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∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil


COGUMELOS COMESTÍVEIS
NO BRASIL
Revisão da pesquisa: Marcelo Sulzbacher
Revisão Gramatical: Claudia Meyer
Identidade visual: Vergilio Lopes
Diagramação: Marcelo Guidoux Kalil
Imagens: Jeferson Müller Timm

Nesta edição está contemplado o novo acordo da Lín‐


gua Portuguesa.
PARCEIROS:
http://academiafungicultura.com.br

O cultivo de cogumelos é uma atividade cres­


cente no Brasil. A cada dia, mais pessoas estão
escolhendo a fungicultura como atividade
profissional e fonte de renda de suas famílias,
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

tanto no campo quanto na cidade. Além dos


cultivos comerciais, a produção de cogumelos
tem despontado como um hobby, seja na pro­
dução para consumo, seja para coleção de es­
pécies e genéticas. Apesar disso, iniciar neste
universo ainda é um pouco complexo, pois são
poucas as informações disponíveis para reali­
dade brasileira. O mercado nacional ainda é
limitado e até inexistente em muitas localida­
des, concentrando­se geralmente em poucas
espécies tradicionais na Europa, América do
6 Norte e Ásia.
Atualmente, a Academia Fungicultura conta
com cursos e projetos que dão vida ao sonho
de quem deseja produzir, por hobby ou co­
mercialmente, cogumelos convencionais, nu­
tracêuticos e exóticos. A Academia ainda
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

conta com um laboratório que produz as mais


diversas linhagens de cogumelos com entrega
para todo Brasil, auxiliando os alunos a colo­
car em prática todo o seu aprendizado e que­
brando o status quo da fungicultura brasileira.
Já são centenas de cogumeleiros nesta comu­
nidade mundo afora! Conheça a Academia
Fungicultura e venha fazer parte das histórias
de sucesso dos seus membros.

7
Foto: Cristiano Fão.

A prática da caça aos cogumelos silvestres,


assim como o uso dessas espécies na gastro­
nomia local, é ainda algo novo na maior parte
do Brasil. Na serra gaúcha, o Parador Ham­
pel vem despontando na promoção dessas
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

experiências.

Parceiro do projeto Primavera Fungi desde


sua fundação, recebe anualmente centenas
de pessoas para workshops que ensinam a
identificar, coletar e preparar cogumelos sel­
vagens.

Localizado nos Campos de Cima da Serra,


entre diversas florestas de pinheiros, o Ham­
8
pel abriga 45 hectares de floresta nativa pre­
servada, a mata de araucária típica da região,
reunindo cinco cachoeiras e 12 quilômetros
de trilhas internas acessíveis. Esse cenário
perfeito, acompanhado do clima temperado e
aconchegante da serra gaúcha, faz do espaço
um dos melhores locais do país para caçar
cogumelos.

Em um cenário paisagístico e arquitetônico


deslumbrante, entre prédios centenários,
muita natureza, fogo e alta gastronomia,
acontecem experiências de vida incompará­
veis. O espaço, comandado pelo Chef Marcos
Livi, é visto como referência no cenário nacio­
nal ao incentivar a cultura do turismo micoló­
gico no sul do Brasil e é um dos maiores
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

entusiastas locais da popularização dos co­


nhecimentos sobre cogumelos silvestres.

http://paradorhampel.com/
9
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∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
ÍNDICE
1. Introdução 15
2. Os cogumelos 19
3. Comestibilidade 24
4. Hábitos de vida 29
5. Morfologia 31
6. Guia para identificação de
cogumelos comestíveis no Brasil 39
7. Coleta e identificação 167
8. Dicas de preservação e
acondicionamento 172
9. Receitas 177
10. Índice remissivo 193
11. Bibliografia 195

Primavera Fungi:
∙∙ Primavera Cogumelos comestíveis
Fungi: Cogumelos no Brasil
comestíveis no Brasil

11
11
AGRADECIMENTOS
Este guia foi construído com auxílio de
muita gente. Das pesquisas de campo ao
laboratório, discussões e estudos, cada
passo contou com ajuda de outros pes­
quisadores, amigos e incentivadores
“micoloucos”. Embora tenham sido
muitas as pessoas envolvidas neste pro­
cesso, menciono especialmente Rage
Maluf, Jair Putzke, Alejandro Sequeira,
Larissa Trierveiler Pereira, Marcelo
Sulzbacher, Gustavo Reich, Tati Feldens,
Marcos Livi, Natália Pietra, Marcos
Abrahão, Marcelo Guidoux Kalil, Casa
dos Cogumelos, Micélio Br, Amuscaria
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Fungi, Glamp Cogumelos, Thomas Os­


termeyer, Valle Rústico, Academia Fun­
gicultura e Parador Hampel.

Em ordem alfabética, são colaborado­


res e corresponsáveis por este livro
existir:
Adailton da Silva Estácio, Adenilson Albino, Adilson
Feldhaus Junior, Adilson Luiz Nicoletti, Adriana Bonfim,
Adriana Fukunari, Alex Heimann da Fonseca, Alexandra
Müller Barbosa, Alexandre Bruschz, Alexandre Christimann,
Alexandre Ferreira, Alexandre Panta Teitelbaum, Alexandre
12 Saft, Alice Leal A Correa Ferlin, Aline Dall’Oglio, Aline
Giesel, Aline P Rossetto, Alisson Patricio de Castro Cota,
Amanda Babinski, Amanda Collioni, Ana Carolina Thome,
Ana Claudia Fischer, Ana Cristina de Menezes, Ana Lucia
Moreira Mohr, Ana Paula Spohr, Ananda Bevacqua, André
Borges Cardoso, Andre Freire Alcântara, André Luís Cyrillo,
Andressa De Conti, Andriéli Souza Boeira, Andrio Spiller
Copatti, Angela Bohrer, Angela Pimenta, Angelita
Semeadora, Angelo Kirst Adami, Angelo Marcon Pezda,
Ariane Kuhnen, Aroldo de Camargo, Arthur Chafim Bretas,
Arthur Röhsig, Artur Fernando Poffo Costa, Augusto
Ghisleni Nunes, Avner Nunes Macario, Babi Marruecos,
Bárbara Cordovani, Bárbara de Oliveira Borges, Barbara N
Ribeiro, Bárbara Righi Cenci, Beatriz de Carvalho Penna,
Beatriz Woehl, Belém Adams, Bernardo Marquez, Brasil
Avila Vargas Dorneles Andrade Holsbach, Bruna Fornazari,
Bruno Pinheiro de Araujo, Caeté cogumelos, Caio Gaspar
Hypolito, Camila Claudino de Oliveira, Carina vogel, Carmen
Aline Teuber de Oliveira, Carolina Furlanetto Mendes e
Talita Furlanetto Mendes, Carolina Rangel, Carolina
Rodrigues, Carolina Ueberbacker, Caroline Mello, Casa dos
cogumelos, Cátia Sulamita Dias, Cecília Arduini Paulino,
Cintia Midori Shiratori Habe, Clarisse Araújo Santos Darsie,
Claudia Klauck, Claudia Pandolfo Paz, Claudio Henrique
Fujita, Cleto Kaveski Peres, Cristiane Wisniewski Martins,
Cristiano Lopes Andrade, Cristiano Silveira Andrade,
Cristina Blanco, Cristopher Fassbinder, Daniel Alberto
Stefanutti Lindemann, Daniel Coutinho Augustin, Daniel de
Andrade Cosme, Daniel Forjaz de Moraes, Daniel Junges,
Daniel Lena Marchiori Neto, Daniela Bobsin, Daniela de
Souza Pritsch, Daniela Hartmann, Daniela Momozaki,
Danilo Jeremias Christidis, Danilo Saul, David Hadson
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Arroyo, Dayon Lucas Bochnia, Debora Cristina da Silva,


Denise A O Meyer, Diana Bandeira, Diana Vieira de Senne e
Costa, Diogo Teixeira, Domingos da Silva Leite, Édina
Aguiar, Ednilson Clayton Rogerio, Edson Marcio Thomaz,
Eduardo De Castro Campos, Eduardo Mondoni, Eduardo
Silva, Eduardo Teixeira Mendes ­ Casa dos Fungos, Eliana
Célia Pereira, Elke Medeiros, Eloise Riegel Buss, Emerson
Luiz Gumboski, Emileide Fernandes Nogueira, Emilene de
Carvalho Lourenço, Erica Pedri, Érico Demari e Silva, Estella
Maris Lassalvia, Eulália de Souza Anselmo, Fábio Sarje,
Fabricio Valmorbida Marçal Pessôa, Fabryce Scharlau,
Fausto Bugatti Isolan, Felipe da Silva Guimarães, Felipe
Mathia Correa, Felipe Miyake, Felipe Szymuda dos Santos,
Fernanda Ferrari, Fernanda Pacheco Alquimin, Fernanda
Saragiotto Costa Goncalves, Filipe Franz Teske, Filipi
Pompeu, Flavio Ruschel, Franciele Fernandes da Silva,
Francisco Calaça, Francisco Lang, Franco Martinelli De
Marsillac, FS Assessoria Ambiental, Funghi Haus, Gabriel
Hiroshi Seki Rosa, Gabriel Kolisch, Gabriel Salles Góes,
Gabriela Centeno Cardoso, Gabriela Pozza, Gabriela
13
Rudnick, Geórgia Figueiredo, Geovana Prato Nunes,
Geovane Vasconcelos, Gesurene Rocha da Silva Dranski,
Giancarlo Capistrano, Gil Medeiros, Gilda Maria Spanhol da
Silva, Gilmar Lodi Junior, Giovani Vivan, Gisele Gimenes
Brochini, Glauco Kohler, Gracieli Dall Ostro Persich,
Graciete Santa Anna do Nascimento, Grasiela Dal Bó
Brandelli, Guilherme Artur Paniz, Guilherme Silva Pereira
Mello, Guilherme Stadnik Herz, Guillermo Benzaquen,
Guinter Zanchet Jacobi, Gustavo Agostini Xavier, Gustavo
Bartelli, Gustavo Cooper, Gustavo Silveira Bueno Carvalho,
Gustavo Zecchini Barrese, Haloisio Mozzer Vargas, Henrique
Sargentini, Hugo Carneiro Gusmão, Ian Libardi Pereira, Iara
Souza Calegari, Ivam Baumgaetner, Jacqueline Petkovic,
Jaime Andres Pinilla Cespedes, Janaína Inácio de Oliveira,
Janquiel Roso, Jaqueline Mendes, Jean Castilhos, Jean
Mantovani, Jeferson Antonio Erpen, Jeff Pietro Mota,
Jenifer Panizzon, Jéssica Duarte, Jéssica Rafaela, João Artur
Parisotto Sinhori, João Eugenio Diaz Rocha, João Henrique
Corrêa de Souza, Joao Paulo C Mourão, Joel Cordeiro, Jorge
Luiz Fortuna, José Carlos Tarasconi, José Olinto da Silva de
Castro, Josiane Losekann Moreira, Josiane Schneider, Julia
Flor Tonon, Juliana Cristina Scotton, Juliana Danna Kulik,
Juliana Sada Castro, Juliano Cercal, Julieth O Sousa, Julio
Engelke, Julio Nasser S Hassan, Júnior César Weiss, Karina
Gontard, Kelvin Cigognini, Kleber Chagas, Lander de Jesus
Alves, Laura Echer Barbieri, Laura Emilia da Silva Siqueira,
Laura Landau, Laura Lazzarotto, Laura Martins, Leandro
Jorge Telles Cardoso, Leo Yutaka Marra Niizu, Leonardo
Beraldo, Leonardo Courtois Vidal, Leonardo Morellato
Pereira, Leonardo Reis de Souza, Letícia Bittes, Leticia Roos
Sebben, Letícia Vaz da Silva, Lilian Yuri Yabase, Lorella
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Paola Cappelli, Luana Alt, Lucas Danicek Borgew, Lucas de


Oliveira Trevisan, Lucas Rodrigues, Luciana Bloemer,
Luciana Rodrigues Souza, Luciane Kuzmickas, Luciano
Panagio, Luciano Zandoná, Ludmilla Falsarella, Luisa
Meurer Dacoregio, Luísa Pereira Poernbacher, Luiz Felipe de
Azevedo Reis da Silva, Luiz Felipe Henrich, Luiz Fernando
Costa Bustamante, Luiza Farias Thorpe, Luiza Miwa
Maibashi, Maicheli Viviani Benatti, Maikellen Trevisan,
Maíra de Castro Lima, Marcela Cemin da Luz, Marcela
Quintela Trujillo, Marcelo Baldissera Paludo, Marcelo Luís
Kronbauer, Marcelo Marimon Gonçalves, Marcelo Pereira,
Marcelo Tomaz Lejarcegui dos Santos, Marcelo Venturi,
Márcio Hisayuki Sasamori, Márcio Rogério da Silva, Marco
Antonio do Amaral Filho, Marcos Divaneio, Marcos
Henrique Fabris, Marcos Hermeto Camilo de Oliveira,
Marcos Tramontina, Marcos Vinicios Pagelkopf Junior,
Maria Alice Neves, Maria Angélica Davi Costa, Maria Cecilia
de Chiara Moço, Maria de Lourdes Lopes, Maria Eduarda de
Andrade Borges, Maria Fernanda Marques, Mariana Brasil,
14 Mariana de Andrade Faria Corrêa, Mariana de Paula
Drewinski, Mariana Fernandes, Mariane Martins Cirino dos
Santos, Marília Wortmann Marques, Mário Paiva, Marisa da
Costa, Marisol Patrique Trombini, Maristela Rodrigues,
Marli Camassola, Marta Isabel Fedrizzi, Marumby
Montanhismo, Mateus Schembri Nogueira de Almeida,
Matheus de Souza Falcão, Mauricio Peroni, Mauro Toledo,
Micellium Cogus, Micheline Neumann, Milene Gessinger,
Monica Carapecos Arriada, Murilo Vilar Kim, Nabor Roque
Worman, Nadia Weigsding, Naiade Saviotti, Natalia
Mancini, Natalia B Pieta, Natália Bragato, Nícolas da Silva
Magalhães, Nina Standerski, Osmar Francisco da Silva,
Otávio Camargo, Pablo Cesar Uez, Pamella Anna Idalino
Moreno, Parque Martins, Patricia Cuadrado Escudero,
Patrizia Luciani Sanz, Paula Mirela Almeida Guadagnin,
Paulo Cesar Fontana Copetti, Paulo Cesar Rhoden Couto,
Paulo Peceniski, Paulo Ricardo A Yamaçake, Paulo Rios,
Pedro Bento Alves Paglioli, Pedro Henrique Dallagnol
Gotardo, Priscila Alba, Priscilla Pizzato, Rafael F P Viana,
Rafael Furtado, Rafael Strapazzon, Rafaelle Mendes, Rage
Weidner Maluf, Rainer Prochnow, Rangel Celso Souza,
Raphael Dias Neves, Raquel Pretto, Reinaldo Previtalli,
Renata Resende Silva, Rene Seifert, Ricardo Alfredo Soncini,
Ricardo Corrêa de Oliveira, Ricardo Krause Lemke, Ricardo
Pittas e Silva, Rita de Cássia Pizza Kakizaki, Roberto Izio
Goifman, Roberto Marcelo Roman Psendziuk, Roberto
Tomasi Junior, Rodrigo Bettiol Ribeiro, Roger Merg Saraiva,
Rogério da Silva Lima, Rogerio Sauer, Ronei da Rosa, Rony
Ristow, Rubens Radtke, Sady Homrich, Sael Sánchez Elias,
Samuel Palauro, Samuel Santos da Costa, Sandras Sou,
Selma Borges, Seloy Ferreira Brandão, Sérgio Borges Paim
Pamplona, Sérgio Dimas Peres Cardoso, Silas Pereira Lima,
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Silvana Medeiros da Rosa, Simão Baran Junior, Simone


Andréia Spohr, Simone de Lima e Silva Santos, Simone de
Souza Mesquita Monteiro, Solange Xavier dos Santos, Sole
Vitae Cosméticos Brasil Ltda, Suelen Kazuco Nishimuta,
Suzana Maringoni, Tahila Andrighetti, Tamara Alberton da
Silva, Tatiana P B Araujo, Tatiane Alberton, Tays Katerine
Lichs, Teane Mundstock Jahnke, Thaís Alessi Macedo, Thais
Vogel, Thais Weiller, Thaísa Bononi de Almeida Ometto,
Thayná da Cruz Queiroz, Thiago Druciaki, Thiago Felker
Andreis, Thomas Frederico Theil, Thomas Moutinho M de
Melo, Thomas Ostermayer, Tiago Pimentel Luporini, Tiberio
Bruno Rocha, Valdelucia Maria Alves de Souza Grinevicius,
Valéria Bastos, Valéria Cristina Bejarano Vieira, Vanessa
Dinnebier, Vera Elenita Medeiros, Victor Mendes, Vinícius
Andrade de Souza, Vinicius Dzioba, Vitória Fernandes
Domingues, Vitória Nunes do Canto, Wagner de Rezende
Franco, Waldomiro Augusto Aita Neto, Walter Hasenack,
Werner Punx, Werner Siebje Mancinelli, Weslen Schiavon
de Souza, Yves Borges almeida, Yzadora Welsbacher.
15
16
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Lentinus sp.
INTRODUÇÃO
Embora guardem um potencial gastro­
nômico fantástico, os cogumelos silves­
tres ainda são um tabu no Brasil. A
maioria da população tem percepções
restritivas e micofóbicas, resultado da
falta de conhecimento e inclusão de
fungos na cultura alimentar. Esta obra é
fruto do Projeto Primavera Fungi, que
visa desmistificar e divulgar a funga.
Reunimos aqui algumas das espécies de
cogumelos comestíveis mais comuns e
conhecidas do Brasil.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Muitas destas espécies têm potencial


de emprego no extrativismo sustentá­
vel e podem estimular cadeias nos ra­
mos de turismo, lazer e alimentação.
São recursos da biota pouco conheci­
dos e utilizados, e sabe­se que o co­
nhecimento e uso dos recursos
naturais são fatores preponderantes
para sua conservação.
17
Depois de muito estudo algumas das
espécies de cogumelos deste guia po­
derão ser de fácil identificação. Entre­
tanto, muitas outras serão impossíveis
de identificar sem ajuda de um espe­
cialista. Portanto JAMAIS coma um
cogumelo sem a certeza absoluta de
sua identificação e comestibilidade.
Não nos responsabilizamos por aci­
dentes e intoxicações em função do
consumo de cogumelos com base nas
referências deste guia.

Dito isso, esperamos que este materi­


al proporcione aprendizado e expe­
riências ao leitor, e que os cogumelos
se tornem cada vez mais conhecidos,
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

mas que permaneçam místicos e en­


cantadores.

Que os cogumelos os encontrem nas


florestas.

18
Agaricus sp.
19
Brasil

19
∙∙ Primavera
Primavera Fungi:
Fungi: Cogumelos
Cogumelos comestíveis
comestíveis no
no Brasil
20
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
Macrocybe praegrandis
OS COGUMELOS
Os cogumelos são organismos do rei­
no Fungi cujas estruturas reprodutivas
têm um formato que lembra um
“guarda­chuva”. Embora existam mui­
tas outras formas de fungos na nature­
za (como as orelhas de pau e as bolas
de fumaça), este guia abrange somen­
te as espécies com forma de cogume­
los. Estima­se que existam mais de
22.000 espécies de cogumelos conhe­
cidas no mundo. Destas, cerca de
2.000 são consideradas comestíveis.
No Brasil já foram registradas mais de
1600 espécies de cogumelos e estima­
se que existam ao menos 200 espécies
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

comestíveis.

O termo técnico para este formato de


corpo reprodutivo é “píleo­estipitado”,
justamente por ser composto por um
píleo (ou chapéu), sobre um estipe (ou
pé). O estipe é responsável por fixar e
projetar o píleo em altura (ou posições
favoráveis à dispersão de esporos), e o
píleo abriga o himenóforo, parte onde
21
se desenvolve o himênio, onde são pro­
duzidos e liberados os esporos. O híme­
nóforo poderá ter diferentes formas, se
apresentando com lamelas, poros ou
dentes conforme a espécie de fungo. Os
esporos, por sua vez, são a parte equi­
valente à “semente” dos fungos, que
dará origem a novos organismos.

Uma vez dispersos no ambiente e sub­


metidos a condições favoráveis de de­
senvolvimento, os esporos irão crescer
na forma de uma rede de hifas, que
formam um emaranhado chamado
micélio. O micélio é o ‘’corpo” do fun­
go em si, que na maioria das vezes po­
derá passar despercebido por estar
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

dentro do substrato, seja ele madeira,


serapilheira ou solo. A aparência des­
ta estrutura é semelhante a teias de
aranha ou finas raízes.

O nome técnico das estruturas repro­


dutivas é esporoma. No caso dos co­
gumelos, que têm esporos produzidos
em basídios, também pode se usar o
termo basidioma. Informalmente,
22
usa­se o termo frutificação para se refe­
rir às estruturas reprodutivas de fun­
gos. Entretanto, este termo tem caído
em desuso com a finalidade de sepa­
rar cada vez mais os termos técnicos
que denominam as estruturas daque­
les usados na botânica.

As condições favoráveis para desen­


volvimento das estruturas reproduti­
vas (cogumelos) dependem da
disponibilidade de substrato (do qual
o fungo se alimenta), de umidade e
temperatura adequadas para cada es­
pécie. Sem estas condições, o micélio
permanecerá se desenvolvendo de
forma críptica e discreta. Por isso, a
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

menos que o fungo esteja em período


reprodutivo e produzindo cogumelos,
raramente é percebido na natureza.
Em uma comparação, é como se as
plantas só fossem visíveis quando es­
tão com frutos. Este é um dos motivos
para que os cogumelos e fungos em
geral sejam menos conhecidos e po­
pulares do que muitas das espécies de
plantas e animais.
23
Entre as inúmeras espécies de co‐
gumelos silvestres, muitas não se‐
rão comestíveis. É o caso dos belos
Marasmius haematocephalus.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

24
Foto: Deniz Zabin
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

2525
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
COMESTIBILIDADE
O potencial de comestibilidade de uma
espécie de cogumelo não pode ser ava­
liado por padrões comuns de aparên­
cia, cheiro, sabor ou substrato de
ocorrência. O consumo de cogumelos
por animais também não é um indica­
tivo de que determinada espécie possa
ser consumida por humanos, já que o
sistema digestivo dos humanos é dife­
rente da maioria das espécies animais.
Nem mesmo análises químicas são
simples de se fazer para determinar a
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

comesibilidade de espécies, já que seria


necessário buscar inúmeras substân­
cias com potencial de toxicidade em ca­
da espécie de cogumelo.

As espécies de comestibilidade conhe­


cida são usadas pelo histórico e inclu­
são na cultura culinária das regiões de
ocorrência. Algumas delas, inclusive,
precisam passar por tratamentos co­
26
Foto: Pedro Hoffmann

no Brasil
comestíveis no
Cogumelos comestíveis
Fungi: Cogumelos Brasil

Muitas espécies de fungos


Primavera Fungi:

são comestíveis mas não têm


forma de cogumelo. É o caso
∙∙ Primavera

da deliciosa Auricularia fus‐


cosuccinea, que é uma orelha
de pau.

27
27
mo fervura ou desidratação para eli­
minação de toxinas. Neste guia são
usados dois tipos de símbolos indi­
cando comestibilidade:

Comestível: Espécies comestíveis. As‐


sim como em outros alimentos, algu‐
mas espécies (ou partes do fungo)
podem ser indigestas ou alergênicas
para determinadas pessoas.

Comestível com restrição: Requerem


tratamentos específicos para consumo,
geralmente fervura ou lavagens com
descarte de água. Em algumas espéci‐
es, a indicação pode significar efeitos
adversos com consumo de álcool.

Procure comer pequenas quantidades


∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

sempre que experimentar uma nova es­


pécie. Muitas pessoas já se intoxicaram
e várias até morreram ao consumir es­
pécies de cogumelos não comestíveis em
arriscados “experimentos”. Portanto:

28
JAMAIS CONSUMA UM
COGUMELO SEM ABSOLUTA
CERTEZA DA IDENTIFICAÇÃO E
COMESTIBILIDADE.

Primavera Fungi:
∙∙ Primavera Cogumelos comestíveis
Fungi: Cogumelos no Brasil
comestíveis no Brasil

Macrolepiota sp.
29
29
REGRAS PARA IDENTIFICAÇÃO
DE COGUMELOS COMESTÍ‐
VEIS:
Não existem dicas generalistas para de­
terminar a comestibilidade de um cogu­
melo. “Dicas” populares se referindo a
cor, substrato, presença ou ausência de
anel, entre outros detalhes que indicari­
am comestibilidade são arriscadas e
equivocadas. Não considere nenhuma
delas verdadeira.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

30
HÁBITOS DE VIDA
Além das características morfológicas,
os hábitos de vida serão uma referên­
cia importante para diferenciação de
espécies. Tanto o habitat (substrato)
em que o fungo irá se desenvolver
quanto a sazonalidade são observa­
ções importantes que ajudarão a reco­
nhecer espécies, épocas e locais de
ocorrência.

HÁBITAT

Campestres: Espécies encontradas


em campos abertos ou gramados,
sobre esterco ou não. Eventualmen‐
te em bordas de mata.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Serrapilheira: Espécies encontradas


sobre serrapilheira, galhos finos ou
solo no interior ou bordas de flo‐
restas.

Madeira: Espécies encontradas so‐


bre madeira viva ou morta.

31
Micorrízicos: Espécies associadas a
raízes de plantas.

ÉPOCA DE REPRODUÇÃO

Primavera: Períodos de clima úmido


com temperaturas amenas ou mais
quentes, geralmente após as chuvas
durante a primavera e partes do verão.

Outono: Períodos de baixa nas tem‐


peraturas e frio mais intenso, às vezes
alternado com dias de temperatura
amena, com chuvas ou não. Algumas
destas espécies surgirão somente
após geadas e frios mais intensos.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

32
MORFOLOGIA
A morfologia da estrutura reprodutiva
dos fungos é muito importante para
diferenciação de espécies. A observa­
ção de detalhes microscópicos, assim
como formatos e medidas de partes
como o píleo e estipe, presença de
adereços, como anel ou escamas, tipo
de himenóforo, inserção das lamelas e
cor dos esporos será muito importan­
te para identificação das espécies.
Mesmo assim, em muitos casos será
necessário recorrer a análises micros­
cópicas ou moleculares para segura
determinação das espécies.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

As páginas a seguir apresentam um


glossário ilustrado abordando aspectos
morfológicos de cogumelos.

33
Tipos de píleo:

Convexo Campanulado

Umbonado Depresso

Cônico Globoso
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Infundibuliforme Aplanado

34
Tipos de estipe:
Inserção

Central Lateral

Excêntrico Dorsal

Forma

Cilíndrico Afilado/ Bulboso


sinuoso/
rizomatoso
no Brasil
comestíveis no
Cogumelos comestíveis Brasil

Com volva Com anel


ou escamas grosso
na base
Fungi: Cogumelos
Primavera Fungi:
∙∙ Primavera

Com anel Com anel


súpero ínfero
35
35
Tipos de himenóforo:

Lamelas Lamelas
inteiras dimidiadas

Poros Labirintiforme

Dentes
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

36
Livres

Anexas
Colariadas
Tipos de lamelas:

Adnatas

Decurrentes

Emarginadas

37
Brasil

37
∙∙ Primavera
Primavera Fungi:
Fungi: Cogumelos
Cogumelos comestíveis
comestíveis no
no Brasil
38
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
placa de Petri.
Esporada de Agaricus sp. em

39
Brasil

39
∙∙ Primavera
Primavera Fungi:
Fungi: Cogumelos
Cogumelos comestíveis
comestíveis no
no Brasil
40
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Lepista sp.
GUIA PARA IDENTIFICAÇÃO
DE COGUMELOS
COMESTÍVEIS NO BRASIL
A seção a seguir reúne algumas das
espécies de cogumelos mais conheci­
das e comuns encontradas no Brasil.
Muitas delas serão restritas a deter­
minados biomas, mas de forma geral
e, especialmente, em relação às es­
pécies de cogumelos da mata atlânti­
ca, a maioria das espécies aqui
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

abordadas poderão ser encontradas


na maior parte do país.

41
42
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

espécie tóxica.
Amanita muscaria,
ATENÇÃO!
A maioria das espécies apresentadas neste
guia precisará ser analisada em microscó­
pio com auxílio de literatura específica
para segura determinação. Na dúvida,
consulte especialistas e jamais consuma
um fungo sem certeza na identificação.
Espécies tóxicas podem causar graves in­
toxicações e levar à morte.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

NA DÚVIDA, NÃO CONSUMA.

43
44
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
CHAVE DICOTÔMICA PARA
SEÇÕES DESTE GUIA:
1. Campestres: Espécies encontradas em campos
abertos ou gramados, sobre esterco ou não.
Eventualmente em bordas de ma‐
ta...............................................................p. 44
1.1. Esporada marrom chocolate, castanha,
cinza ou preta..................................p. 46
1.2 Esporada branca, creme, rosa ou hiali‐
na.....................................................p. 58

2. Saprófitos: Espécies encontradas sobre serra‐


pilheira, no solo, no interior ou bordas de flo‐
restas.........................................................p. 68
2.1 Esporada marrom chocolate, castanha, ro‐
xa ou cinza.....................................p. 70
2.2 Esporada branca, creme, rosa ou hiali‐
na......................................................p. 78

3. Xilófilos: Espécies encontradas sobre madeira


viva ou morta............................................p. 86
3.1 Esporada marrom, castanha, ferrugem,
no Brasil
Brasil

cinza ou preta....................................p. 88
3.2 Esporada branca, creme, rosa ou hiali‐
na.......................................................p. 94
comestíveis no
Cogumelos comestíveis

4. Micorrizicos: Espécies associadas à raízes de


plantas lenhosas......................................p. 132
4.1 Esporada amarelo ocre ou castanha.....p. 134
4.2 Esporada branca ou creme...............p. 146
Fungi: Cogumelos
Primavera Fungi:
∙∙ Primavera

45
45
Agaricus sp.
Cogumelos
nos campos
47
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
AGARICUS BISPORUS – AGARICACEAE
Champignon silvestre, Cogumelo‐de‐Paris
Cogumelos de píleo inicialmente glo­
boso, depois de convexo a aplanado,
superfície lisa, com fibras ou escamas
delicadas, de cor branca a castanho­
claro. Lamelas livres e apertadas entre
si, de cor creme a rosa, chegando a
marrom chocolate na maturidade. Es­
tipe cilíndrico, engrossando para base,
rosado sob o anel, membranoso e ín­
fero. Cerca de 5 a 10 cm de diâmetro,
encontrados isolados ou em grupos
em campos férteis. Esporos elipsoides
marrom chocolate.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Pode ser confundido com A. xanthoder­


mus, que oxida para amarelo e é tóxico.

1‐2 cm 3‐10 cm

3‐8 cm 1‐2,5 cm

49
AGARICUS CF. CAMPESTRIS – AGARICACEAE
Rosa do campo, Champignon do campo
Cogumelos de píleo convexo a aplana­
do, superfície com fibras ou escamas
delicadas, de cor creme sob fundo
branco e margem com restos do véu.
Lamelas livres e apertadas entre si, de
cor rosada quando jovem e chegando a
marrom chocolate na maturação. Esti­
pe cilíndrico ou afinando para base e
com anel membranoso e súpero. Cerca
de 10 cm de diâmetro, encontrados em
campos férteis, odor de anis. Esporos
elipsoides marrom chocolate.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Pode ser confundido com A. xanthoder­


mus, que oxida para amarelo e é tóxico.

1‐2,5 cm 4‐10 cm

4‐8 cm 2‐3 cm

51
AGARICUS PAMPEANUS – AGARICACEAE
Champignon do campo, Cogumelo pampeano
Cogumelos de píleo convexo a aplanado,
superfície com fibras ou escamas delica­
das, de cor creme sobre fundo branco e
margem com restos do véu. Lamelas li­
vres e apertadas entre si, de cor rosada
quando jovem e chegando a marrom
chocolate na maturação. Estipe cilíndri­
co ou afinando para base e com anel
membranoso e súpero. Cerca de 10 cm
de diâmetro, encontrados em campos
férteis. Odor menos pronunciado que A.
campestris. Esporos elipsoides marrom
chocolate.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Pode ser confundido com A. xanthoder­


mus, que oxida para amarelo e é tóxico.

2 cm 4‐10 cm

4‐8 cm 2‐3 cm

53
COPRINOPSIS CINEREA – PSATHYRELLACEAE
Branca de neve
Cogumelos frágeis, píleo inicialmente
cônico e depois campanulado, de cor
branca acinzentada, escamas brancas
na superfície estriada. Estipe cilíndri­
co e sem anel. Lamelas livres, inicial­
mente acinzentadas e de cor escura,
como seus esporos na maturação,
quando as margens do píleo se rom­
pem e tornam­se deliquescentes, re­
volutas ou involutas. Cerca de 10 cm
de altura e 4 cm de diâmetro. Cresce
sobre esterco.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

1,5‐3 mm 2‐4 cm

5‐10 cm 5 mm

55
COPRINUS COMATUS – AGARICACEAE
Cogumelo tinteiro, Barbuda
Cogumelos com píleo globoso­alonga­
do e depois convexo a aplanado com
bordas revolutas. Cor branca na juven­
tude, acinzentada com escamas fibro­
sas brancas na superfície e bordas
negras revolutas na maturação. Lame­
las livres, brancas e depois de cor ne­
gra como os esporos. Himênio
deliquescente na maturação, desman­
chando completamente o chapéu. Esti­
pe cilíndrico, anel frágil e móvel. Cerca
de 15 cm de altura e 5 cm de diâmetro,
crescendo nos campos.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Atenção! Pode apresentar toxici­


dade se consumido com álcool.

1 cm 3‐10 cm

1 cm
5‐10 cm
2 cm

57
PANAEOLUS ANTILLARUM – BOLBITIACEAE
Paneolus
Cogumelos de píleo globoso a campa­
nulado com aréolas irregulares cor cre­
me sobre fundo branco acinzentado.
Lamelas adnatas de coloração acinzen­
tada e esporos negros. Estipe cilíndrico
e estriado, na mesma cor do chapéu.
Cerca de 10 cm de altura e 4 cm de diâ­
metro, crescendo sobre esterco.

Atenção! Fácil de ser confundido


com espécies tóxicas do mesmo
gênero.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

5‐10 mm 4‐6 cm

5‐8 cm 5‐8 mm

59
MACROLEPIOTA KERANDI – AGARICACEAE
Chapéu de cobra, Frade
Cogumelo com píleo campanulado a
aplanado, cor branca com escamas
marrons e superfície fibrilosa. O con­
texto é esponjoso e branco, como as
lamelas, que são próximas e livres.
Esporada branca. Estipe cilíndrico,
reto ou retorcido, liso e sem bulbo,
presença de anel duplo e súpero. Che­
ga a cerca de 10 cm de altura e diâme­
tro e cresce em campos. Pode ser
facilmente confundido com Chlo­
rophyllum molybdites, que tem espo­
ros verdes quando maduros.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

1‐2 cm 5‐8 cm

5‐10 cm 8‐10 mm

61
MACROLEPIOTA MASTOIDEA – AGARICACEAE
Chapéu de cobra, Frade
Cogumelo com píleo globoso, depois
umbonado a aplanado, mantendo
umbo característico, cor creme com
escamas marrons e margem fibrilosa
a apendiculada. O contexto é esponjo­
so e branco, as lamelas são próximas e
livres. Esporada branca. Estipe cilín­
drico e longo, por vezes com pequenas
escamas pardas, com base alargada e
presença de anel ínfero. Com cerca de
15 cm de altura e 10 cm de diâmetro,
cresce em campos.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Pode ser facilmente confundido com


Chlorophyllum molybdites, que tem
esporos verdes quando maduros.

1‐1,5 cm 5‐10 cm

8‐10 mm
5‐15 cm
2‐3 cm

63
MACROLEPIOTA PROCERA – AGARICACEAE
Chapéu de cobra, Frade
Cogumelo com píleo ovoide, depois
convexo a aplanado com umbo obtu­
so, cor branca a creme com escamas
marrons e margem fibrilosa. O con­
texto é esponjoso e branco, como as
lamelas, que são próximas e livres.
Esporada branca. Estipe cilíndrico e
longo, oco e fibroso, coberto por deli­
cadas escamas pardas, com bulbo ba­
sal, presença de anel grosso e móvel.
Com cerca de 15 cm de altura e 10 cm
de diâmetro, cresce em campos.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Pode ser facilmente confundido com


Chlorophyllum molybdites, que tem
esporos verdes quando maduros.

1,5‐2 cm 8‐25 cm

1‐2 cm
10‐30 cm
2‐4 cm

65
LEPISTA SORDIDA – TRICHOLOMATACEAE
Lepista do campo
Cogumelos de píleo convexo a
aplanado, de margem inicialmente
involuta até ondulada na maturidade,
liso, de cor rosada no centro a azul vi­
olácea nas margens. Lamelas emargi­
nadas da mesma cor do chapéu.
Esporada rosada. Estipe cilíndrico, es­
triado e sem anel. Cerca de 5 cm de al­
tura e 4 cm de diâmetro, crescendo no
campo.

Atenção! Comestível desde que


cozido.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

5 mm 3‐6 cm

3‐6 cm 5‐10 mm

67
MACROCYBE PRAEGRANDIS – CALLISTOSPORIACEAE
Cogumelo titã
Cogumelos de píleo convexo, chegan­
do a aplanado, bordas involutas, su­
perfície lisa de cor creme acinzentado
ou acastanhado. Lamelas livres, próxi­
mas entre si, cor creme. Estipe cilín­
drico, grosso, coberto por escamas
evidentes de cor branca a castanha.
Anel ausente. Esporos hialinos. Cerca
de 30 cm de altura e diâmetro, cresce
em gramados e bordas de mata. Pode
chegar a quase 100 cm de diâmetro.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

2‐3 cm 15‐40 cm

15‐30 cm 3‐10 cm

69
70
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Agaricus bisporus
Cogumelos
na serrapilheira
71
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
AGARICUS MEIJERI – AGARICACEAE
Agárico da mata
Cogumelos de píleo convexo a aplana­
do, superfície com com fibras ou
escamas delicadas, de cor marrom so­
bre fundo branco. Lamelas livres e
apertadas entre si, de cor creme quan­
do jovem e chegando a marrom cho­
colate, cor dos esporos. Estipe
cilíndrico, levemente bulboso, floculo­
so abaixo do anel e liso acima. Anel
membranoso, liso na superfície e flo­
culoso na parte inferior. Cerca de 8
cm de altura e diâmetro. Encontrado
nas bordas ou interior de mata.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Pode ser confundido com A. xanthoder­


mus, que oxida para amarelo e é tóxico.

2 cm 6‐10 cm

6‐8 cm 1‐2 cm

73
AGARICUS SYLVATICUS – AGARICACEAE
Agárico da mata
Cogumelos de píleo convexo a aplana­
do, superfície com escamas, de cor
marrom sobre fundo branco. Lamelas
livres e apertadas entre si, de cor clara
quando jovem e chegando a marrom
chocolate, cor dos esporos. Preserva
uma definida linha branca em toda
extremidade do chapéu. Estipe cilín­
drico com pequeno bulbo e presença
de anel membranoso. Cerca de 10 cm
de altura e diâmetro. Encontrado nas
bordas ou interior de mata.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Pode ser confundido com A. xanthoder­


mus, que oxida para amarelo e é tóxico.

2 cm 6‐10 cm

1‐2 cm
6‐8 cm
2‐3 cm

75
PHLEBOPUS BENIENSIS – BOLETINELLACEAE
Falso porcini
Cogumelos de píleo convexo, super­
fície lisa, cor castanho escuro e aspec­
to aveludado. Himenóforo adnexo ao
estipe, com 2 a 3 poros por mm, ama­
relo oliváceo, acastanhado. Estipe ci­
líndrico, alargando muito para a base,
cor amarelo acastanhado. Carne ama­
relada, às vezes azulando quando ex­
posta. Esporada castanha. Cerca de 10
cm de altura e diâmetro. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

1‐2 cm 3‐6 cm

3‐6 cm 5‐10 mm

77
STROPHARIA RUGOSOANNULATA –STROPHARIACEAE
Strofaria rei
Cogumelo de píleo convexo a aplana­
do, com superfície em tons marrom­
avermelhados. As lamelas são adna­
tas, acinzentadas e a esporada roxa. O
estipe é cilíndrico, engrossando leve­
mente na base e com presença de anel
enrugado muito típico. Cerca de 15 cm
de altura e 10 cm de diâmetro, cres­
cendo dentro e na borda das matas.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

1‐1,5 cm 6‐12 cm

5‐10 mm
5‐15 cm
1‐2 cm

79
HYGROCYBE ARNOLDSII – HYGROPHORACEAE
Higrocibe
Cogumelos de coloração chamativa ver­
melha, laranja e branca, píleo de super­
fície estriada, campanulado a aplanado.
Lamelas adnatas, brancas como a espo­
rada. Estipe sem anel, fibroso, cilíndri­
co e oco. Cerca de 10 cm de altura e 5
cm de diâmetro, ocorrem no solo, em
campos ou matas.

∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

5 mm 3‐6 cm

5‐10 cm 5‐10 mm

81
MACROLEPIOTA COLOMBIANA – AGARICACEAE
Cogumelão da mata
Grande cogumelo com píleo umbona­
do, de cor marrom claro no centro pas­
sando para creme nas bordas,
superfície fibrosa a escamosa. Contex­
to esponjoso e branco, como a espora­
da. Lamelas livres. Estipe cilíndrico,
fibroso e longo, com presença de anel
grosso e móvel e base bulbosa. Chega a
mais de 30 cm de altura e 20 cm de di­
âmetro e cresce no interior das matas.

Pode ser facilmente confundido com


Chlorophyllum molybdites, que tem
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

esporos verdes quando maduros.

1‐2 cm 10‐25 cm

15‐40 cm 1‐2 cm

83
LEPISTA NUDA – TRICHOLOMATACEAE
Lepista da mata
Cogumelos de píleo convexo a
aplanado, de margem inicialmente
involuta até ondulada na maturidade,
liso, de cor rosada a azul violácea, fre­
quentemente irregular ou manchada
nas margens. Lamelas emarginadas
da mesma cor do chapéu. Esporada
rosada. Estipe cilíndrico, curto e sem
anel. Cerca de 5 cm de altura e 10 cm
de diâmetro, crescendo no interior e
bordas de mata.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

5‐10 mm 5‐10 cm

3‐5 cm 5‐10 mm

85
VOLVOPLUTEUS GLOIOCEPHALUS – PLUTEACEAE
Volvariela
Cogumelo de píleo cônico a convexo,
liso, de cor branca acinzentada. Lame­
las livres, apertadas entre si e de cor
branca a rosada, esporada rosa a sal­
mão. Estipe branco, sem anel e com
volva evidente na base, semelhante a
um ovo quebrado. Cerca de 10 cm de
altura e diâmetro. Cresce no solo em
locais antropizados.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

5‐10 mm 3‐8 cm

5‐10 mm
5‐10 cm
3 cm

87
Lentinus crinitus
Cogumelos
em madeira
89
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
COPRINELLUS DISSEMINATUS – PSATHYRELLACEAE
Coprino disseminado
Pequenos e frágeis cogumelos, de cor
branca, acinzentada ou creme, de su­
perfície sulcada. Píleo globoso a cam­
panulado, lamelas adnatas ficando de
cor negra (cor dos esporos) na matu­
ração. Estipe fino e delicado, sem anel
visível. O píleo geralmente não passa
de 1 cm de diâmetro, cresce em gran­
des grupos sobre madeira ou matéria
orgânica. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

1 mm 5‐10 mm

1‐3 cm 4 mm

91
CYCLOCYBE CYLINDRACEA – TUBARIACEAE
Cogumelo do álamo
Cogumelos de píleo globoso, depois
convexo a aplanado com margens on­
duladas. Superfície lisa de cor bege
amarelada a acastanhada. Lamelas
adnatas e próximas entre si, de cor
creme, tornando­se castanhas na ma­
turação. Estipe creme a castanho, ci­
líndrico, com anel grande,
membranoso e pendente. Esporos
castanhos. Cerca de 10 cm de altura e
diâmetro. Odor agradável e sabor que
lembra nozes.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

1,5‐1 cm 4‐10 cm

4‐12 cm 0,5‐1 cm

93
GYMNOPILUS JUNONIUS – STROPHARIACEAE
Cogumelo uruguaio
Cogumelos com píleo convexo a apla­
nado, superfície com sedosas fibras de
cor ferrugem sob fundo amarelo. La­
melas adnatas e próximas de cor ferru­
gem como a esporada. Estípe cilíndrico
e fibroso com anel móvel. Pode chegar
a cerca de 20 cm de diâmetro. Cresce
em grupos sobre troncos ou plantas vi­
vas de eucalipto. Sabor amargo.

Atenção! Precisa passar por in­


tensas lavagens e fervura para
consumo.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

1‐2 cm 10‐20 cm

5‐10 cm 1‐2 cm

95
ARMILLARIA PUIGGARII – PHYSALACRIACEAE
Cogumelo de mel
Cogumelos de píleo convexo formando
um círculo irregular, bordas involutas
persistentes. Superfície lisa ou com
minúsculas escâmulas, de cor amarelo
dourado a acastanhado. Lamelas bran­
cas, às vezes rosadas, anexas a decur­
rentes. Estipe cilíndrico, alargando
para base, branco, rosado acima do
anel e acinzentado próximo a base, às
vezes floculoso, com anel elegante e
distinto. Esporos brancos. Cerca de 5
cm de altura e diâmetro.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

0,5‐1 cm 2‐5 cm

2‐5 cm 0,5‐1 cm

97
FAVOLUS BRASILIENSIS – POLYPORACEAE
Favolus, Cogumelo de favos
Fungo com píleo petaloide a renifor­
me, de superfície branca a creme, lisa
e com margens eventualmente irregu­
lares. Himenófero com poros hexago­
nais alongados, 1 a 2 por mm, de cor
branca como o píleo. Estipe lateral re­
duzido, até 1 cm de comprimento, es­
porada hialina. Contexto fibroso,
carnoso quando hidratado e rijo quan­
do seco. Cerca de 8 cm de diâmetro. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

5‐10 mm 5‐10 cm

5‐10 mm 5 mm

99
OUDEMANSIELLA CUBENSIS – PHYSALACRIACEAE
Odemansiela
Cogumelos com píleo convexo a apla­
nado, superfície lisa de cor branca a
castanho claro, tendendo ao transpa­
rente em partes finas, coberto por es­
camas móveis que se desprendem com
a chuva. Lamelas grossas, adnatas, es­
tipe cilíndrico, às vezes bulboso, ambos
de cor branca como o contexto e espo­
rada. Chega a cerca de 10 cm de diâ­
metro e cresce sobre madeira caída ou
de pé dentro das matas.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

5‐10 mm 5‐10 cm

3‐5 cm 5 mm

101
PLEUROTUS DJAMOR – PLEUROTACEAE
Cogumelo salmão
Frutificações de cor variando entre
creme, branco acinzentado, salmão e
rosa, píleo convexo levemente afuni­
lado junto ao estipe, de bordas involu­
tas, lisas como a superfície, estipe de
excêntrico a lateral reduzido, lamelas
decurrentes e esporada rosa claro. Até
de 8 cm de diâmetro, encontrado so­
bre madeira morta no interior das
matas. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

5‐10 mm 5‐10 cm

5‐15 mm 5‐10 mm

103
PLEUROTUS MAGNIFICUS – PLEUROTACEAE
Pleurotus magnífico
Cogumelos de píleo convexo, depres­
so, quase infundibuliforme, margem
ondulada e borda involuta. Superfície
lisa, aveludada, de cor bege amarela­
da. Restos do véu presentes na mar­
gem do píleo. Lamelas decurrentes,
próximas entre si e na mesma cor do
píleo. Estipe cilíndrico, central a ex­
cêntrico, aveludado, na mesma cor do
chapéu e tendendo a castanho na ba­
se. Anel ausente. Esporada hialina.
Cerca de 5 cm de altura e diâmetro,
cresce sobre madeira.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

0,5‐1 cm 5‐15 cm

4‐10 cm 1‐2 cm

105
PLEUROTUS OSTREATUS – PLEUROTACEAE
Cogumelo ostra
Frutificações inteiramente de cor
branco a creme, píleo afunilado, de
bordas irregulares e lisas como a su­
perfície. Estipe de excêntrico a lateral
reduzido, lamelas decurrentes e espo­
rada branca. Pode chegar a 8 cm de
diâmetro, surgindo sobre madeira
morta no interior das matas.

∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

5‐10 mm 4‐8 cm

5‐30 mm 5‐10 mm

107
PLEUROTUS PULMONARIUS – PLEUROTACEAE
Cogumelo ostra
Frutificações inteiramente de cor
branca, píleo convexo a aplanado, de
bordas lisas como a superfície, estipe
de excêntrico a lateral reduzido, lame­
las decurrentes e esporada branca. Po­
de chegar a 10 cm de diâmetro, cresce
sobre madeira morta no interior e bor­
da das matas.

∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

5‐10 mm 5‐10 cm

5‐10 mm 5‐10 mm

109
PLUTEUS CERVINUS – PLUTEACEAE
Cogumelo de veado
Cogumelos de píleo convexo, a ampla­
mente convexo, superfície lisa, de cor
marrom, radialmente fibrilosa. Lame­
las livres, próximas entre si e de cor
branca, ficando rosadas na matura­
ção. Estipe cilíndrico, branco e ten­
dendo a castanho na base. Anel e
volva ausentes. Esporada rosada a
marrom avermelhada. Cerca de 5 cm
de altura e diâmetro, cresce sobre ma­
deira.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

5‐10 mm 3‐8 cm

4‐10 cm 5‐10 mm

111
VOLVARIELLA BOMBYCINA – PLUTEACEAE
Cogumelo‐de‐seda
Cogumelos de píleo inicialmente côni­
co, depois campanulado e chegando a
aplanado na maturação. Superfície le­
vemente pilosa e sedosa, de cor bran­
ca tendendo a castanho claro.
Lamelas livres e próximas entre si,
inicialmente brancas e depois rosa­
das, cor dos esporos. Estipe cilíndrico
e geralmente curvado, afinando para o
ápice, branco como o píleo e sem anel.
Presença de grande volva na base de
cor branca a castanho amarelado.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

2 cm 5‐12 cm

5‐15 cm 1‐2,5 cm

Registro e imagens gentilmente cedidos por Pascal Berten. 113


POLYPORUS TRICHOLOMA – POLYPORACEAE
Poliporus
Gracioso fungo coriáceo­flexível, píleo
entre infundibuiforme e aplanado, su­
perfície castanha, geralmente concen­
tricamente zonada e com bordas
ciliadas. Himenóforo com poros re­
dondos, cerca de 6 por milímetro, de
cor branca como o contexto. Estipe ci­
líndrico central na cor do píleo. Espo­
rada hialina. Cerca de 6 cm de altura e
diâmetro. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

2 mm 4‐8 cm

3‐6 cm 6 mm

115
LENTINULA BORYANA – OMPHALOTACEAE
Shiitake do mato
Cogumelos com píleo convexo de colo­
ração marrom claro com escamas
brancas. Lamelas livres, próximas en­
tre si, de cor amarelo claro e com es­
porada hialina. Estipe cilíndrico na cor
do chapéu e sem anel. Cerca de 5 cm
de diâmetro. Parente próximo do shii­
take, cresce sobre madeira em decom­
posição.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

5 mm 3‐5 cm

3‐5 cm 5 mm

117
LENTINULA EDODES – OMPHALOTACEAE
Shiitake
Cogumelos com píleo convexo de co­
loração marrom claro com escamas
brancas. Lamelas livres e próximas
entre si, de cor branca, esporos hiali­
nos. Estipe cilíndrico branco, com es­
camas e sem anel. Cerca de 5 cm de
diâmetro. Cresce sobre madeira em
decomposição. Cogumelo cultivado,
pode crescer em áreas próximas a cul­
tivos, raramente em florestas nativas. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

5 mm 5‐10 cm

4‐6 cm 5‐15 mm

119
LENTINULA RAPHANICA – OMPHALOTACEAE
Shiitake yanomamy
Cogumelos de píleo convexo a ampla­
mente convexo, levemente depresso,
superfície glabra, às vezes enrugada,
de cor banca com centro tendendo a
castanho claro. Margem levemente in­
voluta, as vezes com resto do véu. La­
melas livres e próximas entre­si,
lamelulas numerosas, da cor do píleo
ou levemente rosadas. Estipe central a
excêntrico, eventualmente retorcido,
levemente acastanhado. Anel ausente.
Esporos hialinos. Cresce sobre madei­
ras duras.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

3 mm 3‐7 cm

3‐5 cm 3‐5 mm

Registro e imagens gentilmente cedidos por Noemia Kazue Ishikawa. 121


LENTINUS BERTEROI – POLYPORACEAE
Peludinho
Fungos coriáceos­flexíveis em forma
de funil crescendo em grupos sobre
madeira morta. Píleo amarelo claro a
ocre com pelos fibrilosos na superfície
do píleo, que tem margens involutas.
Lamelas decurrentes formando poros
na inserção com o estipe, na mesma
cor do chapéu e contexto. Estipe cilín­
drico central ou excêntrico cor casta­
nha. Esporada hialina. Cerca de 5 cm
de altura e diâmetro.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

3 mm 4‐6 cm

3‐5 cm 5 mm Lentinus

123
LENTINUS CILIATUS – POLYPORACEAE
Ânus peludo
Cogumelos de píleo aplanado, depres­
so na inserção do estipe, superfície
bege com pequenas escamas pardas e
com borda ciliada. Lamelas decurren­
tes, próximas entre­si, por vezes anos­
tomozadas, da cor do píleo. Estipe
central, cilíndrico, de cor castanha.
Anel ausente. Esporos hialinos. Cres­
ce sobre madeira e chega a cerca de 5
cm de altura e diâmetro. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

3 mm 3‐7 cm

3‐5 cm 3‐5 mm

Registro e imagens gentilmente cedidos por Larissa Trierveiler Pereira. 125


LENTINUS CRINITUS – POLYPORACEAE
Ânus peludo
Fungos coriáceos­flexíveis em forma
de funil crescendo em grupos sobre
madeira morta. Cor castanho a ocre
com superfície do píleo estrigosa e
com borda não involuta. Lamelas de­
currentes na cor bege como o contex­
to, estipe cilíndrico central ou
excêntrico cor castanha. Esporada hi­
alina. Cerca de 5 cm de altura e diâ­
metro. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

3 mm 4‐6 cm

3‐5 cm 5 mm

127
PANUS NEOSTRIGOSUS – PANACEAE
Peludinho
Fungos coriáceos flexíveis em forma de
funil crescendo em grupos sobre ma­
deira morta. Cor amarelo a castanho
claro. Superfície do píleo fibrilosa, com
pelos muito curtos. Lamelas decurren­
tes na cor do chapéu e contexto. Estipe
cilíndrico central ou excêntrico cor cas­
tanho claro, geralmente muito curto.
Esporada hialina. Cerca de 4 cm de al­
tura e diâmetro. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

3 mm 2‐6 cm

5‐30 mm 5‐10 mm

129
PANUS SIMILIS – PANACEAE
Troféu de caçador
Fungos em forma de funil com píleo
cor amarelo castanho, estriado radial­
mente, aveludado, que fica liso com a
chuva. Borda de involuta a revoluta,
rompendo se na maturidade. Lamelas
decurrentes na cor do chapéu e con­
texto. Estipe cilíndrico cor castanha
com pseudo­esclerócio (madeira enri­
jecida pelas hifas) na base. Esporada
hialina. Chega a 15 cm de altura e 10
cm diâmetro.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

1‐2 mm 4‐10 cm

5‐10 cm 5‐10 mm

131
PANUS VELUTINUS – PANACEAE
Funil de veludo
Fungos coriáceos, um tanto rígidos,
em forma de funil e crescendo sobre
madeira morta. Píleo de cor castanha
e superfície aveludada, que depois fica
lisa. Borda de involuta a revoluta,
rompendo­se na maturidade. Lamelas
decurrentes na cor do chapéu e con­
texto. Estipe cilíndrico cor castanha
com pseudo­esclerócio (madeira enri­
jecida pelas hifas) na base. Esporada
hialina. Chega a 15 cm de altura e 10
cm de diâmetro.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

2 mm 4‐10 cm

5‐10 cm 5 mm

133
Lacaria laccata
Cogumelos micorrízicos
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

135
BOLETINELLUS ROMPELII – BOLETINELLACEAE
Boletinelus
Cogumelos com píleo convexo, super­
fície de cor castanha viscosa e com pe­
lícula. Himenóforo amarelo oliva
apresentando poros anostomosados.
Esporada castanho oliva. Estipe cilín­
drico e grosso, de cor semelhante ao
píleo na base. Contexto amarelo. Cer­
ca de 15 cm de altura e 5 cm de diâ­
metro. Geralmente aparece junto a
Allophylus edulis. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

1‐2,5 cm 5‐10 cm

5‐10 cm 1,5‐2,5 cm

137
BOLETUS EDULIS – BOLETACEAE
Porcini
Cogumelos grandes e vistosos de píleo
globoso, convexo a aplanado, coberto
por película de cor castanha de tons
mais claros nas bordas. Himenóforo
branco ou creme, até amarelo ou oli­
va, apresentando poros profundos e
redondos. Esporada castanha. Estipe
cilíndrico e grosso, branco, creme ou
de cor semelhante ao chapéu. Contex­
to branco a creme. Cerca de 25cm de
altura e diâmetro, cresce em matas de
pinus.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

3‐5 cm 10‐20 cm

10‐20 cm 3‐5 cm

139
CHALCIPORUS PIPERATUS – BOLETACEAE
Boleto apimentado
Cogumelos de píleo inicialmente con­
vexo a amplamente convexo, super­
fície lisa, viscosa quando úmido, cor
ocre a castanho avermelhado. Hime­
nóforo anexo a decorrente, com 1 a 2
poros por mm, na cor do píleo, tor­
nando­se marrom ferrugem na matu­
ração. Estipe cilíndrico, tortuoso, na
cor do píleo. A carne tem cor rosada
quando exposta. Esporada castanha.
Cerca de 5 cm de altura e diâmetro.
Suspeita­se que parasita A. muscaria.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

1‐2 cm 3‐6 cm

3‐6 cm 5‐10 mm

141
SUILLUS GRANULATUS – BOLETACEAE
Suíno granulado, cogumelo chileno
Cogumelo de píleo convexo coberto
por película brilhante de cor amarela
ou castanha, superfície viscosa. Hime­
nóforo amarelo claro, apresentando
poros angulares. Esporada amarelo
ocre. Estipe cilíndrico e grosso, sem
anel, de cor branca ou creme. Contex­
to branco amarelado. Cerca de 10 cm
de altura e diâmetro, em micorriza
com pinus. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

1‐2 cm 5‐12 cm

3‐6 cm 1‐1,5 cm

143
SUILLUS LUTEUS – BOLETACEAE
Suíno lúteo, cogumelo chileno
Cogumelo de píleo convexo coberto
por película brilhante de cor amarelo
escuro, castanha ou marrom, super­
fície viscosa. Himenóforo amarelo cla­
ro a creme, apresentando poros.
Esporada amarelo ocre. Estipe cilín­
drico e grosso, com anel grande, de
cor creme. Contexto branco amarela­
do. Cerca de 10 cm de altura e diâme­
tro. Ocorre em micorriza com pinus. ∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

1‐2 cm 5‐12 cm

3‐6 cm 1‐2 cm

145
SUILLUS SALMONICOLOR – SUILLACEAE
Fungui‐sechi
Cogumelos de píleo inicialmente con­
vexo a amplamente convexo, super­
fície lisa, viscosa, cor laranja claro a
marrom castanho. Himenóforo anexo,
com 2 a 3 poros por mm, na cor do pí­
leo e tornando­se amarelada ou mar­
rom ferrugem na maturação. Estipe
cilíndrico, afunilado para base, pontu­
ado, com anel membranoso e viscoso.
A carne tem cor amarelo alaranjado
quando exposta. Esporada castanha.
Cerca de 5 cm de altura e diâmetro.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

1‐2 cm 3‐6 cm

3‐6 cm 1‐1,5 cm

147
AMANITA RUBESCENS – AMANITACEAE
Amanita americana, Blush
Cogumelo de píleo convexo a aplana­
do, superfície marrom­avermelhada
com escamas brancas, lamelas livres e
apertadas entre si, de cor branca as­
sim como os esporos. O estipe é bul­
boso, com cor semelhante ao chapéu
porém mais clara, tem anel branco e
membranoso. Tende a manchar para
tons rubros quando machucado. En­
contrado em bosques de pinus.

Atenção! Comestível desde que


bem cozido.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

2‐3 cm 6‐20 cm

1‐3 cm
8‐20 cm
3‐5 cm

149
LACCARIA FRATERNA – HYDNAGIACEAE
Lacaria do eucalipto
Pequenos cogumelos de cor marrom
claro, alaranjado ou avermelhado,
com píleo convexo a aplanado, liso de
bordas estriadas. Lamelas adnatas,
distantes entre si e com esporada
branca. Estipe cilíndrico, fino e sem
anel, na cor do chapéu, como as lame­
las. Cerca de 3 cm de altura e diâme­
tro, cresce sob matas de eucalipto.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

3 mm 2‐3 cm

2‐4 cm 3 mm

151
LACCARIA LACCATA – HYDNAGIACEAE
Lacaria do Pinus
Cogumelos de cor marrom alaranjado
com píleo convexo a aplanado, liso, la­
melas adnatas, distantes entre si e es­
porada branca. Estipe cilíndrico,
levemente estriado e sem anel. Cerca
de 10 cm de altura e 4 cm de diâme­
tro, cresce sob matas de pinus.

∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

5 mm 3‐5 cm

5‐10 cm 5 mm

153
LACCARIA PROXIMA – HYDNAGIACEAE
Lacaria
Cogumelos de cor marrom­telha, com
píleo liso, convexo a aplanado. Lamelas
adnatas, distantes entre si na cor do
chapéu. Esporada branca. Estipe cilín­
drico, estriado e sem anel, na mesma
cor do píleo. Cerca de 5 cm de altura e 3
cm de diâmetro, cresce sob bosques de
pinus.

∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

5 mm 3‐5 cm

5‐8 cm 5 mm

155
RUSSULA LUTEA – RUSSULACEAE
Rússula pálida
Cogumelos vistosos de píleo convexo a
aplanado, com superfície lisa, amarelo
claro a dourado, lamelas próximas e
anexas, de cor branca ou creme. A es­
porada é ocre, quase hialina. O estipe
é da mesma cor, cilíndrico e grosso,
sem anel. Contexto quebradiço. Cerca
de 15 cm de altura e diâmetro, cres­
cendo sob matas de pinus e eucaliptos.

Atenção! Fácil de confundir com


espécies tóxicas do mesmo gênero.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

1‐1,5 cm 6‐10 cm

5‐10 cm 1‐2,5 cm

157
LACTARIUS RUFUS – RUSSULACEAE
Lactário rufo
Cogumelo de píleo convexo a depres­
so, com superfície marrom e lisa. La­
melas decurrentes e próximas entre
si, de cor creme exsudando látex em
locais machucados. Esporada branca.
Estipe cilíndrico e oco. Contexto que­
bradiço, com cerca de 8 cm de altura e
diâmetro. Ocorrem sob bosques de pi­
nus e eucalipto.

Comestível após fervura.


∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

5 mm 3‐5 cm

5‐8 cm 5‐10 mm

159
LACTARIUS QUIETICOLOR – RUSSULACEAE
Níscalo, Lactário delicioso
Cogumelo de coloração amarelo ala­
ranjado, píleo depresso e viscoso
quando úmido, concentricamente zo­
nado, frequentemente manchado de
verde. Lamelas decurrentes e próxi­
mas entre si, esporada de cor creme.
Estipe cilíndrico e oco. Contexto que­
bradiço, com cerca de 10 cm de altura
e diâmetro. Ocorre sob bosques de pi­
nus. Pode ser confundido com Paxil­
lus involutus, de bordas bem
revolutas e estipe maciço, e com ou­
tras espécies de Lactarius, que exsu­
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

dam látex branco.

1‐1,5 cm 4‐10 cm

3‐8 cm 1‐2 cm

161
Chlorophylum molybdites
Cogumelos perigosos
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

163
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Amanita phalloides é o cogumelo mais


perigoso do mundo. Seu consumo
causa intoxicações graves e até a mor­
te. Os sintomas geralmente iniciam
algumas horas após consumo e cau­
sam lesões irreversíveis nos rins, cul­
minado em falha hepática e renal, o
que muitas vezes leva a óbito.

164
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Chlorophyllum molybdites é provavel­


mente o cogumelo que mais causa aci­
dentes de intoxicação ao ser
confundido com Macrolepiotas. Seu
consumo causa dores abdominais, vô­
mitos, náuseas, diarreia e cansaço ex­
tremo, além de calafrios. Geralmente
requer internação para lavagem gas­
trointestinal.
165
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

As Russulas são difíceis de identificar,


por isso seu consumo é arriscado e
são consideradas sem valor gastronô­
mico. A maioria das espécies tóxicas
tem sabor bastante apimentado.

166
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

167
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

168
COLETA E IDENTIFICAÇÃO
A identificação das espécies começa
no momento da coleta. A menos que
se trate de uma espécie já conhecida,
é importante que se faça uma série de
observações que irão ajudar na identi­
ficação das espécies. Além de detalhes
como substrato de ocorrência e clima,
é importante fazer registros fotográfi­
cos do cogumelo em diferentes ângu­
los que favoreçam a observação de
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

detalhes da espécie. Recomenda­se


sempre que sejam feitas fotos de per­
fil, em detalhe superior do píleo, do
himenóforo e da inserção das lamelas.
Quando presentes, anel, volva e esca­
mas também merecem ser registrados
em detalhes.

A coleta deve ser feita retirando­se o


fungo inteiro do substrato para que se
169
possa observar as características da
base. Isso pode ser feito com ajuda de
um canivete ou graveto, sendo impor­
tante manter a base íntegra para sua
análise. Muitas vezes, um corte longi­
tudinal ajudará a observar a inserção
das lamelas e outros detalhes, como o
interior do estipe.

Uma dica valiosa para coletores inex­


perientes é aprender a identificar as
espécies mais comuns e de interesse
para coleta. Como a diversidade de es­
pécies é muito grande, muitas coletas
serão bastante difíceis (ou impossí­
veis) de identificar sem ajuda de um
especialista e análises laboratoriais,
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

com uso de microscopia e recursos de


biologia molecular.

Uma vez que o coletor esteja seguro


da identificação daquelas espécies de
interesse culinário, é importante que
se aprenda as épocas e condições fa­
voráveis para ocorrência de cada es­
pécie procurada, ou seja, quais
espécies podem ocorrer em cada tipo
170
de ambiente ou substrato conforme
época do ano e condições do clima,
como umidade e temperatura.

Quando a coleta for feita com fins de


uso na alimentação, é importante to­
mar uma série de cuidados que garan­
tirão que os cogumelos se mantenham
em boas condições de uso, frescos e
limpos. A melhor maneira de fazer is­
so é procedendo com uma coleta lim­
pa. Pra isso se recomenda­se cortar a
base do cogumelo sempre que estiver
carregada de terra, folhas ou outros
resíduos orgânicos. Caso haja folhas
ou outras sujidades na superfície,
também é recomendado que sejam re­
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

movidas antes do armazenamento


junto com outros cogumelos. Isso evi­
ta que a coleta “suje” de terra e outros
resíduos. É possível utilizar um pano
ou papel toalha para uma limpeza
mais adequada, mas isso geralmente
pode ser feito em casa antes do prepa­
ro ou armazenamento.

Uma boa maneira de transportar as


171
coletas é com a ajuda de um cesto. As­
sim, a coleta pode ser bem acomoda­
da, sem empilhamentos, ficando
ventilada e fresca. Caso precise sobre­
por camadas, é possível utilizar um
pano para dividi­las, evitando esma­
gamento. Estes simples cuidados evi­
tam que os cogumelos percam seu
formato e textura e garante que os
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

172
mesmos mantenham boas condições
de uso. O cesto também ajuda na dis­
persão das espécies, já que as correntes
de ar que passam pelo vime carregam
os esporos dos cogumelos pelo cami­
nho e percorrido e arredores.

Primavera Fungi:
∙∙ Primavera Cogumelos comestíveis
Fungi: Cogumelos no Brasil
comestíveis no Brasil

173
173
DICAS DE PRESERVAÇÃO E
ARMAZENAMENTO
Muitas espécies podem ser guardadas
por cerca de uma semana sob refrige­
ração. Ao colocar no refrigerador, po­
de­se utilizar sacos de papel fechados
ou em um pote com tampa, onde se
dispõe os fungos sobre e sob folhas de
papel toalha ou em uma bandeja co­
berta por um pano.

Fungos congelados podem ser armaze­


nados por mais de seis meses. Para
acondicionamento, recomenda­se o
uso de potes ou sacos plásticos que te­
nham fechamento hermético. É inte­
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

ressante realizar um pré preparo dos


cogumelos antes do congelamento,
deixando­os prontos para o uso na for­
ma de lascas, selados, em refogados ou
em molhos. Não devem ser desconge­
lados previamente, mas sim imediata­
mente adicionados nas receitas.

É possível preparar conservas de algu­


mas espécies, desidratando e depois
174
Fermentado de cogumelos.

∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

reidratando em azeite, confitando ou


realizando um rápido cozimento com
água, vinagre e sal, posteriormente es­
correndo o líquido e envasando os co­
gumelos em um vidro, acompanhados
de especiarias e embebidos em azeite
175
de qualidade. A fermentação também
pode ser uma boa alternativa para
preservação dos cogumelos.

A desidratação é a técnica de preser­


vação mais comum e permite o acon­
dicionamento por até um ano. A
secagem mais simples pode ser feita
ao sol, dispondo os fungos fatiados so­
bre uma bandeja e virando­os eventu­
almente. A secagem também pode ser
feita em desidratadores, estufas e for­
nos. Assim como nas plantas medici­
nais, são recomendadas temperaturas
de secagem baixas, entre 40°C e 50ºC,
para não influenciar nas propriedades
nutricionais.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

176
Brasil

177
∙∙ Primavera
Primavera Fungi:
Fungi: Cogumelos
Cogumelos comestíveis
comestíveis no
no Brasil

177
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

178
Foto: Claus Cardoso
RECEITAS
Durante nossas caçadas nos depara­
mos com muitos cozinheiros criativos
e conhecemos diversos sabores fúngi­
cos. Convidamos alguns amigos e
chefs de cozinha que nos ofereceram
deliciosas refeições para compartilhar
receitas dos pratos que têm criado e
servido em seus restaurantes, para
amigos ou até em fogueiras no meio
do mato. Que estas receitas sirvam de
inspiração para os cozinheiros que se
aventurarem a reproduzi­las, incre­
mentá­las ou modificá­las, substituin­
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

do ingredientes mais raros ou até


espécies de cogumelos na criação de
novos pratos. Muito obrigado a todos
os colaboradores que gentilmente ce­
deram seus talentos.

179
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

180
COGUMELADA
Receita de Rodrigo Bellora, chef – Garibaldi, RS.

INGREDIENTES • 60g de queijo colonial


ralado
• 480g de cebola • 60g de cogumelos
• 100g de cogumelos secos
Pleurotus • 40g de arroz cateto cur‐
• 100g de cogumelos to
Shiitake • 40g de arroz carnaroli
• 100g de cogumelos • 40g de arroz negro
Porcini • 40g de arroz vermelho
• 100g de polpa de açaí • 40g de arroz integral
Jussara • 40g de manteiga
• 80g de alho • Água
• 80g de alho poró • Salsa a gosto
• 80g de coalhada fresca • Louro a gosto
• 80g de cebolinha com • Sal a gosto
cabeça • Pimenta a gosto

MODO DE PREPARO

Cozinhe os cogumelos. Após, retire o caldo dos cogume‐


no Brasil
Brasil

los. Reserve.
Faça um refogado utilizando os cogumelos cozidos pi‐
comestíveis no

cados, com a cebola, alho, alho‐poró, salsa, cebolinha


Cogumelos comestíveis

e louro.
Cozinhe os grãos, separadamente, utilizando o caldo
dos cogumelos. Após, misture os grãos.
Faça uma redução do caldo do arroz negro, caldo de
Fungi: Cogumelos

cogumelos, caldo de legumes e da polpa de açaí, e


após, adicione na mistura dos grãos (isso dará cor e in‐
tensificará o sabor).
Acerte o sal e pimenta, e finalize com queijo colonial
Primavera Fungi:

ralado e manteiga.
Para a montagem, utilizar a coalhada fresca, cogume‐
los desidratados e cabeça de cebolinha.
∙∙ Primavera

Serve: 4 pessoas

181
181
PIZZA DE MACROLEPIOTA
Receita de Graciela Vicente, Recetasysetas – Chile.

INGREDIENTES

• 1 chapéu de Macrolepiota
• 1 pitada de sal
• 2 colheres de molho de tomate
• Queijo ralado
• 5 tomates cereja
• Azeite de oliva
• 1 lâmina de presunto serrano
• Folhas de alfavaca
• Pimenta a gosto

MODO DE PREPARO

Preaquecer o forno a 200°C.


Pincelar uma parte da forma com azeite de oliva. Dis‐
por o chapéu de macrolepiota na parte untada da for‐
ma. Salgar e condimentar a gosto. Assar rapidamente
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

o cogumelo para que não fique tão cru nem tão assa‐
do a ponto de perder textura.
Pincelar com molho de tomate. Cobrir com queijo rala‐
do. Partir os tomates cereja e colocar sobre a pizza.
Voltar ao forno a 200°C por uns 15 minutos ou até que
o queijo esteja dourado. Empratar.
Completar a receita com uma lâmina de presunto ser‐
rano, folhas de alfavaca e um fio de azeite de oliva ou
como preferir.
Servir quente.

182
Foto: Acervo do autor da receita.
Brasil

183
∙∙ Primavera
Primavera Fungi:
Fungi: Cogumelos
Cogumelos comestíveis
comestíveis no
no Brasil

183
CREME DE COGUMELOS
Receita de Thiago Paese, chef – Caxias do Sul, RS.

INGREDIENTES

• 6 batatas ou 6 mandiocas (médias) cozidas


• 500ml de água ou caldo de legumes
• 300g de cogumelos
• 1 alho‐poró
• 2 dentes de alho
• Azeite de oliva
• Sal e pimenta
• Espinafre
• Tempero verde

MODO DE PREPARO
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

No liquidificador, adicione a água/caldo, as mandiocas,


1/3 dos cogumelos (in natura) e 2 colheres de azeite.
Triture até ficar homogêneo. Refogue os dentes de
alho picados até ficarem dourados. Acrescente o cre‐
me ao alho, cozinhe em fogo brando por 10 minutos e
adicione o sal. Em outra panela, refogue brevemente
os cogumelos com sal, pimenta e alho‐poró e reserve.
Finalize agregando o cogumelo ao creme e acrescente
o espinafre e o tempero verde a gosto.

Dica: Utilize cogumelos de diferentes espécies para fa‐


zer o creme/refogar. Os mais fortes são melhores para
o creme base e os mais suaves para refogar e finalizar.
Queijos são bem‐vindos, mas lembre‐se que o astro é o
cogumelo.

Serve: 2 pessoas.
184
CREPE QUIETICOLOR COM
GRUYÈRE
Receita de Luiz Zaga, chef – Blumenau, SC.

INGREDIENTES Molho gruyère:


• 100ml de creme de leite
Massa: fresco
• 100g de farinha de • 200g de queijo gruyère
trigo • Sal, pimenta moída na
• 2 ovos hora a gosto
• ¼ de litro de leite
• 50g de manteiga Recheio:
derretida • 500g de Lactarius quie‐
• 50g de Lactarius quie‐ ticolor
ticolor • 50g de manteiga
• Sal • Sal
• Pimenta

MODO DE PREPARO
Massa:
Bata os ovos, o leite, o sal, a farinha e o cogumelo no
liquidificador. Acrescente a manteiga derretida e pe‐
neire. Deixe a massa descansar por 25 minutos.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Molho gruyère:
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Ferver o creme de leite e aos poucos colocar os pedaci‐


nhos de queijo. Corrija o sal caso necessário.

Recheio:
Derreta a manteiga numa frigideira até ficar levemen‐
te marrom, em seguida junte os Lactarius picados e re‐
fogue por 5 minutos. Corrija o sal e finalize com
pimenta do reino.

Montagem: Recheie os crepes com o cogumelo, faca


pequenos envelopes e cubra com o molho de queijo,
leve ao forno para gratinar com um pouco de parme‐
são por cima, caso queira.

Bom apetite! 185

185
HAMBURGUER MÃE TERRA
Receita de Marcos Livi, chef – São Francisco de Paula, RS.

INGREDIENTES

• 840g de cogumelos shiitake e paris


• 210g de beterraba
• 70g shiitake seco triturado no liquidificador (pó)
• 6g de curry em pó
• 8g de páprica doce
• 2g de byriani massala
• 4g de lemon pepper
• Sal e pimenta‐do‐reino a gosto

MODO DE PREPARO

Lave as beterrabas e coloque‐as para defumar: utilize


uma churrasqueira a carvão. Após o carvão estar em
brasa, adicione pedaços de lenha de laranjeira ou de
outra árvore frutífera. Não coloque as beterrabas dire‐
tamente sobre a brasa; utilize uma grelha, pois o calor
deve ser indireto. Cubra as beterrabas com uma tampa
a fim de aumentar a defumação. Deixe por duas horas.
Após este período, remova a pele e passe as beterra‐
bas por um moedor de tamanho médio.
Esprema o excesso de líquido com o auxílio de um pa‐
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

no limpo e seco ou peneira. Reserve.


Separe metade do peso (420g) de cada cogumelo, e
moa no mesmo diâmetro da beterraba. Esprema o ex‐
cesso de líquidos e reserve.
Em uma tigela, coloque todos os ingredientes. Misture
bem. Divida em bolas de 140g cada. Modele os ham‐
búrgueres. Depois, leve‐os a uma grelha e asse dos
dois lados.

186
ESTROGONOFE DE COGUMELOS
E GRÃO‐DE‐BICO
Receita de Marcelo Guidoux Kalil – Porto Alegre, RS.

INGREDIENTES

• 300g de cogumelos • 3 dentes de alho


cortados em fatias • 2 colheres de sopa de
grossas açúcar mascavo
• 100g de grão‐de‐bico • 2 colheres de sopa de
• ½ xícara de castanha‐ vinagre
de‐caju crua • 1 colher de chá de
• 1 xícara de molho de páprica
tomate • Sal a gosto
• 1 cebola picada • Pimenta a gosto
• Óleo ou azeite

MODO DE PREPARO

Deixe o grão‐de‐bico e as castanhas de molho por pelo


menos 8 horas. Escorra o grão‐de‐bico e coloque‐o nu‐
ma panela de pressão, cubra com água, feche e leve
ao fogo. Depois que a panela fizer pressão deixe cozi‐
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil
nhar por 20 minutos. Retire do fogo.
Bata a castanha no liquidificador, com um pouco de
água, até obter um creme homogêneo.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Aqueça bem uma panela com óleo e frite a cebola até


ficar translúcida. Adicione o alho e a páprica e frite por
mais um minuto. Adicione o molho de tomate, o açú‐
car e o vinagre e cozinhe por mais 10 minutos. En‐
quanto isso, em uma frigideira quente, refogue
rapidamente os cogumelos com um pouco de óleo.
Adicione os cogumelos, o creme de castanhas e o grão‐de‐
bico ao molho de tomate, mexendo até misturar bem e
deixe cozinhar até que obtenha a consistência desejada.
Tempere a gosto.

Serve: 3 pessoas

187

187
MASSA DE CAMPO
Receita de Jeferson Timm.

INGREDIENTES

• 1 cebola roxa pequena


• 2 dentes de alho
• 10 tomates cereja
• 1 alho poró (cerca de 4 a 5 dedos da base)
• 300g de Lactarius
• 250g de massa fresca
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

• 50g de gorgonzola

MODO DE PREPARO

Em uma panela, refogue a cebola e o alho picados


em rodelas finas na manteiga com um fio de azeite.
Quando dourar, acescente os cogumelos picados e re‐
fogue até selar. Acrescente sal a gosto, o tomate ce‐
reja cortado ao meio e a base do alho poró em
cortada em rodelas finas. Mantenha no fogo até re‐
fogar o tomate. Sirva sobre a massa já cozida e finali‐
ze com gorgonzola picadinho.

188
COGUMELOS
FERMENTADOS
Receita tradicional russa.

INGREDIENTES

• 500g de Lactarius quieticolor


• 2 colheres de sopa de sal marinho
• Pimenta‐do‐reino a gosto
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

• 2 dentes de alho
• 1 colher de chá de orégano
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

MODO DE PREPARO

Limpe bem os cogumelos. Misture os cogumelos em


uma tigela grande com a pimenta, o alho e o orégano.
Disponha os cogumelos em camadas dentro de um po‐
te de vidro esterilizado, polvilhando cada camada com
o sal marinho. Coloque um peso para forçar os cogu‐
melos a ficarem submersos. Cubra bem o vidro com
um pano limpo ou voal e deixe fermentar em tempera‐
tura ambiente por dois dias. Conserve na geladeira por
até duas semanas.
189

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PORCINI COQUETEL
Receita de Marcelo Pereira, bartender – Porto Alegre, RS.

Whiskey infusão com cogumelos porcini, vermute tinto e


tintura de carqueja. Decorado com porcini desidratado.

PRÉ‐PREPARO
Em 750ml de whiskey americano adicione 100g de
porcini fatiado, deixar em maceração por 48 horas, co‐
ar em filtro de papel.
Em 100ml de destilado com mais de 45% de volume al‐
coólico adicione 50g de carqueja fresca cortada, deixe
macerando por 48 horas e coe bem.

MODO DE PREPARO
Em um copo mexedor adicione 60ml do Bourbon
Whiskey da sua preferência infusionado com cogumelos
porcini, 30ml vermute tinto e 5 gotas de tintura de car‐
queja e gelo, com uma colher bailarina misture os ingre‐
dientes, coe bem para uma taça previamente gelada,
decore e beba.
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Saúde!

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∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

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∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

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∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

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Lentinus crinitus
Brasil

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∙∙ Primavera
Primavera Fungi:
Fungi: Cogumelos
Cogumelos comestíveis
comestíveis no
no Brasil

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ÍNDICE REMISSIVO
Agaricus bisporus – AGARICACEAE 46
Agaricus cf. campestris – AGARICACEAE 48
Agaricus meijeri – AGARICACEAE 70
Agaricus pampeanus – AGARICACEAE 50
Agaricus sylvaticus – AGARICACEAE 72
Amanita rubescens – AMANITACEAE 146
Armillaria puiggarii – PHYSALACRIACEAE 94
Boletinellus rompelii – BOLETINELLACEAE 134
Boletus edulis – BOLETACEAE 136
Chalciporus piperatus – BOLETACEAE 138
Coprinellus disseminatus – PSATHYRELACEAE 88
Coprinopsis cinerea – PSATHYRELLACEAE 52
Coprinus comatus – AGARICACEAE 54
Cyclocybe cilindracea – TUBARIACEAE 90
Favolus brasiliensis – POLYPORACEAE 96
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Gymnopilus junonius – STROPHARIACEAE 92


Hygrocybe arnoldsii – HYGROPHORACEAE 78
Laccaria fraterna – HYDNAGIACEAE 148
Laccaria laccata – HYDNAGIACEAE 150
Laccaria proxima – HYDNAGIACEAE 152
Lactarius quieticolor – RUSSULACEAE 158
Lactarius rufus – RUSSULACEAE 156
Lentinula boryana – OMPHALOTACEAE 114
Lentinula edodes – OMPHALOTACEAE 116
Lentinula raphanica – OMPHALOTACEAE 118
Lentinus berteroi – POLYPORACEAE 120
Lentinus ciliatus – POLYPORACEAE 122
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Lentinus crinitus – POLYPORACEAE 124
Lepista nuda – TRICHOLOMATACEAE 82
Lepista sordida – TRICHOLOMATACEAE 64
Macrocybe praegrandis – CALLISTOSPORIACEAE 66
Macrolepiota colombiana – AGARICACEAE 80
Macrolepiota kerandi – AGARICACEAE 58
Macrolepiota mastoidea – AGARICACEAE 60
Macrolepiota procera – AGARICACEAE 62
Oudemansiella cubensis – PHYSALACRIACEAE 98
Panaeolus antillarum – BOLBITIACEAE 56
Panus neostrigosus – PANACEAE 126
Panus similis – PANACEAE 128
Panus velutinus – PANACEAE 130
Phlebopus beniensis – BOLETINELLACEAE 74
Pleurotus djamor – PLEUROTACEAE 100
Pleurotus magnificus – PLEUROTACEAE 102
Pleurotus ostreatus – PLEUROTACEAE 104
Pleurotus pulmonarius – PLEUROTACEAE 106
Pluteus cervinus – PLUTEACEAE 108
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

Polyporus tricholoma – POLYPORACEAE 112


Russula lutea – RUSSULACEAE 154
Stropharia rugosoannulata – STROPHARIACEAE 76
Suillus granulatus – BOLETACEAE 140
Suillus luteus – BOLETACEAE 142
Suillus salmonicolor – SUILLACEAE 144
Volvariella bombycina – PLUTEACEAE 110
Volvopluteus gloiocephalus – PLUTEACEAE 84

195
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∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

199
∙ Primavera Fungi: Cogumelos comestíveis no Brasil

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Brasil

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∙∙ Primavera
Primavera Fungi:
Fungi: Cogumelos
Cogumelos comestíveis
comestíveis no
no Brasil

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Este ebook é de distribuição gratuita.

Foi elaborado com software livre, no sistema operacional


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Esta publicação foi viabilizada através de uma campanha


de financiamento coletivo empregando a plataforma do
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Porto Alegre, primavera de 2022.


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