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EM PRÓTESE DENTÁRIA
Capítulo IX
ANEXOS 45
Capítulo I
TÉCNICO EM PRÓTESE DENTÁRIA:
UMA NOBRE PROFISSÃO
1. Uma história de colaboração e união Esse processo conta com a presença de profissionais com visão amplia-
Por muitos anos a Odontologia esteve à margem das políticas públicas da sobre o processo saúde-doença, capazes de entender as pessoas,
de saúde, de maneira que o acesso dos brasileiros à saúde bucal era levando em consideração os vários aspectos de sua vida, além do con-
extremamente difícil e limitado e, quando ocorria, tinha como principal junto de sinais e sintomas da cavidade bucal e saúde geral.
tratamento na rede pública a extração dentária, perpetuando a visão de
uma Odontologia mutiladora. Desde o princípio da Odontologia, o cirurgião-dentista nunca esteve so-
zinho. Os técnicos em prótese dentária são profissionais que possuem
O setor público e o privado passaram por uma série de avanços, tor- conhecimento específico em determinadas áreas da Odontologia e se
nando o tratamento odontológico mais acessível à população, mesmo tornaram colaboradores fundamentais no dia a dia de cirurgiões-den-
diante de barreiras culturais e sociais, que ainda significam um desafio tistas, garantindo aos pacientes, por meio de seus serviços e saberes,
a ser vencido pelos profissionais da Odontologia. qualidade de vida e resgate da dignidade humana.
Com a garantia de acesso a tratamentos protéticos reabilitadores no ser- Atualmente, no Brasil, há mais de 28.300 profissionais que atuam na
viço público e com o advento da implantodontia e de inúmeras técnicas área como técnicos e auxiliares em prótese dentária, sendo que, desses,
nas diversas especialidades odontológicas no serviço privado, houve um quase 9 mil atuam no estado de São Paulo, o que representa 30% dos
verdadeiro fortalecimento da profissão dos técnicos em prótese dentária. profissionais em todo país.
O técnico em prótese dentária e o cirurgião-dentista são profissionais d) possuir prova de que se encontrava legalmente autorizado ao exercí-
igualmente importantes na prestação do serviço odontológico, cada cio profissional, em 06 de novembro de 1979.
qual assumindo o seu papel e desenvolvendo suas funções de acordo
com as normas éticas e legais, em benefício da saúde e do bem estar de Auxiliar em prótese dentária
cada ser humano submetido à tratamento odontológico. O auxiliar em prótese dentária é uma profissão regulamentada exclusi-
vamente pela Res. CFO 063/2005, que atribui requisitos para o seu exer-
O serviço protético requer refinada destreza profissional, observando cício, bem como suas competências e vedações.
cuidados e técnicas específicas que se iniciam desde a moldagem, ma-
nipulação e desenho da prótese, procedimentos iniciais que definirão e O auxiliar em prótese dentária poderá exercer suas atividades, sempre
interferirão na peça que será confeccionada com as especificações for- sob a supervisão do cirurgião-dentista ou do técnico em prótese dentá-
necidas pelo cirurgião-dentista, até o trabalho detalhado realizado pelo ria, em consultórios, clínicas odontológicas ou laboratórios de prótese
técnico em prótese dentária, especialista neste mister. dentária, em âmbito público ou privado.
Não há dúvidas de que, uma relação harmoniosa, de cumplicidade e de tro- Compete ao auxiliar em prótese dentária, sob a supervisão do técnico
ca de informações contribui consideravelmente para melhorar o resultado em prótese dentária ou do cirurgião-dentista:
dos serviços na fase preparatória, laboratorial e clínica final de instalação. a. reprodução de modelos;
De acordo com o texto legal, é vedado ao técnico em prótese dentária Dos direitos fundamentais
a prestação, sob qualquer forma, de assistência direta a pacientes; a “Art. 5º. Constituem direitos fundamentais dos profissionais inscritos,
manutenção, em sua oficina, de equipamento e instrumental específico segundo suas atribuições específicas:
de consultório ou clínica odontológica, destinado ao atendimento de pa- II - guardar sigilo a respeito das informações adquiridas no desempe-
cientes e a realização de propaganda de seus serviços ao público leigo, nho de suas funções;
sendo permitida a divulgação destinada à classe odontológica.
III - contratar serviços de outros profissionais da Odontologia, por es-
crito, de acordo com os preceitos deste Código e demais legislações
3. Princípios Éticos em vigor; IV - recusar-se a exercer a profissão em âmbito público ou
O Código de Ética Odontológica regula os direitos e deveres do cirur- privado onde as condições de trabalho não sejam dignas, seguras e
gião-dentista, profissionais técnicos e auxiliares, e pessoas jurídicas que salubres;
exerçam atividades na área da Odontologia, em âmbito público e/ou VI - recusar qualquer disposição estatutária, regimental, de instituição
privado, com a obrigação de inscrição nos Conselhos de Odontologia, pública ou privada, que limite a escolha dos meios a serem postos
segundo suas atribuições específicas. em prática para o estabelecimento do diagnóstico e para a execução
do tratamento, bem como recusar-se a executar atividades que não
II - manter seus dados cadastrais atualizados junto ao Conselho Regional; I - discriminar o ser humano de qualquer forma ou sob qualquer pretexto;
III - zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da Odontologia e II - aproveitar-se de situações decorrentes da relação profissional/ pa-
pelo prestígio e bom conceito da profissão; ciente para obter vantagem física, emocional, financeira ou política;
IV - assegurar as condições adequadas para o desempenho ético-pro- V - executar ou propor tratamento desnecessário ou para o qual não
fissional da Odontologia, quando investido em função de direção ou esteja capacitado;
responsável técnico; VIII - desrespeitar ou permitir que seja desrespeitado o paciente;
V - exercer a profissão mantendo comportamento digno; IX - adotar novas técnicas ou materiais que não tenham efetiva com-
VI - manter atualizados os conhecimentos profissionais, técnico-científicos provação científica;
e culturais, necessários ao pleno desempenho do exercício profissional; XI - delegar a profissionais técnicos ou auxiliares atos ou atribuições
VII - zelar pela saúde e pela dignidade do paciente; exclusivas da profissão de cirurgião-dentista;
VIII - resguardar o sigilo profissional; XIII - executar procedimentos como técnico em prótese dentá- ria, téc-
nico em saúde bucal, auxiliar em saúde bucal e auxiliar em prótese
IX - promover a saúde coletiva no desempenho de suas funções, car- dentária, além daqueles discriminados na Lei que regulamenta a pro-
gos e cidadania, independentemente de exercer a profissão no setor fissão e nas resoluções do Conselho Federal.
público ou privado;
Do relacionamento com a equipe de saúde
X - elaborar e manter atualizados os prontuários na forma das normas
em vigor, incluindo os prontuários digitais; Art. 12. No relacionamento entre os inscritos, sejam pessoas físicas
ou jurídicas, serão mantidos o respeito, a lealdade e a colaboração
XI - apontar falhas nos regulamentos e nas normas das instituições em que técnico-científica.
trabalhe, quando as julgar indignas para o exercício da profissão ou prejudi-
Por meio de suas diretorias eleitas, com mandato de três anos, têm por O técnico em prótese dentária poderá desempenhar suas funções, com
finalidade a defesa dos interesses econômicos e trabalhistas da catego- base nas competências estabelecidas pela lei federal nº 6.710/79 e de-
ria, sendo mantidos pelas contribuições associativa e sindical. mais normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Odontologia, nas
seguintes situações:
A primeira refere-se à filiação ao sindicato, garantida a liberdade de as- a) na condição de autônomo;
sociação, tanto aos empregados como aos empregadores. A contribui-
ção sindical urbana que era obrigatória, após a Reforma Trabalhista (Lei b) em cargo, função ou emprego público, civil ou militar, da adminis-
tração direta ou indireta, de âmbito federal, estadual ou municipal,
nº 13.467, de 13/7/2017), passou a ser voluntária. Para filiação voluntária,
para cuja nomeação, designação, contratação, posse e exercício seja
deve o interessado observar a base territorial e a sua principal atividade, exigida ou necessária a condição de profissional da Odontologia;
para fins de enquadramento sindical.
c) em magistério, quando o exercício decorra de seu diploma de téc-
nico em prótese dentária;
3. Associações – Entidades de classe
As associações profissionais são constituídas por iniciativa e agrupa- d) em qualquer outra atividade, por meio de vínculo empregatício ou
mento de técnicos em prótese dentária e auxiliares em prótese dentária não, para cujo exercício seja indispensável a condição de técnico em
prótese dentária.
com finalidade científica, cultural, esportiva, social e de lazer.
Profissional liberal
Visam primordialmente o aprimoramento técnico e científico nas diver- Profissional liberal é todo aquele que pode exercer com liberdade e au-
sas áreas da Odontologia e ao interesse social específico do grupo a que tonomia a sua profissão, decorrente de formação técnica ou superior
se destina. Elas têm personalidade jurídica de Direito Privado. específica, legalmente reconhecida, formação essa advinda de estudos
É dever do técnico em prótese dentária observar o que determina a lei e 1.2. Profissional empregado
o seu código de ética, bem como os princípios técnicos-científicos e de Empregado é todo aquele contratado para prestar serviços para um de-
biossegurança para que os procedimentos e serviços sejam executados terminado empregador, com carga horária definida, mediante o recebi-
com segurança ao paciente, ao cirurgião-dentista e ao próprio técnico. mento de salário. O serviço, necessariamente, tem de ser subordinado,
o que significa dizer que o empregado não tem plena autonomia para es-
De acordo com o INSS, denomina-se profissional liberal a pessoa que colher a maneira como realizará o trabalho, o que não se confunde com
presta serviço predominantemente técnico e intelectual a outras pesso- autonomia clínica, estando sujeito às determinações do empregador.
as físicas ou jurídicas, quando por estas requisitadas, sem qualquer vín-
culo ou subordinação, podendo o serviço ser executado em seu próprio O empregado, então, possui vínculo empregatício, que pode ser manti-
estabelecimento ou no do requisitante. do no serviço público ou privado, sob as normas da Consolidação das
Leis Trabalhistas (registro em Carteira de Trabalho por Tempo de Serviço
Além do dever de possuir registro no Conselho Regional e do direito de – CTPS – regime celetista – serviço público ou privado) ou mediante
ser sindicalizado, o técnico em prótese dentária deve recolher os tribu- vínculo decorrente de processo seletivo ou concurso público (regime
tos devidos anualmente para garantir o exercício de suas atividades, ou estatutário – serviço público).
seja, há o dever de manter ativa sua inscrição no Conselho Regional de
Odontologia do estado em que exerce suas atividades. 1.3. Profissional empresário
Microempreendedor Individual (MEI)
Também lhe é devida a declaração do Imposto de Renda à Receita Fede- O microempreendedor individual (MEI) é um pequeno empresário e sua
ral, como pessoa física ou jurídica, além da contribuição individual ao profissão é regulamentada pela Lei Complementar 128/2008. Possui tra-
Instituto Nacional de Seguridade Social, recolhimento do Imposto Sobre tamento diferenciado e vários benefícios.
Serviços (ISS) e outros, de acordo com a atividade praticada.
Microempreendedor (ME)
Nesta categoria, o microempresário deverá atuar como pessoa jurídica,
ou seja, é necessário constituir uma empresa. No entanto, essa empresa
não poderá ultrapassar a renda de R$ 240.000 (duzentos e quarenta mil
reais) por ano, e poderá ter, no máximo, nove funcionários (no caso de
comércio e serviços).
De forma geral, essa escolha depende da análise de vários elementos 2. Imposto de renda
como o faturamento, as despesas e a folha de pagamento. Não há uma Na hora de declarar o Imposto de Renda, outras dúvidas povoam a men-
regra padrão nem uma resposta pronta. te dos profissionais. Por exemplo, é importante saber em que casos é
melhor optar pela declaração simples e em quais situações a declaração
O profissional que optar por seguir como pessoa física e trabalhar como completa é mais vantajosa. A declaração completa é mais compensado-
autônomo precisa fazer alguns procedimentos para andar em dia com ra quando as despesas são altas (com dependentes, com educação, com
suas obrigações fiscais. É necessária a criação do livro-caixa, onde são aluguéis etc.). Quando as despesas dedutíveis são poucas, aí é melhor
lançadas mês a mês todas as receitas e despesas. Existem várias despe- optar pela declaração simplificada, que concede um desconto de 20%
sas dedutíveis no livro-caixa que podem reduzir o lucro tributável, como sobre o total de rendimentos tributáveis.
aluguel, folha de pagamento de funcionários, contas de energia, água,
3. Previdência social
De acordo com o Regulamento da Previdência Social – RPS, e com a
Instrução Normativa RFB nº 971/2009, bem como com o artigo 12, inciso
V, da lei 8.212, que trata da seguridade social, incluído pela lei 9.876, a
pessoa física que presta serviços por conta própria deve, obrigatoria-
mente, ser um contribuinte da Previdência Social.
Como um seguro pessoal, a Previdência-Social pode ser acionada pelo Para se habilitarem ao registro e à inscrição, devem, obrigatoriamente,
segurado que cumprir os requisitos para obtenção de benefícios pesso- ter sua parte técnica sob a responsabilidade de técnico em prótese den-
ais como auxílio-doença, salário-maternidade, bem como por seus de- tária ou de cirurgião-dentista.
pendentes para obtenção de auxílio-reclusão, pensão por morte, entre
outros. Mais informações sobre documentos necessários para inscrição em:
www.crosp.org.br/odontologia_empresarial.html
O técnico em prótese deve acompanhar diretamente esses recolhimen-
tos com o seu contador e ficar ciente de que inconsistência entre a renda 2. Inscrição na Prefeitura Municipal
declarada e os valores recolhidos para o INSS, pode gerar problemas no Estão sujeitas à inscrição no Cadastro de Contribuintes Mobiliários
O responsável técnico deve exigir que o estabelecimento, além de O técnico em prótese dentária deve verificar se os candidatos a compor
cumprir com a ética, também observe as normas impostas pela Vigi- seus times têm o devido registro e a inscrição no CROSP. Essa medida
lância Sanitária, a fim de garantir a segurança dos profissionais que ali é essencial para evitar o exercício ilegal e também para se resguardar
exercem sua profissão e dos pacientes que receberão os serviços ali quanto à infração de acobertamento do exercício ilegal praticado por
confeccionados. quem não tem a qualificação para exercer a função.
Dessa forma, o responsável técnico trabalha para que se respeite e cum- O acobertamento é uma infração ética que pode gerar a perda do direito
pra o Código de Ética profissional, desde os anúncios e propagandas, de exercer a profissão, por meio de processo ético disciplinar. Afinal,
até a qualidade nos serviços realizados, uma vez que ele será considera- permitir que uma pessoa não habilitada exerça a Odontologia coloca em
do solidário à toda infração ética cometida no local. risco a vida do ser humano.
Cabe também ao responsável técnico informar e orientar as empresas No mais, o acobertamento do exercício ilegal desprestigia a Odontologia e
sobre possíveis transgressões éticas, legais e regimentais. Não é per- aqueles que a exercem legalmente, favorece o ilegal, enfraquece e desvaloriza
mitido que o responsável técnico apenas “assine” pela entidade, sendo os profissionais legalizados e gera um profundo descrédito social para com
obrigatório o exercício da função, devendo acompanhar os trabalhos todos que se dedicam à população de maneira digna, responsável e honesta.
sob sua responsabilidade.
8. Instalações e funcionamento
Necessariamente, o responsável técnico deverá ser um técnico em pró- A Res. SS. 16/99 da Vigilância Sanitária Estadual estabelece as condi-
tese dentária ou um cirurgião-dentista com inscrição no Conselho Re- ções mínimas de instalações e funcionamento para os laboratórios de
gional da jurisdição, quite com sua tesouraria. prótese dentária.
Saiba mais: https://goo.gl/8nTP7i
7. Contratação de prestadores de serviços e parcerias
Os laboratórios de prótese dentária, quando da contratação de presta- 9. Organização e administração
dores de serviços ou realização de parcerias, devem verificar e requerer, Para o adequado funcionamento do laboratório, é necessário estabele-
Ao receber as moldagens e modelos, ainda que o cirurgião-dentista te- Quando o cirurgião-dentista mantém em seu consultório um laboratório
nha observado as normas de biossegurança, há o risco de contaminação de prótese, ainda que a atividade seja restrita ao seu estabelecimento,
por material infectante (secreções bucais: saliva ou excreções purulen- há a possibilidade de ser aplicada a periculosidade, já que o profissional
tas, bem como o sangue dos pacientes). Em acidentes de trabalho, com terá contato com equipamentos, produtos inflamáveis e gases que po-
os equipamentos e instrumentais perfurocortantes e rotatórios, existe dem causar explosões.
igualmente o risco de contaminações. Além disso, a insalubridade se
faz presente também através do ruído da alta rotação e até as condições Medidas de proteção e segurança
ergonômicas mantidas durante o serviço. A prevenção de situações de insalubridade ou periculosidade, a fim de
neutralizar os agentes nocivos do ambiente de trabalho, se dá por meio
Os profissionais que trabalham sob o regime celetista, isto é, regido do uso adequado dos equipamentos de proteção individual (EPIs), exi-
pelas normas da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, e em suas gência estabelecida pela legislação sanitária, de fornecimento exclusivo
atividades laborais estão expostos a agentes nocivos acima dos limites do empregador e de uso obrigatório do empregado.
de tolerância fixados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na
Norma Regulamentadora nº 15 (a NR-15) têm o direito de receber um Ainda, os profissionais da Odontologia possuem o dever de garantir,
adicional de insalubridade que varia em grau mínimo, médio e máximo, zelar, resguardar e preservar todos os mecanismos existentes de biosse-
com acréscimo de 10%, 20% e 40%, respectivamente, sobre o valor do gurança, para minimizar riscos, sem prejuízo de demais regras impostas
salário mínimo vigente, conforme artigo 192 da CLT. pela Prefeitura, no que diz respeito às normas de segurança das edifica-
ções, dentre elas o laudo do Corpo de Bombeiros.
A caracterização de insalubridade é realizada por perícia de um médico
ou de um engenheiro do trabalho, que também será o responsável pela É evidente, também, que o empregador, para minimizar riscos jurídicos,
aferição do grau de exposição. Àqueles que estão vinculados ao serviço deverá fornecer, exigir e fiscalizar o uso dos EPIs e os protocolos de
público, sob o regime estatutário, o adicional de insalubridade deve ser biossegurança, mais ainda, não poderá submeter um determinado fun-
previsto na legislação do ente público (municipal, estadual ou federal) cionário ao exercício de sua função em ambiente onde as condições de
ou em ato normativo equivalente. trabalho não sejam dignas, seguras e salubres.
Outra questão que impacta o trabalho dos profissionais é a periculosi- Saúde do trabalhador
dade. Entende-se por periculosidade o contato ou a proximidade com Com o objetivo de proteger a saúde do trabalhador que atua em con-
explosivos e inflamáveis caso sejam parte da realidade e da rotina. dições especiais que podem trazer riscos a sua saúde, a Constituição
Federal, no artigo 7º, inciso XXIII, e a CLT – Consolidação das Leis
1. Ética na relação entre a equipe de saúde nicas do paciente e sobre o planejamento de tratamento, com a con-
O Código de Ética Odontológica apresenta como dever fundamental dos cessão do maior número de detalhes possíveis sobre as características
profissionais da Odontologia o de cumprir e fazer cumprir os preceitos dos elementos dentários, da estrutura óssea e facial do paciente e o que
éticos e legais da profissão. Ainda, estabelece como obrigação do ci- lhe foi ofertado como opção de tratamento, considerando sua queixa
rurgião-dentista o envio do material ao laboratório de prótese dentária, principal, suas perspectivas e a terapêutica escolhida para a efetivação
devidamente acompanhado de ficha específica assinada, cabendo aos da reabilitação bucal.
técnicos o dever de registrar os procedimentos técnico-laboratoriais efe-
tuados, mantendo-os em arquivo próprio. Assim, é recomendável que o técnico solicite do seu cliente, o cirur-
gião-dentista, especificações claras e objetivas, que serão de extrema
Essa regra ética já apresenta uma prática que deve ser mantida entre os importância para a apresentação de um serviço protético que alcance a
profissionais e que, muitas vezes, é pouco utilizada e difícil de ser fisca- efetiva necessidade do tratamento odontológico.
lizada como infração ética, pois se trata de uma conduta procedimental
estabelecida entre o cirurgião-dentista e o técnico em prótese dentária. Como exemplo, na descrição das características do paciente é impor-
tante constar a idade, sexo, tipo de rosto, raça, descrição da pele, clas-
Porém, por respeito ao Código de Ética e para a adequada segurança sificação de Angle. Já na descrição das características do serviço, deve
ética e jurídica dessa relação, o técnico tem o dever de exigir que o ser mencionada a cor predominante dos elementos dentários (cervical e
cirurgião-dentista ou a clínica odontológica encaminhem os trabalhos incisal), escala utilizada na seleção de cores, particularidades da superfí-
a serem executados com as devidas especificações do que deverá ser cie, brilho e formato dos dentes e demais distinções do caso.
É dever de todos os profissionais, indiscriminadamente, zelar e traba- Considerando que o serviço prestado tenha realmente algum vício de
lhar pelo perfeito desempenho ético da Odontologia e pelo prestígio execução e que não tenha sido possível percebê-lo no ato do recebi-
e bom conceito da profissão; exercer a profissão mantendo comporta- mento do material enviado pelo laboratório ou quando da instalação
mento digno; zelar pela saúde e pela dignidade do paciente; propugnar do mesmo na cavidade bucal, o cirurgião-dentista poderá requerer do
pela harmonia dos profissionais que compõem a equipe de saúde bucal; técnico em prótese dentária o ressarcimento pelos prejuízos financeiros
assumir responsabilidade pelos atos praticados; além de não manter que sofreu pela necessidade de refazer o serviço ao paciente, o que po-
vínculo com clínicas, laboratórios ou profissionais que não possuam re- derá se dar de maneira extrajudicial ou judicial, uma vez que o técnico
gistro no Conselho Regional, comunicando os casos que tenham conhe- possui responsabilidade perante o seu cliente (cirurgião-dentista) em
cimento de exercício ilegal da Odontologia. razão do serviço ofertado.
Para que haja uma relação saudável, com um exercício profissional se- O técnico em prótese dentária possui responsabilidade civil quanto aos
guro e ético tanto para o cirurgião-dentista quanto para o técnico em atos praticados de sua competência, quais sejam: fundição, polimen-
prótese dentária, existem cuidados que devem ser observados. Não há to, montagem dos dentes na peça, polimerização, acabamento final e
como pensar em relação de respeito se os profissionais não forem co- etc, além de toda e qualquer prática decorrente dos materiais recebidos
nhecedores dos direitos e deveres mútuos, que existem para garantir a como guias para a execução dos serviços laboratoriais, daí a importân-
população tratamento digno e de qualidade, a valorização da Odontolo- cia de se exigir que o cirurgião-dentista encaminhe os materiais de acor-
gia e daqueles que a exercem legalmente. do com o que preceitua a técnica.
É responsabilidade do cirurgião-dentista o diagnóstico e o planejamen- Assim, ao enviar o material ao laboratório o cirurgião-dentista deve pro-
to do tratamento e, como já vimos, também é de sua responsabilidade videnciar a sua desinfecção e/ou descontaminação dos moldes e mode-
fornecer todos os dados necessários ao TPD para a execução adequada los. Do mesmo modo que as próteses devem ser desinfetadas antes de
da peça protética. Ainda, sabe-se que, a execução dos preparos na cavi- serem entregues ao paciente, o mesmo procedimento deve ser adotado
dade bucal, escolha da cor, tipo, formato e tamanho dos dentes, escolha quando estas forem encaminhadas ao laboratório para confecção, ajus-
do material, instalação da peça, controle das adaptações e ajustes tam- tes, reparos ou polimentos.
6. Estagiários
É muito comum laboratórios serem procurados por estudantes para re-
alizarem um estágio. Caso tenha interesse em admitir um colaborador
estudante de prótese dentária, é importante efetuar um contrato sem
vínculo empregatício, junto à instituição de ensino na qual ele esteja
matriculado.
DESCRITIVO
2. Origem do Procedimento:
3. Procedimentos executados:
3.1. Inspeção Sanitária
3.2. Colheita de amostra
3.3. Educação em Vigilância Sanitária
4. Início: Fim:
6. Pessoas contatadas:
classificação EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS SIM NÃO NA NO classificação RECURSOS HUMANOS
I Possui equipamentos de proteção para realização dos I O responsável técnico está presente durante o
serviços: luvas com proteção antitérmica, óculos, máscara funcionamento do laboratório (cirurgião-dentista ou técnico
com filtro para vapores, avental ou jaleco? Art.33º da em prótese dental devidamente inscrito no CRO)? Art.7º da
Resolução Estadual SS 16/1999. Resolução Estadual SS 16/1999.
I Equipamentos de gases combustíveis longe de áreas de N Possui pessoal auxiliar em número compatível com a área de
calor? Art.28º da Resolução Estadual SS 16/1999. atuação e devidamente registrados no Conselho Regional de
Odontologia? Art.11º e 12º da Resolução Estadual SS
N As instalações de equipamentos estão dentro de padrões de 16/1999.
segurança para impedir queda ou outro tipo de acidente?
Item 11 do Anexo I da Resolução Estadual SS 16/1999. DESCRITIVO
I Realiza descontaminação dos moldes e modelos, antes de N Comprovante de Limpeza da Caixa D'água. Art. 1º, 2º e 6º da
iniciar os procedimentos de trabalho? Item 3 do Anexo I da Lei Municipal 10770/1989.
Resolução Estadual SS 16/1999.
N Protocolo ou Publicação de CMVS. Art.90º da Lei Municipal
N Faz registro dos serviços executados: nome do cirurgião – 13725/2004.
dentista requisitante, nome do paciente, descrição dos
DESCRITIVO
serviços, materiais utilizados, data de entrada e de saída?
Art.34º da Resolução Estadual SS 16/1999.