Você está na página 1de 26

MANUAL DO TÉCNICO

EM PRÓTESE DENTÁRIA

Manual do TPD - Página 1


MENSAGEM AO
PROFISSIONAL

Trabalhando em prol da valorização dos profissionais de saúde bucal,


a Câmara Técnica de Técnicos em Prótese Dentária elaborou o Manual
do Técnico em Prótese Dentária. O material traz orientações gerais aos
profissionais, com base no Código de Ética Odontológica, explora as
formas de atuação da categoria, os aspectos relacionados a honorários,
biossegurança, publicidade, entre outros.

Apresentado de forma objetiva, o conteúdo e todas as informações des-


critas nas próximas páginas auxiliam os ingressantes ou os profissio-
nais já atuantes na função. Objetivamos garantir o acesso à informação
para que o exercício ético da profissão seja o norteador da carreira de
cada um que escolha a nobre missão de ser um técnico ou auxiliar em
SUMÁRIO
prótese dentária.

A atuação de profissionais de saúde bucal em sintonia e em equipe Capítulo I


TÉCNICO EM PRÓTESE DENTÁRIA: UMA NOBRE PROFISSÃO 4
agrega valor e credibilidade à Odontologia como um todo. O Conselho,
por sua vez, busca oferecer ferramentas que incentivem essa sintonia e Capítulo II
O SISTEMA PROFISSIONAL 15
preparem cada vez melhor os profissionais para o mercado de trabalho.
Capítulo III
FORMAS DE EXERCER A PROFISSÃO 17
Uma equipe de saúde bucal bem orientada e integrada faz toda a dife-
rença na atuação do cirurgião-dentista e do técnico em prótese dentária, Capítulo IV
PROFISSIONAIS DE VALOR 21
consequentemente, no atendimento ao paciente.
Capítulo V
PLANEJAMENTO PROFISSIONAL 23
Esperamos que o conteúdo deste manual seja muito útil a você!
Capítulo VI
O LABORATÓRIO DE PRÓTESE DENTÁRIA 27

Conselheiros CROSP Capítulo VII


BIOSSEGURANÇA 33

Manual do TPD - Página 3


Capítulo VIII
A ÉTICA É SUA ALIADA 38

Capítulo IX
ANEXOS 45
Capítulo I
TÉCNICO EM PRÓTESE DENTÁRIA:
UMA NOBRE PROFISSÃO

1. Uma história de colaboração e união Esse processo conta com a presença de profissionais com visão amplia-
Por muitos anos a Odontologia esteve à margem das políticas públicas da sobre o processo saúde-doença, capazes de entender as pessoas,
de saúde, de maneira que o acesso dos brasileiros à saúde bucal era levando em consideração os vários aspectos de sua vida, além do con-
extremamente difícil e limitado e, quando ocorria, tinha como principal junto de sinais e sintomas da cavidade bucal e saúde geral.
tratamento na rede pública a extração dentária, perpetuando a visão de
uma Odontologia mutiladora. Desde o princípio da Odontologia, o cirurgião-dentista nunca esteve so-
zinho. Os técnicos em prótese dentária são profissionais que possuem
O setor público e o privado passaram por uma série de avanços, tor- conhecimento específico em determinadas áreas da Odontologia e se
nando o tratamento odontológico mais acessível à população, mesmo tornaram colaboradores fundamentais no dia a dia de cirurgiões-den-
diante de barreiras culturais e sociais, que ainda significam um desafio tistas, garantindo aos pacientes, por meio de seus serviços e saberes,
a ser vencido pelos profissionais da Odontologia. qualidade de vida e resgate da dignidade humana.

Com a garantia de acesso a tratamentos protéticos reabilitadores no ser- Atualmente, no Brasil, há mais de 28.300 profissionais que atuam na
viço público e com o advento da implantodontia e de inúmeras técnicas área como técnicos e auxiliares em prótese dentária, sendo que, desses,
nas diversas especialidades odontológicas no serviço privado, houve um quase 9 mil atuam no estado de São Paulo, o que representa 30% dos
verdadeiro fortalecimento da profissão dos técnicos em prótese dentária. profissionais em todo país.

Manual do TPD - Página 5


Os serviços de saúde bucal, incluindo os protéticos são um componente O desafio da profissão é garantir que o processo formativo primário
importante na melhoria das condições de saúde da população, eis que dos técnicos em prótese dentária e cursos de capacitação como os de
se constituem verdadeiros promotores de saúde na recuperação da saú- atualização, aperfeiçoamento e aprimoramento, acompanhem os avan-
de bucal dos brasileiros. ços tecnológicos, que têm modernizado o planejamento e execução dos
serviços protéticos e seus materiais, em atendimento às exigências do c) possuir registro no serviço de fiscalização do exercício profissional,
mercado. em data anterior a 06 de novembro de 1979; e,

O técnico em prótese dentária e o cirurgião-dentista são profissionais d) possuir prova de que se encontrava legalmente autorizado ao exercí-
igualmente importantes na prestação do serviço odontológico, cada cio profissional, em 06 de novembro de 1979.
qual assumindo o seu papel e desenvolvendo suas funções de acordo
com as normas éticas e legais, em benefício da saúde e do bem estar de Auxiliar em prótese dentária
cada ser humano submetido à tratamento odontológico. O auxiliar em prótese dentária é uma profissão regulamentada exclusi-
vamente pela Res. CFO 063/2005, que atribui requisitos para o seu exer-
O serviço protético requer refinada destreza profissional, observando cício, bem como suas competências e vedações.
cuidados e técnicas específicas que se iniciam desde a moldagem, ma-
nipulação e desenho da prótese, procedimentos iniciais que definirão e O auxiliar em prótese dentária poderá exercer suas atividades, sempre
interferirão na peça que será confeccionada com as especificações for- sob a supervisão do cirurgião-dentista ou do técnico em prótese dentá-
necidas pelo cirurgião-dentista, até o trabalho detalhado realizado pelo ria, em consultórios, clínicas odontológicas ou laboratórios de prótese
técnico em prótese dentária, especialista neste mister. dentária, em âmbito público ou privado.

Não há dúvidas de que, uma relação harmoniosa, de cumplicidade e de tro- Compete ao auxiliar em prótese dentária, sob a supervisão do técnico
ca de informações contribui consideravelmente para melhorar o resultado em prótese dentária ou do cirurgião-dentista:
dos serviços na fase preparatória, laboratorial e clínica final de instalação. a. reprodução de modelos;

2. Exercício Legal da Profissão b. vazamento de moldes em seus diversos tipos;


Técnico em prótese dentária c. montagem de modelos nos diversos tipos de articuladores;
A profissão de técnico em prótese dentária (TPD) está regulamentada d. prensagem de peças protéticas em resina acrílica;
pela Lei Federal nº 6.710, de 05 de novembro de 1979, que estabelece
as competências específicas dos profissionais e apresenta vedações no e. fundição em metais de diversos tipos;
exercício da função. f. casos simples de inclusão;
g. confecção de moldeiras individuais no material indicado; e, cura-
O exercício de suas atividades privativas só é permitido com a obser- gem, acabamento e polimento de peças protéticas.
vância do disposto nessa Lei, no Decreto 87.689, de 11 de outubro de
1982; e, nas normas do Conselho Federal de Odontologia. É vedado ao auxiliar de prótese dentária prestar, sob qualquer forma,
assistência direta a pacientes e fazer propaganda de seus serviços ao
Para se habilitar ao registro e à inscrição, como técnico em prótese den- público em geral.
tária, o interessado deverá atender a um dos seguintes requisitos:
2.1. Exercício ilegal e exercício irregular
a) possuir diploma ou certificado de conclusão de curso de prótese den- Para que a sociedade seja protegida, é primordial fiscalizar o exercício
tária, conferido por estabelecimento oficial ou reconhecido; do trabalho. Assim, reforçamos o prestígio e o bom conceito da profis-

Manual do TPD - Página 7


são e de todos que a exercem legalmente, evitando que pessoas sem
b) possuir diploma ou certificado, devidamente revalidado e registrado habilitação ocupem as funções de técnico em prótese dentária e auxiliar
no país, expedido por instituições estrangeiras de ensino, cujos cursos em prótese dentária.
sejam equivalentes ao mencionado na alínea anterior;
Se o exercício da profissão somente é permitido, por lei, ao técnico em ção no estado de São Paulo, o que lhe impede, de acordo com a Lei 6710/79,
prótese dentária que possuir efetivo registro junto ao Conselho Regio- de exercer a profissão nos municípios paulistas. Essa conduta é considerada
nal de Odontologia, exercê-la sem esse registro, configura o crime de crime de contravenção penal (Art. 47, da Lei de Contravenções Penais).
exercício ilegal, previsto no Art. 282 do Código Penal.
Praticar ou permitir que se pratique o exercício legal da profissão, além
Essa é uma questão que merece pleno destaque. O cirurgião-dentista de uma infração à legislação penal, configura, igualmente, infração ao
não pode fazer uso de serviços de técnicos em prótese dentária e de Código de Ética Odontológica e às normas sanitárias.
laboratórios que não possuam registro no CROSP, que é a autorização
legal para o exercício da profissão. Trabalhar com profissionais sem ins- Confira quem responde pelo acobertamento do exercício ilegal ou irre-
crição configura infração ética de acobertamento de exercício ilegal e gular da Odontologia:
enseja a prática ilegal da profissão de TPD. O mesmo ocorre com técni- a) No âmbito ético-disciplinar :
cos em prótese dentária que prestam serviços para pessoas que atuam Os profissionais inscritos no CROSP que eram conhecedores da situ-
como cirurgiões-dentistas sem que esses possuam inscrição e registro ação e facilitaram ou permitiram o exercício ilegal, ilícito ou irregular;
no CRO. Além de favorecer a prática criminosa, ainda há a ocorrência de
b) No âmbito civil e/ou criminal
infração ética. Os profissionais inscritos no CROSP e/ou leigos que eram conhecedo-
res da situação e facilitaram ou permitiram essa prática.
É considerado exercício ilegal da profissão:
a) O profissional que, mesmo tendo concluído o curso, não possui o É importante salientar que o acobertamento não tem uma consequência
diploma ou certificado de conclusão e não possui inscrição e registro somente disciplinar, no âmbito do CROSP, mas envolve, sobretudo, a
no CRO do Estado em que exerce atividades; responsabilidade civil e criminal daqueles que permitiram, por ação ou
omissão, que uma pessoa sem habilitação e autorização legal realizasse
b) O profissional que, diplomado por escola estrangeira, exerce ativi-
dade profissional no Brasil sem, entretanto, proceder à revalidação do aquela prática exclusiva do profissional da Odontologia.
diploma e sem obter inscrição e registro no CRO do Estado em que
exerce atividades; Assim, caso um paciente seja lesado por um tratamento realizado, por
c) O profissional que, tendo sido apenado com suspensão ou cassação exemplo, de forma direta por técnico em prótese dentária (que assumiu
do exercício profissional, continuar exercendo sua atividade durante a função do cirurgião-dentista), o prejudicado (paciente) poderá ajuizar
o período de cumprimento da penalidade; ação de indenização por danos morais e materiais contra quem o aten-
deu, assim como contra o proprietário do estabelecimento odontológico
d) Aquele que não possui formação técnica e habilitação legal confor-
me disposto na Lei que regulamenta a profissão de técnico em próte- ou do laboratório, atingindo também os profissionais que ali atuavam e
se dentária. eram conhecedores da ilegalidade, sem prejuízo de ação criminal contra
todos os envolvidos.
É considerado exercício irregular da profissão:
a) O profissional que deixa de cumprir com um dos requisitos exi- Como o inscrito deve se proteger?
gidos em Lei. Por exemplo: é técnico em prótese dentária inscrito no Ao decidir vincular-se a um consultório, clínica odontológica ou labora-
CRO do estado do Rio de Janeiro, porém atua profissionalmente no tório de prótese dentária, o inscrito deve verificar:
estado de São Paulo, sem que, todavia, tenha solicitado inscrição nes-

Manual do TPD - Página 9


a) Se a clínica odontológica ou o laboratório possui inscrição no
te Estado.
CROSP, bem como se possui responsável técnico;
b) Se a clínica odontológica ou o laboratório possui alvará da Vigilân-
O profissional possui diploma válido, tem autorização legal para exercer a
cia Sanitária;
Odontologia no estado do Rio de Janeiro, porém deixou de requerer inscri-
c) Se o estabelecimento observa as normas éticas e legais de
divulgação;
d) Se as pessoas que atuam no local, de acordo com a função que
exercem, possuem registro e inscrição no CROSP.

2.2. Competências e Restrições


Compete ao técnico em prótese dentária a execução da parte mecâni-
ca dos trabalhos odontológicos; a responsabilidade pelo cumprimen-
to das disposições legais que regem a profissão e a responsabilidade
pelo treinamento de auxiliares e serventes do laboratório de prótese
odontológica.

É seu dever responsabilizar-se por usar materiais regularizados perante


os órgãos sanitários, observadas as normas de biossegurança e demais
regras vigentes no Código de Ética Odontológica.

Ainda, deve se comprometer a realizar os serviços protéticos de acor-


do com a solicitação de serviços apresentada pelo cirurgião-dentista ou
pela clínica odontológica, resguardando e preservando o dever de sigilo
profissional. ARTIGOS DO CÓDIGO DE ÉTICA

De acordo com o texto legal, é vedado ao técnico em prótese dentária Dos direitos fundamentais
a prestação, sob qualquer forma, de assistência direta a pacientes; a “Art. 5º. Constituem direitos fundamentais dos profissionais inscritos,
manutenção, em sua oficina, de equipamento e instrumental específico segundo suas atribuições específicas:
de consultório ou clínica odontológica, destinado ao atendimento de pa- II - guardar sigilo a respeito das informações adquiridas no desempe-
cientes e a realização de propaganda de seus serviços ao público leigo, nho de suas funções;
sendo permitida a divulgação destinada à classe odontológica.
III - contratar serviços de outros profissionais da Odontologia, por es-
crito, de acordo com os preceitos deste Código e demais legislações
3. Princípios Éticos em vigor; IV - recusar-se a exercer a profissão em âmbito público ou
O Código de Ética Odontológica regula os direitos e deveres do cirur- privado onde as condições de trabalho não sejam dignas, seguras e
gião-dentista, profissionais técnicos e auxiliares, e pessoas jurídicas que salubres;
exerçam atividades na área da Odontologia, em âmbito público e/ou VI - recusar qualquer disposição estatutária, regimental, de instituição
privado, com a obrigação de inscrição nos Conselhos de Odontologia, pública ou privada, que limite a escolha dos meios a serem postos
segundo suas atribuições específicas. em prática para o estabelecimento do diagnóstico e para a execução
do tratamento, bem como recusar-se a executar atividades que não

Manual do TPD - Página 11


A Odontologia é uma profissão que se exerce em benefício da saúde do sejam de sua competência legal.
ser humano, da coletividade e do meio ambiente, sem discriminação de
qualquer forma ou pretexto. Art. 6º. Constitui direito fundamental das categorias técnicas e auxiliares
recusarem-se a executar atividades que não sejam de sua competência
XIV - assumir responsabilidade pelos atos praticados, ainda que estes te-
técnica, ética e legal, ainda que sob supervisão do cirurgião- dentista.”
nham sido solicitados ou consentidos pelo paciente ou seu responsável;

Dos deveres fundamentais XV - resguardar sempre a privacidade do paciente;


“Art. 8º. A fim de garantir a fiel aplicação deste Código, o cirurgião- den- XVI - não manter vínculo com entidade, empresas ou outros desígnios
tista, os profissionais técnicos e auxiliares, e as pessoas jurídicas, que que os caracterizem como empregado, credenciado ou cooperado quan-
exerçam atividades no âmbito da Odontologia, devem cumprir e fazer do as mesmas se encontrarem em situação ilegal, irregular ou inidônea;
cumprir os preceitos éticos e legais da profissão, e com discrição e fun- XVII - comunicar aos Conselhos Regionais sobre atividades que caracteri-
damento, comunicar ao Conselho Regional fatos de que tenham conhe- zem o exercício ilegal da Odontologia e que sejam de seu conhecimento;
cimento e caracterizem possível infringência do presente Código e das XVIII - encaminhar o material ao laboratório de prótese dentária devi-
normas que regulam o exercício da Odontologia. damente acompanhado de ficha específica assinada; e, XIX - registrar
os procedimentos técnico-laboratoriais efetuados, mantendo-os em
Art. 9º. Constituem deveres fundamentais dos inscritos e sua violação arquivo próprio, quando técnico em prótese dentária.
caracteriza infração ética:
I - manter regularizadas suas obrigações financeiras junto ao Conse- Do relacionamento com o paciente
lho Regional; Art. 11. Constitui infração ética:

II - manter seus dados cadastrais atualizados junto ao Conselho Regional; I - discriminar o ser humano de qualquer forma ou sob qualquer pretexto;

III - zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da Odontologia e II - aproveitar-se de situações decorrentes da relação profissional/ pa-
pelo prestígio e bom conceito da profissão; ciente para obter vantagem física, emocional, financeira ou política;

IV - assegurar as condições adequadas para o desempenho ético-pro- V - executar ou propor tratamento desnecessário ou para o qual não
fissional da Odontologia, quando investido em função de direção ou esteja capacitado;
responsável técnico; VIII - desrespeitar ou permitir que seja desrespeitado o paciente;
V - exercer a profissão mantendo comportamento digno; IX - adotar novas técnicas ou materiais que não tenham efetiva com-
VI - manter atualizados os conhecimentos profissionais, técnico-científicos provação científica;
e culturais, necessários ao pleno desempenho do exercício profissional; XI - delegar a profissionais técnicos ou auxiliares atos ou atribuições
VII - zelar pela saúde e pela dignidade do paciente; exclusivas da profissão de cirurgião-dentista;

VIII - resguardar o sigilo profissional; XIII - executar procedimentos como técnico em prótese dentá- ria, téc-
nico em saúde bucal, auxiliar em saúde bucal e auxiliar em prótese
IX - promover a saúde coletiva no desempenho de suas funções, car- dentária, além daqueles discriminados na Lei que regulamenta a pro-
gos e cidadania, independentemente de exercer a profissão no setor fissão e nas resoluções do Conselho Federal.
público ou privado;
Do relacionamento com a equipe de saúde
X - elaborar e manter atualizados os prontuários na forma das normas
em vigor, incluindo os prontuários digitais; Art. 12. No relacionamento entre os inscritos, sejam pessoas físicas
ou jurídicas, serão mantidos o respeito, a lealdade e a colaboração
XI - apontar falhas nos regulamentos e nas normas das instituições em que técnico-científica.
trabalhe, quando as julgar indignas para o exercício da profissão ou prejudi-

Manual do TPD - Página 13


ciais ao paciente, devendo dirigir-se, nesses casos, aos órgãos competentes;
Art. 13. Constitui infração ética:
XII - propugnar pela harmonia na classe;
I - agenciar, aliciar ou desviar paciente de colega, de instituição públi-
XIII - abster-se da prática de atos que impliquem mercantilização da ca ou privada;
Odontologia ou sua má conceituação;
III - praticar ou permitir que se pratique concorrência desleal;
IV - ser conivente em erros técnicos ou infrações éticas, ou com o
exercício irregular ou ilegal da Odontologia;
V - negar, injustificadamente, colaboração técnica de emergência ou
serviços profissionais a colega;
VI - criticar erro técnico-científico de colega ausente, salvo por meio
de representação ao Conselho Regional;
VII - explorar colega nas relações de emprego ou quando compartilhar
honorários; descumprir ou desrespeitar a legislação pertinente no tocan-
te às relações de trabalho entre os componentes da equipe de saúde;
VIII - ceder consultório ou laboratório, sem a observância da legisla-
ção pertinente; e,
IX - delegar funções e competências a profissionais não habilitados e/
ou utilizar-se de serviços prestados por profissionais e/ ou empresas
não habilitados legalmente ou não regularmente inscritos no Conse-
lho Regional de sua jurisdição. Capítulo II
Do sigilo profissional O SISTEMA PROFISSIONAL
Art. 14. Constitui infração ética:
I - revelar, sem justa causa, fato sigiloso de que tenha conhecimento
em razão do exercício de sua profissão;
1. Conselhos de Odontologia
II - negligenciar na orientação de seus colaboradores quanto ao sigilo
No final dos anos 50 tomou corpo um movimento na Odontologia bra-
profissional; e,
sileira, que tinha como meta a criação do Conselho Federal e dos Re-
III - fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir paciente, sua gionais de Odontologia. Foi enviado um anteprojeto ao presidente da
imagem ou qualquer outro elemento que o identifique, em qualquer
Câmara Federal, dep. Ranieri Mazzilli, que o encaminhou ao Ministério
meio de comunicação ou sob qualquer pretexto, salvo se o cirurgião-
-dentista estiver no exercício da docência ou em publicações cien- da Saúde para apreciação.
tíficas, nos quais, a autorização do paciente ou seu responsável le-
gal, lhe permite a exibição da imagem ou prontuários com finalidade Em 31 de agosto de 1960, o então ministro da saúde e cirurgião-dentista,
didático-acadêmicas. Dr. Pedro Paulo Penido, enviou ao sr. Presidente da República, Juscelino
Kubitschek, o anteprojeto de lei que instituía o Conselho Federal e Esta-
Parágrafo Único. Compreende-se como justa causa, principalmente: duais de Odontologia.
IV - estrita defesa de interesse legítimo dos profissionais inscritos;
Em 27 de setembro de 1960, Juscelino Kubitschek encaminhou o projeto
Art. 15. Não constitui quebra de sigilo profissional a declinação do tra- ao Congresso Nacional, que, após tramitação, foi convertido na lei nº
tamento empreendido, na cobrança judicial de honorários profissionais. 4.324, de 14 de abril de 1964, promulgada pelo Presidente em Exercício,

Manual do TPD - Página 15


o Dep. Ranieri Mazzilli.
Art. 16. Não constitui, também, quebra do sigilo profissional a comuni-
cação ao Conselho Regional e às autoridades sanitárias as condições de Função
trabalho indignas, inseguras e insalubres. O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo é uma autarquia fe-
deral criada com um fim específico: garantir que a atividade seja exerci-
da apenas por profissionais habilitados e inscritos, cuja atuação profis-
sional se paute pelo Código de Ética Odontológica.

Nesse contexto, o CROSP promove a fiscalização do exercício da pro-


fissão e de qualquer atuação que não seja prevista em lei, visando à
proteção da saúde bucal da coletividade.
Capítulo III
2. Sindicatos dos técnicos em prótese dentária FORMAS DE EXERCER A PROFISSÃO
Os sindicatos são entidades representativas da categoria profissional do
técnico em prótese dentária, dentro da sua área de abrangência territo-
rial, regulamentados principalmente pela CLT.

Por meio de suas diretorias eleitas, com mandato de três anos, têm por O técnico em prótese dentária poderá desempenhar suas funções, com
finalidade a defesa dos interesses econômicos e trabalhistas da catego- base nas competências estabelecidas pela lei federal nº 6.710/79 e de-
ria, sendo mantidos pelas contribuições associativa e sindical. mais normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Odontologia, nas
seguintes situações:
A primeira refere-se à filiação ao sindicato, garantida a liberdade de as- a) na condição de autônomo;
sociação, tanto aos empregados como aos empregadores. A contribui-
ção sindical urbana que era obrigatória, após a Reforma Trabalhista (Lei b) em cargo, função ou emprego público, civil ou militar, da adminis-
tração direta ou indireta, de âmbito federal, estadual ou municipal,
nº 13.467, de 13/7/2017), passou a ser voluntária. Para filiação voluntária,
para cuja nomeação, designação, contratação, posse e exercício seja
deve o interessado observar a base territorial e a sua principal atividade, exigida ou necessária a condição de profissional da Odontologia;
para fins de enquadramento sindical.
c) em magistério, quando o exercício decorra de seu diploma de téc-
nico em prótese dentária;
3. Associações – Entidades de classe
As associações profissionais são constituídas por iniciativa e agrupa- d) em qualquer outra atividade, por meio de vínculo empregatício ou
mento de técnicos em prótese dentária e auxiliares em prótese dentária não, para cujo exercício seja indispensável a condição de técnico em
prótese dentária.
com finalidade científica, cultural, esportiva, social e de lazer.
Profissional liberal
Visam primordialmente o aprimoramento técnico e científico nas diver- Profissional liberal é todo aquele que pode exercer com liberdade e au-
sas áreas da Odontologia e ao interesse social específico do grupo a que tonomia a sua profissão, decorrente de formação técnica ou superior
se destina. Elas têm personalidade jurídica de Direito Privado. específica, legalmente reconhecida, formação essa advinda de estudos

Manual do TPD - Página 17


e de conhecimentos técnicos e científicos.
A abrangência da atuação dessas entidades pode ser de caráter nacio-
nal, estadual ou regional, e podem estar vinculadas às atividades de O exercício da profissão pode ser dado com ou sem vínculo emprega-
determinado segmento ou grupo de profissionais. tício específico, com uma ou mais empresas, mas sempre regulamen-
tado por organismos fiscalizadores do exercício profissional. por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins
lucrativos ou não.
Como profissional liberal, o técnico em prótese dentária possui absoluta
independência técnica e tem o direito de planejar e executar procedi- O profissional autônomo é aquele que não está subordinado ao poder
mentos e serviços protéticos, com liberdade de convicção, nos limites de direção do contratante, possuindo independência para desempe-
de suas atribuições, observados o estado atual da Ciência e sua dignida- nhar as suas atividades, podendo oferecer seus serviços para mais de
de profissional. uma empresa ao mesmo tempo, ou seja, a sua espécie de trabalho tem
caráter de não subordinação em relação à parte contratante, podendo
O serviço protético requer refinada destreza profissional, observando exercer livremente suas atividades nos horários que lhe convier ou nos
cuidados e técnicas específicas que se iniciam desde a moldagem, ma- moldes de seu contrato.
nipulação e desenho da prótese, procedimentos iniciais que definirão e
interferirão na peça que será confeccionada com as especificações for- Como exemplo de profissional autônomo, temos: aquele que é proprie-
necidas pelo cirurgião-dentista, até o trabalho detalhado realizado pelo tário de laboratório, o que atua como comissionado e o prestador de
técnico em prótese dentária, especialista neste mister. serviço eventual.

É dever do técnico em prótese dentária observar o que determina a lei e 1.2. Profissional empregado
o seu código de ética, bem como os princípios técnicos-científicos e de Empregado é todo aquele contratado para prestar serviços para um de-
biossegurança para que os procedimentos e serviços sejam executados terminado empregador, com carga horária definida, mediante o recebi-
com segurança ao paciente, ao cirurgião-dentista e ao próprio técnico. mento de salário. O serviço, necessariamente, tem de ser subordinado,
o que significa dizer que o empregado não tem plena autonomia para es-
De acordo com o INSS, denomina-se profissional liberal a pessoa que colher a maneira como realizará o trabalho, o que não se confunde com
presta serviço predominantemente técnico e intelectual a outras pesso- autonomia clínica, estando sujeito às determinações do empregador.
as físicas ou jurídicas, quando por estas requisitadas, sem qualquer vín-
culo ou subordinação, podendo o serviço ser executado em seu próprio O empregado, então, possui vínculo empregatício, que pode ser manti-
estabelecimento ou no do requisitante. do no serviço público ou privado, sob as normas da Consolidação das
Leis Trabalhistas (registro em Carteira de Trabalho por Tempo de Serviço
Além do dever de possuir registro no Conselho Regional e do direito de – CTPS – regime celetista – serviço público ou privado) ou mediante
ser sindicalizado, o técnico em prótese dentária deve recolher os tribu- vínculo decorrente de processo seletivo ou concurso público (regime
tos devidos anualmente para garantir o exercício de suas atividades, ou estatutário – serviço público).
seja, há o dever de manter ativa sua inscrição no Conselho Regional de
Odontologia do estado em que exerce suas atividades. 1.3. Profissional empresário
Microempreendedor Individual (MEI)
Também lhe é devida a declaração do Imposto de Renda à Receita Fede- O microempreendedor individual (MEI) é um pequeno empresário e sua
ral, como pessoa física ou jurídica, além da contribuição individual ao profissão é regulamentada pela Lei Complementar 128/2008. Possui tra-
Instituto Nacional de Seguridade Social, recolhimento do Imposto Sobre tamento diferenciado e vários benefícios.
Serviços (ISS) e outros, de acordo com a atividade praticada.

Manual do TPD - Página 19


Para se incluir neste grupo, há alguns requisitos, pois é necessário ter
1.1. Profissional autônomo uma receita bruta de até R$ 60.000 (sessenta mil reais) por ano e não ter
A profissão do autônomo está regulada pelo artigo 12, inciso V, alí- sócio ou ser titular de alguma empresa. Além disso, só é permitido ao
nea h, da lei 8.212 de 1991, que diz ser a pessoa física que exerce, MEI contratar um único funcionário para os seus negócios.
Em relação aos impostos, o microempreendedor individual está isento
de tributos como PIS, Cofins, IPI e CSLL.

Microempreendedor (ME)
Nesta categoria, o microempresário deverá atuar como pessoa jurídica,
ou seja, é necessário constituir uma empresa. No entanto, essa empresa
não poderá ultrapassar a renda de R$ 240.000 (duzentos e quarenta mil
reais) por ano, e poderá ter, no máximo, nove funcionários (no caso de
comércio e serviços).

O microempresário precisa pagar sua previdência na categoria de con-


tribuinte individual e a de seus funcionários, devendo também declarar
sua renda.
Capítulo IV
PROFISSIONAIS DE VALOR
A tributação se dá, basicamente, da mesma forma que os profissionais
autônomos, no entanto, deve ser feita como pessoa jurídica, entrando
nessa lista IRPJ (Imposto de Renda para Pessoas Jurídicas), IPI, ICMS,
Cofins, PIS, CSLL etc., podendo reunir grande parte de seus impostos O Código de Ética Odontológica estabelece vários critérios para a fixa-
em um único sistema, optando pelo Sistema Integrado de Pagamento ção de honorários ao cirurgião-dentista, sendo que, parte deles pode ser
de Impostos e Contribuição de Microempresas e Empresas de Pequeno considerada também pelo técnico em prótese dentária, já que muitos
Porte, o Simples Nacional. fatores influenciam essa questão.

Empresário Essas particularidades incluem, por exemplo, a condição socioeconômi-


O conceito de empresário encontra-se previsto no artigo 966 do novo Có- ca do seu cliente e da comunidade local, os conhecimentos e o conceito
digo Civil: “é empresário quem exerce profissionalmente atividade eco- profissional do técnico em prótese dentária, os costumes culturais do
nômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços”. lugar, os riscos e a complexidade do caso, o tempo a ser utilizado na
confecção do serviço, as circunstâncias em que ele será realizado, a co-
Lembra-se da “Firma Individual”? Não? Pois bem, eram as pessoas que operação do cliente com envio adequado dos materiais para a confec-
atuavam individualmente, sem sócio, somente para exercer atividades ção dos serviços, o custo operacional (que envolve não só os materiais,
relacionadas à indústria ou ao comércio. mas também a estrutura do laboratório e demais gastos), entre outras

Manual do TPD - Página 21


premissas.
Com o Código Civil de 2003, a firma individual deu lugar ao empresário,
com a diferença que este, agora, também poderá atuar como prestador A liberdade para arbitrar o valor de seus honorários é uma garantia pre-
de serviços, além das atividades de indústria e comércio. vista no Código de Ética. Não há tabela referencial de honorários pro-
fissionais, tampouco que seja validada pelo Conselho Federal de Odon-
tologia, pelos Conselhos Regionais ou por outra entidade de classe ou
sindicato que possa ser aplicada como valor mínimo ou indicativo para
as cobranças de honorários.

Diante da liberalidade do técnico em prótese dentária para arbitrar seus


honorários, os profissionais devem ajustá-los de acordo com plane-
jamento de custos e materiais, estabelecendo a forma e condições de
pagamento.

No relacionamento entre os profissionais há que ser mantido o respei-


to, a lealdade e a colaboração técnico-científica, configurando infração
ética toda e qualquer ação de exploração entre os colegas, como é o
caso da não quitação dos honorários devidos ao técnico em prótese
dentária, referente aos trabalhos efetivamente realizados e entregues.
Essa conduta é passível de averiguação pela Comissão de Ética e deve
ser comunicada oficialmente pelo técnico para apuração por meio de
processo ético.

Vale a pena investir em um documento que pode ser chamado de con-


trato ou termo de compromisso onde são estabelecidas as obrigações
das partes em relação ao serviço prestado, necessidade de repetição,
correções, adequações e outros. Essas medidas ajudam a dirimir os
conflitos entre os profissionais, sendo um caminho norteador para a Capítulo V
solução de desavenças.
PLANEJAMENTO PROFISSIONAL
Assim como há o dever do cirurgião-dentista esclarecer ao paciente o
plano de tratamento e seus custos, é essencial que o técnico em próte-
se também estipule ao seu cliente a forma de prestação dos serviços, O técnico em prótese dentária deverá, obrigatoriamente, colocar o nú-
os valores de cada procedimento e de eventuais correções do trabalho mero de sua inscrição no Conselho Regional nas notas fiscais de ser-
protético, além de definir prazos e formas de pagamento e entrega do viços, nos planejamentos de custos e nos recibos apresentados ao ci-
serviço. rurgião-dentista, sob pena de instauração de processo ético, conforme
determina a Res. CFO 063/2005.

Manual do TPD - Página 23


De igual maneira, o técnico em prótese dentária não pode reter traba-
lhos cujos honorários já foram quitados, em razão de outras pendências Além disso, é necessário um planejamento de sua vida profissional,
financeiras que o cirurgião-dentista ou a clínica pode, eventualmente, que envolve os aspectos tributários, próprios da atividade de profis-
manter com seu laboratório. sionais liberais.
1. Programação tributária pode fazer toda a diferença na vida tributária dos técnicos em prótese
Ao iniciar sua carreira, em geral, o técnico em prótese dentária está bem dentária autônomos.
preparado tecnicamente para prestar seus serviços e também munido
de todos os conhecimentos básicos para buscar uma especialização, Na hipótese de abrir uma empresa e criar uma pessoa jurídica, os la-
aperfeiçoamento, atualização e aprimoramento profissional. boratórios têm três opções para enquadramento tributário: o Simples
Nacional, o Lucro Presumido e o Lucro Real.
Entretanto, apenas uma pequena parte dos profissionais está habilitada
e capacitada para lidar com a contabilidade, as finanças e a administra- Normalmente, encontramos parâmetros para enquadramento dos labo-
ção da vida tributária de seus laboratórios. ratórios nos regimes Simples Nacional e Lucro Presumido. A decisão
entre uma fórmula de cálculo ou outra é feita por meio de simulações
Organizar corretamente a gestão de um laboratório é uma “ciência” que baseadas em critérios contábeis e financeiros.
demanda atenção, treino, disciplina e conhecimentos que, muitas vezes,
não são ensinados nos cursos da área de saúde. Recomenda-se que essa simulação seja feita sempre no início do ano,
com base na contabilidade do ano anterior, para que a opção do regi-
Elaborar um planejamento tributário é uma etapa primordial. Uma das me seja a melhor possível. Para fazer um planejamento financeiro ade-
primeiras atitudes é solucionar uma dúvida bem recorrente: o que é quado, é preciso manter sob controle o conjunto de contas a pagar e
mais compensador - abrir uma empresa e criar uma pessoa jurídica ou receber, conhecido como fluxo de caixa. Todo negócio deve ter como
seguir trabalhando como pessoa física? objetivo a geração de um resultado positivo - o lucro.

De forma geral, essa escolha depende da análise de vários elementos 2. Imposto de renda
como o faturamento, as despesas e a folha de pagamento. Não há uma Na hora de declarar o Imposto de Renda, outras dúvidas povoam a men-
regra padrão nem uma resposta pronta. te dos profissionais. Por exemplo, é importante saber em que casos é
melhor optar pela declaração simples e em quais situações a declaração
O profissional que optar por seguir como pessoa física e trabalhar como completa é mais vantajosa. A declaração completa é mais compensado-
autônomo precisa fazer alguns procedimentos para andar em dia com ra quando as despesas são altas (com dependentes, com educação, com
suas obrigações fiscais. É necessária a criação do livro-caixa, onde são aluguéis etc.). Quando as despesas dedutíveis são poucas, aí é melhor
lançadas mês a mês todas as receitas e despesas. Existem várias despe- optar pela declaração simplificada, que concede um desconto de 20%
sas dedutíveis no livro-caixa que podem reduzir o lucro tributável, como sobre o total de rendimentos tributáveis.
aluguel, folha de pagamento de funcionários, contas de energia, água,

Manual do TPD - Página 25


telefone e pagamentos ao INSS, entre outras. Outra questão é sobre a separação da vida financeira e tributária do pro-
fissional e de seu laboratório. A pessoa jurídica deve ter uma declaração
Uma consulta ao Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Peque- e a pessoa física deve fazer outra? Como funciona isso? A resposta é
nas Empresas) ou a um escritório de assessoria contábil qualificado sim. A empresa/laboratório tem a obrigatoriedade de entrega por meio
da ECD (escrituração contábil digital) e da ECF (escrituração contábil fis-
cal), enquanto a pessoa física precisa entregar a declaração de Imposto
de Renda.

3. Previdência social
De acordo com o Regulamento da Previdência Social – RPS, e com a
Instrução Normativa RFB nº 971/2009, bem como com o artigo 12, inciso
V, da lei 8.212, que trata da seguridade social, incluído pela lei 9.876, a
pessoa física que presta serviços por conta própria deve, obrigatoria-
mente, ser um contribuinte da Previdência Social.

No caso dos profissionais liberais que prestam serviços a pessoas jurí-


Capítulo VI
dicas, a contribuição previdenciária a ser recolhida pela empresa para a O LABORATÓRIO DE PRÓTESE DENTÁRIA
qual ele trabalha é de 11% sobre o montante da remuneração recebida
até o limite máximo do salário de contribuição.

Já para os profissionais liberais que prestam serviços diretamente a


pessoas físicas, o valor a ser recolhido é de 20% sobre o montante da 1. Inscrição da pessoa jurídica no CROSP
remuneração recebida até o mesmo limite supracitado. Os laboratórios de prótese dentária estão sujeitos à inscrição no Conse-
lho Regional de Odontologia de São Paulo e ao registro no Conselho Fe-
Vale lembrar que os indivíduos que cumprem com o pagamento men- deral de Odontologia, de acordo com a lei nº. 4324, de 14 de abril de 1964,
sal de suas contribuições previdenciárias podem contar com assistência com a Lei 6.710/79, e a consolidação das normas para procedimentos
que vai além da relacionada à aposentadoria. nos Conselhos de Odontologia, aprovada pela resolução CFO-63/2005.

Como um seguro pessoal, a Previdência-Social pode ser acionada pelo Para se habilitarem ao registro e à inscrição, devem, obrigatoriamente,
segurado que cumprir os requisitos para obtenção de benefícios pesso- ter sua parte técnica sob a responsabilidade de técnico em prótese den-
ais como auxílio-doença, salário-maternidade, bem como por seus de- tária ou de cirurgião-dentista.
pendentes para obtenção de auxílio-reclusão, pensão por morte, entre
outros. Mais informações sobre documentos necessários para inscrição em:
www.crosp.org.br/odontologia_empresarial.html
O técnico em prótese deve acompanhar diretamente esses recolhimen-
tos com o seu contador e ficar ciente de que inconsistência entre a renda 2. Inscrição na Prefeitura Municipal
declarada e os valores recolhidos para o INSS, pode gerar problemas no Estão sujeitas à inscrição no Cadastro de Contribuintes Mobiliários

Manual do TPD - Página 27


futuro. (CCM) Municipal as pessoas físicas e jurídicas estabelecidas no municí-
pio que desenvolvam algum tipo de atividade.
Para esclarecer outros pontos, você pode acessar www.crosp.org.br e
clicar no menu “Perguntas Frequentes”, categoria Imposto de Renda. Se você pretende atuar no município de São Paulo, visite o site da
Secretaria de Finanças de São Paulo e obtenha informações em A Vigilância Sanitária do estado de São Paulo regulariza o funcionamen-
www.prefeitura.sp.gov.br ou dirija-se ao Departamento de Rendas to de laboratórios de prótese dentária através da Res. SS 16/99.
Mobiliárias da Secretaria das Finanças do Município de São Paulo
(Rua Brigadeiro Tobias, 691 - São Paulo). 5. Inscrição no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)
O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) visa ser a
Se o seu estabelecimento for constituído em outro município, consulte base para operacionalizar os Sistemas de Informações em Saúde, sendo
a Prefeitura local para obter informações sobre a inscrição estes imprescindíveis a um gerenciamento eficaz e eficiente do Sistema
Único de Saúde (SUS).
Atenção: observe também toda a legislação municipal especialmente
sobre a Lei de Zoneamento, Licença de Funcionamento, Vigilância Sa- Automatiza todo o processo de coleta de dados feita nos estados e mu-
nitária, Lei de Acessibilidade, Gerenciamento e Coleta de Resíduos Sóli- nicípios sobre a capacidade física instalada, os serviços disponíveis e os
dos, Taxa de Lixo, entre outros. profissionais vinculados aos estabelecimentos de saúde e as equipes
de saúde da família subsidiando os gestores (MS, SES, SMS, etc.) com
3. Inscrição no Corpo de Bombeiros dados de abrangência nacional para efeito de planejamento de ações
Atendendo aos convênios com os municípios, toda edificação no estado em saúde.
de São Paulo só consegue o “Habite-se” da Prefeitura se possuir a apro-
vação do Corpo de Bombeiros. Dá transparência à sociedade sobre a infraestrutura de serviços de saú-
de, bem como a capacidade instalada existente e disponível no país.
Essa aprovação é baseada na análise prévia do projeto do edifício. Na
fase de vistoria, são verificadas no local as exigências dos projetos pre- Informações extraídas do site: http://datasus.saude.gov.br/
viamente aprovados durante a fase de análise no Corpo de Bombeiros. sistemas-e-aplicativos/cadastros-nacionais/cnes

Informações extraídas do site: www.ccb.polmil.sp.gov.br. 6. A responsabilidade técnica de laboratórios de prótese dentária


O princípio da responsabilidade técnica, essencial na profissão odon-
4. Inscrição na Vigilância Sanitária tológica, existe para resguardar e proteger os interesses da população.
A lei considera que laboratório de prótese dentária são locais de ris-
co (área crítica) e por isso todas as normas e princípios de biossegu- Cabe ao responsável técnico, atribuição prevista no Código de Ética
rança devem ser seguidos criteriosamente para obtenção do alvará de Odontológica, e exigida por órgãos como a Agência Nacional de Vigilân-
funcionamento. cia Sanitária e os Centros de Vigilância Sanitária, a missão de fiscalizar
técnica e eticamente a empresa pela qual é responsável.
Todo laboratório de prótese dentária é obrigado a solicitar a licença de
funcionamento perante a Vigilância Sanitária. É esse profissional da Odontologia que determina e regula as normas
técnicas da empresa, além de assumir a responsabilidade específica da-

Manual do TPD - Página 29


A licença tem validade por um ano. O técnico em prótese dentária que quela entidade, respondendo por suas ações e decisões.
não cumprir as exigências pode receber um auto de infração e ser pena-
lizado, de acordo com a lei federal nº 6.437, de 20/8/1977, e a lei estadual Segundo o art. 33 do Código de Ética Odontológica, cabe ao responsável
16.140, de 2/10/2007. técnico a fiscalização técnica e ética da instituição pública ou privada
pela qual é responsável, devendo orientá-la, por escrito, inclusive sobre b) que o profissional apresente a carteira ou cédula profissional emi-
as técnicas de propaganda utilizadas. tida pelo CROSP e demais dados de qualificação individual;
c) que o cliente (cirurgião-dentista ou clínica odontológica) apresen-
O artigo também observa que é dever do responsável técnico primar te seu número de inscrição e registro no CROSP, a fim de certificar-se
pela fiel aplicação desse Código na pessoa jurídica em que trabalha, que possuem regularidade perante o órgão de fiscalização.
bem como informar ao Conselho Regional, imediatamente, por escrito,
quando há constatação de cometimento de infração ética na empresa É uma infração ética manter vínculo com entidades, empresas ou profis-
em que exerça sua responsabilidade. sionais em situação ilegal, irregular ou ilícita.

O responsável técnico deve exigir que o estabelecimento, além de O técnico em prótese dentária deve verificar se os candidatos a compor
cumprir com a ética, também observe as normas impostas pela Vigi- seus times têm o devido registro e a inscrição no CROSP. Essa medida
lância Sanitária, a fim de garantir a segurança dos profissionais que ali é essencial para evitar o exercício ilegal e também para se resguardar
exercem sua profissão e dos pacientes que receberão os serviços ali quanto à infração de acobertamento do exercício ilegal praticado por
confeccionados. quem não tem a qualificação para exercer a função.

Dessa forma, o responsável técnico trabalha para que se respeite e cum- O acobertamento é uma infração ética que pode gerar a perda do direito
pra o Código de Ética profissional, desde os anúncios e propagandas, de exercer a profissão, por meio de processo ético disciplinar. Afinal,
até a qualidade nos serviços realizados, uma vez que ele será considera- permitir que uma pessoa não habilitada exerça a Odontologia coloca em
do solidário à toda infração ética cometida no local. risco a vida do ser humano.

Cabe também ao responsável técnico informar e orientar as empresas No mais, o acobertamento do exercício ilegal desprestigia a Odontologia e
sobre possíveis transgressões éticas, legais e regimentais. Não é per- aqueles que a exercem legalmente, favorece o ilegal, enfraquece e desvaloriza
mitido que o responsável técnico apenas “assine” pela entidade, sendo os profissionais legalizados e gera um profundo descrédito social para com
obrigatório o exercício da função, devendo acompanhar os trabalhos todos que se dedicam à população de maneira digna, responsável e honesta.
sob sua responsabilidade.
8. Instalações e funcionamento
Necessariamente, o responsável técnico deverá ser um técnico em pró- A Res. SS. 16/99 da Vigilância Sanitária Estadual estabelece as condi-
tese dentária ou um cirurgião-dentista com inscrição no Conselho Re- ções mínimas de instalações e funcionamento para os laboratórios de
gional da jurisdição, quite com sua tesouraria. prótese dentária.
Saiba mais: https://goo.gl/8nTP7i
7. Contratação de prestadores de serviços e parcerias
Os laboratórios de prótese dentária, quando da contratação de presta- 9. Organização e administração
dores de serviços ou realização de parcerias, devem verificar e requerer, Para o adequado funcionamento do laboratório, é necessário estabele-

Manual do TPD - Página 31


no mínimo: cer uma organização administrativa rigorosa. O controle de clientes e
a) que o profissional (CD, TPD e APD) apresente declaração de habili- trabalhos, estoque de materiais de consumo, receitas e despesas, por
tação profissional emitida pelo CROSP, na qual constará a regularida- exemplo, são apenas alguns dos itens imprescindíveis para que seu tra-
de ética e financeira do mesmo; e, balho seja eficiente.
As medidas administrativas mais importantes são:
• cartão de visitas: deve constar o nome do laboratório, seguido de
seu número de inscrição no CROSP, além do nome e número de inscri-
ção de seu responsável técnico. Ainda, pode constar: logomarca, ende-
reço, telefone e e-mail;
• bloco de pedido: é muito importante para que os trabalhos, quando
solicitados pelo cirurgião-dentista, tenham o máximo de informações. Capítulo VII
Deve também conter a assinatura do profissional solicitante – como
rege o Código de Ética Odontológica;
BIOSSEGURANÇA
• ordem de serviço: sugestão de uma segunda ficha interna para ano-
tações necessárias durante etapas do trabalho. Importante não utilizar
a mesma ficha enviada pelo cirurgião-dentista para que esta não conte- 1. Normas de biossegurança
nha rasuras, protegendo a validade jurídica do documento; O risco de disseminação de micro-organismos e de infecção cruzada
• cadastro dos clientes: para efeito de organização administrativa, que pode ocorrer entre os consultórios odontológicos e laboratórios
deve-se manter um programa que ofereça acesso imediato aos dados de prótese, faz com que todos profissionais envolvidos recebam in-
básicos de cada cliente; formações sobre as medidas a serem tomadas para minimizar os fa-
• contrato de prestação de serviços entre o laboratório e o cirurgião- tores de risco.
-dentista/clínica. Para acessar o modelo vá ao site do CROSP (www.
crosp.org.br) no menu lateral esquerdo Downloads e clique em Padrões A falta de desinfecção dos moldes, registros de mordida, modelos, ins-
de Documentos. Consulte também: trumentais e bancada de trabalho, expõe a equipe a várias doenças
► minuta de contrato de prestação de serviços de prótese dentária causadas por vírus como a hepatite A, B, C, D e G, sífilis, gripe, além de
► declaração para auxiliar em prótese dentária doenças causadas por bactérias e fungos como pneumonia, meningi-
• protocolo administrativo: criação de protocolos para controle e or- te, septicemia (risco biológico).
ganização das informações do laboratório, sistematizando os proces-
sos e fluxos de serviços. Aumenta a eficiência da empresa e garante a Há um conjunto de medidas que visa ao controle de infecção cruza-
rastreabilidade de produtos e serviços, visando atender as necessida- da da clínica odontológica e tem por princípio básico a prevenção
des administrativas e legais; de doenças.
• controle financeiro de recebimento: é fundamental ter um controle
de pagamento, sempre atualizado; Moldes e modelos devem ser corretamente descontaminados para
• controle de estoque: é o sistema de organização no qual as empresas encaminhamento ao laboratório de prótese. É de responsabilidade
controlam o fluxo de materiais dentro do processo produtivo. Esse con- dos cirurgiões-dentistas e dos técnicos em prótese garantir a pre-
trole é importante para formação do preço do produto (insumos e bens venção e cobrar de sua equipe os cuidados diários em todas as eta-
de consumo); pas de trabalho.
• controle financeiro de pagamento: despesas variáveis (compra de mate-
rial, fornecedores, etc.); pessoal (funcionários, terceirizados, etc.); despesas fi- Utilizar equipamentos de proteção individual (EPI) durante os proce-
xas (água, luz, telefone, aluguel, etc.) e impostos (municipais, federais, etc.); e, dimentos exigidos nos serviços de saúde, estar com as vacinações

Manual do TPD - Página 33


• controle de arquivo: é muito importante observar o tempo legal de guar- em dia, conhecer as doenças de risco e as vias de contaminação,
da dos documentos. Nesse sentido, considerando que há uma relação de minimiza as portas de entrada, evitando infecção cruzada.
consumo entre laboratório/técnico em prótese e clínica/cirurgião-dentista, a
recomendação é que os documentos sejam mantidos em arquivo por toda a Considerando todo paciente como possível portador de alguma doença
vida, observando o disposto no Art. 27 do Código de Defesa do Consumidor.
Partículas em aerossol contaminadas permanecem no ar por longos pe-
pré-existente, todo o trabalho recebido dos consultórios odontológicos ríodos após o polimento, passível de transmissão de infecções (micro-
deve ser considerado contaminado e passível de ser via de transmissão -organismos patogênicos, tais como leveduras e bactérias gram-nega-
de alguma doença infecciosa e, portanto, deve ser desinfetado no ato tivas, que podem causar infecções oculares e respiratórias), sendo sua
do recebimento. Ideal na saída do consultório – molde selado em sa- aspiração e inalação por pessoas com endocardite e doenças respirató-
cos plásticos (tipo ‘zip”), para que não haja contaminação da caixa de rias realmente perigosas.
transporte.
Apesar de não ser possível eliminar todas as fontes de contaminação,
Sugestão de roteiro de biossegurança nas etapas laboratoriais: medidas de prevenção podem ser tomadas, como o uso de aventais,
1. Abertura das caixas de trabalho – imprescindível uso dos Equipa- luvas e óculos, formando uma barreira protetora para o profissional,
mentos de Proteção Individual: luvas, máscara, óculos de proteção, bem como o uso de tornos com escudos, a descontaminação dos feltros
touca e avental. e sua troca regular.
2. Todos os materiais recebidos devem ser descontaminados: algina-
to, siliconas, borrachas, gesso, prótese de acrílico, outras próteses, etc. A pasta de pedra pomes usada em conjunto com desinfetante (uma mis-
Impressões devem ser lavadas com água corrente em abundância e tura simples de hipoclorito de sódio a 10%) é uma alternativa viável que
secas, antes da desinfecção para remover depósitos de saliva e sangue. reduz significamente a contaminação cruzada nos laboratórios de prótese.
3. Recomenda-se o preparo da “solução de Milton” com hipoclorito
de sódio a 1%, (01 colher de sopa de água sanitária para 01 copo de Na prática seria mais ou menos assim: para 100mg de pó, geralmente
200ml de água filtrada). Borrifar a solução desinfetante em todo ma- usa-se 25ml de água (10% de água sanitária seria 2,5ml - uma colher de
terial e aguardar por 10 minutos, após esse período lavar novamente café- misturada a água). Recomenda-se a troca da lama de pedra po-
com água corrente. A maioria dos estudos tem demonstrado que o mes, uma vez por semana.
hipoclorito de sódio 1% por 10 minutos é o método mais indicado
para a desinfecção das moldagens em geral. Quando corretamente
Descarte de material
conduzido, não provoca alteração na moldagem, tampouco nas peças
protéticas. Impressões enviadas ao laboratório pelos consultórios, independente
do material utilizado é classificado como resíduo com risco biológico,
4. Retorno do trabalho após prova – repetir o mesmo procedimento.
que apresenta risco potencial à saúde e ao ambiente devido à presença
Polimento: pasta de pedras pomes de micro-organismo. Por esta razão existem normas de gerenciamento
O polimento de próteses em especial parciais removíveis e totais, sem para o descarte correto dos resíduos gerados, sendo responsabilidade
desinfecção anterior (pós prova do paciente), leva a um elevado nível do cirurgião-dentista a separação dos mesmos.
de transferência de micro-organismos para o profissional e sua equipe.
Não há na legislação brasileira leis direcionadas à classificação e des-

Manual do TPD - Página 35


É considerada fonte potencial de contaminação cruzada visto que sem carte do lixo de laboratórios de prótese, portanto, ao receber estes ma-
a desinfecção da peça, os micro-organismos da flora oral do paciente, teriais no laboratório, não os descarte em lixo comum, devolva-as aos
ficarão impregnados na lama de pedra pomes e, sucessivamente trans- consultórios de forma consciente e responsável, para que ele faça o des-
ferido para novas peças, continuando o ciclo de infecção cruzada. carte por meio do serviço especial de coleta de lixo.
2. Insalubridade e periculosidade exerce suas atividades em ambiente cujas condições além de insalubres
No dia a dia dos laboratórios, não raro os técnicos em prótese dentária são perigosas, deverá ser pago o adicional com percentual maior.
exercem sua profissão sob o risco da insalubridade e, em alguns ca-
sos, da periculosidade. Pela definição, insalubridade é o contato com A jurisprudência, em sua maior parte, não confere ao trabalhador o di-
agentes biológicos e químicos nocivos à saúde do trabalhador a eles reito de receber, ao mesmo tempo, o adicional de insalubridade e de
exposto. periculosidade.

Ao receber as moldagens e modelos, ainda que o cirurgião-dentista te- Quando o cirurgião-dentista mantém em seu consultório um laboratório
nha observado as normas de biossegurança, há o risco de contaminação de prótese, ainda que a atividade seja restrita ao seu estabelecimento,
por material infectante (secreções bucais: saliva ou excreções purulen- há a possibilidade de ser aplicada a periculosidade, já que o profissional
tas, bem como o sangue dos pacientes). Em acidentes de trabalho, com terá contato com equipamentos, produtos inflamáveis e gases que po-
os equipamentos e instrumentais perfurocortantes e rotatórios, existe dem causar explosões.
igualmente o risco de contaminações. Além disso, a insalubridade se
faz presente também através do ruído da alta rotação e até as condições Medidas de proteção e segurança
ergonômicas mantidas durante o serviço. A prevenção de situações de insalubridade ou periculosidade, a fim de
neutralizar os agentes nocivos do ambiente de trabalho, se dá por meio
Os profissionais que trabalham sob o regime celetista, isto é, regido do uso adequado dos equipamentos de proteção individual (EPIs), exi-
pelas normas da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, e em suas gência estabelecida pela legislação sanitária, de fornecimento exclusivo
atividades laborais estão expostos a agentes nocivos acima dos limites do empregador e de uso obrigatório do empregado.
de tolerância fixados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na
Norma Regulamentadora nº 15 (a NR-15) têm o direito de receber um Ainda, os profissionais da Odontologia possuem o dever de garantir,
adicional de insalubridade que varia em grau mínimo, médio e máximo, zelar, resguardar e preservar todos os mecanismos existentes de biosse-
com acréscimo de 10%, 20% e 40%, respectivamente, sobre o valor do gurança, para minimizar riscos, sem prejuízo de demais regras impostas
salário mínimo vigente, conforme artigo 192 da CLT. pela Prefeitura, no que diz respeito às normas de segurança das edifica-
ções, dentre elas o laudo do Corpo de Bombeiros.
A caracterização de insalubridade é realizada por perícia de um médico
ou de um engenheiro do trabalho, que também será o responsável pela É evidente, também, que o empregador, para minimizar riscos jurídicos,
aferição do grau de exposição. Àqueles que estão vinculados ao serviço deverá fornecer, exigir e fiscalizar o uso dos EPIs e os protocolos de
público, sob o regime estatutário, o adicional de insalubridade deve ser biossegurança, mais ainda, não poderá submeter um determinado fun-
previsto na legislação do ente público (municipal, estadual ou federal) cionário ao exercício de sua função em ambiente onde as condições de
ou em ato normativo equivalente. trabalho não sejam dignas, seguras e salubres.

Outra questão que impacta o trabalho dos profissionais é a periculosi- Saúde do trabalhador
dade. Entende-se por periculosidade o contato ou a proximidade com Com o objetivo de proteger a saúde do trabalhador que atua em con-
explosivos e inflamáveis caso sejam parte da realidade e da rotina. dições especiais que podem trazer riscos a sua saúde, a Constituição
Federal, no artigo 7º, inciso XXIII, e a CLT – Consolidação das Leis

Manual do TPD - Página 37


O trabalho em condições de periculosidade assegura ao profissional um Trabalhistas – nos artigos 189 a 193, criaram os adicionais de insalu-
adicional de 30% sobre o salário base (sem os acréscimos resultantes de bridade e periculosidade, os quais deverão ser pagos ao empregado
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa), desde que fizer jus apenas durante o período que se enquadrar na situação
que comprovada a exposição por laudo técnico. É certo que, se a pessoa legalmente prevista.
Foto divulgação
Capítulo VIII
A ÉTICA É SUA ALIADA

1. Ética na relação entre a equipe de saúde nicas do paciente e sobre o planejamento de tratamento, com a con-
O Código de Ética Odontológica apresenta como dever fundamental dos cessão do maior número de detalhes possíveis sobre as características
profissionais da Odontologia o de cumprir e fazer cumprir os preceitos dos elementos dentários, da estrutura óssea e facial do paciente e o que
éticos e legais da profissão. Ainda, estabelece como obrigação do ci- lhe foi ofertado como opção de tratamento, considerando sua queixa
rurgião-dentista o envio do material ao laboratório de prótese dentária, principal, suas perspectivas e a terapêutica escolhida para a efetivação
devidamente acompanhado de ficha específica assinada, cabendo aos da reabilitação bucal.
técnicos o dever de registrar os procedimentos técnico-laboratoriais efe-
tuados, mantendo-os em arquivo próprio. Assim, é recomendável que o técnico solicite do seu cliente, o cirur-
gião-dentista, especificações claras e objetivas, que serão de extrema
Essa regra ética já apresenta uma prática que deve ser mantida entre os importância para a apresentação de um serviço protético que alcance a
profissionais e que, muitas vezes, é pouco utilizada e difícil de ser fisca- efetiva necessidade do tratamento odontológico.
lizada como infração ética, pois se trata de uma conduta procedimental
estabelecida entre o cirurgião-dentista e o técnico em prótese dentária. Como exemplo, na descrição das características do paciente é impor-
tante constar a idade, sexo, tipo de rosto, raça, descrição da pele, clas-
Porém, por respeito ao Código de Ética e para a adequada segurança sificação de Angle. Já na descrição das características do serviço, deve
ética e jurídica dessa relação, o técnico tem o dever de exigir que o ser mencionada a cor predominante dos elementos dentários (cervical e
cirurgião-dentista ou a clínica odontológica encaminhem os trabalhos incisal), escala utilizada na seleção de cores, particularidades da superfí-
a serem executados com as devidas especificações do que deverá ser cie, brilho e formato dos dentes e demais distinções do caso.

Manual do TPD - Página 39


confeccionado.
Ainda, deve haver um rigoroso controle dos materiais que foram envia-
É de responsabilidade do cirurgião-dentista, por exemplo, fornecer ao dos ao laboratório e a apresentação das peculiaridades do trabalho que
técnico em prótese todos os dados necessários sobre as condições clí- deverá ser realizado (tipo de serviço e material).
Essas informações devem seguir em documento próprio com a assi- peça protética ou algum dano à saúde do paciente, tal situação deverá
natura do cirurgião-dentista contratante e o laboratório deverá checar, ser averiguada sob o instituto da culpa, avaliando eventual ocorrência
quando do envio do material e dos relatórios, se o que está sendo apre- de negligência, imperícia ou imprudência, bem como a efetiva respon-
sentado corresponde ao que está descrito. sabilidade decorrente de ato exclusivo do cirurgião-dentista.

É dever de todos os profissionais, indiscriminadamente, zelar e traba- Considerando que o serviço prestado tenha realmente algum vício de
lhar pelo perfeito desempenho ético da Odontologia e pelo prestígio execução e que não tenha sido possível percebê-lo no ato do recebi-
e bom conceito da profissão; exercer a profissão mantendo comporta- mento do material enviado pelo laboratório ou quando da instalação
mento digno; zelar pela saúde e pela dignidade do paciente; propugnar do mesmo na cavidade bucal, o cirurgião-dentista poderá requerer do
pela harmonia dos profissionais que compõem a equipe de saúde bucal; técnico em prótese dentária o ressarcimento pelos prejuízos financeiros
assumir responsabilidade pelos atos praticados; além de não manter que sofreu pela necessidade de refazer o serviço ao paciente, o que po-
vínculo com clínicas, laboratórios ou profissionais que não possuam re- derá se dar de maneira extrajudicial ou judicial, uma vez que o técnico
gistro no Conselho Regional, comunicando os casos que tenham conhe- possui responsabilidade perante o seu cliente (cirurgião-dentista) em
cimento de exercício ilegal da Odontologia. razão do serviço ofertado.

Para que haja uma relação saudável, com um exercício profissional se- O técnico em prótese dentária possui responsabilidade civil quanto aos
guro e ético tanto para o cirurgião-dentista quanto para o técnico em atos praticados de sua competência, quais sejam: fundição, polimen-
prótese dentária, existem cuidados que devem ser observados. Não há to, montagem dos dentes na peça, polimerização, acabamento final e
como pensar em relação de respeito se os profissionais não forem co- etc, além de toda e qualquer prática decorrente dos materiais recebidos
nhecedores dos direitos e deveres mútuos, que existem para garantir a como guias para a execução dos serviços laboratoriais, daí a importân-
população tratamento digno e de qualidade, a valorização da Odontolo- cia de se exigir que o cirurgião-dentista encaminhe os materiais de acor-
gia e daqueles que a exercem legalmente. do com o que preceitua a técnica.

2. Responsabilidade ética e civil 3. Responsabilidade criminal e sanitária


Na prestação de serviços odontológicos, inclusive os protéticos, o cirur- Deve-se considerar, também, que os profissionais, clínicas e laborató-
gião-dentista é o único responsável perante o paciente sobre o trabalho rios têm a obrigação de observar as normas de biossegurança, já que há
executado e instalado. Isso porque a relação que o paciente mantém é um risco muito grande de os profissionais da área contraírem doenças
exclusiva com o cirurgião-dentista. O cliente do técnico é o cirurgião- infectocontagiosas advindas de material que tenha sangue e saliva de
-dentista e não o paciente. pacientes.

É responsabilidade do cirurgião-dentista o diagnóstico e o planejamen- Assim, ao enviar o material ao laboratório o cirurgião-dentista deve pro-
to do tratamento e, como já vimos, também é de sua responsabilidade videnciar a sua desinfecção e/ou descontaminação dos moldes e mode-
fornecer todos os dados necessários ao TPD para a execução adequada los. Do mesmo modo que as próteses devem ser desinfetadas antes de
da peça protética. Ainda, sabe-se que, a execução dos preparos na cavi- serem entregues ao paciente, o mesmo procedimento deve ser adotado
dade bucal, escolha da cor, tipo, formato e tamanho dos dentes, escolha quando estas forem encaminhadas ao laboratório para confecção, ajus-
do material, instalação da peça, controle das adaptações e ajustes tam- tes, reparos ou polimentos.

Manual do TPD - Página 41


bém são atribuições do cirurgião-dentista.
O laboratório, por sua vez, ao verificar o envio de materiais com sangue,
O código de defesa do consumidor atribui, assim, responsabilidade ao por exemplo, deve proceder a devolução dos mesmos ao cirurgião-den-
cirurgião-dentista pelo serviço prestado e, caso haja algum defeito na tista ou, ao menos, emitir um comunicado de advertência para que os
materiais observem as normas preconizadas pela Vigilância Sanitária, Há o pressuposto de que, os cirurgiões-dentistas e técnicos em próte-
diminuindo o risco de contaminação cruzada. se sejam conhecedores e plenamente conscientes de que podem criar
perigo para a saúde pública, principalmente quando fazem uso de ma-
Além de ser uma questão sanitária, essa é também uma questão ética, teriais vencidos ou produtos sem registro na ANVISA. Além disso, essas
uma vez que os profissionais da equipe de saúde bucal devem adotar condutas também ferem o disposto na Lei Federal nº 8137/90, que defi-
procedimentos que resguardem as condições adequadas de exercício ne crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de
profissional e de proteção à vida dos pacientes e da equipe. Eventual consumo.
contaminação de pacientes por inobservância das regras de biossegu-
rança pode comprometer não só o cirurgião-dentista, como também o O autor de uma infração sanitária pode ser responsabilizado adminis-
técnico em prótese dentária, de modo que ambos podem ser responsa- trativa, civil e criminalmente. As infrações à legislação sanitária federal,
bilizados civilmente e criminalmente. ressalvadas as previstas expressamente em normas especiais, são as
configuradas na Lei n. 6.437, de 20.08.77. No art. 2º, prevê-se a possibi-
A maior parte dos crimes contra a saúde pública constituem crimes de lidade de cumulação das sanções administrativas com as sanções de
perigo abstrato. Isso significa dizer que se presume o perigo daquela natureza civil ou penal. No âmbito civil, é cabível a atuação do Ministé-
conduta para a sociedade. Por essa razão, cirurgiões-dentistas e técni- rio Público, em ação civil pública, para ressarcimento de danos morais
cos devem primar por um cuidado especial, principalmente no que diz difusos.
respeito aos materiais utilizados em implantes e seus componentes,
uma vez que esses produtos somente podem ser comercializados e uti- 4. Atualização científica
lizados em tratamentos quando possuírem o devido registro na Agência Cursos e congressos
Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. É muito importante que você se conscientize de que as técnicas desen-
volvidas em seu período de formação estão em constante alteração de-
O recomendado é que ao receber o material para confecção da prótese vido ao intenso avanço nas pesquisas e técnicas relacionadas a mate-
sobre implantes, o técnico em prótese dentária solicite ao cirurgião-den- riais dentários por empresas de todo o mundo.
tista o envio dos componentes correspondentes aos implantes instala-
dos ou, quando o caso, as especificações técnicas de marca, modelo e Dentro deste pensamento é natural que os materiais e técnicas com os
tamanho para que os materiais complementares sejam adquiridos nas quais está familiarizado, tenham de ser mudados durante os anos de
formas da lei. Os dados dos lotes desses materiais devem constar no exercício profissional.
prontuário elaborado pelo cirurgião-dentista e na ficha do laboratório
de prótese. Estas mudanças não devem guiar-se pela propaganda das empresas,
mas pela atualização em cursos oferecidos por entidades idôneas volta-
A mesma cautela é necessária quanto aos materiais de uso profissional das diretamente ao estudo e aprimoramento.
que possuem prazo de validade, o que se aplica às clínicas e labora-
tórios. Manter no estabelecimento material vencido é considerado um Independentemente de sua área preferida, lembre-se de que o estudo
risco iminente à saúde pública, pois expõe os pacientes que farão uso deve ser mantido por toda a sua vida profissional.
do serviço a prejuízos que podem ser incalculáveis.
Cursos de especialização

Manual do TPD - Página 43


Condutas como as descritas, além de infrações sanitárias, passíveis O título de especialista é obtido por meio dos cursos de especialização,
de penalidades administrativas aplicadas pela Vigilância Sanitária lo- após a comprovação da conclusão do curso e a inscrição no Conselho
cal, também configuram crime contra a saúde pública, previstos no Regional. Ser especialista em qualquer uma das áreas reconhecidas
Código Penal. pelo CFO é a láurea máxima que um TPD pode obter durante os anos de
exercício profissional. O Conselho Federal de Odontologia reconhece as
seguintes especialidades:
a. Prótese ortodôntica
b. Prótese ortopédica funcional dos maxilares
c. Prótese total
d. Prótese parcial removível
e. Prótese fixa
f. Prótese sobre implantes
Capítulo IX
5. Comunicação ética
O Código de Ética Odontológica garante ao técnico em prótese dentária ANEXOS
e laboratórios de prótese o direito de realizar sua comunicação desde
que voltada, exclusivamente, aos cirurgiões-dentistas e à clínicas odon-
tológicas. O Código veda expressamente anúncios, propagandas ou pu- 1. Modelo de croqui recepção LPD
blicidade dirigida ao público em geral.

De igual modo, consta no regramento ético que os laboratórios de pró-


tese dentária deverão afixar, em local visível, informação sobre a restri-
ção do atendimento direto ao paciente, conforme consta na Lei 6.710/79.

A publicidade no mundo atual está bastante ligada ao sucesso profis-


sional e sem dúvida fortemente relacionada à internet e mídias sociais.
Porém, é necessário que ao decidir fazê-la, não se ultrapasse ou invada
os limites éticos e legais.

6. Estagiários
É muito comum laboratórios serem procurados por estudantes para re-
alizarem um estágio. Caso tenha interesse em admitir um colaborador
estudante de prótese dentária, é importante efetuar um contrato sem
vínculo empregatício, junto à instituição de ensino na qual ele esteja
matriculado.

Manual do TPD - Página 45


Modelo para download em http://www.crosp.org.br/download/ver/
11-Padres-de-Documentos.html
2. Roteiro de inspeção: laboratório de prótese dentária
7. Caracterização do estabelecimento:
ROTEIRO DE INSPEÇÃO: LABORATÓRIO DE PRÓTESE DENTÁRIA
classificação ESTRUTURA FÍSICA - GERAL SIM NÃO NA NO
CNAE 3250-7/06
I Apresenta área física compatível (mínimo de 10 m2)? Art.21º
1. Identificação do estabelecimento:
Razão Social / Nome: da Resolução Estadual SS 16/1999.
Nome fantasia:
CNPJ / CPF: I As áreas físicas têm revestimentos de pisos, paredes e forros
CMVS: que permitam a realização dos processos de
CNAE: descontaminação e limpeza? Art.14º e 15º da Resolução
Estadual SS 16/1999.
Endereço:
Logradouro: DESCRITIVO
Número:
Complemento:
CEP:
Bairro:
Distrito Administrativo:
Município:
UF:
Telefone:
Fax:
e-mail:

Responsável Legal: classificação ESTRUTURA FÍSICA - ESPECÍFICA SIM NÃO NA NO


Nome:
RG: I Caso o estabelecimento seja anexo a estabelecimento
CPF: odontológico, é separado deste por parede ou divisória até o
teto que impeça a comunicação entre ambos e têm acesso
Responsável Técnico: independente? Art.17º da Resolução Estadual SS 16/1999.
Nome:
RG: I Em caso do estabelecimento realizar atividades na área de
Conselho de classe / Nº. de registro (se aplicável): metal, possui sistema de exaustão de gases? Art.29º da
Resolução Estadual SS 16/1999.

DESCRITIVO
2. Origem do Procedimento:

3. Procedimentos executados:
3.1. Inspeção Sanitária
3.2. Colheita de amostra
3.3. Educação em Vigilância Sanitária

4. Início: Fim:

Manual do TPD - Página 47


5. Objetivo dos procedimentos:

6. Pessoas contatadas:
classificação EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS SIM NÃO NA NO classificação RECURSOS HUMANOS

I Possui equipamentos de proteção para realização dos I O responsável técnico está presente durante o
serviços: luvas com proteção antitérmica, óculos, máscara funcionamento do laboratório (cirurgião-dentista ou técnico
com filtro para vapores, avental ou jaleco? Art.33º da em prótese dental devidamente inscrito no CRO)? Art.7º da
Resolução Estadual SS 16/1999. Resolução Estadual SS 16/1999.

I Equipamentos de gases combustíveis longe de áreas de N Possui pessoal auxiliar em número compatível com a área de
calor? Art.28º da Resolução Estadual SS 16/1999. atuação e devidamente registrados no Conselho Regional de
Odontologia? Art.11º e 12º da Resolução Estadual SS
N As instalações de equipamentos estão dentro de padrões de 16/1999.
segurança para impedir queda ou outro tipo de acidente?
Item 11 do Anexo I da Resolução Estadual SS 16/1999. DESCRITIVO

N Os equipamentos e demais utensílios estão em boas


condições de uso? Art.31º da Resolução Estadual SS 16/1999.

I O compressor de ar comprimido está colocado fora da área


de trabalho ou com cobertura acústica? Art. 30º da
Resolução Estadual SS 16/1999.

I Possui lavatório com água corrente na área de trabalho?


Art.22º da Resolução Estadual SS 16/1999.
classificação DOCUMENTAÇÃO SIM NÃO NA NO
N Possui bancada de trabalho com área compatível com o tipo
de trabalho realizado? Item a do Art.23º da Resolução I CROSP dos responsáveis técnicos. Art.92º da Lei Municipal
Estadual SS 16/1999. 13725/2004.

I Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. Art. 4º do Decreto


DESCRITIVO
Estadual 46076/2001.

N Comprovante de Manutenção Preventiva do Aparelho de Ar


Condicionado. Item 5.1 da Parte III – RDC 50/2002 e Art.66º
da Lei Municipal 13725/2004.

N Comprovante de Controle de Pragas. Item 6-C.8 da Parte III –


classificação PROCESSOS DE TRABALHO SIM NÃO NA NO RDC 50/2002.

I Realiza descontaminação dos moldes e modelos, antes de N Comprovante de Limpeza da Caixa D'água. Art. 1º, 2º e 6º da
iniciar os procedimentos de trabalho? Item 3 do Anexo I da Lei Municipal 10770/1989.
Resolução Estadual SS 16/1999.
N Protocolo ou Publicação de CMVS. Art.90º da Lei Municipal
N Faz registro dos serviços executados: nome do cirurgião – 13725/2004.
dentista requisitante, nome do paciente, descrição dos
DESCRITIVO
serviços, materiais utilizados, data de entrada e de saída?
Art.34º da Resolução Estadual SS 16/1999.

Manual do TPD - Página 49


DESCRITIVO
Zelando pela ética e
fiscalizando o exercício
da Odontologia

Você também pode gostar