, depois
convexo a aplanado com umbo obtu
so, cor branca a creme com escamas
marrons e margem fibrilosa. O con
texto é esponjoso e branco, como as
lamelas, que são próximas e livres.
Esporada branca. Estipe cilíndrico e
longo, oco e fibroso, coberto por deli
cadas escamas pardas, com bulbo ba
sal, presença de anel grosso e móvel.
Com cerca de 15 cm de altura e 10 cm
de diâmetro, cresce em campos.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
1,5‐2 cm 8‐25 cm
1‐2 cm
10‐30 cm
2‐4 cm
65
LEPISTA SORDIDA – TRICHOLOMATACEAE
Lepista do campo
Cogumelos de píleo convexo a
aplanado, de margem inicialmente
involuta até ondulada na maturidade,
liso, de cor rosada no centro a azul vi
olácea nas margens. Lamelas emargi
nadas da mesma cor do chapéu.
Esporada rosada. Estipe cilíndrico, es
triado e sem anel. Cerca de 5 cm de al
tura e 4 cm de diâmetro, crescendo no
campo.
5 mm 3‐6 cm
3‐6 cm 5‐10 mm
67
MACROCYBE PRAEGRANDIS – CALLISTOSPORIACEAE
Cogumelo titã
Cogumelos de píleo convexo, chegan
do a aplanado, bordas involutas, su
perfície lisa de cor creme acinzentado
ou acastanhado. Lamelas livres, próxi
mas entre si, cor creme. Estipe cilín
drico, grosso, coberto por escamas
evidentes de cor branca a castanha.
Anel ausente. Esporos hialinos. Cerca
de 30 cm de altura e diâmetro, cresce
em gramados e bordas de mata. Pode
chegar a quase 100 cm de diâmetro.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
2‐3 cm 15‐40 cm
15‐30 cm 3‐10 cm
69
70
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
Agaricus bisporus
Cogumelos
na serrapilheira
71
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
AGARICUS MEIJERI – AGARICACEAE
Agárico da mata
Cogumelos de píleo convexo a aplana
do, superfície com com fibras ou
escamas delicadas, de cor marrom so
bre fundo branco. Lamelas livres e
apertadas entre si, de cor creme quan
do jovem e chegando a marrom cho
colate, cor dos esporos. Estipe
cilíndrico, levemente bulboso, floculo
so abaixo do anel e liso acima. Anel
membranoso, liso na superfície e flo
culoso na parte inferior. Cerca de 8
cm de altura e diâmetro. Encontrado
nas bordas ou interior de mata.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
2 cm 6‐10 cm
6‐8 cm 1‐2 cm
73
AGARICUS SYLVATICUS – AGARICACEAE
Agárico da mata
Cogumelos de píleo convexo a aplana
do, superfície com escamas, de cor
marrom sobre fundo branco. Lamelas
livres e apertadas entre si, de cor clara
quando jovem e chegando a marrom
chocolate, cor dos esporos. Preserva
uma definida linha branca em toda
extremidade do chapéu. Estipe cilín
drico com pequeno bulbo e presença
de anel membranoso. Cerca de 10 cm
de altura e diâmetro. Encontrado nas
bordas ou interior de mata.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
2 cm 6‐10 cm
1‐2 cm
6‐8 cm
2‐3 cm
75
PHLEBOPUS BENIENSIS – BOLETINELLACEAE
Falso porcini
Cogumelos de píleo convexo, super
fície lisa, cor castanho escuro e aspec
to aveludado. Himenóforo adnexo ao
estipe, com 2 a 3 poros por mm, ama
relo oliváceo, acastanhado. Estipe ci
líndrico, alargando muito para a base,
cor amarelo acastanhado. Carne ama
relada, às vezes azulando quando ex
posta. Esporada castanha. Cerca de 10
cm de altura e diâmetro. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
1‐2 cm 3‐6 cm
3‐6 cm 5‐10 mm
77
STROPHARIA RUGOSOANNULATA –STROPHARIACEAE
Strofaria rei
Cogumelo de píleo convexo a aplana
do, com superfície em tons marrom
avermelhados. As lamelas são adna
tas, acinzentadas e a esporada roxa. O
estipe é cilíndrico, engrossando leve
mente na base e com presença de anel
enrugado muito típico. Cerca de 15 cm
de altura e 10 cm de diâmetro, cres
cendo dentro e na borda das matas.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
1‐1,5 cm 6‐12 cm
5‐10 mm
5‐15 cm
1‐2 cm
79
HYGROCYBE ARNOLDSII – HYGROPHORACEAE
Higrocibe
Cogumelos de coloração chamativa ver
melha, laranja e branca, píleo de super
fície estriada, campanulado a aplanado.
Lamelas adnatas, brancas como a espo
rada. Estipe sem anel, fibroso, cilíndri
co e oco. Cerca de 10 cm de altura e 5
cm de diâmetro, ocorrem no solo, em
campos ou matas.
5 mm 3‐6 cm
5‐10 cm 5‐10 mm
81
MACROLEPIOTA COLOMBIANA – AGARICACEAE
Cogumelão da mata
Grande cogumelo com píleo umbona
do, de cor marrom claro no centro pas
sando para creme nas bordas,
superfície fibrosa a escamosa. Contex
to esponjoso e branco, como a espora
da. Lamelas livres. Estipe cilíndrico,
fibroso e longo, com presença de anel
grosso e móvel e base bulbosa. Chega a
mais de 30 cm de altura e 20 cm de di
âmetro e cresce no interior das matas.
1‐2 cm 10‐25 cm
15‐40 cm 1‐2 cm
83
LEPISTA NUDA – TRICHOLOMATACEAE
Lepista da mata
Cogumelos de píleo convexo a
aplanado, de margem inicialmente
involuta até ondulada na maturidade,
liso, de cor rosada a azul violácea, fre
quentemente irregular ou manchada
nas margens. Lamelas emarginadas
da mesma cor do chapéu. Esporada
rosada. Estipe cilíndrico, curto e sem
anel. Cerca de 5 cm de altura e 10 cm
de diâmetro, crescendo no interior e
bordas de mata.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
5‐10 mm 5‐10 cm
3‐5 cm 5‐10 mm
85
VOLVOPLUTEUS GLOIOCEPHALUS – PLUTEACEAE
Volvariela
Cogumelo de píleo cônico a convexo,
liso, de cor branca acinzentada. Lame
las livres, apertadas entre si e de cor
branca a rosada, esporada rosa a sal
mão. Estipe branco, sem anel e com
volva evidente na base, semelhante a
um ovo quebrado. Cerca de 10 cm de
altura e diâmetro. Cresce no solo em
locais antropizados.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
5‐10 mm 3‐8 cm
5‐10 mm
5‐10 cm
3 cm
87
Lentinus crinitus
Cogumelos
em madeira
89
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
COPRINELLUS DISSEMINATUS – PSATHYRELLACEAE
Coprino disseminado
Pequenos e frágeis cogumelos, de cor
branca, acinzentada ou creme, de su
perfície sulcada. Píleo globoso a cam
panulado, lamelas adnatas ficando de
cor negra (cor dos esporos) na matu
ração. Estipe fino e delicado, sem anel
visível. O píleo geralmente não passa
de 1 cm de diâmetro, cresce em gran
des grupos sobre madeira ou matéria
orgânica. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
1 mm 5‐10 mm
1‐3 cm 4 mm
91
CYCLOCYBE CYLINDRACEA – TUBARIACEAE
Cogumelo do álamo
Cogumelos de píleo globoso, depois
convexo a aplanado com margens on
duladas. Superfície lisa de cor bege
amarelada a acastanhada. Lamelas
adnatas e próximas entre si, de cor
creme, tornandose castanhas na ma
turação. Estipe creme a castanho, ci
líndrico, com anel grande,
membranoso e pendente. Esporos
castanhos. Cerca de 10 cm de altura e
diâmetro. Odor agradável e sabor que
lembra nozes.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
1,5‐1 cm 4‐10 cm
4‐12 cm 0,5‐1 cm
93
GYMNOPILUS JUNONIUS – STROPHARIACEAE
Cogumelo uruguaio
Cogumelos com píleo convexo a apla
nado, superfície com sedosas fibras de
cor ferrugem sob fundo amarelo. La
melas adnatas e próximas de cor ferru
gem como a esporada. Estípe cilíndrico
e fibroso com anel móvel. Pode chegar
a cerca de 20 cm de diâmetro. Cresce
em grupos sobre troncos ou plantas vi
vas de eucalipto. Sabor amargo.
1‐2 cm 10‐20 cm
5‐10 cm 1‐2 cm
95
ARMILLARIA PUIGGARII – PHYSALACRIACEAE
Cogumelo de mel
Cogumelos de píleo convexo formando
um círculo irregular, bordas involutas
persistentes. Superfície lisa ou com
minúsculas escâmulas, de cor amarelo
dourado a acastanhado. Lamelas bran
cas, às vezes rosadas, anexas a decur
rentes. Estipe cilíndrico, alargando
para base, branco, rosado acima do
anel e acinzentado próximo a base, às
vezes floculoso, com anel elegante e
distinto. Esporos brancos. Cerca de 5
cm de altura e diâmetro.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
0,5‐1 cm 2‐5 cm
2‐5 cm 0,5‐1 cm
97
FAVOLUS BRASILIENSIS – POLYPORACEAE
Favolus, Cogumelo de favos
Fungo com píleo petaloide a renifor
me, de superfície branca a creme, lisa
e com margens eventualmente irregu
lares. Himenófero com poros hexago
nais alongados, 1 a 2 por mm, de cor
branca como o píleo. Estipe lateral re
duzido, até 1 cm de comprimento, es
porada hialina. Contexto fibroso,
carnoso quando hidratado e rijo quan
do seco. Cerca de 8 cm de diâmetro. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
5‐10 mm 5‐10 cm
5‐10 mm 5 mm
99
OUDEMANSIELLA CUBENSIS – PHYSALACRIACEAE
Odemansiela
Cogumelos com píleo convexo a apla
nado, superfície lisa de cor branca a
castanho claro, tendendo ao transpa
rente em partes finas, coberto por es
camas móveis que se desprendem com
a chuva. Lamelas grossas, adnatas, es
tipe cilíndrico, às vezes bulboso, ambos
de cor branca como o contexto e espo
rada. Chega a cerca de 10 cm de diâ
metro e cresce sobre madeira caída ou
de pé dentro das matas.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
5‐10 mm 5‐10 cm
3‐5 cm 5 mm
101
PLEUROTUS DJAMOR – PLEUROTACEAE
Cogumelo salmão
Frutificações de cor variando entre
creme, branco acinzentado, salmão e
rosa, píleo convexo levemente afuni
lado junto ao estipe, de bordas involu
tas, lisas como a superfície, estipe de
excêntrico a lateral reduzido, lamelas
decurrentes e esporada rosa claro. Até
de 8 cm de diâmetro, encontrado so
bre madeira morta no interior das
matas. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
5‐10 mm 5‐10 cm
5‐15 mm 5‐10 mm
103
PLEUROTUS MAGNIFICUS – PLEUROTACEAE
Pleurotus magnífico
Cogumelos de píleo convexo, depres
so, quase infundibuliforme, margem
ondulada e borda involuta. Superfície
lisa, aveludada, de cor bege amarela
da. Restos do véu presentes na mar
gem do píleo. Lamelas decurrentes,
próximas entre si e na mesma cor do
píleo. Estipe cilíndrico, central a ex
cêntrico, aveludado, na mesma cor do
chapéu e tendendo a castanho na ba
se. Anel ausente. Esporada hialina.
Cerca de 5 cm de altura e diâmetro,
cresce sobre madeira.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
0,5‐1 cm 5‐15 cm
4‐10 cm 1‐2 cm
105
PLEUROTUS OSTREATUS – PLEUROTACEAE
Cogumelo ostra
Frutificações inteiramente de cor
branco a creme, píleo afunilado, de
bordas irregulares e lisas como a su
perfície. Estipe de excêntrico a lateral
reduzido, lamelas decurrentes e espo
rada branca. Pode chegar a 8 cm de
diâmetro, surgindo sobre madeira
morta no interior das matas.
5‐10 mm 4‐8 cm
5‐30 mm 5‐10 mm
107
PLEUROTUS PULMONARIUS – PLEUROTACEAE
Cogumelo ostra
Frutificações inteiramente de cor
branca, píleo convexo a aplanado, de
bordas lisas como a superfície, estipe
de excêntrico a lateral reduzido, lame
las decurrentes e esporada branca. Po
de chegar a 10 cm de diâmetro, cresce
sobre madeira morta no interior e bor
da das matas.
5‐10 mm 5‐10 cm
5‐10 mm 5‐10 mm
109
PLUTEUS CERVINUS – PLUTEACEAE
Cogumelo de veado
Cogumelos de píleo convexo, a ampla
mente convexo, superfície lisa, de cor
marrom, radialmente fibrilosa. Lame
las livres, próximas entre si e de cor
branca, ficando rosadas na matura
ção. Estipe cilíndrico, branco e ten
dendo a castanho na base. Anel e
volva ausentes. Esporada rosada a
marrom avermelhada. Cerca de 5 cm
de altura e diâmetro, cresce sobre ma
deira.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
5‐10 mm 3‐8 cm
4‐10 cm 5‐10 mm
111
VOLVARIELLA BOMBYCINA – PLUTEACEAE
Cogumelo‐de‐seda
Cogumelos de píleo inicialmente côni
co, depois campanulado e chegando a
aplanado na maturação. Superfície le
vemente pilosa e sedosa, de cor bran
ca tendendo a castanho claro.
Lamelas livres e próximas entre si,
inicialmente brancas e depois rosa
das, cor dos esporos. Estipe cilíndrico
e geralmente curvado, afinando para o
ápice, branco como o píleo e sem anel.
Presença de grande volva na base de
cor branca a castanho amarelado.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
2 cm 5‐12 cm
5‐15 cm 1‐2,5 cm
2 mm 4‐8 cm
3‐6 cm 6 mm
115
LENTINULA BORYANA – OMPHALOTACEAE
Shiitake do mato
Cogumelos com píleo convexo de colo
ração marrom claro com escamas
brancas. Lamelas livres, próximas en
tre si, de cor amarelo claro e com es
porada hialina. Estipe cilíndrico na cor
do chapéu e sem anel. Cerca de 5 cm
de diâmetro. Parente próximo do shii
take, cresce sobre madeira em decom
posição.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
5 mm 3‐5 cm
3‐5 cm 5 mm
117
LENTINULA EDODES – OMPHALOTACEAE
Shiitake
Cogumelos com píleo convexo de co
loração marrom claro com escamas
brancas. Lamelas livres e próximas
entre si, de cor branca, esporos hiali
nos. Estipe cilíndrico branco, com es
camas e sem anel. Cerca de 5 cm de
diâmetro. Cresce sobre madeira em
decomposição. Cogumelo cultivado,
pode crescer em áreas próximas a cul
tivos, raramente em florestas nativas. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
5 mm 5‐10 cm
4‐6 cm 5‐15 mm
119
LENTINULA RAPHANICA – OMPHALOTACEAE
Shiitake yanomamy
Cogumelos de píleo convexo a ampla
mente convexo, levemente depresso,
superfície glabra, às vezes enrugada,
de cor banca com centro tendendo a
castanho claro. Margem levemente in
voluta, as vezes com resto do véu. La
melas livres e próximas entresi,
lamelulas numerosas, da cor do píleo
ou levemente rosadas. Estipe central a
excêntrico, eventualmente retorcido,
levemente acastanhado. Anel ausente.
Esporos hialinos. Cresce sobre madei
ras duras.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
3 mm 3‐7 cm
3‐5 cm 3‐5 mm
3 mm 4‐6 cm
3‐5 cm 5 mm Lentinus
123
LENTINUS CILIATUS – POLYPORACEAE
Ânus peludo
Cogumelos de píleo aplanado, depres
so na inserção do estipe, superfície
bege com pequenas escamas pardas e
com borda ciliada. Lamelas decurren
tes, próximas entresi, por vezes anos
tomozadas, da cor do píleo. Estipe
central, cilíndrico, de cor castanha.
Anel ausente. Esporos hialinos. Cres
ce sobre madeira e chega a cerca de 5
cm de altura e diâmetro. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
3 mm 3‐7 cm
3‐5 cm 3‐5 mm
3 mm 4‐6 cm
3‐5 cm 5 mm
127
PANUS NEOSTRIGOSUS – PANACEAE
Peludinho
Fungos coriáceos flexíveis em forma de
funil crescendo em grupos sobre ma
deira morta. Cor amarelo a castanho
claro. Superfície do píleo fibrilosa, com
pelos muito curtos. Lamelas decurren
tes na cor do chapéu e contexto. Estipe
cilíndrico central ou excêntrico cor cas
tanho claro, geralmente muito curto.
Esporada hialina. Cerca de 4 cm de al
tura e diâmetro. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
3 mm 2‐6 cm
5‐30 mm 5‐10 mm
129
PANUS SIMILIS – PANACEAE
Troféu de caçador
Fungos em forma de funil com píleo
cor amarelo castanho, estriado radial
mente, aveludado, que fica liso com a
chuva. Borda de involuta a revoluta,
rompendo se na maturidade. Lamelas
decurrentes na cor do chapéu e con
texto. Estipe cilíndrico cor castanha
com pseudoesclerócio (madeira enri
jecida pelas hifas) na base. Esporada
hialina. Chega a 15 cm de altura e 10
cm diâmetro.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
1‐2 mm 4‐10 cm
5‐10 cm 5‐10 mm
131
PANUS VELUTINUS – PANACEAE
Funil de veludo
Fungos coriáceos, um tanto rígidos,
em forma de funil e crescendo sobre
madeira morta. Píleo de cor castanha
e superfície aveludada, que depois fica
lisa. Borda de involuta a revoluta,
rompendose na maturidade. Lamelas
decurrentes na cor do chapéu e con
texto. Estipe cilíndrico cor castanha
com pseudoesclerócio (madeira enri
jecida pelas hifas) na base. Esporada
hialina. Chega a 15 cm de altura e 10
cm de diâmetro.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
2 mm 4‐10 cm
5‐10 cm 5 mm
133
Lacaria laccata
Cogumelos micorrízicos
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
135
BOLETINELLUS ROMPELII – BOLETINELLACEAE
Boletinelus
Cogumelos com píleo convexo, super
fície de cor castanha viscosa e com pe
lícula. Himenóforo amarelo oliva
apresentando poros anostomosados.
Esporada castanho oliva. Estipe cilín
drico e grosso, de cor semelhante ao
píleo na base. Contexto amarelo. Cer
ca de 15 cm de altura e 5 cm de diâ
metro. Geralmente aparece junto a
Allophylus edulis. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
1‐2,5 cm 5‐10 cm
5‐10 cm 1,5‐2,5 cm
137
BOLETUS EDULIS – BOLETACEAE
Porcini
Cogumelos grandes e vistosos de píleo
globoso, convexo a aplanado, coberto
por película de cor castanha de tons
mais claros nas bordas. Himenóforo
branco ou creme, até amarelo ou oli
va, apresentando poros profundos e
redondos. Esporada castanha. Estipe
cilíndrico e grosso, branco, creme ou
de cor semelhante ao chapéu. Contex
to branco a creme. Cerca de 25cm de
altura e diâmetro, cresce em matas de
pinus.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
3‐5 cm 10‐20 cm
10‐20 cm 3‐5 cm
139
CHALCIPORUS PIPERATUS – BOLETACEAE
Boleto apimentado
Cogumelos de píleo inicialmente con
vexo a amplamente convexo, super
fície lisa, viscosa quando úmido, cor
ocre a castanho avermelhado. Hime
nóforo anexo a decorrente, com 1 a 2
poros por mm, na cor do píleo, tor
nandose marrom ferrugem na matu
ração. Estipe cilíndrico, tortuoso, na
cor do píleo. A carne tem cor rosada
quando exposta. Esporada castanha.
Cerca de 5 cm de altura e diâmetro.
Suspeitase que parasita A. muscaria.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
1‐2 cm 3‐6 cm
3‐6 cm 5‐10 mm
141
SUILLUS GRANULATUS – BOLETACEAE
Suíno granulado, cogumelo chileno
Cogumelo de píleo convexo coberto
por película brilhante de cor amarela
ou castanha, superfície viscosa. Hime
nóforo amarelo claro, apresentando
poros angulares. Esporada amarelo
ocre. Estipe cilíndrico e grosso, sem
anel, de cor branca ou creme. Contex
to branco amarelado. Cerca de 10 cm
de altura e diâmetro, em micorriza
com pinus. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
1‐2 cm 5‐12 cm
3‐6 cm 1‐1,5 cm
143
SUILLUS LUTEUS – BOLETACEAE
Suíno lúteo, cogumelo chileno
Cogumelo de píleo convexo coberto
por película brilhante de cor amarelo
escuro, castanha ou marrom, super
fície viscosa. Himenóforo amarelo cla
ro a creme, apresentando poros.
Esporada amarelo ocre. Estipe cilín
drico e grosso, com anel grande, de
cor creme. Contexto branco amarela
do. Cerca de 10 cm de altura e diâme
tro. Ocorre em micorriza com pinus. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
1‐2 cm 5‐12 cm
3‐6 cm 1‐2 cm
145
SUILLUS SALMONICOLOR – SUILLACEAE
Fungui‐sechi
Cogumelos de píleo inicialmente con
vexo a amplamente convexo, super
fície lisa, viscosa, cor laranja claro a
marrom castanho. Himenóforo anexo,
com 2 a 3 poros por mm, na cor do pí
leo e tornandose amarelada ou mar
rom ferrugem na maturação. Estipe
cilíndrico, afunilado para base, pontu
ado, com anel membranoso e viscoso.
A carne tem cor amarelo alaranjado
quando exposta. Esporada castanha.
Cerca de 5 cm de altura e diâmetro.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
1‐2 cm 3‐6 cm
3‐6 cm 1‐1,5 cm
147
AMANITA RUBESCENS – AMANITACEAE
Amanita americana, Blush
Cogumelo de píleo convexo a aplana
do, superfície marromavermelhada
com escamas brancas, lamelas livres e
apertadas entre si, de cor branca as
sim como os esporos. O estipe é bul
boso, com cor semelhante ao chapéu
porém mais clara, tem anel branco e
membranoso. Tende a manchar para
tons rubros quando machucado. En
contrado em bosques de pinus.
2‐3 cm 6‐20 cm
1‐3 cm
8‐20 cm
3‐5 cm
149
LACCARIA FRATERNA – HYDNAGIACEAE
Lacaria do eucalipto
Pequenos cogumelos de cor marrom
claro, alaranjado ou avermelhado,
com píleo convexo a aplanado, liso de
bordas estriadas. Lamelas adnatas,
distantes entre si e com esporada
branca. Estipe cilíndrico, fino e sem
anel, na cor do chapéu, como as lame
las. Cerca de 3 cm de altura e diâme
tro, cresce sob matas de eucalipto.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
3 mm 2‐3 cm
2‐4 cm 3 mm
151
LACCARIA LACCATA – HYDNAGIACEAE
Lacaria do Pinus
Cogumelos de cor marrom alaranjado
com píleo convexo a aplanado, liso, la
melas adnatas, distantes entre si e es
porada branca. Estipe cilíndrico,
levemente estriado e sem anel. Cerca
de 10 cm de altura e 4 cm de diâme
tro, cresce sob matas de pinus.
5 mm 3‐5 cm
5‐10 cm 5 mm
153
LACCARIA PROXIMA – HYDNAGIACEAE
Lacaria
Cogumelos de cor marromtelha, com
píleo liso, convexo a aplanado. Lamelas
adnatas, distantes entre si na cor do
chapéu. Esporada branca. Estipe cilín
drico, estriado e sem anel, na mesma
cor do píleo. Cerca de 5 cm de altura e 3
cm de diâmetro, cresce sob bosques de
pinus.
5 mm 3‐5 cm
5‐8 cm 5 mm
155
RUSSULA LUTEA – RUSSULACEAE
Rússula pálida
Cogumelos vistosos de píleo convexo a
aplanado, com superfície lisa, amarelo
claro a dourado, lamelas próximas e
anexas, de cor branca ou creme. A es
porada é ocre, quase hialina. O estipe
é da mesma cor, cilíndrico e grosso,
sem anel. Contexto quebradiço. Cerca
de 15 cm de altura e diâmetro, cres
cendo sob matas de pinus e eucaliptos.
1‐1,5 cm 6‐10 cm
5‐10 cm 1‐2,5 cm
157
LACTARIUS RUFUS – RUSSULACEAE
Lactário rufo
Cogumelo de píleo convexo a depres
so, com superfície marrom e lisa. La
melas decurrentes e próximas entre
si, de cor creme exsudando látex em
locais machucados. Esporada branca.
Estipe cilíndrico e oco. Contexto que
bradiço, com cerca de 8 cm de altura e
diâmetro. Ocorrem sob bosques de pi
nus e eucalipto.
5 mm 3‐5 cm
5‐8 cm 5‐10 mm
159
LACTARIUS QUIETICOLOR – RUSSULACEAE
Níscalo, Lactário delicioso
Cogumelo de coloração amarelo ala
ranjado, píleo depresso e viscoso
quando úmido, concentricamente zo
nado, frequentemente manchado de
verde. Lamelas decurrentes e próxi
mas entre si, esporada de cor creme.
Estipe cilíndrico e oco. Contexto que
bradiço, com cerca de 10 cm de altura
e diâmetro. Ocorre sob bosques de pi
nus. Pode ser confundido com Paxil
lus involutus, de bordas bem
revolutas e estipe maciço, e com ou
tras espécies de Lactarius, que exsu
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
1‐1,5 cm 4‐10 cm
3‐8 cm 1‐2 cm
161
Chlorophylum molybdites
Cogumelos perigosos
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
163
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
164
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
166
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
167
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
168
COLETA E IDENTIFICAÇÃO
A identificação das espécies começa
no momento da coleta. A menos que
se trate de uma espécie já conhecida,
é importante que se faça uma série de
observações que irão ajudar na identi
ficação das espécies. Além de detalhes
como substrato de ocorrência e clima,
é importante fazer registros fotográfi
cos do cogumelo em diferentes ângu
los que favoreçam a observação de
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
172
mesmos mantenham boas condições
de uso. O cesto também ajuda na dis
persão das espécies, já que as correntes
de ar que passam pelo vime carregam
os esporos dos cogumelos pelo cami
nho e percorrido e arredores.
Primavera Fungi:
∙∙ Primavera Cogumelos comestíveis
Fungi: Cogumelos no Brasil
comestíveis no Brasil
173
173
DICAS DE PRESERVAÇÃO E
ARMAZENAMENTO
Muitas espécies podem ser guardadas
por cerca de uma semana sob refrige
ração. Ao colocar no refrigerador, po
dese utilizar sacos de papel fechados
ou em um pote com tampa, onde se
dispõe os fungos sobre e sob folhas de
papel toalha ou em uma bandeja co
berta por um pano.
176
Brasil
177
∙∙ Primavera
Primavera Fungi:
Fungi: Cogumelos
Cogumelos comestíveis
comestíveis no
no Brasil
177
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
178
Foto: Claus Cardoso
RECEITAS
Durante nossas caçadas nos depara
mos com muitos cozinheiros criativos
e conhecemos diversos sabores fúngi
cos. Convidamos alguns amigos e
chefs de cozinha que nos ofereceram
deliciosas refeições para compartilhar
receitas dos pratos que têm criado e
servido em seus restaurantes, para
amigos ou até em fogueiras no meio
do mato. Que estas receitas sirvam de
inspiração para os cozinheiros que se
aventurarem a reproduzilas, incre
mentálas ou modificálas, substituin
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
179
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
180
COGUMELADA
Receita de Rodrigo Bellora, chef – Garibaldi, RS.
MODO DE PREPARO
los. Reserve.
Faça um refogado utilizando os cogumelos cozidos pi‐
comestíveis no
e louro.
Cozinhe os grãos, separadamente, utilizando o caldo
dos cogumelos. Após, misture os grãos.
Faça uma redução do caldo do arroz negro, caldo de
Fungi: Cogumelos
ralado e manteiga.
Para a montagem, utilizar a coalhada fresca, cogume‐
los desidratados e cabeça de cebolinha.
∙∙ Primavera
Serve: 4 pessoas
181
181
PIZZA DE MACROLEPIOTA
Receita de Graciela Vicente, Recetasysetas – Chile.
INGREDIENTES
• 1 chapéu de Macrolepiota
• 1 pitada de sal
• 2 colheres de molho de tomate
• Queijo ralado
• 5 tomates cereja
• Azeite de oliva
• 1 lâmina de presunto serrano
• Folhas de alfavaca
• Pimenta a gosto
MODO DE PREPARO
o cogumelo para que não fique tão cru nem tão assa‐
do a ponto de perder textura.
Pincelar com molho de tomate. Cobrir com queijo rala‐
do. Partir os tomates cereja e colocar sobre a pizza.
Voltar ao forno a 200°C por uns 15 minutos ou até que
o queijo esteja dourado. Empratar.
Completar a receita com uma lâmina de presunto ser‐
rano, folhas de alfavaca e um fio de azeite de oliva ou
como preferir.
Servir quente.
182
Foto: Acervo do autor da receita.
Brasil
183
∙∙ Primavera
Primavera Fungi:
Fungi: Cogumelos
Cogumelos comestíveis
comestíveis no
no Brasil
183
CREME DE COGUMELOS
Receita de Thiago Paese, chef – Caxias do Sul, RS.
INGREDIENTES
MODO DE PREPARO
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
Serve: 2 pessoas.
184
CREPE QUIETICOLOR COM
GRUYÈRE
Receita de Luiz Zaga, chef – Blumenau, SC.
MODO DE PREPARO
Massa:
Bata os ovos, o leite, o sal, a farinha e o cogumelo no
liquidificador. Acrescente a manteiga derretida e pe‐
neire. Deixe a massa descansar por 25 minutos.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
Molho gruyère:
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
Recheio:
Derreta a manteiga numa frigideira até ficar levemen‐
te marrom, em seguida junte os Lactarius picados e re‐
fogue por 5 minutos. Corrija o sal e finalize com
pimenta do reino.
185
HAMBURGUER MÃE TERRA
Receita de Marcos Livi, chef – São Francisco de Paula, RS.
INGREDIENTES
MODO DE PREPARO
186
ESTROGONOFE DE COGUMELOS
E GRÃO‐DE‐BICO
Receita de Marcelo Guidoux Kalil – Porto Alegre, RS.
INGREDIENTES
MODO DE PREPARO
Serve: 3 pessoas
187
187
MASSA DE CAMPO
Receita de Jeferson Timm.
INGREDIENTES
• 50g de gorgonzola
MODO DE PREPARO
188
COGUMELOS
FERMENTADOS
Receita tradicional russa.
INGREDIENTES
• 2 dentes de alho
• 1 colher de chá de orégano
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
MODO DE PREPARO
189
PORCINI COQUETEL
Receita de Marcelo Pereira, bartender – Porto Alegre, RS.
PRÉ‐PREPARO
Em 750ml de whiskey americano adicione 100g de
porcini fatiado, deixar em maceração por 48 horas, co‐
ar em filtro de papel.
Em 100ml de destilado com mais de 45% de volume al‐
coólico adicione 50g de carqueja fresca cortada, deixe
macerando por 48 horas e coe bem.
MODO DE PREPARO
Em um copo mexedor adicione 60ml do Bourbon
Whiskey da sua preferência infusionado com cogumelos
porcini, 30ml vermute tinto e 5 gotas de tintura de car‐
queja e gelo, com uma colher bailarina misture os ingre‐
dientes, coe bem para uma taça previamente gelada,
decore e beba.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
Saúde!
190
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
191
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
191
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
192
Lentinus crinitus
Brasil
193
∙∙ Primavera
Primavera Fungi:
Fungi: Cogumelos
Cogumelos comestíveis
comestíveis no
no Brasil
193
ÍNDICE REMISSIVO
Agaricus bisporus – AGARICACEAE 46
Agaricus cf. campestris – AGARICACEAE 48
Agaricus meijeri – AGARICACEAE 70
Agaricus pampeanus – AGARICACEAE 50
Agaricus sylvaticus – AGARICACEAE 72
Amanita rubescens – AMANITACEAE 146
Armillaria puiggarii – PHYSALACRIACEAE 94
Boletinellus rompelii – BOLETINELLACEAE 134
Boletus edulis – BOLETACEAE 136
Chalciporus piperatus – BOLETACEAE 138
Coprinellus disseminatus – PSATHYRELACEAE 88
Coprinopsis cinerea – PSATHYRELLACEAE 52
Coprinus comatus – AGARICACEAE 54
Cyclocybe cilindracea – TUBARIACEAE 90
Favolus brasiliensis – POLYPORACEAE 96
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
195
BIBLIOGRAFIA
CARGAS‐ISLA, R.; CABRAL, T. S.; ISHIKAWA, N. K. Instruções
de coleta de macrofungos Agaricales e Gasteroides. Ma‐
naus: Inpa, 2014.
DESCHAMPS, J. R. Hongos silvestres comestibles del Mer‐
cosur con valor gastronómico. Buenos Aires: Universidade
de Belgrano, 2002.
FEDERAÇÃO DE PRODUTORES FLORESTAIS DE PORTUGAL.
Guia de cogumelos silvestres. Lisboa: 2008.
FRANCO‐MOLANO, A. E. et al (Comp.). Macrohongos de la
Región del Medio Caquetá. Colombia: Universidad de An‐
Moquia, 2005.
FURCI , G: Guía de campo: Hongos de Chile. Chile, Primera
edición: Fundación Fungi, 2013.
FURCI , G: Guía de campo: Hongos de Chile Volumen II.
Chile, Primera edición: Fundación Fungi, 2018.
FURCI, G. M.; NASCIMENTO, G. Fungi Austral: Guía de
campo de los hongos más vistos de Chile. Chile, 2008.
GERLACH, A. da C. L. et al. Wood‐decaying Agaricomycetes
Basidiomycota, Fungi): new records for the state of Santa
Catarina, Brazil. Florianópolis: Sociedade Botânica do Bra‐
sil, 2012.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
196
LOUZA, G. S. G.; GUGLIOTTA, A. de M. Polyporus Fr.
n(Polyporaceae) no Parque Estadual das Fontes do Ipi‐
ranga, São Paulo, SP, Brasil. São Paulo, 2007.
MARTINS, M. S. Cogumelos: Enciclopédia dos Alimentos
Yanomami (Sanõma). Instituto Socioambiental. 2016.
MAGNAGO, A. C. Estudos Taxonômicos e Filogenéticos de
Fungos Boletoides (Boletales) no Brasil. Tese De Doutora‐
do. Universidade Federal do Rio Grande Do Sul, Porto Ale‐
gre 2018.
MEIJER, A. A. R. Macrofungos Notáveis nas Florestas de
Pinheiro do Paraná. Embrapa Florestas, Paraná, 2008.
MENOLLI, N. et al. The genus Pleurotus in Brazil: a molecu‐
lar and taxonomic overview. Mycoscience, Volume 55, Is‐
sue 5, 2014,
NEVES, M. A., BASEIA, I.G. DRECHSLER‐SANTOS, E.R. GÓES‐
NETO, A. Guide to the common Fungi of the Semiarid Re‐
gion of Brazil. TECC Editora, Florianópolis, 2013. 1‐142.
PACIONI, G. Guia de Hongos. Grijalbo. Barcelona, 1986
PEREIRA, L. T. FANCs de Angatuba: Fungos Alimentícios
Não Convencionais de Angatuba e região. Simplíssimo, An‐
gatuba – SP, 2019.
PUTZKE, J. & PUTZKE, J. Glossário Ilustrado de Micologia.
Editora da UNISC, 2003.
PUTZKE, J. & PUTZKE, M. T. L. Os reinos dos fungos. Vol. 1.
Editora da Universidade de Santa Cruz do Sul. 1998.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
198
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
199
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
200
Brasil
201
∙∙ Primavera
Primavera Fungi:
Fungi: Cogumelos
Cogumelos comestíveis
comestíveis no
no Brasil
201
Este ebook é de distribuição gratuita.
203