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Universidade do Oeste de Santa Catarina-UNOESC Xanxerê/SC

Componente curricular: Ecologia e Bem-Estar Animal

Curso: Medicina Veterinária- 1º período

Acadêmicas: Ana Luisa Alves Rambo, Eliege A. T. Peres

A Importância do Conhecimento da Senciência Animal

Objetiva-se neste trabalho conhecimento de bem-estar animal que permita a pronta


relação do ser humano com o animal e o reconhecimento de suas necessidades, liberdade,
felicidade, adaptação, controle, sentimentos, sofrimento, dor, ansiedade, medo, tédio, estresse,
saúde e o conhecimento da senciência animal. Indispensável ao trabalho veterinário em sua
rotina de produção. É de responsabilidade humana evitar todo e qualquer sofrimento, e como
defini-lo?

Nos primórdios o filósofo francês Rene Descartes(1596-1650) exerceu uma influência


profunda com a sua opinião, de que animais são “maquinas” sem alma. O filósofo inglês Jeremy
Bentham (1748-1832) perguntou:”A questão não é podem raciocinar?, nem falar?,mas podem
sofrer?” já Charles Darwin (1809-1882) acreditava que é possível “o ato mental” nos animais,
similar ao dos humanos. Em estudos recentes da Universidade de Cambridge, um grupo de
proeminentes cientistas da área das neurociências se reuniu para declarar que devido as
semelhanças entre o cérebro humano e o cérebro de outros vertebrados, podemos inferir que
esses animais não-humanos também são conscientes e sujeitos ao mesmo estado interno pelos
quais passamos no que se refere as emoções. Uma das maiores autoridades em assuntos de
consciência dos animais não-humanos, Donald Griffin, faz uma abordagem no assunto da
consciência animal especialmente no sentido dos correlatos neurais da consciência e da
comunicação dos animais como forma de entender suas experiências subjetivas. Observamos
que o comportamento animal é de suma importância para que nós, futuros Médicos Veterinários,
aliarmos o conhecimento de bem-estar e de profutividade.

A definição formulada por Kandel (1976) caracteriza o comportamento como toda


resposta muscular ou secretória, observada por mudanças no ambiente interno e externo dos
animais. No que refere-se à dor os animais de criação industrial são sujeitos a desconforto e dor
de diferentes maneiras, as causas podem ser mutilação normalmente feitas sem anestesia ou
tratamento bruto. O medo, a ansiedade e o estresse, assim como a dor, são comportamentos
que se referem à experiências desagradáveis que causam sofrimento, por exemplo, lutar ou fugir.
Situações repetidas ou prolongadas de estresse podem causar doenças assim como nas
pessoas. No Brasil, a profissão Médico Veterinário está passando por uma transformação
significativa: atender a crescente valorização do bem- estar dos animais. A sociedade espera do
Médico Veterinário um perfil de comprometimento, embora a ciência do bem-estar animal
contemple um histórico de décadas de escassez de literatura específica. Há também uma
mudança comportamental da sociedade em relação ao que se refere a afetividade com o animal.

Há novos desafios no que se refere ao bem estar animal nos estudos científicos que
norteiam a senciência animal nos faz refletir sobre o papel do Médico Veterinário, atuação ética
e profissional na utilização desses parâmetros. Sabendo-se que a relação entre animais e
humanos está cada vez mais estreita, a postura do Médico Veterinário deve condizer com seu
conhecimento científico perante tal situação.
Referências:

http://www.curaeascensao.com.br/alimentacao_saude/animais/animais5.html

http://www.unb.br/posgraduacao/docs/fav/BEMESTARANIMALCONCEITOQUESTOESRELACI
ONADAS.pdf

http://www.labea.ufpr.br/PUBLICACOES/Arquivos/Pginas%20Iniciais%202%20Senciencia.pdf

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