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REPARAÇÃO DE

FERIDAS
Ferimentos, recuperação do tecido, manejo de
feridas em membros locomotores.

Dr. MV Dietrich Pizzigatti


Clínica Cirúrgica de Grandes Animais
REVISÃO SOBRE TIPOS DE
FERIMENTOS.
MANEJO DE FERIDAS.
 Tipos de ferimento:  Grau de contaminação:
 Incisa ou cortante;  Conforme a cor e odor
 Corto-contusa;  Limpas;
 Perfurante;  Limpas-contaminadas;
 Pérfuro-contusas;  Contaminadas;
 Lacero-contusas;  Infectadas;
 Perfuro-incisas;
 Escoriações;
 Equimoses e Hematomas;
MANEJO DE FERIDAS.
 Tipos de ferimento:
RECUPERAÇÃO DE FERIDAS
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO.
MANEJO DE FERIDAS
ASSOCIADAS A PORÇÃO DISTAL
DOS MEMBROS
LESÕES X OCUPAÇÃO X TIPO.
 Esportes:
 Hipismo;
 Coroa de casco, boleto e quartela.
 Turfe;
 Rupturas de tendão, avulsão e acidentes de raia.
 Trabalho;
 Canelas, casco, quartela, boleto, peito, costado, pescoço e
cabeça.
 Tambor e Baliza;
 Ligamen. Colaterais e casco.
FECHAMENTO DE FERIDAS.
 Primeira intenção:  Segunda intenção:
 Feridas pouco contaminadas;  Feridas muito
 Recentes: contaminadas;
 Até 3 horas.  Crônicas:

 Suprimento sangüíneo bom.  Acima de 3-6 horas.

 O que fazer?  Suprimento sangüíneo


pobre;
 Intenção primária  Feridas altamente móveis
atrasada: = glútea e peitoral.
 Feridas que penetram a  Transplante de pele;
camada sinovial.
 Cicatrização autolítica;
Ferimento pouco
O que fazer?


contaminado;
 Feridas contusas;

 Feridas edematosas.

 O que fazer?
FECHAMENTO DE FERIDAS.
 Primeira intenção:
FECHAMENTO DE FERIDAS.
 Suturas de Primeira intenção:
FECHAMENTO DE FERIDAS.
 Suturas de Primeira intenção:
FECHAMENTO DE FERIDAS.
 Segunda intenção:
FECHAMENTO DE FERIDAS.
 Segunda intenção:
TÉCNICA DE PUNCH E GRAFTING.
CICATRIZAÇÃO.
 Tecido de granulação exuberante:
 Cavalos tem mais facilidade em formar TGE;
 TGE x cura da ferida;
 Fatores que influenciam:
 Altura e peso;
 Posição da ferida;

 Inflamação crônica;

 Infecção da ferida;

 Cuidados c/ o ferimento.

 Tratamento.
TECIDO DE GRANULAÇÃO EXUBERANTE
FERIDAS EM REGIÃO DE CASCO.

 Cuidados;
 Principais causas:
 Traumática:
 Barra de salto;
 Cercas;

 Mata-burro;

 Perfurantes:
 Ferpas de madeira;
 Pregos;

 Parafusos;

 Materiais cortantes;
FERIDAS DE CASCO.
FERIDAS DE CASCO.
FERIDAS EM REGIÃO DE CASCO.
 Tratamento:
REPARAÇÃO DE
FERIDAS
Técnicas de manejo.

Dr. MV Dietrich Pizzigatti


Clínica Cirúrgica de Grandes Animais
TÉCNICAS DE MANEJO DE FERIDAS QUE
LEVAM A INFECÇÃO E A CURA.

 Considerações:
 Infecção;
 106 org/gr de tecido ou ml de exudato= Infecção;

 Fezes contém acima de 1011org/gr;

 IPF’S – Infection Potentiating Fractions = 100 org;

 Hemoglobina x Cura de feridas;

 Feridas por objeto cortante x impacto ou laceração;

 Anestesia geral e duração de cirurgia:


 90 min = dobro;
 120 min = triplo;

 Preparação da ferida e da pele:


 Remoção do pêlo;
 Limpeza da ferida;
TÉCNICAS DE MANEJO DE FERIDAS QUE
LEVAM A INFECÇÃO E A CURA.
 Preparação da ferida e da pele:
 Irrigação/lavagem da ferida
 7 PSI = seringa;
 Feridas = máx 15 PSI em ângulo oblíquo.
 Antissépticos para lavagem/irrigação:
 PVPI 10%
 Gram +/-, fungos e Candida;
 0.1 a 0.2% = melhores resultados;
 Desvantagens: Inativado por material orgânico, soro e sangue;
< 0,1% é inativado em infecções c/ ↑ neutrófilos; S. aureus spp. - >
1%.
 Solução de Diacetato de Clorexidine (CHD):
 Gram +/-, vírus, Proteus spp e Pseudomonas spp;
 Nenhum efeito contra fungos ou Candida;
 0,05% CHD = melhores resultados;
 Desvantagens: < 0,05% CHD = S. aureus spp; > 0,5% inibem a
epitelização e formam tec. granulação; contato ocular pode ser tóxico.
TÉCNICAS DE MANEJO DE FERIDAS QUE
LEVAM A INFECÇÃO E A CURA.

 Antissépticos para lavagem/irrigação:


 Peróxido de hidrogênio (HP):
 HP 3% = citotóxico para os fibroblastos e trombose de
microvasculatura adjacente a ferida.
 Hipoclorito de sódio (SH):
 0,5% = Solução de Dakin;
 Mais eficiente para Sthapylococcus spp.;

 Citotóxico para fibroblastos;

 Dissolve tecidos necrosados;

 Antibióticos para lavagem da ferida:


 Invasão bacteriana no tecido ± 3 – 6 horas;
 Neomicina 1% - p/ feridas contaminadas c/ fezes;
TÉCNICAS DE MANEJO DE FERIDAS QUE
LEVAM A INFECÇÃO E A CURA.

 Antibióticos para lavagem da ferida:


 Produtos comerciais:
 Constant Clens (Tyco Healthcare Kendall, Mansfield, MA); ShurClens
TM TM

(Convatec ER Squibb & Sons, LLC, Princeton, NJ) and Equine Vet TM

(Carrington Labs, Irving, TX);


 Vantagens: Pouca ação abrasiva (comparado ao debridamento físico) e baixa

toxicidade.

 Preparação antisséptica da ferida:


 Paciente;
 Cirurgião/Clínico;
 Exploração da ferida;
 Apoio:
 Radiográfia e artroscopia/tenoscopia.
TÉCNICAS DE MANEJO DE FERIDAS QUE
LEVAM A INFECÇÃO E A CURA.

 Preparação antisséptica da ferida:


 Debridamento da ferida:
 Tipos: Excisional; Em bloco; Por estágios;
 Exposição da camada cortical do osso – Granulação;

 Perda de periósteo – debridamento ósseo;

 Debridamento Hidrocirúrgico - VersajetTM Hydrosurgery System (Smith & Nephew, Hull,


UK);
 Enzimas proteolíticas:
 Pancreatic trypsin (Granulex®: Dertek Pharmaceuticals, Research Triangle Park,
NC); Streptodornase or Streptokinase (Varidase®; Lederle Lab, Wayne NJ);
Collagenases, proteases, fibrinolysin and deoxyribonuclease (Elase®; Fujisawa
Health Care, Deerfield, IL);
 Terapia c/ Larvas – Bio-cirurgia:
 Antibióticos:
 Aplicação de antibióticos tópicos:
 Mais eficazes em até 3 horas de ocorrido a injúria;
LIMPEZA DE FERIDAS: INDICAÇÕES E
MELHOR USO.

 Classificação:
 Aderente e ñ-aderente;
 Absorvente e ñ-absorvente.

 Absorvente aderente e não-aderente:


 Gaze
 Debridamento ñ-seletivo (tec. vivo + morto) de exsudato
altamente contaminados e feridas necrosadas;
 Gaze + Clorexidine (1:40) ou sol. salina;

 Salina Hipertônica (CurasaltTM);


 20% NaCl;
 Atua c/ ação osmótica dessecando tec. necrótico e bactérias.
LIMPEZA DE FERIDAS: INDICAÇÕES E
MELHOR USO.

 Curativo Hidrofílico:
 Inclui materiais derivados polissacarídeos;
 Freeze dried gel (FDG); Maltodextrano (M); Alginato de
cálcio (CA); Chitin (C).
 FDG = Composto por Aloe Vera; ativador de macrófagos
e fatores de crescimento tecidual;
 M = Causa quimiotaxiade macrófagos, células polimorf.,
linfócitos na ferida;
 CA = grande atividade hemostática;
 C = Componente do material esquelético de crustáceos e
insetos; altamente bactericida, hemostático e suprime a
formação de tec. granulação exuberante;
LIMPEZA DE FERIDAS: INDICAÇÕES E
MELHOR USO.

 Curativo em sistema oclusivo:


 Hidrogel (Curativo oclusivo c/ oxido politileno);
 Mais recomendado pelo FDA; total antissepcia antes da

aplicação;
 Hidrocolóide:

 Composta por gelatina, pectina e Carboxymetilcellulose;

 Efeitos fibrinolítico, quimiotático e angiogênico.

 Gel de silicone:

 Efeito reverso em escaras hipertróficas causadas por


queimaduras em humanos
 Curativos Sintético semi-oclusivo:
 Poliuretano semi-oclusivo:
 Mais indicados no mercado;
 Indicado para feridas secas e c/ baixa infecção
LIMPEZA DE FERIDAS: INDICAÇÕES E
MELHOR USO.

 Curativo antimicrobianos:
 Curativo contendo iodo:
 Iodosord®;
 Libera iodo quando a ferida passa a se tornar úmida;

 Iodo: efeito anti-bacteriano; macrófago – FNT α e interleucina 6.

 Carvão ativado:

 Mantém um ambiente úmido p/ debrid. Autolítico; absorção


bacteriana (toxina??) e do odor de feridas.

 Curativo Biológico:
 Promovem contração e epitelização da ferida;
 Aminion eqüino; Peritôneo eqüino; Enxerto autógeno;
Plasma rico em plaquetas (PRP);
 PRP = 1.000.000,00/ul em 5ml; misturada c/ trombina, 30 min
depois forma-se gel.

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