©JORNAL DO BRASIL
JORNAL DO BRASIL
SA 1989
Tempo
No Ílio c em Niterói, claro
a ocasionalmente nublado,
com possível instabilidade
local e passageira a partir
da tarde. Visibilidade boa.
Temperatura estável! Má-
xima e mínima de ontem:
35,5" em Santa Cruz c 21,9°
no Alto da Boa Vista. Foto
do satélite, mapa e tempo
no mundo, Cidade, pág. 4.
Loto
Seis apostadores — três do
Rio, um do Rio Grande do
Sul, um de São Paulo e um
de Santa Catarina — acer-
taram a quina do concurso
593. Cada um receberá
NCz$ 95.960,97. As dezenas
sorteadas foram 03, 16, 19,
22 e 72. (Cidade, página 4)
Esportiva
El CS3CZZ1LZZI
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Medicina
D Cientistas brasileiros e
holandeses estudam os da-
nos genéticos causados à
população de Goiânia pelo
acidente com a bomba de
césio em 1987. A pesquisa
examina amostras de san-
gue de 700 pessoas para
verificar se os cromosso-
mos sofreram mutações
por causa da radiação. D
Descobertas recentes indi-
cam que a dificuldade de
muitos fumantes para
abandonar o vício pode ser
congênita. Segundo o psi-
quiatra Alexander Glass-
man, se uma pessoa não
consegue deixar de fumar,
•isso significa que ela nas-
ceu com susceptibilidade
genética para a nicotina.
(Página 12)
Sarney no Japão
Com nove pessoas na comi-
tiva, o presidente José Sar-
ney embarca hoje para o
Japão, onde representará o
governo nos funerais do
imperador Hiroíto. Em Tó-
quio, se encontrará com o
presidente George Bush.
Na pauta, as relações Bra-
sil-EUA e a dívida dos pai-
ses do Terceiro Mundo.
(Página 7)
Reforma agrária
A Bolsa de Arrendamento
de Terra criada em 1985
pela prefeitura de Ubera-
ba já beneficiou 140 colo-
nos. Com apoio do Banco
do Brasil, pequenos agri-
cultores arrendaram áreas,
mediante o pagamento em
produção, nos cerrados da
cidade mineira, e hoje
ocupam 30 mil hectares de
lavouras. (Página 5)
Os produtores
de Imensidão azul
(em cartaz no Rio)
BDpoderão terminar
nos tribunais. O mergulha-
dor italiano Enzo Majorca
(que no filme tem o nome
modificado para Enzo Mo-
linari) se irritou com sua
caricatura cinematográfi-
ca, recorreu a advogados e
já sonha com aposentado-
ria milionária.
Ecologia
Ecologistas brasileiros e
americanos debatem em
Belo Horizonte nova estra-
tégia ambientalista para a
próxima década, baseada
na biodiversidade. O im-
portante daqui para frente
será preservar ecossiste-
mas inteiros e não apenas
espécies ameaçadas de ex-
tinção. (Página 11)
Cotações
Dólar oficial: NCz$ 0,99
(compra), NCzS 1,00 (ven-
da). Unif: para IPTU. ISS e
Alvará: NCzS 16,17; taxa de
expediente: NCz$ 1,61.
Uferj: NCzS 14,41. OTN:
NCzS 6,17. OTN fiscal: NCzS
6.92. UPC: NCzS 6.67. MVR:
NCzS 17.86. Salário mínimo
de referência: NCzS 36,74.
Piso Nacional de Salário:
NCzS 63.90. Tablita do dia
20 de fevereiro: CzS NCzS
1.162,8910.
Rio de Janeiro -- Segunda-feira, 20 de fevereiro de 1989
Bahia ganha Campeonato Brasileiro
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O Bahia recebeu a taça de campeão e começou o carnaval dentro do Beira-Rio
Senado vai investigar
nomeações irregulares
O novo presidente do Senado,
Nelson Carneiro (PMDB-RJ), pro-
mete começar a examinar hoje no-
meações irregulares realizadas na
Casa. Reagindo à reportagem publi-
cada ontem pelo JORNAL DO
BRASIL sobre o empreguismo e o
nepotismo que grassam no Congres-
so, Carneiro afirmou: "Este é um
mal do país todo. A solução é o
concurso público."
Carneiro afirma que vai desligar
do gabinete da presidência os funcio-
nários ali colocados por seu anteces-
Um teto à sombra do erário
Nomear, de preferência pa-
rentes, com a mesma facilidade e
a mesma volúpia com que outros
nomeiam os convidados para
uma festa não constitui a única'
delícia da vida parlamentar. Ou-
tra é dispor dos chamados apar-
tamentos funcionais como se fos-
sem um bem particular. Trata-se
de um ramo de atividade em que
mais uma vez se destaca o sena-
dor Humberto Lucena (PMDB-
PB) — aquele mesmo que, no
capítulo das nomeações, exibe a
proeza de ter encaixado oito pa-
rentes na folha de pagamentos
do Senado. Nos dois anos que
serviu como presidente da Casa
— período encerrado na quarta-
feira da semana passada —, Lu-
cena ocupou a mansão respecti-
va, situada na Península dos Mi-
nistérios. Mas nem por isso de-
Aiatolá renova
pena de morte
contra escritor
O líder político e espiritual do Irã,
aiatolá Khomeini, rejeitou o pedido de
desculpas formulado sábado pelo es-
critor inglês de origem indiana Salman
Rushdie e manteve a sentença de mor-
te contra o escritor. Khomeini voltou a
oferecer uma recompensa para quem
matar Rushdie, e atribuiu à "imprensa
imperialista" a informação de que ele
ser
"Mesmo perdoado.
poderia
que Salman Rushdie se
arrependa e se torne o homem mais
devoto de todos os tempos, é obri-
gação de qualquer muçulmano empre-
gar tudo o que tiver, sua vida e rique-
za, para mandá-lo para o inferno",
disse Khomeini. A Inglaterra reagiu
com preocupação e prometeu levar o
assunto hoje à reunião da Comuni da-
de Econômica Européia. (Página 6)
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¦4MOT^r^^MHm^L^ÊW^^^ ^^ ¦ e se classificou para as quartas-de-final, na disputa
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sor, Humberto Lucena (PMDB-PB).
Ele não sabe ainda quantas são essas
pessoas, mas calcula que cheguem a
cem — quando o próprio regimento
prevê um teto de 33 funcionários.
Carneiro vai reunir a Mesa do Sena-
do para discutir este e outros proble-
mas relativos ao pessoal da Casa.
"Pretendo nomear uma comissão,
não para demitir, mas para sugerir
soluções às irregularidades", disse.
Na Câmara, onde o JORNAL
DO BRASIL, em sua reportagem
de ontem, listou 193 deputados
EmpreguismO
volveu o apartamento que
ocupava como senador comum,
na Superquadra 309 Sul — pre-
feriu emprestá-lo à filha casada.
Dos 450 imóveis que o Con-
gresso possui para abrigar parla-
mentares — todos apartamentos
de quatro quartos, muito bem
localizados, com um valor de
mercado que possibilitaria um
aluguel de no mínimo NCz$
500,00 mensais —, pelo menos 14
encontram-se em situação irregu-
lar. Caso semelhante ao de Luce-
na é o do ex-deputado Josias
Leite (PDS-PE). Apesar de ter
encerrado seu mandato em de-
zembro de 1986 e ter voltado ao
Recife, Leite não devolveu o
apartamento na Superquadra 311
Sul — mas deixou-o de herança
para a filha, Carmen Regina.
Três ex-deputados que foram
Carioca ignora
mar poluído e
enche praias
As placas vermelhas ao longo da
Praia do Leblon, advertindo que o
mar estava impróprio para o banho,
não impediram que milhares de ba-
nhistas aproveitassem o domingo de
sol forte. As águas estavam sujas,
principalmente em Ipanema e no
Leblon, mas poucos resistiram à
vontade de dar um mergulho.
O fim de semana — considerado
um dos mais quentes deste verão
nublado — registrou oficialmente a
temperatura máxima de 35,5° em
Santa Cruz, na Zona Oeste, embora
os relógios digitais variassem entre
37 e 40°. Em Copacabana, a barraca
do Museu de Astronomia, com apa-
relhos como uma luneta solar, atraiu
adultos e crianças. {Cidade, pág. 3)
Ano XCVIII — N" 314 Preço para o Rio: NCzS 0,35
Porto Alegre — ObWlva Press
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que empregam parentes em seus
gabinetes, o presidente Paesj
de Andrade (PMDB-CE) disse que
vai ouvir o diretor-geral da Casa
para averiguar a veracidade das
informações. Em São Paulo, ó,
deputado e candidato à presidência
da República pelo PT, Luís Inácio
Lula da Silva, não quis comentar
a presença de três deputados de seu,
partido na lista dos que empregam
parentes, mas assessores seus afir-
maram que Lula condena qualquer
tipo de nepotismo. (Página 3)
eleitos prefeitos em novembro dei-
xaram a vida parlamentar mas não
os apartamentos — que preferem
manter para suas eventuais tempo-
radas na capital federal. São eles
Juarez Antunes (PDT), de Volta
Redonda (RJ), David Alves
(PDS), de Imperatriz (MA) e Luiz
Freire (PMDB), de Olinda (PE).
O ex-deputado Paulo Marques
(PMDB-PR) também não desocu-
pou o apartamento a que perdeu o
direito já há dois anos. E há casos
de ações entre amigos como a
perpetrada entre o senador Jar-
bas Passarinho (PDS-PA) e o ex-
senador Jorge Kalume, do Acre.
Passarinho prefere morar em sua
própria casa, no Lago Norte — e
por isso cedeu o apartamento a
que teria direito a Kalume, que
o ocupou até novembro, quando
foi eleito prefeito de Rio Branco.
Falta de verba
põe em risco
obras do metrô
A falta de recursos ameaça as
obras do metrô do Rio. Por não ter
recebido USS 3,5 milhões (NCz$ 3,5
milhões ao câmbio oficial), a cons-
trutora Mendes Júnior começou a
desativar seu canteiro de obras da
Rua Conde de Bonfim, na Tijuca. O
número de operários no local foi
reduzido de 700 para 300 e as obras
devem parar totalmente em março.
Estima-se que a dívida do governo
com as diversas empreiteiras já chega
a US$ 70 milhões. As verbas referén-
tes à obra da Tijuca, que permitiriam
aumentar ó movimento diário da Li-
nha 1 de 400 mil para 600 mil passa-
geiros, estão sendo repassadas pelo
BNDES, mas o Metrô não paga à
Mendes Júnior. (Cidade, página 1)
EXEMPLAR DE
ASSINANTE
-. „ . . , .
O Bahia n_j__ n:_ estádio
foi buscar no Bcira-Rio, „„.x,i:„ do
,i„
peão brasileiro, ao empatar cm zero a zero,
ontem à tarde. O título veio depois de 30 anos
afastado de uma decisão nacional, embora nesse
período o Bahia tenha conquistado 20 títulos
estaduais. O Inter, pelo segundo ano consecutivo,
ficou com o viec-campeonato. Amanhã, esses dois
times jogam de novo, cm Porto Alegre, pela Taça
Libertadores de América.
Na Arábia Saudita, a seleção de juniores do
Brasil goleou o acanhado time de Mali, por 5 a 0,
do Campeonato Mundial da categoria. Os gols
foram todos marcados por jovens vascaínos: Cús-
sio, Bismarck (2) e Anderson (2). Quarta-feira, o
Brasil enfrenta os EUA, que empataram com o
Mali.
Pela Taça Guanabara, o Flamengo venceu o
Bangu, no Maracanã, por 4 a 2, o Vasco derrotou
o Cabofriense, em Moça Bonita, por 2 a 0 e o
Botafogo bateu o Nova Cidade, no Caio Martins,
por 3 a 0. Os líderes são os alvinegros Vasco,
Botafogo e Americano, de Campos.
Moreira e Garrido, dupla pernambucana,
surpreenderam no Campeonato Mundial de Vôlei
de Praia, ao vencerem o Brasil Open, fase
brasileira. Derrotaram os cariocas Edinho e Tino-
co por 2 a 0, parciais de 12/6 e 12/5, e passaram a
ser cabeças-de-chave do mundial. (Esportes)
Brasília — Marcos Henrique/Correio Braziliense
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D O cantor inglês Sting visitou o
presidente Sarney e obteve dele a
promessa de criação de um novo
parque no Xingu. Hoje Sting vai a
Altamira, para o I Encontro dos
Povos Indígenas. (Página 4)
Economia
D O secretário para Assuntos Internacio-
nais do Ministério da Fazenda, Sérgio
Amaral, viaja hoje ou amanhã a Nova
Iorque para tentar com os bancos priva-
dos credores a liberação, até março, de
US$ 1,2 bilhão. Metade dessa soma está
retida desde dezembro, porque o Brasil
ainda não cumpriu o acordo firmado com
o FMI. D Os preços de 20 produtos
hortigranjeiros, tabelados pelo governo,
aumentaram até 400% na viagem da
lavoura, na região serrana, às feiras
livres no Rio, semana passada. O repo-
lho, por exemplo, subiu de NCzS 0,17
para NCzS 0,80 nesse percurso de 300
quilômetros. D O pregão da Bolsa do
Rio será palco hoje de um jogo de
grandes -investidores que apostam no
vencimento de opções Vale do Rio Do-
ce. As grandes estrelas deste mercado —
Naji Nahas, Leo Kriss è Alfredo Grum-
ser — estão compradas e apostam na alta.
2 ? 1" caderno ? segunda-feira, 20/2/89
No Congresso tudo acaba
sc resolvendo em família
está assistindo nas últimas semanas uma
©país onda de cobranças da sociedade sobre os poli-
ticos. O primeiro movimento neste sentido foi regis-
trado nas eleições municipais, quando políticos tra-
dicionais foram batidos por candidatos mais
transparentes, com um compromisso mais nítido
com a moralidade da administração pública. Hoje o
Rio torce pela vereadora Regina Gordilho na sua
incansável luta para moralizar a Câmara. Em São
Paulo, o vereador Eduardo Suplicy vê-se às voltas
entre o clamor da opinião pública e a reação de seus
colegas, que tentam de todos recursos para impedir
que os nomes dos seus apadrinhados e respectivos
salários sejam divulgados. Esta onda estende-se a
Maceió, na luta entre o governador Collor de Mello
c a Assembléia Legislativa, vai ao Rio Grande do
Sul e, por fim, chega um pouco tarde cm Brasília;
Só com o esforço da pesquisadora Maria Apa-
recicla dc Oliveira, e um paciente trabalho de repor-
tagem, obtevc-sc a lista dos parentes dos deputados
empregados na Câmara, divulgada ontem pelo
JORNAL DO BRASIL. Embora a lista aponte 193
deputados, de um total de 495, é possível que ainda
não esteja completa. Pesquisa mais aprofundada
revelará mais nomes. O curioso é que em um
Congresso com parlamentares, das mais diversas
matizes ideológicas, nenhum deles tenha sc lembra-
do até agora de requisitar unia listagem destas. O
esforço dc moralização começou dc fora.
O tema não parece sensibilizar muito a Casa,
por exemplo, o fisiologismo ocorreu até na recente
eleição do deputado Paes de Andrade a presidência
da Câmara. O Palácio do Planalto, preocupado em
não deixar que o PMDB indicasse o deputado
Bernardo Cabral antigovernista declarado, para
concorrer a presidência botou a máquina adminis-
trativa para funcionar. Parlamentares com bom
poder de fogo dentro da Câmara foram seduzidos
para a candidatura de Paes de Andrade, graças ao
direito de indicar alguns afilhados para cargos
públicos.
Pode parecer simples patrulhismo da imprensa
ao se apontar a lista de parentes pendurados na
folha de pagamento da Câmara, mas há duas ques-
tões fundamentais neste tema. Por um lado, trata-se
dc uma questão ética. Como explicar que um sena-
dor ou deputado pense apenas na família na hora
de preencher cargos que o contribuinte lhe põe à
disposição para exercer bem seu mandato? Na
maioria dos casos trata-se de nomeação apenas
para melhorar o rendimento familiar, sem ne-
nhuma obrigação em contrapartida. Mesmo porque
dezenas destes parentes deles sequer sabem onde
fica o Congresso, recebem seus salários há centenas
de quilômetros do livro de ponto. Cabe indagar:
como um parlamentar que nomeia um parente para
um bom emprego sem exigir-lhe desempenho da
função pode estar prestando serviços confiáveis ao
seu eleitorado? Como ele se portará quando tiver
um cargo do Executivo à mão, caso chegue lá?
Além destes aspectos éticos, há outro de con-
teúdo mais prático. Bate no enorme desaparelha-
mento do Congresso para exercer os poderes que a
nova Constituição lhe atribuiu. Tendo como asses-
sores parentes despreparados, ao invés de técnicos,
os deputados ficam totalmente desguarnecidos para
debaterem questões fundamentais do país, como o
Orçamento da União, por exemplo. Ou ainda, as
Medidas Provisórias que efetivaram o Plano Verão,
cujas conseqüências se refletem diretamente na vida
dos seus eleitores. Atordoados com tanto poder e
tanto despreparo, deputados vem votando de ore-
lha, acompanhando o palpite de duas ou três
dezenas de parlamentares mais informados e bem
assessorados. Afinal, não será com o filho ou a
mulher, pendurados na folha de pagamentos de
seus gabinetes, que os parlamentares serão correta-
mente assessorados sobre como votar a Medida
Provisória que determinava a demissão de 90 mil
funcionários públioes. Medida que causou tanto
horror a um Congresso movido pelo empreguismo
que sequer chegou a ser examinada, foi des-
conjurada e devolvida ao Executivo com a rapidez
de quem furta.
O empreguismo, nepostismo, moralidade na
política serão temas muito debatidos na sucessão
presidencial. Candidatos dos grandes partidos estão
evitando explorá-lo, ou porque tem o rabo preso,
ou temendo descontentar parte do eleitorado. A
bandeira vem sendo tomada por candidatos de
partidos menores, como Affonso Camargo, do
PTB, Guilherme Afif Domingos, do PL, e o gover-
nador Fernando Collor de Mello, sem partido.
Mais uma vez os políticos tradicionais podem ser
ultrapassados pela modernidade, como nas eleições
municipais.
Inflação de Verão
O presidente José Sarney decolará hoje às
8h20m para Tóquio informado de que o primeiro
índice da inflação do período do Plano Verão, de 15
dc fevereiro a 15 de março, será baixo, muito baixo,
baixíssimo. Embora tenha evitado apostar em nú-
meros o ministro João Baptista de Abreu informou
neste fim de semana ao presidente Sarney, que os
primeiros levantamentos indicam uma inflação
aquém dos números que vêm sendo divulgados.
Talvez fique abaixo de 1 %.
O ministro Mailson da Nóbrega, entretanto,
não se entusiasma cof>i es|c resultado. Para ele, só se
vai saber mesmo que o Novo Cruzado deu certo em
março. Em fevereiro a economia foi empurrada na
base dos aumentos antecipados, no arranjo de pre-
Ços feitos às vésperas de sua decretação. Em março
não, será o real mesmo. Portanto, até fim de março
o ministro nem pensa em descongelamento.
Governo Paes de Andrade
O deputado Paes de Andrade, no exercício da
presidência da Câmara assumirá hoje a Presidência
da República, disposto a manter tudo como está,
isto é, não pretende inovar em nada, mas também
não quer passar por figura decorativa. Decidiu
manter todos os despachos ministeriais progamado
para esta semana, e presidirá reunião com lideres do
governo. Está ainda em cogitação uma viagem
presidencial para o Ceará, terra do deputado.
Etevaldo Dias
t Brasil JORNAL DO BRASIL
Ministro nomear acusado em inquérito
quer
co em josé Bonifácio, e um Imóvel rural de 11111 hotel cm José Bonifácio, onde
liicarilo Miranda 1'illio n localizado 110 município dc I izarda, em Laurct e Pfljcgrino teriam ficado hospe- Pelegrino circula com
HScy Uelmonte Goiás (adquirido por Bcrtati cm 16 de dados pôr sua conta.
novembro, por recomendação de sua ad- Diante das denúncias , o cntftò presi- liberdade rio ministério.
BRASÍLIA —O mínsitro da Justiça, vogada, Laurct Macito) como garantia dente da CFP, Luis Norberto Katto, in- "Sc for
Oscar Dias Corrêa, pretende nomear co- do dèhito. quiriu IVIegnno, por escrito, a dar cxpíi- declarado inocente, como tenho certeza que
mo secrctário-geral dc seu ministério o Ocorre que o cheque aceito por Pele- cações. liste, também respondeu por será, eu o nomearei meu secretário-Cieral". O aviso é do
advogado Carlos Mota Pelcgrino, indi- grlno foi devolvido insuficiência de escrito, di/eiulo ser vitima de calúnias, ministro dn Justiça, Oscar Dias Corrêa, que não demons*
ciado cm inquérito no Departamento dc fundos c substituído por por 11111 outro, do
Alegou em sua defesa, que as negocia- trou nenhuma surpresa ao saber que Carlos Motta Pele-
Polícia Federal (DPF), que apura o des- Banco Mercantil de Brasília, emitido por ções feitas com Bcrtati cm Brasília eram
vio dc 2 mil 900 tenaladas de milho da Laurct Macito, também sem fundos, O conduzidas pelo diretor de operações da grino é acusado, num inquérito aberto pela Polícia Fede-
Companhia dc Financiamento da Produ- imóvel, segundo o relatório da comissão CFP ã época, Gcnésio de Burros, que liá ral, dc desmando administrativo, praticado quando
ção (CFP), ocorrido cm outubro de dc sindicância, não estava com sua doeti- duas semanas deixou o cargo para ocu- procurador-geral da Companhia de Financiamento da
1987. O inquérito foi aberto a pedido da mentação cm ordem, Embora localizado par uma cadeira na Câmara Federal, Produção (CFP), cm 1987.
CFP com base cm um relatório elabora- cm Lizarda, estava registrado 110 munici- pelo PMDB. Pelcgrino não entrou cm Oscar Corrêa diz ter conhecimento desse inquérito
do por uma comissão de sindicância in- pio goiano dc Alvorada do Norte. Con- detalhes com relação á aceitação dos desde que ele foi aberto, cm I9N8, por informação do
terna, constituída por determinação do tronando os estatutos da CFP (de 1982), cheques c ao imóvel supcravaliado, c "desde
ex-presidente da empresa, Luis Norberto que só aceita imóveis como garantia com disse que aceitou o pagamento do hotel próprio Pelegrino, que é seu amigo que nasceu",'
conforme palavras do ministro. "A Polícia Federal está
Ratto, cm março de 1988. a avaliação dc empresas credenciadas por parte dc Bcrtati, por que este lhe
Carlos Pelcgrino, então procurador junto ao Banco do Brasil, Pelcgrino acei- ' dissera precisar de notas para abater no
Imposto dc Renda.
conduzindo o inquérito e o Pelegrino está sendo descrimi-
geral da CFP, foi indiciado no inquérito tou a apreciação dc uma imobiliária de nalizado. Nós todos estamos sujeitos a um inquérito
A denúncia de Bcrtati, por escrito, e a
cm andamento no DPF por ter conduzi- Brasília, Notre Damc, não credenciada, dc Pelcgrino, levaram á abertura como esse. Sc for verificado que ele é culpado, o processo
do o processo de cobrança da divida dc no valor de CzS 26 milhões (NCzS 26 defesa dc irá para a Justiça", contou o ministro.
CzS 15 milhões — valor do rcssarcimen- mil). Uma avaliação da mesma época do uma comissão dc sindicância interna
to da mercadoria desviada, na época — Banco do Brasil, valorizou o imóvel cm na CFP, composta por Lupio Lima (as- Na hipótese da descriminalização, o inquérito também
sessor da presidência 11a ocasião c que a
junto à empresa Bcrtati Armazéns Gerais apenas CzS 2 milhões (NCzS 2 mil), mes- irá à Justiça mas, ante a inexistência dc provas, o juiz terá
presidiu), Hélio Beck, procurador juridi-
sem autorização da presidência da em- ma quantia que Bcrtati havia pago para co do Ministério da Agricultura c Luis que arquivá-lo, e c isso que Oscar Corrêa está convencido
presa e dc forma lesiva aos interesses da adquiri-lo. Ivan Campos, da controladoria da CFP. dc que acontecerá. "Ele mesmo me deu todas as informa-
CFP. O relatório da sindicância interna Pelcgrino, segundo o relatório da co- ções sobre esse inquérito, quando eu ainda nem pensava
na CFP apontou "desmando administra- missão dc sindicância, não poderia nego- De março a cinco dc maio, quando con-
tivo" dc Pelcgrino. cluiu os trabalhos, a comissão não consc- em ser ministro. E eu tenho cm meu poder todos os
ciar cm nome da CFP sem uma procura- guiu
provar dolo à CFP, mas seu parecer documentos sobre esse inquérito", contou ainda o minis-
Pelegrino negociou a divida cm nome ção especifica da presidência da empresa. diz que houve "desmando administrati-
da CFP entre outubro de 1987 c fevereiro Com uma procuração genérica, suas ne- vo" que lesou os interesses da empresa, tro, que já despacha normalmente cm seu gabinete com
de 1988, tendo sc demitido cm seguida da goeiações não apenas prejudicaram os por parte dc Pelcgrino. A comissão reco- Pelcgrino, como sc este já estivesse nomeado secretário
empresa. Em outubro, o armazenador interesses da CFP, como dcscumprirain mendou, então, a abertura de inquérito geral.
Anísio Bcrtati, proprietário da empresa os estatutos da Companhia, segundo os no DPF, para apurar a responsabilidade As secretárias dc Oscar Corrca, Eliana, Rosana, Lour-
Bcrtati Armazéns Gerais, no município quais, composição dc dividas só pode ser dos envolvidos: Carlos Pelcgrino, Anísio des c Ana Maria, tratam Pelcgrino como sccretário-gcral
dc José Bonifácio, cm São Paulo, foi feita pelo presidente da empresa ou a Bcrtati, Laurct Macito c a imobiliária
denunciado por fiscais de estoque do quem ele autorizar formalmente. O caini- Notre Dame. Gcnésio dc Barros não foi c o trânsito do ex-procurador geral da CFP no gabinete
Banco do Brasil por desviar cm seus 11I10 normal, seria que ele, tendo negocia- indiciado, por que apenas Pelcgrino ha- do ministro c livre. Em defesa do seu virtual secretário-ge-
armazéns 2 mil 900 toneladas de milho do a dívida, submetesse esse processo á via citado seu nome na negociação. Em ral, Oscar Corrca diz que conhece toda a família dc
da CFP — quantidade suficiente, segun- presidência, a quem cabc a palavra final, função dos fatos apurados, os acertos Pelegrino, acrescentando que está convencido de que ele
do cálculos da empresa, para cnchcr 90 c isso nunca aconteceu.
carretas com o produto. Chamado a
conduzidos por Pelegrino com Bcrtati foi vitima de intriga. "Essa acusação deve ser motivada
Denúncia — Em fevereiro dc 1988, foram anulados, c este teve que recom-
prestar contas, Bcrtati veio a Brasília, Anísio Bcrtati foi acionado judicialmente por o débito com a presidência da CFP. por alguém que teve interesses contrariados. Mas sobre
ainda cm outubro, acompanhado dc sua e dcscredcnciado da CFP. Diante disso, isso eu não sei de nada", disse ainda o ministro, frisando
A partir desse episódio, ainda cm ja-
advogada, Laurct Macito. Ele reconhc- Anísio veio à Brasília, acompanhado dc neiro dc 1988, Luís Norberto Ratto, que não existem provas contra Pelegrino.
que "Foi
ccu o desvio, mas pediu que o ressarci- outro advogado, Pedro Calmon, e dc- também acabou se demitindo da presi- uma injúria que lançaram contra ele", acrescen-
mento da divida fosse negociado cm José nunciou por escrito o procurador-geral dêneia da CFP 110 dia dois de fevereiro
Bonifácio. tou Oscar Corrêa, referindo-se ao amigo, que ontem
da CFP, Carlos Pelcgrino. Segundo Bcr- deste ano, baixou uma portaria criando
Acerto — Em um procedimento lati, Pelcgrino c Laurct Macito teriam 11111 grupo de trabalho para tratar cspeci- desejava ir a seu apartamento despachar alguns documen-
"operações dc curso anor- tos, mas não foi autorizado. "Ele é um homem que tem
pouco habitual na Companhia, que só lhe cobrado uma comissão dc 10% sobre ficameiitc das
negocia em Brasília ou nas capitais onde o valor da divida de CzS 15 milhões (CzS mal", como desvios de mercadorias e filhos pequenos e que precisa levá-los para passear. Por
existem agências da CFP, Carlos Pclegri- 1.5 milhão, na moeda antiga), para cnca- negociações dc dividas passadas. Desde a isso, não deixei que viesse trabalhar hoje", contou o
no foi a José Bonifácio, no início de minhar os procedimentos junto à CFP e sua criação, esse grupo já analisou cerca
ministro. Reiterando seu ideal udenista de rigor no cum-
dezembro. Aceitou então, como primeira evitar abertura dc inquérito policial. Dis- dc oito mil processos e conseguiu resol-
parcela do pagamento, um cheque no se também que Laurct não era sua advo- ver entre 60% a 70% dos casos. O DPF primento da lei. Oscar Corrca deixou bem claro que, caso
valor dc CzS 4 milhões (NCzO 4 mil) gada c que esta teria ido a José Bonifácio não quis se manifestar, mas confirmou Pelcgrino seja declarado culpado, não será nomeado se-'
assinado por Bcrtati. da agência Brades- com Pelcgrino. Apresentou notas fiscais que o inquérito ainda não foi encerrado. crctário-geral.
Belo Horizonte — Valdemar Sabino
Prefeito faz
greve
Garotinho lidera greve
por reajuste de 190 %
nas rádios de Campos
Joyce Jane
T^T o último sábado, os
JuN eleitores do Prefeito
de Campos, Anthony Ma-
theus, o Garotinho, do
PDT, ligaram seu radinho
de pilha, na rádio Conti-
nental, e só ouviram um ...... «Srw.v-¦ * —*
ruído. O programa sema- Carotiiilio
nal do Prefeito não foi ao ar e muita gente teve
que adiar suas reivindicações junto ao radialis-
ta, duble de Prefeito — que tem um programa
popular — para outra oportunidade. É que o
radialista Garotinho está em greve, em busca
de um reajuste de 190% para seu salário mensal
dc NCzS 99,00. Junto com ele, pararam mais
— Difusora, 97 FM,
quatro estações dc rádio
Cidade e 89 FM.
Covas manifestou aos empresários mineiros a intenção de combater a corrupção Garotinho já foi procurado por vários dire-
tores dc rádio pedindo sua intermediação para
por fim ao movimento grevista (as rádios estão
fora do ar desde sábado). Como o Prefeito não
Covas causa boa impressão demonstrou disposição em fazer nenhum movi-
mento para acabar com a greve, os empresários
lhe cobraram uma posição: se ele era Prefeito
ou radialista. Como resposta, ouviram Garoti-
ao falar empresários "Eu estou Prefeito, mas sou radialis-
nho dizer:
para ta".
BELO HORIZONTE— No encon- de clareza do senador sobre a privatiza- Mas só mesmo desinformados os empresa-
tro que teve sexta-feira, nesta capital, ção das estatais. Prefeituras do rios poderiam pedir auxílio ao Prefeito. Sc ti-
com restrita platéia de empresários, pre- O encontro foi articulado pelo presi-
dominantemente de direita, o senador dente do Centro das Indústrias das Ci- vessem tido a preocupação de saber o que
Mário Covas (PSDB-SP), virtual candi- dades Industriais de Minas Gerais PT mais ocorreu na assembléia de sexta-feira, que deci-
querem
dato tucano á presidência da República, ci-MG), Stefàn (Ci- diu a greve, saberiam que a proposta de parali-
agradou, mas a filosofia prática de go- Bogdan Salej, único do sação não só teve o apoio de Garotinho, mas
verba "Sempre fui ativista. Dessa vez,
verno que defende não convenceu. Por grupo rotulado publicamente como dc federal foi feita por ele:
isso, foi convidado a retornar, mas quan- esquerda ("não 111c importo com o ró- SÃO PAULO — As 13 prefeituras participei e propus a paralisação porque os
do tiver a legenda de candidato nas mãos tulo", tem afirmado). Participaram o paulistas administradas pelo PT dcci- salários estão muito baixos. A maioria dos
superintendente da Fiat Automóveis, o diram deflagrar campanha
c um programa impresso.
italiano Alberto Fava, o para rcin- meus companheiros de trabalho ganha salário
dc vindicar linhas de financiamento jun-
Sabiamente, Covas, cm duas horas Belo Horizonte, Pimenta da prefeito Veiga c o mínimo", explicou.
de conversa, apresentou uma platafor- deputado estadual Pedro Gustin, am- to ao governo federal para serem Ontem, Garotinho estava de cama, tomado
ma que só poderia merecer elogios dos bos do utilizadas cm programas sociais de vulto.
interlocutores: negociação da divida ex- partido dc Covas. A definição dessa linha dc atuação — por uma gripe que o obrigou a passar o dia em
Para não "recusas" ao con- nascida ontem em reunião do diretório repouso. Mas, na tarde de sábado, de short e
terna entre governos, mas sem passar provocar
do PT com os 13 prefeitos elei-
pela moratória: tratamento ao capital vite, foi escolhido um local neutro, a estadual tos — surgiu a partir de uma preocupa-
camiseta, o jovem Prefeito (28 anos) compare-
estrangeiro sem extremismos; combate Câmara Internacional dc Comércio dc ceu aos piquetes e garantiu a retirada total do
implacável â corrupção; antecipação cm Minas Gerais, pois existem divergen- ção muito maior: a candidatura de Luís ar das cinco rádios que deliberaram pela greve
um ano do plebiscito, previsto para 1993. cias c rivalidades políticas entre a ACM c Inácio Lula da Silva à presidência da — Campos têm oito estações de rádio, mas as
que decidirá se o Brasil continuará com a Federação das Indústrias do Estado dc República. No dos líderes paulis- outras três, do complexo Alair Ferreira, não
governo presidencialista ou passa ao par- Minas Gerais (Fiemg), na qual Salej in- tas do entendimento aderiram ao movimento. Mas, mesmo de cama,
grassou há 20 dias como vice-presidente, partido, será importante desen-
lamentarismo.
cadear uma de projetos ele louvava a vitória da greve. "Estou com meu
O senador tucano, cm outra mano- representando a ala da renovação (a ciei- dc impacto nasprogramação áreas sociais, como saú- radinho ligado e não ouço nada. O silêncio é
bra política, falou durante quase três ção foi cm chapa única).
dc, educação, habitação e transportes, e total".
quartos do tempo, deixando pouco cs- O diretor-regional da Associação de forma urgente para firmar junto ao A greve dos radialistas é por tempo indeter-
paço para o debate. No dia seguinte, o Brasileira da Indústria Elétrica e Ele- eleitorado do pleito de novembro as dife- minado. Com data base em fevereiro, eles rejei-
balanço foi um rosário de elogios da Irônica (Abinee). Josefino Antônio Hen- renças das administrações
petistas em taram uma proposta patronal de 50% de rea-
parle dos empresários: simpático, in- rique de Morais, também reclamou da relação aos concorrentes. A implantação
leligcnte. pés no chão, sério, bem in- manobra do senador ao consumir juste e sequer assinaram a folha de pagamentos
projetos também será diferente, com
"Mas dosconvocação
quase
teneionado, preparado para ser presi- o tempo todo com sua
pregação. a de assembléias populares: que embutia um abono de 25% a título de
dente etc. gostei, porque falou o feijão com arroz", Mas, para isso. é preciso dinheiro, já que adiantamento do aumento de 50% concedido
— A minha impressão foi de uma disse admitindo que, apesar de tudo. va- todas as prefeituras estão deficitárias. "
"Vamos pelos patrões. Acho difícil que consigamos os
pessoa séria e bem intencionada. Acho leu o compromisso dc Covas., de que não pressionar o governo federal 190% de aumento. É complicado, mas vamos
que está preparado para ser presidente utilizará tropas do Exército para sufocar para liberar financiamento, e contamos lutar. Os salários estão muito aviltados porque
da República. Mas. não senti, ainda, trabalhadores, a exemplo da ocupação, inclusive com o apoio dc prefeitos de antes o grau de organização da categoria era
no senador uma definição sobre a sua em novembro, da Companhia Siderúrgi- outros partidos nesse trabalho", afirmou muito ruim. Mas está melhorando", garantiu
filosofia dc governo. Queremos saber ca Nacional (CSN), quando morreram a prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, ele.
se com ele vamos caminhar para um quatro operários. ao final do encontro dos demais prefeitos Mas, se quem faz greve é o radialista Garoti-
governo mais liberal, com maior eco- O superintendente da RCA Eletrôni- paulistas com o diretório estadual, no nho e não o Prefeito — que continua compare-
nomia de mercado, ou mais socializan- ca. Luiz Carlos Baptista.
tc, mais estatizante — explicou o pre- dor tucano, gostou do sena- Hotel Danúbio. cendo ao seu gabinete diariamente — a cidadé
que lhe pareceu uma "pessoa Erundina explicou que o governo fe-
de Campos não conseguiu sair ilesa da sua
sidente da Associação Comercial dc séria e de achar que o dcral recolhe o Fundo dc Garantia por
Minas (base apenas cm Belo Horizon-' ensino princípios", por participação no movimento. Na sexta-feira, por
e universitário é um pro- Tempo dc Serviço (FGTS) c depois re-
te). Lúcio Souza Assumpçào. um dos blcma primário e só será resolvido quando a passa parcela da contribuição para os exemplo, quando se promovia a festa dos cam-
grave
queixosos com o pouco tempo"Adeixado população tiver consciência disso. O em- municípios. "Podemos solicitar ao go- peões do Carnaval campista, os foliões tiveram
por Covas para a discussão. turma rio Paulo Sérgio Ribeiro da Silva, verno federal que nos devolva esses fun- que amargar a ausência do Prefeito e de seu
da socialização acha que o governo deve presa
um dos donos da empresa de transporte do", citou Erundina como exemplo dc assessor, Fernando Leite — que fariam parte
fazer tudo dc graça para o povo. dar
pesado Tora "imagem
escolas, casas, hospitais etc. Isso só faz cm
a maior dc Minas viu dinheiro disponível na esfera federal. Já do júri. Enquanto Campos brindava os cama-
Covas uma de muita sincc- nos próximos dias. Erundina irá fazer valescos com uma festa, o Prefeito e seu asses-
aumentar a máquina administrativa, fa- ridade". mas deseja um candidato dc valer na prática as decisões de ontem: vai sor decidiam naquele exato momento uma gre-
voreccndo a corrupção", c riticou o em- "posições firmes com aspectos sociais, anunciar um ambicioso projeto de habi-
ve por melhorias salariais.
prcsãrio, que reclamou, também, da falta distribuição de renda. tação popular.
JORNAL DO BRASIL
Nelson Carneiro quer reduzir funcionários do Senado
BRASÍLIA
- O presidente José Thomas Nono
do Senado Fede- EmpheguismO
ral, Nelson Car-
neiro, vai desligar do gabinete da Pre-
sidência todas os funcionários ali colo-
cacíos pelo seu antecessor, Humberto
Lucena (PMDB-PD). Nelson Carneiro
não salie quantos são esses funciona-
rios à disposição do gabinete, acha que
o número jã atinge o número de 100,
mas garante que se restringira ã lota-
Vão prevista no regimento administra-
tivo — 33 pessoas. Diversos parlamen-
tares, cujos nomes constam da lista de
deputados que contrataram parentes
para seus gabinetes (a lista foi publica-
da ontem no JORNAL DO BRASIL)
foram ouvidos ontem e deram suas
justificativas. Essa lista baseia-se no
trabalho que esta sendo feito pela
pesquisadora Maria Aparecida de Oli-
veira, da Universidade de Brasília,
para sua tese de pós-graduação sobre o
nepotismo no Congresso Nacional.
Nelson Carneiro afirmou também
que vai reunir a mesa diretora do
Senado para discutir uma solução para
os funcionários contratados de forma
irregular. "Pretendo nomear uma co-
missão não para demitir, mas para que
ela ofereça soluções para essas irregu-
laridades", disse o parlamentar. Ao
tomar conhecimento da reportagem,
segundo a qual dos 495 integrantes da
Câmara dos Deputados, 193 empre-
gam parentes em seus gabinetes, Nei-
son Carneiro fez um comentário e uma
"Este é um
promessa. O comentário:
mal do país todo; a solução é o concur-
so público e esta solução está na pró-
"Vou
pria Constituição". A promessa:
lutar para restringir o número de fim-
cionários do gabinete (da Presidência)
e, enquanto for presidente, não con-
tratarei mais ninguém para o Senado".
Em seguida disse que em seus 38 anos
de vida pública nunca nomeou pa-
rentes.
A vereadora Laura Carneiro
(PSDB-RJ), filha única do senador, é
funcionária do Senado, mas seu pai diz
que ela foi nomeada pelo senador
Jarbas Passarinho, quando este presi-
diu a Casa, em 1981. Ao tomar posse
na Câmara de Vereadores, no dia 1°
de janeiro, Laura pediu licença ao
Senado, mas no fim do mês o seu
contracheque saiu normalmente com o
salário. Segundo Nelson Carneiro, ela,
que podia acumular o único expedien-
te da Câmara de Vereadores com a
representação do Senado no Rio de
Janeiro, preferiu devolver o contra-
cheque.
Quanto a Miguel Carneiro, sobri-
nho do senador e seu assessor técnico,
Nelson Carneiro diz que ele não é
estável. "No dia em que eu sair do
Senado, ele sai comigo", afirma. A
principal preocupação do senador, po-
rém, não é com o excesso de servido-
res da Casa, mas com as situações
irregulares. O Senado tem quatro regi-
mes jurídicos de contratação (estatutá-
rio, CLT, contratados e em comissão)
e o presidente está decidido a não
contratar mais ninguém sem concurso.
Lula — O candidato do PT à
Presidência da República, Luís Inácio
Lula da Silva, não quis se manifestar a
respeito das denúncias de nepotismo,
que atingem três deputados federais
do PT. Assessores de Lula informa-
ram, contudo, que o deputado não
aprova esse comportamento de parla-
mentares do PT. Lula defende a tese
de que não se deve empregar parentes
em gabinetes e administrações petis-
tas. Ele criticou, por exemplo, a atitu-
de da prefeita de São Paulo, Luiza
Erundina, que contratou um sobrinho
para ser o chefe do cerimonial da
prefeitura.
Esses mesmos assessores contam
que um enteado de Lula toma diária-
mente três ônibus para se deslocar de
São Bernardo do Campo, na região do
ABC paulista, onde mora, até São
Paulo, para trabalhar numa empresa
privada. Para esses assessores, se Lula
quisesse, poderia arrumar emprego
para o enteado em qualquer gabinete
de São Bernardo ou São Paulo, cida-
des administradas por petistas, mas,
em defesa da coerência, Lula rejeita a
idéia de empregar seus parentes.
Ulysses — O ex-presidente da
Câmara dos Deputados, Ulysses Gui-
marães (PMDB-SP), passou o dia em
casa, recusando-se a atender o telefo-
ne. Os empregados informavam que
ele não estava e na portaria do edifício
onde mora, os agentes de segurança
impediam a entrada dos repórteres,
dizendo terem recebido esta recomen-
dação do próprio Ulysses.
O presidente da Câmara dos
Deputados, Paes de Andrade (PMDB-
CE), que aparece na lista dos parla-
mentares que empregam parentes em
seus gabinetes.náo quis comentar a
denúncia sobre empreguismo no Con-
gresso. Paes de Andrade tem a filha,
Patrícia Paes de Andrade, lotada em
seu gabinete ganhando NCzS 1.246,16.
JB
O caderno que faz parte
da cultura do país.
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José Maurício (PDT-RJ)
— O deputado José Maurício empregou
o filho, José Maurício Júnior, como asses-
sor, com um salário de NCzS 1.176,93, ao
assumir seu quarto mandato, em 1986j
mas não considera que isso seja nepotis-
mo. "Nepotismo seria se eu tivesse con-
tratado a família inteira e eu só contratei o
meu filho. Acho natural ter uma pessoa de
minha confiança cm meu gabinete", acha
o deputado. José Maurício disse que seu
filho, de 25 anos, formado em Medicina,
"as-
faz "serviços comunitários" e lhe dâ
sessoria política". "Meu filho é muito
preparado, capaz c competente. Trabalha
comigo há oito anos c é a primeira vez que
tem um emprego público. Prefiro tê-lo
comigo do que contratar um jornalista
despreparado e frustrado", reagiu o depu-
tado. Ele ainda levantou suspeitas sobre a
idoneidade da pesquisa sobre nepotismo,
feita pela pesquisadora Maria Aparecida
de Oliveira. "Ouvi falar em Brasília que
essa moça tem algum interesse contraria-
do", disse o deputado.
Floriceno Paixão (PDT-
RS) — "A minha filha é formada em
Análise de Sistemas, u comprei um
computador e a contratei para trabalhar
como minha secretária. Ela é responsável
pela elaboração do meu fichário, pela
organização das minhas correspondências.
Eu só a contratei porque é uma pessoa
muito capaz."
Irmã Passoni (PT-SP) —
Embora condene o nepotismo, Armelindo
Passoni, integrante do diretório nacional
do PT, figura na lista de funcionários do
gabinete da deputada Irmã Passoni, sua
mulher. Passoni disse que trabalha para a
mulher há três anos e meio, mas se
defende dizendo que no seu caso não há
"que aplico a
prática do nepotismo, pes-
soas sem capacitação profissional ou que
na verdade não trabalham, apenas rece-
bem os cheques da Câmara."
Armelindo Passoni —formado em Filoso-
fia e pós-graduado cm Ciências Sociais—
disse que presta assessoria para assuntos
constitucionais ao gabinete de Irmã. Esse
trabalho, no entanto, é desenvolvido, se-
gundo disse, na capital paulista, especial-
mente na região de Santo Amaro, Zona
Sul da capital, reduto eleitoral de Irmã.
Entre as qualificações profissionais que
disse ter, Armelindo Passoni citou o fato
de ser fundador de comunidades de base,.
as reuniões semanais com núclos do PT e a
fundação do partido há dez anos. Lem-
brou ainda do fato de pertencer aos dire-
tórios municipal e nacional do partido.
A ex-seãe Ho fiamarati abriga o Senado no Rio
Senado está também no Rio
Vinte funcionários
representam a casa
na antiga capital
o presidente do Senado Nelson
Se Carneiro estiver mesmo dispôs-
to a cumprir a promessa de demitir os
funcionários excedentes, bem que po-
deria começar pelo Rio de Janeiro,
mais precisamente na Avenida Maré-
chal Floriano, 196, no centro da cida-
de, antiga sede do Itamarati. Ali,
coisa que poucos sabem, funciona
uma representação do Senado Fede-
ral. São 20 funcionários instalados em
amplas salas com um dos maiores
indice de telefones per capita do mun-
do: ao todo são 23 aparelhos. Têm
pouca"A utilidade.
tendência é isso aqui acabar",
BRASAS
B Turmas em diversos níveis
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Manoel Ribeiro (PMDB-
PA) — Emprega três filhas: Ana
Catarina Ribeiro Cunha, Elza Cecília San-
los Ribeiro e Sandra Nazaré Santos Ribei-
ro. Ana é arquiteta e Elza formada em
administração de empresas. Ambas estão
lotadas no escritório político do pai, em
Belém. A primeira, no cargo de assistente
parlamentar e a segunda, assessora de
gabinete. Sáo responsáveis, segundo o
deputado, pelos contatos políticos c a
emissão de correspondência, há mais de
cinco anos. Sandra exerce a função de
auxiliar de gabinete em Brasília, há cerca
de um ano e meio, e está terminando o
curso de contabilidade. "Ninguém pode
merecer mais confiança que minhas fi-
lhas", diz Manoel Ribeiro, justificando as
contratações. Mas faz uma ressalva: "Ne-
nhunia foi efetivada nos quadros da Cá-
mara. Ouando acabar meu mandato elas
também saem".
Aloísio Vasconcelos
— O deputado de-
(PMDB-MG)
sincompatibilizou-se em dezembro de
198S para ocupar o cargo de chefe da Casa
Civil do governo de Minas. Empregou a
mulher. Nancy Nilo Vasconcellos Novais
durante cerca de seis meses, como sua
secretária. Segundo ele, Nancy pediu de-
missão no final do ano pasado e encontra-
se em Belo Horizonte, desempregada.
Aloísio Vasconcelos diz ter empregado a
mulher por ser um cargo de confiança c
por náo poder, como outros parlamenta-
res ricos, contratar assessores.
Alysson Paulinelii (PFL-
MG) — Tem três filhos recebendo
pela Câmara dos Deputados e confirmou
que um deles, Alexandre Barros Paulinel-
li, trabalha, na verdade, cm seu escritório
de Belo Horizonte.
"Se o deputado não
tiver uma pessoa para cuidar do atendi-
mento, não trabalha. E um parente é uma
pessoa da maior confiança", justificou.
Campos (PDT-
Geraldo "Ana
RS) — Maria, minha filha,
trabalha como secretária, apesar de ser
formada em Psicologia." O deputado ex-
"tem muito
plica que a contratou porque
jeito para lidar com o público" e, como
trabalhou em sua campanha, conhece
muitos dos seus eleitores. Campos afirma
"ela não tem o maior salário, é
que
subordinada a outro funcionário e acaba
trabalhando mais que os outros, pois sem-
pre me ajuda nos trablhos que realizo na
minha residência." O deputado diz que o
problema não é ser parente ou não, mas
sim se comparece ao trabalho e se é útil.
Arquivo
lamenta Leopoldo Konte, assessor le-
gislativo, que na prática é uma espécie
de assessor de imprensa. Uma função,
diga-se de passagem, pouco conheci-
da entre a grande maioria de jornalis-
tas do Rio de Janeiro. O papel desse
arremedo de assessoria é redistribuir
o material da Secretaria de Divulga-
ção do Senado para os pequenos jor-
nais.
A outra atribuição da representa-
ção é ajudar os senadores em trânsito
pelo Rio. Uma função também muito
pouco utilizada, mas que não impede
que cinco automóveis fiquem à dispo-
sição de um eventual representante
do povo. Nem que a casa esteja
preparada para recebê-lo. Lá também
estão uma "sala de reuniões" e uma
"reservada aOs senadores", bem co-
mo um banheiro privativo, "exclusivo
dos Srs. Senadores".
BARRA
Adultos e Crianças
— "Náo há nenhum
(PFL-AL)
abuso cm empregar parentes", disse o
ueputado, que empregou a esposa, Lúcia
de Fátima da Silva Nono, no seu gabinete.
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Victor "Minha
Faccioni
RS) — esposa está em função
de confiança, para representar-mc junto a
pessoas cujo atendimento não tenho con-
dições de fazer pessoalmente. É uma
pessoa altamente qualificada, economista,
contabilista e psicóloga. Não está impe-
dindo o ingresso de funcionários por con-
curso público, garantido pela Constitui-
çáo. Ser parente de parlamentares não
caracteriza nepotismo, termo mais ade-
quado a cabide de emprego. Não posso
falar em nome de outros deputados ou
senadores que tenham familiares a seu
serviço."
Doreto Campanari
— É um dos políti-
(PMDB-SP)
cos que não disfarçam a disposição de
manter familiares empregados em seu ga-
binete. "Nós precisamos ter gente de
confiança à nossa volta", justifica. Cam-
panari empregou, em seus dois mandatos
como deputado federal e em dois outros
como deputado estadual, a mulher Esther
Pierini Doreto c, mais recentemente, a
filha Simone Doreto Campanari Romero.
O deputado federal diz que sua mulher
desempenha a função de secretária parti-
cular e cuida de seus escritórios em Mari-
lia, cidade do interior paulista, São Paulo
c Brasília. "Ela comparece diariamente",
afirma.
A filha, que é casada, faz o curso Direito
da Universidade Federal de Brasília, e à
tarde comparece ao gabinete na capital
federal para "ler os jornais e fazer um
resumo" para o pai. "Ela tem boa reda-
"Eu
ção", conta. poderia empregar um
funcionário da casa, mas um deputado
recebe telefonemas, telegramas, por isso
eu prefeiro gente em quem eu confio". E
arremata: "Qualquer deputado pode em-
pregar quem quiser, é só requisitar o
emprego para a direção da Câmara atra-
vés de um ofício".
José Queiroz (PFL-SE)
— Seu filho, Rui Monteiro da Costa, 19
anos, que também tem os três irmãos
empregados na Câmara, se explica: "Tra-
balho no escritório do meu pai, cm Araca-
ju, mas de vez em quando vou a Brasília".
Rui não sabe explicar qual seria sua fun-
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— A mulher, Marli
(PMDB-RN)
Andrade Alecrim Câmara, o filho, Anto-
nio Sérgio Severiano da Câmara, e a filha,
Marjorie Andrade Alecrim Câmara, estão
empregados em seu gabinete. Para o
deputado, empregar familiares é um fato
normal, já que ocupam cargo de confian-
ça. Segundo ele, sua mulher, técnica cm
contabilidade, ocupa o cargo de assistente
parlamentar desde o início da sua legisla-
tura, cm 1982, e dá expediente pela ma-
nhã e â tarde. Já a filha, Marjorie, ocupa o
"il^HI cargo de secretária do pai desde 1985.
¦ ^^';fflBflflBBI
Estudante de Direito, comparece ao tra-
balho apenas à tarde. O filho, vestibulan-
do de Direito, está empregado há cerca de
seis meses, mas o deputado não soube
precisar qual a função que desempenha na
flflfl parte da tarde quando, conforme ele,
^^fli comparece ao gabinete.
Inocêncio Oliveira
(PFL-PE)-Emprega a filha, Shely
Nogueira Oliveira, estudante universitá-
"Ela
ria, no seu gabinete na Câmara.
(PDS- trabalha no meu gabinete como pessoa de
confiança c ninguém de maior confiança
do que um parente", defende-se. Inoccn-
cio disse que a maioria dos casos citados
no JORNAL DO BRASIL sáo de assesso-
res de gabinete.
:-''^c4^^É£^
aàtflsN D&-'' W^Smm
Eral? ^Cv JsCTr^Id^i^fl K*tlfP
s§Bs|£$ ^^Kaf% ??3JWaÍ?^«BHflfl^^aÍ^^PI
Luiz Gushiken (PT-SP)
— O presidente Nacional do PT, depu-
tado Luiz Gushiken, informou ontem que
o partido criou uma nova secretaria, a de
Assuntos Institucionais, para analisar o
problema do nepotismo envolvendo inte-
grantes da agremiação e outros temas.
Gushiken — cuja irmã, Regina Gushiken,
está relacionada como funcionária de seu
gabinete — disse entretanto que o princi-
pio geral pelo qual têm que se nortear os
componentes do partido, é o de que náo
se deve contratar parentes, a não ser em
casos em que haja fealmente a capacita-
çáo profissional.
O deputado petista afirmou que sua irmã
é formada em Sociologia e foi encarregada
de montar seu escritório político na capital
paulista e incrementar o relacionbamcnto
com os veículos de comunicação. Acres-
centou que Regina exerceu seu trabalho
por cerca de seis meses e deixou o vínculo
com o gabinete de deputaado há mais de
um mês.
"Eu até
gostaria que minha irmã ficasse
mais tempo trabalhando comigo, pois ela
tem capacidade", declarou o deputado
Luiz Gushiken, durante um intervalo da
reunião do diretório nacional do PT, em
Cajamar, município da região oeste da
Grande São Paulo.
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? I" caderno a 3
BH
Florestan Fernandes
(PT-SP)
— O deputado Florestan
Fernandes, que mantém apenas o filho —
Florestan Fernandes Júnior, repórter da
TV Manchete, em São Paulo — como seu
funcionário, diz que o mesmo é responsa-
vel pelo seu escritório político na capital
paulista. Florestan Fernandes Júnior, con-
forme informações do pai, é mais do que
um assessor. Conciliando a sua atividade
jornalística com o cargo do gabinete,
coordena todas as atividades do escritório,
substituindo-o em muitos compromissos,
além de realizar vários contatos com o PT
e segmentos da sociedade c eleitores.
Florestan Fernandes diz que o filho, inclu-.
sive, já tentou se afastar do cargo várias
vezes. "Eu tenho insistido para ele perma-
necer porque o seu trabalho c imprescin-
dível para mim". Lembra que foi Flores-
tan Júnior, filiado ao PT desde a sua
criação, que o levou a se candidatar a
deputado federal. Ressaltando que não há
clientelismo ou nepotismo na contratação
do filho, lamenta que, indiretamente pos-
sa estar lhe causando prejuízos.
"Se ele
quiser sair agora, terei que aceitar,
mas não terei alguém em São Paulo que
possa se desdobrar na minha ausência e
prestar informações que não preciso ter a
preocupação de checar", afirma. Dizen-
do-se um guerrilheiro solitário dentro do
PT, onde existem várias correntes, Flores-
tan Fernandes ressalta que a assessoria do
filho, com experiência política, lhe é es-'
sencial. De qualquer forma, acrescenta
que o trabalho realizado pelo JORNAL
DO BRASIL é muito importante, porque
mostra o parlamento por dentro, mesmo
que Maria Aparecida de Oliveira, que
realizou a pesquisa sobre nepotismo no
Congresso, nunca o tenha procurado para
obter informações.
Lézio Sathler (PMDB-
ES) — Emprega a mulher, Maria
Elenicc Sathler, como assessora parla-
mentar, desde que assumiu mandato na
Câmara Federal, em 87. Lézio diz que
Elenice é professora e atende a todos os
requisitos para a atividade que exerce.
Filha de família com tradição política
no Espírito Santo — o pai Odilon
Nicchio é um dos coordenadores do
PDT no interior do Estado — Maria
Elenice, segundo o marido, é responsa-
vel pelos contatos com os governadores
"Não tenho
e políticos da sua região.
preconceito algum com isso e não vejo
prejuízo, desde que a pessoa trabalhe c
cumpra horário. E minha mulher
cumpre horário, rigorosamente",
afirma.
2'89
^^
S'78
YUW
 n 1" caderno n segunda-feira, 20/2/K9
Sting convence Sarney a aprovar criação de novo parque
^—"
BRASÍLIA O presidente José Siírncy apro-
vou ontem informalmente, em encontro tle quase
tinas horas no Palácio ila Alvorada eom o cantor
inglês Sting. a criação de um novo grande parque
nacional, tpie reuniria o atual Parque Nacional do
Xingu c as reservas dc Gurupi e Goròtirí — uma
área lotai de 450 quilômetros por 000 quilômetros,
A criação do parque seria parle do projeto da
FtíncinçÕo Mata Virgem, um movimento até então
desconhecido que seria gerenciado"Não no Brasil, mas
eom recursos externos c internos. é um proje-
to para comprar a Amazônia, mas um projeto
brasileiro dc uma fundação brasileira", alertou
Sting.
Sting, usando roupas verdes e botas, conversou
eom o presidente José Sarney, acompanhado do
presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambien-
le e Recursos Naturais Renováveis, Fernando Cé-
sar Mesquita, do diretor de Orçamento e Finanças
do instituto, José Carlos de Carvalho, do antropô-
logo Carlos Farias, que serviu de tradutor, e de
Jean Pierre Dutilleu. empresário do cantor.
"O mundo inteiro está focalizado no problema
do indio no Brasil. Acho que devemos providenciar
uma interação entre o governo c o exterior. Infeliz-
mente, acho que náo se fala das boas coisas do
Brasil, mas só das ruins", disse Sting para Sarney.
durante o encontro na biblioteca do Palácio da
Alvorada. Fernando Mesquita socorreu o presi-
dente com algumas estatísticas que tem estudado
desde que. há menos de um més, assumiu o institu-
to: "O governo já fez mais pelas reservas indígenas
hoje do que foi feito nos últimos trinta anos. Já
demarcamos 32 milhões de hectares cm reservas,
rnuito mais do que os 11 milhões dc hectares
demarcados alé o inicio do governo atual", expli-
cou didaticamente.
Prosseguindo nas estatísticas, Sarney lembrou
que
"hoje cerca dc 10% do território brasileiro é
constituído de reservas indígenas". Foi interrompi-
"Devo enfatizar
do por Sting, impaciente: que a
Fundação Mata Virgem não é uma intervenção
estrangeira em território brasileiro". Sarney retru-
"Sou um velho batalhador da causa ccológi-
cou:
ca". E lembrou que participou da Conferência de
Meio Ambiente de Estocolmo.
Fm uma entrevista logo após o encontro com
Sarney. Sting. cercado de fãs em busca de um
Cacique se emociona
com recepção de honra
Ricardo Arnt
ALTAMIRA. PA —Uma guarda de hon-
ra de 200 guerreiros caiapós, formando um corre-
dor do avião até a caminhonete que o levou do
aeroporto, protegeu a chegada do líder indígena
Paulo Paiacã a essa cidade, onde começa hoje o I
Encontro dos Povos Indígenas do Xingu - uma
assembléia dc nações indígenas para protestar con-
tra a construção do complexo hidrelétrico de Alta-
mira. Paiacã estava em Belém, onde, na terça-feira,
foi operado de uma súbita c aguda apendicite.
Cem jornalistas, brasileiros c do exterior, assis-
tiram à majestosa chegada do chefe indígena. Paia-
cã desceu do avião Bandeirante vestindo calção e
cocar, adornado de pinturas rituais c mostrando os
curativos da operação na barriga. Começou a cho-
rar quando pisou a pista. Muitos dos guerreiros
que o protegiam da histeria da imprensa também
choraram. Amparado por chefes das 11 aldeias
caiapós que vieram para o encontro, o líder cruzou
devagar o corredor de guerreiros cumprimentando
conhecidos. A cena deixou estrangeiros estupefac-
tos. Simbolismos desse gênero só se encontram
no Brasil.
Quatrocentos c cinqüenta índios caiapós, xa-
vantes, munducurus, gaviões e assurinis já estão na
cidade, acampados na Chácara Bctánia, onde fun-
ciona o Centro dc Formação da Prelazia do Xingu,
a cinco quilômetros de Altamira. Lideres indígenas
de projeção nacional como Ailton Krcnak, da
União das Nações Indígenas, Marcos Terena (dc
Mato Grosso) e Gilberto Macuxi (de Roraima)
estão presentes. Aguarda-se a chegada das tribos
do Parque Nacional do Xingu, entre as quais os
txucarramàes, liderados pelo cacique Raoni
Desde sábado, a Policia Militar guarda a Chá-
cara Bctánia. Na sexta-feira à noite, os ocupantes
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Sting, Sarney c Fernando César discutiram o projeto por 2 horas Faixas e cartazes apoiam a construção da hidrelétrica
autógrafo, garantiu que náo há qualquer interesse
multinacional por trás da Fundação Mala Virgem.
"Nào temos ligação com nenhum
Interior. Fundação Nacional do Indio (Funai) e
instituto de Meio Ambiente para estudar a viubili-
dade do projeto. Um relatório preliminar eslá sen-
De costas para o Rio Xingu
governo ou cor-
tudo virá de doações", disse. Sting. que do preparado pelo vice-presidenle do instituto. José
poraçào, "os
acha que bancos do mundo inteiro deviam ficar Carlos Carvalho, Segundo Mesquita, se for mesmo Altamira espera que a falta de estradas impede o desen-
volvimento, ninguém tem dinheiro.
criado, o novo parque será administrado pelos
abertos a soluções alternativas para a dívida exter-
na brasileira", sugeriu ainda a criação de zonas de próprios índios.
a usina a salve de Alguns, efetivamente, tém. Os no-
proteção ao redor das reservas ecológicas brasilei-
No próximo dia 12 de abril. Sting. devidamente
acompanhado do cacique Raoni e de grandes no-
20 anos de abandono vos ricos da colonização agrária
ras, permitidas para o comércio e turismo. mes da música internacional, abrirão em Paris, com construíram grandes casas, de vastos
'/'/¦'-/. alpendres, ao longo da estrada que
Segundo Fernando César Mesquita, a Funda- apoio da TV estalai francesa uma campanha entrou para a saga da
internacional em favor da causa amazônica. Ilave- Altamira
ção Mata Virgem ainda está em fase de organiza- expansão das fronteiras econõ- liga o aeroporto á cidade. Sáo os
rá shows na Alemanha, Itália, Espanha, Inglaterra,
ção e servirá para desenvolver o projeto de Sting no micas na Amazônia com a constru- comerciantes e os fazendeiros, hoje á
Brasil. A fundação, segundo ele, será financiada Japão, Estados Unidos, China, terminando em dois
meses no Brasil. Ainda ontem, Sting e Fernando ção da Transmazônica, em 1973. A frente da mobilização que empolga a
por empresários brasileiros do setor privado. Mes- cidade: a construção do complexo
César Mesquita partiram para Altamira. no Pará. promessa de terras baratas atraiu
quita não soube dizer, no entanto, que grupos
empresariais seriam estes. Será formada ainda uma paru abrir o I" Encontro Brasileiro de Povos Indi- migrantes do Nordeste e do Sul, e, hidrelétrico do Xingu trará empre-'
comissão com a participação do Ministério do genas. em dez anos, a população aumentou gos, estradas, hospitais, escolas,
Altamira, PA — Flávio Rodrigues
em mais de 500%: passou de 5.700 energia, pavimentação e fortuna pa-
pessoas, em 1970, para 27.000, em ra o comércio.
1980. Os 38 mil altamirenses não se as-
A cidade fundada pelo extrativis- sustam com a chegada caótica de 31
mo dos produtos da floresta assistiu mil trabalhadores para os dois can-
à multiplicação desordenada de teiros de obras da usina de Kararaô.
bairros novos como Sudam 1, Su- Eles já vivem no caos. Qualquer coi-
dam 2, Jardim Fortaleza, Jardim In- sa é melhor. Se os índios e os ecolo-
dependente, Liberdade e Colinas, gistas impedirem a construção da
muitos em palafitas, sobre igarapés. usina, tudo continuará como está,
Nas cheias do Xingu, todo ano, a abandonado. Quem sabe quando a
cidade terá outra chance como essa?
população abandona as casas.
Os altamirenses sentem-se aban- O calor é infernal em Altamira,
donados 20 anos depois. Boa parte mas um pouco menos na beira do
da Transamazônica é intransitável. rio. Na parte velha da cidade, há
De novembro a maio, na estação das construções amplas, com modelos
arquitetônicos do passado, como o
chuvas, só é possível sair da cidade
de avião. Apenas um terço das edifi- Instituto Maria de Matias e a Igreja
cações tem água encanada. Só a par- Nossa Senhora de Nazaré e até um
te antiga da cidade tem sistema de pequeno anfiteatro. Depois que os
drenagem de águas pluviais. Ruas projetos de colonização agrária
Paiacã, cercado de guerreiros, chorou na chegada ao aeroporto substituíram o extrativismo, a beira-
pavimentadas, só no centro. Não há
dc um automóvel deram cinco tiros para o ar em nha de acusação contra o Banco Mundial, provável rede de esgoto. A rede hospitalar rio deixou de ser área nobre. Hoje,
frente ao portão principal c fugiram. A hostilidade financiador do Complexo dc Altamira, no tribunal ela sinaliza a mudança dos tempos.
tem um déficit de leitos de 50% e o
dos ultamirenses contra índios e ecologistas é inten- que julgou os crimes do FMI c do Banco Mundial equipamento escolar atende apenas No extremo sul, estão a sede da
sa, porém respeitosa, até agora. Ontem, chega- contra o meio ambiente, em Berlim Ocidental, cm
ram à cidade dez. agentes da Polícia Federal. Hoje, setembro de 1988, está indignado com a aliança a 15% da crianças em idade escolar. Mineração Taboca (Paranapane-
às duas horas da tarde, autoridades municipais, entre a Eletronorte, a prefeitura e a população. Os projetos de colonização, com ma), a Mineração Canopus (Rho-
comerciantes c a União Democrática Ruralista Pansa controla, sem meias palavras, o acesso da dia) e a Mineração Oca; no centro, a
técnicas inadequadas ao meio am-
(UDR), engajados no Moprok (Movimento Pró- imprensa c dos curiosos à Chácara Bctánia. Ele Superintendência da Borracha (Sud-
kararaô) promovem uma passeata, no Centro da teme que os índios rcajam às provocações.
biente, não deram os resultados es-
Apesar da oposição aos ecologistas. os altami- perados. Altamira vive da explora- hevea) e, no extremo norte, a melan-
cidade. Altamira promete um sonoro nào aos ad-
versários da barragem de Kararaô, a primeira do renses aguardam com expectativa a hipotética che- ção da madeira da floresta e da eólica sede da Funai. Com a barra-
complexo hidrelétrico. gada dc artistas, como o inglês Sting, Brigitte Bar- mineração. Em poucos minutos de gem de Kararaô, Altamira reitera a
dot c Lucélia Santos. Alguma coisa, finalmente,, virada histórica: definitivamente, dá
Os índios registraram uma queixa-crime na de- acontece na cidade. Sc Kararaô for construída, os conversa, os altamirenses desaba-
legacia dc polícia contra as ameaças recebidas na altamirenses não sentirão mais falta de movimen- fam: a vida é dura, não há emprego, as costas ao rio. (R.A)
sexta-feira. O padre Ângelo Pansa, que foi testemu- to.
Luciana l.eal
J. Ministério da Educação
FUNDAÇÃO OE ASSISTÊNCIA AO ESTUDANTE
AVISO DE LICITAÇÃO
A FAE comunica aos interessados quo realizará licitaçáo. conforme abaixo:
MODALIDADE: Concorrência Pública n° 001/89
SERVIÇO: Coleta, armazenamento, mixagem e distribuição de livros
didáticos para todo o Território Nacional, relerentes ao PNLK/89 e materiais
escolares para as Regiões Norte. Nordeste e Centro-Oeste referente ao
PNME/89.
QUANTIDADE: 30.000 000 exemplares de livros 129.929.130 unidades de
materiais escolares
ABERTURA: 21/03/89
HORÁRIO: 10:00 hs
LOCAL: DADP/RJ — Rua Miguel Ângelo n° 96 — Rio de Janeiro/RJ.
Os editais encontram-se à disposição dos interessados, na Rua Miguel
Ângelo. 96 Bairro de Maria da Graça — Rio de Janeiro/RJ, Gerência de tBMmlm^M lEtl^i1
Aquisição.
Rio de Janeiro-RJ. 20 de fevereiro de 1989.
EDISON WAGNER
PRESIDENTE DA COMISSÃO DE LICITAÇÃO
GOVERNO FEDERAL - TUDO PELO SOCIAL
MINISTC RIO DAI MINAS t INtROIA
Eletrobrás *P Centrais Elétricas Brasileiras SA
Os relatores aprovaram o capítulo da defesa do consumidor
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Serviços de Eletricidade SA
CliL6Ü*44»Jf.«WI 46 COMPANHIA ABI NTA
AVISO DE EDITAL N» SGPJ.C-3101-003/89
HABILITAÇÃO E CONCORRÊNCIA
Comissão começa a elaborar
HORÁRIO: PROJETO EXECUTIVO DA SUBESTAÇÃO
Aulas às Sextas-feiras em
horário integral.
SUBTERRÂNEA NÃO ATENDIDA
JÓQUEI 138-13.8 KV (PE-2428)
LIGHT - Serviços de Eletricidade S.A. torna público que re-
texto constitucional do Rio
Quintas-feiras, das 19 às 22h ceberá nos termos do DL-2.300, de 21/11/86, suas altera- O texto-base do anteprojeto da Constitui- durante um mès nas subcomissões, para rece-
ções e do regulamento de Habilitação, Licitação e Contrata- ber emendas de entidades populares e dos
em semanas alternadas. ção Estadual do Rio de Janeiro começou a ser
ção de Obras, Serviços, Aquisições e Alienações, da Eletro- elaborado ontem pelos cinco deputados rela- próprios deputados. A seguir, o texto voltará
Sábados em horário integral, brás, na Avenida Presidente Vargas, 642 - 189 andar - AU-
em semanas alternadas. DITÓRIO - Rio de Janeiro, no dia 03 de abril de "TÉCNI- 1989 às tores da Comissão Constitucional, que se reu- para a Comissão Constitucional, e no final de
"HABILITAÇÃO", maio ou inicio de junho, começarão as vota-
10:00 h, envelopes lacrados de
"PROPOSTA COMERCIAL",
niram durante todo o dia na Assembléia Le-
CA" e para elaboração do Pro- gislativa. Algumas importantes modificações ções em plenário.
jeto executivo Completo das instalações da Subestação Sub- foram aprovadas, como um capitulo inteiro Segundo o relator do Título II — Direitos
terrãnea, não atendida, Jóquei, 138-13,8 KV.
dedicado à Defesa do Consumidor e um arti- e Garantias Individuais —. deputado Carlos
O contrato será de empreitada por preço Global, sendo o cri-
tério de julgamento o de técnica e preço, com prazo máximo go que prevê punições econômicas e adminis- Mine (PV), a proibição da discriminação foi
Início: de execução de 1.100 (um mil e cem) dias corridos (incluindo trativas para alos de discriminação racial, se- proposta por várias entidades — entre elas
3 de março de 1989 assistência técnica durante a construção). xual, religiosa ou politica. SOS Racismo e Associação Brasileira Inter-
Seráo exigidos atestados comprobatórios de execução de disciplinar da Aids (ABIA) — e aproveitada
Segundo o relator-geral. Elmiro Coutinho
Encerramento: serviços em projetos e/ou obras similares. integralmente. Estavam presentes ainda os
24 dc junho de 1989 O AVISO DE EDITAL estará afixado no Quadro de Avisos e o (PMDB), foram aproveitadas 55 das 73 pro-
referido Edital poderá ser adquirido a partir desta data, até 10 postas populares enviadas aos parlamentares. deputados Milton Temer (PSB). Luis Henri-
de março de 1989, das 9:00 horas ató às 16:00 horas, na Te- O texto-base tem que estar redigido até a que Lima (PDT) e Nicanor Campanário (Pa-
souraria da LIGHT - S.E.S.A., ambos localizados no saguão próxima quinta-feira, dia 23. quando ficará sart). presididos por Josias D*Ávila (PFL).
térreo da Avenida Marechal Floriano, 168 - Centro - Rio de
Janeiro.
A aquisição de cada Edital só poderá ser feita mediante o pa-
».^'>%i* «\
Ir gamento de NCzS 600,00 (seiscentos cruzados novos), não
reembolsáveis.
Não será admitido consórcio.
Domingo Programa
Os seus programas da semana.
Escola de Comunicação da UFRJ
JB
JB Negócios de ocasião no lugar certo.
JORNAL DO BEASIL
'reforma agrária branca' em silêncio
Uberaba promove
Nairo Almari
UBERABA, MG - Em mulo de 1986,
o pequeno proprietário do terras, Waldcvino
Foscarini, então com .10 anos, deixou o mu-
nicipió dc Pinhalzlnho, no interior dc Sania
Catarina, e armou sua tosca barraca no
cerrado de Uberaba, no Triângulo Mineiro,
com a mulher c dois filhos. Atraído por um
programa rural intitulado Bolsa dc Ar-
rendãmento de Terras, ele estava dispôs-
to a vencer plantando grãos numa região
que ganhou notoriedade nacional pela cria-
cão de gado zebu de primeira linha. Até
então; quase inóspito, o cerrado cia lembra-
do apenas para as queimadas anuais de
agosto — quando o fogo se extingue, surge
um broto de macela. que o gado pasta, e,
assim, incrementa-se a riqueza dos fa/endei-
rosde Uberaba.
Em Pinhalzinhò, Waldcvino tinha ape-
nas 23 hectares para plantar, o equivalente a.
2l) campos de futebol. Ali. ele colhia, anual-
mente. 700 sacas dc milho e 130 de soja,
além de criar um pequeno rebanho de gado
leiteiro e 300 suínos. No primeiro ano cm
Uberaba, o catarinense aventureiro deu du-
ro. com o irmão Ângelo, dc 25 anos. Traba-
lharam dia e noite, para abrir 300 hectares
de lavoura. O resultado foi surpreendente: a
safra rendeu 5 mil sacas de soja, 700 de arroz
e 500 de milho.
Três anos depois, Waldcvino contabi-
lizava o salto da prosperidade, com um
olho pregado na próxima safra, de 89/90.
quando espera colher 23 mil sacas dc soja,
na área ampliada para 750 hectares (graças a
um acordo com o proprietário), dedicadas
apenas a este grão. Seu patrimônio também
se expandiu vertiginosamente e soma NCzS
300 mil em máquinas e implementos - tem
quatro tratores, unia colheiladeira, uma
pick-up cabine dupla Ford, arados, gradea-
deiras. pulverizadoras, semeádeirás; "Che-
a vontade de
guei aqui praticamente só com
trabalhar", orgulha-se ele. "Valeu a pena o
esforço.*'.
Waldcvino abriu a picada para 140 colo-
nos que mudaram a face da exploração agri-
cola de Uberaba. Em 1985, a prefeitura da
cidade resolveu criar a Bolsa dc Arrenda-
mento de Terra, com apoio do Banco do
Brasil. Era uma espécie dc reforma agrária
particular, correndo á margem dos discursos
grandiloqüentes do governo federal. Na
época, os políticos anunciaram vastas desa-
propriações para assentar os sem-terra e os
bóias-frias, promessas que praticamente
nunca desceram do palanque.
Uberaba foi mais modesta - c mais
eficaz. A prefeitura convenceu os fazen-
deiros a arrendarem suas terras do cerra-
*fe "a í.'. »3BiyâK^>&' .»; , •''¦" ,^-*V
A família Manfrini espera colher .10 mil sacas de soja
. !.'.;•¦
Tradição cede lugar a sulistas
Foi pelas mãos dc um dos mais tradicio-
fiais pecuaristas do Triângulo, Arnaldo Ma-
chado Borges — neto de um dos mineiros que,
no começo do século, se aventuraram de na-
vio até a índia para trazer o zebu —-, que fir-
rhòu-sc o primeiro contrato da "reforma
agrária branca" de Uberaba.
Em 1990. Arnaldo receberá 15% da safra
de seu arrendatário, Waldcvino Foscarini.
Com base ria produtividade atual dos Fosca-
rini (40 sacas por ha dc soja c 80 de milho),
isso significa que receberá seis sacas de soja c
12 de milho por ha, cotadas, respectivamente,
em USS 15 e USS 7,5 a saca. Arnaldo
tem a garantia hoje dc receber USS 90 por ha
no cerrado arrendado. O fazendeiro é propric-
tário individual de 3.500 ha, onde cria 7.500
cabeças dc bovinos e tem arrendados 1.500
ha.
A primeira colheita dos Foscarini (mesma
média atingida pelos outros 70 colonos do Sul
do pais que chegaram com eles) surpreendeu
aos fazendeiros, porque a terra ainda estava
inférlil. Arnaldo Machado Borges não hesitou
cm atender ao pedido dc elevar em 450
ha a área arrendada na segunda safra. Agora,
cie está com 750 ha plantados praticamente
apenas com soja. Para Waldcvino e seus com-
panheiros do Sul. a soja, que serve dc cartão
de visita para o programa e de garantia
de bom negócio aos fazendeiros, é a moeda
para a transição de arrendatários para pro-
prietários.
"Já consigo
crédito fora do Banco do
Brasil e tenho todo o maquinário. Agora será
mais fácil", declarou Waldevino na porta da
agencia do Bradesco, onde está tentando fi-
nanciamento para comprar uma segunda co-
lheitadeira (a que possui é cm sociedade com
o outro irmão. Durvalino). que custa NCzS 77
mil. "E nessa reforma agrária que acredita-
mos. Não recebi nada de graça do governo",
afirma o colono, que nas épocas dc plantio
tem ajuda da mulher Salcte e do filho Marcos,
9. no manejo dos tratores.
Contagiado pelo esforço dos Foscarini. o
dono da fazenda Laranjeiras (berço do gado
gir no Brasil). Afránio Machado Borges, ir-
mão de Arnaldo, depois de haver arrendado
250 ha de terra para Durvalino plantar grãos,
entregou-lhe o restante da propriedade, mais
250 ha, para administrar em parceria a parte
da pecuária. Durvalino entregou a parte da
pecuária. 100 cabeças de bovinos de leite, para
o sogro Severino Manfrini administrar, e a
lavoura para os cunhados.
"A fazenda é nossa, dos
donos e dos
que trabalham nela. Eles agora são meus fi-
lhos. netos e bisnetos", afirma dona Maria da
Conceição Prata Machado Borges. 78. que
come da mesma comida e senta na mesma
itoa dos Manfrini, que. em Pinhalzinho.aào
JL *~^
mim*
- •T**ai|**,'*'V*'«Pa *mym,^^mlm
si^^r^'
./«do Gilberto, da ABCZ
do para lavradores dc outros estados, me-
diante pagamento do que se passou a
chamar royalties. cm produção, c da dc-
voluçãò das terras cinco anos depois. O
Banco do Brasil adubava o acordo com o
fornecimento dc financiamentos aos lavra-
dores e garantia aos donos da terra.
Hoje as quatro partes estão mais que
satisfeitas. Os 140 colonos trazidos pela
Bolsa de Arrendamento têm unia área con-
junta dc 30 mil hectares plantados para esta
safra. Juntos, deverão colher 1,2 milhão dc
sacas de soja. 270 mil dc milho c 30 mil dc
arroz, respondendo por 26,8% da safra cs-
perada desses grãos pelo município.
Imensos, c até então improdutivos, os
cerrados deste município rendem atualmente
aos criadores dc zebu, sem que tenham in-
vestido um só centavo, USS 90 líquidos
anuais por hectare. A prefeitura leva uma
falia também significativa. O verde contínuo
de lavouras dc grãos elevou, cm dois anos,
de 12% para 22% (aumento dc 83,33%) a
participação da agricultura no Imposto so-
bre Circulação de Mercadorias (ICM) de
Uberaba. E sem realizarem qualquer esfor-
ço, nem mesmo com o registro do contrato,
os fazendeiros terão dc volta, ao final dc
cinco anos, se não houver reforma, terras
altamente produtivas. Nelas, poderão se-
guir com a cultura dc grãos ou simples-
mente expandir as pastagens.
Por obra da prefeitura, da sua origi-
nal Bolsa de Arrendamento dc Terras e
do suor dos colonos, o pioneiro Waldcvi-
no Foscarini, 33 anos, sua mulher Maria
Salcte, 31, c o filho Marcos, 9, chegaram
a trabalhar 72 horas seguidas sem desli-
^Sa^Lft Íb^b^bh ^BhT^^| ^bSukUl'**j£
D. Conceição está satisfeita
donos de uma propriedade de apenas 4,8
ha. Durvalino e os cunhados esperam colher
cerca de 10 mil sacas de soja. Duas mil serão
entregues à revendedora Canadá Diesel como
pagamento de um trator Ford novo que com-
prarani em outubro passado.
Entre as dezenas dc casos de colonos
que vieram constatar as maravilhas conquis-
tadas no cerrado e acabaram ficando, como
os Massoni, da família da mulher dc Waldcvi-
no (chegaram em 1987, plantaram 300 ha e
dobraram a área no plantio desta safra), está
lido Girardi, 26, dc Nova Erechim (SC). Ele
ajudava o pai Bortolo Girardi numa proprie-
dade dc 15 ha, onde colhiam, entre outros
grãos. 120 sacas ao ano. Arrendou 90 ha cm
Uberaba c vai colher 1.800 sacas de soja.
Como pagamento de um trator Masscy Fer-
gusson usado entregará 300 sacas; mais 144
para o colono vizinho fazer a colheita: e como
pagamento do aluguel da terra 5%. O que lhe
sobra, 1.266 sacas, representa, na cotação
atual, USS 18.990.00.
O caso mais expressivo de sucesso entre os
colonos trazidos pela Bolsa é o de Vírio Siva-
ni. dc Medianeira (PR). Ele vai colher, em
1.250 ha arrendados. 50 mil sacas de soja c dar
como parte de pagamento de 400 alqueires
comprados em Porangatu (GO). Os colonos
sulistas moram em casas simples de madeira,
no meio das lavouras. "Fazemos economia
mais rápido, porque nâo pagamos aluguel.
Aqui críamos galinhas e porcos, o que reduz
bem os gastos", diz Waldevino. (!&A.)
Brasil
Ubornbn,
BiiT»«5r"m'Ha1a»ssssla^B^Wa^aMt'»|j|WlW
SâaSoP l-^^^S^^uíeattRSS^PWHaBM^B
Maria Salete Foscarini trabalha na lavoura com os filhos
gar os tratores — os ricos pecuaristas exor-
cizaram o demônio da reforma agrária cocr-
citiva c violenta. O programa surgiu
estrategicamente no momento em que o go-
verno da Nova República acenava com de-
sapropriações com um discurso que, muitas
vezes, resvalou a demagogia.
A bolsa foi antes de tudo uma saída
segura. O Banco do Brasil, garantiu que
só seriam selecionados para arrendatários
"profissionais da agricultura", com conheci-
mentos passados dc pai para filho. Como na
epopéia do zebu, trazido da índia por pe-
cuaristas dc Uberaba, os fazendeiros — do-
nos individuais dc propriedades com até 4
mil ha, ou agrupados entre irmãos e filhos
cm 7 mil a 15 mil ha — agiram rápido c hoje
têm pronto para o governo um modelo da-
quilo que sempre temeram: a reforma agra-
ria. Conta o então fiscal da Carteira de Cré-
dito Rural da agencia do BB, José Hum-
berto Machado Guimarães, que nesta safra
os colonos vindos do Sul dc São Paulo,
Paraná, Santa Catarina c do Rio Grande do
Sul, plantaram 30 mil dos 100 mil hectares
da região com 80% dc soja, 15% de milho c
5% dc arroz.
A reforma agrária do capital, ou "re-
forma agrária branca" (as lavouras anuais
são chamadas lavouras brancas), como a
chama o presidente da Associação Brasileira
de Criadores de Zebu (ABCZ), João Gilbcr-
to Rodrigues da Cunha, foi favorecida pelo
clima tenso gerado pelo próprio governo,
diz o coordenador dc campo da Bolsa, Nil-
son Mayrink. Ao ser lançado o programa,
havia a iminência de um confronto dos
fazendeiros com o governo, a Igreja c o
iSa^B^I a^LKa^T
Na Fazenda Laranjeiras, o gado convive com a lavoura
Colonos trazem novas técnicas
Quando a bolsa de Arrendamento dc Ter-
ras foi criada, os fazendeiros estavam retraí-
dos e a prefeitura tinha dificuldades para
atender aos colonos chegados do Sul do pais,
cm geral, descedentes de italianos c alemães.
Agora, os fazendeiros fazem o caminho inver-
so: vão á bolsa depositar suas áreas ociosas. O
estoque existente já é suficiente para duplicar
para 60 mil ha o plantio da safra 1989/90.
Entre as maiores ofertas, o fiscal da cartei-
ra dc crédito rural do BB José Humberto
Machado Guimarães destaca a da família Pe-
reira, tradicionais pecuaristas, dc 15 mil ha; de
Gilberto Andrade Resende (5 mil ha); c até a
do embaixador do Brasil na Itália, Carlos
Alberto Leite Barbosa, de 610 ha. Ele salien-
tou que a previsão do pecuarista Arnaldo
Machado Borges, cm 1986, dc que o avanço
da agricultura não ameaçava o aumento do
rebanho bovino influenciou na iniciativa dos
proprietários.
"Sc alguém disser
que está
saindo gado e entrando agricultura, não esta-
rá falando a verdade", decretou Arnaldo Ma-
chado Borges. Quando os Foscarini prepara-
vam o primeiro plantio cm suas terras, cm
1986, Uberaba tinha um rebanho dc 216.600
bovinos, que dobrou para 530 mil, segundo
o presidente da ABCZ, João Gilberto Rodri-
gues"OsCunha.
colonos do Sul trouxeram técnicas
novas de plantio. Isso influenciou, de certa
forma, na melhoria das técnicas de pecuária,
como intensificação da inseminação artificial,
e melhor manejo de pastos. Tudo resultou cm
maior nivel dc reprodução do rebanho", disse
João Gilberto, dono de quatro fazendas (em
Uberaba, Mato Grosso do Sul e Paraguai)
com 31.200 ha e um rebanho de 9 mil cabeças.
Influenciado pela Bolsa de Arrendamento, cie
já implantou 50 ha de soja c 50 ha dc milho
em sua fazenda do município, de 1.800 ha e
com 2 mil cabeças dc bois.
Mas está na Organização Mário de Almei-
da Franco, um agrupamento de 20 fazendas
no Triângulo, estado do Rio e Mato Grosso,
o mais significativo exemplo da influência dc
mudança dc cultura causada pelos colonos. A
Organização já entregou a agricultores paulis-
tas a Fazenda Boa Sorte, em Conceição das
Alagoas, com 3 mil ha. quase toda plantada
de soja. milho c arroz. Agora, no mesmo
município, está negociando o arrendamento
da Fazenda Paraíso, de 5 mil ha. diz o geren-
te João Mendonça.
A abertura de um hectare de lavoura
em cerrado inóspito exige gastos médios de
NCzS 250,00. O investimento é elevado e. por
isso. os colonos são isentos de pagamento
pelo aluguel da terra na primeira safra.
No último plantio, o Banco do Brasil
MG - Foto» ilo Waldomur Sablno
MÊ3L»V • ¦ iSfiHK' M
Partido dos Trabalhadores. A proposta da
prefeitura surgiu, então, como uma opção
criativa.
"Os fazendeiros nada túiham a temer
nem a perder", analisa o presidente da
ABCZ, observando que os colonos atrai-
dos pelos anúncios nas agências do BB,
no Sul do país, deveriam ser proprictá-
rios rurais cadastrados na Carteira Rural
do banco. O folheio, acenando com uma
oferta de "190 mil ha de terras ociosas
"A seleção
agricultáveis", ainda advertia:
será rigorosa, com um levantamento de in-
formações sobre o conceito c o potencial de
trabalho de cada agricultor pretendente".
A última resistência dos fazendeiros,
fiéis aos ensinamentos dos avós dc fazer
fortuna e constituir famílias sedimentadas
na pecuária, foi a quase secular oposição à
abertura de suas terras para a lavoura inten-
siva. Nunca aceitaram, também, que tercei-
ros tentassem, mesmo por risco próprio,
desbravar os cerrados ociosos, diz José
Humberto, hoje assistente da viec-presidên-
cia financeira do Banco do Brasil, cm Brasi-
lia, para arrendamento dc terras.
Os pecuaristas só cederam diante dc
um contrato que lhes assegurasse, além
do pagamento do aluguel das terras com
5% da safra do segundo plantio, 10%
do terceiro c 15% dos dois últimos, a
devolução, ao término do contrato, sem
terem de pagar indenização pelas benfei-
torias nelas realizadas. Os colonos se obriga-
vam ainda, além do pagamento dc todos os
impostos, a executar obras de proteção do
solo.
]a^BMasWBÉJaaT^BMrÍÊàSMÍ^ i* ^áfl ^m^^^mESfà^^Ê/EtffS^Bm
financiou os investimentos c os custeios dc
safra com juros dc 9% ao ano, mais correção
monetária. Os empréstimos de investimentos
têm prazos de três anos, e dc custeio, um. As
lavouras são classificadas cm pequenas (até
120 ha), média (de 120 a 200 ha) e grande
(acima dc 200 ha) para efeito de finan-
ciamentos. Pela ordem, os pedidos de recursos
para abertura de lavouras foram financiados
cm até 100%, 80% c 60%, c de custeio de
safra de 70%, 40% c 30%. O milho, devido ao
incentivo promovido pelo governo, teve fi-
nanciamento integral em qualquer situação.
José Humberto disse que a gama de ativi-
dades criadas para atender aos colonos, desde
a área dc equipamentos afins até dc gêneros,
vestuários etc, devem ser coletados como bc-
nefícios trazidos para a economia de Uberaba.
Ele calculou que o plantio''de 30 mil ha
exigiu, no mínimo, o trabalho direto de 1.000
pessoas c que os colonos, com mulheres c
filhos adultos, são menos de 300. Os colonos
possuem pelo menos 200 tratores, 1.200 im-
plementos (prazo de seis para cada trator) e
100 colhbitadciras comprados, na maioria, em
fornecedores locais.
Em fertilizantes, a área plantada por cies
exigiu um mínimo de 10.500 toneladas. O
consumo de corretivos nos dois primeiros
plantios chegou a 150 mil t, ou seja, foram
necessárias, pelo menos, 10 mil viagens de
caminhão. Em 1986, conta o funcionário do
BB, há 29 anos na carteira dc crédito rural,
Uberaba tinha capacidade estática para arma-
zenar 47 mil t de grãos, elevada para 200 mil t
c que chegará a 260 mil t com o projeto da
empresa Cowap.
Nesse periodo. foram implantados vários
projetos industriais ligados ao fornecimento
para a agricultura, como a FMC do Brasil
(fertilizantes) e a Quimbrasil.
Uberaba tem dois centros universitários
(Universidade de Uberaba e Faculdades Inte-
gradas dc Uberaba) e uma população que
cresceu de 220 mil habitantes, cm 19S6, para
300 mil. Eqüidistante cerca de 500 quilôme-
tros de São Paulo, Goiânia, Brasília e Belo
Horizonte, é servida diariamente por vôos de
Boeing para São Paulo e Brasília e uma linha
regional ligando Belo Horizonte.
Na cidade, circulam quatro jornais diários
locais e chegam os principais de São Paulo,
Rio c Belo Horizonte. A emissora local de
televisão, a TV Uberaba, (retransmite progra-
mas da Manchete) leva ao ar três telejornais
regionais. Uberaba recebe sinais da TV Glo-
bo. Bandeirantes, TVS e TV Educativa (SP) e
tem quatro emissoras de rádio AM e duas
FM.(N.A.)
segunda-feira, 20/?./K() D 1" caderno D 5
Reunião de reitores
vai traçar estratégia
contra corte de verba
CURITIBA — A 48a. reunião plenária do Conselho
dc Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), que
começa hoje cm Curitiba e termina na sexta, vai centrar
fogo no protesto à Medida Provisória 32, que determi-
nou cortes dc 50% no orçamento das instituições fede-
rais dc ensino, impedindo repasse de verba entre rubri-
cas, e a demissão de servidores contratados há menos de
cinco anos. "As universidades ficarão inadministráveis",
disse reitor da PUC de Campinas, Eduardo José Pereira
Coelho, presidente do Crub,
O programa da reunião, na qual também vai ser
eleito o novo presidente do conselho para mais dois
anos, está baseado no tema "A educação superior e a
nova Constituição". O contingénciamento imposto pelo
governo através do Plano Verão levará os reitores a
formular uma estratégia comum que impeça a aplicação
da Medida 32, cujas determinações atingem especial-
mente o trabalho de extensão na área de saúde, com o
maior número dc servidores não estáveis, e a capaci-
dade de manutenção física das universidades. Segundo
os reitores, a medida é inconstitucional porque impede -
conforme assegurado no Artigo 207 da Constituição - a
autonomia da gestão didática e financeira das institui-
ções.
Reunido no Hotel Mabu, o Crub vai discutir também
o projeto de lei do deputado federal Matheus Iensen
(PMDB), que dispõe sobre a estadualização das univer-
sidades federais e autárquicas. O projeto vem provocan-
do manifestações de repúdio dos reitores, conforme
observou cm diversos contatos o presidente do Crub.
A abertura da plenária acontece hoje às 20 horas, em
sessão solene, c até sexta-feira os reitores vão trabalhar
em reuniões setoriais.
METAL LEVE M
sa indústria e comerão
COMPANHIA ABERTA
COC 60476 684/0001-B7
/nabrasca
AVISO AOS ACIONISTAS
Acham-se à disposição dos
Senhores Acionistas, na sede
social, na Rua Brasilio Luz,
535, Santo Amaro, Sâo Paulo,
SP, os documentos a que se
refere o art. 133 da Lei n?
6.404/76, relativos ao exercício
encerrado em 31 de dezembro
de 1988.
A Administração
ASSEMBLÉIA GERAL
EXTRAORDINÁRIA
CONVOCAÇÃO
O Presidente do Conselho de Administração do
Instituto Brasileiro de Administração Municipal-IBAM, no
uso de suas atribuições, resolve convocar Assembléia
Geral Extraordinária para o dia 15 de março de 1989. na
sede do Instituto, no Largo IBAM n° 1, às 15 horas, em
primeira convocação, e 15:30 horas em segunda convoca-
ção, para tratar da seguinte ordem do dia:
1. Eleição do membro do Conselho de Administra-
ção, na vaga decorrente do falecimento do Dr.
Rômulo Almeida;
2. Aprovação das contas da Administração no perío-
do de 87/88;
3. Assuntos diversos.
Rio de Janeiro; de fevereiro de 1989.
(a.) Luiz Simões Lopes
Presidente
DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM
DO ESTADO t>E MINAS GERAIS/DER—MG
GRANDE LEILÃO PÚBLICO
DATA: 21/02/89
LOCAL: CRUZ DAS ALMAS PRÓXIMO DA CIDADE DE CURVELO—MG
HORA: 10:00
Camioneta pick-up Fiat. Brasilias e automóveis Volkswagem. Veraneio, beto-
neiras, automóveis Fiat. geladeiras, ventiladores e outros, arquivos. Kardex e
outros, projetores de slide e outros, máquinas de escrever e calcular,
estabilizador de voltagem e autos transformadores, torno mecânico, setra de
fita e furadoira de coluna, macacos hidráulicos, moto bombas e outros,
caminhão Ford F-350 diesel, tratores lèmina AD-14 e HD-11-D-7, caminhão
Chevrolet 1963, caminhão basculanto. p<pa e outros, M. Benz, Fiat. Chevrolet.
Alfa Romeo, comboio de lubnficaç.io, basculas. tratores agriculas Walmet,
Deutz e CBT, tanque pipa, conjuntos de madal. pá carregadeira de esteira
HD7G e Michigan. compactadores bambolcante, Belina. bate estacas, carreta
tipo tip-top. Ecraper. rolo compactador vibratório e pé de carneiro, fábricas de
manilhas, máq de fabricar meio fio, maq. p/pintura de faixas, grupo gerador e
moto bombas, sucata de ferro aprox. 80 toneladas, motoniveladora Caterpillar
12-F e Huber Warco 10-D. carcaças de pneus marcas diversas, compressores
rebocaveis, transformadores de corrente 20 KVA, ceifadeiras, maq. de lavar
peças a vapor, geradores, motores e britadores diversos.
INFORMAÇÕES:
COMISSÃO DE ALIENAÇÃO DER/MG: Av. Andradas, 1120, sala 1016. 10°
andar - Belo Horizonte - MG
FONE: (031)212-2166 - RAMAL
343
LEILOEIRO OFICIAL: LUIZ WASHINGTON CAMPOLI NA SANTOS
RUA Dr, Pedro Luiz, 318 em SETE LAGOAS/MG
CEP: 35700
FONE: (0311921-0855 e (031)221-3575 em B. Hto.
?
MMASCDUB
oiiTADotnoum
ESCLARECIMENTO
PAGAMENTO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS
Face à decisão da Prefeitura do Rio de Janeiro
em bloquear o pagamento relativo ao mês de
janeiro/89 de todos os servidores lotados nos
órgãos abaixo, que receberiam nos dias 20, 21,
22, 23 e 24 de fevereiro, o BANERJ sente-se
na obrigação de esclarecer que, em virtude
desta medida, estará impedido de efetuar
estes pagamentos, conforme previsto.
DISTRITOS DE EDUCAÇÃO, ESCOLAS E
ClEPs
CENTRO DE SAÚDE MANOEL JOSÉ FER-
REIRA
CENTRO DE SAgDE AMÉRICO VELOSO
CENTRO DE SAÚDE HOSPITAL CARME-
LA DUTRA
CENTRO DE SAÚDE Me. CLEMENTINO
FRAGA
DIVISÃO DE EDIFICAÇÕES DO CENTRO
DIVISÃO DE EDIFICAÇÕES DE JACARÉ-
PAGUA
Procurando evitar maiores transtornos, o BA-
NERJ esclarece ainda que qualquer informação
deverá ser obtida diretamente junto à Prefeitu-
ra do Rio de Janeiro.
BANERJ
BANCO DO ESTADO
RIO DE JANEIRO
6 D Io caderno a segunda-feira. 20/2/89 Internacional JORNAL DO BRASIL
Molnlrlo, EUA —AP

Informe JB Khomeini nega o perdão a

w ^firwflUmh JlÊr^mm^mmWÊlmm w i
Discutir
a questão da preserva-
ção da Floresta Amazônica vi-
Como a CVM ainda não deu pa-
râmetros para a correção monetária
*'*4Sf__, «JfÊ
Rushdie e mantém sentença
rou hábito tão comum na sociedade dos balanços depois do Plano Verão, a -J________Ba___Sp
divulgação dos números antes dos f9 _PiA<< ¦ • - i *"A_i_i_l
_¦ __MI! £$___'.'__¦ E LONDRES — O lider espiritual c político Rushdie, que permanece culpado aos olhos da
americana como mascar chicletes. a- ¦_!_¦'!*. •' * __ 1 rdma.,'.WWa____TOa do Irã, aiatolá Khomeini, afirmou ontem que sociedade". GlialTari havia dito que seria ca-
Ontem, o New York Times dedi- vencimentos de opção da Vale, hoje, ¦ o escritor indiano naturalizado inglês, Salman paz de matar o escritor pessoalmente.
cou parte da primeira página de sua cheira a pressões. f<v fl_M_
WÊÊ
m
WKmmmm-
B i '
¦ " ¦ j_____,__"
.¦.¦___¦*
¦•¦¦'-i___F''
&T!
_m;?T__K___-4ti
%AImmmÊlm^jjÊni Rushdie, "não pode ser perdoado mesmo que Ódio A comunidade muçulmana na
G f ^mmÊmr^&m\.\r ¦VH_i.K se arrependa" de ter escrito Os versos soiimi- Inglaterra — de 1,5 milhão de pessoas —
edição dominical a uma reportagem -__R_-!->V_k:
' l|__Ri,'' /JW ¦-:
cos, considerado blasfemo á religião islâmica.
Pode ter caroço debaixo deste angu. \___1kÍ_bk'f^miw^'^""'['$' ^" !^"___3b_ reagiu dividida ao pedido de desculpas do
sobre a construção da estrada que ^_j; •.' ^iL ''T__Fa____B_t

ligará o estado do Acre ao Peru c
suas conseqüências desastrosas para
o meio ambiente,
ü vereador Chico Alencar (PT), sobre a
O debate sobre o destino da Amazô-
nia — embora irrite as autoridades
brasileiras, que consideram uma in-
tromissão estrangeira em assunto in-
terno — está produzindo, como sub-
produto, uma maior conscientização
entre os americanos sobre a questão
da dívida externa do Brasil.
Menos mal.
Jogo pesado
A notícia sobre a entrega na Pro-
curadoria Geral do Estado da repre-
sentação contra os responsáveis pelos
crimes de falsificações c estelionatos
na Câmara Municipal do Rio, cm pas-
scata, hoje, ao meio-dia, fez aumentar
o número de ameaças por telefone.
Só no sábado o departamento de
segurança da Casa registrou 12 telefo-
nemas com ameaças de invasão e colo-
cação de bombas.
O normal até agora vinha sendo
duas ou três ligações por dia.
De fora
As administrações petistas não
deverão participar da organização da
greve geral decretada pelas centrais
sindicais, conforme definição do dirc-
tório nacional do PT, que esteve reu-
nido no final da semana, em São Pau-
Io.
Mas poderão dar apoio material,
como emprestar palanques, aparelha-
gem de som e dar orientação de transi- Roberto do Amaral postada em São
to. Os serviços essenciais não serão
paralisados, segundo definiu o direto-
rio.
O corte do ponto de eventuais
funcionários que paralisarem o traba- Segundo ele, tudo agora ficou rápido
lho, no entanto, será discutido entre demais e não há mais tempo para rever
representantes das administrações pe- os amigos, que encontrava a cada mês,
tistas e entidades de classes dos funcio-
nários.
Afinal, para quem sempre defen-
deu a greve, cortar o ponto de funcio-
nários públicos grevistas seria incoe-
rente ao partido.
Murchando
Está se desmilingüindo a cândida- diminuiu consideravelmente o tumul-
tura do senador Affonso Camargo à to. Com o acordo, 4 milhões dos cerca
Presidência da República pelo PTB.
Nepotismo
O rico usineiro e deputado federal
Mário Bouchardet (PMDB-MG), que
se notabilizou na Constituinte por ser
recordista em ausência nas sessões do
Congresso, afirmou em abril do ano
passado que não colocava no bolso
um só centavo do que recebia na Cá-
mara.
— Dou tudo para instituições de
caridade — disse ele no dia em que
recebeu do governador Newton Car-
doso a Medalha da Inconfidência.
D 2. Designação de membros do Conselho Diretor e
Mário precisa explicar agora se-a
filha que empregou no Congresso, Su-
zane Bouchardet, também doa aos ne-
cessitados os NCzS 1.176,93 que rece-
be todos os meses dos cofres públicos.
Linha dura
As 92 universidades e as 836 fa-
culdades espalhadas no país que se
cuidem.
sa da Constituinte estadual na Assem-
O Conselho Federal de Educação
bléia Legislativa do Rio, deputado
inicia hoje severa blitz para detectar os
cursos de nível superior, principal- Mesquita Bráulio (PFL), pelo visto,
está dedicando tempo integral a sua
mente nas áreas de Medicina e Direito,
emissora de rádio Parati FM, que foi
que operam com baixa produtividade
e, portanto, baixa qualidade. Correm concedida recentemente pelo governo
o risco de serem fechados. federal e está no ar em caráter experi-
Fórmula 1
Do vereador Tito RyfT (PDT) ao
destemida presidenta da Câmara Mu-
nicipal do Rio, Regina Gordilho
(PDT), que vem promovendo uma de-
vassa nas fraudes da Casa:
Ela c a Erundina com motor
envenenado.
Ao que Chico respondeu:
É. Só que a nossa equipe que
trabalha nos boxes é mais eficiente.
Sobe
O prefeito de Cabo Frio, Ivo Sal-
danha, elevou em até 500% os venci-
mentos de seu secretariado, passando
de NCzS 250 para NCzS 1.359.
Só para poder manter no primeiro
escalão administrativo executivos re-
crutados no Rio, cujo nível salarial
estava acima da média local.
Desce
A taxa de ocupação dos hotéis no
estado de São Paulo neste verão foi de
40% contra 55% a 60% no verão do
ano passado.
Os dados são do presidente da
Associação Brasileira da Indústria de
Hotéis, Júlio Scrson. Segundo ele,
10% da mão-de-obra estão sendo dis-
pensados.
Descontente
O ministro da Previdência Social,
Jáder Barbalho, recebeu semana pas-
sada uma carta do aposentado José
Paulo no último dia 13.
Nela, José Roberto queixava-se
do "fim das filas do INPS para paga-
mento de aposentados e pensionistas".
e colocar o papo em dia.
D
Desde o inicio do mês, a partir de
acordo entre o Ministério e a Federa-
ção Brasileira de Bancos, o pagamento
está sendo feito em todas as agências
de todos os bancos do país, o que
de 12 milhões de beneficiários da Pre-
vidência foram remanejados.
Informatizado
Uma grande estrutura de automa-
ção está sendo montada no comitê
eleitoral, em Brasília, do governador
Fernando Collor de Melo, candidato
do Partido da Reconstrução Nacional
(PRN) à Presidência da República.
O sistema composto por 30 com-
putadores e dois supermicros vai fun-
cionar 24 horas por dia e foi prepara-
do para receber, através de um
número de telefone, ligações de vários
pontos do país com sugestões para o
programa de governo.
A expectativa dos 50 técnicos en-
volvidos no projeto, que entra em fun-
cionamento em abril, é de que até
setembro sejam feitas 10 milhões de
ligações.
Dedicação
O primeiro vice-presidente da Me-
pIRi f lis
_| ___|_ i^jajp Khomeini manteve a sentença de morte con- escritor. O presidente da Sociedade para a .
tra o escritor. A resposta do aiatolá foi divul- Promoção da Tolerância Islâmica, Hcsham
gada pela agência oficial Irna, 24 horas depois El-Essawy, afirmou que Rushdie nâo fez um
de Rushdie ter se desculpado publicamente "Como houve
pedido de desculpas completo.
pelo que possa haver de ofensivo em seu apenas meia desculpa, ele se livrou somente da
livro. metade do ódio. Rushdie disse que lamenta
"Mesmo
que Salman Rushdie se arrepen- que a publicação tenha causado sofrimento,
da c se tome o homem mais devoto de todos nâo pediu desculpas por ter provocado o so-
' os tempos, é obrigação de qualquer muçuima- frimento", acrescentou El-Essawy.
,< W_«ai__fJ
^WKRjTA mu J__r^*¦«''•' <r\a no empregar tudo o que tiver, sua vida c sua A Sociedade sugeriu um acordo de paz cm
'-mg*, •;' «-*__Jpj__„
riqueza, para mandá-lo para o inferno", afir- que a editora Pcnguin Books se compromete-
mou Khomeini . O aiatolá voltou a oferecer ria a incluir nas próximas edições de Os versos
AlÁt W:WmMfâm Ql
uma recompensa em dinheiro para quem ma- .satânicos uma errata, alertando os leitores de
Duke comemora a vitória na sede tar o escritor c atribuiu à "imprensa imperia- que o livro não é um trabalho sobre o Islã.
lista" a "falsa informação" de que a sentença Sugeriu também que todo o dinheiro arreca-
Eleição de racista na de morte contra o escritor seria suspensa caso
ele pedisse desculpas aos muçulmanos.
dado com sua venda seja destinado a uma
instituição de caridade.
A proposta de perdão cm troca de uma O escritor Salman Rushdie c sua mulher
Louisiana preocupa a retratação pública havia sido feita pelo presi-
dente iraniano. Ali Khamenei, durante as pre-
americana estão escondidos sob proteção da
Scotland Yard desde que o aiatolá e outros
liderança republicana ces de sexta-feira. O governo britânico reagiu
com "profunda preocupação" às palavras do
lideres espirituais iranianos ofereceram um
total de USS 6 milhões a quem matá-lo. Em
aiatolá. Um porta-voz do Ministério das Re- comunicado divulgado sábado pelo seu agen-
lações Exteriores informou que o assunto será te, Dillon Aitken, Rushdie aceitou a proposta
David Maraniss
The Washington Post levado hoje à reunião da Comunidade Econó- do presidente do Irã, Ali Khamenei, e pediu
mica Européia, cm Bruxelas. Salman Rushdie desculpas aos muçulmanos em troca da sus-
METAIRIE, EUA — David Duke, cx-lider da organização "Eu lamento
continua escondido na Inglaterra sob prole- pensão da ameaça de morte.
racista Ku Klux Klan, foi eleito deputado à Assembléia ção policial. profundamente o sofrimento que o livro cau-
Legislativa do estado americano de Louisiana, graças aos votos Horas antes da declaração do aiatolá, o sou aos sinceros seguidores do Islã", afirmou.
dos eleitores deste subúrbio de Nova Orleans quase todo
habitado por brancos. Sua vitória deixou extremamente emba-
viec-ministro das Relações Exteriores irania- I I Cerca de 100 pessoas, entre cias escrito-
no, Mohammad Javad Larijani, havia dito ao
raçadas as lideranças do Partido Republicano — ao qual aderiu embaixador britânico em Teerã, Nickolas
res de origem árabe, fizeram ontem na
pouco antes da eleição —, que anunciaram planos de desacre- Brownc, que o gesto de Rushdie
"era
positi- França manifestações de apoio a Salman
ditá-lo com "um equivalente político da excomunhão". vo". As primeiras reações do Irã, no sábado, Rushdie. "Eu não fiquei chocado com o livro.
Presidente da Associação Nacional para o Progresso dos foram confusas. A agencia Irna divulgou três O mundo que ele descreve é um mundo que
Brancos, Duke, 38 anos, venceu uma eleição que atraiu a
comunicados contraditórios — primeiro, re- conhecemos bem no Terceiro Mundo, um
atenção de todo o pais. Apesar do mau tempo, o compareci-
mento do eleitorado local foi recorde — 78% —, com 8.459 jeitando o pedido de desculpas, depois acei- mundo de valores cm transformação", afir-
tando-o, para em seguida rejeitá-lo novamen- mou o escritor iraniano Packdaman Nasser,
votos para Duke c 8.232 para o veterano John Trcen.
te.
Ate o presidente George Bush c o cx-presidente Ronald Mesmo antes do veredilo de Komcini, o presente à manifestação. Escritores ameriea-
Rcagan, ambos republicanos, fizeram campanha contra Duke. embaixador iraniano no Vaticano, Salman nos também fizeram manifestações de solida-
Lee Atwatcr, presidente do Comitê Republicano Nacional, riedade a Rushdie c marcaram para quarta-
Ghaffari, afirmara â agencia de notícias italia-
enviou assessores para dar apoio a Trecn. Atwatcr leme que a
na Agi que "somente Deus pode perdoar feira a leitura pública de Os versos satânicos.
vitória de Duke ponha cm risco seus planos de atrair mais
>' *1 *"• 'M ' *'***>— **
eleitores c militantes negros para o partido. Funcionários do Cabul — AP
partido anunciaram que Atwatcr convocará reunião do Comitê
Nacional esta semana para condenar Duke c negar-lhe qual- ,WMW\líW
forma de apoio partidário.
quer"David
»v **" ***¦ /¦ , %<* <«,v<; -* ,
Duke não é um republicano", disse Atwatcr. "Tra-
la-sc de um charlatão e de um oportunista político que precisa
>l4^lP 'IfS-fí- *^
de uma organização séria para tentar legitimar sua intolerância
racial e religiosa." O presidente Bush enviou seu próprio filho,
___|H__pfli HÍ_______ aH^^lJk* - :$t?<$***$
George Bush Júnior, para apoiar Trcen, cuja campanha mos- "** "
*jm>
trou fotos de Duke ainda na adolescência usando uniforme ^if'ffi1f^"lili_í^*::^W^_____PB^^»" ^¦fH™"r''1
""*¦ ¦'3pFs£. ¦
nazista ou com o roupão branco e o capuz da Ku Klux Klan. 1 *<$__¦!! /¦ ^^^^^m^s^mtÊÊ^mmmJmrÊ-^^*t^. *f " > X ¦"¦'"« JI:*lÍllÉf S-S;* ÍS-'.":
Dos mais de 21.000 eleitores registrados no distrito que deu
a vitória a Duke, apenas 48 são negros. O nivel médio de vida é -¦^KÍ*íi'tj^^^'*^»~ «atfgB*"»»"^-
alto, c segundo William Nungesser, presidente estadual do ¦¦í %'& 11—8 pi ____• ________i_?^^^^^^__i__'*>i'•"
Jt rE^-Tfila-W----- -a» l..-
';,„*** ^
Partido Republicano, "foram os impostos altos que levaram â
__Pf_í_|P**tt ?*2p^">w*^" :it •
vitória de Duke".
Duke sustenta que deixou a organização racista há 10 anos, iü B^^jm
mas o telefone de seu escritório tem o mesmo número da Ku
Klux Klan no catálogo local. O jornal editado pela associação
fü _____*IwIIb™* pt__ *'AH - M
de propaganda da supremacia branca que dirige está invaria-
velmcnte cheio de artigos anti-semitas c anti-negros. Alçrn m __^H___t___i_
m. WWÈÊÈJ ¦ W.
^_| PK_k ^sHa_k .«Ift Jk iHSl . -r"*
disso, organizações ligadas à Ku Klux Klan fizeram campanha
por sua candidatura em todo o pais, solicitando contribuições
cm dinheiro por telefone. ¦" "-.¦*<„.,<, *1
Um detalhe interessante c que o próprio Trcen não está ^_| _____| ML f' i«8 Ha-Brg^SM—3 Bw|_BpM»)iÍtl%?>;»,.!» :,.
..v . >SSc ¦¦¦ -^ 'ii^^i^^íííRWwSíííí^^wSÍ^ÍK*-^ , > ¦*v ' V»
£-_______________________¦ 3BH!!^»_j_r^Nl*'''' ::. ¦'¦:>.¦:-wVr-. .-iv.-v.v.w.y-V¦_¦
totalmente isento de acusações de racismo. Há 30 anos, ele c
seu irmão David — que mais tarde seria governador da Loui-
siana — estavam filiados ao Partido dos Direitos dos Estados,
de programa segregacionista. Tanques e soldados do Exército patrulham a capital sitiada
Najibullah reforça poderes
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
CONVOCAÇÃO
O Presidente do Conselho de Administração do
ao assumir comando militar
IBAM, no uso de suas atribuições, resolve convocar os CABUL — Poucas horas após o anúncio
Para tentar impedir a iminente queda da
membros do Conselho de Administração para uma do estado de emergência no pais, o presidente capital afegã, o governo está distribuindo ar-
reunião extraordinária do Conselho, a realizar-se no dia do Afeganistão, Mohammed Najibullah, re- mas c dando treinamento para militantes co-
15 de março de 1989, às 16 horas, para tratar dos forçou seus poderes, assumindo a chefia do
seguintes assuntos: munistas que, ao lado das tropas regulares do
Supremo Conselho Militar, responsável pela
1. Admissão de novos sócios efetivos; coordenação das atividades militares das For- Exército, podem ser vistos portando rifles Ka-
ças Armadas. Outra demonstração de endurc- lashikov, de fabricação soviética. Formados
do Conselho Fiscal da Fundação Cultural IBAM;
cimento nas relações entre governo e rebeldes por jovens e reservistas, esses primeiros pelo-
3. Assuntos gerais. foi a reforma ministerial, que destituiu sete toes civis foram destacados para ocupar pos-
Rio de Janeiro, de fevereiro de 1989. ministros não integrantes do Partido Demo-
Luiz Simões Lopes tos de defesa na região de Khair Khana (oeste
crático do Povo Afegão (PDPA, comunista). de Cabul).
Presidente
Os ministros afastados foram acusados de
negligência na administração dos estoques de Reunida em um centro de peregrinações
alimentos e combustível, dificultando a vida
de milhares de famílias em Cabul. Para ocu-
em Rawalpandi (Paquistão), a shura, assem-
bléia dos rebeldes mujahedins, não chegou a
par as pastas vagas, Najibullah nomeou diri-
FUNDAÇÃO mm* DE D|K|T° PUBLICO gentes do Comitê Central do PDPA.
"Este é um acordo para a aprovação da lista de 35
nomes que irão compor o governo provisório,
QETUUOVARQAS E CIÊNCIA POLÍTICA - INDIPO um aviso para os contra-revolucionários que apresentada pelo primeiro-ministro Ahmed
pensam que o partido está liquidado", afir-
SEMINÁRIOS DE DIREITO PARA ADVOGADOS
mou um dirigente. "Estamos mais unidos e
Shah. A aprovação do voto de confiança ao,
Direito Processual Civil I, II e III e Direito Processual Penal.
Direito Societário I; II e III e Direito Contábil mais determinados do que nunca", disse. primeiro-ministro esbarrou na relutância dos
Direito Contratual I e II, Direito Imobiliário e Direito de Mais do que uma demonstração de força
mullahs (líderes religiosos), que não admitiam
Família. a presença de uma mulher, não identificada,
Direito Administrativo, Constitucional e Penal e Peniten- por parte de Najibullah e seus seguidores,
vários analistas ocidentais consideram as me- na lista ministerial. Derrotado cm sua primei-
ciário.
ra sessão à frente da shura, Shah deverá apre-
Informações, inscrições e programas: didas, adotadas no final de semana, um gesto
Praia de Botafogo, 190 — Sala 1.115 ^S^tS> arriscado de quem já se encontra na última sentar uma nova lista, que pode ser aprovada
Botafogo — Rio de Janeiro ^\,b£yZ*&^
v*

Enigma mental. Tel: 551-1542 — Ramais 262 e 270. ffiP linha de trincheiras. hoje cm votação secreta.

É que ele viajou para a cidade

Causou surpresa ao mercado fi- turística localizada no Sul do estado
nanceiro a publicação no sábado dos logo após o casamento de seu filho, JORNAL DO BRASIL
resultados de janeiro da Vale do Rio dia 29, na Candelária, no Rio, e ainda
Doce. não retornou. Diretor • MAURO GUIMARÃES

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JORNAL DO BRASIL
Sarney viaja
para funerais
de Hiroíto
Maria Luiza Jacohson
BRASÍLIA
— O presidente
José Sarney viaja
hoje do manhã
para o Japão, a
fim de partici-
par, na sexla-fei-
ra, dos funerais
do imperador
Hiroílo, falecido
dia 15 de janeiro.
Sarney aprovei-
lará a viagem
para audiências
José Suriwy
com o presidente dos Estados Unidos,
George Bush, c com o primeiro-ministro
japonês, Noburo Takeshita. Embora sua
permanência no Japão seja de apenas
três dias, Sarney ficará sete dias ausente
do país. Ele retorna na próxima segun-
da-feira.
Sarney será o prantcádór (mourner)
principal da comitiva brasileira nos func-
rais do imperador. Participarão também
como pranteadores o ministro do Exte-
rior, Abreu Sodré e o embaixador brasi-
leiro no Japão, Carlos Bueno. D. Marly
participará da cerimônia fúnebre, mas
não como pranieadórài O Ilamaraty con-
firmou que o encontro de Sarney com o
presidente Bush será no sábado, 25, dia
seguinte ao funeral. O presidente ameri-
cano dispõe de poucos minutos para
atender Sarney c os dois necessitarão de
um intérprete para traduzir o diálogo.
Mesmo assim, Sarney tentará abordar
com Bush a questão da divida externa,
do relacionamento com a América La-
tina, as retaliações comerciais dos Es-
tados Unidos ao Brasil c as posições
dos dois países no Gatt (Acordo Geral
de Tarifas e Comércio). Sarney tenta-
rá convencer Bush a substituir a agen-
da negativa, compartilhada ultimamente
pelos dois paises. por uma agenda positi-
va. ¦-
Viajam com o presidente alem de
D Marly, o chanceler Abreu Sodré e
seu chefe de gabinete, embaixador Gil-
berto Velloso — o chefe do cerimonial
do Itamaraty, embaixador Osmar Chof-
fi, o assessor internacional da Presiden-
cia, embaixador Seixas Corrêa, o chefe
do gabinete militar, general Bayma De-
nis, c o ministro da Saúde, Seigo Suzuki,
incluído à última hora.
O avião do presidente fará escala cm
Manaus, pernoitará cm Los Angeles, c
se reabastecerá em Honolulu, no Ha-
vai. antes de chegar ao Japão. O mes-
mo percurso será repetido na volta.
Agenda externa
prevê 3 visitas
Depois de ter sido o primeiro presi-
dente brasileiro a visitar a União Soviéti-
ca, Sarney será também o primeiro presi-
dente a visitar o Suriname e a Guiana.
As visitas serão feitas nos dias 2, 3 c 4 de
março. Em abril ou maio, Sarney irá
também ao Equador. O Suriname c
a Guiana atravessam um difícil momento
econômico, agravado, naquele último
país por uma grave crise energética.
Apesar de pequenos c pobres (têm, res-
peclivamente, 400 mil c 800 mil habitan-
tes), sua privilegiada localização geográ-
fica faz com que os interesses dos
Estados Unidos, França c Cuba estejam
constantemente voltados para eles.
O objetivo principal dessas viagens é
reforçar a política brasileira de boa vizi-
nhança, estando previstas também pa-
ra este ano visitas dos presidentes desses
países ao Brasil. A Eletrobrás está exa-
minando a possibilidade de fornecer,
em caráter de emergência, pequenas usi-
nas desativadas no momento, nos esta-
dos de Minas Gerais, Rondônia, e Ama-
zonas, para auxiliar, a curto prazo, a
solucioanr o problema de falta de energia
na Guiana. A longo prazo, estão sendo
estudadas formas mais específicas de
cooperação.
E importante para o Brasil ajudar a
combater os problemas endêmicos do
Suriname c da Guiana, inclusive por uma
questão de autopreservação: se não com-
batidos, esses problemas podem através-
sar as fronteiras, prejudicando também a
saúde dos brasileiros. É o caso, por
exemplo, da malária forte, com grande
incidência nos dois países, e da cha-
mada mosca do Oriente, a daceus dorsa-
lis, que afeta as plantações de frutas
citricas.
Quando esteve na Guiana em agosto
último, o chanceler Abreu Sodré prome-
teu uma linha de crédito de USS 10 mi-
lhòes, para projetos de desenvolvimento,
principalmente na agricultura, cm plan-
tações de arroz e de soja A concessão
dessa linha de credito está vn.culada à
regularização da divida de l SS 15 mi-
lhòes que a Guiana tem com o Brasil c
que deverá ser reescalonada. O Suriname
deve USS 44 milhões ao Brasil, mas os
pagamentos estão rigorosamente cm dia.
O Brasil é o terceiro mercado para as
exportações equatorianas e um dos prin-
cipais fornecedores de bens e equipa-
mentos ao pais. sendo precedido apenas
pelo Japão. Estados Unidos e Alemanha
Ocidental. Através de uma cooperação
na área energética, os dois paises preten-
dem diminuir as diferenças na balança
comercial, altamente favoráveis ao Bra
sil. cm 1988. o Brasil exportou USS 118
milhões para o Equador e importou ape-
nas USS 9 milhões
A visita de Sarney e também uma
resposta ao interesse manifestado pelo
novo presidente equatoriano. Rodrigo
Borja, de reforçar as relações do Equa-
dor com os paises da América Latina, já
que seu antecessor. Febres Cordero. ha-
via se distanciado em direção aos Esta-
dos Unidos. Borja pleiteia a participação
do seu pais no Grupo dos Oito, proje-
to que é visto com simpatia pelo Brasil
M LJ •
Shevardnadze negocia no Cairo
com ministro do governo Shamir
AMÂ, Jordânia — Uni encontro do
ministro de Relações Exteriores soviéti-
co, F.duard Shevardnadze, com seu cole-
ga israelense, Moshe Arens, pudera ser-
vir esta semana, no Cairo, para limar um
pouco as irreconciliáveis posições dos
dois governos quanto às negociações de
paz no Oriente Médio. O soviético insis-
tiu ontem em envolver no processo os
cinco paises do Conselho de Segurança
da ONU. enquanto o primeiro-ministro
israelense Yitzhak Sliamir reiterou que
só aceita a mediação dos Estados Unidos
e da União Soviética.
Shevardnadze chegou à capital jorda-
niana procedente de Damasco, Siria, na
segunda elapa de um giro que o levará
ainda ao Egito, ao Iraque e ao Irã. Con-
firmando que se encontrará com Arens c
o presidente egípcio Ilosni Mubarak,
Shevardnadze disse que ainda nào estará
em pauta o restabelecimento de relações
com Israel, rompidas cm 1967. Acresceu-
tou que espera que- Israel compreenda
que a segurança nào pode ser conseguida
suprimindo a revolta palestina e manleh-
do o controle da Cisjòrdânid, da Faixa
de Gaza, das colinas de Golan c do sul
do Líbano.
"Veremos se ocorreu alguma evolu-
çào positiva na posição de Israel", disse
o chanceler soviético antes de deixar Da-
masco. "O mundo inteiro caminha na
direção da paz. e Israel anda no sentido
contrário. E irônico que toda vez que os
árabes optem pela paz Israel escolha a
guerra e a agressão."
Os soviéticos querem atuar junto aos
Estados Unidos e aos demais integrantes
do Conselho de Segurança — China,
França c Grã-Bretanha — na inierme-
cliaçào entre árabes e israelenses, mas
Shamir insistiu ontem cm que só aceita a
proposta do ex-secretário de Estado
americano George Shultz para que os
Estados Unidos e a União Soviética con-
videm a Washington apenas os chefes de
Estado diretamente envolvidos. Ele quer
fazer valer os lermos do acordo de Camp
David, de 1978, que especifica um prazo
de cinco anos para a retirada israelense
dos territórios árabes ocupados em 1967.
Tanto os Estados Unidos quanto o Egi-
to. os outros signatários do acordo, nào
acreditam mais ria validade de seus pra-
zos.
Apesar das divergências, ambos os
lados parecem interessados cm uma rea-
próximãção gradual. Moshe Arens será o
primeiro líder israelense do partido con-
servador Likud a visitar o Egito desde a
posse de Mubarak em 1981. Referindo-se
ao convite soviético para o encontro no
Cairo, Dani Sheck, porta-voz da chance-
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ililares carregam o caixão com o corpodo sargento morto supostamente por palestinos
Palestinos iniciam greve de 3 dias
— buns de família com fotos antigas do
JERUSALÉM Uma greve geral
de três dias começou ontem nos territó-
rios árabes ocupados por Israel (Cis-
Jordânia, Faixa de Faza c Jerusalém
oriental), sob o lema "Por um Estado
palestino, pela auto-delerminação e pelo
direito nacional de retornar aos territó-
rios" É a mais longa greve geral progra-
mada pela direção da intifada, a sublcva-
çào palestina anti-israelense iniciada nos
territórios há 14 meses, e que já causou a
PC português à beira da orfandade
Afastamento e
doença de Cunhai
causam apreensão
Norma Çoúri
- A ausência há mais
LISBOA de 50 dias de Álvaro Cunhai da
diretoria do Partido Comunista Por- rúrgico: Alva-
tuguês está cercada de sigilo e descon- ro Cunhai po-
certo. O mesmo aconteceu quando de não voltar.
Leonid Brejnev afastou-se das fileiras
do PC soviético por causa de uma partido, responsável pelo cunhalismo.
doença fatal Cunhai tem um câncer que faz qualquer alteração de seu pa-
na próstata, diagnosticado há três pel repercutir como o som de um
anos. mas, como PCP sem Cunhai e tambor na vida do PCP e do pais.
como café sem cafeína, todo cuidado é Álvaro Cunhai è mais do que um
pouco, pelo bem do partido
"O camarada
Cunhai esta na "Pode
Uniáo Soviética, em repouso e obser-
vaçào" declarou o segundo homem
do partido. Domingo Abrantes. ao
final da primeira reunião do Comitê
Central, que. desde 1974. transcorreu cem
sem a presença do secretário-geral.
A estada tão prolongada na Uniào
Soviética para tratamentos químicos quando o novo lider do Partido Sócia-
Internacional
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Slievardnadze se d espede do colega sírio Farouq bliara
laria israelense, considerou "uma novi-
dade importante o fato de que os soviéli-
cos estejam vendo que não há sentido em
viajar pelo Oriente Médio e convocar os
árabes à paz sem levar em consideração a
outra parle envolvida".
Outros funcionários israelenses con-
sideraram que a proposta reiterada por
Shevardnadze cm Damasco é apenas um
balão de ensaio, e que o inédito encontro
programado para o Cairo pode dispor
Shamir e Arens a alguma forma de aber-
tura.
Enquanto Shevardnadze elogiava as
iniciativas de paz no Oriente Médio pa-
Irocinadas pelos países da Comunidade
Econômica Européia, fontes oficiais is-
raelcnses reiteravam o ponto de vista de
Jerusalém de que os europeus costumam
favorecer as posições árabes. Shamir,
que está para visitar Paris, deverá segun-
do as mesmas fontes dizer ao presidente
Françòis Mitterrund que só espera dos
europeus que pressionem os árabes a
negociar a paz diretamente com Israel.
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¦ mais de três horas.
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morte de pelo menos 390 árabes c 16
israelenses.
A greve foi precedida pela morte de
pelo menos três outros militantes pa- sabilizando os manifestantes árabes. A
lestinos na semana passada. Ontem, con-
frontos de manifestantes com policiais e rando o sargento
soldados israelenses em vários pontos Avi Sasportas, desaparecido desde
dos territórios deixaram feridos oito ára- ta-feira. As suspeitas de que tenha sido
bes, entre eles um menino de 14 anos c seqüestrado ou assassinado também re-
uma mulher de 70.
no Centro
Nacional de
Oncologia de-
monstra uma
degeneraçào
alarma
que
mais pelo
diagnóstico
político do
que pelo ci-
Álvaro Cunhai
Figura insubstituível e mítica do
simples dirigente Seu fim não repre-
sentaria apenas o fim de um homem.
significar o fim da hegemonia
simbólica do partido, assim como do
fascínio pela esquerda em Portugal'*
diz o escritor Eduardo Lourenço. Po-
liticos de todos os partidos reconhe-
que. sem Cunhai, o futuro do
PCP fica comprometido.
As conseqüências são mais graves
Dnmnaco — RoulnrB
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Fontes egípcias c israelenses negaram
que possa haver um encontro de Arens
com o lider da Organização para a Li-
berlaçào da Palestina (OLP). Yasser
Arafat. que poderá estar simullancamen-
te no Cairo. Segundo o embaixador so-
victicó no Egilo. Gucnadi Juravlev, Shc-
vardnadzc deverá encontrar-se com
Arafat em Bagdá, capital do Iraque.
O líder da OLP, Yasser Arafat,
fl
afirmou cm entrevista à TV ameri-
cana CBS que está negociando indireta-
mente com Israel para conseguir uma
trégua no sul do Líbano, através de "ha-
hitnntcs dos territórios ocupados, de eu-
ropeus, de dirigentes das Nações Unidas
e outros". Segundo ele, os israelenses
têm-lhe pedido a renovação "do mesmo
tipo de trégua acertado antes da invasão
israelense do Líbano, em 1981". Acres-
centou que a OLP está inclusive dispôs-
ta a formar uma federação econômica
com a Jordânia, Israel e o Líbano.
Jerusalém — Reuters
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A tensão é agravada pelo assassina-
to a facadas, cm Jerusalém, no sábado.
do israelense Shlomi Cohen, de 21 anos,
em crime pelo qual a policia está respon-
polícia de Jerusalém ainda está procu-
paraquedista israelense
quin-
caem sobre os militantes palestinos.
lista, Jorge Sampaio, aumenta a sua
popularidade entre a esquerda portu-
guesa e tem tudo para atrair uma
camada desiludida com um PCP sem
lider Além disso, foi justamente nesse
período de ausência de Cunhai, quan-
do assumiu a liderança do partido o
cinzento Domingo Abrantes. que se
decidiu pelo fechamento da revista do
partido Mulheres editada por uma
das Três Marias, autora das famosas
A'ora.ç cartas portuguesas dos anos que
antecederam a revolução dos cravos
em 1974. Maria Tereza Horta. Tam-
bém o partido nào tem dado nenhu-
maatençào ao nome do líder sindical
José Luis Judas, segundo os comunis-
tas com todos os requisitos para ban-
car uma campanha pelo PCP para a
prefeitura de Lisboa nas próximas
eleilçòes, em dezembro. Para comple-
tar. foi nesse período que a pedra no
calcanhar do PCP. Zita Seabra. argu-
ta contestadora da liturgia comunista,
foi punida mais uma vez funcionária
do partido há mais de 20 anos. Zita
resolveu receber seu fundo de garantia
do PCP que lhe entregou apenas o
equivalente a USS 2**
segunda-feira, 20/2/89 q I" caderno n 7
Solidariedade rejeita
presidencialismo forte
VARSOVIA — A oposição polone- necessidade de estabilidade, c estamos
sa, â frente o sindicato Solidariedade, dispostos a aprovar estas regras eleito-
aceitou proposta governamental para
eleição parlamentar em junho, com 60%
diis cadeiras reservadas à eoali/áo oficial
e apenas 40% às oposições. O Solidarie-
rais só uma vez. As eleições parlamenta-
res de 1993 deverão ser totalmente de-
mocráticas."
O governo queria lambem eneami-
dade rejeitou, no entanto, os planos ofi- nhar em março, ao Parlamento, uma
nova "lei da presidência". A idéia foi
ciais de instaurar um regime presidência-
lista forte, que daria ao chefe do
* governo, entre outros poderes, os de co-
rechaçada pelo Solidariedade, não só
porque a oposição quer mais detalhes
mandar as Forças Armadas c dissolver o
por escrito, como por recusar os ter-
Parlamento. mos em que foi colocada.
As decisões foram tomadas um dia
Segundo a proposta do POUP, o fu-
depois que o governo, na mesa-redonda
turo presidente da República seria eleito
iniciada há três semanas com as oposi-
ções, autorizou o Solidariedade •— pos-
to na ilegalidade cm 1982 — a reconsti-
Inicialmente pelos deputados, e rio futuro
por volo universal direto, para mandato
BE^-c1 ^1 de cinco ou sele anos, eventualmente
^L I tuir uma estrutura organizacional a nível
renovável. Ele disporia de amplos pode-
nacional.
Segundo o plano eleitoral apresen- res, para dissolver o Parlamento, convo-
tado em nome do Parlido Operário Uni- car referendo, propor leis c decretar esla-
do de sílio, sendo ainda o comandante
ficado Polonês (POUP. o PC) por Kazi-
micrz Cypryniak, o PC deixará de ter o das Forças Armadas e situando-se acima
dos partidos.
monopólio do poder do Sejm (Parlamen-
to), dividindo cerca de 60% das 460 ca- Motoristas de ônibus que estavam
deiras numa coalizão com os partidos em greve há nove dias na cidade de
Democrático e Agrário, que ambos já Piolrkow Trybuiialski, no centro da Po-
estão integrados ao esquema oficial. A lônia, e há quatro dias em Starachowice,
oposição ficará com os restantes 40%. na mesma região, suspenderam a parali-
Fontes do Solidariedade frisaram que sação depois de receberem promessas de
este esquema eleitoral foi aceito como
preço a ser pago pela relegalizar o sindi-
aumento salarial. Outras greves conti-
nuam cm andamento, no entanto, em
calo. Janusz Onyszkiewicz, porta-voz do diferentes pontos do país, com o governo
Solidariedade, explicou no entanto: "As c o Solidariedade igualmente temerosos
autoridades reconhecem que estas elei- de que os protestos trabalhistas prejudi-
ções de junho não serão 100% demoerá- quem o programa de reformas c o pró-
licas. Entendemos a situação do país e a prio equilíbrio político cm negociação.
Johannesburgo — AP
'BW-_piR_8__M__M____M_Mij_'^^ mMÊMjmmm**i~~ u *m
4 batida policial na casa de ÍVihniè durou 3 lioras
Policia acha sangue na
casa de Winnie Mandela
{tr.jjta
Reuters —18/2/89
JOHANNESBURGO — Uma faca
c roupas manchadas de sangue foram
encontradas ontem na casa de Winnie
Mandela — mulher do líder negro Nél-
son Mandela, pela polícia sul-africana
que investiga o assassinato por espanca-
mento do menino Stompic Scipci, de 14
anos. Qualro de seus guarda-costas fo-
álip ram presos na batida policial, que dutou
Os objetos ensangüentados foram
confiscados c serão submetidos a teste
^
para verificar se o sangue pertence ao
menino assassinado, informou o general
Jaap Jouberl, que dirige as investigações.
Integrantes da guarda particular de Win-
nie — que pertencem ao Clube de Fute-
boi Mandela — sáo os principais suspei-
Ü los do assassinato de Stompic Seipei,
cujo corpo, encontrado cm estado de
decomposição no dia seis de janeiro, foi
Wirml identificado na semana passada.
Os policiais que participaram da bati-
da na casa de Winnie, no gueto negro de
Soweto, reviraram os quartos ocupados Winnie: posição difícil
pelos guarda-costas, quebraram trancas
de armários c inspecionaram a chaminé
em busca de evidências. Até mesmo ál-
mento no assassinato do médico Abuba-
ker Svat, quem, acredita-se, chegou a
atender Sempei depois do espancamento.
casal Mandela foram vasculhados. O general Jaap Joubcrt também está in-
Quando a polícia chegou, Winnie c sua
vestigando o desaparecimento de dois
filha Zindzi estavam em casa, junto com
jovens vistos pela última vez em compa*
várias crianças que dormiam. Embora nhia de guarda-costas de Winnie. A bati-
aparentasse tranqüilidade, Winnie se re-
da policial, ocorreu um dia depois de o
cusou a fazer qualquer comentário sobre secretário geral do Conselho das Igrejas
o episódio. da África do Sul, Frank Chikane, anun-
Além dos quatro guarda-costas da ciar que Winnie dissolverá o seu corpo de
família Mandela, outros dois negros fo- guarda-costas, a pedido Nelson Mande-
ram detidos ontem, acusados de envolvi- Ia, que continua na prisão.
Vazamento — Uma nuvem de ga- Candidatura — O partido direi-
zes naturais teve de ser destruída com
pistolas de fogo disparadas de um heli-
tista chileno Frente Nacional está articu-
lando coleta de 37.000 assinaturas para
cóptero, depois de um vazamento veri- apresentar a candidatura do general Au-
ficado terça-feira num gasoduto que per-
corre território soviético da Sibéria
gusto Pinochet á eleição presidencial do
fim deste ano. Pinochet disse que não se
ocidental à região do Volga. Nào houve
vítimas, embora a operação provocasse a
candidataria porque a Constituição nâo
o permite, mas Eduardo Rioseco, um dos
explosão de uma gigantesca bola de fogo líderes da FN, afirmou que se estão bus-
de 600 m de diâmetro e 100 de altura, cando fórmulas jurídicas para contornar
perto da cidade de Tobolsk. O gasoduto esta impossibilidade, em vista do "pano-
foi fechado. rama desolador oferecido pelos partidos
Acidente — O choque contra uma c seus candidatos, tanto os que apoiam
o governo quanto os da oposição"
colina de um Boeing 747 de carga da
empresa americana Flying Tigcr cau-
Olé! — Sete pessoas morreram e 351
sou a morte dos cinco tripulantes, quan- ficaram feridas quando desabou uma
do o piloto se aproximava do aeroporto
internacional de Subang, em Kuala plaza de toros portátil armada na ci-
dade colombiana de Honda, 95 km a
Lumpur, capital da Malásia, procedente
noroeste de Bogotá. A causa da tragé-
de Cingapura. Quatro dos corpos já ha- dia, quando estava para acabar a corri-
viam sido recuperados ontem à noite
da. foi aparentemente superlotação a
perto da aldeia de Puchong, a cerca de 18
capacidade era de 3.000 espectadores, e
quilômetros do aeroporto. havia mais de 3 500 nas arquibancadas
Seca — Da janela de seus aposentos.
o papa João Paulo II disse ante milha- Impasse — Os lideres religiosos
res de fiéis reunidos na Praça Sào Pe- maronita, druso, católico romano, romã-
no ortodoxo, suniia e xiita do Líbano
dro, no Vaticano, que reza juntamente
com todos os italianos para que chova reúnem-se hoje com o Comitê Ministe-
no pais. depois de quase trés meses de rial da Liga Árabe, no Kuwait, para
tentar encontrar uma solução para o
seca. João Paulo II invocou, na tradi-
impasse institucional e a guerra civil
cional oração dominical do Angclus. o
no Libano. À parte os infindáveis con-
secundo domingo da Quaresma, lem-
"suportou sofrimen- frontos entre milícias ri\ ais. o pais está
brando que Jesus
tos atrozes, especialmente dedicados, na- desde setembro com duplo governo, cada
um reconhecido unilateralmente por mu-
queles tempos, aos escravos e aos
condenados a morte çulmanos e cristãos.
 8 ü I" ciulcrim u scgundii-felrii, 20/2/S')

JORNAL DO BRASIL
I umUUo cm IH9I m
I l-Avjo I'INMLIKO - Editor Ltecumo
M I DO NASCIMI NIO IIHIIO Dirnor hrutlrnie •
MARIA III! UNA DO NASCIMI INTO IIKITO — nittlaru KOUIiRTO I'OMPliU Dli TOLIiDO — Editor tiM(m

Opção Estatizante
dez anos, dcsfraldou-se a bandeira da nômica. Por isso, já o Plano Cruzado prega-
Há reversão do processo de estatizaçào da eco- va a extinção de estatais, a privatização e a
nomia brasileira. Planos de privatização foram redução do controle acionário da União ao mini-
lançados e também criada a Secretaria de Controle mo necessário.
das Estatais (Sest) para tentar disciplinar a atua- A venda de uma parcela das estatais implicaria
çào das empresas estatais. O diagnóstico era de o cancelamento da dívida interna ou externa que
que o crescimento das atividades dessas empresas e as fnanciam. e a loca do capital financeiro pelo
á atuação do Estado na economia não eram investimento de capital acionário, não exigível e
compatíveis com o processo de redemocratizaçào não inflacionário. O Estado sairia de cena, abrin-
do pais, além de estar prejudicando a liberdade do campo para os empregados e investidores pri-
empresarial e criando uma série de distorções tia vados, nacionais e estrangeiros, injetarem capital
economia, a começar pelo crescimento descontro- como acionistas.
lado do déficit público.
Este é o modelo de privatização e de re-
A nova república também adotou entre seus ducão da presença do Estado na economia aplica-
princípios a redução do papel do Estado e a do com êxito na Inglaterra conservadora, na Espa-
intensificação do processo de privatização. A ver- nha socialista de Felipe Gònzáíez e na França
dade é que. ao longo destes dez anos, empresas também socialista de Mitterrand. Todo brasileiro '/tfuè-—*
foram privatizadas. Nenhuma configurou efetiva- de bom senso sabe da necessidade de privatizar, da
mente um caso de descstatizaçào. Tratava-se ape- forma mais democrática c pulverizada em termos
i]as de reprivatizações. Ou seja. a devolução ao de controle acionário, muitas estatais e a economia
setor privado de empresas privadas que quebra- como um todo. Este é o caminho da moder-
ram c tiveram os prejuízos socializados pelo Esta- nidade.
do. Cartas
Nada mais antipopular do que a forma atual
Mas o conjunto das empresas estatais e em- como funcionam as estatais, muitas delas um fim Constituição sados diretamente às instituições sele- impedir a Mesa Diretora de continuar
presas de economia mista apresenta-se deficitário em si mesmo, para servir de carreira aos seus cionadas, cabendo ao Confen a coor- cumprindo seus deveres administrati-
(...) Cada vez mais ficam desacredita- denação geral do projeto. No caso dos vos mais elentares, tomando as medi-
há vários anos. Investimentos mal concebidos e executivos e apadrinhados políticos. Não é de dos os políticos em nosso país. Ineontesta-
velmente, a maioria deles pouco se impor- centros de referência, onde está incluí- das cabíveis para anular contratações
baseados no endividamento externo, cujos custos admirar, portanto, a falta de vontade política no do o Nepad/Uerj — reconhecido como fraudulcntasj demitir funcionários
dispararam com a escalada dos juros no fim dos ta sobre a situação de penúria em que centro regional de referência para pre-
Brasil para atacar de frente o grave problé- vivem os segurados da Previdência Social, fantasmas e menores de idade e cancc-
anos 70. e uma política generosa e irresponsável venção e tratamento — o Confen eslá lar a acumulação indevida de matrícu*
ma da obesidade do Estado, que já contra- os quais tinham tanta esperança, após reexaminando tecnicamente, caso a
de cargos e salários explicam o mau desempenho morosa concretização da Constituição. Ias. Assim como é seu dever dar pros-
põe a burocracia à sociedade. Esquecendo os congressistas dos "furos" L Brlgido següimento à solicitação de abertura
das estatais, sua baixa produtividade e seus défi- A votação, pelo Congresso, das medidas pro- de inquérito criminal, sempre que for
cits. A cobertura deste déficit vem asfixiando, pelo que deixaram contraram a classe menos constatado o envolvimento de funcio-
visórias que regulamentam a privatização de esta- favorecida, daqueles que realmente traba-
crescimento da dívida pública, a poupança flnan- lharam e trabaiham em prol do engrande- nários ou vereadores em casos de este-
tais e a extinção de ministérios e órgãos públicos cimento da pátria, mesmo que modesta- lionato ou falsificação de documentos
ceíra disponível para as atividades e os investimen- mostrou que a classe política brasileira continua de públicos. (...)
mente, mas muito mais do que os políticos
tos privados. Assim é que o Estado já domina fazem de útil. Muita coisa capciosa deixa Além disso, a comissão de inquéri-
costas para a vontade popular. É pouco o Con- to seria constituída por membros de
mais de 70% da poupança interna. um vazio na nova Carta, e que, pelo
gresso assumir apenas a responsabilidade política decorrer da coisas, poderá ser considerada diferentes partidos, respeitando-se a
Os economistas do PMDB que comandaram o de ter aprovado o Plano Verão no que ele tinha "cartilha". Ela é regra da proporcionalidade. (...)
Plano Cruzado e o Plano Bresser foram unânimes grandiosa para a classe Cabe-me ainda, por dever de justi-
de transitório — o congelamento. Sem o conjunto bem afortunada que vem de encontro à
em afirmar que o mecanismo de financiamento do demagogia, a um grupo que depende de ça, dar o meu testemunho pessoal com
de medidas que limitem a atuação do Estado na relação ao comportamento dos verea-
Estado faliu. Defendiam a redução das ativida- economia, o plano (até aqui impecável) fica seria- parlamentares. Quando serão cumpridas dores Neuza Amaral e Carlos Alberto
as normas sobre a Previdência Social? E o caso. o projeto, não existindo portanto Torres. (...) Pude assistir à justificati-
des"do Estado e a prevalência cio investimento mente ameaçado e seu fracasso, além de gràvíssi- 13" dos aposentados, que não pagam con- nenhuma definição da alocação de
forme rege a nova Carta? (...). Aríete José va apresentada pelos dois vereadores
privado como a única saída para o pais fugir á mo para toda a nação, viria, como bumerangue, USS 120 mil. como foi afirmado na
para o fato de não terem assinado, na
espiral infiacíonáría e á ameaça de estagnação eco- Mattos Barcelos — Niterói (RJ). carta da diretora daquele núcleo. Deve véspera, a anulação de 27 contratações
atingir na volta a própria classe política. ser destacado, dentro desse projeto, a fraudulentas; As explicações apresen-
Memória do Rio atuação da Escola Paulista de Mediei- tadas me pareceram perfeitamente sa-
na, que vem desenvolvendo normal- tisfatórias. sobretudo no que diz res-
(...) Sem a extrema dedicação de Gil- mente o componente Centro Brasileiro
Voto e Preconceito berto I-errez pesquisando por toda a Eu- de Informações sobre Drogas Psicoati- peito à necessidade de respaldar a
ropa quadros de pintores dos três últimos anulação dos contratos em parecer da
S~\ segundo turno introduzido pela Constituição vas, o que permitirá, dentro em breve, assessoria jurídica da Câmara. (...) Ti-
isso. deva ser posta sob suspeita. É a liberdade séculos, seriam aqui desconhecidas as pri- receber o primeiro desembolso dos re-
^ e reservado para estrear na sucessão mitivas paisagens urbanas e rurais do to Bruno Bandeira Ryff, vereador
presiden- que acaba alcançada pela restrição. Os eleitores, cursos do acordo Confen/UNFDAC. (PDT) — Rio de Janeiro.
ciai já está sob ameaça de ser estreitado pelas com o quadro de escolha reduzido a dois nomes, nosso país. Este não ê o caso do Nepad/Uerj. Se
Agora, com a nobre iniciativa — sem vê pela carta que a diretora interina do
normas que querem estrangular a liberdade de vão precisar abastecer-se cie novas informações, e fins comerciais — da Bolsa de Valores do Núcleo de Estudos e Pesquisas revelou Alugueis
propaganda. Ao contrário do que parece supor o os candidatos se verão obrigados a terçar idéias, Rio de Janeiro, podemos acompanhar má fé ou ignorância. (...) Laércio Pcl- Os "incentivadores" da constru-
autor de um projeto de lei que regulamenta elei- ressaltar diferenças e assumir compromissos mais pela imagem os 300 anos da evolução do legrino, presidente do Conselho Fede- çào, moradia para alugar - espécime
antigo Largo do Paço, resultante da ex- ral de Entorpecentes, Ministério da em extinção — continuam demons-
çõês presidenciais, o princípio da maioria absoluta claros do que no primeiro turno. Se o autor do pansão urbana, sobretudo a partir de Justiça — Brasília. trando admirável conhecimento da
terá a responsabilidade de proteger o voto direto projeto não tivesse pensado com velhos pre- 1763, quando a capital brasileira foi trans- matéria. Verificaram que congelar alu-
nus eleições majoritárias para cargos executivos conceitos poderia ter chegado à conclusão elemen- ferida da Bahia para o Rio. Mas nas guéis, por mais defasados que seus
contra as crises que rondam os governos de mino- tar de que, numa campanha que vai durar no pranchas do álbum colorido da Praça XV, Prej uízo valores estivessem, não seria sufícien-
observamos também transformações da te. Urgia lançar mão de reforços: as
ria." máximo vinte dias, o melhor a fazer seria o oposto: arquitetura, da arborizaçáo, dos meios de Em 9/5/88 contratamos o serviço
da Empresa Granero Transportes Lt- tais tabelas redutoras, para reduzir
Não é, portanto, simples formalidade a volta liberar de todas as restrições a propaganda dos transporte e dos hábitos quotidianos re- da. para efetuar a mudança dos meus ainda mais o que já vinha sendo redu-
candidatos na prova final. presentados pela gente simples que cami- móveis, de São Paulo para o Rio de zido. mês a mês. Ignora-se o que é
dos dois candidatos mais votados às urnas, quan- nha nas ruas para comprar, vender, traba- evidente, como também ser impossível
lhar. (...) É de se esperar que a contribui- Janeiro. Feita a conferência dos mò-
do nenhum dos concorrentes alcançar maioria ab- A intolerância que reapareceu é mais antiga do veis, ainda em São Paulo, o emprega- embutir em qualquer reajuste uma in-
soluta de votos. Trata-se de uma segunda opção ção cultural da Bolsa de Valores frutifi- do da Granero arbitrou os preços de Ilação, sem recorrer ao arbítrio judi-
que a nova Constituição. Na verdade ela tem que. (...) José Jofflly — Londrina (PR). . ciai. Assim, achatam-se os devidos
cada um dos objetos, tendo ele mesmo
que'se reserva ao eleitorado como garantia de que muito a ver com o autoritarismo, que se dedicou avaliado um espelho antigo de quatro reajustes, como se a inflação tivesse
o eleito represente a vontade.da maioria. Entra em 'sido a menor do século. (...)
mais a cercear do que a estimular eleições. O Asilo político partes em Cz$ 3 milhões. Na mesma
conflito com a idéia de legitimidade e autenticida- hábito do casuísmo se serviu da possibilidade de data foi feito um seguro geral para Porém a sorte dos proprietários
A presença de Stroessner no Brasil todos os móveis e objetos e outro so- não acaba assim tão facilmente. A
de a visão menor que a regulamentação deu, no elaborar normas especificas para cada eleição. Es- é preocupante, principalmente para os imensa maioria que passou um ano de
mente para o espelho, dado o alto
projeto de lei, á propaganda. Para se ter uma idéia gotou-se o autoritarismo, mas não a mania de habitantes de Itumbiara (GO). valor arbitrado. (...) agruras para reajustar o valor do seu
do, retrocesso, basta dizer que foi proposta a auto- legislar para as circunstâncias. Sob a nova Consti- Antes de tudo. e sem querer expli- Na chegada ao Rio, constatou-se aluguel, por vezes também defasado
car a atitude do governo brasileiro, há dc anos anteriores, após esmola de
rização para que os jornais possam publicar, como tuição, no entanto, é insuportável ter de admitir de se notar que o governo não cedeu que uma das partes do espelho que- algumas migalhas, terá de esperar ou-
brara-se, o que foi registrado pelos
propaganda paga, apenas o currículo dos candida- que o Congresso não se disponha a estabelecer asilo político ao ditador ditado pela tro ano, numa expectativa desalenta-
Constituição, tradição ou amparo a próprios empregados da Granero. dora. Com medida assim "justa", o
tos finalistas. regras fixas, que dissipem a impressão que associa Desde então, temos envidado esforços
um indivíduo. Acreditar nisso é dema- para conseguir o ressarcimento da per- coiisumismo, tão indesejado no Plano
Perdeu-se de vista a própria noção de demo- democracia a restrições e suspeitas de que a liber- siada ingenuidade. (...) Aceitando Don Verão — que se espera dé certo —
da. A Granero, a principio, tentou
cracia no pressuposto confuso de que propaganda dade seja mal utilizada. É exatamente o contrário, Alfredo, o Brasil está fazendo um jogo refazer a peça quebrada |m uma casa continuará sendo privilégio do loçatá-
eleitoral seja obrigatoriamente paga e diplomático de maleabilidade e não especializada, sem sucesso. Em segui- rio. e agora em maior escala. É de
que, por e só experimentando se pode verificar. "cedendo amparo". elementar psicologia que quem é bafe-
(...) Paulo Simão da. procuramos resolver o problema
Viletla — Rio de Janeiro. com a seguradora, que nos responde jado com uma receita inesperada, a
que o cliente deles é a Granero e que, a gastará mensalmente no supérfluo. (...)
não ser por intermédio daquela empre- Raul Feteira — Niterói (RJ).
Crime e Castigo Sincero desejo sa, não poderíamos vir a pleitear a
T), roblemas de ética na vida pública não são de O dinheiro comanda as correias de transmissão do Volta para casa e, imaginamos, para o indenização devida. Como última car- Sugestão
ostracismo o Sr. Paulo Brossard, o pior tada, enviamos correspondência á
...Z0™'1 alguma privilégio dos países menos de- poder político: e quando não é o dinheiro, agem os entre os piores ministros da Justiça pOs- Granero exigindo uma solução e a Agradeço a esse jornal a publica-
senvolvidos. Nos EUA, a comissão de ética no- laços familiares que fazem o poder circular num 64. Brossard representou, em seu nível empresa já nega até que tenha sido ção de minha carta a respeito da la-
meada pelo presidente Bush para passar a limpo a mais requintado, a omissão, a preguiça e a constatada qualquer avaria. (...) Car- droagem de que fui vitima por parte de
universo relativamente restrito. um motorista de táxi ao desembarcar
folha de serviço de eventuais autoridades encontra incompetência. Que não volte mais para los Eduardo da Silva Braga, diretor.
O que há de semelhante entre esses problemas ocupar qualquer cargo público, é o que Mineração Novo Astro S.A. — Rio de na Rodoviária Novo Rio e a resposta
tanto material de trabalho" que o do Sr. José Colagrossi Neto. (...) Gos-
presidente está e os do Brasil de hoje? Muita coisa. O que há de esperamos. José Saltes Neto — Brasília. Janeiro.
em dificuldades para manter a equipe taria de sugerir ao Sr. Colagrossi que
que imagi- dissemelhante? O fato de que, em países como o L. Brlgido estudasse 11111 sistema de prevenção
nara.
Japão ou os Estados Unidos, um processo de de- lhacina através de alto falante, esclarecendo
Mais sérios ainda parecem os problemas do aos passageiros sobre corridas de táxi
núncia e punição pode ser. acionado com chances As entidades de direitos humanos que e quais as medidas que devem tomar a
ívP^° 9l!c disputa com os Estados Unidos o proliferam pelo país emudecem quando
troféu de país mais bem sucedido do cenário con- razoáveis ou muito boas (no caso norte-america- ocorre uma chacina como a de Carambeí, fim de se prevenirem contra tão vergo-
no) de chegar a bom termo. A existência concreta no Paraná onde, entre outras, foi covarde- nhosa ladroagem, que o diretor presi-
temporáneo. O Japão é um gigante econômico, dente da Coderte reconhece existir na
e sua expansão cultural também assume de um processo de apuração de responsabilidades mente assassinada uma criança de um Rodoviária Novo Rio. Fausto Vicente
propor- ano. Seu direito a vida foi cortado pela Monteiro de Sá — Goiânia.
çòes fenomenais. Mas o- padrões de vida política e distribuição de culpas é o que faz toda a diferen- violência, mas as entidades se omitiram.
desse colosso da Ásia mostram ás vezes menos ça entre países adiantados ou atrasados — pois, (...) Orlando Mendes Filho — Niterói
semelhança com os do Primeiro Mundo do (RJ). Colônia de férias
que quanto á corrupção, ela está generosamente espa-
com os de países dos mundos subseqüentes. Do lhada por todos os representantes da espécie hu- O Forte Duque de Caxias, no Leme.
Entorpecentes realiza no mês de janeiro uma colônia de
primeiro ministro Noboru Takeshita já há quem mana. Um caso como o do Batcau Moitclw tanto férias para 1.200 crianças de todos os
diga que é "o pior primeiro-ministro do Japão de pode levar o brasileiro a um descrédito ainda Na edição de 12/2/89, na pag. 10 Câmara Municipal setores da sociedade — há crianças de
após-guerra". As queixas centram-se no estilo maior nos mecanismos de correção social co- do Io Caderno, esse jornal publicou O JORNAL DO BRASIL de 16/2/ orfanatos, do Morro Chapéu Mangueira e
po- carta da Prof* Maria Thereza de Aqui- 89, no Caderno Cidade publicou, sob o Morro da Babilônia. Uma característica é
litico que levou Takeshita, bem como outros lide- mo sinalizar o inicio de novos tempos — condizen- no. diretora interina do Núcleo de Es- titulo Mesa da Câmara sofre primeiro o trabalho desenvolvido com 150 deficien-
res japoneses, ao primeiro plano, e tes com a aspiração ética que aponta vigorosamen- tudos e Pesquisa em Atenção ao Uso tes mentais, auditivos, visuais e motores.
que se resume de Drogas — Nepad'Uerj, afirmando golpe, noticia referente à aprovação
num sofisticado método de distribuição de favores. te na opinião pública. por trinta vereadores, da criação de Fala-se muito em integração de pes-
que a verba destinada àquele órgão, uma comissão especial de inquérito soas portadoras de deficiência com a co-
distribuída pelo Conselho Federal de destinada a apurar as irregularidades mumdade em geral. Isso se concretiza
Entorpecentes, seria de USS 120 mil, a ocorridas na Câmara Municipal do perfeitamente no Forte Duque de Caxias,
Tópico- qual, entretanto, lá não havia chega- Rio de Janeiro, durante o período onde é demonstrado, de maneira eficaz,
tratamento desigual que estava sendo do. compreendido pela 2-1 legislatura (de que e possível essa integração, pois os
Mão Dupla monetária em janeiro, quando ficou em É preciso esclarecer que o projeto l°/2/83 a 31/12, 88). Como fui dos ve- deficientes participam de todas as ativida-
conferido ao pagador em dia — com 12.6%, propiciou grandes ganhos ao apoio a centros, definidos dentro do
-A Secretaria da Receita Federal imposto desvalorizado pela inflação — readores que votaram a favor da cria- des oferecidas aos não deficientes.
acaba de reparar uma das grandes in- Tesouro. A sua extinção nas devolu- acordo Confen/UNFDAC, inclui os çào da comissão, gostaria de prestar os Como mãe de um deficiente mental,
era, no minimo. uma iniqüidade. seguintes projetos atividades: A) apoio
justiças perpetradas no bojo do Plano çòes. mesmo com a inflação próxima esclarecimentos que justificaram o quero externar meus agradecimentos a
Verão. A partir da Medida Provisória A tradição fiscal no Brasil mostra de zero, implicaria grandes prejuízos a centros (seis) de referência; B) treina- meu voto naquela ocasião. todos do Forte do Leme e à IBM do
n" 39 (reedição da Medida Provisória que o leão é ágil ao criar mecanismos aos contribuintes.Outra injustiça repa- mento de especialistas no exterior: C) Eu não teria votado a favor da co- Brasil, que patrocina as turmas especiais.
n° 29. vetada pelo Congresso), o im- para arrecadar mais e saciar sua fome capacitação da rede básica de saúde e missão especial de inquérito — como Lúcia Maria de Resende Sousa — Rio de
rada diz respeito á forma de tributação D) avaliação da eficácia terapêutica.
posto de renda retido na fonte v oltará a tributária, mas lento e pouco generoso do lucro inflacionário. que foi dilatado tampouco o teriam feito outros verea- Janeiro.
sofrer correção monetária, deixando de Para o conjunto de atividades des- dores conhecidos pelo seu conipromis-
para devolver os excessos sacados con- de quatro para vinte anos, evitando a se componente, foi decidido pelo Con- so público com a moralização da Cã- As cortas serão selecionadas para publi-
punir o bom contribuinte. tra as pessoas físicas e jurídicas. Exem- asfixia das atividades onde ò natural a fen. alocar o valor de USS 2,6S mi- mara - se visse nela um instrumento caçoo no todo ou em parte enlre as que
O principio de correção monetária pio disso são as devoluções relativas ao ocorrência do fenômeno. A política fis- Ihòes. Das atividades descritas, foram tiverem assinatura, nome completo e legí-
sobre o imposto devido c salutar, capaz de obstruir o esforço moraliza-
ano-base de 19S6, ainda não completa- desenvolvidos os itens B e D. Deve-se vel e endereço que permita confirmação
evita o beneficio ao soneeador. Maspoiso das. A supressão parcial da correção
cal, para ser justa, precisa ter uma \ ia
registrar que esses recursos são repas-
dor da Mesa Diretora (...) Nenhuma
comissão especial dc inquérito poderia
de duas mãos prévia.

JORNAL DO BRASIL
O supressivo
grande
Mauro Rasi
Mse o tempo cm que cantávamos, dcspreocupaags.
Ali."Alalaô ooõ oóôjg Mas que calor òpô oqò.../ Alá, meu
l)6rn Alá... Manilc água pra ii>iõ..." Desde a grande queima de
livros — c autores —¦ patrucinada por I liller. não se via um
alentado tão direto & liberdade de expressão quanto o sofrido
Belo autor de Versossatânicos, desdòbrando-sc dele para atingir
a iodos mis. Porque a censura de Alã (bem pior do que a do Al-
5) pode-se abater indiscriminadamente sobre os quatro cantos
cantores de guarãnia
do planeta. Pçrla que se cuide: nem os "lavar
estarão a salvo da Jihad caso ela resolva a honra do Islã"
no Cone Sul. Best-seller por best-seller é mais seguro ler Sidney
Sheldon.
Dizem que os homens querem viver cm paz e ser felizes,
porem os políticos... Eu diria os seres supressivos que atuam
inclusive na política, ou travestidos de médicos, militaristas,
comerciantes de armas, banqueiros, lideres espirituais... O
supressivo atua em qualquer área, posto ou posição. A história
celebrizou (e suas vítimas que o digam!) grandes supressivos
eomo Neto. Alexandre Bórgia, Napoleão. o Doutor Menghelle
e muitos outros. Omite, entretanto, a ação dos supressivos do
dia-a-dia, que tanto pode ser um obscuro general quanto um
guarda de trânsito. O supressivo vive com a idéia fixa de que o
outro o ameaça. É preciso, pois. contê-lo ou eliminá-lo.
Dependendo das circunstâncias, ele nomeia seus inimigos como
sendo inimigos de Deus ou do Estado. Foi assim no mundo
cristão de Torquemada; continua sendo no mundo muçulmano
de Saladino. Ah, os intérpretes dos desígnios divinos! Como se
o Verbo se manifestasse cm código só para eles.
No firolamento cristão, o pecado original talvez tenha sido
íi mais brilhante idéia do(s) supressivo(s); foi, inegavelmente,
seu maior êxito: incutir de forma indelével na mente humana a
seiÉação de fie o homem foi expulso do paraíso, estando
portanto em divida com Deus. e que a Terra é o seu inferno
onde ele deverá expiar a sua culpa. É óbvio que o reingresso no
céu dependerá de alvará concedido pelo(s) supressivo(s). E
nossos pentatetravós caíram nessa direitinho e nos legaram essa
herança, como se o futuro fosse unveterno Gólgota a ser
Povos e florestas
'The
a New
(Resposta
Pedro Paulo Lomba
Brasil deve ao mundo US$
115 bilhões. O inundo dese-
ja que o Brasil suspenda a destruição
descontrolada da floresta equatorial
da Amazônia, uma extraordinária
maravilha natural. Essas duas condi-
ções convidam a um acordo, uma
grande troca, dívida por natureza,
que aliviaria para o Brasil o fardo dos
empréstimos externos e preservaria
as florestas amazônicas. O que se Io DE UMA SERIE
coloca no caminho de uma solução DE DOIS ARTIGOS
tão atraente?", propõe The New
York Times na sexta-feira, véspera do carnaval.
A Fundação das Florestas do Brasil, criada em 1988
com o objetivo de recuperar, desenvolver e preservar a
cultura florestal do Brasil, a maior nação florestal quente do
pjaneta, responde através do JORNAL DO BRASIL.
Florestas são conservadas ou devastadas, não por
instituições, leis, governos, grupos ou indivíduos, mas por
interesses a ações de povos.
A Inglaterra tem um território relativamente controla-
vel de 151 mil km2, que na pré-história era quase totalmente
coberto de florestas primitivas temperadas.
Quando Guilherme, o Conquistador, mandou fazer o
Úomesday Book em 1086, um cadastramento de terras, não
mais de 20% das florestas inglesas ainda estavam de pé.
Isso, quase cem anos antes do aparecimento de Robin
Wood, o arqueiro, na Floresta de Sherwood.
Em maio de 1723, os ingleses promulgaram a Lei Negra
de Waltham, que continha mais de 50 crimes florestais
puhíveis com a morte, na tentativa de deter a devastação
que diminuía as florestas e as rendas da coroa e da nobreza.
Cerca de 200 anos depois, D.H. Lawrence, num dos mais
sensíveis livros florestais escritos no Ocidente, O amante de
Lady Chatterley, descreve o cenário devastado na velha
Inglaterra de Robin Wood, que hoje conserva apenas 2% de
süas florestas nativas.
Uma percentagem menor do que a da Mata Atlântica
conservada atualmente pelo Brasil, cujo território tem 8
milhões 500 mil km2 e não poderia ser controlado por um
exército de guardas florestais.
"Como
podem as florestas do Brasil e seu rico dote de
plantas e animais raros serem salvos? Os recursos estão à
mão na dívida do Brasil. Suponha-se que doadores no
Ocidente pudessem levantar US$ 4 bilhões para salvar as
florestas equatoriais amazônicas. Eles, então, comprariam
com desconto uma dívida brasileira no valor nominal de,
digamos, US$ 8 bilhões. Essa dívida em dólares é trocada no
Brasil por títulos valendo US$ 8 bilhões em dinheiro local.
Os títulos são então doados para financiar um instituto
ambiental brasileiro encarregado de proteger a floresta
equatorial", diz The New York Times.
É fácil imaginar o que aconteceria se a proposta fosse
feita a Robert Walpole (1676-1745), que no ano da promul-
gação da Lei Negra de Waltham assumiu o posto de Lorde
do Tesouro da Inglaterra, onde se manteve por 21 anos.
A era walpoliana começou com uma negociata históri-
ca, envolvendo a dívida pública inglesa, conhecida como
South Sea Bubble (Logro do Mar do Sul). A Cia. dos Mares
do Sul detinha desde 1711 o monopólio do comércio
britânico na América Meridional e concordou em assumir
grande parte da dívida. A transação provocou uma onda de
especulação que acabou quebrando a bolsa de valores,
arruinando milhares de investidores. Walpole, especulador
no South Sea Bubble, escapou do escândalo que desmorali-
zou toda uma geração de estadistas por não fazer parte
daquele governo.
O Lorde do Tesouro aceitaria a generosa oferta para
salvação das florestas inglesas. Mandaria o seu apanhador-
de-dinheiro receber a comissão de praxe dos banqueiros e
criaria um instituto ambiental britânico.
Quem ele empregaria neste novo instituto? Exatamen-
te a mesma burocracia florestal corrupta que vinha fazendo
vista grossa à devastação desde o reinado anterior de
Guilherme 111, que terminou, em 1702, legando à posterida-
de menos de 8% de florestas nativas àia Inglaterra e no País
de Gales.
A plebe rude e a nobreza continuariam a avançar
inexoravelmente sobre a vastidão inculta (wilderness) para
domá-la, limpá-la, fazê-la produzir utilidades necessárias à
vida e ao progresso das famílias, que fazem a grandeza e a
glória de qualquer reino democrático.
A dívida externa brasileira não parece, também, um
atalho político e moralmente aceitável para salvar a Floresta
Amazônica.
"De 1982 a 1988, a América
Latina pagou aos bancos
do mundo (que desejam salvar nossas florestas), só de juros,
USS 235 bilhões. Em dólares deflacionados, isso correspon-
de a 2.4 vezes o montante do Plano Marshall — em sentido
contrário. Efeito líquido da hemorragia? No caso brasileiro,
a resposta está no livro Crise e infância no Brasil (lpe-Usp),
editado pela Unicef. Um dossiê tenebroso sobre o impacto
das políticas de "ajuste externo" na demolição da qualidade
de vida do povo brasileiro. Ou do seu grupo mais vulnerá-
vel. a infância: "A mortalidade infantil voltou a crescer no
•continente", escreve Joelmir Beting, na mesma sexta-feira.
Opiniáo
dolorosamente percorrido. Já o ingresso no paraíso muçulmano
é mais simples, paga-se diretamente com o sangue. Ou com
serviços a Alá. As huris — espécie de valquirias do l.evanlc —
conduzem gloriosamente os vagabundos que morrem nas inter-
mináveis guerras santas a um paraíso cobiçado, onde os niái tires
passarão â eternidade comendo e bebendo. E compreensível,
portanto, que a palavra do profeta seja prontamente atendida.
O supressivo dedica-se em tempo integral â destruição da
qualidade de vida, onde quer que ela se apresente. Sua meta é
extinguir a alegria, a autoconfiança (dos outros), incrementar o
medo, a insegurança, o descrédito na existência, facilitando a
penetração da morte, onde, enfim! exista vida. Sente-se mortal-
mente ameaçado por qualquer êxito ou realização alheia.
Impede por todos os meios a realização do outro, pois teme que
o outro, cm se realizando, possa vir a ameaçá-lo. Algo assim
como a paranóia de Macbctii, um supressivo clássico.
"Tinha tudo
ptira construir um grande futuro! porém fui
ser vizinho de Calígola..." ou "Vim ao mundo com a maior
disposição de ser feliz, perseguir nobres ideais, porém 1 lerodes
teve aquela idéia de liquidar os recém-nascidos..." São lamúrias
ouvidas no cemitério da História. Afinal, o ingênuo camponês
perdido com suas cabras nos confins dos Urais não podia sequer
imaginar os mirabolantes planos de losif Vissariohovitçli Dju-
gatchvili (vulgo Stalin) sobre coletivização forçada, migração
obrigatória, industrialização etc. Vivemos, pois, como aquele
personagem (seria de Stcndhal?) que participou (sem saber) da
batalha de Waterloo, onde estava sendo jogado o seu destino.
Como dizia Camus sobre Hitlcr e o nazismo, o destino final, a
meta inconfessável do supressivo é estar só, irremediavelmente
só, pois a única forma dele sentir-se seguro é quando todos (os
inimigos) forem exterminados. Então, ele provavelmente subirá
ao alto de uma montanha e contemplará todo o poder da sua
solidão. O supressivo é um ser só no sentido menos poético do
termo.
Ah! Aiatolá... Se por lá carnaval houvesse, bem que a
gente gostaria"E de testar o seu fairplay quando Patrício lhe
perguntasse: você. é alguém?"
Mauro Rasi ó toatrúlogo
York Times')
A conversão da dívida está, também, provisoriamente
suspensa para evitar um Brazilian Bubble.
Segundo The New York Times, o Brasil "aliviaria a sua
carga de dívida externa ao ajudar a salvar sua própria
herança natural. A visão mais nítida dos interesses brasilei-
ros está vindo do ministro do Exterior do Sr. Sarney, não de
seus generais".
Mas o Brasil tem uma herança natural maior do que a
da Inglaterra, graças à visão estratégica dos generais portu-
gueses e brasileiros, que souberam defender mais de 7 mil
km de litoral no Atlântico Sul e incluir em nosso território
nacional 60% da Bacia Amazônica, cujas fronteiras começa-
ram a ser delineadas por uma linha de fortes fluviais a partir
de 1616.
A importância e a dimensão da Amazônia brasileira
decorre da dimensão e da importância do Brasil, que detém
a maior parte da última grande reserva inexplorada de
forças e materiais sob clima quente e úmido na face da
Terra.
No banco de memória do Estado-Maior das Forças
Armadas do nosso país deve haver um videoclip antigo,
intitulado "...E o vento quase levou", estrelado pelo
tenente Mathew E. Maury, superintendente dos serviços
hidrográficos dos Estados Unidos. A estória se passa na
década de 1850, quando os mediadores americanos e
ingleses fracassavam em evitar a Guerra do Paraguai (1864-
1870) na Bacia do Prata, que envolveu os exércitos brasilei-
ro, argentino, uruguaio e paraguaio.
O tenente Mathew lançou, então, uma campanha
visando à exploração da Amazônia pelos americanos, que
obteve apoio da opinião pública nos Estados Unidos.
A campanha se centrava na livre navegação da Bacia
Amazônica, que banha a metade do Brasil e cuja extensão
sul-americana ocuparia 75% do território americano.
O argumento americano alegava prejuízos para os
interesses de todas as nações, impedidas de livre comércio,
e, também, à própria Amazônia diante dos obstáculos
levantados pelos brasileiros ao aproveitamento de seus
recursos. O embaixador do Brasil em Washington foi
procurado por congressistas, empresários e funcionários
públicos americanos que manifestaram a intenção de expio-
rar economicamente a região amazônica. A diplomacia
americana envolveu no pleito Bolívia, Peru, Equador,
Colômbia e Venezuela e ainda França e Inglaterra, litigan-
tes com o Brasil nas questões de fronteiras com as Guianas.
Em 1867, em plena Guerra do Paraguai, o Brasil cedeu
à pressão internacional e decretou a abertura da Bacia
Amazônica à livre navegação. Equipados com o navio a
vapor, ingleses (vendedores de borracha natural) e america-
nos (compradores de borracha natural) transformaram a
Amazônia numa colônia de fato.
Se este fato histórico não tem mais valor no presente,
então, certamente, não tem mais valor a Forêt de Fontaine-
bleau, pintada em 1865 por Jean-Fréderic Bazille, um dos
iniciadores do impressionismo, exposta no Louvre.
Na primeira metade do século XX, os avanços colonia-
listas criaram enclaves territoriais, baseados na concessão de
empréstimos externos condicionados à autorização de ex-
ploração econômica da Amazônia. Foram, também, feitas
concessões de grandes extensões de terras amazônicas a
sociedades de colonização e grupos financeiros estrangeiros
dispostos a ocupá-las. Em todos os casos, sem exceção, as
propostas eram apresentadas como projetos de desenvolvi-
mento econômico e social regional.
Em 1964, o Hudson Institute, de Nova Iorque, propôs-
nos e ao mundo o projeto do Grande Lago Amazônico, no
médio Amazonas, para a produção de energia hidrelétrica e
aumento da navegabilidade da Bacia Amazônica.
A partir da construção de uma barragem em Óbitos,
uma área de cerca de 250 mil km2, equivalente ao estado de
São Paulo, seria inundada na Amazônia, com impacto
ambiental imprevisível. Dentro do Brasil.
Houve interesse internacional pelo megaprojeto, que
esbarrou em fechada oposição dos generais brasileiros, que
se fizeram, assim, credores de alguma gratidão por parte dos
ecologistas de todo o mundo.
A Fundação das Florestas do Brasil é uma organização
não governamental, que representa antigos e novos povos
da floresta. Lidamos com mudas de árvores,-cursos de
Educação Florestal para crianças, fazendeiros que possuem
florestas e congressistas. Somos uma instituição caipira que
não recebe cartas do governo, nem merece qualquer aten-
ção militar.
Como especialistas em conservação e uso racional de
florestas nativas, somos — Deus do céu — defensores de
quirópteros tropicais, ordem pertencente à subclasse dos
euterianos ou mamíferos placentários. Morcegos.
Sem eles, árvores preciosas das florestas brasileiras,
como o jatobá, cujas flores brancas abrem à noite, teriam
dificuldade em propagar-se.
Gostaríamos, entretanto, de apresentar nossa modesta
e limitada contraproposta a The New York Times, cujo
interesse pelas florestas do Brasil não pode, sob hipótese
alguma, ser desestimulado. Um jornal, afinal, é um produto
florestal.
Pedro Pauto Lomba, criador da cidadelaboratóno de Humbott. na
Amazônia, è presidente da Fundação das Florestas do Brasil.
/mu
Iff ILLQ m
E-tne (!) comum ler trechos de grandes
pensadores (nu original ou cm traduções
respeitáveis) e lamentar o em que eles se
transformam no Brasil, através de traduções
incompreensíveis, ineficientes c/ou estilística-
mente deselegantes. Nossa tradução, exceto a
teatral, onde lutamos por, e conseguimos,
remuneração digna poruue proporcional ao
êxito, continua motivo de piada, fundamen-
talmente porque é paga a preço de... piada.
Mesmo quando o tradutor traduz obras cm
domínio público, o editor se arroga o direito
de achar que esse domínio público foi instituí-
tio em seu só benefício; Felizmente, porém,
há, transitando por aí, no Ministério da I
Kultura, um anteprojeto propondo que uma
parte do domínio público seja retirado dos
editores cm benefício dos... autores do ante-
projeto (CNDA)! Eta paisinho sem vergonha!
Só pra citar uns poucos autores cultural-
mente assassinados (êpa!), me lembro de
coisas que li (em nativos) de Mao, Marcuse e
Marx (os famosos três M), das quais não
entendi buiufas, e a pena que me dava
(durante a Grande Repressão) ver jovens
arriscando a liberdade e a vida por tão más
truduções.
Mas eu ia falar em Confúcio. Li bem
NÃO PERCAM. BREVE, NESTE QUADRADO DE ESPETÁCULOS.
Proposta de reforma
Herbert de Souza
fracasso da reforma ministerial do último governo Sarney
abre a possibilidade para uma nova proposta que faço
agora, dirigida aos partidos políticos e a seus candidatos â
presidência da República, ao Congresso e a todos os brasileiros
e brasileiras. Teria a seguinte redação:
Declaro para efeito de minha própria satisfação que a
partir de 1990 o governo brasileiro terá os seguintes ministérios: estará presente, entre milhares de outros, o nosso Chico
1. Ministério da Cidadania e da Justiça.
2. Ministério da Produção e do Bem-Estar.
3. Ministério da Terra e do Meio Ambiente.
4. Ministério dos Rios, Lagos e Mares.
5. Ministério da Ciência e Tecnologia.
6. Ministério da Paz.
E passo a me explicar.
Os seis ministérios deveriam contemplar as dimensões da
cultura, das comunicações e internacionais. Portanto, não
haveria ministérios específicos da cultura, comunicações e
relações internacionais.
Os objetivos e conteúdos de cada um seriam os seguintes:
1. Ministério da Cidadania e da Justiça:
Teria como objetivo o desenvolvimento da consciência
democrática e a garantia dos direitos individuais e sociais. F. o
ministério mais importante do governo. Partiria do princípio de
que é a sociedade que constitui o Estado (e não vice-versa) e o
elemento constitutivo e construtor da sociedade é a consciência
democrática de seus cidadãos — que devem ter assegurados e
respeitados os seus direitos fundamentais. Os capítulos dos
direitos individuais e sociais da nova Constituição representam
um bom começo como programa básico do novo ministério.
2. Ministério da Produção e do Bem-Estar:
Encarregado de definir, planejar, dirigir e orientar a
produção social de bens e serviços essenciais ao bem-estar de
toda a população. Essa produção deverá ser realizada pelo
conjunto da sociedade, cabendo ao Estado o planejamento, o
controle e a direção democráticos desse objetivo. Esse ministé-
rio, com esses objetivos, definirá uma nova equação entre o
estatal e o privado em função do social.
As tarefas imediatas desse ministério serão: erradicar a
miséria absoluta e equacionar as questões emergenciais de
saúde, educação, habitação, urbanização e transportes coleti-
vos. Equacionadas essas questões, o ministério tratará de
construir as bases econômicas e sociais da nova sociedade
brasileira, voltada para atender exatamente as aspirações das
130 milhões de pessoas que insistem em viver nesse pedaço.
Serão redefinidos e reestruturados os atuais Ministérios da
Fazenda, Indústria e do Comércio, Planejamento, Saúde,
Educação. Agricultura e todas as instituições atualmente consi-
deradas da área econômica.
3. Ministério da Terra e do Meio Ambiente:
Encarregado de promover o uso inteligente dos 8,5 mi-
lhóes de hectares de terra que ainda pertencem ao Brasil,
proteger o meio ambiente dos ataques que vêm de terra, mar e
ar. Regulamentar todas as atividades exercidas sob a face da
terra, que possam ameaçar a sociedade e sua relação com a
natureza. Realizará a reforma agrária, salvará a Amazônia da
Cerne: um entulho
José Aristodemo Pinotti
sonho que os antecedem ao registro que os sucedem, os
Do acontecimentos progridem por caminhos tortuosos que se
vão tornando retilíneos até transformar a idéia original em fato
histórico.
Um bom exemplo desses desencontros é o que ocorre no
sistema de saúde. Enquanto o Suds — Sistema Unificado e
Descentralizado de Saúde — unifica os sistemas de saúde a nível
periférico e descentraliza a gerência para os estados e para os
municípios, numa verdadeira lição de administração democráti-
ca, a Cerne (Central de Medicamentos) tem caminhado em
sentido contrário, na maré do centralismo e do internacionalis-
mo e a favor do maior trust já montado neste país. O trust dos
medicamentos.
O Ministério da Previdência e Assistência Social, ao
descentralizar corajosamente a gerência e as verbas da saúde
para os estados e municípios, não conseguiu fazê-lo com a
medicação. Teve que navegar no sentido oposto, orçamentando
para a Cerne as verbas que eram anteriormente conveniadas
com esta e que agora as mantém centralizadas, utilizando-as de
forma autoritária e distorcida.
Esta centralização leva ao absurdo de a Cerne comprar
medicamentos de um laboratório público do governo do estado
de São Paulo, a Furp — Fundação para o Remédio Popular—,
usufruir de algumas comissões desta compra e os devolver para
o sistema de saúde do estado de São Paulo. Distorção maior é
comprar de laboratórios privados internacionais medicamentos
que os laboratórios oficiais produzem e enviá-los para São
Paulo, onde a Furp os produz a preços menores. Embora possa
parecer, isto não é ficção. No ano passado o fato aconteceu
repetidamente e cito exemplos: a Cerne comprou e mandou
para os estados, inclusive para São Paulo, pílulas de AAS. um
medicamento barato e fabricado pelos laboratórios oficiais,
assim como a amplicilina, um remédio caro que esses laborató-
rios também produzem.
Isto ocorre, sem dúvida, pela pressão do maior trust
existente neste país: o da indústria farmacêutica, que vai da
química fina à lavagem cerebral do médico, realizada pelos
propagandistas dos laboratórios. E um processo centralizado é,
sempre, sensível ao clientelismo político e ao lobby dos grandes
fabricantes.
Devido a esta situação, mantém-se enormes distorções no
setor, como a colocação no mercado de milhares de produtos
desnecessários — são comercializados bem mais de 3 mil
segunda-feira, 20/2/89 n I" caderno n 9
pouco de Confúcio, e por uma razão muito
simples — se o que li por aí em folhinhas, cm
citações em livros e jornais, c em duas
pequenas brochuras que botei fora são mes-
mo o pensamento de Confúcio, esse cara é
realmente, como querem seus seguidores há
2 500 anos! o maior humanista de todos os
tempos, quer dizer, sendo a humanidade o
que é, o mais saudável debilóide de que já
tive notícia.
Mas acredito que entre o que IZlc falou,
o que sc registrou em língua arcaica, o que se
transpôs pro Mandarim, pro wen-yen, pro
pai-hua ou pro p'it-t'img-hita (não adianta
correr pro Aurélio!), o que se traduziu pro
francês e pro inglês, e o que veio bater no
Brasil, alguma coisa vital deve ter-se perdido
no caminho;
Mas por que mesmo estou escrevendo
isso? Ah, de vez em quando vou traduzir,
bem direitinho, aqui e ali dando até uma
pequena ajuda de corpo, trechos de alguns
pensadores (Pascal, Montaigne, Voltaire,
Shaw, Emerson, Crocc etc.) pra que os mais
novinhos (e os mais velhinhos) saibam POR-
QUE OS GRANDES PENSADORES SÃO
GRANDES PENSADORES. O título vai ser
esse.
ministerial
devastação programada, terá como prioridade equacionar as,
questões das populações das grandes cidades. As grandes
cidades constituem hoje uma questão vital para o meio ambieu-
te. A ecologia interessa, primordialmente, às populações pobre»
do país. O Ministério da Terra tratará do aproveitamento e
democratização de todos os recursos do solo e do subsolo
brasileiros. Afinal, pelo menos a terra deve e pode ser de todoi!
e em benefício de todos. No dia da inauguração desse ministério
serão lembrados todos os que morreram por essa causa e já
Mendes.
4. Ministério dos Rios, Lagos e Mares:
O Brasil é o país dos maiores rios do mundo, lagos naturais»
e artificiais de grande importância e mar por todos os lados;
(menos em Minas, apesar da Pampulha, e outros estados que
escolheram ficar longe das praias). O mundo do futuro viverá
dos mares e saberá industrializar a água, essa coisa fantástica.,
sob todos os aspectos. Esse ministério terá como primeira tarefa*
salvar os rios, lagos e mares que estão morrendo. Os rios estão, "
morrendo e as praias estão sendo poluídas. Esse mundo não'
poderá ser visto como uma tarefa da Capitania dos Portos!!'"
O aproveitamento, desenvolvimento e proteção de todos
os recursos hídricos do Brasil constituem a tarefa gigantesca
desse ministério. .A Marinha pode colaborar muito e pode até
encontrar nesse ministério a sua vocação civil e democrática
maior. É absurdo que o Brasil não tenha até hoje um programa
global de aproveitamento de seus recursos hídricos. Mas terá.,
um dia.
5. Ministério da Ciência e Tecnologia: , . ,
Todo país sério, inteligente e responsável sabe que tem
que investir tudo o que puder em ciência e tecnologia. Todo país
dirigido por incompetentes, alienados e por interesses estranhos'
à própria nação coloca a questão da ciência e tecnologia em
último lugar nos planos concretos do governo. O Japão é o que
é porque investe 409c de orçamento global em educação,
desenvolvimento de recursos humanos, ciência e tecnologia.'O'
Brasil faz ao contrário, caminha a passos acelerados em direção
à burrice, incompetência e improvisação. Esse ministério será,
forte, cheio de recursos, mobilizador do conjunto da sociedade...
Dará atenção especial a crianças e adolescentes e se colocará
como instrumento auxiliar na construção da utopia democrática
e não da mediocridade nacional.
6. Ministério da Paz:
Encarregado de zelar pela segurança dos cidadãos no
plano interno (violência, criminalidade, trânsito, Bateau Atai-
che) e do país no plano externo, com o objetivo de promovera >
paz.
Esse ministério engloba as atividades das forças armadas,
polícias militares e civis, corpo de bombeiros. O Ministério1'®
Paz dirige o conjunto dessas corporações, mantendo suas
especificidades e autonomias administrativas.
Essa é a proposta. Com esses seis ministérios e a decisão de'
construir uma nova sociedade, creio que o Brasil será melhor:
Para que isso seja possível é necessário que aqueles qúé"
apostam na mudança tenham também a coragem de mudar.
Aguardo sugestões para a composição dessa equipe. . j .,m
Herbert de Souza, sociólogo, é Defensor do Povo da cidade do Rio de
Janeiro.
de centralização
marcas, com estimativas que falam em até 20 mil, quando'
sabemos que 400 produtos cobririam 95% das necessidades de-,
medicação da população. O que é pior, em função do preço ti-"
direito de medicação é proibitivo para o doente pobre. Vale
pouco fazer um diagnóstico preciso se, na hora do tratamento,1 o"
cidadão não tem a mínima condição financeira para comprar a
sua medicação. _
Dentro deste processo distorcido é impossível dar anda,-
mento à política de medicamento como a do estado de Sátí"
Paulo que, através de uma fundação estatal confiável como á
Furp, visa à fabricação de remédios a preços reduzidos, assim
como oferece gratuitamente à população mais carente medica-
mentos essenciais.
Ao assumirmos a responsabilidade do ínamps, precisamos
também assumir as verbas de medicamentos e utilizá-las ade-'
quadamente. O sistema centralizado não só deixa de repassará"
que necessitamos ou o que historicamente é nosso como
também cria distorções enormes no sentido de não otimizar
recursos para aquisição e uso de medicamentos.
A Ceme não deve ser uma intermediária na compra de .
medicamentos. Os estados e municípios podem e devem fazê-lo
de uma forma mais eficiente e. eventualmente, mais ética:"
dando prioridade aos laboratórios públicos e comprando-nos"
laboratórios nacionais e multinacionais apenas o que os públicosL
não fabricam. I
Os estados e os municípios podem fazer isto de maneira,.,
mais justa e mais transparente, com o objetivo claro de garantir ,
ao cidadão, particularmente ao mais pobre, o direito de ter o
remédio necessário para o tratamento de sua doença.
Exatamente por isto, a descentralização dos recursos de
medicamentos deve ser igual às demais descentralizações. A
Ceme deve assumir o que não tem assumido: o estabelecimento
de uma política de medicamentos no país e a coordenação dessa -.
política a nível federal, deixando para os estados o papel de
gerente dessa política e de comprador daquilo que é necessário
para o atendimento das suas necessidades. Para isso ê preciso
readquirir credibilidade e competência.
Os fatos que cito são apenas a ponta de um iceberg
submerso que. espero, venha à tona com urgência. Não hesjto "
em dizer que, a cada dia que passa, algumas vidas sc perdem
irremediavelmente por falta de uma política correta de medica,-
mentos neste país. Não se pode contemporizar quando se trata
de questões éticas como esta.
José Anstodemo Pinotti. medico e professor. 6 secretáno de Sauje do
estado ae São Paulo
 10 ? 1" caderno n segunda-feira, 20/2/89 JORNAL DO BRASIL

Exército condecora comandantes Camponeses protestam

Obituário
Rio *\v Janeiro
Joscffl F.pifaniu llarhullm, 66
.anos, de ocidente vascular ce-
rebral, na Casa de Saúde Nos-
sa Senhora da Piedade, cm
Piedade (subúrbio da Central).
Paraibana, morava cm Man-
(•ninhos e foi sepultada ontem
no Cemitério Sào Francisco
Xavier, no Caju. lira viúva de
João Benedito Barbalho c ti-
nha cinco filhos.
Marivaldo du Silva, -12 anos,
de infarto, em sua residência .
na Tijuca (Zona Norte). Ca-
• rioca, auxiliar de contabilida-
de, loi sepultado ontem no Ce-
mitério São Francisco Xavier,
no Caju. Erà solteiro.
Jorge Ayres Bonccker, 67
anos, de edema pulmonar, no
Hospital Souza Aguiar (Cen-
"tro).
Carioca, morava no Ro-
cha e foi sepultado ontem no
Cemitério São Francisco Xa-
vier. no Caju. lira casado com
Maria Eulaliu Pinto Bonccker
e tinha dois filhos.
Zuleika Villela Caruso, 75
anos. de infarto, em sua resi-
dência, na Tijuca (Zona Nor-
te). Carioca, foi sepultada on-
tem no Cemitério São
Francisco Xavier. lira casada
com Waldemar Caruso.
Mauro Mcrola, 65 anos, de
taquicardia ventricular, na
Clinica Rio Cor. em Ipanema
.(Zona Sul). Carioca, aposenta-
do, foi sepultado ontem no
.Cemitério Sào Joào Batista,
cm Botafogo. Era casado com
.(iraz/.ia Merola c tinha dois
•filhos.
Armando Rodrigues Figueira,
¦81 anos, de doença pulmonar,
'cm
sua residência, no Catete
(Zona Sul). Carioca, aposenta-
Estados
Altamira Maria da Conceição
.Souza, a Mãe Mirinha do Por-
•tão, 65 anos. de linfoma, no
'Hospital
Central Roberto
Santos. Era uma das mais co-
,'nhecidas ialorixás do candom-
blé da Bahia c mantinha o seu
:terreiro no distrito de Portão,
•próximo
'nacional ao
Aeroporto Inter-
Dois de Julho. Muito
'procurada
por turistas e pelos
próprios baianos, nos últimos
'anos tornou-se importante
'las pe-
previsões que fazia a cada
ano novo. embora sempre rc-
•jeitasse falar de temas poli-
ticos. Suas previsões eram en-
ícaradas com seriedade c
¦sempre se concretizavam, dai
• sua fama no jogo de búzios.
' Filha do conhecido babalorixá
:Joàozinho da Gomcia, foi
'"feita" no candombé há mais
de 50 anos. Ao completar 65
'anos, no dia 21 de dezembro
do ano passado, já nào houve
j comemorações devido ao seu
. estado de saúde, que se agra-
. vou desde setembro, obrigan-
Pai leva filhos para
do, foi sepultado ontem no
Cemitério SAo Joào Batista,
lira casado.
• •vrnmgencs Costa Conceição,
60 anos, de câncer, na Casa de
Saúde Sào Sebastião, no Cate-
le (Zona Sul). Carioca, apo-
sentado, morava em Olaria e
foi sepultado ontem no Cerni-
tério São Joào Batista. Era ca-
sado.
Antonia Telles de Almeida, H()
anos, de pneumonia, no lios-
pitai Sào Lucas, em Copaca-
bana (Zona Sul). Sergipana,
morava em Copacabana e foi
sepultada ontem no Cemitério
Sào Joào Batista, cm Botalo-
go. Era viúva de José de Al-
meida Júnior c tinha três li-
lhos.
Atair Gomes Lugão, 75 anos,
de insuficiência cardíaca, no
Hospital da Ordem Terceira
da Penitência, na Tijuca (Zona
Norte). Mineiro, aposentado,
morava na Tijuca c foi sepul-
tado ontem no Cemitério Sào
Joào Batista. Era casado com
Adaltiva Rocha Lugão e tinha
três filhos.
Olavo de Luirc Rangel, 78
anos, de insuficiência cardiaca,
no Hospital dos Servidores do
Estado, no Centro. Paulista,
aposentado, morava no Leme
c foi sepultado ontem no Ce-
mitério São Joào Batista. Era
casado.
Cezar Miguel Nejm, 82 anos,
de acidente vascular cerebral,
em sua residência, na Tijuca
(Zona Norte). Paulista, apo-
sentado, foi sepultado ontem
no Cemitério Sào João Batis-
ta. Era casado com Aracy Pas-
quali Nejm e tinha um filho.
do-a a constantes internações
em hospitais de Salvador.
Com a morte de Mirinha do
Portão, o terreiro de São Jorge
passará por uma semana de
axcxé. que são as cerimônias
fúnebres, quando morre uma
ialorixá ou uni babalorixá.
Sua única filha. Gildete, nào
pertence ao candomblé: c, por-
tanto, não será sua sucessora
consangüínea. deixando o pos-
to para a Mãe Pequena do
Terreiro, Maria das Graças
Neves da Silva, por sinal sua
neta. filha de Gildete. e já ini-
ciada na religião afro-brasilei-
ra. O terreiro ficará em luto
por um ano c os tambores só
voltarão a tocar para marcar o
reinicio dos trabalhos, tendo à
frente màe pequena.Além da
filha Gildete. Mãe Mirinha do
Portão deixou sete netos e ein-
co bisnetos. Depois do velório
do próprio terreiro, o corpo da
ialorixá foi sepultado no Ce-
mitério de Portão, como cra
do seu desejo.
da PM por "bravura" na CSN
Quatro oficiais da Policia Militar, comandantes das tropas
que invadiram a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em
Volta Redonda, no dia (> de novembro, quando très metalúr-
gicos foram mortos pelas tropas do Exército, serão hoinena-
geados pelo Exército com a Medalha do Pacificador, uma das
mais altas condecorações da Força Terrestre, "pela bravura
com que se houveram ao longo de Ioda a operação". Os
militares sào o major César Dorga, os capitães José Tadeu
Nascimento de Castro e Dario Cony dos Santos, além do
primeiro-lenente José Souza e Silva. Iodos da I" Companhia
do Batalhão de Policia de Choque.
O presidente da CUT, Jair Mcncguclli, mostrou-se ontem
revoltado "com a condecoração dos assassinos de William,
Valmir e Barroso", e revelou que vai convocar os metalúrgi-
cos de Volla Redonda para tuii alo público á porta da CSN,
"Isso
quando será realizado um protesto formal. aqui é um
pais dos militares c, infelizmente, eles ainda se encontram no
poder", disse o sindicalista que participava, no Rio, do I"
Congresso Nacional do Departamento Metalúrgico da CUT,
na Ilha do Fundão. A proposta de condecorar os oficiais da
PM partiu do coronel Carlos Eduardo Jansen, comandante
do 57" Batalhão de Infantaria Motorizada, da Vila Militar,
cujas tropas também participaram, com as do Batalhão de
Choque da PM, dos conflitos em Volta Redonda.
Contraguerrilha- Ao enviar um documento ao co-
mando do Batalhão de Policia de Choque da Policia Militar.
justificando a atuação destacada dos quatro oficiais, o coro-
nei Carlos Eduardo Jansen cita que, "durante os recentes e
Invasão da usina
de Volta Redonda
deixou 3 mortos
segunda-feira, 7 de novembro, 23 mil metalúr-
Numa gicos dn Companhia Siderúrgica Nacional decidi-
ram fazer uma greve para reivindicar melhoria salarial,
iniciando a mais longa paralisação da CSN. Horas depois
de iniciada a greve, S00 operários ocuparam a aciaría. No
dia seguinte, o governo decide empregar forças militares
para desocupar a siderúrgica.
fMrSSSHR&rBsKiB ^fltMIUIfeiffi^^ t- j^^BBHlBBHs^^^K^âf&i^
O Museu do Candomblé foi planejado durante 8 anos por Mãe Stella de Oxóssi
violentos distúrbios cm Volla Redonda, cuja superação exigiu
o emprego, em força, do Regimento Escola de Infantaria
(atual 57" IHMiz), este comando teve a honra eo privilégio de
enquadrara I" Companhia desse Batalhão em uma operação
de contraguerrilha urbana perfeitamente caracterizada".
O oficial afirma, ainda, que, "durante a mencionada
operação, que se desenvolveu ao longo da noite de 9 de
novembro e da madrugada subsequente, pode, este comando.
Constatar a agressividade equilibrada, o elevado grau do
adestramento c o destemor evidenciados por iodos os inte-
grames daquela SU, que se constituiu em peça de manobra
indispensável ao êxito obtido pelas Forças Legais", li diz. que
"cumpre-me,
ainda, por um dever de justiça, destacar a
atuação do major PM César Borga, dos capitães PM José
Tadeu Nascimento de Castro e Dario Cony dos Santos, e do
I" tenente PM José Souza e Silva, pelo elevado padrão de
disciplina sob condições bastante adversas, pelas excepcionais
qualidades de liderança reveladas e pela bravura com que se
houveram ao logo de toda a operação".
F continua: "Informo-vos. ainda, que este comando ela-
boiou proposta de concessão, aos militares acima referidos,
da Medalha do Pacificador, condecoração que exalta as
virtudes do inclito Patrono do Exército Brasileiro, Duque de
Caxias". O documento termina com o comandante do 57"
BIMtz solicitando ao comandante do Batalhão de Choque da
PM. coronel Eduardo Lois Blanco. a publicação das referén-
cias no Boletim Interno, e o cumprimenta pelo brilhante
desempenho dos seus comandados.
São enviadas para Volta Redonda tropas do Exercito e
da Polícia Militar — mais de mil homens —, com li) car-
ros blindados, que ocuparam os princiapais pontos da
Companhia Siderúrgica Nacional. No dia 9, os militares
exigem a retirada dos trabalhadores da aciaría e não são
atendidos. Começa então um conluio entre metalúrgicos
c soldados dentro da usina. Na invasão, os militares
disparam tiros de fuzis e metralhadoras.
O conflito se expande e atinge as ruas de Volta Rcdon-
da, com os soldados invadindo lojas comerciais, carros
c ônibus, atrás de trabalhadores que fugiam. Quando tudo
acabou, três metalúrgicos estavam mortos: Carlos Augus-
to Barroso, Walmir Freitas Monteiro c William Fcrnan-
des Leite.
^BsJ?
contra impunidade de
assassinos de vereador
RECIFE - Cerca de 1.500 pessoas, a maioria camponês
ses c lideranças ile trabalhadores rurais, foram às ruas dei
Surubim - a 117 quilômetros da capilal para protestar;'
contra a impunidade que cerca o assassinato do advogado c
vereador pemedebista Evandro Cavalcanti, que completou
dois anos ontem sem que os mandantes fossem loçali*
zados c punidos. Com faixas e cartazes denunciando a açãi»
dos grandes fazendeiros e da UDR - "a impunidade é tf
razão dos crimcs",diziu uma delas -. os manifestantes cum-;
pri ram um roteiro de três quilômetros cnire o Sindicato'
Rural de Surubim e a avenida Oscar Loureiro, no Centro da
cidade, onde Evandro foi morto com sete tiros de revólver e
escopetas.
A manifestação, organizada pela Federação dos Traba-.
lhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Feia-
pe) e por 86 sindicatos rurais, teve também a presença de
políticos do PMDB e PT. além de dois secretários do
governo de Pernambuco. Pedro Eurico de Barros. da Habi-
tação. e Fernando Pessoa, da Casa Civil.
Evandro Cavalcanti atendia a 14 sindicatos rurais do
agreste. Os participantes do ato fizeram um minuto de
silencio c. depois, passaram a gritar slogans contra a política
fundiária do governo c contra a UDR. c exigir refor-
"Sc
ma agrária. pensavam que matando Evandro iriam
calar as vozes que lutam por justiça no campo, os assas-
sinos se enganaram redondamente", bradou o presidente da
Fetape, José Rodrigues, o orador mais aplaudido no
alo público. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores
Rurais de Surubim. Ismael Crispim, aproveitou para de»
nunciar as ameaças de morte que vem sofrendo nos últimos
meses.
Crime e fuga - Evandro Cavalcanti foi assassinado
quando voltava do seu escritório, na presença da mulher Ju-'
cileta c da filha mais velha. Andréa. Tinha 38 anos. quatro
filhos é uma carreira promissora. Os responsáveis pelo
assassinato, os fazendeiros Charles Guerra de Farias e José
Carlos do Rego Neto. com quem Evandro mantinha uma
questão de terra entre 62 famílias, estào foragidos. Os;
outros implicados sào Severino Sinval Leal de Farias. libcr-j
tado através de babeas-corpus, c os pistoleiros Benicio,
Betânio Carneiro. Francisco Rodrigues c Gildo Soares, c a
ex-PM Domingos Gonçalves, o "Domingão", estes detiJ
dos c aguardando julgamento no presidio Anibal Bruno, nd
Recife.
Vasp e DAC analisam ;
as condições técnicas :;
dos Boeing 737-300 j
SAO PAULO— A direção da Vasp vai se reunir hoje
no Rio de Janeiro, com o Departamento de Aviação
Civil (DAC), para analisar as condições técnicas dos
oito Boeing 737-200 da frota da empresa, que estào em
terra para inspeção desde a sexta-feira. Existe a suspeita
de problemas na junção entre a asa e a fuselagem dos-
aviões, mas qualquer decisão final terá de ser ana-'
lisada em conjunto com o DAC, segundo informou
ontem o presidente da Vasp, Marcelo Atinori.
O trabalho de avaliação técnica já foi praticamente;
terminado e Antinori levantou os dados históricos dos-i
oitos aviões, desde a fabricação dos aparelhos até o seu]
vôo mais recente. "O próximo passo será a reunião com]
o DAC, quando teremos condições de realizar uma-,
análise mais precisa das condições das aeronaves", disse'
Antinori. A Vasp, durante o periodo de estacionamento1
das aeronaves, que representam um quarto da frota total'
da empresa, está sofrendo prejuízos diários de USS 220'
mil. Isso porque todos os vôos da Vasp foram remaneja-
dos ou cancelados.
'.-

pescar em Aracaju e
)

três morrem afogados Candomblé ganha o Io museu Secretaria fiscalizará

_. ARACAJU - A morte por afogamento das trÊs filhas
foi o resultado da pescaria do aposentado Floriano Oli-
veira, que só conseguiu salvar o filho Adelmo Oliveira,
xle 8 anos. As meninas morreram, no Canal Santa Maria,
que liga os rios Vasa Barris e Poxim, próximo à Praia de
atalaia, a principal de Aracaju. O Corpo de Bombeiros jaa
resgatou os corpos de Edna e Jaqueline, de 10 a 9 anos, mas
.continua no local tentando localizar a garota Adélia, de 11
$nos, levada pela correnteza.
¦ Floriano Oliveira contou que saiu cedo de casa, no
conjunto Augusto Franco - o mais populoso da capital -
para pescar e levou os quatro filhos que insistiram em
passear. Ao chegar no canal, o aposentado deixou os
meninos brincando às margens do canal e foi procurar
uma varinha para improvisar um anzol. Quando retor-
nou, só avistou a cabecinha de Adelmo dentro do canal.
'Mergulhou e conseguiu resgatá-lo com vida,
mas as trÊs
filhas morreram afogadas.
FREDERIC JEAN HOFFMANN
(In Memoriam)
família agradece sensibilizada as ma-
nifestações de pesar recebidas e parti-
ÍAcipa que serão pronunciadas orações
em memória de seu querido FRED,
terça-feira dia 21 de fevereiro, às 19 horas,
;na Igreja Na Sa do Rosário do Leme, à Rua
General Ribeiro da Costa, 164.
CARLOS MAURÍCIO
AQUI NO DE BARROS
Os amigos e antigos companheiros da Coorde-
nação de Tributação da Secretaria de Estado de
Fazenda manifestam imensa tristeza pela per-
da do querido e sempre bem-humorado CAR-
LOS MAURÍCIO e convidam para a missa de 7o
dia a realizar-se na Igreja N.S.Monte do Carmo,
1o de Março s/n, em 21 de fevereiro às 12hs.
JOÃO COLETTA
Missa de 7° Dia
família agradece sensibilizada a
riedade recebida e convida para a
tAde 7o Dia a ser celebrada HOJE às
horas na Paroquia São Januário,
São Januário n° 233. São Cristóvão.
Antigo terreiro da Bahia
abriga o acervo reunido
em homenagem aos orixás
- Atabaques, vestimentas dos santos c
documentos que reconstituem a história de um dos
SALVADOR
mais antigos terreiros do Brasil, o Ile Axé Opo Afonjá,
fazem parle do acervo do primeiro museu do candomblé
do Brasil, instalado nesta capital. O museu fica no próprio
Ile Axé Opo Afonjá, um dos símbolos de resistência dos
cultos de origem africana na Bahia.
O museu do Candomblé nasceu do ideal de Màe Stella
de Oxóssi, que comanda o terreiro, preocupada em perpe-
luar as tradições da casa, a história do culto e, ao mesmo
tempo, criar um espaço onde todas as pessoas interessadas
possam conhecer melhor a religião. Duranlc oito anos, ela
trabalhou para a concretização do projeto, reunindo pa-
cientemente cada peça que hoje forma o acervo.
A identificação com a África começa antes mesmo de o
visitnate entrar no museu, instalado no subsolo da Casa
de Xangô. Todo o terreiro, onde vive uma comunidade de
cerca de 200 pessoas, foi construído como se fosse uma
aldeia ketu, com as casas dos santos, o barracão, no qual
se realizam os rituais, c as habitações.
Na entrada do museu, cartazes feitos a mão por Màe
Stella contam a história da fundação do terreiro e de todas
as suas ialorixás, começando por Màe Aninha, que o
criou, em 1910. Em seguida, estão expostos presentes que
o terreiro oferece aos seus visitantes nos dias de festa.
Mais adiante, num quadro pendurado na parede, um
importante documento das religiões de origem africana.
Datado de 12 de agosto de 1983 c assinado por Menininha
do Gantois, Olga de Alaketo, c Stella de Oxóssi — as três
mais famosas mões-de-santo do pais nos anos recentes, o
documento condena a folclorização dessas religiões. Tetè
de lansã e Nicinha de Bogun também puseram suas
assinaturas.
Em outra sala estão os símbolos c armas dos orixás,
vestimentas e fotos do terreiro. Numa outra, as cadeiras
DR. JOÃO MAURÍCIO REGADAS
da Silva Ferreira Regadas, esposa, Alice
Quintela
tVina Regadas, mãe, e demais parentes,
agradecem as demonstrações de pesar rece-
bidas por o.casião do falecimento do sempre
solida-
Missa
querido JOÃO MAURÍCIO e convidam para a
18:00
Missa do 7o Dia, que será celebrada 3a feira, dia
a Rua 21 do corrente, às 11:00 horas, na Igreja de
Nossa Senhora do Carmo, na Praça XV.
em que as quatro ialorixás antecessoras de Mãe Stella
reinaram no terreiro e objetos sagrados trazidos da Áfri-
ca.
No comando do terreiro desde julho de 76, Màe Stella
tem hoje filhas-de-santo nào só em outros estados; mas cm
vários paises, como a Alemanha. Ela é freqüentemente
convidada para fazer palestras sobre as religiões afro-bra-
sileiras na África e Estados Unidos c, recentemente, foi
homenageada durante um congresso de escritores de lin-
gua portuguesa, por sua defesa dos valores negros.
Màe Stella acredita que o museu é uma contribuição
para a valorização dos cultos africanos, na medida cm que
resgata valores de uma das casas mais tradicionais, sem
permitir que haja qualquer conotação folclórica.
Terceiro terreiro mais antigo da Bahia; o He Axé Opo
Afonjá, criado em 1910. lem seu nome ligado à resistência
do candomblé. Foi graças à influência da sua fundadora,
Màe Aninha, que o presidente Getúlio Vargas concedeu,
na década de 40, liberdade aos cultos de origem africana,
atendendo a pedidos de políticos ligados á ialorixá.
"do Durante 30 anos, Màe Aninha comandou a resistência
terreiro, enfrentando políticos c a policia. Alguns
episódios dessa luta se transformaram em fatos lendários,
como o feitiço que um filho-de-santo seu jogou sobre o
soldado da policia Pedrilo, que, comandando um destaca-
mento, invadiu o terreiro durante uma festa em homena-
gem a Ogum.
A lenda conta que o filho-de-santo, cumprindo ordem
dada por Màe Aninha com o olhar, pronunciou algumas
palavras em nagõ. Ogum se incorporou ao policial e este,
possuído, investiu contra os colegas, colocando-os em
fuga no terreiro.
O prestígio que Màe Aninha alcançou nos seus mais de
40 anos à frente do terreiro fez com que,- de hostilizada
pela classe dominante, ela passasse à condição de corteja-
da pelos detentores do poder. Muitos políticos, vitimas de
perseguição, refugiaram-se no terreiro, sob sua proteçào.
Outros, ocupando altos postos, recorriam a ela, na espe-
rança de que as forças do candomblé evitassem que
caíssem em desgraça.
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Religiosos
e Fúnebres
Recebemos seu anúncio na Av
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CLASSIFICADOS
Para outras informações,
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JOKNAL DO BRASIL
ônibus de Porto Alegre
para evitar sabotagem
PORTO ALEGRE — A Secretaria Municipal dos Trans-'
portes vai intensificar a fiscalização do serviço de ôni-:
bus da capital, para evitar sabotagens de empresários e,
funcionários das empresas de transporte, descontentes com a]
intervenção nos transportes coletivos. A medida é decorrente;
da suspeita de ter sido intencional o acidente, sábado, entre,
dois ônibus da empresa Teresópolis—Cavalhada, uma das,
seis concessionárias sob intervenção, cujas circunstâncias es-
tão sendo investigadas pela SMT.
Os dois veículos chocaram-se na Rua Ênio Avelino Ro-
cha, no Bairro Vila Nova, na Zona Sul, causando ferimen-i
tos leves cm cinco pessoas, entre elas o cobrador Alcides
Moraes Oliveira, que dirigia o veiculo causador do acw
dente. O controlador da SMT no final da linha Teresópolis.'
Rui Terra, afirma que a colisão foi sabotagem, uma vez que.
funcionários da empresa estariam incentivando motoristas e'
cobradores a provocarem tumultos para inviabilizar o tráfego;
de ônibus na Zona Sul da cidade. I
O secretário da SMT, Antônio Holfeldt, anunciou que,
hoje iniciará a segunda fase do processo de intervenção,
nos ônibus, com a montagem de um esquema de estrutura*
para a normalização do serviço. A previsão do secre-
tário é de que 800 carros estarão nas ruas de Porto Alegre
hoje, número suficiente para atender à demanda do mês de1
fevereiro, 30% mais baixa do que no restante do ano, devido'
ao periodo de férias.
A SMT também deverá estruturar-se para a abertura de',
licitação pública para empresários interessados em explorar oj
serviço de ônibus de Porto Alegre, uma vez que as atuais'
concessionárias alegam inviabilidade financeira para conti-,
nuar operando com a atual tarifa de NCzS 0,12. O secretário'
Antônio Holfeldt não descartou a possibilidade de novas:
intervenções nesta semana, caso as empresas não colo-:
quem os ônibus em funcionamento. :
Apesar de autorizado pelo Conselho Municipal dos-
Transportes o aumento de 27,2% na tarifa dos táxis, o'
prefeito Olívio Dutra (PT) decidiu que o reajuste somente'!
será aplicado no início de março. Em reunião hoje com o Sin-'.
dicato dos Condutores Autônomos de Porto Alegre, Olívio,
vai "solicitar a compreensão dos motoristas at*e a normaliza-'
ção dos transportes coletivos de Porto Alegre".
Rebelião — Uma tentativa de fuga de presos foi frustra-;
da ontem no 39° Distrito Policial, na Zona Norte de São.
Paulo, por uma rápida ação de policiais civis c militares.;
Dezessete presos que ocupavam a cela cinco — ao todo;
haviam 81 presos na delegacia, num espaço destinado aj
abrigar apenas 25 — serraram a grade e dominaram a;,
carcereira Marisa Costa, no momento cm que ela começava a]
servir o café da manhã. Ela foi trancada no banheiro da cela
com o detento José Ramos Marques. Cinco detentos con-
seguiram sair da carceragem e já estavam na sala do plantão,
a poucos metros da rua. quando foram cercados por um
grupo de PMs que chegava no 3S° DP para o registro de um-
caso de tráfico de drogas. Sufocada a rebelião, os detentos
foram novamente recolocados na cela. Marques acabou feri-'
do a coronhadas na cabeça, segundo a policia, por ter reagida
às ordens de retornar à cela.
JORNAL DO BRASIL
circuito integrado
— agora eu postaria ilc pedir às crianças
Bom c ás pessoas que nào podem suportar emo-
çôes fortes que saíssem dá sala. Vou contar umn
história de HORROR!, assim mesmo, em caixa ai-
ta c eom ponto de exclamação. Essa história —
rigorosamente verdadeira - acaba de acontecer
eom um dos meus mais diletos amigos, miereiro
• dial para a Vida Silvestre, com o apoio da ONU. O plano, com
full-iinw, dono de um dos ATs mais equipa-
dos do Rio, e feliz proprietário de um NEC
Multispeed, amahilíssimo laptop muito amado
por todos que o conheciam.
No último fim de semana, meu amigo resolveu
aproveitar o convite dc um irmào e o sol de
Angra: jogou meia dúzia de calções e camisetas na
mala do carro e. com o maior carinho, ajei-
tou o NEC no banco traseiro, onde a maquininha
nào só estaria a salvo do calor calcinante da mala,
como desfrutaria, ainda, do conforto de um ar-
refrigerado em perfeito estado dc funcionamento.
Atitude muito correta, c por tudo sensata, se.
antes de pòr o pé na estrada, não tivesse ele
parado um instantinho na Barão da Torre, ali
perto da Praça General Osório, para deixar ins-
truçòes com a classe operária que ultima as refor-
mas do seu apartamento.
Tomou precauções, é claro. Antes dc sair do
carro c ligar o alarme, cobriu o NEC eom uns
jornais velhos, calculando que. afinal, voltaria em
menos de cinco minutos — como. de fato. vol-
tou. Encontrou o carro ali mesmo onde o linha
deixado, bonitinhó, trancadinho, eom alarme li-
gado c tudo o mais. Só nào encontrou o NEC... e
a garrafa dc Ballantine^ 12 anos esquecida no
banco da frente, sem uma revistinha que fosse
para cscondc-la da cobiça alheia.
— Bem feito! — uivarào os mais severos. —
Como é que alguém pode deixar um NEC Multis-
pccd dentro do carro'.'!
Realmente. Eu, por exemplo, nào deixo nem
lívros no carro (muito embora reconheça que este
será um grande país no dia em que alguém se der
. ao trabalho de arrombar um carro para roubar
um livro); mas essas coisas acontecem. Meu amigo
é, hoje, a imagem da desolação. A tristeza tomou
conta do seu coração, c no seu lar outrora alegre.
a ausência da maquininha pesa como uma decla-
ração de imposto de renda. De modo que peço um
grande favor a vocês: se alguém souber de um
NEC Multispeed sendo oferecido por aí em condi-
ções suspeitas, por favor, me avise. O endereço
aqui do jornal é Avenida Brasil, 500, 6" andar.
Como dizem os anúncios dc procura a cães perdi-
dos, gratifica-se bem.
O quê? Como? Quando?
Olhai, gente — última chamada para o Semi-
nário dc Desktop Publishing, programado para os
próximos dias 2 e 3, no Hotel Meridien. O evento
promete: sào dois dias de debates, demonstrações
dc programas c equipamento e palestras em que,
além da prata da casa, os participantes terão a
. chance dc conhecer (c ouvir!) Andrew Tribute,
.consultor c editor europeu da Seybold Ltd.. a
empresa responsável por duas publicações respei-
tadíssimas na área. The Seybold Report on Pitblls-
'lling Systems e The Seyboltl Report on Desktop
'''Publishing. Entre as respostas
que os organizado-
res prometem às nossas mais inquietas indaga-
ções, uma me parece particularmente interessante:
quando teremos estações de trabalho com sean-
ners e impressoras laser? (Como diria minha avó,
"o
futuro a Deus pertence"; era uma boa se-
tífiora, que ainda não tinha ouvido falar em inuam-
beiros...) Enfim: maiores informações pelo tel: (021)
533-1637. Posso adiantar que as inscrições estão na
faixa dc 90 ex-OTNs, c que ne'ste custo eslào inclui-
dos almoços. coffee-breaks, certificado de participa-
çào e pasta com material impresso.
Fora do ar
Pilheis de programas aparentemente ótimos na
minha estante — mas desde as lestas dc fim de
ano meu único drive 5'1/4 está imprestável, des-
truindo qualquer disquete que, inadvertidamente,
dele se aproxime. O problema será resolvido esta
semana, no mais tardar, porque embora o de 3' 1/2
e o winchester estejam dando conta do dia-a-dia,
algumas coisas eslào deixando-me realmente cu-
riosa. Por exemplo: o Fácil!, um processador de
texto que comecei a rodar no ano passado, e que
me deixou encantada, mesmo sem termos chegado
a um grau maior de intimidade —- mesmo caso do
banco de dados Arco-íris; o Imagem, um sistema
;, gráfico muito bem apresentado que, pelo manual,
me parece algo na linha do Story Bourd, traba-
lhando eom seqüências de imagens em forma de
histórias; e o Curió, que organiza c administra
winchesters. sem maior utilidade para o miereiro
..solitário, mas interessante para ambientes em que
várias pessoas usam o mesmo computador. Entre
os estrangeiros, o mais sedutor dos frutos por
enquanto proibidos à minha maquininha é, dispa-
rado, o Wordstar Professional que, a se acreditar
no manual, virou um editor de primeiríssima grande-
za, daqueles de tirar o chapéu: vamos ver. Maiores
informações sobre todos esses programas (e muuiiitt-
tooss mais!) neste mesmo jornal, dia e coluna.
Aguardem!
.Chamada geral
Começa a soar na praça os tambores de convo-
cação para a 3J Fenasoft, que vai ao ar no Rio-
centro, entre os dias 14 e 17 de março. A legião
estrangeira comparece em peso, com delegações
da CEE. dos EUA, de diversos países africanos e
quase todos os latinos-americanos, mais Portugal.
Espanha, França, Holanda, Noruega e. vejam só.
Rússia e Cuba. Todo este pessoal vem, basicamente,
para o 3o Congresso da Tecnologia do Software.
Telemática e Informação, que apresenta alguns de-
bates e painéis interessantes, que vào das questões de
conectiv.dade à computação pelo usuário final, pas-
sando (entre inúmeros outros temas) pelo futuro do
"MS-DOS,
pelas tendências do UNIX, pelo desktop
e pelo que a organização pitorescamente
publishing "Práticas
chama de Predatórias no Mercado de Soft-
ware". Este painel, que promete ser dos mais movi-
mentados, contará com a presença dos advogados
americanos da Microsoft, da Lotus e da Word Per-
fect. Na área de ficção cientifica, está prevista uma
sessão especial sobre O PS 2 e o OS 2. Informa-
çôes e inscrições pelo telefone (021) 399-5185.
(Iara Róntii
&*¦
Ciência
Biodiversidade norteia estratégia ambiental
Carlos Cândido
BELO HORIZONTE-- Uma nova estratégia ambientalis-
Ia, baseada na preservação da diversidade ecológica, isto é, da
maior variedade possível de espécies animais e vegetais, está
sendo lançada como perspectiva para a próxima década pelo
Instituto Mundial dc Recursos Naturais e pelo Fundo Mun-
o nomede Estratégia Global de Preservação da Biodiversidade,
começa a ser discutido hoje por ecologistas brasileiros e ame-
ricanos, cm simpósio organizado em Belo Horizonte pela Fun-
daçáo Biodiversitas c pela Universidade Federal de Minas
Gerais.
O simpósio inaugurará o curso de mestrado em Ecologia da
UFMG, cujo conteúdo será orientado justamente pelo conceito
da biodiversidade, segundo o zoólogo Gustavo Fonseca,
coordenador do simpósio. O conceito da biodiversidade se
impôs entre os ecologistas nos últimos anos, substituindo a
política anterior, que norteava inclusive as duas entidades
ambientalistas americanas, de apenas proteger as espécies
ameaçadas de extinção. Gustavo Fonseca ressaltou a impor-
tância representada pelo Brasil para a biodiversidade por ser o
pais que possui o maior número dc espécies de animais c
plantas.
"Com
a devastação das matas, muitas espécies dc plantas c
animais estào sendo extintos antes mesmo de serem estudados.
Trata-se dc preservar o patrimônio genético do planeta, que a
natureza levou milhões de anos para formar e que o homem
destrói dc uma hora para outra", explicou o cientista Ângelo
Machado, presidente da Biodiversitas, fundação criada em
"para ser o
Belo Horizonte cm dezembro do ano passado,
braço técnico dos conservacionistas mineiros", apoiando com
pessoal e recursos pesquisas sobre o meio ambiente.
Segundo Ângelo Machado, alé acriaçào do conceito de
biodiversidade os ecologistas se preocupavam exclusivamente
em salvar da extinção as espécies ameaçadas. Essa estratégia
mostrou-se ineficaz, uma vez que as espécies animais surgem
em ecossistemas próprios c dependem deles para sobreviver.
Daí a necessidade de se preservar nào apenas as espécies, mas
também os ecossistemas. Ângelo Machado lembrou que a
Constituição fixa como dever do Estado a conservação da
diversidade genética do país.
"Preservando as espécies, estamos
preservando os genes", disse o ceologista. argumentando que a
preservação da diversidade biológica tem vantagens estéticas,
culturais, médicas e econômicas.
"O
nosso mundo seria muito chato se tivesse apenas planta-
ções de soja e eucalipto", brinca o cientista, um grande pesqui-
sador de libélulas. que se considera um ceologista intuitivo. Ele
acrescenta que, se nào for apenas por razões estéticas, a
humanidade tem motivos mais práticos para preservar a diver-
sidade biológica.
"Uma
das maiores descobertas científicas, que é hoje fun-
damcntal em toda cirurgia, não foi feita por cientistas, mas
pelos indios da Amazônia: o curare, que alua como relaxante
muscular. Se a árvore da qual se Obtém o curare tivesse sido
destruída nunca o conheceríamos", argumenta Ângelo Macha-
do.
A discussão sobre a biodiversidade ocupará dc segunda a
quarta-feira os 10 alunos da primeira turma do mestrado em
Ecologia da UEMG, todos eles técnicos já ligados a entidades
"O
conservacionistas. curso é o primeiro do pais dedicado á
conservação e manejo da vida silvestre. Sua preocupação é
fundamentalmente prática. Por isso selecionamos entre 90 can-
didatos aqueles que já tinham embasamento sobre ecologia e
que desempenham funções conservacionistas", explicou Gusta-
vo Fonseca.
Revelou que em julho próximo, por exemplo, os alunos irão
para o Acre, onde deverão aprender "Éa planejar a exploração
econômica racional da Amazônia. preciso estudar esses
problemas na prática, onde o ceologista tem de pensar, além da
preservação, na subsistência da população", disse o coordena-
dor do simpósio, do qual participará o coordenador mundial
da Estratégia Global de Preservação da Biodiversidade, ecólo-
go Kenlon Miller. e mais cinco cientistas americanos.
27/12/87
BPBBwíjWwíiPS!'' .* V* - -i^ffiJPMsSKPS^PI^^^
IMIBli __
A Mir completa hoje três anos no espaço
URSS troca tripulação
da Mir e desiste de
tentar novos recordes
MOSCOU — Uma nova tripulação será enviada para a
estação orbital soviética Mir no dia 19 de abril. Os novos
tripulantes vão substituir os cosmonautas Alexandcr Volkov,
Sergei Krikalov e Valery Polyakov, que voltarão à Terra.
Segundo a agencia Tass, não haverá novas tentativas dc que-
brar recordes dc permanência no espaço. As futuras tripulações
da estação limitarão a seis meses sua estadia no espaço.
O recorde atual pertence aos cosmonautas Vladimir Titov c
Musa Manarov, que passaram 366 dias na Mir no ano passado.
Volkov e Krikalov estào na Mir desde o dia 26 dc novembro c
Polyakov subiu no dia 29 de agosto, acompanhando um cos-
monauta afegão que fez. uma breve visita á estação orbital. Os
soviéticos náo revelaram os nomes dos novos tripulantes, mas é
possível que sejam liderados pelo cosmonauta Alexandcr Vik-
torenko.
Hoje é o terceiro aniversário do lançamento da Mir, conce-
bida como o núcleo central de uma grande base orbi-
tal. A Mir pode ter seu volume aumentado pelo acréscimo de
novos módulos. Um desses módulos será enviado ao espaço
ainda este ano e deverá dobrar o tamanho da estação
orbital. O novo módulo contém uma câmara despressurizável e
mochilas de manobra que os cosmonautas usarão cm seus
futuros passeios espaciais.
A sonda espacial soviética Fobos 2, que está girando cm
torno do planeta Marte, entrou em uma nova órbita, quase
circular, a 9.600 quilômetros acima do planeta. A unidade
propulsora, usada para desacelerar a nave durante a entrada na
órbita marciana, separou-se da nave ao ter esgotado seu
combustível e a Fobos 2 deve manter a órbita atual durante
quatro semanas, antes dc chegar à lua marciana que leva seu
nome. Durante o encontro, a Fobos 2 lançará um pequeno
módulo de pouso que descerá à superfície do satélite marciano
para colher amostras de seu solo.
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Nova estratégia é preservação de ecossistemas inteiros e não de espécies isoladas
Astronomia e Astronáutica
Satélites Marítimos
comunicações a grande dislàn-
As cia entre os navios e as estações
costeiras são ainda muito deficientes.
Até recentemente. 93% de todas as
mensagens destinadas ás embarcações
cm alto-mar eram transmitidas cm có-
digo Morse e somente 7% por radiote-
lefonia. Em virtude das anomalias de
propagação das ondas dc rádio, a qua-
lidade das comunicações é em geral
falha c, às vezes, é impossível cstabelc-
cer uma ligação. Em conseqüência, um
sistema de telecomunicação marítima
com satélites geoestaeionários, cujos
serviços ofereceriam as mesmas ca-
raeteristicas dos serviços fixos (quali-
dade, rapidez, autoniaticidade etc),
parece a solução mais eficiente para
ultrapassar os inconvenientes da ra-
diotelefonia. Com este objetivo todas
as grandes agências espaciais norte-a-
mericanas. soviéticas e européias co-
meçaram a projetar soluções do uso de
uma rede de satélites neste tipo de
serviço. Apesar do sucesso das comu-
nicaçôes por satélite com objetos mó-
veis. os serviços aeronáuticos ainda
nào atingiram um estado operacional.
Por outro lado, as comunicações
entre pequenos terminais móveis, ins-
talados em navios, constituem um dos
mais notáveis avanços conseguidos
desde o desenvolvimento da telecomu-
nicaçào por satélites artificiais. As pri-
meiras experiências com este obje-
livo foram realizadas em 1963, com o
satélite Syneom 2 no programa ATS
(Application Technology Saiellite), da
Nasa. e, mais tarde, com o satélite
Tacsat. do Exército norte-americano.
Atualmente, só os serviços mariti-
mos atingiram nivel operacional. As-
sim,-em 1-976. telecomunicações regu-
lares por intermédio de satélites com
Na edição de fevereiro
da revista INFO, saiba
porque o software gráfi-
co revoluciona o con-^
ceito de apresentação
%m^LW^^^^m^m1m^mmmmW^f^mm^m^^^mm\ \^m\
de idéias e imagens na
produção artística e em-
presarial.
Música: A tecnologia
'í:^m
Midi surge para facilitar
o trabalho de composi-
tores e arranjadores
que, com ela, podem
produzir sem a presen-
ça da orquestra.
Melhores de 88: Os
programas, as máquinas
e os pesquisadores es-
SOFTWARE GRAFICO
IDÉIAS, IMAGEM E COR
Nas Bancas
segunda-feira, 20/2/89
-mmM ÍÉL <m*àm^ÊLAm!' mmÊlm^!u~J-iiÉ^
A^m^m^fWmJ^mWmT ^¦^rMwÊíhjFj
QWÊ
SMmmJmM Wl*^^ mM
VvSl ,^È/fs^^mmM m^m^ám^m*F%Ê^m^mmí mm ^H
^mÂm\\\
Ronaldo Rogério
navios foram efetuadas, pela primei-
ra vez. graças ao Marisat - Maritime
Saiellite Orgaiüzation, consórcio de
companhias telefônicas internacionais.
Os primeiros três Marisat foram
lançados em 1976 e colocados sobre os
oceanos Atlântico, Pacifico e Indico.
Seu uso comercial iniciou-se em mea-
dos de 1976 e uma cobertura global só
foi concluída em novembro de 1978.
com a instalação de uma estação ter-
restre no Japào. Esperava-se que os
Marisat permanecessem operacionais
até 19S4, cerca dc seis anos dos oito
planejados pelo Comsat para que um
novo serviço marítimo internacional
entrasse cm serviço em 1982. com o
Inmarsat. Em 1973. com o mesmo ob-
jetivo, a Agência Espacial Européia
decidiu desenvolver um programa de
satélite marítimo. O programa inicial.
Marots - Maritime Orbital Te.it Sutel-
lite. foi progressivamente modificado
para dar origem, em 1978, ao progra-
ma Marecs - Maritime European Com-
municatjons Saiellite. A idéia inicial, li-
mitada á execução de uma fase éxperi-
mental, acabou evoluindo em favor de
um sistema operacional, que exigia
um satélite de concepção técnica avan-
cada. O interesse desse novo sistema se
baseava num programa dc satélites
marítimos em escala global. Após dis-
cussões entre um grupo de 18 paises,
surgiu a idéia do organismo interna-
cional de satélites marítimos Inmarsat
- International Maritime Saiellite Or-
ganization, cujo objetivo é desenvolver
e manter em funcionamento uma rede
espacial de telecomunicação de alta
qualidade para transmissão oral e em
telex de informações entre estações
^m 1 ^m^^—^£~~~^^ÜÊtÈÊ^m^m^Êm \^m\
\wmm mm^mm
? I" caderno n
B^V mm mm * *
MmTmJBÊMWrmTfr'
^^B ^^^^htf^ll J^ÊÀmA ~^m\ '* ^ift'
HmíH|
m\\mmmm^&-MÊ\Êw£'- 1
de Freitas Mamão
costeiras e navios em alto-mar. O siste-
ma Inmarsat tem atualmente 38 pai-
ses-membros.
O Marecs, da Agência Espacial Eu-
ropéia. foi construído por um consór-
cio europeu. Cada um dos dois sateli-
tes alugados ao Inmarsat oferece, pela
primeira vez. a possibilidade aos na-
vios de disporem de uma rede de tele-.
comunicações vocal c telex de grande
qualidade. Uma segunda geração. In-
marsat 11, deverá tornar-se operacio-
nal em 1989.
Funcionando numa faixa dc Ire-
quência de 4 a 6 GHz e de 1.5 1,6
GHz, o Marecs oferece um serviço de
telecomunicação marítimo operacio-
nal da mais alta qualidade e confiabili-
dade. O primeiro satélite do tipo foi
lançado por um Ariane. cm 20 de de-
zembro de 1981. com o objetivo de
assegurar a cobertura do Oceano
Atlântico, tomando-se operacional em
maio de 1982, quando houve uma lá-
lha no terceiro estágio durante o lan-
camento do Ariane L5. Em 28 dc se-
tembro de 1982. um Intelsat 5F5 foi
lançado por um Atlas-Ccntauro e co-
locado em órbita geostacionária a 63
graus leste. O plano é colocar um des-
ses pacotes sobre o Atlântico, dois so-
bre o Índico e um quarto sobre o
Pacifico. Em 1984, um segundo satélite
se tornou operacional para a região do
Oceano Pacifico.
Além das telecomunicações tradi-
cionais entre navios e plataformas de
petróleo, o Inmarsat oferece facilidade
de transmissão de dados para a gestão
e funcionamento em tempo real. infor-
inações precisas para a navegação, as-
sistência médica por rádio e mensa-
gens de busca e salvamento.
colhidos por PC Maga-
zine.
Tendência: James Mar-
tin explica porque as
máquinas dos anos 90
serão amigas dos usuá-
rios.
Entrevista: O diretor da
Lotus no Brasil conta
como vai ser a linha de
atuação da empresa
junto a produtores na-
cionais e sua estratégia
contra a pirataria.
E mais Curto-Circuito,
Pesquisa, Internacional,
Correio INFO, Opinião.
ITÜFO
A Revista Brasileira
de Informática.

Mais de um ano após o acidente, pesquisadores procuram nos cromossomos da população anomalias provocadas pela radiação
Goiânia rastreia efeitos do césio 137
Lisa França
GOIÂNIA — A verdadeira dimensão do
desastre com a bomba de césio 137. cm
outubro de 1987. poderá ser conhecida
através de uma pesquisa que a Fundação
Leide das Neves está desenvolvendo com
o apoio do cientista A.T. Natarajan. espe-
cialista da Agência Internacional dc Ener-
gia Atômica c professor da Universidade
de Leidcn, na Holanda. Através da pes-
quisa, que identifica a presença dc aberra-
ções nos cromossomos, a Fundação espe-
ra descobrir até que ponto a população de
Goiânia foi atingida pela irradiação. Se-
rão examinadas amostras de células do
sangue de 700 pessoas.
Para o estudo, estão sendo colhidas
amostras de sangue de 70 pessoas das
vizinhanças de cada um dos nove focos
dc irradiação da cápsula dc césio. Ou-
trás 70 pessoas de fora de Goiânia —
talvez Brasília — serão igualmente ariali-
sadas para que haja dados comparativos
que permitam conhecer com segurança o
alcance do acidente.
Um dos efeitos comprovados da ra-
diatividade nos seres vivos é a quebra
Genética permite prever o
futuro médico das pessoas
Sally Squires
The Washington Post
Daniellc Radcsi e seus
cx-eolegas da Escola Pri-
mária dc West Zephyr
Hills são pioneiros na
medicina. Por duas vezes,
ela e outras 5 mil crianças
de Pasco County, Flori-
da, submeteram-se a tes-
tes de sangue que diriam,
com impressionante pre-
cisão, se iam ter diabetes
juvenil nos próximos
anos.
Daniellc era uma sau-
dável menina de 10 anos,
sem qualquer sinal de
diabetes, quando fez o
leste pela primeira vez.
Mas descobriu-se que cia
c outros 15 estudantes ti-
nham no sangue protei-
nas que indicavam a dia-
betes próxima. Há três
meses, o teste dc Daniellc
revelou-se correto: ela apresentou diabetes ju-
venil, precisamente na mesma idade cm que
seu pai também descobrira que tinha a doen-
ça. Um dos outros estudantes também apre-
sentou diabetes, c os pesquisadores acreditam
que com a maioria dos outros acontecerá o
mesmo.
O programa cm Pasco County, de 5 mi-
lhões de dólares, realizado pela Universidade
da Flórida e patrocinado pelo Instituto Na-
eional de Saúde (INS), faz parte dc um crês-
conte número de estudos que oferecem uma
bola dc cristal high ieclt para prever o futuro
médico das pessoas.
Alguns dos testes — como o que busca o
mal dc Huntington, uma rara e fatal doença
cerebral — examinam os genes das pessoas
para predizer seu futuro. Outros, como o da
diabetes juvenil e da Aids, predizem o futuro
por outros meios, fazendo i.ma varredura do
sangue para detectar proieinas anormais.
Também se estão desenvolvendo testes previ-
sivos para doenças muito mais comuns, como
o câncer c os males cardíacos.
Todos eles têm o potencial de dizer às
coisas que talvez elas prefiram não
pessoas"Devemos
saber. ter esses testes?" pergunta a
psicóloga Nancy Wcxler, professora-assistente
de neuropsicologia no Colégio dc Médicos e
Cirurgiões da Universidade de Columbia, cm
Nova Iorque. "Sc se pode fazer alguma coisa
sobre a doença, sem dúvida que devemos. Se
se pode impedir a doença de causar danos na
geração seguinte, ótimo".
Mas como alguns dos testes detectam
doenças para as quais não há tratamento, o
conhecimento adquirido pode ser de pouco
valor imediato. A própria Nancy tem um his-
tórico de mal de Huntington na familia. e não
há cura para essa doença, que causa um enfra-
quecimento progressivo. Ela ainda não fez o
teste.
"Esses testes
são um barril dc pólvora em
potencial", diz a psicóloga, que compara a
situação à de alguém que está no meio de um
túnel. "A gente vê a luz. mas também ouve um
trem vindo na direção da gente."
Medo de saber Outros acreditam
que o conhecimento do futuro médico — mes-
dos cromossomos. F.ssa quebra carac-
teriza-se por pequenos estrangulamentos
que mudam a forma normal dos cromos-
somos, a parte do interior das células onde
estão armazenadas as características gene-
ticas dos seres vivos. A esses estrangula-
mentos os cientistas chamam ínicronú-
cleos. A pesquisa que está sendo
conduzida em Goiânia pretende identifi-
car o número de micronúcleos presentes
em uma amostra dc 4.000 células do san-
gue de cada uma das 700 pessoas. Dessas
4.000 células. 1.000 são analisadas cm
Goiânia pelo coordenador da pesquisa, o
cientista Valtcr Toledo, do Laboratório de
Citogenctica Humana da Universidade
Federal de Goiás. As outras 3.000 são
examinadas no laboratório de Natarajan
em Leidcn, Holanda, com a ajuda dc um
potente computador.
Uma psicóloga e uma enfermeira da
Fundação Leide das Neves (instituição
que leva o nome da menina que mor-
reu por ter ingerido o césio 137) estão
encarregadas de colher amostras dc 10
mililitros do sangue das vítimas dirc-
tas c dc pessoas vizinhas ás áreas atin-
gidas. Conseguiram até agora colher
amostras de 98 pessoas, num trabalho
lento que exige muita paciência.
LBrigido ,
mo sendo mas noticias —
pode ajudar as pessoas a
suas vidas.
planejarem
"Esta c uma das
questões
mais importantes que
nossa sociedade enfren-
ta", diz John Fletcher,
professor dc ética biomé-
dica c estudos religiosos
na Universidade dc Virgi-
nia. "Mas eu acho que as
vantagens superam os
custos, c o bem que se
pode fazer supera os ris-
cos".
Também pode ser que
as pessoas não queiram
saber como será sua saú-
dc futura. "Muitas pes-
soas simplesmente não
querem fazer o exame",
diz o Dr. Eric T. Fossei,
que desenvolveu um teste
experimental de varredu-
ra para o câncer. "Acho
que é o mesmo motivo
pelo qual muitas muihcrcs não fazem mamo-
grafia (para detectar câncer no seio). Elas não
querem saber".
A gama de testes provavelmente vai cres-
ccr. Já se fazem pesquisas sobre testes para a
doença de Alzheimer, depressão, mal de pãni-
co, esquizofrenia c muitos outros. "Até mes-
mo o alcoolismo pode funcionar assim", diz o
Dr. J. Raymond DcPaulo, diretor da Clinica
dc Distúrbios Afetivos das Instituições Medi-
cas Johns Hopkins, cm Baltimore. É provável
que as visitas aos consultórios médicos assu-
mam um significado inteiramente novo, á me-
dida que esses testes previsivos se aproximem
das medições mais tradicionais dc colcsterol e
pressão sangüíneas.
Cada um desses testes suscita novas c difi-
ccis questões para a medicina: o direito á
intimidade, sigilo c a conveniência de dizer a
alguém que ele ou ela vai sofrer de uma doen-
ça séria — particularmente se não houver
tratamento para o mal. Outros, incluindo os
autores dc um relatório para o Escritório dc
Avaliação Tecnológica, observam que a capa-
cidade de prever quais indivíduos vão ficar
doentes pode levar à discriminação cm empre-
gos, seguros, etc.
"Já fui chamado
por muitas seguradoras c
empregadores que me perguntam se posso
testar seu pessoal", diz Fossei. "Meu teste
ainda é experimental, c não o farei para eles.
mas sem dúvida muita gente vai querer faze-
Io. E eu não posso detê-los".
Mas ele também lembra que os novos tes-
tes podem afastar ansiedades sobre doenças
supostas. "Pode-se fazer um grande bem psi-
cológico a alguém que acha que vai ter câncer
dizendo-lhe com grande margem de certeza
que não terá", ele diz.
Por esses motivos. Fletcher e muitos ou-
tros acham que esses testes devem fazer parle
de uma vida normal. "Todos descobriremos
que temos genes que nos põem cm risco em
certas situações", prediz Fletcher. "É melhor
sabê-lo do que não. Só pode melhorar nossa
vida saber dos perigos que corremos e dos
riscos para nossa descendência".
Medicina
Resistência — Um dos motivos da
lentidão do trabalho — que começou
cm novembro — é o fato dc que as
amostras de sangue só podem ser co-
Ihidas ás segundas-feiras pela manhã. A
data foi escolhida cm função dos vôos
internacionais para a Holanda. Depois dc
colhidas, as amostras de sangue são enca-
minhadas a Valtcr Toledo, que precisa de
48 horas para fazer a cultura das células c
72 horas para preparar as lâminas para o
estudo dos micronúcleos. Depois de feita a
cultura, a parte que deve ser examinada na
Holanda é enviada para o Rio de Janci-
ro, onde é embarcada num vôo direto
que a Varig tem para a Holanda nos
fins de semana.
Enquanto o laboratório holandês tem
capacidade para analisar 45 mil células
por dia, na Universidade Federal de Goiás
o trabalho é mais lento. Sozinho c com
microscópios monoeulares, Valtcr Toledo
só pode examinar 15.000 células por sema-
na.
Outra dificuldade é a resistência da
população a fornecer as amostras de san-
gue. Para conseguir 15 amostras por se-
mana, a psicóloga Rosângela Mendes tem
que abordar pelo menos 40 pessoas.
Os fumantes renitentes
Fa tor congênito
torna difícil
deixar o hábito
Quando, há algumas se-
manas, William Bcnnett ju- '{©•/
rou que ia deixar dc fumar
antes de assumir o posto de
czar das drogas do presidente
George Bush, não sabia em
que apuros estava se meten-
do. Ele já tinha tido uma
idéia de como era difícil
abandonar o vicio. Tentara
antes, sem sucesso. "Fui criti-
cado por isso", disse, referin- te. y:\y-;/*&**.>•¦
do-se a seus dois maços diá-
rios, "e mereço ser".
Nos últimos 25 anos, des-
de o primeiro comunicado do
surgeoii general (assessor da
presidência dos EUA para as-
suntos médicos) sobre fumo e
saúde, mais de 40 milhões dc
americanos abandonaram o hábito. Mui-
tos outros tentaram, mas, como Bcnnett,
fracassaram. Dos 51% de americanos que
fumam, estima-se que de 75% a 85% gos-
tariam dc deixar o hábito, mas por um
motivo ou outro não conseguem.
Com os arrasadores indícios dc que fu-
mar faz mal e a imensa publicidade dada
ao fato, por que tanta gente acha pratica-
mente impossível abandonar um hábito
potencialmente letal?
O que os neurocientistas estão consta-
tando é que as pessoas que têm dificuldade
para deixar dc fumar são diferentes das que
podem jogar fora seu último maço sem
olhar para trás. Sabe-se que a nicotina — o
agente condicionante do tabaco — exerce
poderosa influência sobre o comportamen-
to. Pode ajudar algumas pessoas a conecn-
trar-se e atuar melhor. Fumantes falam de
uma sensação de euforia sempre que accn-
dem um cigarro e puxam a primeira traga-
da.
Para a maioria dos fumantes de cigar-
ros, o hábito geralmente começa cedo na
vida. Sessenta por cento deles, segundo
dados do governo americano, já fumavam
aos 16 anos, e 90% aos 21. E quando uma
poderosa droga como a nicotina é inalada
200 vezes por dia a partir da adolescência
— período de grande convulsão hormonal
e psicológica — a sua ação logo se cntrela-
ça com a personalidade do fumante, e ter-
mina tornando-se inseparável.
"Temos
aqui uma droga que nos faz
atuar melhor, nos ajuda a concentrarmo-
nos cm tarefas longas e tediosas ", diz o
Dr. John Hughes, professor-assistente de
psiquiatria da Faculdade de Medicina
Universidade de Vermont. "A gente a to-
ma quando jovem, usa-a durante 30 anos e
passa a depender dela para se concentrar.
Quando pára. perde a capacidade de con-
centrar-se sem essa ajuda".
Depressão — O mais impressionante
Wilson PodroBO-02/10/B7
Quanto mais distantes dos focos dc radia-
ção, mais elas se negam ao exame.
A escolha das pessoas é feita aleato-
riamente. Por isso, após a coleta do san-
gue, a psicóloga volta para preencher um
questionário com o voluntário. O questio-
nário permite saber se a pessoa tem outras
razões para a presença de micronúcleos
nas suas células, como, por exemplo, o uso
de substâncias que possam ser responsabi-
lizadas pelo aparecimento das aberrações.
A pesquisa, que usa técnicas inédi-
tas no Brasil, deverá ser feita também,
com outros objetivos, pela genetieista íris
Ferrari, de Brasília. Ela pretende aplicar a
técnica ao estudo dc populações de garim-
pos contaminados por mercúrio.
Segundo Valtcr Toledo, a qualidade
dos exames realizados é excelente. Mas ele
acha prematuro tirar qualquer conclusão,
mesmo porque ainda nâo existem os da-
dos comparativos necessários. Adianta,
porém, que cm algumas das pessoas exa-
minadas encontrou um número de micro-
núcleos superior ao descrito como normal
pelos geneticistas australianos Michael
Fencch c Alexander Morlcy. Para eles,
a indicação de normalidade seria a presen-
ça de micronúcleos em oito a 10 células cm
cada grupo dc 1.000.
Massarani
IM \ com câncer no seio, que têm alta rapidamente. Am-
\. --f.:y ÍSfvSÍ?*
'J#xTi I tipo Yag, de neodimio (só existem dois aparelhos no
é a relação entre o fumo c a depressão. Os
ex-fumantes parecem passar por algumas
mudanças fisiológicas ligadas a problemas
psiquiátricos.
"Esse
é um dos sinais da depressão",
diz Hughes. "Além disso, quando a gente
está deprimida, o tempo entre o momento
em que se adormece e o primeiro sonho
torna-se menor. Quando se pára de fumar,
acontece a mesma coisa".
Outros indícios da ligação fumo-de-
pressão foram comunicados no ano passa-
do pelo Dr. Alexander Glassman, psiquia-
tra da Universidade de Columbia c chefe
de psicofarmacologia clínica do Instituto
Psiquiátrico do estado de Nova Iorque.
Num estudo destinado a testar o valor da
clonidina, uma droga que reduz a pressão
sangüínea, para ajudar os fumantes invete-
rados a abandonarem o hábito, ele consta-
tou que os fumantes apresentavam quase
10 vezes mais probabilidades de ter um
histórico de depressão que os não fuman-
tes. Também constatou que os fumantes
deprimidos tinham apenas metade de pos-
sibilidades
de deixar de fumar do que os
que nâo tinham histórico dc depressão.
Outros pesquisadores examinam se a
nicotina cm forma não inalada, como o
chiclete de nicotina, é um substituto do
cigarro útil para pessoas com problemas
especiais para deixar de fumar.
"O fato dc
que algumas pessoas podem
deixar com facilidade nâo significa que elas
sejam moralmente mais fortes", diz Glass-
man. "Estamos constatando que há certos
fatores com os quais nascemos que pare-
da cem mudar nossa susceptibilidade a dro-
gas. e isso inclui a nicotina".
Em outras palavras, os mais suscepti-
veis — que podem incluir aqueles com uma
predisposição genética â depressão — pa-
recém ter mais dificuldade para deixar de
fumar.
Consultório
As viroses
Febre, dor do cube-
ça, dores no corpo c
indisposição, sem u co-
ri/a que caracteriza us
«ripes, sfio sintomas
freqüentemente dinu-
nosticsidos como vir»-
se. Esse diagnóstico parece vago c pode "ali
frustrar o paciente. Afinal, que são as viroses?
Quem responde 6 Waldincz Limo dç Oli-
veira, diretor do Hospital da Lagoa c proles-
sor dc farmacologia da Universidade do Esta-
do do Rio dc Janeiro:
_ As viroses são quadros sintomáticos que
não têm uma definição especifica, como ou-
Iras doenças causadas por virus (Aids, saram-
po, gripe, algumas hepatites,'etc), sendo por
isso catalogadas como viroses inespecillcas.
pelos códigos internacionais de Medicina. O
diagnóstico virose não é de maneira alguma
negligente ou vago. I- uma classificação medi-
ca normal para um conjunto de sintomas cuja
avaliação clinica e laboratorial não indica a
presença de baelérias ou outros agentes detec-
laveis nos exames simples de laboratório. A
detecção e identificação desses virus poderiam
ser feitas numa análise laboratorial mais apu-
rada, em instituições especializadas. Porém es-
sas análises não são feitas corriqueiramente
por serem custosas e demoradas. Quando o
resultado de um exame desse tipo fica pronto,
o doente já sarou, pois essas viroses são debe-
ladas rapidamente pelo próprio organismo,
sem maiores problemas.
E raro acontecer um desvio no curso
das viroses incspccíficàs, mas existem casos
em que a debilidade momentâncapor elas cau-
sada favorece a entrada de outros microorga-
nismos no metabolismo do paciente, podendo
ai surgirem complicações. Mas são casos
raros.
Sc a doença apresenta comportamento bc-
nigno (sintomas suaves c de curta duração,
sem conseqüências incapacitamos) não há ne-
cessidade de providências dc saúde pública, '
Caso contrário, o procedimento médico cor-
reto seria encaminhar material para os sofisti-
cados exames, que só podem ser feitos em
algumas instituições, como a Fundação Os-
waldo Cruz, com a finalidade de apurar as
possibilidades endêmicas daquela virose.
As viroses ocorrem com mais freqüência
no verão, quando os microorganismos se de-
senvolvem com maior velocidade. Além disso,
as mudanças bruscas de temperatura, fre-
quentes com o entra-e-sai dos ambientes com
ar condicionado, podem debilitar os organis-
mos mais frágeis. Os virus responsáveis pelas
viroses incspccificas podem estar, como os da
gripe, no ar. Ê difícil evitá-los. Quando a
virose ataca, o conselho médico é repouso, ali-
mçntação leve (para não sobrecarregar o or-
ganismo, já ocupado na luta contra a virose),
muito liquido e, se houver febre alta e muita
dor, antitérmicos e analgésicos.
Uso médico do laser
causa controvérsia
nos Estados Unidos
O médico Vijay Maker opera com seu bisturi
mágico: raios laser que fecham os vasos sangüíneos,
matam as bactérias e reduzem a dor. Já Philip
Morris utiliza os mesmos raios para operar pacientes
bos fazem parte dc um número cada vez maior de
profissionais — incluindo muitos brasileiros — que
utilizam os raios laser para fins cirúrgicos, hoje
motivo de intenso debate nos Estados Unidos.
Existem três tipos dc laser para uso medicinal. Os
três agem, fundamentalmente, por ação térmica. Os
raios dc dióxido de carbono, que não existem
no Brasil, aquecem uma fina camada dc tecidos até
que as células se desintegram. É considerado rudi-
mentar por alguns médicos, como Maker. Os do
Brasil, ambos em Sâo Paulo), são preferidos por
Morris, do Centro de Cirurgia de Santa Rosa, Ca-
lifómia. Esse tipo é considerado melhor para fins dc
coagulação, mas penetra mais profundamente no
tecido, podendo atingir pontos indesejados. O tercei-
ro tipo é o laser dc argònio, menos potente e de largo
uso cm oftalmologia, inclusive no Brasil.
Albert Einstein foi o primeiro a conceber os raios
laser, há mais de meio século, mas só na década de 60
começou a ser viabilizado seu uso clinico. Os oftal-
mologistas foram os primeiros a utilizá-los ampla-
mente, para tratar várias doenças, de descolamentos
de retina a glaucoma. Segundo o oflalmologista
Mário Mola, da Clinica Sorocaba, no Rio de Jane!-'
ro, uma das vantagens do laser de argònio, que no
Brasil custa cerca de 50 mil dólares, é a possibilidade
dc alterar a intensidade da luz através da mudança
de cor, pela troca dos filtros especiais.
Em neurocirurgias, o laser é usado quando o
acesso ao ponto desejado do cérebro é muito compli-
cado com instrumentos comuns. Em ginecologia,
geralmente o raio é aplicado em cauterizações no,
colo uterino. Em oiorrinolaringologia, serve para
caulerizar pólipos nas cordas vocais e excessos de.
mucosa nasal. Os oncologistas usam o laser para
remover tumores em diversas partes do corpo. Em
dermatologia, o raio é útil para remover tatuagens e
sinais de nascença.
Segundo o Dr. Pedro Paulo Sá Earp, da Clinica
Sorocaba, o uso do laser em urologia é vantajoso
sobretudo para a eliminação de grandes condilomas
(cxcrcscéncias) no pênis, o que ainda nâo é feito no
Brasil.
Em oftalmologia. o uso do laser já é considerado
essencial. Segundo Mário Mota. da Clinica Soroca-.
ba, as doenças oftálmicas mais tratadas com laser
são alguns tipos de glaucoma, retinopatia (deficién-
cia vascular na retina causada por diabete), doenças
da mácula (a região central do olho), oclusões vascu-
lares, rupturas de retina c alguns tumores. É usado
também para eliminar manchas no globo ocular.
O Dr. Mário Mota trata uma média de 10 a 15
pacientes por semana com um aparelho laser de
argònio.A maior parte dos tratamentos é feita cm.
consultório, em sessões de 15 ou 20 minutos, e não
exige preparo especial do paciente. Algumas gotas de
colírio anestésico são pingadas no olho minutos
antes da aplicação. O doente fica sentado, com a
cabeça encaixada no aparelho de exame oftalmológi-
co adaptado com o laser. Um focalizador manual é
colocado cm posição, sen indo também para manter
o olho aberto. O raio é regulado em miliwatts (potén-
cia mil \ezes menor do que o watt. medida das
lâmpadas comuns), de acordo com o caso ou com a
protundidade a ser atingida. Quando o ponto exato a
ser tratado é focalizado, o médico aciona o raio. que
pode cauterizar o tecido, eliminar coágulos e entupi-
mentos vasculares, perfurar a iris para liberação de
humor aquoso, entre outras aplicações. ,
 Nfto podo sor vondldo Boparadomonlo
Rio do Janeiro — Segundn-lelra, 20 de lovorolro do 10B9
(ioIcíkIíi dos

Esportes
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Salvador em festa tem ponto facultativo

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\W-'- mesÊeSm llift t^l k- ¦ ¦'- - ; JHI Hk: H^l^líSi! M^^ .^BÉ^I ^H&. <^H HèH KjflfiJK^H Wp ânfl^, " $&,& $ma BH^^^^^^^^^^^^^»È^^^Í^* ¦ ¦£

no carnaval e intensifica tia campeão brasileiro

iJSSXSp iniciada

Raimundo Lima e Luiz Faustino Por que parou? Parou por que? A Bahia não
Gaúcho aplaude baiano
SALVADOR — O prefeito Fernando José vai
A música está Somos a voz do campeão.
pára. "Quem
soletrou no baba, beabá, Bahia/jogou Juarez Porto
quena torcida do Bahia
— cerca de
600 pessoas —, que estava no estádio.
decretar ponto facultativo hoje na capital e o "Quero dedicar esse título a todos os
com bola e coco, fez a alegria/ dessa galera que assim PORTO ALEGRE — Desalen-
governador Waldir Pires almoça com toda a delega-
ção do Bahia — dirigentes, comissão técnica c
pronta para gritou:/ mais um que um é pouco/ pro nosso tricolor
(...)/ Quem vacilou vai dançar/ no trio elétrico de
tados, aos colorados só restou aplau-
baianos, a todos aqueles que nos
prestigiaram", afirmou, com a voz
jogadores — na próxima quinta-feira, comemoran-
do o título de campeão brasileiro da equipe baiana.
comemoração Bobó e Osmar/ agita bandeira/ e grita pra toda a
nação/ torcida brasileira/ Bahia, Bahia, Bahia Cam-
dir a festa baiana no Beira-Rio, num
reconhecimento à superioridade do
embargada. Sempre chorando, apa-
nhou a taça e correu pelo campo, sob
Ontem pela manhã, o governador telefonou para o Foram 30 anos de espera. Eu era menino, lá em "Trio-color Bahia", uma adversário. No vestiário do Bahia, um
peão. (Trecho da música enorme e nojento despacho — com
aplausos até dos colorados, que per-
técnico Evaristo de Macedo e o convidou para o Ipuaçu, interior da Bahia, 2 a 1 em cima do Santos, mistura de frevo, lambada e fricote, composta por maneciam nas arquibancadas.
almoço, qualquer que fosse o resultado da decisão. com Pele c tudo. Ouvi o jogo pelo rádio e me lembro Moraes Moreira e Béu Machado após o primeiro velas, galinhas pretas e pés de cabrito,
Já o meio-campo Bobó elogiou o
Para Waldir Pires, o vice-campeonato já seria um que houve até missa em ação de graças pela vitória. jogo, quarta-feira, na Fonte Nova. O cantor gravou a que exalavam insuportável mau chei- estímulo dado pelo técnico Evaristo
grande feito.
Aí começa a minha paixão pelo Bahia. A música sábado, em seu estúdio "República da Músi- ro — não abalou a euforia de jogado-
de Macedo. "Ele acreditou em nós,
Depois de torcer pelo Bahia no Palácio de gravação que fiz do seu hino com o trio elétrico de ca", no Rio, e viaja hoje para Salvador, onde vai res, dirigentes c do técnico Evaristo
Dodô e Osmar, foi momento importante do meu distribuí-la entre as rádios.) de Macedo, que só tinha uma palavra: foi um verdadeiro líder do time e nos
Ondina, ao lado de parentes e amigos, o governador "Nosso esforço de um ano foi recom- transmitiu toda a confiança para che-
"Foi um título conquistado. O namoro com esse time que encarna o espírito do povo
comentou, eufórico : baiano, a sua raça, e, acima de tudo, a sua fé. Assim é Ari Gomes — 08/03/82 garmos ao título." Escolhido pela im-
Bahia mereceu. Jogou com muita garra, decisão c pensado e, agora, somos o grande
luta. Aliás, o time veio fazendo uma jornada com
esse novo time do Bahia. Mistura de fé, futebol e campeão brasileiro, queiram ou não." prensa gaúcha como melhor em cam-
arte. po, contra o Inter, Bobó se"esta mostrou
muita determinação. Demonstrou boa unidade e Venceu o futebol brasileiro e seu estilo, pois não Lamentou, porém, que os joga- modesto, comentando que vitó-
boa articulação, o que é fundamental. E um cam- é pela força física e sim pela capacidade de criação e dores não possam desfrutar por mais ria não é só minha, ninguém trabalha
peão legítimo e um legítimo representante do fute- improvisação, características essenciais do nosso fute- ^•Mm WÈÈ*^M^Mx$n£m mm%& tempo as glórias do título, pois ama-
**í isoladamente, todos os jogadores
boi brasileiro. boi, que se ganha o jogo. nhã já estarão disputando a Taça mostraram muita garra no campo".
Após acertar os resultados dos dois jogos Valeu, terreiros e catedrais. Valeu a energia da Libertadores: "Não vai dar para fazer
anteriores (2 a 1 para o Bahia), Waldir Pires torcida do Bahia, camisa número 12. muito carnaval, porque já vamos nos O zagueiro Newmar, que entrou
também fez um prognóstico correto da partida de A essa altura, o novo técnico da seleção brasilei- concentrar para o próximo jogo." no lugar de Claudir, vibrava com sua,
ontem, ao anunciar, desde o dia anterior, que o ra deve reconsiderar os seus conceitos e ver que o Para ele, o Bahia só não marcou dois segunda vitória no Campeonato Bra-
resultado, no tempo regulamentar, seria empate, caminho certo está nos pés e na cabeça de quem sabe gols
"porque Taffarel é um
goleiro sileiro — a outra foi pelo Grêmio. Em
sem arriscar um marcador exato. Agora, acredita o jogar futebol. Vamos jogar por música. Ao Inter, muito bom". meio à animação, observou: "Se de;
governador, o Bahia tem todas as condições de se apenas restou dançar ao som do trio-color de Bobó e Para a próxima partida, Evaristo pois de eu entrar, o Inter tivesse feito
sagrar campeão da Taça Libertadores da América. Osmar, Zé Carlos, Paulo Rodrigues e todo o time do Mnrõõc
IV1UFclt79 IT/loreira
n 6 compositor, baiano e
não pretende fazer modificações no um gol, minha carreira estava termi-
"Afinal, esse é um sinal da recuperação do futebol Bahia. torcedor do Bahia time, à exceção de Newmar no lugar nada." Acrescentou: "Seguramente,
£, brasileiro", exultou.
,j<- do lesionado Claudir. "O time está a torcida me crucificaria, se a gente
A festa — Sc através de donos de restauran- muito bem entrosado, com rendimen- tivesse perdido."
tes, ou mesmo de torcedores mais fanáticos, foi feita to que, até há bem pouco tempo, O Bahia permanece no capital
alguma preparação, na esperança de conquistar o rior. Só quem sabe o que um Grcnal representa para
poucos acreditavam." Observou que gaúcha até quarta-feira. Hoje, os jo:
título de campeão brasileiro de 88,29 anos depois da
conquista da Taça Brasil, por parte do Bahia não
Na derrota gaúcha, a ala gaúcha pode entender o que foi aquela vitória, e
suas naturais conseqüências. Mas jogar de ressaca e,
muitos achavam que a equipe não
"Agora gadores seráo poupados, mas haverá
chegaria sequer às semifinais. treino à tarde para os reservas. O
houve qualquer programação. A diretoria do clube,
que sempre abre sua sede social na Boca do Rio
as três piores mesmo assim, segurar um empate que interessa
também faz parte de saber chegar. Não há desculpas. estamos aí, com a taça na mão, e
vamos buscar mais outra."
técnico Evaristo de Macedo não quis
falar sobre a perspectiva de se transfe-
Não fui ao jogo, e foi a primeira vez que deixei "À
para comemorar qualquer título, não o fez ontem. O rir para o Guarani, de Campinas:
carnaval aconteceu no Farol da Barra, que nos coisas do futebol de ir a uma final nacional no Beira-Rio. Não vou
dizer que houve premonição. Não vou dar uma de
O atacante Zé Carlos não conse-
guiu controlar a emoção e desandou a hora é de comemorar, nâo de falar em
últimos anos vem competindo com a Praça Castro chorar, ajoelhando-se diante da pe- sair do Bahia." —„
Alves como centro da folia baiana. Só depois de A pior coisa, no futebol, é perder. A segunda profeta do acontecido. Mas sabia que não seria um
terminada a partida, apareceram os primeiros trios pior coisa é não ter desculpas. A terceira pior coisa é jogo para cardíaco. Torço quieto, incentivando meu
elétricos, e a comemoração entrou pela madrugada.
Uma das maiores concentrações de torcedores
ter que reconhecer isto, por escrito. O Internacional
perdeu para um time melhor. Ponto. Os dois times
time apenas com movimentos imperceptíveis das
sobrancelhas. Quer dizer, sou o tipo do torcedor que, O tetra escapou antes
do Bahia para assistir à final contra o Inter aconte- vão jogar de novo (incrivelmente) amanhã, pela Taça quando explode, explode mesmo. Teriam que buscar
Libertadores, e pode ser até que o Inter ganhe essa. meu coração lá no fosso. Preferi assistir pela televisão zemos tudo. náo houve individualis-
ceu no Bar e Restaurante Minha casa, próximo ao Pode ser que nos próximos dez jogos contra o Bahia o c pelo menos explodir entre familiares. Mas também Antônio Matiello mo e o resultado foi justo. O Bahia
Largo de Amaralina. Ali, com um telão instalado, o Inter ganhe todas. Mas o fato é que é necessário um náo fui ao jogo porque sabia, depois do jogo de Velório. Não podia ser outro o mereceu."
proprietário, Alberto Lira, pensou em receber 80 talento específico, uma competência especial, para Salvador, qual dos dois era o time de chegada. E não clima no vestiário do Internacional, Abel comentou que a luta contra
pessoas, mas antes mesmo de começar o jogo os 100 ganhar uma final de Campeonato Brasileiro. Um era o Inter. Desgraçadamente, não era mais o Inter. após o jogo em que a equipe perdeu o relógio no final levou o time todo à
lugares disponíveis já estavam todos tomados. Aos talento e uma competência que às vezes até indepcn- em casa o tetracampeonato brasileiro frente, permitindo ao Bahia ameaçar
retardatários, restou a comemoração cm cima de dem do futuebol. O Bahia teve, o Internacional não Jurandir Silveira — 11/01/89 o gol de Taffarel nos contra ataques.
mesas e cadeiras, à base de muita cerveja e tira- pelo qual tanto lutou em seis meses de "O Bahia administrou bem o empate,
teve. Desta vez. competição. Em meio à tristeza geral,
gostos. É preciso não esquecer — estou catando conso- a constatação unânime: o título do fez cera e se deu bem." Abel demons-
Pela manhã, como que prevendo a conquista trava desânimo ao falar da reapresen-
do Campeonato Brasileiro, o trio elétrico da banda los — que chegar a finais de campeonatos brasileiros Bahia foi conquistado na Fonte Nova
é uma rotina para o Inter. Chegamos a elas bocejan- e apenas confirmado, ontem. tação hoje. para o jogo de amanhã,
Frutos tropicais desfilou entre o Farol e Porto da do. O quê? De novo? Esta foi a quinta. E ganhamos contra o mesmo Bahia, pela Liberta-
Barra, arrastando centenas de foliões, que mistura- Todos concordavam também que
Bahia com três delas justamente por essa coisa um pouco vaga e o ambiente tenso estabelecido no gru- dores da América.
vam os diversos hinos do Esporte Clube "É campeão", difícil de definir que é ser um time de chegada. Pelo menos houve solidariedade
músicas carnavalescas, aos gritos de po apó^ o primeiro jogo inluiu no mau
"É tricolor". Porque, num campeonato brasileiro, tão importante rendimento do time na segunda parti- Ao final do jogo. a torcida, que não
Carros buzinando sem parar, bandeiras espa- quanto a viagem é saber chegar. O Bahia soube. Fez da. O técnico Abel disse que só faltou lotou o estádio, aplaudiu o time e
o que tinha que fazer. O Internacional sabia, por o gol para que o time levasse a decisão esperou a saída de todos os jogadores,
lhadas pelas janelas dos apartamentos e um movi- experiência, o que tinha que fazer, e não fez. Perdeu.
mento inusitado de pessoas deixando suas casas cm para a prorrogação, retomando a van- gritando seus nomes, pedindo auto-
Ponto.
direção ao Farol da Barra. Era o clima observado na tagem do empate. "Essa é a nossa grafos e cantando o hino do clube
cidade, logo depois da partida. Está bem. está bem. eu podia dizer que o Inter equipe, com garra, determinação. Fi- Um canto triste.
Em menos de uma hora, o até então deserto perdeu o primeiro jogo, em Salvador, porque ainda
estava numa ressaca emocional, depois da vitória Luis Fernando Veríssimo é escritor, gaúcho
Farol da Barra ficou pequeno para tanta gente que
até lá se dirigiu, aproveitando para esticar ainda
épica, histórica, contra o Grêmio, no domingo ante- e torcedor do Internacional Mais Internacional x Bahia na última página
mais o carnaval baiano.
2 O Esportes 0 segunda-feira, 20/2/89 t JORNAL DO BRASIL

Xadrez lluslcii Simonsen

Loteria m "Campeonatos
Botafogo/RJ x Flomongo/RJ ^-ill!*
? Mnrncnnft
OOTAFOQO FLAMENGO estaduais"
07.12 —— 0*0 Amóricn — N 11.13 —— 2 x 0 Danou—— N
00.12 — 2x0 Criciúma —— F 15.12 0 *0 Gomn F — Com os resultados abaixo, terminaram os
14 ,12 —0x0vi x 0 Guarani — C III 12 — 2 * 0 Allõllco MQ C
10 12 — Santo» F 20,12 —— 0 x 0 Grômla —— F eventos oficiais da FEXERJ para o ano de KK.
29.01 — 4 x 0 Sul. Nova —FrlbUfQO - 02.02 0 x 1 Orflmlo C
1? 01 — 1x0 Amóricn N — 13 02 —— 2 x 1 Palmoiras — —F Os dois Campeonatos foram jogados no mês
10 01 3 x 0 Nuva Cldadu C 10 02 — 0 * 0 Porto Aluyro C
11) 02 4 * 2 Unnou — N passado, de 7 a 17, na sede cio Tiiuca Tênis
COTA(,'()KS Clube, c terão suas partidas publieadas no
COLUNA I Q0%) COLUNA X (•III';?.) COLUNA 2. (3(19?) Boletim Oficial da FEXERJ.
Vasco/RJ x Porto Alegre/HJ
SAo Jnnuàrio Campeonato Estadual de Jovens 88
PORTO ALEGRE
—11.12 — 0x0 Ounrnnl — 10.11 — 0 x 2 Donportivn ——CF Reunindo 15 jovens exadristas, sob arbi-
15.12 —1x0 AmAricn —— 22 11 — 0 x * V. Rodondn — tragem de Eduardo Arruda da Gama de Aze-
10.12 — 3 x 2 Criciúma 2.1.11 — 0 x 1 V. Rodondn — C
29.12 — 0 x 1 Flumlnonao —— 26 11 — 1 x 0 Dosixjitivn F vedo Cunha, a prova foi disputada pelo sistema
01.02 —— 2 x 1 Flumlnonso — 30.11 ——0x3 Esportivo —— F suiço a 7 rodadas. Nas primeiras colocações
11.02 1 x 0 V. RodondB 16.02 0 x 0 Flnmnngo F
19.02 — 2x0 Cnbolrlonüo — 10.02 — 2x0 Olnrla — F chegaram: Io) José Eduardo Bastos de Oliveira
' COTAÇÕES Maia (AABB-iL) 5,0 (28,5): 2")Fldvio Marques
COLUNA I (hOOf) COLUNA X (20%) COLUNA 2 (20%) da Silveira (ALEX) 5,0 (CD + ); 3°) Ricardo
Americano/RJ x Amórica/RJ de Souza Barata (TTC) 5,0 (CD-); 4°) Nilton
El ERICANO Campos Rosa de Oliveira Jr. (ALEX) 4,5 pts; 5o)
^AMI AMÉRICA
15.12 — 0x1 Intor/SP —— F 04.12 — 1x0 Sanla Cruz— — C Mareio Gomes Monteiro (AABB-L) 4,0 pts;
—
17.12 0x1 P.Proln — C 07.12 — 0x0 Botafogo — N 6°)Paulo Moses Fucs (ALEX) 3,5 (27,5); 7o)
28.01 — 1x2 Náutico —F F 11.12 —— 0x1 Corlllbn— C
3101 — 0x3 P.Proln — 15.12 0x1 Vasco — F Raimondo Bottari (ALEX) 3,5 (24,0); 8o)
02.02 —— 1x1 Inlor/SP C 10.12 — 1x2 Bahia —F
12.02 2x0 Nova Cidado—— 12.02 — 0x1 Botafogo —N Carlos Cleto (CRVG) 3,5 (23,0) e mais 7
—
19.02 2x0 Flumlnonsu F 19.02 — 2x0 V. Rodonda F
COTAÇOES participantes com menor número de pontos na
COLUNA I (40%) COLUNA X (30%) COLUNA 2 (30%) classificação.
Goiânia/GO x Vila Nova/GO As surpresas do Campeonato ficaram por
? Goiânia conta de José Eduardo Maia e Ricardo de S.
GOIANIA VILA NOVA Barata, que tiveram atuações de destaque.
03 07 —— 0x2 Allólico — —N 30.06 — 2x3 América — C
06.07 — 2x0 Rio Vordo — F 03.07 —— 0x1 Goiatuba— — F Barata, ao perder na última rodada para Flávio
10.07 — 4x0 Jataionso — C 10.07 0x3 Goiás N
17 07 0x1 Anápolis C 17.07 — 0x1 Itumblara—— F Marques, deixou escapar o título que consegu-
30.09 — 2x3 Nova Vonoza — F 16.08 — 3x1 lloboral F
ria com apenas o empate, de forma isolada! As
COTAÇÕES •• # outras surpresas foram as atuações do campeão
COLUNA 1 (30%) COLUNA X (40%) COLUNA 2 (30%) Gay Cliarm, conduzida por Goncinha, domina Bella Bay com grande categoria de 87, Carlos Cleto, e de Raimondo Bottari,
Atlético/PR X Maringá/PR cotados como favoritos dessa prova. Ambos
CD Curitiba
terminaram com 50% dos pontos.
ATLÉTICO MARINGÁ —F
04.12 —— 1x2 Flomongo —— F 26.10 — 2x4 Botafogo/SP Gay Charm revive na tríplice
08.12 — 1x1 S. Paulo— C 29.10 — 0x0 Inlor/SP — —F Campeonato Estadual
11.12 1x1 Goiás C — 02.11 — 1x0 Uberlândia— C
15.12 —— 0x0 Atlótico MG— F 05.11 — 2x1 Oporário —C Feminino 88
10.12 0x1 Intor/RS C 09.11 —— 1x0 AtlôticCGO— C
19.01 — 2x0 Operário — F 19.01 3x0 Cascavel F
do Mondesir Somente 7 jogadoras disputaram o título de 88 no.
coroa as
COTAÇÕES glórias Tijuca Tênis Clube, que teve por árbitro Eduardo
COLUNA l (50%) COLUNA X (30%) COLUNA 2 (20%) Arruda. Desde as primeiras rodadas ficou claro que a
Blumenau/SC X Joinville/SC A cgua Gay Charm reviveu ontem deram e vaiaram Goncinha injusta- 8? Páreo: 1" Via Volta C.Lavor 2o Sollama- luta pelo campeonato estava restrita entre as enxadris-
Blumenau à tarüe no Hipódromo da Gávea a fase mente. Gay Charm e ele estiveram giore J.Ricardo 3" La Strega J.Pessanha
? áurea da Fazenda Mondesir, compro- igualmente soberbos. venccdor(2)2,5 inexata(23)10,3 places(2),8 tas Eliane e Angela.
BLUMENAU — JOINVILLE —C
16.11 — 0x1 União Sào—Joáo C 01.12 —— 2x0 Americano vando o período de recuperação de um 1" Páreo: I" Pclecho C.Lavor 2o Tamc Ouy (3)3,1 dupla-exata(2-3)12,0 triexata(2-3- Classificação final: Io Eliane Penha da Silva (CRF)
20.11 —— 1x1 S. Andró C 03.12 — 0x2 Caxias — F— dos mais tradicionais campos de cria- J. Pessanha venccdor(3)l,6 incxata(13)I,5 9)36 tempo: 74s4/5
23.11 — 2x1 União São—João — F 05.12 0x0 Americano— F 9" Páreo: Io Mac Halley M.Cardoso 2o Go 5,5 pts; 2o) Angela dos Santos Pinha (TTC) 5,0 pts; 3o)
27.11 1x2 S. Andró — F 07.12 — 0x3 P. Preta F ção do turfe nacional. Conduzida com placês(3)l ,0(1)1,0 dupla-cxata (3-1) tempo: Marcelle Anne A.C.T. de Soares (CRF) 3,5 pts; 4o)
30.11 —— 1x2 Brusquo C — 09.12 — 0x3 P. Prota—— F . classe e malícia por Gonçalino Feijó de 83s4/5 Safety E.O.Ferreira 3" Via Magna C.Lavor
19.02 1x1 Chapocoense F 09.12 —— 2x1 Caxias— C 2" Páreo: Io Lysandre J. Pessanha 2o Fakrc- vencedor(5)3,3 inexata(15)49,3 places(5)2,0 Monique Kamila Moura Srivastava (CRF) 3,5 pts; 5o)
19.01 2x0 Aval F Almeida e apresentada em perfeita
COTAÇOES forma por Eduardo Caramori, venceu din G.F.Almeida 3o Fascinado E.S.Rodri- (1)4,9 dup!a-cxata(5-l)718 triexata(5-l- Virgínia L. Moutinho dos Reis (CXG) 2,0 pts; 6°)Da-
COLUNA 1 (30%) COLUNA X (40%) COLUNA 2 (30%) gues vencedor(6)l,2 inexata(36)2,5 pia- 4)522 tempo: 81s4/5 nielle A.C.T. de Soares (CRF) 1,5 pts e 7o) Lais Pinha
com categoria o Grande Prêmio Hen- cês(6) 1,0(3)1,0 dupla-exata(6-3)3,3 triexata 10" Páreo: Io Kit Light J.B.Fonseca 2o
Roma/IT x Bologna/IT rique Possolo, Ia prova da tríplice Magal L.A.Alves 3o Lavardin J.Ricardo (TTC) que não inaugurou o placar.
? Roma coroa de éguas. (6-3-5)28 tempo: 97s3/5
ROMA BOLOGNA 3° Páreo: 1" Soyance C.Lavor 2o Anamita vencedor (11)2,0 inexata(l 12)7,9 pia- A campeã e a vice terminaram invictas!
-
08.01 1x3 Juvontus - 00.01 — 0x1 Intornazionalo —F A vitória da filha de Ghadeer em G.F.AImeida 3o Ana Care U.Maireles ven- ces(l 1)1,5(2) 2,0 dupla-exata (11-2)6,6 trie-
15.01 - 0x1 Lazio —— N 15.01 —— 2x1 Lecco —— C Virga teve sabor de nostalgia. E, após cedor(4)3,2 inexata(47)4,0 xata(l 1-2-8) 24 tempo: 81s2/5
22.01 —— 1x3 Milan C— 22.01 0x0 Verona C pia- Estadual Relâmpago 88
29.01 2x2 Fiorentina F 29.01 —— 1x3 Pescara ——F o páreo, muitos turfistas relembraram cês(4)l ,7(7)1,3 dupla-exata(4-7)9,4 triexata
05.01 —— 0x0 Vorona —— C 05.01 — 1x0 Fiorentina C as inesquecíveis Bretagne e Cisplatine, 90s4/5 I—| O veterinário Flávio Siqueira,
12.01 — 2x2 Atalanta — F 12.01 1x1 Milan —— F (4-7-8)42 tempo: — responsável pelo atendimento Jogado na sede do TTC, no último dia 25, a final
19.01 1x3 Pescara C 19.01 — 1x0 Pisa C que ganharam, também em finais erno- 4" Páreo: Io Allied A.Machado 2o Lico- do Campeonato Estadual Relâmpago foi jogado no
COTAÇÕES cionantes, os Grandes Prêmios São Fletc M.Cardoso 3"Tropical Kiss J.Queiroz dos animais do Haras Santa Maria de sistema shuring sob arbitragem de Carlos Cleto, com 11
COLUNA l (60%) COLUNA X (20%) COLUNA 2 (20%) Paulo de 1985 e 1986, respcctivamen- vencedor(6)2,0 inexata(36)8,l placés Araras, acredita na presença de
te. Gay Charm, ontem à tarde, não (6)1,6(3)2,6 dupla-exata(6-3)16,l tricxata(6- Troyanos na Trump Cup. Explicou participantes.
Napoli/IT X Lecce/IT 3-4)32 tempo: 58s
Napólis ficou devendo nada às antigas craques ontem à tarde que o Filho de Vacilante O título ficou para Nilton Rosa de Oliveira Jr
0APOLI LECCE da mesma farda. H Páreo: 1° Eryngium M.Ferreira 2o Just II tem problema crônico no casco e (ALEX) que somou 8,5 pts, seguido por David José
25.01 — 1x3 Ascoli —— F 00.01 —— 1x0 Pescara —— C Gonçalino Feijó de Almeida este- Jane R.Rodrigues 3" Always Champion
29.01 — 4x1 Ascoli C 15.01 1x2 Bologna F L.A.Alves venccdor(3)9,2 inexata(39)7,l sempre sai da raia ligeiramente senti- Sokolik (AABB-L) com 7,5 pts, Flávio Marques da
01.02 —— 2x0 Pisa —— F 22.01 — 0x0 Fiorentina— — C ve perfeito. Correy Gay Charm nas do após as corridas: "Como eu não Silveira (ALEX) 7,0 pts, Marcelo Einhorn (HSCER)
05.02 1x0 Pisa — F 29.01 — 2x3 Cesena — F últimas posições para aproveitar o places(3) 1,4(9)1,1 dupla-exata(3-9)14,l
08.02 — 1x0 Pisa —C 05.02 —— 2x1 Atalanta— C triexata(3-9-7)176 tempo: 56s4/5 estava presente no momento em que o 7,0 pts, Alberto de Azeredo Santos (AABB-L) 5,0 pts,
12.01 — 3x2 Como —C 12.02 — 0x0 Torino — F train de corrida alucinante movido por cavalo saiu da raia, algumas pessoas
19.02 — 1x1 Atalanta 19.02 0x0 Vorona C Tea For Me. Na segunda metade da 6" Páreo: Io Gay Charm G.F.Almeida 2o Ricardo da Silva Teixeira (TTC) 5,0 pts, Carlos Henri-
Bella Bay F.Pcreira 3U Foolish Girl E.S.Go- se assustaram. Mas tenho certeza de que Batista Fontes (ALEX) 4,0 pts, Dijalma Baptista
COTAÇÕES grande curva se aproximou por fora. mes 4o Tea For Me C.Lavor vencedor(2)2,3
COLUNA I (70%) COLUNA X (20%) COLUNA 2 (10%) Quando percebeu que a única adversá- que ele estará de volta na Trump Caiafa (ALEX) 3,5 pts, José Eduardo Bernardo dos
inexata (24)11,1 places(2) 1,2(4)2,1 dupla- Cup", esclareceu. O treinador Wil- Santos (ALEX) 3,0 pts, Flávio Anand Moura Srivasta-
Oviedo/ESP x Atl. Madrid/ESP ria de sua pilotada era Bella Bay exata(2-4)10,4 triexata (2-4-7)506 tempo:
Oviedo encostou gradativamente de fora para son Lavor Ficou satisfeito com a exibi- va (CRF) 2,5 pts e Antonio Frederico Radetic (AD-
ATL. MADRID 94s2
OVIEDO
11.01 — 1x0 Valladolid — F dentro deixando a oponente encerrada 7" Páreo: Io Jucuri G.F.Almeida 2o Circu- ção de Troyanos e lembrou mais uma /Chase) 2,0 pts.
31.12 —— 1x1 Logrones —— C vez que a pista pesada é sempre
08.01 — 1x0 S. Gijon — C 15.01 — 0x0 Celta — C — entre Gay Charm e a ponteira. lon J.Ricardo 3" Henbrujo R.Rodrigues
11.01 — 1x3 Osasuna —F 25.01 — 1x0 Las Palmas— C O partido foi lícito, mais um recur- vencedor (7)6,7 inexata(57)12,0 pia- melhor para ele e para Satyr, que, O desempate ente Flávio Marques e Marcelo
15.01 0x1 Atl. Bilbao —F 29.01 — 2x0 Logrones C Einhorn, pelo 3o posto, foi vencido por flávio em 1,5 a
29.01 — 0x0 R. Sociedade F 01.02 —— 2x0 Las Palmas—— F so do inesgotável repertório deste ge- ces(7)3,3(5) 3,0 dup!a-exata(7-5)277 triexa- por coincidência, tem problema pare-
12.02 — 0x0 Sovilla — C 12.02 — 1x1 Atl. Bilbao F nial piloto. Alguns turfistas não enten- ta(7-5-2) 142 tempo: 90s2/5 cido no casco. 0,5 em match de 2 partidas, e o desempate entre
19-.02 — 0x1 Betis — F 15.02 Espanol — —F
19.02 — 2x0 Sovillo C Alberto Santos e Ricardo Teixeira foi decidido por
COTAÇÕES confronto direto.
COLUNA 1 (30%) COLUNA X(30%) COLUNA 2 (40%) Descuro vence clássico
Porto/PORT X Farense/PORT paulista
El Porto SAO PAULO — Resultados do pro- vencedor NCzS 2,20; dupla NCzS 6,80, pia- J. G. Dutra; 2) Arcózio, W. Lopes; 3) Brasil X Chile
PORTO— FARENSE grama de ontem, em Cidade Jardim: 1" cês NCzS 1,60e NCzS 2,40; tempo Iml8s09. Balbolino, A. Barroso; vencedor NCzS A equipe do Banespa composta pelos brasileiros
22.01 2x1 Espinho F — 15.01 — 0x0 Portimonense — C 2,90; dupla NCzS 3,00, placês NCzS 1,50 e
26.01 — 3x0 Bordeaux — C— 22.01 — 1x3 A. Viseu —— F páreo — 1.300 metros — grama: 1) Kitty 5" páreo — 1.500 metros — grama: 1) Linda Paulo César de Haro, Paulo Luis de Oliveira, Paulo T.
29.01 — 0x0 V. Guimarães — C 29.01 — 0x0 Marítimo C Velvet, E. Pessoa; 2) Bòrsay, S. Guedes; 3) Pastora, C. Canuto; 2) Sementeira, G. Mc- NCzS 1,30. Leal, Antonio Carlos Cipolli, Estevão Tavares Neto,
04.02 — 1x1 Portimonense F 04.02 — 1x1 Fafe — C — Ricastora, E. Gelaski; vencedor NCzS neses; 3) Lausan Model, J. Volmir; vence- 9' páreo — 2.400 metros — grama: 1)
07.02 — 5x0 A. Viseu — C 07.02 — 0x2 Belononses F
13,30, dupla NCzS 31,8(1, placês NC/.S 8,10 e Hélcio Matsumoto, Carlos Eduardo dos Santos, Arnor
¦ .19.02 — 0x0 Marítimo — F 19.02 — 0x2 Benfica — C dor NCzS 1,60; dupla NCzS 2,20; placês American Boy, E. Ferreira; 2) Latinus Serafin Júnior, Davis Pereira e Marco Antonio dos
COTAÇOES
NCz$ 3,10, tempo Im21s06. NCzS 1,30 e NCzS 1,40; tempo Iml6s40. • Street, M. Lourcnço;3) Urubu Malandro, 1.
2" páreo — 2.000 metros — grama: 1) Hino Ouintana; vencedor NCzS 6,70; dupla NCzS Anjos, sagrou-se vice-campeã da 1 Taça Banespa Brasil
COLUNA 1 (80%) COLUNA X (10%) COLUNA 2 (10%). 6" páreo — 2.000 metros — grama: 1) Mik X Chile Interempresas de Xadrez, disputada semana
Forte, P. Medina; 2) Fast Uird, J. Vale; 3) Lark, A. Barroso; 2) Ornisham, C. Canuto; 10,50; placês NCzS 3,30 e NCzS 1,90.
Benfica/PORT x Belenenses/PORT Dogamuzo, F. Ribeiro; vencedor NCzS 10" páreo — 1.500 metros — grama: 1) passada em São Paulo. Com 16,5 pontos obtidos, o
E3 Lisboa 2,10; dupla NCzS 1,90; placês NCzS 1,20 e 3) Relle Ferrus, M. Lourençof vencedor
NCzS 6,10; dupla NCzS 11,80; placês NCzS Lezuca, 1. Ouintana; 2) Gucarelli, R. Penac- Banespa ficou apenas a meio ponto da equipe campeã,
BENFICA BELENENSE NCzS 1,20; tempo, 2m09s01.
15.01 — 1x0 Espinho — C 15.01 — 1x1 V. Guimarães —— C 3° páreo — 1.200 metros — areia: 1) Ampu- 4,30 e NCzS 2,00; tempo 2ml)5s02. chio; 3) First Try, E. Amorim; vencedor a Compania de Telefonos de Chile que contou com
22.01 — 2x1 V. Guimarães —— F 22.01 — 2x2 Portimonense F 7" páreo —1.000 metros — grama — Clássi- NCzS 6,70; dupla NCzS 10,50; placês NCzS Jaime Brito, Jorge Benson, Juan Saavedra, Ivan Abar-
29.01 — 3x0 Portimonense C 29.01 — 3x0 A. Visou — C lé, 1. Reis; 2) Dream Tonight, M. Gross; 3)
co Presidente Hereulano de Freitas: 1) Des- 3,30 e NCzS 1,90.
04.02 —— 1x0 A. Viseu —— F 04.02 —— 0x1 Marítimo —— F Jutlenga, P. Tavares; vencedor NCzS 2,40; ca, Sérgio Ordenes, Ricardo Danoso, Daniel Miranda,
07.02 — 2x0 Marítimo — C 07.02 2x0 Faronse C dupla NCzS 2.80; placês NCzS 1,30 e NCzS curo, E. Ferreira; 2) Lautrec-Da-Toca, O. 11" páreo — 1.200 metros — areia: 1) Fia- Indira Gonzalez, Ivan Pauvif e Rosa Saavedra na
19.02 2x0 Faronse F 19.02 — 1x1 Fafe — C Pereira Filho; 3) último Herói, M. A. Gon- shing Sniile, G. Meneses; 2) Henidiade, A.
1,40; tempo Iml3s08. conquista do título. Nas colocações seguintes ficaram o
COTAÇÕES 4" páreo — 1.000 metros — grama: 1) çalves; vencedor NCzS 4,30; duplas NCzS Bolino; 3) Kopa Apple, P. Medina; vence-
8,30; placês NCzS 3,20 e NCzS 3.00. dor NCzS 11,20, dupla NCzS 2.324,70; pia- Banco de Chile, com 13,5 pts, a ENDESA — Empresa
COLUNA l (50%) COLUNA X (30%) COLUNA 2 (20%) Quiver, I. Ouintana; 2) Auspiciosa, A. Nacional de Eletricidad com 10,5 pts e as equipes
Guarani/SP X Novorizontino/SP Barroso; 3) Ki Pepita, F. A. Marques; S° páreo —1.000 metros —grama: 1) Vence, cês NCzS 8,20 e NCzS 53,80.
Campinas brasileiras da Eletropaulo, com 9,0 pts, e a da AER
0
Ê3 VASP com 5,5 pts. A arbitragem foi de Edmundo
GUARANI NOVORIZONTINO
00.12 —— 0x1 Cruzeiro— — F 20.11 — 3x0 Marcílio Dias — C Aoyama.
i,11.12 — 0x0 Vasco —C 24.11 — 0x1 Figueirenso — F
14.12 0x3 Botafogo F 27.11 — 1x3 Marcílio Dias — F Hoje na Gávea Nesse torneio, que iniciou a integração brasileira
iô.12 — 2x2 Corintians — C — 30.11 — 0x0 Ferroviária — C
—
02.02 — 2x1 Ferroviário — Ituano F 02.02 — 1x1 Rio Branco — C às competições de xadrez interempresas na América do
19.02 1x0 Catanduvense F 19.02 — 1x0 Corintians — C 1° Páreo - Ai 19h30m - 2.000 nutro» NCzJ 285,00 — 6° Páreo - - Al 22 horas - 1.300 mstros &$ 320,00 -- Ma|unga,J.Pinto 57 4 Sul, pode-se notar o forte equilíbrio existente entre a
DUPLA-EXATA "PRÊMIO PACKARD - 1971" DUPLA-EXATA - (Acumulsdis
TRIEXATA "PRÊMIO d* Eista) Darandina.J.Ricnrdo 57 5
COTAÇOES SUPER STAR - 1976" Vitória Linda. R.Rodrigues 57 6 equipe do Banespa — atual bicampeã paulista interem-
COLUNA I (50'.' ) COLUNA X (30%) COLUNA 2 (20%) Lubango.F.R.Ferreira.;. 54 1 1— Challal.A.Machado 58 t Javette, M.Cardoso 57 7
Closed Circuit,J.Freire 50 2
Gonari,J.Ricardo 57 3 2— Ostiluca, R.SIIva 58 2 Hokena.J.Pessanha 57 8
Rncheneza, J.Freire 57 9 presas — e a equipe da Cia de Telefonos do Chile, que
P. Desportos/SP x Botafogo/SP HabitualLeader.J.Pessanha 57 4 3— Arrivato, G.F.Almeida 58 3 10 DosetlLove.A.MachadoF0 57 10 foi a vice-campeã do I Torneio Sul Americano Interem-
Canlndó 4— QuIdum.E.R.Ferreira 58 4 11 OhLori,J.Aurólio 57 11
G3 5— Am Archer, F.Pereira F° 58 5 presas, realizado ano passado na Argentina.
P. DESPORTOS BOTAFOGO 2° Páreo — À» 20 hora» —1.200 nwlroí NCtJ 460,00 — 6— Hanlu.J.Ricardo 54 6
04.12 —— 1x0 S. Paulo —— N 16.11 — 1x1 Caxias — C TRIEXATA DUPLA-EXATA "PRÊMIO YASHA - 1972" t° Páreo ài 23h30m - 1.200 nwtrai NCzS 285,00 - Para 1989, a CTP (Chess Tournament Promo-
00.12 — 0x2 Flamengo C 20.11 — 2x0 Juventude— — C 7° PAREÔ - ái 22h30mln -1.200 mstrai NCzS 380.00 - TRIEXATA/DUPLA-EXATA (Acumulas
"PRÊMIO EUPH0RIE dl Eiiti)
—
11.12 — 1x0 Sport — C 22.11 — 0x1 Caxias F— Very Childish. J.M.Sih/a 56 1 TRIEXATAJDUPLA-EXATA (Acumuladu dl Exats) - 1979" tions), organizadora desse encontro, fará realizar o I
15.12 2x3 Vitoria — F 24.11 — 1x1 Juventude— F NihilObstat. F.Poreira F° 56 2 "PRÊSMIO URBE - 1977" BoldGreen. C.A.Martins 58 1 Campeonato Brasileiro Interempresas, que indicará as
10.12 — 1x0 Bangu C — 26.11 — 0x1 Operário— C Engenheiro Garcia, J.Ricardo 56 3 Hartyan,E.O.Ferreira 55 2
-
19.02 1x1 União S. Joáo F 18.02 — 1x1 Santos C TioNoel.E.S.Rodngues 56 4 OldCastle. J.M Silva 57 1 Mrlalah.J.M. Sitva 56 3 equipes que deverão participar do Sul-Americano de
BeMine.J.Pessanha 56 5 ClayRegazzoni.E.S. Gomes 57 2 kalamazoo.L.s. Santos 57 4
COTAÇÕES BeauMonsieur.J.Aurólio 56 6 Mister Vianna.L.A. Alves 57 3 Chão Goiano. R. Vieira 58 5 1990, no Chile
COLUNA l (40%) COLUNA X (30%) COLUNA 2 (30%) ItaqueréFive.J.Pessanha 57 4 Snow-San.W.Gonçalves 56 6
3° Páreo ás 20h30m — 1.200 mttroí NCzi 265,00 — General Gutierrez, J.Ricardo 57 5 Chastener, E. R. Ferreira 58 7
Santos/SP x Catanduvense/SP TRIEXATA DUPLA-EXATA (INICIO DO CONCURSO DE 7 Pevac, J.Queiroz 53 5 DuBay,U.Meireles 57 8
U3 Vila Belmiro PONTOS) "PRÊMIO Z0RRILLA - 1973" Jang, R.Rodrigues 57 7 GuerceFroíde.J. Pinto
" Retovo,M.Cardoso 58 9 DIAGRAMA 569
..SANTOS CATANDUVENSE 6° PARE0 - Ai 23 hores -1.300 rwtroí NCzJ 380,00 - 56 10
—
10.12 0x0 Botafogo C — 13.11 — 2x0 Rio Branco — F BlackBoard,R.Antônio 58 2 TRIEXATMJUPLA-EXATA (AcumuMat de Exatl) "PRÊ- 10¦ Bravo Vitória, J.Freire 58 11
29.01 — 3x2 Apucarana —— F 20.11 — 0x0 S. Bernardo — C Birouge,J.Aurélio 58 3 MIO EMERAL0 HILL - 1978" Aba Lirio.W. Costa 58 12
01.02 —— 1x1 Umuarama F — 27.11 — 2x0 Comercial—— C Jayam,G.F.Almeida 57 4 11" Dance In Time. M.Monteiro 58 13 E.N Smoff-Nasimovitch 1935
07.02 — 1x1 Deporto Concepcion 04.12 — 0x0 Taubaté F HardFighter.L.S. Santos 57 5 MagicAppaal.C.Lavor 56 1 ? Alazào.J.Ricaxdo 58 14
12" Verbal, E. Caminha 58 15
09.02 1x0 Fernandes— Vian — F 11.12 — 1x0 Rio Preto — C Great lllustnous, A. Ramos 50 6 Ali Force, M.Ferreira 57 2 Onan.XB Fonseca 58 16
—
12 02 — 0x1 Evorton — F 1902 — 0x1 Guarani — C Bet-Bail.J.Freire 55 7 MarlIinda.E.S.Rodngues 57 3 BRANCAS JOGAM E GANHAM
10.02 1x1 Botafogo F JackRussel, E.O. Ferreira 58 1
" Chuviscadora, A. Machado F° 58 8
COTAÇÕES
COLUNA I (50%) COLUNA X (30%) COLUNA 2 (20%) 4o Párto ài 21 hor»» — 1.600 nutro» NCr$ 380,00 — W®"m P H I
Indicações
América/SP x Palmeiras/SP TRIEXATAUUPLA-EXATA
"PRÊMIO V0ILE — 1974" m mim *
São José do Rio Preto S~S iSM mei
PALMEIRAS 1' LeJeau.J. Pinto 57 1 1° Páreo: Habitual Leader • Gonari • Closed Circuit m m
AMÉRICA —F n §
—
10 09 1x0 Ferroviária C 03.12 —— 0x1 Atlético MG 2 Dardanel. E.O. Ferreira 53 2 2o Páreo: Engenheiro Garcia • Beau Monsier • Nihil Obstat gig jM # mm ma
01.10 —— 2x1 Novonzontino - — F 00.12 2x1 inter RS—— C Filtol,G.F.AImeida 57 3 <% (jru|
00 10 — 1x0 XV Piracicaba C —
11.12 1x0 Vitória — C Jangabeiro.F. Pereira F° 57 4 3° Páreo: Jayam • Great lllustrious • Black Board
13.10 3x0 Noroeste — F 15.12 — 1x1 Bangu F — LeBeau.J. Queiroz 57 5 tm
15.10 - 1x0 União S. João C 10.12 — 0x0 Fluminense — C Sunacho.J.M. Silva 57 6 4o Páreo: Deréia • Fillol • Le Beau
19.02 0x0 Juvontus - F 13.02 — 1x2 Flamengo - C Deróia.J. Ricardo -..55 7
19.02 2x0 Noroeste C 5° Páreo. Gravic • Cham-EI-Nasim • Kind Man *. st» * n
COTAÇOES mm
!>M
5° Páreo - Kt 21h30m - 1.600 m«tro« Ci$320,00- 6o Páreo: Challal • Hanlú • Arrivato i m
COLUNA l (30%) COLUNA X (30%) COLUNA 2 (40%) TRIEXATA-OUPLA-EXATA-PRÊMIO CALUABY - 1975"
1— Xiru Volver, JPmto - 58 1 7o Páreo; General Gutierrez • Jang # Clay Reagazzoni n m, n n
r-H Coríntians/SP x Inter Limeira/SP
J 6j
[Tel Pacaembu 2— Mister luan. E S Gomes 58 2 8o Páreo: Marilinda • Desert Love • Darandina
M
3— Houten.J Andrade 58 3 abcdefgh
CORINTIANS INTER LIMEIRA 4— KmJMan.FPtwaF0 58 4 9° Páreo: Bravo Vitória • Dance In Time • Mifalah
11.12 — 1x1 Cruzeiro—— F 15 12 — 1x0 Americano — C 5— Cham-EI-Nasim.J Auréto 58 5
14.12 — 1x2 Santos — N 17.12 — 1x1 Náutico — F 6— Grave.J.M Stfva 58 6 Acumulada: 4°7(Deréia), 5°6(Gravic) e 7°5(General Gutierrez)
10 12 — 2x2 Guarani F 28 01 —— 1x1 P. Preta —— C Solução do diagrama 56S: 1)B7R! (se...D8R; 2)C5R+ +)
—
29.01 — 1x1 Cakíense — F 31 01 1x0 Náutico C
12 02 0x2 União São João — F 02 02 — 1x1 Americano— — F (se...D7D; 2)C4D++) (se... D6TD; 2)C4C++) (se...
'**15 —
02 1x1 Rio Branco F — 12 02 - 2x1 Náutico C Classificados D1T+; 2)CSD + +) (se. D4B; 2)BSD++) (se DxC*
19 02 — 0x1 Novonzontino — F 19.02 — 3x0 São Josô — F JB Negócios de ocoàõo no lugar certa. 2)TxD + +) (se D3B: 2)D5T + +)
COTAÇÕES
COLINA 1 (40%) COLUNA X (30%) COLI NA (30%)
.11JORNAL
DO BRASIL
Pe. nambucanos vencem Brasil Open na praia
Cláudia Ramos
Os
campeões
£*£
do Brasil
Open, en-
cerrado
ontem,
.no Posto
10. em
Ipanema, nào sào cariocas, nem conhe-
cidos pelo público. Os pernambucanos,
Moreira e Garrido, surpreenderam com
a vitória sobre os cariocas Edinho e
Tinoco. Pouco mais de trinta minutos
foi suficiente para que eles fechassem os
setscm 12/0 c 12/5. Com este resultado,
a dupla passa a ser cabeça-de-chave, só
voltando a jogar na quinta-feira, contra
Renan e Bèrnard. Enquanto os derrota-
dos enfrentam hoje os espanhóis Fran-
cisco Crespo c Javier Carro.
Apesar de terem jogado com a torci-
•da contra — cerca de cinco mil pessoas
— , os pernambucanos mostraram que
'a má atuação no Mundial de 1988,
quando foram eliminados no início da
fase brasileira, ficou para trás."Vicmos
para surpreender e conseguimos", co-
mentou Garrido. 21 anos, pouco antes
do jogo. As palavras de Garrido se
confirmaram durante a partida. Os dois
sets foram bem fáceis.
Com o fechamento das aberturas
Bernardinho e Clovis se classificam
Foi o melhor jogo do Brasil Open. De
um lado. os cariocas Bernardinho e
Clovis. Do outro, os americanos Ste-
¦venson e Vrcbalovich. Para os brasi-
'leiros,
o jogo representava a última chan-
cc, após terem desperdiçado outras duas
oportunidades, de disputarem o III
Mundial de Vôlei de Praia. Os adversa-
¦rios tinham no qualifying a única possibi-
lidade de entrar na competição. Por pou-
co, eles não conseguiram. Venceram o
primeiro set por 15/13. mas perderam os
seguintes por 12/9 c 12/9.
A vibração das duas mil pessoas pre-
jS* ^mmmnt^^BSmmTT '^^ÍBfc^' ¦ §^HK^Nfl
O bloqueio da LujTtin não conteve o-ataque da Super
Após dois anos, Super
ganha Lufkin no vôlei
Dois anos c nove jogos depois, a Su-
pergasbrás finalmente conseguiu derro-
¦ tar a Lufkin, que facilitou o traba-
lho do adversário ao errar
sucessivamente tanto no ataque como
no fundo da quadra. A partida encer-
rou a fase classificatória do Campco-
nato Brasileiro Feminino de Vôlei c,
com a vitória de 3 a 0 (15/9, 15/12 e
15/13), cm uma hora e meia, ontem no
ginásio do Tijuca, a Supergasbras II-
cou cm segundo lugar, entre os quatro
primeiros colocados.
O resultado não favoreceu nenhum
dos dois times, que voltam a se enfren-
tar pelas semifinais (o primeiro jogo
da melhor de três é sábado que vem).
Sadia (classificada cm primeiro) e Pi-
rclli (em quarto) fazem a outra parti-
da.
Torcida não faltou para a Lufkin,
que levou ao ginásio do Tijuca um
grupo uniformizado, com bandeiras,
bumbo e cometas. Mas nào adiantou o
apoio. "Nós jogamos contra dois ad-
versários e um deles fomos nós mes-
mos. Há muito tempo estamos assim,
sem conseguir acertar. Dessa vez erra-
mos mais de 20 ataques, o que é um
absurdo para um time como o nosso.
Não sei a quê atribuir essa fase ruim',
disse Marco Aurélio Motta, técnico da
Franca derrota Sírio
e está perto do título
SÃO PAULO — O Ravclli/Franca
conseguiu a segunda vitória sobre o
Amico/Sirio, ontem cm Sào Paulo, na
série de sete que definirá o campeão
paulista de basquete masculino ainda
referente à temporada de 1988: mareou
97 a 95 (55 a 52 no primeiro tempo).
Com a vitória de 104 a 98 no jogo de
Franca no meio da semana passada, a
equipe agora se ganhar mais duas par-
tidas, a primeira das quais será no meio
desta semana, em Franca.
O jogo de ontem foi cquilibrido e
marcado por dois momentos curiosos
serviram
que para atrasar o final cm
mais de meia hora. Logo no inicio do
• segundo tempo, o pivô Patrick. de Fran-
ca. quebrou uma das tabelas ao realizar
uma "enterrada". E quando faltavam
seis segundos para terminar a partida, já
com 97 a 95. o ala uruguaio Tato Lopez,
também de Franca, deixou a bola esca-
par da mão numa saida de fundo c teve
laterais das arquibancadas, a quadra
ficou abafada e sem vento, o que che-
gou a provocar algumas criticas de Ber-
nord e do americano Mike Dodd —
"alguém vai
passar mal durante um
jogo", comentou Dodd. Mas foi justa-
mente a falta de vento, segundo Gcova-
ni Rodrigues, técnico de Moreira e Gar-
rido, a principal responsável pela
vitória."Traçamos todas as táticas cm
cima da falta de vento, ontem (sábado)
á noite, no hotel. Hoje (ontem), conse-
gui bloquear bem, fechando o corredor
e a diagonal. Tudo de acordo com nos-
sos planos", revelou Moreira.
O desempenho da dupla, a tática
adotada e o cntrosamcnlo de ambos
surpreenderam o público e é o resultado
de longo trabalho feito pela du-
pia."Treinamos juntos desde o ano pas-
sado e durante très meses, cm Natal,
justamente para nos apresentarmos
bem no Mundial", disse Moreira, 20
anos, l,86m. Só com os treinamentos e
viagens da dupla, a Federação Pcrnam-
bucana de Vôlei gastou NCzS 6.000,00,
sendo que os campeões receberam ape-
nas NCzS 50,00.
A final do Brasil Open reforçou em
Edinho a idéia de abandonar a modali-
dade c se dedicar ao trabalho de Enge-
nheiro da Petrobrás. Aos 30 anos, três
participações no Mundial de Vôlei de
Praia — na primeira vez, com Bernard,
sentes na quadra externa c dos vence-
dores, contrastava com a tristeza dos
americanos. Rostos vermelhos, cm ra-
zào do esforço, eles nào tiveram tempo
para conhecer a cidade. Nem bem des-
fizeram as malas — chegaram no sába-
do à noite — começam a pensar na
viagem de volta. " Nos Estados Unidos
está muilo frio c não lemos onde nos
preparar para a série de campeonatos
de praia, que começam agora na Cali-
fórnia. Talvez aproveitemos para trei-
nar um pouco", disse o chateado Vre-
balovich.
Marco Antônio Teixeira
Ir^^B^BMr^M^¦ * *•*wvw*
Lufkin, irritado com o desempenho da
equipe.
AntônioLcâo, que dirige a Supcrgas-
"Tivemos
brás, cra a imagem oposta.
muitos problemas ultimamente, ora con-
távamos com a Regina Uchoa, ora não,
outra vez era a Edna que se contundia. E
a Roseli já está fora há algum tempo.
Faz menos de um mês que conseguimos
treinar uma mesma equipe".
Recentemente recuperada de uma
contusão no joelho, Regina cedeu o
lugar a Edna porque o técnico optou
por uma marcação mais agressiva — e
a jogadora correspondeu, principalmente
com os violentos saques viagem ao fundo
do mar. No lugar de Roseli, Margarcth
teve boa atuação como levantadora, mas
os maiores destaques foram Vera Mossa
c Denise, ambas muito firmes no ataque
de ponta de rede.
A Supergasbras começou com Vera,
Denise, Margarcth, Patrícia, Sandra e
Edna, usando também Gerusa. A Luf-
kin entrou com Ana Cláudia, Adriana,
Ana Richa, Regina Vilela, Ellen c Eliani,
entrando depois Silvia. Pelos outros jo-
gos do campeonato, o XV Dcdini derro-
lou a Hering por 3 a 0 (15/10, 15/7 e
15/11) c a Pirelli ganhou do Banco
do Brasil também por 3 a 0 (15/4, 15/2 e' reunião problema poderá surgir
15/1). A Sadia venceu a Unisa—Minas
por 3 a I (15/7,10/15,15/9 c 15/4).
que praticar falçta para impedir que
Chui fizesse a cesta. Ele reclamou e levou
falta técnica: com isso. o Sirio teve opor-
tunidade de vencer, mas Chui errou os
dois lances c na saída de bola pela late-
ral. faltando quatro segunios. a equipe
paulistana nào conseguiu ao menos em-
patar.
. No primeiro tempo, o Sirio livrou
ligeira vantagem e parecia ter melhor
controle da partida, aproveitando-se de
que Tato Lopez nào repetia a boa atua-
çào do primeiro jogo. Mas foi o próprio
Tato quem definiu a reação do Ravelli/
Franca ao fazer os três pontos que deram
vantagem ao seu clube no finalzinho do
primeiro tempo. No segundo tempo,
mais estabilizado em quadra, apesar da
grande torcida contra, a equipe do Ime-
rior ampliou a diferença, mas ressentiu-
se da ausência na quadra por laguns
minutos do armador Gucrrinha. contun-
dido numa das mãos.
ficou em quarto, e da segunda, com
Marcus Vinícius, cm sexto — comentou
que seu objetivo agora ò tentar passar
para os mais novos Ioda a sua experiên-
cia."Jogo para incentivar, apenas isso",
disse, acrescentando que pretende dar
lugar aos mais jovens.
Reeleição — O advogado Carlos
Nuzrnan foi reeleito, pela quinta vez
consecutiva, presidente da Confedera-
çào Brasileira de Vôlei. Os vinte e seis
presidentes das federações filiadas à en-
tidade votaram em Nuzrnan, que ficará
no cargo ate 1993.
I I A estrela do atacante Rcnan con-
tinua brilhando no exterior. Ele
foi um dos principais responsáveis pela
vitória do Maxicono, de Parma na Itá-
lia, sobre o Spartak por 3 a 0 (15/8,15/6
e 15/4), na decisão da Copa Européia,
disputada cm Helsinque, na Finlândia.
A equipe de Bolonha ficou cm terceiro
lugar. Lider do campeonato italiano, o
Maxicono se dará ao luxo de dispensar
Rcnan por uma rodada para que ele
possa participar do III Campeonato
Mundial de Vôlei de Praia. O jogador
chega amanhã no Rio c quinta-feira
estreará na competição, formando du-
pia com Bernard. Ano passado, Rcnan
jogou com Montanaro c terminou cm
terceiro lugar.
As derrotas para as duplas Guilhcr-
me c André (15/13) c Dênis e Ninauha
(15/10) na fase semifinal da etapa bra-
sileira aumentaram o descrédito da dupla
formada por Bernardinho e Clovis para
o qualifying. "Vai ser praticamente im-
possível vencê-los. Nào estou bem física-
mente", reconhecia Bernardinho antes
da parlida. Na quadra, porém, eles con-
seguiram se superar. Perderam o primei-
ro set, viraram o jogo no segundo e
venceram o terceiro com tranqüilidade.
(CR.)
"Tênis I — O alemão Boris Becker''
venceu o Torneio Stella Artois, disputa-
do em quadra coberta, cm Milão. Pela
vitória na final sobre o soviético Ale-
xander Volkol, por 6/1 e 6/2, após uma
hora de partida, Becker recebeu um
prêmio de USS 492 mil, além de 120
pontos para o ranking da Associação
dos Tenistas Profissionais, onde ocupa
a quarta posição.
Tênis II — Com um placar de 6/2 c
6/2 sobre Johan Krick, o norte-america-
no Brad Gilbcrl sagrou-se campeão do
Torneio de Menphis, recebendo um to-
tal de 415.000 dólares. Na fase anterior,
Gilbcrt havia derrotado Kevin Currcn
por 7/6 (7/3) e 6/4, enquanto Krick ven-
cera Michael Kang por 6/1, 1/6 c 6/3.
Tênis LU — A tenista argentina Ga-
bricla Sabatini, quarta colocada no ran-
king mundial feminino, recebeu pela se-
gunda vez uma carta de extorsão, cm
menos de cinco dias. A jogadora, segun-
do os policiais locais, disse que deixará o
pais caso receba nova ameaça.
Golfe — A vitória no Mastcr da Aus-
trália, que terminou ontem cm Mel-
bourne, serviu para que Greg Norman
vollassc a acreditar no seu potencial.
"Estou convencido de
que voltei a jo-
gar bem", disse Norman, que ficou em
primeiro lugar na competição com car-
tão de 280 tacadas, seguido por Rus-
sei Claydon, com 285, c Bob Shcarer,
com 286, em terceiro.
Basquete — As atuações de Brad
Daughcrty e Mark Price foram funda-
mentais para que o Cleveland vencesse
o Filadélfia 76crs por 118 a 100 e con-
quistasse a 17° vitória conseculiva cm
seu ginásio, em Nova Iorque, no Cam-
peonato Profissional Americano de Bas-
quetc. A equipe dos Nicks, que também
está fazendo ótima campanha, conseguiu
o 18° resultado positivo, derrotando o
time de New Jcrsey por 125 a 115. O
resultado deixa o Nicks perto de igualar
o recorde de 20 vitórias do time, obtido
nas temporadas de 68/69 e 72/73.
Xadrez — O jogador Viktor Korch-
noi ainda não sabe se vai participar do
VIII Torneio Internacional de Linarcs,
na Espanha. Korchnoi condiciona sua
presença a saida do soviético Viktor
Baturinski, árbitro principal da com-
petição, com quem teve problemas no
período cm que treinava para o con-
fronto com Analoli Karpov, em 74. So-
viético, mas com passaporte suíço,
Korchnoi se exilou cm 76 e a solução
o de uma
pars
entre os jogadores, que adota-
riam a idéia de excluir Baturinski da
competição.
Boxe I — O americano Pcrnell Whi-
taker conquistou o título mundial dos
pesos ligeiros, versão da Federação In-
temacional de Boxe, ao derrotar por
pontos o também americano Greg Hau-
gen, que detinha o titulo, em luta dispu-
tada em Hampton. nos Estados Unidos.
Boxe II — Por nocaute, no quinto
assalto, o sul-coreano Monn Sung-Kil
manteve o titulo mundial da categoria
mosca, ao derrotar o japonês Jiaki Ko-
bayashi. Esta foi a segunda vez que
Monn, 24 anos, colocou seu titulo, ver-
sào Conselho Mundial de Boxe. cm dis-
puta. Em maio. segundo seu empresa-
rio, o sul-coreano voltará a defender o
titulo.
VÔO — Com os tempos de 2h I Om 16s e
2hl3ml8s, os ingleses John Pendry e
Robbic Wittal respectivamente, vence-
rem as provas de ontem do Io Cam-
peonato Mundial de Vôo Livre por
Equipes, disputado cm Governador Va-
ladarcs
(MG). Com esses resultados,
a equipe inglesa continua na liderança
da continua' ào, seguido pela equipe 'A"
do Brasil, com uma diferença de 792
pontos para o primeiro lugar.
r^^ ^^M
WÊ TO! 'Mmm
'<mXM^SnSt Ktfiíp? ^^BlBtafe-
MiyGyr SL ¦ MMbfVÈMm^
Os três meses de treinamento ajudaram Garrido a conquistar o Brasil Open
Jogos da estréia frustram a torcida
Os dois primeiros jogos do III Cam-
peonato Mundial de Vôlei de Praia, que
começou ontem, no Posto 10, cm [pane-
ma, decepcionaram o público. Com jo-
gadas pouco criativas, os italianos Fra-
cascia c Bástiáhclli derrotaram os
mexicanos Nicbla e Ortcga por 15/7, en-
quanto a primeira dupla brasileira a par-
ticipar da competição, os cariocas Túlio
c Luiz Américo, perdeu para os franceses
Marquei c Gaston, por 15/8, sob as vais
da torcida.
O que o público não entendeu c nào
Dada Figueiredo venceu com estilo leve e radical
Ondas pequenas ajudam
Dada a vencer no surfe
Um estilo leve e radical, com mano-
bras como o 360 graus (giro completo na
onda), fez com que o carioca Dada Fi-
gueiredo (Company, Cyclone, Anti-fas-
hion c Necrose Social) vencesse, ontem,
na Prainha, a primeira etapa do Circuito
da Organização de Surfistas Profissio-
nais (OSP), patrocinado pela Rcdlcy e
com apoio do JORNAL DO BRASIL. O
mar de ondas pequenas, no qual Dada é
especialista, favoreceu o desempenho do
surfista carioca na final disputada com o
pernambucano Eraldo Gueiros (Com-
pany, Cyclone c Quadro Verse), que vive
há três anos no Rio. O resultado da
bateria foi incontestável: os cinco juizes
votaram cm Dada.
O bom desempenho do carioca foi
"Ele tem o
reconhecido até por Eraldo.
estilo mais leve c surfou de forma apro-
priada para este tipo de ondas." Tran-
quilo, Eraldo esperou em vão pela me-
lhor série de ondas, que não surgiram.
"As melhores ondas vieram mesmo
para
o Dada. A sorte também ajuda a deci-
dir", explicou o surfista, que é 13° no
ranking brasileiro c 12° no estadual, c
nào participava de uma final há algum
tempo.
Vestindo uma camiseta da nova mar-
ca de roupas que pretende lançar, a Ne-
crose Social (cujo símbolo é uma caveira
cercada por ossos). Dada Figueiredo
confirmou seu favoritismo na Prainha,
onde já venceu outros campeonatos.
"Sempre consigo bons resultados na
Prainha", disse o campeão da etapa,
quarto colocado no ranking estadual e
sexto no brasileiro.
Para chegar à final, os surfistas dis-
putaram très baterias.
"Minha bateria
mais difícil foi contra o Nelson Ferreira.
©AM IPI© MATO
\
* ** *
***** ^*»jyJj.^/ /
segunda-feira, 2()/2/«y
Wt^ '¦'<áò' Mmmm^Sa mmmT^u '*
s8Sf- '"'''¦:*'-;í
jr^Pi% ' -%.
gostou foi assistir a uma partida em que
Túlio e Luis Américo simplesmente não
conseguiram se concentrar. "Há dois
dias que nada dá certo", desabafou Tú-
lio, após o jogo. Luís Américo, vice-cam-
peão mundial (1988), com Bernard, evi-
tou entrevistas. "Nenhum fundamento
entrou. Quando acertávamos o passe,
nào marcávamos ponto. Isso nos ma-
tou", disse Túlio.
Hoje, a dupla brasileira pega os pa-
raibanos Dênis c Ninauha."É uma boa
dupla c para vencê-la precisaremos de
Fernando Lemos
Ele eslava vencendo, mas consegui vira-
Ia, fazendo quatro a um", observou Da-
dá. Antes de disputar a semifinal com
Nelson Ferreira, ele competiu nas oila-
vas-de-final com José Roberto Anibal e
depois com Rodrigo Resende. Eraldo
também não teve adversários fáceis. Na
semifinal, o surfista de Pernambuco en-
frentou o carioca Roberto Casquinha.
Pela vitória, Dada ganhou NCzS
500,00 c Eraldo recebeu NCzS 250,00,
além de troféus. Os terceiros colocados
(Nelson Ferreira e Roberto Casquinha)
ficaram com NCzS 125,00. A próxima
elapa do campeonato está confirmada
para os dias 17, 18 c 19 de março, no
meio da Barra da Tijuca, no Rio de
Janeiro.
I I Os sócios Ziul Andueza; conheci-
do como Mano Ziul, e Celso Al-
ves, da firma de computação Bit &
Baitc, responsável pela computação ofi-
ciai dos Circuitos Brasileiro e esta-
dual de surfe c bodyboarding, vão fa-
zer a computação de algumas etapas
do circuito mundial. "Faremos a com-
putação do 0'Ncil/ Pepsi, na Califór-
nia, de 28 de fevereiro a 5 de março c
também de três campeonatos na Aus-
trália", disse Mano, " c mais duas na
África do Sul." Os sócios garantem que
os circuitos nacionais não ficarão sem
os computadores da firma, que já mon-
tou outra equipe para substitui-los.
"Nosso objetivo é fazer a computação
da PSAA, o circuito profissional da
América, e da NSSA, o circuito estu-
dantil de lá, que será recompensador
cm termos financeiros," disse Celso. Os
sócios cobrarão cerca de USS 1.500 por
cada etapa no exterior.
¥©ILLiY=IPIrMOÂ
DE 15 A 26 DE FEV.
Negócios de ocasião no lugar certa
O Esportes
O 3
Paulo Nlcolollíi
• ^m\W
Wjé mMÊ^sSmmW WwrSi''
Í3We5íÉ|3W t/^SmKyê mWK^^S/Ksff^^ni
*£^-í^^MfnSÊÊMKÊfí^M^^^^^^È^^SiÈS^^^^.
mais concentração. Quanto a parle técni-
ca, nào há muita modificação a ser leila.
Apenas fazer entrar as jogadas", expli-
cou Túlio. Os franceses jogam contra os
italianos Lcquaglie c Corsetli.
Desembarcou ontem no Rio, após
rápida estada cm Lima, no Peru. o joga-
dor norte-americano Karch Kiraly, que
conquistou o titulo do ano passado jo-
gando com Pai Powers, e hoje chegam os
soviéticos Tikas Vardo c Margous Mü-
ncamiagui, desconhecidos do público c
dos jogadores. (CR.)
Paulista lança
dúvidas sobre
Vela em Búzios
O resultado do julgamento dos pro-
testos no iatismo dificilmente é aceito
por quem perde, mas às vezes a contes-
lação assume maior gravidade. Fof o
que aconteceu semana passada, duran-
te a Sul America Cup. cm Búzios: após
a desclassificação do paulista Daniel
Hechicr (que perdeu um protesto con-
ira o Saga), o comandante do barco,
Joào Caio Jr., fez duras acusações ao
júri c disse que as competições cm Búzios
podiam perder a credibilidade.
"Eu só vim
para a regala final. Se
estivesse aqui no dia da desclassifica-
ção, simplesmente teria voltado para
São Paulo no alo com a minha tripula-
ção, o que seria uma atitude anlies-
"Arranjaram
portiva", disse Caio Jr.
uma regra cm que o pcdeslre atropela
o automóvel", ironizou o comandante,
afirmando que a decisáo do júri foi
política, pois o barco carioca já havia
sido desclassificado na regata anterior.
"Essas coisas fazem um campeonato
perder a credibilidade e demonstram
que, com a morte do Lachmann, 60%
do iatismo do Rio foi para o espaço.
Estão puxando o saco da pessoa erra-
da", completou Caio Jr., referindo-se
ao comandante do Saga, Erling Lo-
rcntzcn, "que é um cavalheiro e não
precisa disso".
Laurils Lachmann, comandante do
antigo Carro Chefe, morreu ano passa-
do. Joào Ferrer. que formava na tripu-
lação do barco c cm Búzios foi um dos
responsáveis pela organização do cam-
peonato, além de ser lambem membro
do júri, conlcstou veementemente as de-
elarações de João Caio Jr.:
"Nós tivemos o cuidado de trazer,
juizes internacionalmente conhecidos,
corno Harald Wirth e Phillip Jenkins,
além de Peter Siemsen (viec-presiden-
te da Associação Internacional de la-
tismo), Alain Joullié (presidente da Con-
federação Brasileira) e Alan Adler. E
tomamos essas providências justamente
para que cm Búzios nào acontecesse o
que aconteceu ano passado em Ilhabela,
em que o barco do senhor Caio Jr. foi
protestado pelo Staroup, perdeu e não
sofreu desclassificação, acabando por
ganhar o campeonato".
I I Christoph Bergmann lidera o cam-
peonato brasileiro da classe finn,
que começou ontem, na raia da Escola
Naval. Ele venceu as duas regatas, dei-
xando em segundo Jorge Zariff Neto.
Pelo Brasileiro de soling, também inicia-
do ontem, Alan Adler e Augusto Barroso
dividem a primeira colocação (cada um
venceu uma prova e ficou em segundo na
outra).
PATROCÍNIO
€*A
prazer em conhecer
Classificados s
 4 'O Esportes <>
Juniores despertam com advertência de Simões
Okhemano Touguinhó
BÉDDAH, Arábia Saudita — Uma
bronca no vestiário no intervalo do pri-
metro para o segundo tempo foi a princi-
paf arma dc Rcnê Simões para fazer o
Brasil voltar a campo c cm dois minutos
chutar duas vezes na trave e em oito
minutos conseguir a vantagem de 2 a 0,
para acabar goleando de 5 a 0,
Logo que a equipe voltou do primei-
ro jempo, o técnico já eslava parado na
ponta do vestiário e recebeu os
"Aprenderam a jogadores
lição? O
perguntando:
Mali que enfrentou os Estados Unidos *c
bem diferente do que o que enfrentamos
agora. Eles correm c marcam com muito
mais coragem porque nós somos o Bra-
"Rcnê falou c entrou.
sjl,{Aprenderam?
|Lá dentro; a conversa foi mais tran-
qiiila. O treinador observou aos jogado-
Fcsjqüc todos estavam sofrendo marca-
çãd homem-a-homem rio meio de campo
c não estavam se movimentando para
fuair do adversário. Além disso, comeu-
tou que havia grande espaço enlrc o
meio-campo e o quarteto de zagueiros.
Por ali entravam os atacantes dc Mali.
Rejié mandou o time se fechar mais.
trapalhar unido entre defesa e ataque e
explorar os contra-ataques entre os late-
raij c a zaga central africana "porque ali
ciei não estão fazendo cobertura".
[O time voltou de cabeça baixa. Havia
sentido o desabafo do treinador. Ao la-
Surge a goleada com o futebol sério
A seleção brasileira classificou-se
para as quartas-de-final do Campeo-
nato Mundial dc Juniores com uma
go(cada dc 5 a 0 sobre Mali c atuação
cle;alto nível, que a credencia como
uma das principais candidatas ao ti-
tulp. Depois dc um primeiro tempo
em' que se deixaram dominar pela
apatia, os brasileiros mostraram ma-
Unidade outra determinação no se-
guiido tempo para impor seu estilo
ao fraco time de Mali. Além dos cin-
co|gols, o Brasil ainda chutou três
bolas na trave.
¦Foram dois tempos desiguais, que
nãè chegaram a comprometer seria-
mente as possibilidades dos brasilei-
ros na conquista do título nem o
prestigio junto ao torcedor árabe, que
os:aplaudiram com entusiasmo na
estréia vitoriosa contra a Alemanha
Oriental c voltaram a aplaudi-los on-
tem. Nos primeiros 45 minutos, os
brasileiros falharam sobretudo tática-
monte, mas no segundo brilharam in-
dividual e coletivamente.
•A seleção de Mali adotou esquema
defensivo, temerosa da fama do fute-
boi brasileiro. Se sobrava determina-
\)b00
(X70D
Goleiro apavorado
As bolas entram ou
batem na trave para
desespero de Bouba
<^^ time de Mali voltou muito ani-
}\J
'O niado para o segundo tempo.
pequeno mas ágil goleiro Bouba
Diabate era um dos mais entusiasma-
,'dos. Batia palmas com suas grossas
luvas c pulava na ponta dos pés dc-
"monstrando
todo seu entusiasmo pe-
3o empate de 0 a 0 da primeira etapa.
9 ; Fez um sinal dc vitória para o
banco dc reservas e recebeu um aceno
ílo técnico Abdoulayc Diawara. Só
:quc o entusiasmo do goleiro foi-se
modificando logo no primeiro minu-
to. O Brasil entrou firme no ataque e
Marcelo Henrique cabeceou na trave.
Logo depois, foi a vez de Sérgio Gil
jogar a bola no travessão. A essa
Jàítura, Bouba já estava apavorado.
[Gritava com os companheiros, puxa-
m sua calça preta longa para cima,
;ürriava as mangas da camisa, corria
;<lc um lado da baliza para o outro e lá
•vinha a bola novamente em sua área.
•Os berros aumentavam.
' Em
poucos minutos, o Brasil fez o
'primeiro
e logo depois o segundo.
'Bouba gol
continuava reclamando.
.Àquela altura, o goleiro já olhava
"para
o banco de reservas c fazia sinal
^dizendo ao treinador que não havia
Assine o seu
i"
JORNAL DO BRASIL
em todo país
<M|*-j£rfC•r»\|PÍ
Taigrtdo que r Braiil mo. Inrt c hoiiuili.
•*——— ——
segunda-feira, 20/2/89
do, Mali acabava de entrar correndo,
camisas suadas. Direto para uma reunião
de círculo na intermediária, como se esti-
vessein rezando.
Os brasileiros chegaram a ouvir os
protestos do handeirinha Ciucrrero, que
pedia mais pressa. O lime esperou a saída
dc bola dc Mali c foi para cima. Dai para
frente a bola só ficou com o Brasil. O
resultado acabou sendo uma grande vi-
lória. Para Rcnê, o importante é que, na
conversa de vestiário, todos reconhece-
ram os erros e partiram para mostrar que
podiam vencer.
"Um time
jovem sofre muitos proble-
mas emocionais. Os garotos ganharam
na estréia c não acreditavam em Mali.
Náo buscaram a mesma garra do primei-
ro jogo. Isso achou facilitando o adver-
sãrio. Eles estavam marcando em cima.
usando jogadas duras na marcação, c o
meu time preferiu assistir", afirmou o
técnico.
Renê acrescenta que uma das suas
preocupações foi a dc alertar o time con-
Ira a falta dc movimentação no meio
campo. "Nâo havia rodízio. Nosso cs-
quema exige que todos troquem dc posi-
ção a fim de dificultar a marcação. Co-
mo o time se mexia pouco, isso facilitava
os torcedores de Mali. No segundo tem-
po. o time foi outro", disse.
Na opinião do treinador, na primeira
partida do Mundial, um time entra preo-
cupado. Na segunda, com excesso de
ção a seus jogadores, faltava-lhes ta-
lento para ameaçar o goleiro Carlos.
Ao Brasil, se sobrava talento, faltava
serenidade c malhor organização tática
para que sua superioridade se refletisse
cm gol. As jogadas ofensivas eram or-
ganizadas quase sempre pelo meio, o
que dificultava as penetrações e facili-
tava a defesa adverasária.
Mais bem distribuída no segundo
tempo e ao explorar as pontas com
mais freqüência, a seleção brasileira
desenvolveu então futebol ao mesmo
tempo dinâmico e altamente técnico.
Mali, totalmente envolvido, limitou-
se a lutar para evitar mais gols.
O primeiro foi marcado logo aos
seis minutos, depois de duas bolas na
trave de Mali (de Marcelo Henrique
aos dois minutos e Sérgio Gil, aos
quatro). Após rebatida de cabeça dc
um zagueiro, Cássio, bem colocado
na entrada da área, dominou a bola c
encobriu o goleiro com categoria.
Dois minutos depois, o Brasil chegou
ao segundo gol. Foi uma bela jogada
de todo o ataque, que desorganizou a
defesa de Mali com toques de primei-
Massa ranl
flfl
como fechar o g. Mostrava os espa-
ços por onde o Brasil vinha e, dc
repente, lá estava Bismarck dentro da
área para tentar um lance de gol.
Um córner deixou Bouba deses-
perado. Acabou saltando todo desen-
gonçado para rebater de punho. No
chão voltou a olhar para o treinador,
como num desespero do pedido para
ir embora. Novo gol c Bouba acabou
sendo substituído.
Ele parecia agradecer a Deus.
Saiu num pique direto para dar a
vaga a Mamadou Kanc, um outro
negro, bem mais alto, camisa janta-
siada, que chegou querendo orientar
a marcação. Só que cm poucos minu-
tos repetia o desespero dc Bouba. O
Brasil fazia lançamentos para Andcr-
son, para Bismarck, ou Leonardo ia a
linha de fundo e cruzava na área.
Tudo muito rápido c sem erro. O
Brasil foi marcando mais gols. Chc-
gou aos cinco para a tristeza dc Ma-
madou que olhava para o banco de
reservas c lá estava, agora um pouco
mais animado, o baixinho Bouba
Diabate, apenas observando dc longe
o desespero de seu companheiro. No
fim, os dois se abraçaram. Era a soli-
dariedade da profissão. Mas jamais
vão esquecer esta noite no belo está-
dio de Jcddah. (O.T.)
Sáo Paulo — SP >
Tel: 284-8133 Curitiba — PR
Tel: 233-0046
Vitória — ES
Tel: 222-7088 Porto Alegre — RS
222-5130
Belo Horizonte — M6
Tel: 273-2955
226-5531
Tel: 24-4144
24-7940
Salvador — BA
Tel: 241-1225
Brasília — DF Recife — PE
Il'
II
Tel: 223-5888
226-8651
Tel: '222-0594
221-0390
confiança e na terceira tem que estar
seguro do que pode fazer. Rcnê acredita
que o time para o jogo contra os Estados
Unidos, quarta-feira, "depende dc tran-
qüilidade para buscar um resultado que
nos deixe em primeiro da chave c conti-
nuar em Jcddah. Com qualquer resulta-
do no jogo entre Alemanha Oriental e
Estados Unidos. Um empate no nosso
terceiro jogo já nos garante o primeiro
lugar."
Paru o jogo contra os Estados Uni-
dos, Rcnê vai tirar Sérgio Gil, que rece-
bcu um cartão amarelo. Prefere poupar o
jogador para as semifinais, já que um
segundo cartão o tiraria do jogo seguiu-
te. No seu lugar vai cnirar Assis.
O lateral Cássio recebeu o segundo
cartão c será substituído por Ari, que já
entrou ontem alguns minutos. Rcnê quer
ver o jogo dos Estados Unidos hoje para
tirar algumas fotos de seu sistema dc
defesa e armar o esquema para a partida
de quarta-feira, assim como fez contra
Mali. "Espero que a goleada não in-
flueiieic na seriedade que merece o jogo
com os EUA. Vamos ter que ganhar no
primeiro tempo sem pensar em deixar
para o segundo, como aconteceu agora",
comentou o técnico, sorrindo e muito
abraçado pelos árabes que acompanham
a delegação a serviço do Comitê da Fila.
ra. A bola foi entregue na direita a
Marcelo Henrique, que, inteiramente
livre, centrou com precisão na cabeça
dc Bismarck.
Os outros três surgiram com ex-
trema facilidade: aos 21 minuntos, o
goleiro soltou a bola após chute dc
Moacir e Anderson tocou com preci-
são. Aos 36, o mesmo Anderson au-
mentou, com chute colocado, de fora
da área. Aos 38, Bismarck penetrou
na área e colocou a bola no canto do
goleiro. (OT)
5 Brasil —Carlos, CiIsbío (Ari). Edson
Rogério e Leonardo; Moacir, Sérgio 011
e França: Nlsmarck. Marcelo Henrique
(Assis) e Anderson. Técnico — Reno Si-
0 gols do brasileiro Titã.
Mali — Houba (Knne). Oumar. Dia-
dle. Bnrry e Guindo; Tollo. Alassane e
Soumaila; noubacar (Dissa), Mnllck e
Falli.Técnico — Dlawara Abilolnye.
Local: Estádio Itihad (Jeddah). Juiz: Jaa-
sim (Exilo). Cartão amarelo: Cássio u Sórifio
Gil. Gol»; no segundo tempo, Cássio (6 nilnu-
tos), Bismarck (8 minutos), Anderson (21 c 36
minutos) e Bismarck (38 minutos).
Salamaleques
Torcida — Ao contrário do que ge-
ralmcntc acontece cm jogos do Brasil
na Arábia, a torcida cm Jcddah foi
maior a favor dc Mali. Centenas de
estudantes do pais que estão cm uni-
versidades sauditas levaram bandeiras
c faixas para saudar o time. O líder da
torcida levava um alto-falante para pu-
xar o grito dc "Mali, Mali". A torci-
da não parou de berrar nem mesmo
com os gols do Brasil, apesar do entu-
siasmo ter diminuído um pouco.
Marcação — Bismarck c Moacir
atribuíram o mal primeiro tempo da
seleção brasileira á falta dc maior aproxi-
mação dos jogadores dc meiocampo.
"Eu e Bismarck
estávamos cercados de
marcadores c não tínhamos quem se
aproximasse para ajudar. Depois, corri-
gimos a posição e o jogo ficou fácil",
disse Moacir. Bismarck concordou. "Fi-
cou provado que não adianta tentarmos
lances isolados. Temos que trabalhar
sempre juntos, mesmo que haja desloca-
ções freqüentes. O rodízio não significa
que defesa, meio-campo e ataque fiquem
separados."
Técnico — A goleada no segundo
tempo após o empate dc 0 a 0 no pri-
meiro surpreendeu os jornalistas estran-
gciros, mas era esperada pelo técnico dc
Mali, Diawara Abdolaye. Conformado,
ele definiu o resultado cm poucas pala-
vras: "O adversário era o Brasil, tricam-
peão do mundo e futebol inigualável". A
queda de ritmo da seleção dc Mali, cm
sua opinião, foi conseqüência da supe-
rioridade técnica dos brasileiros. "Meus
jogadores lutaram muito no primeiro
tempo para sustentar a vantagem c, no
segundo, cansaram de tanto correr atrás
dos brasileiros. Não dava tempo voltar e
marcar."
Outros jOgOS — A seleção da
Arábia Saudita voltou a decepcionar sua
torcida ao ser derrotada cm Ryad Tchc-
co-Eslováquia por I a 0. Em Ihif. a
Argentina venceu a Noruega por 2 a 0.
A União Soviética venceu Costa Rica
por I a 0.
JB
B Especial
Dose dupla
de informação
e análise.
I «M***'¦¦***, iV
*(&*»¦: iy^-sí^Mi^íWJMWwJí***^a*»»^v>a-a>'v
Maradonafoi marcado com faltas mas conseguiu fazer um belo
Napoli empata e volta a ficar
a dois pontos da Internazionale
ROMA — Está muito difícil para
o Napoli, de Maradona e Careca,
alcançar a Internazionale de Milão,
líder desde a terceira rodada do Cam-
peonato Italiano. Ontem, os napoli-
tanos não conseguiram ir além de um
empate de 1 a 1 com o Atalanta, cm
Bérgamo, num jogo de muitas faltas e
poucas chances de gol e voltou a ficar
dois pontos atrás da Intcr que venceu
o Ascoli em Milão por 3 a 1. Os
milaneses agora tem 30 pontos contra
28 do Napoli. No sábado, o Pescara
derrotou a Roma por 3 a 1, com três
O jogo de Bérgamo foi decepcio-
nante. O Napoli sentiu a falta de seus
laterais Corradini (improvisado co-
mo central) e Francini, suspenso, e
não conseguiu nunca abrir espaços na
defesa do Atalanta, que comportou-
se como um time pequeno apesar de
Placar JB
FUTEBOL
Copa do Mundo
Tailândia 1 x 0 Bangladesh
Campeonato Paulista
Bolalogo 1 x 1 Santos
Palmeiras 2x0 Noroeste
São Paulo 3x1 XV de Jaú
Juvontus 0x0 América
Novorizonlmo 1 x O Corinlhians
Santo André 1 x 1 Ferroviária
São José 2 x O XV de Piracicaba
CatanduvenseO
'BragantinoOx x 1 Guarani
1 Mogi Mirim . •
União São João 1'x 1 Portuguesa
Campeonato Catarinense
Avaí 0x2 Joinville
Marcllio Dias 2 x 1 Criciúma
Hercílio Luz 2 x 1 Próspera
Chapecoense 1 x 1 Blumenau
Campeonato Paranaense
Operário Ox 1 Atlético
Londrina 2x3 Apucarana
Coritiba 1 xO Colorado
Pinheiros 1 x 1 Umuarama
Cascavel 0x3 Maringá
Foz 0 x 0 União Bandeirantes
Toledo 0x2 Matsubara
Campeonato Sergipano
Sergipe 1 x 1 Confiança
Lagarto 2x0 Maruinense
llabaiana Ox 1 Vasco
Campeonato Português
Belenenses 1 x 1 Fale
Guimarães 2x0 Braga
Espinho 2 x 1 Chaves
Boavisia 2 xO Setúbal
Sporting 0 x I Estrela Amadora
Penaliel 2x0 Nacional
MaritimoOx 0 Porto
Vizeu 1x0 Leixões
FarenseO x 2 Benfica
Portimonense 1 x 0 Beiramar
Classificação:
1) Benfica. 42.
2) Pono.
37; 3) Boavisla. 32: 4) Sporting e
Vitória de Guimarães. 30
Campeonato Espanhol
Valencia 1 x 1 Barcelona
Atlético Madrid 2x0 Sevilha
Cadiz 0x0 Atlético Bilbao
Malaga 1 x 0 Logrones
Espaíiol 1 x 1 Cella
Elche 3x0 Murcia
Osasufia 0x2 Valladolid
Sporting Gijon 1x2 Zaragoza
Real Sociedad 1 x 1 Real Madri
Betis 1 x OOviedo
Classificação. 1) Real Madri, 35
2) Barcelona. 34. 3) Atlético Madrid. 27.
4) Valencia e Celta. 25
Campeonato Alemão
Bayern Uerdingen 1 x 1 Colônia
Nuremberg 5 x 1 St. Pauli
Frankfurt 2x2 Bayern Munich
Karlruhe 2x0 Hanover
Stuttgart 1 x 3 Borussia Dortmund
Hamburgo 2x0 Werder Bremen
Kínserslaulern 0x0 Borussia
Bayer Leverkrausen 3x0 Waldhof
Classificação 1) Bayern Munich. 27.
2) Colônia e Werder Bremen. 23. 4)Hambur
go. 22. 5) Sttutgart. 21
Campeonato Inglês
Lulton Town 1 x 0 Míddlesborough
Domingo Programa
Os seus programas da semana.
f$mm£tàümm WÊf^-'^'-"" ¦'¦.¦¦¦¦y^.^trmmÂ
gol de cabeça
estar na quarta colocação do Cam-
peonato Italiano. Trancado na defe-
sa, parando Careca, que sofreu oito
faltas, e Maradona, que levou sete, a
pontapé, o Atalanta acomodou-se
desde o primeiro tempo com o empa-
te.
O jogo só não ficou em 0 a 0
porque, aos 35 minutos do primeiro
tempo, De Napoli cruzou da direita,
a defesa do Atalanta subiu com Care-
ca e Maradona veio de trás e cabe-
ceou com perfeição para abrir o mar-
cador. O gol saiu na única chance que
os napolitanos tiveram em todo o
primeiro tempo. Para o segundo tem-
po, o Atalanta tirou o libero Progna-
ro e colocou o atacante Seriolli para
tentar empatar o jogo.
A disposição do time da casa
transformou o jogo num bom espeta-
culo durante os 20 primeiros minutos
^^^^jífc-y ^É^^^âR
Latos domina Holden na
vitória do Nottingam
Queens Park Rangers 0x0 Arsenal
Sheflield 1 x 1 Soulhampton
Classificação: 1) Arsenal, 51; 2) Nor-
wich
Cily. 47; 3) Manchester United. 39.
4) Nottmgham Forest. 38; Coventry City
37
Campeonato Francês
Saint Ètienne 1 x 1 Nantes
Nice 1 x 0 Toulon
Marseille 1 x 0 Lavai
Auxerre 0x0 Paris Saint German
Lille 1 x 1 Caen
Toulouse 2x0 Mônaco
Sochaux 4 x OCannes
Montpellier 5x3 Metz
Classificação 1) Marseille e Paris Saint
German. 52;
3) Auxerre, 50.
4) Sochaux. 48;
5) Nantes. 46.
Campeonato Holandês
Sparla 3x2 Ajax
Twenle 3x0 Veendam
Roda JC 2x0Willem
RKCOx 1 den Bosch
PSV Eindhoven 5x2 VW Venlo
Haarlem 3x0 Volendam
Gronigen I x 1 Feyenoord
Utrecht 2x2 MVV
Classificação: 1) PSV Eindhoven. 34,
2) Ajax. 29. 3) Feyenoord. 27; 4) Twente.
26; 5) Fortuna e Roda JC. 23
ATLETISMO
Campeonato Indoor de Haia
Homens — 3000 metros
1) Dieter Baumahn (Al Oc) — 7m50s43
MUlheres — 3000 metros
1) Elly Van Hulst (Hol) — 9m10s01
Mulheres — 200 metros
1) Mane Josee Perec (Fr) — 23s21
Homens — 200 metros
1) Ade Mafe (Ing) — 20s92
Mulheres — 1500 metros
1) Paula Ivan (Rom) — 4m07s16
Homens — 1500 metros
1) Herve Philippeau (Fr) — 3m47s42
Mulheres — 400 metros
JORNAL DO BRASIL
Bôrgnnio. Ilnlm — AP
Ma
mf/^^
'¦ :v'e '¦:'¦:¦
y.-y-:..:-
do segundo tempo. Durante esse pe-
ríodo, o Atalanta atacou em massa e
o Napoli contra-atacou em velocida-
de. O bom futebol terminou quando
Crippa segurou Bonacina dentro da
área napolitana. Nicolini bateu o pé-
nalti e empatou. O Atalanta voltou
para a retranca, os espaços para o
Napoli atacar sumiram e a mediocri-"
dade dominou o jogo até o final.
Em Gênova, a Sampdoria, tercei-
ra colocada, goleou o Torino (de
Múller e Edu) por 5 a 1 com ótima
atuação de Toninho Cerezzo. Em
Florença, o Milan, que já divide a
quarta colocação com o Atalanta,
venceu a Fiorcntina por 2 a 0 com
gols dc Van Bastcn e Ancelotti. Nos
outros jogos, Bologna 1 x 0, Juventus
0x0 Como, Lazio 0x0 Cesena e
Lecce 0x0 Verona.
1) Sally Gunnoll (Ing) — 52s04
Homens — 400 metros
1) Cayelano Cornei (Esp) — 46s21
Homens — Marcha de 5000 metros
1) Mikhail Tsennikov (URSS)
18m35s60
Homens — 60 metros com barreiras
1) Colin Jackson (Ing) — 7s59
—
Mulheres 800 metros
1) Doma Meiinte (Rom) — 1 m59s89
Homens — 800 metros
1) Sleve l-leard (Ing) — 1m48s84
BASQUETE
Campeonato Profissional
dos EUA
NY Knicks 125x115 New Jersey Nels
Charlotle Hornets 119x114 Indiana
Houslon Rockets 105 x 94 Dallas Mave-
ricks
Utah Jazz 107 x 93 San Antônio Spurs
Seaüle Supersomcs 116x115 Portland
Golden State 121 x 119 Delroit Pistons
Washington Bullels 98 x 93 LA Clippers
Phoenix Suns 120 x 101 Sacramento Kmgs
Los Angeles, EUA —UPI
Washington e Clippers
fizeram jogo difícil
MOTONAUTICA
Campeonato Brasileiro
deOff-Shore
3" Etapa
Força I
1) Roberto Vítor (Alfa Barra)
2) Xico Mauro (Kovak)
Força il
1) José Mondelo (Mondnve)
2) Adelmo Guassaloca (Itamarati)
Força III
1) Túlio Rodrigues (Guivanchy)
2) Acacio Gomes (Magnum/Catedral)
Especial
1) Guilherme Ramalho (Intermanne)
2) Eike Batista (Sprmturbo/Mergulhar)
TÊNIS
Mellita Open — final
Stefan Lochbieter 2x0 Martin WostenhcJ-
me
JB
 segunda-fciffi, 20/2/W O Esportes O 5

Telê arrisca
Marrus Bairros Pinto
Finalmente, Telf §£nlonn resolveu ousar um pouquinho e,
uiiula na eonconiravào, csgjjloii Ailtoji para a Mbeçii-dc-Arcíi,
lançando Renata no níçio campo. Isso deu eficiência ao
ajaque ilo riaiiiengo, porque Renato loi presença constante
nu área do Hanpii. dividindo .1 íirtillinriu cio time com Bobe-
to cada 11111 com dois yols. que ajudaram o lime a vencer o
Bangu por 4 a 2.
Diante de um Maracanã va/10 o empato do Flamengo
com o Porto Alegre, 11a quinta-leira, e a transmissão pela 1V
dá final do Campeonato Brasileiro contribuíram para alastar
o público .0 Flamengo não conseguiu, mais uma vez,
marcar o adversário cm seu campo. O Bangu entrou buscan-
do o ataque mas, com uma equipe ineficiente, deu todo o
espaço que o FJimcngÒ precisava para jogar.
Sobraram gols perdidos, passes errados e jogadas absur-
das, como a bola matada 110 rosto por Ailton e a fracas-
sada tentativa de bicicleta do zagueiro Oliveira na sua área.
Mas o Flamengo foi, de longe, mais eficiente que o Ban-
gu. Tanto que o time da Gávea já vencia cm por 2 a 0 coin 19
minutos de jogo, dois gols de Renato, lances de ex-
tremo oportunismo. Com este placar, o l lamcngo relaxou o
suficiente para o Bangu fazer seu primeiro gol. quando
Zé Carlos espalmou 11111 chute de Israel nos pés de Hclinho,
No segundo-teinpo. a torcida do Flamengo já havia feito
as pazes com o time, comemorando o resultado e sa-
tisfeita com a raça demonstrada cm campo. Bebeto, aos oito
minutos, recebeu um lançamento dc Sérgio Araújo, chutou
errado, mas Barbiroto estava mal colocado. Tocou na bola
com a ponta dos dedos e a viu entrar lentamente. O gol
rcanimou o time.
O Bangu aproveitou bem o momento cm que o Flamengo
fizera duas substituições para marcar o segundo gol. numa
lalha incrível dc Zé Carlos. Ele não acreditou 11a eficiência do
lançamento dc Gilson para a cabeçada dc Hclinho. Aos 43
minutos, a torcida rubroncgra voltou a comemorar, graças
ao gol de Bebeto.
Técnico se satisfaz
com garra da equipe
Houve um momento, durante a_ partida, que a torci-
da começou a gritar o nome de Telê. O técnico, ao invés
de simplesmente agradecer, fez sinal para que esperas-
sem qualquer comemoração. Isso retrata bem seu espíri-
to, diante de uma equipe que jogou bem, mas ainda está
distante do que Telê pretende.
"Fui obrigado a ousar para dar mais eficiência ao
ataque, deixando a defesa aberta, mas valeu a pena ,
reconheceu Telê, para quem o time ainda precisa se
"Continuamos
aplicar mais. perdendo bolas bobas, mas
não quero exigir tanto. Me bastou ver o time correndo e
brigando pela vitória." Renato, o mais feliz no vestiário,
comemorou sua volta ao time e acredita que, jogando na
sua posição original, ponta-dc-lança, dificilmente saíra.
"Fico feliz
pela atuação de todo o time e pela inteligen-
cia do Telê em montar um time ofensivo, como nós e a
torcida gostamos
de ver o Flamen- A Flamengo: ¦ Zó Carlos, Jorglnho, Zé
Carlos II, Aldair o Paulo CéBttr;
go", comemorou o nato (Marquinhos). Ailton e Zico (Al-
atacante. 4 cindo); SórgioSantana.Araújo, Bebeto e Zi-
nho. Técnico: Telê
No vestiário do
Bangu: Barbiroto. Bimba, Tobi. Mircio
Bangu, o técnico Rosslnl. Oliveira o Wauner; Gilson, 1b-
Pinheiro, que diri- rael (Macula) e Arturzinho; Téonico:
Manú (Roblnho) e Hclinho.
giu o time pela pri- 2 Pinheiro.
meira vez depois
deixou o Local: Maracanã. Juiz: CarloB Elias
que
América, criticou 5.133. mentel. Renda: NCzS 3.403,80. Público:
Preliminar (juniores): Flamengo I X
a liberdade que 1 Bangu.
deram a Zico.
João Saldanha
e Flamengo derrota Bangu
Custódio Colmhrn Preto e branco
Bahia o
ganhou „
O campeonato e isto
foi bom. Não fez gol, mas
andou mais perto. Foi
mais time e mais um car-
naval no Campo Santo.A
independência foi mesmo
no dia dois de julho.
Mas a bola rolou, fui
là em Bangu ver o Flumi- iWt
nese c só dava Americano.
Engraçado que o Fluminese, cheio de gente
baixa no ataque, mandoü; bola alta o tempo
todo. E ainda querem o Lê. Baixinho, no mo-
mento, somente o Maradona. O Botafogo sc
animou com o enfraquecimento do Flamengo e
do Fluminese c, meio assustado, vai sc manaan-
do. No jogo contra o Flamengo, já vai apare-
cer dc liucr. E sc deixarem campo limpo,
dará grande publico. Renda não pode dar
Um sanduíche frio lá dentro do Maracanã
custa sctccentos, ou seja, setenta ccntavinhos
novos. Mas também ninguém vai pagar uma
entrada só para comer o sanduíche. Melhor
mesmo é ficar cm casa. Mas abram o olho, o
Botafogo está ccrtinho e se não mexer, cuida-
do gente.
O Flamengo sc ajeitou. A entrada do
Renato melhorou o atacnie, mas a defesa
estava meio aberta. O goleiro Zé Carlos ne-
ccssita muito dc treinar com bolinha peque-
na. O time do Bangu c razoável pela repeti-
<.>^ /V >•:¦>.<• , • ..i :-:v s . .>. • w . . j ção dos homens que aprenderam a jogar juntos.
.
Sergio Araujo (7) cruzou para Renato marcar o primeiro gol da vitoria do
via Quase pega o Flamengo, que jogava fácil, mas
muito aberto. Zico, solto no meio do campo,
FLAMENGO comandou o negócio. Bebeto e Renato sc an-
carregaram do resto.
• — Pelo seu setor o substituído por Alcindo *
Zé Carlos • — Um goleiro com a sua Paulo César que Uma coisa avulta, infelizmente, no fute-
experiência não pode sair tão mal Bangu fez as jogadas para os gols. pouco fez. boi brasileiro. Nossos jogadores sempre es-
num lançamento como no que origi- Renato ??? — Jogando com mais Sérgio Araújo ?? — Não estava tão muito preocupados com o que possa ver
nou o segundo gol do Bangu. liberdade, fez dois gols. Foi substi- em uma de suas melhores tardes, ou pensar um empresário. Assim, não pas-
Jorginho ?? — Foi bem na marca- tuido por mas de seus pés saíram cruzamentos sam a bola, mesmo que estajam cm dificulda-
ção, habilidoso em passes de letra e Marquinhos ?? que conseguiu fa- para dois gols. de e outro companheiro mais bem colocado
sempre eficiente no ataçjue, ainda zer bem o seu papel. fique pedindo ou implorando o lance. Basta
Bebeto ?? — Com o oportunismo que a oportunidade pinte que ninguém passa
que tenha sido menos exigido. Ailton • — À medida em que o time habitual, fez dois belos gols e perdeu
Zé Carlos II ? — Inseguro em diver- sobe de produtividade, ficam a bola. Isto é muito ruim. Sem dúvida que o
sos lances, Exigiu demais dos com- tes suas deficiências,
paten- outros dois. Flamengo mereceu o jogo. Mas jogando aberto
Zinho ?? — Jogou mais no meio daquele jeito, pode se aborrecer.
panheiros e abusou dos chutões a
escanteio, sem necessidade. zico ??? — Com liberdade para que na ponta, sendo mais importante Dc todos os modos, foi um bonito jogo.
Aldair ?? — Como de hábito! agir e o Flamengo jogando melhor, na marcação, onde saiu-se bem rou- Seis gols numa partida não é muito fácil nos
seguro, determinado e decisivo. pôde mostrar sua qualidade. Foi bando bolas do adversário. tempos atuais. Do Flamengo, os melhores
foram o Zico, Bebeto e Renato. No Bangu,
BANGU Arturzinho foi o cobra.
Nossos árbitros ainda estão muito bonzi-
Barbiroto • — Inseguro, principal- ço, parecia bem, mas não conseguiu setor direito era o menor caminho até nhos com os jogadores. Depois eles levam
mente nas bolas altas, falhou no tercei- nada de eficiente durante os 90 mi- o gol e conseguiu fazer vários lança- cartões nos jogos internecionais e não sabem
nutos. mentos para a área.
lie- ro e quarto gols do Flamengo.
Tobi ? — Totalmente envolvido pelo Manú • — Absolutamente ausente, por que. Mas bonzinho mesmo foi aquele
Bimba ?? — Conseguiu algumas jo-' que se atrapalhou e deu o nosso primeiro gol
gadas eficientes fazendo boa dupla meio campo do Flamengo. nada fez, sendo substituído por Robi- em impedimento contra uma Alemanha da-
com Gilson. Israel — Estava cansado demais, nho ir que deu mais trabalho.
quelas. Se naquele fatídico gol do Paolo Ros-
Márcio Rosslnl • — Continua se deixou Zico completamente livre e foi Helinho ?? — Foi outro que soube si no três a dois do Sarría o Júnior tivesse
substituído por Macula ? que nada aproveitar os buracos na defesa do saído da área pequena, a historia poderia ser
preocupando mais em bater do que em
jogar. .
acrescentou. Flamengo e marcou um gol, com a diferente. Mas ficou plantado e a bola, que
Oliveira ? — Está visivelmente acima Arturzinho ?? — Continua o cére- ajuda do goleiro Zé Carlos. veio de trás. não valeria. E só três times de
Pi- bro do Bangu, e soube se aproveitar
do peso e isso facilitou em muito o preto e branco pularam na frente.
ataque do Flamengo. das deficiências da defesa rubronegra. •Ruim ? Razoável ?? Bom ???
— Percebeu logo que o Muito Bom ???? Ótimo
Wagner • — Quando lhe davam espa- Gilson

Empresário italiano tem mais três

Botafogo marca Taça Guanabara
gols
opção para comprar Edu

e Espinosa não fica satisfeito -

US$ 1,65 milhão
J. João Cerqueira 1 — Botafogo 2
por fez o primeiro gol, após pegar o rebote de 2 -
Americano
SÃO PAULO — O diretor de futebol do Palmeiras, Norberto Bornéo um cruzamento dc Galvão. Carlos Al- -
Márcio Papa, informou ontem que o clube assinou uma carta berto, que foi efetivado como titular de- Vasco 2
venda O Botafogo derrotou ontem por 3 a 0 4— Flamengo 1 2
de opção com a International Trading Company "Eles para pois do jogo, fez de cabeça o segundo,
do meia Edu, que já jogou na seleção. têm prazo o Nova Cidade dc Nilópolis no Caio num cruzamento dc Gustavo, aos 33 mi- Porto Alegre 11 -
até 30 de abril para nos pagar US$ 1.65 milhão, caso contra- Martins, cm Niterói, e permanece na nutos. O ccntro-avantc Varela, que jo- - America 1 -
rio o negócio não será confirmado. E, depois dessa data, liderança do Campeonato Estadual, ao gou mal, perdeu um gol feito aos 45, 1-113 5
o passe do jogador passará para USS 2,5 milhões", disse lado do Americano de Campos e Vasco, - Bangu
quando penetrou livre na área. 3
Papa. todos com quatro pontos. Paulinho Cri- No segundo tempo, os jogadores can- Cabofriense -
ciúma, que já marcara contra o América, saram, mas o Botafogo ainda perdeu - 3
Papa acrescentou que a confirmação da transação depen- 9 - Volta Redonda
derá também do clube que ficará com o jogador, que ele fez dois gols c Carlos Alberto um. A várias chances. Aos 25 minutos, Criciú- - 4
Nova Cidade
espera seja um dos mais importantes do campçconato italia- partida, que começou às 15h30 sob sol ma fez o terceiro gol. Recebeu lançamen- 2
muito forte, foi preguiçosa. O Botafogo Fluminense -
no. Sabe-se que Bari, Milan, Udincsc, Sampdoria e Co- to dc Mauro Galvão, entrou livre na
mo são as alternativas mais prováveis. Quanto a Edu, o venceu sem muito esforço, aproveitando- área, driblou o goleiro Maurilio e chutou 2
Olaria -
problema não é esse, mas o dc aproveitar a oportunidade dc sc do esquema confuso do adversário. Os quase da linha do gol. As duas vitórias
ganhar muito dinheiro c sair do Brasil. Ele não esconde que destaques foram Criciúma e Mauro Gal- não são suficientes para a torcida pensar
não agüenta mais ficar no Palmeiras. vüo. em ressurreição do Botafogo, mas dão a
Hoje, a delegada da ITC no Brasil, Edda Silvestre, e o Após duas vitórias e quatro gols mar- tranqüilidade necessária para o time ten-
empresário italiano Mattco Quitadamo terão um almo- cados, o técnico Valdir Espinosa disse tar voltar a ser grande. IFISZPANI
ço em São Paulo com Edu e os cinco jogadores contratados que o time precisa aperfeiçoar as conclu- A ÚNICA SOLUÇÃO
junto ao Internacional dc Bebedouro, do interior paulista.
De sões para poder tranqüilizar-se no pia- Botafogo — Ricardo Cruz, Josimar, Wil-
acordo com os representantes da ITC, o contrato com Edu car. Espinosa espera a volta de Vítor, •¦I son Gottardo, Mauro Galvfto e Renato; | PARA CALVÍCIEH
será de três anos. Ele receberá US$ 247 mil, correspondentes contundido, para o clássico dc domingo, Wilson Gotardo Carlos Alborto, Carlos Magno (Edilson) e
3_ Paulinho Criciúma; Jôforson, Varela o
aos 15% do valor de seu passe, além de participação na contra o Flamengo. O treinador quer ter Gustavo. Técnico: Valdir EsplnoBa.
revenda do pase e outras mordomias. A ITC pretende acertar ainda o ponta Maurício, cujo cinprésti- estar no time somente por'ser filho do
S11-
nos próximos dias quais os clubes que vão adqüirir os jogado- mo ao Inter acabou com o fim do Brasi- presidente, Gélson Silva Chaves. O pai Nova Cidade — Maurilio. Chlqulnho, ^ ¦jjM
'
va, Marcfto e Sérsio; Chico, Noronha oo
res pois a empresa não pretende ficar com os passes. leiro. Para o lateral Josimar, a vitória, imitou o gesto do jogador e colaborou na Sinéslo (Doca); Clóvia (Nolslnho), Dft W IIP
Freitas.
Os italianos garantem ainda que estão interessados tam- ontem, dá calma ao time para tentar agressão. O Nova Cidade exibiu um cs- 0 Estrola. Tíonioo: Lula Carlos
bem na compra dc Jandir, Edinho e Romerito (Flumi- vencer o Flamengo e mantej a rcgulari- quema retrancado, mas vulnerável, c Local: Caio Martins (Niterói). Henda: NCzS
pouco criativo no meio-campo. Walter
2.040,60. Públi-oo: 3.306 pagante». Juii: Ricardo
nense), Raí e Edvaldo (do São Paulo), André Cruz (Ponte dade. Cartfte» Amarelo»; GuBtavo,
Preta) e Careca (Cruzeiro). Os jogadores do Internado- O apoiador Sinésio, do Nova Cidade, O Botafogo dominou desde o início, Sonra.
Cruz, Chlqulnho e Nolsinho. Gol»: minutos)
ao primei-
substituído no meio do segundo tempo, ditando o ritmo do jogo de acordo com roCarlos tempo. Paulinho Criciúma (11 e JB •.-.s ANTES
.<••:>:,x- -v
nal dc Bebedouro podem ser alugados a clubes brasileiros até Alborto (33 minutos); no segundo tom-
o começo da próxima temporada italiana, cm julho, quando pulou o alambrado do Caio Martins pa- sua maior ou menor movimentação. Aos po. Paulinho Criciúma (24 minutos).
Edu também liberado. Até lá, o atacante continua no Palmei- ra agredir um torcedor que o acusou de 11 minutes do primeiro tempo, Criciúma
ras.

Nelson Piquet cai da

Yasco em dia de nova vitória THéiac
escada em seu iate e
Os livros,
Bobô DEPOIS
exalta e esnoba
as costelas jovens os autores, Não ó transplante
fratura
noitinha, constato que o time continua meiro. Foi quando Sorato, atualmente as tendências Não é cirurgia
Viareggio, ITÁLIA— O piloto brasileiro Nélson Piquet, Sérgio Dantas eficiente. Por isso, posso afirniür que o cm péssima forma, serviu a Vivinho na N#o é tratamento
tricampeão mundial de Fórmula i, sofreu ontem acidente em Vasco é o único clube do Rio em que o entrada da área e o atacante, percebendo culturais.
seu iate, ao cair de uma escada, e fraturou as costelas. Imedia- O vasco produziu o suficiente para Bobô não tem lugar para jogar. Não FISZPAN
que Paulo César estava adiantado, chu- R. Sete de Setembro. 88 S/L. 201
lamente socorrido pela tripulação do barco, Piquet foi levado vencer o Cabofriensc por 2 a 0 e se dc reforços porque temos o tou por cobertura, marcando o segundo
ao hospital de Viareggio, onde o médico tranqüilizou seus manter na liderança da Taça Guanabara. precisamos Av Copacabana, 836 S/L. 201
Bismarck." gol do time com categoria semelhante ao
parentes e amigos, afirmando que ele não deverá ficar mais Com Gcovani fazendo uma de suas pio- Quando Gcovani lez cobrança de fal- de Ernâni. No fim, o técnico Orlando
do que dois dias internado. res partidas — a rigor, não acertou se- ta sobre a barreira c. na volta, acertou reconheceu que Sorato precisa melhorar
Há alguns dias, o iate de Nelson Piquet está ancorado no quer um passe —, os poucos torcedores bonito chute no ângulo, obrigando o as jogadas de área e prometeu que contra CLUB BRASILEIRO
porto da cidade e o piloto tem comandado a reforma. que foram ao estádio do Bangu come- goleiro Paulo César a se esticar para o Porto Alegre, domingo, em São Januá-
JOCKEY
Ele estava no convés e, segundo informações extra-oficiais, moraram os dois gols, ambos marcados evitar o gol. o Vasco deu a impressão que
caiu da escada, batendo violentamente com o tórax em alguns rio, ele será mais eficiente. Taxa de manutenção
com a marca do craque, por Ernãni e imporia seu forte jogo de conjunto para
degraus e fraturando as costelas. Vivinho, mais que a vitória. No fim, dobrar o organizado Cabofriensc. Puro
Quando Nélson Piquet chegou no Hospital, a preocupa- Cabofrienu — Paulo César. Céllo. Oaü- Alerta aos sócios
Vivinho foi carregado nos ombros da cho. Marcelo e Paulo Roberto: Cacalho. acordo
ção dos amigos e tripulantes era se o baço do piloto fora O time atuou arrastado, sem
torcida do centro do campo até a entrada engano. imaginação, e, Valbert e Cao; Cuia, Rui (Pedro) e Miran- Os sócios efetivos que não estiverem devwíadora
atingido. Piquet não parava de reclamar de dores no local. O
do vestiário. nenhuma pelo menos no 0 dinha iSandro) Técnico— Décio Leal com o pagamento da taxa de manutenção
exame constatou que nada de grave acontecera. Por medida primeiro tempo, só a jogada do gol de do direito adquirido, instituída na ilegal Assembleia
de precaução, os médicos levaram Nélson Piquet para a Foi o acentuado desnível técnico cn- Vaaoo — Acáclo. PauloZé doRoberto. Cèllo. do dia 17/01/89. deverão entrar em contato com os
tre as duas equipes, aliás, que o vice- Ernãni, no último minuto, mereceu Leonardo e Mazinho; Carmo. Geo-
Unidade de Tratamento Intensivo, onde ele passou a noite em aplausos: ele recuperou uma bola prati- vanl (Luciano) e Ernâni: Vivinho.
—
Sorato advogados HARIBERTO DE MIRANDA JORo^?
observação. presidente de futebol do Vasco, Eurico 2 iTiba) e Wtlllam Técnico Orlando Lelê FILHO, Rua Debret n° 23, salas 603 à 605, tels 240-
O acidente, no entanto, não deverá prejudicar os treina- Miranda, usou para provar que não é o camcntc perdida e foi driblando até a Local: Moça Bonita. Renda: NCzS 1.186,80. Pú- 1579/ 240-1879 e EMÍLIO NINA RIBEIRO, Rua
•• mentos que Nélson Piquet fará na Lotus, cscudcria cm Vasco o clube carioca que pretende - pequena área, quando passou pelo golci- blico 1968 pagantes. Jui*: Luís Carlos Gonçal-e México, 111/10° andar, tels 220-7188;' 220-5792.
"Hoje acor- ro e chutou forte. ves. Cartões amarelo*: Cuia. Céllo (Vasco) e
que competirá pelo segundo ano consecutivo, para o Grande contratar o baiano Bobô. Gola: No primei-
Paulo Roberto tCabofrlense). setnindo, para alternativa do depósito da taxa em juízo para
Prêmio Brasil, dia 26 de março. A equipe deverá se reunir na « dei vendo uma goleada da seleção bra- O time voltou melhor no segundo ro tempo. Ernâni (45min); no Vivinho assinarem a convocação de nova Assembléia para
sileira de juniores com cinco gols mar- tempo, sobretudo com Mazinho, mas lo- i25mln!. Pr.Uminar Vasco 1 x 0Cabofrl%nse tratar do assunto.
primeira semana de março e até lá o piloto estará estará
recuperado. cados por jogadores do Vasco. A uo tornou a cair na. monotonia do pri-
 Lazaroni quer futebol aplicado e competitivo
'Tadeu
de Aguiar
O técnico Scbiisliiíq Laznroiii sabe
muito bem o qiic quer na seleção
brasileira: jogadores aplicados, soli-
dários, competitivos, mas tle luiebol
essencialmente técnico. "Vamos valo-
rizar o talento, aproveitar a carne-
teristica ilos jogadores dentro da con-
cepçào que tenho do futebol",
afirmou. Essa concepção pode ser en-
tendida pelo elogio que le/. à sele-
ção formada por Telê Santana no
Mundial de 82: "Com ela, fizemos a
retomada do futebol técnico, do fute-
boi arte".
"Adoro a escola
brasileiro, alegre,
mas não podemos abrir mão da com-
peliçào", revela em seguida. Associar
o (alento c a improvisação do joga-
dor brasileiro ã necessidade de maior
participação no conjunto não chego a
ser uma preocupação de Lazaroni,
"Há
dez anos, havia mais resistén-
cia", entende, F.le não considera o
jogador brasileiro indisciplinado tec-
nicamente e tampouco que tenha difi-
culdade para assimilar instruções. "
Na seleção, terão liberdade para en-
contrar novas soluções, mas sem
abrir mão do conjunto, da responsa-
bilidade que lhes cabem", promete.
Os laterais, por exemplo, serão
sempre ofensivos, O cabeça-de-área
lambem atacará. Só que os três não
poderão fazer isso juntos. F.ssa sin-
cronia é a preocupação de Lazaroni
logo nos primeiros dias de treinos.
Tentará aperfeiçoar tle imediato o es-
quema do time, com muito treinos
táticos e poucos físicos e técnicos.
Ele quer montar logo a base da equi-
pe para enxertá-la depois com os jo-
gadores que estão na Europo.
"O
futebol brasileiro já apresenta nos
clubes essa combinação de futebol
força e técnica", diz. e dá exemplos no
gaúcho, paulista, carioca e baiano.
Na verdade, Lazaroni só demons-
Ira preocupação com a falta de ousa-
dia que tem visto nos jogadores bra-
silciros. Ele mesmo justifica. "Houve
um período no futebol brasileiro em
que demos muita ênfase a parte física
em detrimento a técnica", diz. Mas a
explicação não se resume ao reflexo
dos anos da ditadura tática. "Os jo-
gadores estão com medo de arriscar,
porque também há muito pressão
da torcida e da critica. Temos de
valorizar a iniciativa, a grande joga-
da, o craque. O medo está burocrati-
zando o nosso futebol", adverte.

Jairo vai espionar Dunga e Ricardo são líderes

times adversários
Toda informação sobre Chile c Ve-
nczucla, os adversários do Brasil nas
eliminatórias para a Copa do Mundo
de 90, por menor que seja, será sempre
bem recebida pelo técnico da seleção
brasileira. Sebastião Lazaroni. O respon-
sável pela coleta do material será Jairo
dos Santos, que colabora com os técnicos
da Seleção desde 77, quando começou a
trabalhar com Cláudio Coutinho. Dcta-
lhista e estudioso, Jairo dos Santos che-
fiará uma rede de espionagem a serviço
do futebol brasileiro.
Por enquanto, Lazaroni só dispõe
dos teipes dos jogos do Chile e da Ve-
nczucla na Copa América de 87. Mas
logo espera ter mais dados, que serão
obtidos através de publicações de re-
vistas c jornais c com pessoas ligadas
ou não ao futebol chileno c vcnezucla-
no. Os técnicos do Internacional c do
Bahia, por exemplo, cujos times dispu-
tarão a primeira etapa da Taça Libcr-
tadores da América contra clubes ve-
nczuelanos — Marítimo c Tachira, bases
da seleção nacional —, informarão sobre
o estilo dos jogadores.
No momento, o principal objetivo de
Lazaroni é acumular o máximo de in-
formações do Chile e da Venezuela. Mas
isso não descarta os dados sobre o futebol
europeu, que merecerá sempre atenção
especial do treinador. Tanto que pediu à
CBF que providenciasse regularmente
jornais c revistas européias, como A Bola,
de Portugal, c Guerin Sporlivo, da Itália.
Assim como a montagem de uma videote-
ca, para armazenar teipes de jogos da se-
leção brasileira c de todas as seleções
européias. Alguns jogadores que estão
na Europa, como Titã e Júnior, foram
incumbidos de gravar os principais jo-
gos de clubes c seleções.
"Minha
preocupação cm acompanhar
o futebol europeu era menor antes do que
agora", admite o treinador. Mesmo as-
sim, demonstra estar atualizado sobre os
principais centros. Fala, por exemplo,
com entusiasmo da Holanda de Gullit e
Van Bastcn. E com admiração do estilo
competitivo do futebol italiano. "O Na-
poli é um bom exemplo. Tem dois gênios,
como Maradona c Careca, e ambos se
adaptaram ao esquema italiano. O Careca
é visto tirando bola da área com a mes-
ma desenvoltura com que finaliza na
área adversária. E esse estilo do clube
é bem assimilado na seleção da Itá-
lia", diz. Sobre Maradona, elogia ain-
da o relacionamento fraterno que man-
tém com o técnico da seleção argentina,
Carlos Bilardo.
Pelo que já observou, acha que tão
cedo não surgirá qualquer novidade táti-
ca, mas, sim, o aprimoramento do que já
é praticado no mundo inteiro. "O futebol
é cada vez mais saber explorar ao máxi-
mo, quando se tem a bola nos pés, e
buscar a recuperação dela sempre com
mais aplicação e determinação", acredita.
"Só
pode haver novidades táticas quando
existe muito talento", ensina. E comprova
"Hoje, a Europa
0 que diz: valoriza mais
a técnica do que a força."
Se a convocação para a Copa Améri-
ca c as eliminatórias tia Copa do Mun-
do fossem essa semana. Renato não seria
chamado, Andrade teria poucas chances e
Douglas, ex-apoiador do Cruzeiro e
atualmente no Sporting de Portugal, po-
deria merecer uma oportunidade, embora
seu nome não esteja incluído na relação
original dos .V) pré-seleeionados. "O re-
Irospecto do jogador é importante, mas o
momento dele muito mais", diz Lázaro-
ni."
A seleção dos seus sonhos continua
sendo Tafiarcl, Jorginho, Júlio César,
Ricardo e Mazinho; Dunga, Geovani,
Titã c Valdo; Renato e Careca —. o que
não significa que todos serão chama-
dos. "Serão, se todos estiverem em for-
ma", acrescenta. Hoje, por exemplo, ao
lado de Careca, escalaria Romário. "Re-
nato vai ter que melhorar muito. Se tiver
outro melhor do que ele na época da
convocação (cm 23 de junho), ele não será
convocado."
Ele vai querer saber como estão (além
de alertá-los para manter a forma), com
que rapidez poderão ser liberados de seus
clubes e até aproveitará para colher infor-
inações sobre o futebol europeu. Não é só
. a má forma técnica de Renato que o
Dunga: Para o técnico da sele-
-• fe-%' ' preocupa. A de Andrade também. Da
IpfA ~í^ÉÉ&-'~AAAAA.- / A A?A;- ^ <¦'""• " médio volante do Fiorenti- mesma forma, já se sente incomodado
com as informações que tem lido sobre o
r* fe ' ; ¦ "a é uni líder (conto Ricardo, do
? A' tem função importem- descontentamento do zagueiro Júlio Cé-
Bc'"f'c" sar com o futebol francês. "Essa ansieda-
de poderá influir no seu futebol c o seu
rendimento baixar", teme.
Compensação — O técnico pro-
cura se manter bem informado. Além de
ler publicações estrangeiras, tem procu-
rado conversar com alguns jogadores,
por telefone. Recentemente, falou com
Bobo não deve ser convocado
PORTO ALEGRE — O técnico da
seleção brasileira, Sebastião Lazaroni, ad-
mitiu ontem, no Beira-Rio, depois do jo-
go entre Bahia c Inter, incluir jogador do
Bahia na relação dos convocados que di-
vulgará na próxima quarta-feira, na sede
da CBF. Lazaroni foi lacônico ao respon-
der se seria possível formar uma seleção
sem nenhum jogador do time campeão
brasileiro. "Tudo é possível no futebol",
como se descartasse Bobó.
Lazaroni parece decidido a não rela-
cionar os jogadores que estão na seleção
brasileira de juniores na Arábia Saudita,
como Bismarck e Sérgio Gil, que estão se
destacando. Ele acredita que o time brasi-
leiro chegará á final do mundial da cate-
goria, e uma convocação poderia atrapa-
Ihá-los, além de haver coincidência de
datas — dificilmente poderiam se apre-
sentar no dia 6 de março. Lazaroni teme
ainda não poder contar com os jogadores
de Internacional e Bahia — mesmo que se
decida pela convocação de um jogador do
time do Bobó.
Internacional e Bahia começam a dis-
putar, já amanhã, a Taça Libertadores da
Lazaroni elogiou mais o juiz Dulcídio do América, e ambos têm jogos contra as
que jogadores para convocação. equipes venezuelanas, Marítimo c Tachi--
Titã, Quando não é ele que telefona, é o
supervisor Paulo Angioni, Foi através de
Angioni que soube, por exemplo, que Ro-
mário não faz gols há três jogos e anda
preocupado com isso. Lazaroni não de-
monstra surpresa ao deparar também
com os elogios ao apoiador Milton, do
Como. "Ele vem jogando muito bem de
eabeça-de-árca". acrescenta. O que não é
suficiente, segundo o técnico, para rnçrc-
"Não convoco
çer uma convocação. um
jogador somente por uma boa fase e o
Milton tem pouca história na seleção.
Douglas tem uma passagem mais mar-
cante", insinua.
Má convocações que não podem ser
discutidas na opinião do técnico. Sáo
jogadores que Lazaroni gosta tanto, que
se deixa trair, com brilho nos olhos,
quando fala neles. São os casos de Riear-
do. do Bcnfica, e Dunga. do Fiorcntina.
"São dois lideres. Vejo
em Dunga. por
exemplo, muito mais que um jogador for-
le e bom marcador. Ele tem outras quali-
dades. É muito profissional c aguerrido",
elogia. O técnico não admite abrir mão
deles, quando formar o time para a Copa
América e as eliminatórias. Da mesma
forma, pensa em relação a Careca, a
"gênio", Romário
quem trata como c
Valdo.
A liberação desses jogadores, por con-
seguinte, já é um assunto da pauta das
reuniões diárias que mantém com o dirc-
tor Enrico Miranda e o supervisor Paulo
Angioni, na CBF. Lazaroni espera que,
todos estejam liberados a 15 de junho,"
exatamente 45 dias antes da estréia da
seleção brasileira nas eliminatórias. Como
alguns campeonatos europeus estarão
ainda cm andamento, o técnico e a CBF
admitem um acordo, desde que a seleção
não seja prejudicada.
ra, que completam o grupo dois, no mes-
mo período _ de treinamento da seleção
brasileira. "É uma coisa que tem de ser
negociada c discutida."
O técnico chegou a Porto Alegre, por
volta das I5h40, num jatinho particular
— um Cessna 550 —, acompanhado do
presidente da CBF, Ricardo Teixeira,
dois outros dirigentes da entidade e tam-
bém do auxiliar Gilson Nunes. Ele elo-
o desempenho de Bahia e Internado-
giou "Qualquer
nal: um dos dois poderia ter
sido o campeão."
Depois do jogo, desceu ao vestiário do
juiz Dulcidio Vanderlei Boschila para
cumprimentá-lo pela atuação. "Foi uma
aula de arbitragem", disse. Numa análise
final dos jogos que viu do campeonato
brasileiro, o técnico da seleção brasileira
afirmou que foram bons jogos e muito
bem disputados. "Mas faltou o toque de
genialidade do craque", ressaltou. Pode
ser mais uma evidência de que, na sua
relação de quarta-feira, o nome de Bobó
não esteja incluído. Ele foi o jogador que
mais se sobressaiu c despertou a atenção
dos torcedores brasileiros nas últimas eta-
pas do campeonato brasileiro. Mas pode
não ter convencido o exigente Lazaroni.

Bahia campeão merecia muito mais do que o empate

- PORTO ALEGRE
AI FP.RF — —Fr.i „m resul
Foi um ,™„i_
tado injusto esse 0 a 0 que proporcionou
ao Bahia comemorar, longe de casa, seu
primeiro titulo de campeão brasileiro. In-
justo porque ele merecia mais. Sem favor
algum a um time que caiu na preferência
do torcedor brasileiro por ser, a principio,
teoricamente mais fraco, o Bahia domi- Ipi" ':<*Érll
nou completamente o time do Internacio-
nal no segundo tempo, desperdiçando
exatas 12 chances contra três do desespe- i_________P -MB Br *¦ ^raKrafTA üfl ____^^____^i__B_^; ik«___ ____l^^^_^^__i_li^r%^^i
rado adversário.
Faltou o gol para caracterizar um do-
minio que, se não chegou a massacre, lÉtla
como no primeiro jogo, na Fonte Nova,
justificou a presença do Bahia na final do
Campeonato Brasileira e mostrou, sem
reparos, porque essa equipe bem dirigida
por Evaristo de Macedo e comandada
pelo excelente Bobó chegou lá. no terreiro
do adversário.
Desde os 20 minutos de jogo, quando
cessou a tática de abafa com que o Inter
entrou, foi possível perceber que difícil- K apr i ls^____ H^'W ÉA IÉÉ_â_:^___i
mente o Bahia sairia do Beira-Rio sem o
titulo. Seu time tinha muito mais perso-
nalidade. superava o Inter em garra, toca-
va a bola com maior consciência. No
segundo tempo, então, a diferença de
estado de espirito foi impressionante. De
um lado. um Inter desesperado, sem joga-
das. sem alma, totalmente perdido. Do
outro, um Bahia tranqüilo, seguro, sem se
afobar ou acelerar demais, no entusiasmo
dos contra ataques. Foi campeão quem
mais mereceu.
Porto Alegre — Objetiva
"™ Press J_ JL
^_iNd______n____l_Í______pis«?V^>. iSesÜíI» ^_Hr -MM—BB—T ai
Ronaldo -k k -k — Não se abalou em Paulo Róbson -k k ir — Mesmo contun- Osmar * — Entrou no lugar de Bobô.e,
nenhum momento e deu tranqüilidade
dido, com um grande curativo no rosto, jogou um minuto. E neste curto espaço
'^3Blfâ^^«3^a_r_^Ír_^_«^______^. W^rkfcÉte4É aos companheiros. Nas poucas vezes que atuou até o fim com disposição, contendo criou a última oportunidade do jogo,
o Inter lhe exigiu, mostrou segurança. Maurício e ainda arriscando o apoio, com chutando para defesa de Taffarel.
* Tarantini -k -k — Algumas entradas muita raça e aplicação. Zé Carlos k k — Com o Inter no
H__T BfP ^SP^_|_^nP? «-JL. ,_*?***: *• mais duras no início foram suficientes desespero, teve espaço para algumas jo-
Paulo Rodrigues -k -k — Mais uma vez
para que o Bahia se tranqüilizasse por seu deu o ritmo do Bahia e só não leva gadas pela direita e criou boas chances de
setor. Ficou mais preso à marcação, para cotação maior porque se excedeu umas gol, pecando apenas na definição do
m% <aA\JMm9mm, sl_ ? s_________P______f -___r* «¦ fé w- não levar bolas às costas. três vezes em jogadas de efeito, colocan- lance.
João Marcelo k ir — No início também do em risco a segurança defensiva do seu Charles k ir k — Por falta de perna,
ViL#9 Pi ãlli-l t_ Wt
ttllryVwlBP ^__L • Jk%J^ ¦-¦ - <&.. deu algumas entradas duras, que lhe time. no final, deixou de fazer o gol que
valeram cartão amarelo. Mas foi um
Gil -A- k — Ajudou Paulo Rodrigues na premiaria excelente atuação. Incomodou
PP^f _L iüK i l_P^R/3___l_r >S i _jSl^»%.«^ !&__»__A_ gigante na defesa, rebatendo todas as os zagueiros o tempo todo, segurou a
Lolas que vinham em sua direção. proteção aos zagueiros e abdicou da aju- bola quando preciso, entendeu-se bem
/ ,-_H _f BT* j___ELj_HBr *r__f __Fáilll ^'"!«!__k_F__ 1 Claudir * ir — No mesmo nível do da ofensiva, liberando o companheiro com Bobó. Ótima partida.
companheiro, levou quase sempre vanta- para que desempenhasse mais essa fun- Marquinhos k k — Muito bom nas
i e* J / *____P tSÉPPth gem sobre o ataque do Inter. Cometeu só
uma falha, ao atrasar mal uma bola para
ção.
Bobó -k ir ir ir — Vai ser difícil o
jogadas de contra ataque pela esquerda,
explorando os avanços de Luís Carlos.
o goleiro. Saiu contundido em meio ao Bahia segurá-lo. Hábil, inteligente, técni- Arrancava sempre em velocidade e dava
BBÉp:% *• _»_____m._____ ___jP^-i_f^lP^^ ¦..':;.. - \^k : ¦'-¦ ^m\ mmr %^§|^ segundo tempo. co, oportunista, de estilo refinado. Chu- a seu time grandes opções de jogada.
Ncwmar -k k — Substituiu Claudir e tou uma bola na trave e armou excelentes •ruim -k regular ¦*• * bom k k -k
manteve a mesma segurança. oportunidades para os companheiros. .muito bom k k k -k ótimo
INTERNACIONAL
Taflarel • • • — Evitou em várias opor- Casemiro • — Por seu setor, o Bahia Maurício • — Era o 7. Não levou vanta-
tunidades o gol que o Bahia merecia no deitou e rolou no segundo tempo. Não gem sobre Paulo Robson, não deu um
segundo tempo, embora quase levasse marcou e também não apoiou, ficando chute sequer a gol, não foi nenhuma vez à
um frango no final, em falta cobrada por perdido na intermediária, sem saber o linha de fundo, não auxiliou a marcação.
Zé Carlos. Mais exigido que o goleiro que fazer para ajudar o Inter. Péssimo, o tempo todo. Saiu tarde.
adversário. Norberto * — Num jogo em que o Heider • — Entrou no lugar de Maurício
Jk ¦¦ jg^" • JÉk, ^^___k_________FA -^ ¦?í_s_. Luís Carlos Winck * — Muita decisão no ataque é necessário, fica meio sem fun- mas não melhorou em nada.
apoio, mas deixando sempre espaços, por ção, pois defende bem — o que não foi o
onde Marquinhos e. às vezes. Bobó ar- Nilson -k — Nâo jogou bem. mas pelo
caso de ontem — mas não tem habilidade menos deu duas cabeçadas com perigo,

0
Internacional Tafíarel. Luis Cfl'108
wlnck. Norton. Agulrre Garav e Caslml-
ro; Norberto. Luis Carlos Martins e Luís
Fernando: Maurício (Helderi. Nilson e
EdU lAtluItTe). Técnico Abel
JK~. fB_l!tM_fgJ& rançavam com liberdade.
Criou alguns lances no primeiro tempo e
caiu no segundo.
Norton + — Envolvido várias vezes pelo
toque de bola envolvente dos baianos,
para atacar — o que se confirmou,
ontem.
Luís Carlos Martins * — Tinha aplica-
ção. mas não armava nada. E também
defendidas pelo goleiro. Procurou se des-
locar para buscar jogo. mas não encon-
trava colaboração dos companheiros.
Edu k — Deu alguns chutes no primeiro
não chegava próximo aos homens de
Bahia: Ronaldo. Taranlini. JoAo Marce- atuou nervoso o tempo todo, errando frente. Pelo menos lutou mais do que os tempo e sumiu por completo no segundo,
Io. Claudir iNewman a Paulo Kobson: ____*___• lances simples e não cobrindo os avanços companheiros de setor, mesmo meio per- ate desaparecer de vez na boca do túnel,
Paulo Rodrigues. Gil e Bobó (Osmar); Zé substituído pelo treinador, insatisfeito
0 Carlos. Charles e Marquinhos. Ttcníco do lateral Luís Carlos. dido.
Evaristo de Macedo Aguirrcgaray •• — Mesmo enfrentan- Luís Fernando • — O lime sentia sua com seu encolhimento.
Local; Beira-Rio. Renda: NCzS 57 3W DO: PubU-
do ataque envolvente, foi o único do falta nos outros jogos e continuou sentiu- Aguirre • — Entrou no lugar de Edu para
co: 79 598 pagantes Juiz- Dulcídio Vanderlei Inter a mostrar raça e tentar empurrar o do ontem, porque ele não jogou, embora aumentar o (sumido) poder ofensivo do
Boschila: Cartões amarelos: Norberto. rklu. time à frente no dramático segundo tem- lenha entrado em campo. Era aquele Internacional. Acabou aumentando a
Joio Maneioe OU.
Norberto disputa no alto com Bobo, à frente de Edu po. Defendia atras e tentava alguma coisa com a camisa 8. se é que alguém reparou confusão e embolando o jogo. facilitando
na frente nele para o Bahia.
 3
Rio do Jnnolro — Sogundn-lolm, 20 do lovorolro do 1900 NAo podo sor vendido aopnrodomonto

JORNAL DO BRASIL

ra m\ m*m ^L%\ átm $-&

^mwÀW WM\m mÊMwmmm vwrmÊW ^mpvim mbb^

Obras do metrô estão ameaçadas

Mendes Júnior alega que tem US$ 3,5 milhões |Nova Iguaçu Prazos estimados para operação do Metrô
a receber e pode parar construção na Tijuca Joáo de Meriti (Inicio do governo Moreira Franco — março de 87)
resolução do Conselho Monetário finição quanto à liberação dos recur-
Marcelo Auler Nacional que impediu o aumento do sos para prosseguimento das obras, a Nilópolis*
n-Pavuna,
endividamento dos estados a partir Mendes Júnior viu-se obrigada a re-
A falta de de 31 de dezembro de 1987. Com a duzir o ritmo dc seu canteiro de
conclusão do rabicho da estação da obras. Agora, cm comum acordo Acari
recursos começa
a por em risco as Tijuca, será possível aumentar dc com a Companhia do Metrô, a em- ., . V\ Em 1 ano e 6 meses
Coelho NetoM. Até o fim do governo

>Y presa já está em fase de desmobiliza-

obras do metrô. rt\
Por não receber
os quase US$3,5
milhões (NCzS
3,5 milhões, no câmbio oficial) a
que tem direito, a construtora Men-
des Júnior já começou a desativar o
seu canteiro de obras na Rua Conde
de Bonfim, na Tijuca — Zona Norte
do Rio — onde vinha fazendo a
conclusão do rabicho da estação
terminal. O canteiro de obras, que já
teve 700 operários, funciona hoje
com 300 homens e deverá estar total-
mente parado em março.
O governador Moreira Franco,
que pretendia inaugurar algumas
obras, corre o risco de deixar para
seu sucessor grandes buracos: uns
nas ruas da cidade e outros nas
finanças do estado. Há quem estime
que o total dos débitos do governo
do estado com as diversas construto-
400 mil para 600 mil passageiros
diários o atendimento do metrô, com çáo do seu canteiro de obras — C0,égÍ^^ajáJ L
a diminuição dos intervalos entre as explica Abreu.
partidas dos trens. Para concluir a obra do rabicho Onze
Vicente de Carval o^l Praça
A decisão da Mendes Júnior foi da Tijuca a Mendes Júnior calcula
confirmada pela assessoria de im- serem necessários cerca de USS 13 Tomaz Coelho'1^Sn^ Em 1 ano i—Central
milhões. Abreu não esclareceu se a
prensa da empresa, na sua sede, em Engenho da Rainha^^Jnhaúma r-Pres. Vargas
Belo Horizonte. Ela tem dois contra- construtora só voltará a reativar seu
tos assinados com o Metrô. O pri- canteiro mediante a quitação total ^'^S^Maria
Del Castilho' da Graça Uruguaiana
meiro, no valor de USS 25,5 mi- das dívidas do estado, ou seja, os
"que
lhões, para a conclusão do rabicho USS 3,5 milhões. Ele lembra ^^Triagem I
Carioca
da Tijuca, ou seja, construção de tudo isto é negociável mas imagina- ^Triagem I
galerias de concreto armado com 950 se que o estado vá, no mínimo,
\vS. Cristóvão
Cristóvão >^«»\ Praça XV
metros de extensão, com duas zonas cobrir os débitos existentes". Maracanã-
de manobras e uma área de estácio- Embora a situação da Mendes Cinelândia
namento de trens, além do estácio- Júnior seja específica — são conheci- Afonso Pena
Glória
namento para carros. O segundo do os seus problemas de caixa causa- Em 1 ano —Rabicho da Tijuca —c^~~M^ Estácio a Catete
contrato, de USS 100 milhões, prevê dos pelo não pagamento de diversas Saens Pena
a construção da estação das barcas, obras, inclusive no exterior — os y D Lgo. do Machado.
S. Fco, Xavier
na Praça 15, que será ligada ao problemas com o estado vão acabar Pça Cruz '//
Flamengo
Estácio por uma linha que passará afetando as outras sete empreiteiras .-., ,. Vermelha
pela Praça da Cruz Vermelha. Esta
obra sequer fei- iniciada, já que a
que trabalham para o Metrô do Rio:
CBPO, Camargo Corrêa, Queiroz General Osório C ss ¦
r
Até o fim do governo 1'
" ¦¦¦ri,":' ac=^
Botafogo

ras hoje já fica próximo aos USS 70
milhões (NCzS 70 milhões). Ou seja,
o metrô poderá ser para o governo
Moreira Franco o mesmo que os
Cieps foram para o governo Brizola:
obras inacabadas e responsáveis por
grandes déficits.
A obra do rabicho da Tijuca é
financiada pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e So-
ciai (BNDES) e as parcelas vêm
sendo liberadas normalmente. O
presidente do Metrô, procurado du-
rante toda a semana para explicar
por que as verbas não são repassa-
das, recusou-se a receber a reporta-
gem do JORNAL DO BRASIL. Po-
rém, com a obra de expansão do
metrô ate Ipanema, orçada em USS
100 milhões, o problema é mesmo a
falta de verbas: o financiamento não
pôde ser aprovado por causa da
Mendes Júnior até agora não rece-
beu nem um centavo com relação
deste contrato.
Segundo Rogério Almeida de
"Abreu,
o assessor de imprensa da
construtora mineira, a última fatura
integralmente paga pelo Metrô do
Rio à Mendes Júnior refere-se aos
serviços prestados em julho de 1988.
Ela foi quitada no mês de setembro.
Os serviços de agosto foram parcial-
mente quitados no dia 16 de outubro
e, de lá para cá, mais nada foi pago.
Com um crédito acumulado de USS
3.5 milhões, a empresa manteve o
ritmo normal de trabalho até meados
de janeiro, aguardando a normaliza-
ção dos pagamentos prometida pelo
governo.
— Com o agravamento da situa-
ção, em função da elevação dos
custos de captação de recursos junto
ao mercado financeiro e face a inde-
Galvão, Paranapanema, Carioca,;
Fonseca de Almeida e Andrade Gu-
tierrez.
Essas empreiteiras, todas dc
grande porte e sem as dificuldades
dc caixa da Mendes Júnior, poderão
até não desativar seus canteiros de
obras. Até porque isso, em determi-
nados casos acarreta prejuízos bem
maiores. Contudo, sem receber do
governo, elas estão sendo obrigadas
a recorrer aos bancos, pagando a
taxa dc mercado, ou seja, 257p de
juros ao mês. Por isso, c praticamen-
te certo que elas reduzirão conside-
ravclmente o ritmo do trabalho ou
sequer iniciarão as obraas, Quem
passa pela Avenida Chile, por exem-
pio, pode notar que o canteiro da
construtora Paranapanema, embora
tenha alguns vestígios de obra, não
deu início aos trabalhos mais pesa-
dos.
Governo não cumpre seus prazos
Ao anunciar o metrô como unia das redução do intervalo de circulação dos Rainha, Tomás
prioridades dc sua administração, logo
depois da posse, em março de 19S7, o
Governador Moreira Franco fixou um
arrojado cronograma, que previa, em
apenas um ano, a inauguração das pri-
meiras obras de expansão do sistema. As
dificuldades econômicas, porém, logo de-
monstraram a inviabilidade dos prazos
previstos.
Pela proposta inicial do estado, o
rabicho da Tijuca — hoje com as obras
ameaçadas de paralisação — deveria es-
tar pronto em março de 1988, permitindo
que a capacidade transporte da Linha 1
aumentasse em cerca de 50%, graças à
Cantagalo Siqueira I
Campos Pça. Cardeal Arco Verde
trens. O funcionamento pleno do rabicho
é considerado essencial pelos técnicos e
dele depende, inclusive, todo o restante
do projeto de expansão do metrô carioca.
Ainda na mesma época — março de
1988 —, o prolongamento da Linha 2,
entre Maria da Graça e Irajá, deveria
estar concluído. Neste trecho, porém, os
trens só chegam hoje até Inhaúma, pas-
sando ainda por Del Castilho. Uma ope-
ração que na verdade foi apenas restabe-
lecida, já que funcionara precariamente
(apenas das 9h às 15h), durante o gover-
no Brizola. Nâo foram acabadas dentro
do prazo as estações de Engenho da
Coelho, Vicente de Car-
valho e Irajá.
Também está vencido o prazo para
conclusão do trecho final da Linha 2,
entre Irajá e a Pavuna, incluindo as
estações de Colégio, Coelho Neto e Aca-
ri. O cronograma previa a operação em
um ano e seis meses de governo Moreira,
em setembro de 1988. Com esses atrasos,
enfim, que já chegam a um ano, é difícil
acreditar que os prolongamentos Estácio-
Carioca-Praça 15 (Linha 2) e Botafogo-
Ipanema (Linha 1) estejam prontos até Io
de janeiro de 1991, quando o novo gover-
nador tomar posse.

<)¦¦
Prefeito de Curitiba vai executar projetos do Rio
;[ Lerner vai ajudar
Marcello Alencar
a mudar transporte
Israel Tabak
Jaime Lerner está de volta, com
um pé em Curitiba — ele é prefeito
da capital paranaense — e outro no
Rio. Já se encontrou com seu amigo
Marcello Alencar e virá mais vezes
para tocar os projetos do metrô de
superfície da Zona Sul, com estações
tubulares e ônibus articulados, e do
corredor de transporte Penha-
Madureira-Jacarepaguá, duas obras
com financiamentos já assegurados
pelo Banco Mundial e na dependên-
ca apenas da liberação da contrapar-
• tida por parte do governo federal.
Como existem projetos semelhantes
para Curitiba, a idéia é racionalizar e
diminuir os custos, fazendo enco-
mendas conjuntas aos fabricantes.
No Rio, Lerner tem um pé fir-
memente assentado na Secretaria
municipal de Transportes, cujos téc-
nicos trabalharam com ele nos proje-
tos desenvolvidos durante o governo
Brizola. "Estamos perfeitamente en-
trosados", diz Lerner. Marcello
Alencar acha que muitas experiên-
cias que tiveram sucesso em Curitiba
"Não
podem ser repetidas no Rio:
podemos prescindir do concurso
um técnico desse gabarito, que tra-
de
balhou muito tempo conosco. E,
afinal de contas, é um dos maiores
quadros do nosso partido", explica.
Ambos concordam que a filosofia
"Só
para as duas cidades é a mesma.
muda a escala*', acrescenta o prefei-
feito Marcello Alencar, o primeiro
projeto a ser executado pela prefei-
tura. Ônibus articulados - tipo sanfo-
Metrô de superfície ã~p ^S^s^ /^
na - trafegarão por faixas exclusivas
e os atuais pontos serão substituídos
por estações em forma de tubo,
transparentes, em estrutura de aço e
com pisos elevados, no mesmo nível
da escada dos ônibus. Nessas esta-
ções serão vendidas as passagens,
facilitando a operação que hoje é
feita nos próprios ônibus, equipados
com roletas incômodas e mal coloca-
das. Lerner esclarece que esse siste-
ma não competirá com o metrô,
funcionando de maneira comple-
mentar à linha até Ipanema, que está r" ti . ^^>*y <áÉI^~^--^ ^^
em construção.
— E há muitas vantagens. O
metrô de superfície, no eixo pre vis-
to, não vai custar mais de USS 10
milhões, ou seja, 100 vezes menos do
que a obra de extensão do metrô. E
poderá transportar, em condições
ideais, até 15 mil passageiros por
hora, enquanto o metrô leva 22 mil
argumenta Jaime Lerner.
No corredor Penha-Madureira-
Jacarepaguá-Barra, também ideali-
zado durante o governo Brizola, pre-
vê-se inicialmente o uso do ônibus,
que posteriormente será substituído
pelo bonde, um veículo que Lerner
chama de "bicho típico da cidade, Em 15 anos, a terceira vez Ique
LIQUI
pois não precisa rodar por trilhos
O Rio, definitivamente, é uma Nova oportunidade viria ao desen-
cercados e isolados, integrando-se
muito bem ao ambiente". A necessi-
dade de conetruir o corredor, de 28,5
pedra no sapato do arquiteto Jaime
Lerner. Depois de mudar o perfil urba-
nístico de Curitiba, de onde é prefeito
volver o Projeto Rio Ano 2.000 no
Governo Brizola. O Plano Integrado
de Transportes, carro-chefe de seu pia-
e
quilômetros, foi identificada pelo ur-
banista num estudo em que consta- pela terceira vez, e de realizar projetos
de êxito reconhecido em várias capitais
nejamento, foi anunciado com toda a
pompa, em janeiro de 1984. Orçado à
Lan
tou a ausência de sistemas eficientes
de transporte entre alguns bairros
populosos e os principais pólos de
do Brasil e do exterior, este paranaen-
se de 50 anos — professor de universi-
época em torno de CzS 50 milhões, o
projeto chegou a ser incluído entre as
tím
dades na Inglaterra e nos Estados
desenvolvimento da cidade. prioridades do governo, perdendo es- *3

to de Curitiba. A filosofia básica — que Lerner

O dedo de Lerner pode ser en-
contrado no Rio em inovações como
a ligação Norte-Sul, por ônibus, via
Túnel Rebouças. o plano de revitali-
zação do Centro, que teve início com
a construção do terminal da Miseri-
córdia, perto da Praça 15, e nos
ônibus jardineiras que trafegam pela
orla marítima e hoje já sáo usados
pelas agências de turismo. Mas mui-
seguiu com sucesso em Curitiba e
espera ver adotada também no Rio
é que, com técnicas modernas,
criatividade e bom-senso, pode-se
melhorar o sistema de transporte
coletivo, muitas vezes evitando-se
cirurgias dolorosas e onerosas, do
tipo do metrô.
Como sáo previstas obras simila-
res no Rio e em Curitiba, Jaime
Unidos — viveu durante os quatro paço nas preferências de Brizola para a Com
anos do governo Brizola sua segunda construção dos Cieps e programas de
tentativa de influir, de forma significa- educaçáo. uma
tiva, no futuro traçado da cidade.
Lerner veio para o Rio, pela pri-
meira vez, logo após fusão, no governo
A situação náo foi diferente na
área de urbanismo com o Plano de
pince-
SANDPIPER
Revitalização do centro da cidade e o
Faria Lima, para presidir a recém-
Projeto de Desenvolvimento da Ilha
criada Fundação para o Desenvolvi- lada
do Governador, a situação não foi
mento da Região Metropolitana (Fun- diferente com pouca coisa saindo do
drem), órgão que deveria centralizar
toda a políica de planejamento urbano papel. Algumas ruas do centro trans-
formaram-se em calçadão e construiu-
de s
S
da capital e arredores. Sua passagem 5
c

„(, tas idéias náo saíram do papel, como
j o metrô de superfície, a renovação
das estações de trens suburbanos e a
r reintroduçáo dos bondes em corre-
dores expressos. "Quero dar uma
satisfação à cidade", diz, esperanço-
so o urbanista.
O metrô de superfície, no eixo
Botafogo-Humaitá-Jardim Bptâni-
^ co-Leblon. será. se depender do pre-
Lerner acredita que. recebendo en-
comendas maiores, os fabricantes —
tanto das estações tubulares como de
ônibus articulados — deverão ofere-
cer preços menores. Mas Lerner
acha que o Rio. apesar da sua falèn-
cia. também pode exportar um
know-how na área financeira, como
é o caso da emissão de títulos da
dívida pública, por exemplo.
pelo cargo, porém, não durou mais do
que alguns meses. Numa nota distri-
buída à imprensa, justificando o maio-
go da experiência, o arquiteto revelava
"bem
que sua tarefa de coordenação,
como a programação c execução dos
serviços comuns, vinha sendo esvazia-
da sucessivamente" por outros órgãos
do governo. Quase nada de conerto
restou dessa época.
se o terminal rodoviário no Largo da
Misericórdia. Na Ilha — que segundo humor. *
5
o governador se transformaria em bair-
ro-modelo — houve melhorias no
l
abastecimento dágua e estrutura viá-
ria, além da inauguração da operação
êandpip^r
provisória das barcas no terminal da
Ribeira.
Mais uma vez. muito pouco para
JB Centro - Rua da Quttanda. 49/2? - Tel.: Z'i2Zn\
Tijix-a - Rua Santo Afonso. 445/L| 1 ¦ TeU 2614847
Ipanema - tVrum de Ipanema. SI. VI • Td.: 2S7-1Í40
Salvador ¦ Shopping Center tguatcmi. J° Piso
quem queria mudar a face do Rio.
2 o Cidade
¦e/v_*
PERFIL/irmãos lawisch
Gaúchos aventureiros descobrem o Rio
irmãos Miguel
Os Pedro, 23 anos,
e José Inácio Lawisch,
29, resolveram vir ao
Rio de Janeiro nestas
férias. Mas, emvez.de
comprar unia passa-
gem de ônibus ou
avião, preferiram per-
correr os cerca de 2
mil quilômetros de bi-
cicleta. Este é o se-
gundo passeio de lon-
ga distância que Mi-
guel e José fazem des-
de que começaram a
se interessar pelo ci-
clistno. Naturais de
Sanla Cruz do Sul, no
Rio Grande do Sul, os
irmãos Lawisch espe-
ram arranjar patroci-
nadores para a viagem
que farão pelo Nor-
deste no ano que vem.
Eles saíram de mm
Santa"" Cruz Sul no Os irmãos Miguel Pedro c José Inácio querem percorrer o Nordeste em bicicletas
' do
dia 22 d janeiro e
chegaram ao Rio na sexta-feira de ma-
nhã. completando a viagem em 27 dias.
Como as férias estão acabando, terão que
voltar ao Rio Grande do Sul em um
caminhão da Transulbrasil Transportes,
única empresa que se dispôs a ajudar a
dupla. "Para a viagem do ano que vem,
quando pretendemos percorrer todo o
Nordeste, teremos que vir de ônibus até o
Rio para economizar tempo. Se tivesse-
mos um patrocinador, poderíamos nos
dedicar somente ao ciclismo e realizar
toda a viagem de biclicleta", disse Miguel
Pedro, que é estudante de engenharia.
^Quantos já amaram e cantaram as suas ruas?1
Quadrinhos
GARFEELD
X QV&O AS MANHÃS. ^
\OVE\0 SEGUNDA-FEIRA^
ifi I9B9 Unll-d FeatuiB ByrtOtcãtS, Inc
CHICLETE COM BANANA
'¦lf.li
Itjjj_j__£_k___j -... Mimõü
i«..i tyfr/l
^nr/ii
MAGO DE ID
EDMORT
ELA
¦.PESE-
;NHOU A
TATÜfíGm
KID FAROFA
HÃ...TEM UM VAQUEIRO Al'
PEDINDO QUE VOCE PARE
D& ARRANCAR CHIFRES PA-
RA PAUTAR OS DEMTES
y amor. Insegurança.
Cruzadas
fi—p—p—n—[5—I H—[7—p—I
16
_ têxteis de aspecto e consistência sedosos. feitas de celulose;
LL. _LJ
1 '
UBBPÍ26
* '
o segunda-feira, 20/2/89 JORNAL DO BRASIL
Passeio Público
Olho da rua
Andró Barclnsky
XÈhmmm ^^"^yr Cláudio Paiva
Poluição do ar medida pela Feema,
semana passada: em Copacabana, 82 mi-
crogramas/m'; ria Tijuca, 60 microgra-
mas/m'; e em Bonsucesso, 156 microgra-
mas/m3, O índice considerado bom vai
até 80 microgramas/m'.
A Comlurb vai desliinchar hoje a Ope-
ração Volta às Aulas. Os funcionários du
companhia viío percorrer várias escolas
municipais du Ilha do Governador, liungu
'\WOr Vvooa1. \
e Vila Kennedy, nu Baixada Fluminense, v
furão em cada uma delas uniu fuxinu
geral. O trabalho inclui ainda a capina do
gramado e o combate a ratos e mosquitos.
A barraca que a Rioarte instalou há
^*niW^** ->^ul' -_yS jmmwfJji^^^ '^Bb Bt * BB9^V '¦'$ ' JVNr * njSBBBBjn^^u ^BBBBBjr^k ^Ü^^^^BWBEfcw '^ vBjuBBBBBh
tempos na Praça Nossa Senhora da Paz,
em Ipanema, para exposições de quadros
está caindo aos pedaços. O teto de lona já
perdeu a cor e o eucatex, onde os qua-
dros eram pendurados, está apudre-
cendo.
Luís Carlos Prestes, que fez 91 anos em
janeiro, estará sexta-feira, às 19h, na
Câmara Municipnl de Duque de Cuxlus,
onde será homenageado durunte o Fórum
Socialista de Debutes, promovido pela
Juventude Socialista de Duque de Caxias.
Quarta-feira faz dois meses que o líder
sindical e ecologista Chico Mendes foi
assassinado. Para lembrar a data ecolo-
gistas, artistas, entidades e personalida-
. . . des ligadas à defesa da Amazônia promo-
vem nas escadarias da Câmara Munici-
Miguel e José Inácio, que é topógra- tiveram que fazer algumas modificações pai, na Cinelândia, manifestação a favor
do verde e exigindo a apuração do assas-
fo, começaram a pedalar há nove anos, nas bicicletas Peugeot. Apesar de pedala-
rem em estradas movimentadas, como a sinato.
quando compraram a primeira bicicleta O ônibus da empresa A. Matias Ltda.,
de 10 marchas. Em 1988 fizeram a pri- BR-116—chamada Rodovia da Morte no
meira viagem, até a praia de Perequê, em trecho entre São Paulo e o Paraná —, não linha 606 (Engenho de Dentro-
Santa Catarina. Foram 1.600 tiveram nenhum acidente. Miguel e José Rodoviária), ordem 25588, tem uma role-
quilôme-
tros, ida e volta, percorridos em 23 dias. Inácio consideram o litoral paulista, de tu que foi feita upenus pura pessoas ma-
A partir daí, resolveram participar de Peruíbe até Santos, o trecho mais perigo- gras. Isto porque o ônibus ainda opera
competições, patrocinados pelas Indús- so para ciclistas, porque náo tem acosta- com o chamado curral já proibido pela
Irias Mercur Metalplas. Para se manter mento. "Como a gente tem espelho re- SMTU.
em forma, Miguel e José Inácio não trovisor, encostávamos quando aparecia Finalmente as pedras portuguesas do
bebem, nào fumam e treinam todo fim de um caminhão. Mas, mesmo assim, foi calçadão da Vieira Souto, em frente à
semana em Santa Cruz do Sul. muito perigoso", disse José Inácio. (So- Casa de Cultura Laura Alvim, estáo
Para a viagem deste ano, os irmãos raya Dutra) sendo consertadas. Mas, ainda existem
outros trechos onde há verdadeiras era-
teras.
Os Correios já providenciaram o con-
serto da caixa de coletu situadu nu esquinu
dus ruas Vinícius de Moruis e Alberto de
Eneida Campos, em Ipunemu.
Horóscopo
ARIES
JIM DAVIS AS COBRAS VERÍSSIMO
21 de março a 20 de abril
y^~\^l , A //i íiÀvl E ODEIO MESMO QUAN- Uma indicação favorável marca seu ini-
tf * DO NESSE TEMPO A. cio de semana, quando vantagens e
]//.'»/\"A ///\\l
JANELA FECHA EM CIMA BJB«^Cg,-tt)MgA C3L02ALÇA <S£RU/ÓUlA. ^ ( %q\ VeçWWOÒ<%. lucros inesperados podem ocorrer. Con-
DE MEUS DEDOS solidam-se os laços de afetividade re-
cente. Com isso surgirão novos rumos
para o amor. Romantismo.
TOURO
—' Vjj__Bz°^j/ —
21 de abril a 20 de maio
-I Víd^ _______ r- O taurino tem agora novas oportunida-
des para moldar de forma mais duradou-
ra seus interesses. Planos concretiza-
dos. Momento de incertezas e insegu-
jm PAVT9 [-2;
rança em relação ao amor, casa debilita-
ANGELI O CONDOMÍNIO LAERTE da por suas próprias ações.
"lTJlJ GÊMEOS
CcAnR&CVzsMi lcucd' «QUERIDO DlARJO- ."NfcSEISVeMEOOS
21 de maio a 20 de julho
ODIARJOM. PRA SABER Cò ...ESTOU NUMADÚV1CA FUMOS TO Mi'5SlL W1-B3
'{(s^&Sy^—1
nniM
CRUEL.'* PARA A U.R.^5. CO A
feMOtrrRDTlrt)
V t£ SeGREKX J Vantagens financeiras acentuadas neste
"
éàfy (ti '¦>' ^= |^ii-__J i£SIIUIl i-E<_j kGArinn4/Ji k__w^_Jí U'6W ...» início de semana do nativo de Gêmeos.
Com isso você pode se dar de forma
mais participante à vivência em família.
Sensibilidade que irá ditar seu comporta-
mento no amor.
CÂNCER
21 de junho a 21 de julho
Com o Sol em Peixes, signo de seu
mesmo elemento, ingressa o canceriano
em fase de positividade que irá benéfica-
Io em relação aos seus próprios interes-
PEANTJTS CHARLES M.SCHULZ ses pessoais.Nisso.se inclui de forma
PARKER E HART
forte, a vida no amor.
/POPER1A GANHAR LEMBRA-SE DE OUAMDO . ^NÃOSE l-lb
o I MAIS UM GUDP
\ PE5SE SL-ORP?
^J)
ÊRANÃOS NOVIMHÒS, DOS
NOSSOS DIAS DE IMFAN- e supor- /
CIA? NUNCA PEMSEt MA-
OUELA ÉPOCA QUESANHft-
RIA ÜM COlMCÜRGO DE
y-sV^
PREOCUPE-
drt fiz.
ISSO
ANTES..
LEÃO
22 de julho a 22 de agosto
No final desta segunda-feira, inicia-se
uma fase de favorecimento para o leoni-
ÀmÍ \Áé CACHORROS FEIOS...
no, gerada pelo trânsito de Mercúrio,
valorizando negócios e finanças. Dificul-
kmW^.^ J_fcTÊ_ dades de relacionamento íntimo. Insatis-
B5=
Jtd facão.
VIRGEM
~\T/},t/J*iJ*JÍíâ 23 de agosto a 22 de setembro
•^r
r/?fr£rí As exigências da rotina poderão preocu-
MAURÍCIO DE SOUZA pá-lo em dia no qual todos os seus
L. F. VERÍSSIMO E MIGUEL PAIVA CEBOLINHA sentidos estarão sensíveis e mais volta-
"p. Z~
Mr&E\J DESE-^ 7 6X|STÊ S*9<*fS*CKr— dos para o amor. Sentimentalismo muito
¦S 81 NHO PARECE ) /ESPELHo\í UMA GAROTA \ /õR^V
Unesta tiraa /VZS\ forte, o que pode mudar seu relaciona-
mmW1mTwk.coM. MIGUELo oo ESPELHO 11 MAISLINOAOOy /
J\^QUE&J?^/ (f/W\\ 7%
mento íntimo.
__________EVr-ln_k^, J \"mEU!
ml ¦-* LIBRA
mXmr riTV-p^'
23 de setembro a 22 de outubro
_^33l
O libriano conta hoje com fatores de forte
condicionamento favorável, especial-
mente em termos pessoais e materiais.
Sorte muito grande no trato com dinhei-
ro. Afetividade e boa disposição para o
trato amoroso.
ESCORPIÃO
— 23 de outubro a 21 de novembro
BELINDA DEAN YOUNG E STAN DRAKE
TOM'K. RYAN ~1)/ Contando com novo ânimo para a reali-
'T5| O TIME DELE SAIU
/^H7T^>v DUAS PASSAGENS) I I PARA PARaH I PARA CÁ, CLARO, zação de negócios e planos, você rece-
PÊNSANDOX IDE ,qA e VOLTAJ^ ONDE?)(ONDE?í) DO CAMPEONATO
PEDAÇ.O DE ASNOÜ ^_^_ ^_ * be influências positivas em relação a sua
/ \ / | rotina. Dedicação em família. Riscos for-
tes de desencontros e afastamento no
SAGITÁRIO
22 de novembro a 21 de dezembro
Apego muito forte a exigências de traba-
lho. Momento em que o nativo se benefi-
cia para viagens e os assuntos de ordem
afetiva. Com isso mudam os aspectos
que dizem de seu amanhã. Romantismo
muito acentuado.
CAPRICÓRNIO
Carlos da Silva
22 de dezembro a 20 de janeiro
Uma forte influência de pessoas relacio-
nadas a sua rotina, o fará encontrar
novas razões de convivência com pes-
HORIZONTAIS — 1 — a parte superior de um mastro que nâo 20 — deusa indiana. 21 — barco de fundo chato, empregado na aparelhos que permitem conhecer a posição da roda do leme. soas próximas. Isso significará lucros e
pesca do bacalhau, nos mares do norte; pequeno barco de pesca, indicando, assim, a direção da barra, 3 — glandes do carvalho, do
tenha mastaréus. ou a do último mastareu. e que recebe a boria,
sobreiro, etc. 4 — (ant) tonda considerada como lar. 5 —
vantagens inteiramente inesperados pa-
dança rodada, em ritmo acelerado, compasso bfnôrjo e coreografia de lundo chato, usado nos mares do None como barco auxiliar de ra o seu amanhã.
uma embarcação maior; 22 — unidade de quantidade de eletnci- ventilabro. bradil. 6 — festa que encerrava o ano religioso dos
variada, e que. em geral, terminava a quadrilha francesa. 6 — nagôs, 7 — despertar, instigar, provocar. 8 — antigo povo árabe.
dade |no sistema etectrostaticol. 23 — ilustração de um anúncio, AQUÁRIO
unidade de pressão, utilizada para medir a pressão atmosférica, 10 — biscoito que tem mais ou menos otamanhodeumdedo. 14
já preparada para reprodução gráfica, trabalho de arte. quando — que têm volume desmedidos em relação aos pesos, cujas 21 de janeiro a 19 de fevereiro
equivalente a um milhão de dinas por centímetro quadrado ou a
terminado o pronto para apresentação e produção; 25 — sem Bom entendimento com as pessoas mais
um milhão de banas, 9 —o quarto môs do calendário hindu, 10 — aparências excedem as essências, 17 — pequena tigela que se
amor; 26 — peixe teleósteo. percomorlo. da família dos pomasl-
tmundicie. porcaria, 11 — arruela. anel de metal, couro, borracha deos. do Atlântico, desde as Antilhas atê SP de coloração azuMa
adapta à palheta. e na qual os pintores diluem as tintas (pi); corte amigas e relacionadas a sua rotina de
do tecido em viés. em forma de leque, e que se aplica em saia. trabalho. Atenções ser-lhe-ão dispensa-
etc , destinado a assegurar a vedação de uma junta ou o aperto de no dorso, argènteo-amarelada no abdome. de nadadeira dorsal manga. etc. a fim de se obter um movimento ondulado (pi.), 18 —
17^ t^
parafuso ou porca. 12 — designação comum a diversas fibras espinhosa, escura, com acúleos prateados, sendo as outras cinzento, com sombreado amareto. que se refere a ratos, 24 —
das de forma a compensá-lo por proble-
amareladas, com manchas escuras no centro das escamas. nome dado a Adòms petos doncos. 27 — pequeno inseto mas passados. No amor reside um ins-
seda artificial feita com estas fibras. 13 — (mit. escandinava) fo-mando Mtrin longitudinais (pi). 28 — forma arcaica da coteoptero que ataca a carne de porco mai curtida Colaboração tante pessoal significativo.
nome dado aos sacerdotes (entre os antigos nordicos); 15 —erva terceira pessoa do singular do presente do indicativo rio verbo ser. d. ODIN M. QUEIROZ — Ipanema.
PEIXES
aromática e acre. da família das operaceas. de folhas tão 29 — tare I so. 30 — transição entre os elementos terra e égua. e
inversamente SOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIOR 20 de fevereiro a 20 de março
compridas quanto o caule, cujas flores são reunidas em espigas
VERTICAIS — t — engenho de madeira usado petos pequenos HORIZONTAIS — dumping, cm, urease. cha. aretogeia. larada, Satisfação no desempenho de tarefas do
SI ovôides. proteg<ías por giumas fortemente nervadas. sendo o
fruto aquên»o. de cor parda-amarelada. 16 — paaicuia elementar
com carga igualôdo elétron, spm 32. numerobanônico 1 e massa
lavradores para fabricar rapadura (pi I. engenho manual, pnmitivo.
de cana-de-açúcar, constituido tao-somente por dois rolos de
ste, icu, óticas, sa, amma. trovador, otei. obon. nato. ina.
aeromel. as
cotidiano. Suas ações seráo coroadas
de êxito em quadro de muita vantagem.
em repouso 1 676 Mev. mstâvel. desmtegrando-se em um madeira entre rio«s esteios verticais ípi t, 2 — aparetno constituído VERTICAIS — dualismo, urraca. mecn.. pata. isodomo, negativo. Alegria proporcionada por pessoas mais
nêutron e um méson pt-menos. 19 — que cura uma inflamação de mostrador graduado e ponteiro, e que. colocado na pane enata. ma. ciwcador, estrtas. fnabtl. anto, tear. ona, lhe. om intimas. No amor. a disposição ó de
mT5 sem de* nem supuraçào. d*-se do medicamento que promove o Süpenor de vante da roda do teme. tndea ao timoneiro quantos Correspondência para Rua das Palmeiras, 57, ap- 4 — muita felicidade.
\ \ desaparecimento de uma inflamação ou tumor, sem supuraçào. graus esta o leme carregado para um bordo ou para outro (pi I. Botafogo - CEP 22270
MAX KLIM.
JORNAL DO BRASIL segunda-feira, 20/2/89 o Cidade o 3
Paulo Nlcololln

Poluicão não assusta

Sol Icvn carioca a
ocupar até praias
sujas c proibidas
Apesar de várias placas verme-
lhas terem sido afixadas na praia do
Leblon, pela Fundação Estadual de
Engenharia do Meio Ambiente (Fee-
ma), informando as condições impró-
prias para o banho de mar, milhares
de banhistas não se intimidaram e
resolveram enfrentar a poluição e o
A maioria dos banhistas, no cn-
tanto, confessava ter visto a placa.
Mas mesmo assim
"Moro no Leblon preferiam
arriscar:
há vinte anos e
nunca fui em outra praia. Não acho ^'í^ii
isto aaui tão sujo assim", disse Ani-
bai Marques, 50 anos. O grande
número de cães circulando pelas
areias também desafiava proibições.
yymêÈÈ
*¦ **r \ry>y,:
lÉlI^^MMfekM'ft-Í^W i~ikWmmmUMm%£s**!3& li
A professora de ginástica Lúcia Men- X;. i
¦
'ii.MSmMm
.::';*, Í.K.5,*- <«.:•«¦ MÍi..::'.í!j(fc'W §'JXX*.X
des, 22 anos, que foi a praia acompa- .A*
raffiEre^^'^^ U W- m; *mCpÍiR. --- TO JfcLmmmWM\MmmmWKmmmWMÊ4m\*m*.jTe~ ^Wl"w^***' *"MmwkMmJ* \ ' ' "
nhada de um pastor-alemão, reco-
nhecia estar causando transtornos Mt.%.4* litrm t.F W i. mt- MHmmm\.mSã)n*- «• • *r ''^K3r|íT r^OT^X.
mas não recuava: "pior é esta água ¦ki* l''Jm\ «t-H-^Lkj» nilUrfwr^ i Tt JHmato i 'WJr*
mW^1mW4?^^^^mm^Ê^êmm\M^ÊfJmaMmmV^m.y : -W '¦¦>+¦ ^^Ê:''mm%m\MÍ'-&mmmmmmmmJmmmm&mWÈSMfc* ^fmmm^QmwT^-7^^'->lK * ^^*jkáJkmwmYmmt*

risco de doenças. De acordo com os

dados da Fecma uma praia para
chegar a ser interditada deve ter
acima de 1.000 coliformes fecais por
cada lOOml.
"Acho
que um mergulhinho rápi-
do não vai fazer mal", disse Marta
poluída. Com um sol desses eu não
podia deixar o Rambo preso dentro ,» I fciK fa* & íwWmVmWÊBmí 2 ""«mí**^^' -J& **fci r?%fi
de casa", justificava. W %V^ifSÍ ff' mÊ!SmSB^SS&m*Sfmmmmr^ JSL ^ US ? •' mW
* ^«^BJHrtv-^íftiy^rt«^^'éPtB^^it^r**i'yjffip ^/t 'lí
i * w 2 Bíl6ÍV'Çr' v' r
Maltratada em 88 por rompimen-
tos de tubulação do interceptor oceâ- mt
nico, a praia do Leblon esteve inter-
ditada de julho a novembro. O esgo- . IJMk * "ts,i"5rL« $ "" .-jm ...»f^r.^ "^'*'Jr^#ft' "^*^ ™í(íiiW ^^á^C. <&Ém>w«raJt^ -331 Mil^BKft •— J

Simões, 26 anos, enquanto se bron-

zcava. Alguns banhistas que estavam
nas áreas próximas aos canais do
Jardim cie Alá e da Avenida Viscon-
de de Albuquerque não perceberam
"Não vi
as placas vermelhas: placa
nenhuma, mas com esse sol não tinha
o que me fizesse desistir de pegar um
bronze e refrescar com um mergu-
lho", contou Denise Sagin, 18 anos,
moradora do Leblon.
to caiu diretamente no mar, foi desvi-
ado para o Vidigal c os tubos, que
$. PI
ficavam sob a areia, foram transferi-
dos para baixo da Avenida Delfim
Moreiia. Ainda assim, o Leblon não
ficou livre da poluição, por ter como
limite as saídas de dois canais, o do
Jardim de Alá e o da Avenida Vis-
conde de Albuquerque. Ali, o risco
de doenças 6 grande, principalmente MM
^rf ^^'ir» w
JmUmX-*-__
nas áreas próximas aos canais. Apesar de imprópria para o banho, c com as águas muito sujas, a praia do Leblon esteve cheia durante todo o dia de ontem
Fernanda Mayrink

Museu desperta curiosidade

Uma prova de que o sol voltou a ser
a principal atração foi a barraca arma-
da pelo Museu de Astronomia nas
areias de Copacabana, em frente à
Praça do Lido. Enquanto se bronzea-
vam, adultos e crianças observavam o
astro através de câmeras escuras e
descobriam equipamentos e objetos
curiosos aprimorando seus conheci-
mentos científicos sobre os fenômenos
da natureza. Tudo no mais alto astral.
Dez monitores cuidavam de de-
monstrar aos banhistas o funcionamen-
to de aparelhos como o aquecedor
solar que, em poucos segundos, eleva-
va de 22 para 63 graus a temperatura de
uma amostra de água. O diretor do
museu, Ronaldo Rogério de Freitas
Mourão, supervisionou o trabalho e
deu explicações a Luciana Couto San-
ches, 15, que observou as manchas
solares através da luneta, aparelho que
ela não conhecia.
"Essa luneta tem um filtro
que
reduz cem mil vezes o brilho do sol, ou
sua retina se queimaria", disse Freitas
Mourão diante do aparelho de lente
ocular com capacidade de aumentar em
até 36 vezes um objeto. A câmera
escura, que reproduz o funcionamento
de uma máquina fotográfica, foi um
dos aparelhos mais disputados. O reló-
gio de sol é um objeto simples, mas que
despertou grande interesse, assim co-
mo a calha de alumínio contendo água
e pedras de aquário, que demonstrava
o mecanismo da formação de ondas do
mar.
De camiseta e pernas de fora e
preocupado em passar protetor solar
na pele clara, Freitas Mourão confes-
sou que só vai à praia para acompanhar
o museu. Ele deu uma explicação astro-
nômica para o calor de verão: "O sol
está mais próximo do hemisfério sul,
mas em breve vai atravessar o equador
e aí começa o outono". Segundo o
í-x4» •¦!•**%'!¦
astrônomo, "os raios de sol estão me-
(*<-AlS&SW*
nos inclinados e mais a pino sobre
nós". Suando muito, ele disse que a
transpiração é resultado da umidade
elevada.
Esse é o terceiro ano do programa
O museu vai à praia, que tem como
objetivo divulgar a ciência dos astros.
"Dessa vez eu acho
que o sucesso será
maior, porque há um interesse muito
grande dos monitores", disse Freitas
Mourão.
No próximo sábado, o Museu de
Astronomia estará na Praia do Flamen-
go, em frente à Rua Paissandu, de 9h
às 14h, com o programa Brincando
com a ciência na praia, em que crianças
e adultos aprenderão curiosidades, co-
mo fazer um relógio de sol. No dia 5 de
março, o museu acampa na praia do
Leblon, na altura da Avenida Bartolo-
meu Mitre, de 9h às 14h. No dia 12 de
março, de 19h às 24h, haverá observa-
ção astronômica no Posto 9, em Ipane-
ma, onde serão instaladas quatro lune-
tas para quem quiser admirar a lua e os
planetas Marte e Júpiter. Haverá ainda
exibição de vídeos e slides.
Termômetro vai a
40 graus na rua
I—i Parece que o verão não gostou de ser , r
'—' chamado de nojento
pela turma dir.'/
Revista de Domingo e reagiu, exibindo um '
sol de rachar. Embora os termômetros''
". -¦'; " ';''..; '•• y -¦"•• rhy"¦¦'- .tíy* %ix'xí- digitais ao longo das avenidas Atlântica, em
* :-!,¦'¦¦'"' -,-¦¦ :¦:.'¦ . A:fm Copacabana, Delfim Moreira, no Leblon, c -
- '" 'ti; x«:!1 '''¦'¦'CS.V '.
^%*:,x|x 'X;xiX ¦" x4>--: .' "'¦ ¦ ví^s" -¦«. -' í
Vieira Souto, cm Ipanema, marcassem tem-
neraturas que variavam de 37 a 40 graus, a
medição oficial do Serviço Nacional de
Meteorologia revelou que a temperatura
máxima registrada ontem foi de 35,5 graus,
em Santa Cruz, c a mínima de 21,9 graus,
no Alto da Boa Vista. *^%
A explicação para a diferença entre osv.
valores apontados pelos termômetros nas»-"'-'
ruas e o divulgado pela Meteorologia está
na forma como a temperatura é medida.
Nos abrigos meteorológicos, os termôme- ¦"•
tros do Serviço de Meteorologia ficam cmir''v
condições ideais, à sombra e distantes do.
solo, mas os digitais estão, muitas vezes, sob' *
o sol. Esses marcadores também sofrem os f;
efeitos do calor refletido pelo piso, o que •
eleva o valor registrado. j
Apesar da água morna, a 22 graus, do mar j
calmo c do banho liberado em todas as-,
praias, o Salvamar atendeu a 24 casos de"-:;_
afogamento em todo o estado, a maioria,
sem gravidade. Somente na praia de Copa-
cabana duas pessoas — um adulto e uma í -,
criança — morreram. Os corpos foramt
encaminhados para o Instituto Médico Le- ;.~J
gal (IML).
Ronaldo Mourão explicou como usar a càmera escura do Museu de Astronomia

Município paga hoje

Salário de 20^99~~~
servidores, porém,
sai na quinta-feira
Edificação do Centro e de Jacarepa-
guá recebem seus vencimentos na
quinta-feirar-Ej-na-sexta^feira, é a
vez de mais 7.783 funcionárioTdè 131-
escolas, dos centros de saúde Manuel
KRTRIN URI PR55ERR
R1020 POR H0RR.
José Ferreira, no Flamengo (Zona
O pagamento do Sul), Américo Veloso, no Centro, e
funcionalismo público Clementino Fraga, em Bento Ribeiro
municipal começa ho- (subúrbio da Central) e do Hospital
je, quando os servido- Municipal Carmela Dutra, em Rocha
res com matrícula de Miranda (subúrbio).
final 0 e 1 recebem
seus salários referente A lista das escolas que tiveram o
pagamento de seus funcionários libe- atrin Louise
a janeiro. Nem todos:
58 mil tiveram o pagamento bloquea-
do por não terem voltado ao traba-
rado ficará no saguão do edifício da
Secretaria de Administração, na ÍU\ entrou na Pro-
lho, conforme consecutivos apelos do
prefeito Marcello Alencar. Destes,
20.599 poderão retirar seus salários
Avenida Presidente Vargas, 914, no
Centro. Hoje, às lóh, os servidores
voltam a se reunir para decidir se
mantêm ou não a paralisação, que já
MM moção Tracy

no Banerj somente na quinta-feira. É
que eles retornaram após já terem
sido incluídos no bloqueio e não
houve tempo de preparar o paga-
mento.
Os atingidos — 12.816 servidores
de 212 escolas e das Divisões de
dura 151 dias. Dos 115 mil funciona- Chapman-Bugre da Ci-
rios públicos municipais, os mais re-
dade, ganhou as cha-
sistentes à volta ao trabalho são os 45
mil professores. Porém, a secretária
de Educação, Mariléa da Cruz, espe- ves do seu Bugre novi-
ra o fim da greve para hoje. fWmmWW^W9,BS^9 ^
nho e já está andando a

Marítimos protestam 102.9 por hora.

*MTi M wWè WL.
rios querem agora negociar diretamen- Quem está com a Rá-
Grevistas querem te com o governador mas o secretário
de Trabalho, Jorge Gama, disse que só dio Cidade está sempre
evitar que Conerj pode ser com a empresa. Dos doze ^^Bhi»^^ ^r %. ... \ /:3
faça contratações pontos negociados com os grevistas, o com a melhor progra-
Ov_ \^r^^_.
^^^^^B?!*PPxí'' <>><^x ^^k >W«s~ít
presidente da Conerj, Aurélio Castello
Os funcionários da Conerj, em gre- Branco, não aceita o de pagar os dias
ve há 20 dias, vão se reunir hoje pela de greve. maçáo do Rio e com
manhã na Praça 15 para acompanhar o A Companhia de Navegação do
primeiro dia de inscrições de novos Estado do Rio de Janeiro abriu inseri- promoções em altave-
marítimos, convocados pela empresa ções para contratação de 190 marítimos
através de edital, para substituir os em oito funções. Os candidatos devem MMfíMm ^^-yy'^.'
r^B^BÉK^H r^Bi: -' ^-^r^^^l^l
_^^^ÊÊÊm%mmW
comparecer até sexta-feira na sede da locidade. ^mm^mmmm\m\\\ m\\\ ' .^^m^MÊ r^B
grevistas na operação das barcas que
fazem a ligação entre o Rio e Niterói e Conerj (Praça 15), no horário de 9h às
Ilha de Paquetá. Eles pretendem con- 12h e apresentar os seguintes documen-
vencer os candidatos a não fazerem tos: caderneta de inscrição de registro
inscrição para ocupar vagas de gre- da Capitania dos Portos, carteira de
vistas. trabalho, três fotos 3x4, título de elei-
"Nossa luta também
é pelos desem- tor, carteira de identidade e inscrição --5 -
pregados. Ao reivindicarmos o turno no Pis/Pasep. O período de contratação r» aí oi o ¦ 1
de seis horas diárias, nossa intenção é é por 90 dias e, após esse prazo, a J—
ampliar o número de vagas na Conerj",
disse ontem o presidente do Sindicato
empresa vai realizar concurso público.
Os salários oferecidos variam entre
MRI5UMRD0UERR0DR "l
I~ pm -loa,» MU»
dos Arrais. João Paccielo.Os funciona- NCzS 443.97 e NCzS 712.78.
4 o Cidade o segunda-feira, 20/2/89
Loto
Seis íipostadoros — três do Rio de
Janeiro (capital), um do Rio Gran-
de do Sul (Criciumal), um de São
Paulo (capital) e um de Santa Cala-
rina (Canoiiihas) — acertaram as
dezenas 03, 16, 19, 22 e 72 do
concurso 593 da Loto. Cada um
ro.ecberá NCzS 95.960,97. A qua-
dra, com prêmio de NCz$ 239,70,
saiu para 1.446 aposladores e 33.515
fizeram o terno, que pagará NCzS
13,79.
Dia e noite
. ,..,*.:,. — —
Farmácias — Zona Sul — Far-
¦!¦
macia Flamengo (Praia do Flamen-
II—-
go, 224); Leme — Farmácia do
Leme (Rua Ministro Viveiros de
Castro, 32); Leblon — Farmácia
Piauí (Av. Ataulfo de Paiva, 1283);
Copacabana — Drogaria Cruzeiro
(Av. Copacabana, 1212) c Farmácia
Piauí (Rua Barata Ribeiro, 646);
Zona Norte — Cascadura — Farmá-
cia Cardoso (Rua Sidônio Paes, 19);
Realengo — Farmácia Capitólio
(Rua Marechal Soares Andréa,
282); Bonsucesso — Farmácia Vitó-
ria (Praça das Nações, 160); Méier
Farmácia Mackcnzic (Rua Dias
da Cruz, 616); Campo Grande —
Drogaria Chega Mais (Rua Aurélio
de Figueiredo, 15); Drogaria Chega
Mais (Rua Barcelos Domingos, 14);
Farmácia Comari (Rua Augusto
Vasconcelos, 76); Jacarepaguá —
Farmácia Carollo (Estr. de Jacaré-
paguá, 7912); Tijuca — Casa Grana-
do Laboratórios Farmácias c Droga-
rias (Rua Conde de Bonfim, 300);
Ilha do Governador — Drogaria
Coutinho da Ilha (Est. Cacuia, 98);
Farmácia Supersônica (Aeroporto
Internacional); Pavuna — Farmácia
N. S. de Guadalupe (Av. Brasil,
23.390); Drogaria Central de An-
chieta (Av. Nazaré, 2.635); Farmá-
cia Jarsan (Rua Leocádio Figueire-
do, 331); Zona Centro —Central do
Brasil — Farmácia Pedro II (Edifí-
cio da Central do Brasil).
Emergências — Prontos Socor-
ros Cardíacos — Ipanema — Rio
Cor — 521-3737 (Rua Farme de
Amoedo, 86); Jacarepaguá— Urge-
cor — 392-6951 (Estrada Três Rios,
563); Botafogo — Pró-Cardíaco —
246-6060 (Rua Dona Mariana, 219);
Prontos Socorros Dentários — Co-
pacabana — Clínica Dr. Barroso —
235-7469 (Rua Santa Clara,
115/408); Barra da Tijuca — Assis-
téncia Dentária da Barra — 399-
1603 (Av. das Américas, 2300); Clí-
nica Odontológica Infantil — 399-
4552 (Rua Armando Coelho de
Freitas, 46); Tijuca — Centro Espe-
cializado de Odontologia — 288-
4797 (Rua Conde de Bonfim, 664);
Prontos Socorros Infantis — Copa-
cabana — UPC — Urgências Pedia-
tricas — 287-6399 (Rua Barata Ri-
beiro, 111); Ortopedia — Leblon —
Cotrauma — 294-8080 (Av. Ataulfo
de Paiva, 355); Cortrel — 274-9595
(Av. Ataulfo de Paiva, 734); Otoni-
no ¦— Copacabana — Cota — 236-
0333 (Rua Tonelero, 152); Policlíni-
cas Urgências —Copacabana — Clí-
nica Galdino Campos — 255-9966
(Av. N. Sra. de Copacabana, 492).
Psiquiatria — Botafogo — Serviço
de Urgência Psiquiátrica do Rio de
Janeiro — 542-0844; 541-3244 e 541-
3644 (Rua Paulino Fernandes, 78);
Tomografia — Niterói — Centro de
Tomografia Computadorizada de
Niterói (CTCON) — 714-2540, 711-
9555 e 266-4545 BIP 4JM2; Radiolo-
gia — Copacabana — Clínica Radio-
lógica 24 horas Ltda. — 237-7226
(Av. Nossa Senhora de Copacaba-
na, 492/202); Reumatologia — Bota-
fogo — Centro de Reumatologia
Botafogo — 266-5998, 226-7651 e
246-5443 (Rua Voluntários da Pá-
tria, 445, grupos 1306/7); Oflalmo-
logia — Ipanema — Clínica de
Olhos Ipanema — 247-0892 (Rua
Visconde de Pirajá, 414/511), Ul-
trassonografia — Lagoa — Echo
Home — 286 0481 ou 266 4545 bip
2514 (Rua Sacopã 60/201).
Baby Sitter — Atividades Coor-
denada Psicologia e Educação —
255-6751 e 255-8141 (atendimento
para crianças de 3 messes a 10 anos
de idade, com profissionais especia-
lizados) — Rua Figueiredo Maga-
lhães, 286/saIa 915.
Flores — Mercado das Flores de
Botafogo — Rua General Polidoro,
238 —Tel.: 226-5844; Cadinhos das
Flores —Av. Geremário Dantas. 71
Jacarepaguá — Tel.: 392-0037;
Roberto das Flores — Av. Automó-
vel Clube, 1661 — Inhaúma — Tel.:
593-8749.
Borracheiro — Avenida Prince-
sa Isabel, 272 — Copacabana —
Tel.: 541-7996; Rua Mem de Sá, 15,
Lapa (junto aos Arcos) com servi-
ços de mecânico, eletricista e rebo-
que. Telefone 224-2446.
Reboques — Auto-Socorro Bo-
telho — Rua Sá Freire. 127 — São
Cristóvão — Tel.: 580-9079; Auto-
Socorro Gafanhoto — Rua Aristi-
des Lobo, 156 — Rio Comprido —
Tel.: 273-5495; Avenida das Améri-
cas, 1577 — Barra da Tijuca — Tel.:
399-2192.
Chaveiros — Trancauto — Cen-
trai de Atendimento — Tel.: 391-
0770, 391-1360, 288-2099 e 268-
5827; Chaveiro Império — Rua
Corrêa Dutra, 76 — Catete — Tel.-
245-5860, 265-8444 e 285-7443.
Supermercados — Casas da
Banha — Rua Siqueira Campos, 69
Copacabana.
Banco do Brasil — (Agência)
Aeroporto Internacional do Rio
de Janeiro — Ilha do Governador.
Correios e Telégrafos — Ae-
roporto Internacional do Rio de
Janeiro — 3o andar — Ilha do
Governador.
Serviço
Universidade
Santa Ursula promove cursos
de integração com comunidade
A Universidade Santa Úrsula sucesso é a Fábrica de Artes. Seguindo
(USU) está iniciando o segundo ano de a mais nova tendência das artes plásti-
sua campanha de captação de recursos cas, a Fábrica tem cursos de arte que
são desenvolvidos sem separação entre
para financiar projetos de integração
entre universidade e comunidade. São um e outro meio artístico, para que-
diversos projetos, cm todas as áreas de
estudo da USU, que tèm como meta
brar a divisão tradicional entre pintura
e escultura, por exemplo. Além do
mostrar a importância de se investir na ateliê, há cursos teóricos e seminários,
educação para benefício da própria como o Modernidade c Arte, encontro
sociedade. internacional realizado em 88.
Os projetos têm a preocupação de Outro objetivo dos projetos é de-
levar a comunidade para dentro da senvolver e ampliar serviços já existen-
universidade, independentemente de tes, como o Escritório de Prática Fo-
qualquer ligação com os cursos profis-
sionalizantes. O investimento na edu-
cação é, na proposta da universidade,
rense da USU, que atende pessoas
pobres gratuitamente. O escritório se-
rá ampliado e transformado na Casa de
uma das soluções para os problemas do Justiça, que, além de atender os po-
país. A USU também pretende ser bres, fará júris simulados, promoverá a
uma universidade dinâmica, dcsenvol- discussão de grandes temas de interes-
vendo as aspirações da sociedade, sem se nacional e organizará um arquivo de
se cristalizar em um museu do saber. jurisprudência totalmente informati-
zado.
Um exemplo disso é o Núcleo de
Formação Permanente, que promove Informatização será também a pa-
cursos livres, seminários, mesas- lavra de ordem para a nova biblioteca
redondas e debates abertos à comuni- da USU, que oferecerá ainda um servi-
dade. O trabalho do núcleo já resultou
ço de pronta-consulta sobre qualquer
em publicações pela Editora Universi-
tária Santa Úrsula, que também faz
assunto e terá coleções de vídeos,
compaci-discs e outros recursos moder-
parte dos projetos e em 1988 lançou nos de documentação. A USU vai
seis novos títulos em diversas áreas de também hospedar a mais importante
conhecimento. biblioteca de língua francesa da Amé-
Outro projeto que tem tido muito rica Latina, a da Maison de France,
BoneCOS — O Centro Cultural formulário. As inscrições encerram no dia
Cândido Mendes oferece o curso de Ofici- 20 de março. Informações: 240 1391.
na de Confecção e Criação em Teatro de
Tarot — O Centro de Estudos,
Bonecos, para pessoas a partir de oito
anos de idade. O curso será de 20 a 24 de Pesquisas c Desenvolvimento das Ciências
Simbólicas esta oferecendo os seguintes
fevereiro, de segunda a sexta-feira, das 15
cursos: Os 22 Mistérios Maiores do Tarot,
as 18 horas. O preço do curso é de NCzS
16,00, será na Rua Joana Angélica, 63, Os 56 Mistérios das Energias Básicas,
Desenvolvimento da Linguagem Simbóli-
sala 508, cm Ipanema (Zona Sul) c será
ministrado pelo professor Caca Sena, do ca, Extensão e Desenvolvimento cm Ta-
rot e Linguagem dos Sonhos. O Centro
grupo Cem Modos. Maiores informações fica na Rua Bambina, 110, casa 7, cm
pelo telefone 267 7141, ramais 10,13 e 14.
Botafogo (Zona Sul). Os cursos terão
início em março e os interessados devem
Culinária — a ma Cuisine-
Artes Culinárias Ltda promoverá no dia marcar entrevista pessoalmente ou pelos
telefones 226-7606 ou 286-2186.
22 o curso de Salgadinhos e Micro-Ondas
e no dia 27 o de Tortas, Salgados e Doces. Teatro — A Criarte oferece o curso
Informações pelo telefone 236-4911.
de Teatro para Maiores de 30 anos, com
início marcado para o dia 8 de março,com
Música — Estão abertas as inseri- aulas as Quartas-feiras, das 17:15 as 19
ções para o XII Panorama da Música horas. O objetivo do curso c resgatar a
Brasileira Atual, a ser realizado de 2 a 9 sensibilidade e a criatividade dos interes-
de junho no Salão Leopoldo Migucz, na sados. A Criarte fica na Rua Viúva Lacer-
Escola de Música da UFRJ (Rua do da, 109, no Humaitá (Zona Sul). Informa-
Passeio 98 - Centro). O local das inseri- ções: 246-4856. A Criarte oferece ainda o
ções é no próprio salão da escola mediante curso Teatro Livre para Crianças de 8 a 12 •
entrega da partitura c preenchimento de anos que será ministrado as segundas-
Tempo
rio/n ter mm M1AA
? D
¦ Claro a ocasionalmente Preamar; OlMO/Um
I3h02/1.2m
nublado, possível instnbilida-
de local e passageira a partir Daixa-mar: 07hl2/0.4m
da tarde. Visibilidade boa.
l'Jh31/0.1m
Ventos de quadrante norte, Cheia Minguante
de fracos a moderados, com
dia 20/02 dia 2&TO
rajadas ocasionais. Tempera-
tura estável. Máxima e mini-
ma de ontem: 35.3 em Bangu
é 21.9 no Alio da Boa Vista.
Nascente: 05h42
Ocaw: 18h30 liCrescente Nova
Ali W/02 dia 07/OJ
¦ tü li.. ii — —I
UV Condiam Mm. Min.
RO: Nublado 27.8 21.0
AC: Nublado - frota em um terço. Mas ele garante
AM: Nublado 27.2 21.7
RR: Nublado
PA: Nublado 31.0
AP: Nublado 29.7
—
22.2
24.0
MA: Nublado 24.1
PI: Nublado 31.8 22.0
CE: Nublado 30.1 23.8
RN: Nublado 30.0 22.0
PB: Nublado 20.6
PE: Nublado 22.7
AL: Nublado 22.6
SE: Nublado 25.8
BA: Nublado 31.6 25.4
MG: Nublado 30.8 20.4
¦'•1 J-*"^\
ES: Nublado 31.2
SP: Nublado 2f.6
24.1
21.0
Par/-* Klnhlnrí .:::'v:::--^ÚJ^Í:'-"í:;':--;:j^
PR: Nublado 27.U 18.9
SC: Nublado 23.0
¦ Leitura do Satélite: RS: Nublado 34.0 22.0
DE: Nublado 24.11 17.3
O domínio da massa tropical sobre o Sul e Sudeste MS: Nublado 31.1 20.7
continua proporcionando bom tempo na maioria dos MT: Nublado 34.3 23.6
estados dessas regiões. No resto do país apenas no
GO: Nublado 32.0 20.2
Norte e Nordeste poderão ocorrer pancadas de
chuvas isoladas.
||l||lll|lii|i MuJ.1!,! LüíiJi^iiü.. JL-Jui .' I « I
Cidade Condições Máx. Min
Amsterdã Nublado 15 II
Assunçio Claro 31 23
Alerus Nublado 13 12
Berlim Nublado 5 carneiros, pacas ou cotias daria jei-
Bo(a(i Claro 20 7
Bqqii Chuvoso 11 ti
Bruxelas Nublado 12 3
Buenos Aira Garo 34 22
Caracas Nublado 24 15
(ienebri Nublado 1
Cuitrnuli Nublado 23 12
Hituu Nublado 30 19
La Pai Nublado 17 4
Lima Garo 29 20
Lisboa Claro 20 10
Londres Nublado 11 4
Iã*\ Angttes Claro 18 8
Madri Claro 24 3
Mf\kn Claro 24 7
Miami Nublado 25 23
Muntesirni Nublado 32 20
Mi«nmm Claro -1 - jí
No*i Iorque Claro -7
Pari» Nublado 13 4 programação da Comlurb para esta
Prt|uim Nublado -3
(Juilo llaro 19 9
Roma (Iam 16 -I
Santiato Claro 32 15
fi:->-~ -y .-£• TflFfwW*?* . ¦ .^'*f-mw ^^y TOquio Claro II 5 Em sua edição do dia 2 de
\iena Chuvoso
WãshinjEtoo Claro
10 3
0 Gávea
durante os dois anos de reforma da
instituição.
Um dos mais importantes projetos
da universidade é o Laboratório de
Prospccçáo Social, que estuda os pro-
blemas c propostas da sociedade em
mudança. Como instituição isenta e
pluralista, com uma grande preocupa-
çáo humanista, a USU investiga as
aspirações da sociedade e as mudanças
de comportamento que são analisadas
e inseridas nos cursos de formação
profissional, chegando à criaçáo de
novos cursos.
A preocupação com a formação
integral do aluno, preparando o profis-
sional para atuar na sociedade, levou a
USU à proposta de abrir as portas para
a comunidade, insistindo no lema Edu-
cação é o melhor investimento. Os
cursos livres desenvolvidos pela uni-
versidade pretendem dar embasamen-
to científico ao conhecimento não-
acadêmico das pessoas interessadas em
determinada área. Quem quiser conhe-
cer os projetos e participar dos progra-
mas da USU pode ligar para 552-5422
ou procurar a chancelaria, na Rua
Jornalista Osvaldo Dantas, 59, sala
805.
feiras das 17:45 as 19 horas, com início
marcado para 6 de março. A partir do dia 6
de março a Casa de Ensaio estará ofere-
cendo novos cursos de teatro tanto para
adulto como para crianças. As matrículas
estarão abertas de 27 deste mês a primeiro
de março das 14 as 19 horas.A Casa de
Ensaio fica na Rua Maria Eugênia, 303,
no Humaitá ( Zona Sul).Informações:
226-6318.
Arquitetura — A Espaço Ex-
pressão oferece a partir do dia 20 de 20:30,
março oito cursos ligados à arquitetura,
decoração c design. São eles: Iluminação
de Interiores; Arquitetura de Lojas; Pro- Funabem — O teatro Funabem a
jetos de Aprovação na Prefeitura; Deta- partir do dia 20, das 9 as 16 horas, recebe
lhes Construtivos; Marcenaria para Ar-
quitetos; Estágios em Obra; Criação em
Iluminação e Decoração Residencial. Os
cursos terão duração de três meses com e canto coral); Teatro Oficina; Dança e
uma aula por semana. Informações na Jovens Poetas (poesia, crônica e contos).
Rua Visconde de Pirajá, 82-Loja 114,em Podem se inscrever jovens a partir de 12
Ipanema (Zona Sul) ou pelo telefone 247- anos de idade. Estão abertas também as
5497.
Massagem — O terapeuta cor- prática de duração de quatro anos. O
Queixas do Povo
Flamengo
Silvia Soares Arruda reclama da
•Viaçán 1001,
que estaria transpor-
tando passageiros de pé nos ônibus
que deixam o Rio. Ela diz que
durante o Carnaval a empresa che-
gou a transportar até vinte"aspassa-
geiros de pé, incomodando
soas que pagaram pelo direito de
irem sentadas".
pes-
O gerente da Viaçáo 1001, Luiz
Roberto, reconhece que a empresa
transportou "alguns" passageiros
acima do limite permitido, durante
o Carnaval, apesar de colocar cerca
de 200 carros extras, ampliando a
que isso não voltou a ocorrer: "Não
é bom negócio, por causa das multas
c do desgaste do veículo". O Detro,
responsável pela fiscalização, não
constatou a irregularidade. Segundo
sua assessoria de comunicação so-
ciai, além das multas o excesso de
passageiros pode resultar na cassa-
çáo da linha, em caso de reincidên-
cia. A assessoria acrescenta que a
Polícia Rodoviária também pode
multar os ônibus e pede a colabora-
çáo dos usuários para que não acei-
tem viajar de pé. O telefone 221-
1518, do Detro, está à disposição do
público para reclamações.
Leblon
A moradora Bernadeth Frieb pede
o corte do mato na Praça Baden
Powell, na esquina das ruas Viscon-
de de Albuquerque e General Ve-
nâncio Flores. "Nem uma horda de
to no mato, que já tem mais de
meio metro de altura", diz Berna-
deth. Ela pede também que os garis
limpem as folhas que caem das
figueiras da praça, que estariam
entupindo cs bueiros.
A conservação de praças é de
rresponsabilidade do Departamento
de Parques e Jardins, mas a limpeza
da Baden Powell foi incluída na
semana, segundo informou sua as-
sessoria de comunicação social.
O morador Raimundo Bulcão de
Vasconcelos reclama que toda a
Rua Sércio Porto está há mais de
WmVva ¦&•* BB51
vt\ li\\BÊs
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IS £&£S5f WSjE BHfflf
IB^
S 8f8&S SS&1' to»
^reíMmísk&í
^^
poral Newton Peçanha Ortman oferece o
curso de Massagem Oriental, Abordagem
Energética. O curso é destinado a princi-
piantes no assunto e terá início no dia 2 de
março, com aulas as quintas-feiras, as
19:10.Informações:267-0266.
Sexualidade — Os Grupos de
Mães Amigas do Peito realizam o debate
Sexualidade na Amamentação, com parti-
cipação de especialistas no assunto. O
debate ocorrerá dia primeiro de março, as
no O Sol, a Rua Corcovado, 213,
Jardim Botânico (Zona Sul).
inscrições para os projetos Jovens Instru-
mentistas; Jovens Cantores (compositores
inscrições para a banda de música da
Funabem, que tem curso de teoria e
quatro meses com as luzes apaga-
das. Ele diz que reclamou duas
vezes à Comissão Municipal de
Energia (CME), sem resultado.
¦ A CME informou que o reparo
estava programado para ser feito
durante o fim de semana. A Comis-
sáo mantém os telefones 242-4659 e
252-2506 para reclamações.
Tijuca
Álvaro Arouca de Castro reclama
que a Praça General Portinho, na
esquina das Ruas Professor Gabizo
D O acidente ocorrido
com o ônibus da Viação
Mauá — Praça Arari-
bóia/Praça XV e o ôni-
bus da Viação Pégaso
— Santa Cruz/Castelo,
por volta das 12h30 do
dia 8/2/89 é uma amos-
tra do que pode ocorrer
com o término das bar-
cas após as 22h30.
Uma pesquisa divul-
gada peldimprensa, que
apresenta 51% de pre-
ferência pelo transporte
de ônibus, em detri-
mento das barcas, é
composta de resposta
de impulso, sem análi-
se, pois o cidadão que
fevereiro de 1912, o JORNAL DO
BRASIL publicou: "Vários rapazes
moradores no bairro da rua Had-
dock Lobo pedem ao Dr.Chefe de
JORNAL DO BRASIL
1 --—^ \
mi/ \\
l I jDWKMaX fihmrUt Jw mr
Mr / Al \
\, 1 SwmZMW ISMrUnvm.em \
\mmWW\
I
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/f————
J
/
-- /
¦
Teatro Funabem fica na Rua Clarimundo
de Mello, 847, em Quintino Bocaiúva.
Informações pelo telefone 269 8132, ramal
164.
Jazz — O diretor do Centro Integra-'
do de Artes e Dança, professor David,
está formando novas turmas de jazz e
sapateado para principiantes, intermedia-
rios e avançados. David regressou recen-
temente de Nova York onde recebeu
aulas de reciclagem aprendendo o que há
de mais novo nas técnicas do sapateado e
do jazz. Informações na Rua Francisco Sá
,23, sala 308, em Copacabana ou pelo
telefone 267-4644.
Turismo — O Instituto de Estudos
Turísticos do Rio de Janeiro oferece o
curso de Guia de Turismo. O inicio das
aulas está marcado para o dia 13 de março
e as inscrições podem ser feitas na Aveni-
da Nossa Senhora de Copacabana,195,
grupo 306 ou pelo telefone 542-2163. O
curso terá duração de cinco meses, com
aulas de segunda a sexta ,das 14 as 18
horas.
c Morais e Silva, continua sofrendo
alagamentos, apesar da Secretaria
Municipal de Obras (SMO) ter in-
formado ao "Queixas do Povo" que
o problema seria sanado na semana
passada. Segundo Álvaro, na última
sexta-feira o local continuava inun-
dado, mesmo sem chuvas.
¦ A assessoria de comunicação so-
ciai da SMO garante que o serviço
foi encaminhado ao Departamento
Geral de Obras, que está providen-
ciando a limpeza das galerias plu-
viais.
Megafone
pega um ônibus que sai ra o dia 31/1 a entrega
da Praça XV de dez em da 2a via do carne de
dez minutos e, muitas IPTU. Eu e mais algu-
das vezes, em menos de mas centenas de pessoas
vinte minutos está na
Praça Araribóia, vai dar fomos à R.A. na Gávea
para receber o carne e o
respaldo à iniciativa
despótica do governo que aconteceu? A Unif
estadual. Se essa mesma virou, aumentou de qua-
resposta tivesse sido da- se 13%, ninguém rece-
beu a 2a via do carne e
da após análise do as-
nem informou quando
pecto segurança, não só
do meio de transporte vamos receber. Quis pa-
mas do local de espera gar antes do aumento da
Unif, fiz tudo dentro dos
onde ficam os usuários,
prazos e o sistema falido
certamente o resultado
seria outro. Luiz Anto- da administração muni-
cipal náo permitiu. (...)
nio Barros — Niterói.
Carlos E. Z. Brennand
D (...) Foi marcado pa- — Rio".
Policia providencias enérgicas con-
tra o guarda civil n.627, destacado
no 15° Districto Policial 2o quarto,
rondante daquella rua que, não se
achando satisfeito com as exigen-
cias impostas por elle leva ainda
constantemente a maltratar os cita-
dos rapazes ora com termos brutaes
e violentos, ora por meio da força
physica."
JORNAL DO BRASIL
"W??!!.; '<&*- "?.
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BB ?P-'lfll IvHfl KaA
Çi-^/Jt, W^fl H^B^* * .^BBBk
«II ^fl Uíl^''
riu ¦ wí^
P.idre Josd Maria rezou m/ssa de um ano pe/os Í5 mortos no desabamento de um prédio na Abolição
Abolição ora por seus mortos
Mrssa sob árvore
lembra vítimas
das chuvas de 88
Denise Assis
O altar foi impro-
visado em uma mesa
de fórmica verde, co-
^r7^/
bertá com toalha de
renda branca, à som-
bra de um fiam-
boyant. Uma jarra
com um arranjo dc ca-
mélias ladeava a folha
de caderno onde, em
letra de forma, foram escritos os 15
nomes das vítimas do desabamento da
Rua Teixeira dc Carvalho, número 140,
"a tragédia da
que ficou conhecido como
Abolição". Ao contrário daquele domin-
go, quando uma chuva forte caiu sobre a
cidade das 11 h às I8h, quase ininterrupta-
mente, ontem havia sol e os termômetros
de rua marcavam 31". Mesmo assim, com
forte calor, parentes e vizinhos dos mor-
tos se reuniram em frente ao que sobrou
do edifício e assitiram a missa para mar-
car a passagem do primeiro ano do aci-
dente.
A celebração, encomendada pela As-
sociação dos Moradores e Amigos da
Abolição, foi feita pelo padre José Maria
Cordeiro, da paróquia de São Pedro
Apóstolo, no Encantado, subúrbio da
Central. O mesmo que na hora do desa-
bamento correu para o local auxiliando
no resgate dos corpos e que rezou a missa
de sétimo dia pelos mortos. Ontem, toca-
do pela emoção das lembranças, ele res-
saltou em sua homília que "Deus nos
ofereceu a natureza para que a usemos
em nosso benefício. É preciso que o
homem se lembre disto e não promova
desmatamentos irresponsáveis, cujas
conseqüências podem resultar em tragé-
Coronel depõe
hoje no caso
de nota fria
O tenente-coronel Astério Pereira
dos Santos e o major Adalberto Dal
Bello, ex-comandante e ex-chefe da 4n
Seção (setor de compras) do 19° BPM,
em Copacabana — que descobriam no
ano passado um rombo de ma-is de NZc$
1.700 cm notas frias referentes a compras
inexistentes de peças para veículos —
prestam depoimento hoje, a partir das
13h, na Auditoria da Polícia Militar, no
processo em que são acusados o coronel
Sebastião César Calheiros e o major
Jorge Arede.
Segundo a denúncia contra os dois
militares, o dono da firma PM-Ponto
Morto Peças de Automóveis, Walter Pin-
to Ventura, entregava a Calheiros as
notas frias de mercadorias supostamente
compradas e que nunca deram entrada no
quartel do 19° BPM e, em seguida,
recebia o pagamento. O rombo foi desco-
berto quando o coronel Astério assumiu
o comando do 19° BPM em substituição a
César Calheiros e foi procurado pelo
comerciante que queria receber as notas
referentes às vendas inexistentes.
Ao fazerem uma devassa no almoxa-
rifado, o coronel Astério e o major Dal
Bello não encontraram a mercadoria que
Walter Pinto Ventura dizia ter vendido e
o prenderam. Na ocasião, foram instau-
rados dois inquéritos, um IPM e outro na
12" DP para apurar o envolvimento de
civis no caso. O coronel Sebastião César
Calheiros, que foi indiciado pela promo-
toria militar, não foi punido disciplinar-
mente pelo comandante da PM, coronel
Manoel Elysio dos Santos Filho apesar da
gravidade do crime cometido.
Em casos de menor expressão - como
oficiais que participaram de assembléias
no Clube dos Oficiais por melhores venci-
mentos - o comandante da PM colocou os
militares no Conselho dc Justificação pa-
ra que sejam reformados. O major Jorge
Arede também não sofreu nenhuma pu-
nição e pode ingressar na Escola Superior
de Polícia Militar, o que náo é permitido
para quem está sub-judice. Na história
toda, os únicos punidos até agora foram o
coronel Astério e o major Dal Bello, que
denunciaram o escândalo.
Astério perdeu o comando, está lota-
do na Diretoria Geral de Pessoal e não
tem nenhuma função na corporação. O
major Dal Bello encontra-se na mesma
situação e, ao contrário do major Arede.
não conseguiu fazer o curso na Escola
Superior de Polícia Militar, que o habili-
taria a uma promoção à patente de te-
nente-coronel.
"^i^BBBV
^BíBB B^Lt
''^P^Hp ¦ w^f .^JBB
rTrJfriiM WMF /¦
in w pela violação de duas encomendas,
dias como estas. Agora só restam aos
parentes recordá-los ainda traumatizados
e a nós esta lição".
E nem seria preciso ouvir as palavras
do padre para saber do sentimento dos
sobreviventes. Encostada ao muro da
casa vizinha, Maria Abadia dos Santos,
40, não escondia no rosto marcado, a
saudade que senti; do filho Welington, de
9 anos, que morreu entre os escombros.
"Eu estava deitada em minha cama lendo
o jornal e falando com ele que soltava
pipa na varanda. De repente me levantei
e quando dei dois passos tudo desabou".
Esta é a última imagem que Maria tem da
casa e de seu filho. A filha, Tereza
Cristina, 12, estava na lage e "escapou
por um milagre de Deus", acredita.
É contendo as lágrimas com esforço
que ela recorda ter ficado cinco horas
consciente e soterrada, "só pensando no
que tinha acontecido com eles e rezan-
do". Hoje ela vive no número 129 da
mesma rua, num puxado que lhe cedeu
uma vizinha — D. Anita — com quarto,
sala, cozinha e banheiro. "Do que era
meu náo sobrou nada. O que tenho agora
foi dado pelos outros." Como na música
de Milton, Maria diz que já não vive,
apenas agüenta. Outra que assiste à ceri-
mónia emocionada é Eliane Strcch Va-
lentin. Ela perdeu a sogra e um cunhado
no desabamento que, por fração de se-
"Quando che-
gundos, não presenciou.
guei só tinha fumaça e os gemidos abafa-
dos dos soterrados".
Marcelo da Silva Nonato, 16, de
costas para o altar, optou por outro tipo
dc homenagem. Ele c um grupo de
meninos da rua costumavam soltar pipa
com Welington. Como no dia de ontem
soprava um vento quente "ótimo para
empinar", ele preferiu colocar no alto um.
pião branco de estrelas azuis para reven-
renciar o amigo. Marcelo mora no nume-
ro 83 da Teixeira de Carvalho e estava
deitado vendo televisão quando o 140
veio abaixo. "Ouvi gritos e corri para ver
e ; i: ;SW :'¦;;.¦ ;¦:;':;;:-:«¦
; mMfy ^y^yvMyWMym
Jraiii^lt.'"': .iMWtiÊÊ&mm
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I$1«BÍBvJbBB^^^MÈ Bjym
&3§^&$§&9B1
M
O Como fazem todos os domingos,
Lcnilson Souza França e sua mulher,
Nilza Laranjeira França, foram ao
Bar Tio Sam, na Rua Dias Ferreira,
esquina da General Urquiza, no Lc-
blon, tomar um cbopc depois da
praia. Mas, por pouco o lazer não
acabou cm desgraça. Às I4h30, o
Gol de placa UN 3299, dirigido por
Guilherme Gouveia dos Santos, 20
anos, avançou o sinal da esquina da
Rua General Urquiza e foi abalroa-
do pelo Fiat Uno de placa UQ 3635.
guiado por Heloísa Facinschenck. 34
anos, que vinha pela Dias Ferreira.
Lollcln Porolrn
Sfc-W** ECT vai demitir funcionário
"''^B.-BBsíé» mm\ wrr .^^^m\ Mw^^^jS^ '"*
BlS* í'^$$f í^r
mas só encontrei fumaça." Ele conta que
a irmã dc Welington, depois de resgata-
da, foi para sua casa "e eu nem podia dar
bandeira de nada porque ela estava lá e a
gente não tinha certeza se ele ia sair com
vida ou não".
Marcelo, que preferiu não ir ao en-
terro "porque estava muito chocado",
ontem não fez questão também de parti-
cipar da missa. "Para quê? A gente nunca
vai esquecer mesmo"—justifica com voz
embargada.Outra que não quis se unir
aos parentes e amigos das vítimas foi
dona Maria do Carmo Fonseca, que assis-
tiu a tudo do portão. Nem por isto deixou
de participar. Os olhos vermelhos por
trás dos óculos de grau traíam sua
emoção.
"Náo
queria estar em contato com
estas pessoas que a gente conhece tanto e
que viveram "Prefiro
um quadro tão triste"—
desculpou-se. não lembrar, não
vê-los chorar de novo. Minha casa —a de
número 145, em frente ao prédio que
desabou — foi transformada em ponto de
socorro. Abriguei parentes, dei alimentos
para todo mundo e os primeiros sacos de
leite para os bombeiros que se intoxica-
vam com o gás que saía dos canos arre-
bentados" — recorda. "O meu telefone
foi até cedido para a Defesa Civil para
contatos com os hospitais. De forma que
falar ou participar disto para mim é
doloroso demais"— diz.
Mas não se contém ao ver Wanderley
Souza, 43 — que perdeu a mulher, Ade-
laide e o filho Marcos — chorar. Aproxi-
ma-se para consolar o antigo vizinho, que
agora mora com a mãe, em Piedade.
"Sonho com eles todos os dias. Pensei
que à medida que o tempo passasse eu
fosse esquecendo, me conformando, mas
é pior" — confidencia a ela. "Estou mais
emocionado hoje do que na missa de
sétimo dia. Passa o trauma e só fica a
saudade. Vejo os dois em tudo que
faço"— diz, limpando os olhos com o
lenço.
yy ¦¦; yVyyyylyy *í <:? : ? í yyyyyyy :¦ "J-,;*.
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B sando mal, um homem bateu na porta da
¦fete».
Ei
' assaltantes, todos armados. Os ladrões
jmP^^^^^yJ$m
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J3B
bbbbbh
O Gol foi jogado na calçada, onde
Lcnilson, Nilza e dezenas de outras
pessoas tomavam chopc, sentadas
sobre barris, e o Fiat bateu na trasei-
ra do Voyage preto VW 0311, do
jornalista Renan Miranda, que esta-
va estacionado perto do bar.Segun-
do o motorista do Gol. o sinal na
esquina da Rua Dias Ferreira com
General Urquiza estava enguiçado e
por isso ele não parou. Sua acompa-
nhante, Maria Regina Gonçalves
Caldas, "ele ainda diminuiu a veloci-
dade na esquina para tentar evitar o
choque, mas foi em vão"
&*«»
Responsável pela
violação de carta
_* será indiciado
*fsr BRASÍLIA — O presidente chi
Empresa Brasileira de Correios e Telé-
grafos (ECT), Joel Marciano Rauber,
garantiu que o funcionário responsável
postadas nos Estados Unidos e desti-
nadas a dois moradores do Rio de
Janeiro, será identificado esta semana,
indiciado na Polícia Federal e demiti-
do. Mesmo que as encomendas não
tivessem sido encontradas em uma lata
de lixo cm frente à sede dos correios,
Rauber disse que a empresa teria iden-
tificado o extravio dos dois pacotes.
"A imagem dos correios não
pode
ser arranhada por um mau funciona-
rio", advertiu o presidente da empre-
sa, que está pessoalmente empenhado
na apuração do responsável pela viola-
Saúde perde para corrupção
América Latina
joga fora por ano
US$ 10 bilhões
Rio não está só em sua difícil
O situação. Se alguém ainda
pensa que o estado dc calamidade
da saúde é uma característica da
cidade e do estado, por certo vai
se espantar com os dados apresen-
tados por especialistas estrangei-
ros que participaram do simpósio
Saúde nas Grandes Cidades, no
Copacabana Palace. Pior do que a
deterioração dos serviços, que se
seguiu à crise da dívida externa, é
a constatação de que- a ineficiên-
cia, a incompetência c a corrupção
no setor jogam fora, anualmente,
na América Latina, algo cm torno
de USS 10 bilhões (NCz$ 10 bi-
lhões, ao câmbio oficial).
Esse dinheiro mal empregado
representa 25% do que se gasta
por ano no continente cm assistên-
cia médica e programas sanitários,
segundo José Maria Paganini,
coordenador dc Desenvolvimento
de Programas de Saúde da Organi-
zação Pan-Amcricana de Saúde
(Opas).Mas quem, como abutre,
espera pela consumação da morte
do atendimento público para fazer
o marketing da medicina privada,
pode perder as esperanças. Ri-
chard Brown, professor da Uni-
versidade da Califórnia, avisa que
o seguro-saúde, além dc se mos-
trar discriminador e injusto nos
Estados Unidos, vai-se tornando
insolvente: "A maior das empre-
sas do setor, a Blue Cross, está
indo à falência", disse Brown.
Falência por falência, a do lado
Luclana Leal
5*| Hospital recusa ferido. Nos EUA também
ferido em estado grave foi
Umlevado a vários hospitais, duran-
te seis horas, e não foi atendido. Uma
mulher grávida acabou tendo seu filho
no estacionamento do hospital. Esses
dois fatos não ocorreram no Rio du-
rante a greve de médicos, como se
poderia pensar: foram manchetes de
jornais da riquíssima Los Angeles,
conforme conta o sociólogo Richard
Brown, da Universidade da Califórnia.
Lá a queixa é contra o sistema de
seguro-saúde, que deixa de fora quem
não pode pagar. Os pobres, geralmen-
te integrantes das minorias étnicas,
vivem um drama que o deficiente aten-
dimento dos seus próprios centros co-
munitários não consegue minorar. Ins-
tituir um sistema universalizado, nos
mesmos moldes do existente na Amé-
rica Latina e países europeus, é a
solução proposta por Brown.
Por caminhos diferentes, o soció-
logo americano e o epidemiologista
^^mmwá
venezuelano Ronald Evans chegaram
BbÍ
^bbbI Assalto — Simulando estar pas-
casa do médico Ari Ferreira e Sousa, 58
^Jm anos, na Estrada Engenho D'Água, 116,
Largo do Anil, em Jacarepaguá e, quando
ele abriu, foi rendido pelo desconhecido,
que estava acompanhado de mais três
renderam também a mulher de Ari, Ânge-
la Maria Almeida de Oliveira, 40 anos, e
passaram a revirar todos os cômodos, que
foram saqueados. Eles roubaram jóias,
eletrodomésticos, um computador, uma
máquina fotográfica russa, um relógio de
parede e NCzS 600,00, e fugiram no
Chevette RJ TP 8259, do médico.
IqueeLan
Com uma pincelada
de humor.
JB
segunda-feira, 20/2/89
çflo das encomendas. Segundo ele, o
Índico ile extravio de mercadorias e
cartas da empresa é "ínfimo" — seme-
lhante ao de qualquer correio do inun-
do, "Este tipo de problema não é
privilégio do brasileiro", comparou
Rauber.
Rauber explicou que o controle do
centro de triagem dos correios identifi-
caria a ausência das encomendas mes-
mo que não fossem encontrados na lata
de lixo. Por este controle, é facilmente
identificável também o funcionário
responsável pela violação. "Temos to-
dos estes cuidados porque a empresa
tem padrão internacional. Se houvesse
qualquer tipo de pesquisa, o índice de
confiança da empresa seria mais alto
do que O apontado na pesquisa de
1974", disse o presidente, referindo-se
a uma pesquisa que apontou a ECT
como a instituição mais confiável do
país, na frente, por exemplo, do Con-
gresso Nacional e das Forças Armadas.
ÉÊimA f^siáM^ a Ml
Afíl/ \ yO^mmT^O Vil
dc cá revela dados impressionante-
s:a Opas estima cm 700 mil o
número anual de mortes evitáveis,
se houvesse bons serviços de saúde
na América Latina. Os mesmos
bons serviços ainda negados a 140
milhões dos 430 milhões de habi-
tantes do continente, ou seja, um
terço da população.Se é inegável
que a crise da dívida externa afetou
profundamente os já depauperados
serviços de saúde do hemisfério,
argumenta Paganini, é também
preocupante que ainda sejam tão
mal usados os recursos que restam.
Em 1977, quando ainda predo-
minavam os governos ditatoriais,
o Opas denunciou a situação de
injustiça social geradora das pre-
cárias condições de saúde das po-
pulações latino-americanas, além
da iniqüidade na distribuição dos
recursos. Diz Paganini: "Infeliz-
mente, temos de reconhecer que
nos governos democráticos a situa-
ção não mudou muito. A diferen-
à mesma conclusão: em termos de
saúde, os diferentes segmentos sociais
também devem ter tratamento diferen-
ciado. Brown tomou como base os
rejeitados de Los Angeles e Evans, a
pesquisa que fez mostrando as discre-
pàncias dos indicadores de saúde de
Caracas. "Enquanto num distrito rico,
como Chacao, temos indicadores se-
meltíantes ao da Suécia, em Petare,
distrito pobre, as condições são típicas
do Terceiro Mundo. Por isso, a políti-
ca de saúde náo pode pretender ser
igual para todos. Pelo contrário, tem
de dar atenção maior a quem mais
precisa", disse Ronald Evans.
Da mesma forma, Richard Brown
acha que os ricos ou os funcionários de
grandes empresas podem continuar
contando com a medicina privada, se
quiserem, mas o estado precisa garan-
tir um sistema universal, que evite a
discriminação ou o abandono de qual-
quer setor da sociedade. E a própria
sistemática do seguro-saúde está dan-
do sinais claros de desgaste, segundo
Cabo Frio — O comerciante José
de Souza Andrade, 46 anos, foi assassina-
do ontem com dois tiros nas costas dispa-
rados por três homens que entraram em
seu bar à Rua Tome de Souza, n° 371, no
bairro São Cristóvão em Cabo Frio. Mo-
radores viram os três homens correndo
pela rua após o crime, mas não consegui-
ram descrever na polícia os assassinos. O
delegado Jofre Guedes afirmou, porém,
que dois dos autores do crime estão prati-
camente identificados. Muito estimado no
bairro, José de Souza era proprietário
ainda de outro bar, em São Pedro D'A1-
deia. Os criminosos levaram a féria do
dia.
A Rádio Cidade A-HASA
com você.
Fique ligado!
o Cidade o 5
Fernanda Mayrlnk — o/u/gs.--..
i% v
Rauber quer punição na EÇT "
Lúcio Brígido
ça é que o povo tem liberdade
agora para reclamar ç pedir justi-
ça." Reclamar, por exemplo, do
absurdo que é o fato de 60% dos
aparelhos de raios X dos hospitais
públicos desses países simples-
mente não funcionarem por falta
de peças ou de manutenção ade-
quadas.
Um outro tipo dc aparelho de
raios X, três vezes mais barato que
o convencional, é uma das chaves
dc um sistema com que a Opas
pretende modificar o quadro de
ineficiência: são os chamados Sis-
temas Locais dc Saúde (Silos).
Uma equipe de saúde, usando esse
tipo de aparelho c um laboratório
— recursos simples, portanto — é
capaz de resolver 90% dos casos,
garante Paganini. Quanto ao raio
X simplificado (ainda inédito no
Brasil), a Opas está pronta a for-
necer todo o know-how necessá-
rio. O aparelho pode funcionar até
com uma bateria de carro.
Brown. De acordo com o sociólogo,
nos Estados Unidos as empresas pa-
gam seguros privados de saúde para "\
seus funcionários, o que é uma das
formas de ficar bem com seus empre- ¦
gados. Só que essas empresas se quei-
xam dos gastos cada vez maiores com
esse seguro "e as próprias instituições
de seguro-saúde mal estão agüentando
pagar o volume de despesas médicas.
Elas não conseguem mais ganhar di-
nheiro com a sua atividade. Há uma
crise no setor."
A classe médica, segundo Brown,
tem sido a mais conservadora do lobby
que tenta manter o status quo.
"Para
os médicos é mais fácil. Basta fechar o
consutório aos pobres. Já as empresas,
cada vez mais oneradas, e os próprios
hospitais, desgastados perante a opi- *
nião pública com as recusas sistemáti-
cas de quem não tem seguro, podem
vir a mudar sua posição e cooperar
para uma mudança no sistema", co-
mentou o sociólogo.
Tráfico — Dois homens morreram
em tiroteio ocorrido entre traficantes do
Morro da Cachoeirinha e Morro do
Amor, ambos no Lins do Vasconcelos
(Zona Norte do Rio). Cinco famílias fo-
ram expulsas de suas casas pelo grupo de
traficantes do Morro do Amor. que de
acordo com soldados do 3°BPM (Méier),..
pretendem dominar o tráfico de entorpe-,,
centes nos dois morros. Os corpos foram
encontrados pelos policiais, baleados e
carbonizados, na subida do morro, na Rua
Heráclito Graça. As famílias revoltadas
quebraram os vidros de alguns carros e foi
preciso a Força de Choque da Polícia
Militar para acalmar os manifestantes.
Er*
aulo Case

Circo dos horrores é por falta de assunto que

(2)
essas geringonças sáo montadas em cionalista, contrariando as caracterís- petència protegida por cargos onde o
Náovoltamos a abordar os deplora- logradouros públicos dentro da maior ticas de sua origem identificada com raciocínio é considerado um esforço
VOCÊ SABIA? veis procedimentos que regem a im-
plantação dos equipamentos de servi-
liheralidade no uso/forma/funçáo, o
arquiteto que milha nesta cidade tem
a rica c estimulante diversidade de
usos. A implementação desse princi-
desnecessário. Mas isso 6 matéria
para outro departamento.
ços nos espaços públicos de nossa que se submeter, na elaboração de pio urbano foi, por exemplo, um dos Além dessa peregrinação esta-
(inspirado numa seção da extinta revista Cigarra,) cidade indefesa. seus projetos, na maioria das vezes fatores que induziram ao esvazia- fante, terá ainda que suportar luimi-
Que se enfileirássemos conti- O Rio de hoje fornece abundante restritos a áreas particulares, ao mento do Centro do Rio, tornando lhantes interrogatórios e esperas des-
um quilômetro e meio, consideran- c inesgotável matéria-prima para o cumprimento dc uma rigorosa legis-
do-se a média de sete metros por essa importantíssima área como pólo gastantes nas ante-salas das autorida-
nuamente todos ostraylers estado- exercício da crítica e da discussão. lação, excessivamente detalhada que, de atraçáo, durante a noite e nos fins
nados na orla da praia da Barra da estabelecimento? des dc títulos provisórios.
Estamos, também, cientes de ao invés de regular o essencial, inten- de semana, uma cidade fantasma
Tijuca seria formada uma fila capaz ta definir sem exceção todos os as- Sc somarmos a esse esse penoso
Que a distância mínima de cin- que a inadequação funcional, a desti- (consultemos as vibrações presentes ritual as enormes dificuldades dc or-
de dar uma volta na deseducação niformidade, a precariedade estética pectos das edificações através dc rígi- no Centro do Rio antigo).
qüenta metros entre eles, prevista etc., tristes particulardades desses dos padrões numéricos, incapazes de dem cultural, econômica, psicológica
urbana do carioca? por uma infeliz postura municipal, aferir o'j estimular as intenções sub- Corajosos c idealistas serão c profissional que um arquiteto,
objetos urbanos, são efeitos e náo aqueles arquitetos que, à procura da
Que essa enorme carreira cerra- tem sido rompida e com isto os consciente da importância do seu
causa, porquanto, na verdade, essa jctivas inerentes ao espaço arquiteto- evolução, ousarem dispensar o con- exercício profissional, defronta desde
da composta por duzentas e onze traylers se aproximaram, se acasa- balbúrdia c essas impropriedades são nico. Esse tipo de intromissão corres- selho do não pensar, da prisão men- a dura conquista da oportunidade de
unidades (contem e comprovem) laram, se reproduziram híbrida- o reflexo do estágio cultural de uma ponde aos mesmos desmandos tal tacitamente contida nas entreli-
mente, e ainda vão muito proli- sociedade em formação, que náo cs- culturais dc uma censura prévia. Es- projetar até a sua conclusão, pode-
de venda ambulante, instaladas so- nhas dessa legislação, mas se sujei- mos ter a noção dos esforços e das
ferar? tabeleceu em definitivo os valores sas posturas, cuja atualização segue tam, confundidos como marginais, na
bre veiculos dotados com rodas representativos a serem preservados. um compasso moroso, descònhccen- perturbações psicológicas a que cie se
E que, a despeito da completa tarefa insidiosa da aprovação de seus vê submetido. Esse quadro apresenta
quadradas, criariam um maciço e Vivemos, ainda, consumindo do a dinâmica dos tempos atuais, trabalhos, a cumprir um extenso ro-
zorra, esse mafuá nascido esponta- uma cultura descartável. um tal volume dc angústias, decep-
vasto obstáculo, impedindo a vista sustenta, entre outras incongruén- teiro através de órgãos, oficiais c
neamente na orla conseguiu tornar A razão pela qual insistimos cm cias, que uma cidade como o Rio seja ções, depressões, que poderia ser
e o acesso para o mar, numa exten- oficiosos, por vezes comandados tema de mais um manifesto sobre a
a área no ponto mais animado da apontar com indignação esse quadro dividida em zonas (zonnings) de uso por
são de 1.477 metros, ou seja, quase Barra? Não dá pra pensar? pessoas capazes e bem- morte da cultura.
8. lamentável se torna mais compreensí- adequado, observando o conceito de- intencionadas, mas, cm outras,
vel quando se verifica que, enquanto fendido pela questionável Escola Ra- ocupados por uma arrogante incom- Querem matar também a Arqui-
tetura brasileira?

. \I^5I^v^x i^nJi^. #f!fe

__/:^ ,. m
'^m^F^Sr^^^^ ~~~~~" ;? y\ rii'\ HV V- f\ I j í fífl' *tfifí í !í'.-' ¦OTyP''^%3S-'íí

rn A despeito da matéria aqui

Prezado Case, publicada sob o título de
Através de sua coluna sema-
mais compatível com a escala
dessa magnífica — ainda que vili-
É oportuno obser\rar que a
Circo dos horrores, recebemos
O que eu gosto no Rio
implantação de um projeto dessa
nal no JB, de alto interesse para a pendiada — cidade. extensão e responsabilidade não uma correspondência do desig- — Ainda é o sítio mais bonito
cidade, você tornou público o E, pode estar certo de que a se fará de uma só vez, mas condi- ner Joaquim Redig para a Se- que existe sobre a terra,
caos do nosso mobiliário urbano. cretaria de Desenvolvimento a despeito do esforço para destruí-lo.
qualidade dos projetos em nada cionado às diversas implicações
Temos conhecimento dc lou- ficará devendo se comparado a urbanísticas, e a metodologia, Urbano, contendo, em anexo,
váveis iniciativas'setorizadas so- nível internacional, de vez que o tanto de desenvolvimento como um interessante trabalho de sua
bre o assunto, como o projeto amadurecimento do designer de implantação, fará parte, dos autoria, que prevê um sistema
para a Av. Rio Branco, desen vol- brasileiro já está comprovado por conceitos a serem julgados no de equipamentos, unificados
vido pela Secretaria do Desen- inúmeros exemplos, cuja relação concurso. O que eu não gosto no Rio
é extensa para o reduzido espaço abrangendo os mais diversos
vol vimento Urbano no decorrer Conte conosco na empreitada
serviços prestados nesta cidade,
de 1988. A APDI RJ (Associação dos para sensibilização da população objetivando, como ele mesmo
e dos governantes nesse assunto e — Falta de sensibilidade de alguns brasileiros com esta
Acreditamos, no entanto, Profissionais de Desenho Indus- nos demais com os quais você declara, "tentar, através da pa-
que o caminho correto deveria trial do Rio de Janeiro) desde já vem tecendo uma bandeira de dronização de componentes, beleza.
ser através de um Concurso de se dispõe a organizar tal concurso luta pelo Rio.
Idéias entre os designers brasilei- resgatar a identidade urbana de
ros, o que possibilitaria uma vi- para seleção de propostas coneci- Túlio Mariante, presidente, e Ivan G. Forrei- nossa cidade, perdida pela pro-
tuais juntamente com o poder ra. conselheiro da Associação Profissional
são mais abrangente e, portanto, dos Desenhistas Industriais do Rio de Ja- liferação aleatória de equipa-
Escritor, comunicador visual, cartunista, autor teatral
público. neiro mentos e mensagens visuais".

upia Jüxposiçao
f"4-\fs
¦'¦:*'. ¦:¦¦¦:•¦'¦¦::.:
:¦¦:.:¦-¦.¦¦>::.. . .:¦¦:¦*¦--.....:.¦¦..;-¦:,.¦.::¦..;, . .,.:.¦:¦¦,..- .-... Hamilton Correia — 11/4/72 João Cerqueira

; tM r mÍ$ WãiW&iM' Iplil *% V ::::ê-

r—] Poucas áreas na cidade sofreram tantas modificações muitos sobrados da fase de ocupação, nas primeiras e linhas das fortificações militares projetadas na Europa sobre estruturas de ferro extremamente resistentes mol-
nos últimos anos como o Catumbi. É certamente a décadas do século, o Catumbi é hoje um misto de área no século passado. È a maior unidade da corporação — dadas na Alemanha, de onde foram trazidos também os
recordista em desapropriações: estima-se que desde 1979 residencial, comerciai e industrial, com marcos de refe- ocupa uma área de 33 mil metros quadrados, pratica- portões, as janelas, telhas c até detalhes como as louças.
pelo menos 2 mil moradores foram forçados a deixar o rência das diferentes partes: de um lado do viaduto está a mente todo um quarteirão, a partir da Rua Salvador de Ao contrário do Catumbi, um bairro descaracterizado, o
bairro em conseqüência de arrojados projetos de urbani- Igreja de Nossa Senhora da Salete, erguida em 1918, Sá. Foi inaugurado em 1913, na mesma época em que
zação iniciados bem antes, com a abertura do Túnel prédio do Batalhão de Choque praticamente não sofreu
cuja torre destaca-se na paisagem, e do outro, o Regi- eram construídos os batalhões do Méier, Tijuca, Praça alterações, embora não esteja protegido por tomba-
Santa Bárbara, e retomados com a construção dos mento Caetano de Faria, da Polícia Militar, que abriga o da Harmonia e Botafogo, de projetos arquitetônicos mento.
elevados de acesso que dividiram o Catumbi ao meio, do Batalhão de Choque. O prédio da PM chama atenção por semelhantes. A exemplo das demais unidades da PM
metrô e do Sambódromo. Assim^.embora ainda existam sua fachada, de desenho inspirado nos castelos medievais edificadas no início do século, o quartel foi construído Bruno Th\s

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ItBORMODiO FOTOGRÁFICO

Na
mergulhadores do filme
'Imensidão
azul' ainda
não terminaram
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^<^»0*'#W:fi-».. :-.:-:-:v.',.-x...- • ,. . ., . v . ^>"
* ¦•¦•»¦
•*«^*"'
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^ <^sMlg
Heróis
Sívio Ferraz
Correspondente
¦JHfc ARIS — A impressão de
BJ' que o célebre mergulha-
JL dor francês Jacques
Mayol é um ser extraterreno é
dominante entre os 1,5 milhões
de espectadores que viram sua
vida retratada no último gran-
de sucesso de bilheteria do ci-
nema francês, Imensidão azul
(Le grand bleu), de Luc Besson,
atualmente em cartaz no Rio
no Cinema 1. Vê-lo triunfando
sucessivamente sobre o italia-
no Enzo Molinari é outra ban-
deira dos produtores e diretor
desse sucesso. Masentre a fie-
ção e a realidade vai uma dis-
tância tão grande e tão profun-
da quanto os mergulhos que o
verdadeiro Jacques Mayol e o
verdadeiro Enzo Majorca conti-
nuam dando ao longo de suas
vidas.
São tantas as discrepâncias
entre o filme e a realidade que
Enzo Majorca, caricaturado na
tela em Enzo Molinari, cônsul-
tou seus advogados e já pensa
que talvez o filme francês seja a
"aposentadoria milionária"
que merece. Mayol, hoje com 61
anos, é avô e vive em Marseille.
Ao contrário do que mostra o
filme, Enzo, aos 57, é pai de
duas filhas igualmente cam-
peâs de mergulho de profundi-
dade e continua vivíssimo em
Siracusa, na Sicília... e mergu-
lhando.
Imensidão azul — a tercei-
j-a maior bilheteria da França,
no ano passado — na realidade
é uma peça de ficção com o
peçfdo de mostrar o mergulha-
dor francês e herói com seu
verdadeiro nome e o italiano,
caricatural, histriônico, mal ca-
muflado com a simples modifi-
cação de seu sobrenome. Na
vida real, das coisas e dos fatos,
Com
Fotógrafo brasileiro
mostra
poses
Marguerite Yburcenar\
de
em museu francês
O fotógrafo brasileiro Carlos Freire, que mora há 20 anos em Paris, conviveu com Yourcenar no fim da vida
JORNAL
Rio dc Janeiro -^S^^H^^^^^Scgunda-fcirn,
vida real, os
seu duelo
:;*:
., . ' ->~'. '-•, v-W;
. **&***>- .
. v
r^-^wg,^
-a
do
as competições entre os dois
mergulhadores existiram quase
por acaso. Os dois não se co-
nheceram na Grécia — como
mostra o filme — e, enquanto
Mayol foi um verdadeiro ciga-
no, açougueiro na Suécia, ga-
rimpeiro no Canadá e jornalista
de rádio, Enzo Majorca nunca
abandandou sua Siracusa que-
rida.
O cineasta francês Luc Ben-
son era, desde menino, vidrado
nas histórias que ouvia de seu
compatriota no fundo do mar.
Por isso mesmo, quando conse-
guiu sinal verde da Gaumont
para rodar o filme, não se preo-
cupou com detalhes como es-
tes. Cenário: Grécia. Amizade
entre os heróis: bastava que
figurassem como filhos de imi-
grantes. Verdade? Pouco im-
porta. São detalhes. Assim se-
ria de fato se os dois não existis-
sem e se, no filme, Jacques
Mayol não aparecesse com seu
nome verdadeiro e sempre co-
mo vencedor, enquanto o italia-
no Enzo ganhava o papel de
eterno perdedor.
Na vida real, Majorca nas-
ceu num vilarejo de pescadores
e aos 16 anos já mergulhava a
30 metros de profundidade, en-
quanto seus amigos desistiam
na metade do caminho. O co-
meço de sua carreira de recor-
dista mundial de mergulho li-
vre — sem o auxílio de equipa-
mentos ou balões de oxigênio
— começou quase por acaso.
Em 1954, Enzo leu que dois na-
politanos, Falco e Novelli, ti-
nham atingido a inimaginável
profundidade de"Eu 41 metros. Re-
corde mundial. posso fazer
mais do que isso", gabou-se En-
zo, numa pequena roda de ami-
gos. Mas náo ficaria na basófia.
Seriam necessários quatro anos
de treinamento para que a Fe-
deraçâo Italiana de Mergulho e
Atividades Subaquáticas acei-
um
DO
Hpl^
' ^
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i-,
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fundo
Jean Reno, à
esquerda,
vive na tela
o italiano
Enzo
Majorca, que
ainda esta p^mms^^mw^m
vivo e l^^^^^^^8|HBjjj|^^j|BraB|^ f ••>*>> .
mergulhando.
Jean-Marc
Barr é o
intérprete do
herói
Jacques
Mayol
tasse sua candidatura. Em se-
tembro de 1960, Enzo Majorca
atingia 45 metros de profundi-
dade, batendo o recorde dos
compatriotas. "Foi uma das
provas mais difíceis da minha
vida", confessa num testemu-
nho à revista francesa Actuel.
Do outro lado do mundo,
agora na Flórida, o francês Jac-
ques Mayol mergulhava numa
piscina de golfinhos, espantan-
do a todos por sua imensa capa-
cidade respiratória — permane-
cia cinco minutos debaixo d'á-
gua. Em 1966, nas Bahamas,
Mayol atingia a 60 metros e 358
centímetros de profundidade.
Um assombro! Tão abismado
ficou o júri da competição —
entre os jurados, estava Johnny
Weissmuller, o mais célebre
olhar
BRASIL
20 dc fevcrciro dc 1989
,.;v.
.'%- *>V
»%x -v ' -wm»
Tarzã —, que os mergulhos pas-
saram a ser medidos em centí-
metros. Estavam certos de que
o homem havia atingido seu
limite. Daí para frente, se ocor-
resse, seria uma diferença de
milímetros ou centímetros.
O fascinante e real duelo en-
tre os dois mergulhadores co-
meçaria na realidade em 1970.
Enzo mergulhou 64 metros.
Jacques, 70. Enzo, 72. Jacques,
74, 75,76. A comunidade cientí-
fica ficou embasbacada. Teori-
camente, aos 50 metros, qual-
quer ser humano, mergulhan-
do, encontraria a morte com a
pressão esmagando seu dia-
fragma. Mas esses dois homens-
peixes são especiais. Segundo
vários cientistas alemães, japo-
neses, franceses e italianos, os
de
despedida
Carlos Freire
Freire
• —-
<*»• . .. '¦^¦¦<^,.</''•***¦
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;,- , wiki-.o.s ,-::'Nv'>.;,'.< . . *,
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^
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do mar
^Bh§& <^
dois são dotados de excepcio-
nais reflexos: a bradicardia, ou
seja, a capacidade de reduzir o
batimento do coração a menos
de 60 batidas por minuto.
Quando Mayol desceu a 105
metros, seu coração chegou a
20 batidas por minuto, ao invés
das 70 na superfície. Outra ca-
racterística peculiar aos dois
homens-peixes: o bloodshift —
ou seja, a ereção pulmonar co-
mo chama o cientista Emile
Guillerm. O sangue abandona a
periferia do corpo e os membros
para se concentrar no cérebro e
no coração. Isso provoca uma
momentânea congestão desti-
nada a combater a força da
pressão externa.
Mas se são iguais as caracte-
rísticas dos rivais, sáo total-
1
ARIS — Da Rua do Livra- 1 perturbada que nào,
Saude, onde
mento, na Saúde, ond nas-
JL ceu, até &s ruas de
at6 às de Paris,
montanhas do Tibet ou àk mistério-
mis
sa e encantada Ilha dos Montes M num chalé negro, os olhos de Mar-
Desertos, no litoral do Maine,
Maim nos
Estados Unidos, onde Marguerite
Marg
Yourcenar vlveu pai de
viveu a maior parte
fol preciso que o fotógrafo
sua vida, foi fot<
brasileiro Carlos Freire, 43 43 anos,
fizesse Mi va-
coragSo. Mas
flzesse das tripas coração.
leu. Na semana passada, ele ele abriu,
minist da
patrocinlo do ministro
sob o patrocínio
Educação
EducagSo da França, Jack Lang,
Franca, Jack
uma exposição fotogrdfica intitula-
exposlQ&o fotográfica int
última viagem, no Centro
da A tiltima C pois da morte de Grace Frick, em
Georges Pompidou, com 36 36 fotos
in£ditas de Marguerite Yourcenar.
inéditas Youri
Fotógrafo do Times de Londres,
Newsweek, Time e de vários edito-
res europeus, Freire dedicou-se a
fotografar personalidades dos
meios literários e tornou-se o prefe-
rido dos editores de viagens do
grande jornal inglês. Foi numa des-
sas empreitadas que conheceu a
escritora Marguerite Yourcenar,
em Paris, em março de 1987, no
Hotel Ritz. "Dócil para pousar, na-
tural em todos os gestos, Margueri-
te Yourcenar foi a modelo com que
todos os fotógrafos sonham", recor-
da Freire. Dias depois, ao levar as
provas para a escritora, ele se sur-
preendeu com sua disposição para
conversar sobre vários outros te-
mas. O resultado é que o fotógrafo
brasileiro, até a morte de Margueri-
te, em 1988, transformou-se num
privilegiado interlocutor e tirou 360
fotografias da escritora.
Em abril de 87, em Londres, o
fotógrafo brasileiro teve uma rara
oportunidade. Marguerite convi-
dou-o para acompanhá-la à troca
da guarda do Palácio de Buckin-
¦ gham — um programa que havia
feito com seu pai. o aristocrata Mi-
che) de Crayencour. 73 anos antes.
, ¦-
• <> '- .
. „
--¦
mente diferentes suas posturas
ao mergulhar. Para Enzo, mer-
gulhar é meter-se n'água "ée fim
de conversa. Para Mayol, um
estado de amor". "Os cientistas
já fizeram de tudo para desço-
brir meu segredo: radiografias
subaquáticas, até mesmo um
cateter a poucos centímetros
do meu coração. Só não enten-
dem que quando mergulho es-
tou em estado de amor com a
água", diz Mayol. Suas técnicas
de mergulho são também dife-
rentes. Enquanto Enzo adota a
hiperventilação, que consiste
em respirar muito forte e muito
rapidamente para se oxigenar'
ao máximo, Mayol tem uma
postura filosófica — desdenha-
da pelo italiano. Ensina o fran-
cês: "A primeira coisa a evitar é
a luta contra os segundos. Des-
de que há luta, há conflito. Isso
é a contradição entre o psíquico
e o físico. Para conservar bem o
seu fôlego, por paradoxal que
possa parecer, o importante é
não pensar nele."
Mayol chegou aos 105 me-
tros de profundidade — recorde
até agora não superado. Enzo
mordeu os lábios. Afinal, o fran-
cês mostrou ser possível passar
dos 100 metros. Foi-lhe neces-
sario paciência. Só três anos
depois, com a aprovação dos
médicos, e aos 57 anos, o italia-
no passou dos 100 metros. Che-
gou a 101. Mas, não superou os
105 metros de Mayol. O destino
traria compensações ao italia-
no. Suas filhas Rosana e Patri-
zia são, ambas, detentoras de
recordes mundiais de mergu-
lho. Rosana chegou aos 80 me-
tros no ano passado. Patrizia
ficou nos 70.
Nas telas de cinema, a su-
premacia de Mayol é evidente
deste o primeiro take. Na vida
real, a disputa ainda continua.
"Ela ficou tão
conseguia falar. Esta é um das fotos
mais impressionantes da escrito-
ra", conta Carlos Freire. Envolta
guerite Yourcenar (seu pseudônimo
literário é um anagrama de seu
nome real, Crayencour) brilhavam
com profunda intensidade. De fato,
a imagem de Yourcenar trazida pe-
ia Pentax de Freire emociona o
visitante.
Por que a exposição foi batizada
de A última viagem? Marguerite
estava se preparando para ela. "De-
1979, sua companheira durante 40
anos, e de seu secretario Jerry Wil-
son, em 1986, a escritora achou que
era tempo de preparar a sua pró-
pria viagem", conta Carlos. Assim,
ela levou-o para conhecer sua se-
pultura, onde aparecia seu nome, a
data de nascimento e, ainda sem
gravar, a data da morte. Uma foto
rara. Mas Marguerite nunca foi uma
mulher abandonada, depõe Carlos.
"Seus amigos vinham de todas as
partes do mundo e sua casa estava
sempre com um Hóspede." Carlos
Freire e sua mulher, a pintora He-
loísa Novaes, estavam entre eles.
Lã ele pôde captar o cotidiano da
escritora sem jamais ser tolhido em
seus passos ou ângulos — e mesmo
registrar com sua objetiva o ar deli-
ciado da escritora ao ouvir tangos
argentinos cantados por Carlos
Gardel, especialmente encomenda-
dos por ela a Carlos Freire.
Sua tenacidade foi recompensa-
da. A exposição de Carlos Freire no
Beaubourg, por onde passa uma
mídia de 18.000 pessoas por mès,
mostra ângulos inéditos da grande
escritora francesa, ao mesmo tem-
po em que marca uma sucessão de
momentos felizes na vida deste fo-
tógrafo brasileiro, há 20 anos em
Paris. (Silvio Ferraz'
2 o CADERNO B o segunda-feira, 20/2/89 JORNAL DO BRASIL

Os caminhos de Salva *
Estação Botafogo
apresenta uma
retrospectiva com sete
filmes do cineasta

Oduvaldo
Vianna Filho
e Glauce
Rocha em
Um homem Rogério Durst
sem
té 1971, Alberto Salva considerava-se
importância,
de 71 apenas um fotógrafo, montador, do-
cumentarista, diretor e produtor de ci-
nema. Mas com Um homem sem importância
— atração de hoje às 17h30, 19h30 e 21h30, na
Sala 3 do Cineclube Estação Botafogo — o
cineasta iniciou sua carreira de autor. Até 1988,
ele era um nome conceituado e respeitado mas
pouco conhecido. Mas com A menina do lado o
cineasta tornou-se popular e iniciou o que con-
sidera nova fase em sua carreira. Uma carreira
longa e produtiva que poderá ser conferida ao
longo da semana no Estação, que reprisa sete
filmes na Mostra Alberto Salva — Os caminhos
de um autor.
Um homem sem importância é o contrário
de seu título. Garantiu a Salva uma Coruja de
Ouro de melhor roteiro, outra de fotografia e
mais um Prêmio Air France. O lendário Odu-
valdo Vianna Filho é o protagonista desta
história sobre um rapaz de 30 anos de vida
vazia em conflito com seu pai. Outro mito,
Glauce Rocha, divide as atenções do público
neste filme que Salva considera autobiográfico.
Amanhã é dia de Revólveres não cospem
Flávio
Migliaccio e
Paulo José
flores, de 1973, uma vigorosa e pioneira história em Como
de traficantes, marginais e alcagüetes estrelada
vai, vai
bem?, de 68
por Paulo Villaça e Carlos Eduardo Dolabella.
Em Inquietações de uma mulher casada, de
1978, — atração de quarta na mostra — Salva
volta, com Denise Bandeira e Otávio Augusto,
aos problemas da família: amor, filhos, traições,
angústias existenciais.
Na quinta, Marília Pêra é a grande atração
de Ana, a libertina, realizado em 1974. A atriz
rouba o filme como uma prostituta de luxo
assassinada. No dia seguinte, um filme do tem-
po em que o cineasta náo se considerava autor.
Como vai, vai bem?, de 1968, no qual Salva
assina a direção com Walkiria Salva, Carlos
Camuyrano, Daniel Chutoriansky, Paulo Verís-
simo e Carlos Abreu, é uma divertida comédia
de costume em episódios.
G fim de semana é dividido por dois filmes
bastante diferentes. A tarde, sábado e domingo,
tem As quatro chaves mágicas, de 1971, uma
versão livre da clássica história de Joào e
Maria. A noite, a infância recebe um tratamen- Dilma Lóes
to menos ingênuo. A menina do lado, de 1988, é em
uma delicada história de amor entre o quaren- Revólveres ijppl V* <*
tão Reginaldo Farias e a garota Flávia Mon- não cospem
teiro. flores, de 73

disputadas por jornalistas, e Rain

'erto demais da consagração

Show/CRÍTICA ^- Engenheiros do Hawaii

Amante
não-descartável
man, uma espécie de roadmovie, des-
pontou como um modelo de equilíbrio
entre duas caracterizações — a de Hof-
fman, sutil e comedida como um autis-
ta, e a de Tom Cruise, nervosa e juve-
nil, como seu irmão. Mesmo considera-
do um filme comercial, Rain man pare-
OS An-
ÇWV-^iA^
ce não fazer concessões ao final feliz,
''IliraBmSIWgi
c{lSBjil5*MB»!ftRáEPffi»^rfWMIM HM geles — embora aberto a todo tipo de esperan-
Na üfípmMfBm Marc Chris-
tian (foto), o
ça. Construído com habitual compe-
téncia de Hollywood, o filme acerta na
amante de mosca no propósito de comover o es-
abertura da *- xE&a ^WMW&mWWMmmWMWÊmmwSB^S^.'-•' WvWGMM ^^^^1 Hi
Rock Hud-
son (morto
pectador.
Outros dois bons momentos do
turnê de Aids em
outubro de
Festival foram registrados no Foro
de Berlim: o documentário americano
1985) indéhi- "*âmmmmWÊF'r' Gueto de Lodz e Um filme curto sobre
nacional, EXffSjFr "v" -• «5? ^L^m^m
^Ãm mWÈ HW ^¦reiil^B zado com
US$ 21,7 mi- hSBIÉÍ^'
o amor, do polonês Krysztof Kielows-
ky, que vêm sendo apontados como
Ü9w M^s^mMmm Mm\^ il^l ^V ^^^F^H lhões sema- duas das melhores atrações de todo o
os na passada
disse que, em
Festival. O primeiro, de Alan Adelson
e Kathryn Taverna, apresenta apenas
Engenhei- parte, pro-
cessou os herdeiros do ator porque os
material de arquivo, sobretudo foto-
grafias e até um filme a cores rodado
amigos dele o tratavam como "uma por um soldado alemão para do-
ros fazem Ww .Jmmm
H^Hl
mmw
Bk
'3Èk^tttÊtttMmm
^B Bt
^M ¦§'¦ :^Bl
- ^^
^^H coisa a ser jogada fora". "O processo
foi uma forma de dizer que eu nâo
cumentar a vida no gueto de Lodz pelo
mt qual passaram 200 mil judeus de toda
deveria ser tratado dessa maneira",
um m^^m^mm m% fk< H disse Christian em entrevista ao jornal
Los Angeles Times. Christian justifi-
a Europa.
Já o filme polonês foi considerado o .
iVmW hh ^L •^K ^Mm
espetáculo cou o processo por não ter sido avisa-
do que Hudson sofria de Aids. Disse
melhor e mais criativo de todo o Festi-
vai, pelo menos até o final de semana.
ainda não acreditar que o ator escon- A história, contada em uma hora e
simples e desse a doença dele deliberadamente.
"Acho
que disseram a Hudson para
meia, gira em torno de um jovem de 19
anos, virgem, que se apaixona pela^
honesto não me contar. Talvez o assustassem.
Talvez ele nào quisesse enfrentar o vizinha de um apartamento em frente,
de uma vida sexual bastante agitada.
fato de que estava morrendo".
O rapaz espiona a moça 24 horas por
dia através de um telescópio. A moça ,
reage à paixão controladora do vizi-
nho, que acaba tentando suicídio. Sal-

Augusto Licks (guitarra) e Humberto Gessinger (baixo): o Engenheiros do Hawaii eletriza o Canecão
Sérgio Sá Leitão
não prometeram nada, mas
nenhuma das cerca de 2.000 pes-
soas presentes à estréia da turnê
Elesnacional da banda gaúcha Enge-
nheiros do Havaii, sexta-feira à noite no
Canecão, frustrou-se. "Nosso show não po-
de dar errado, pois ele é honesto e sim-
pies", disse antes da apresentação o baixis-
ta e vocalista Humberto Gessinger. De
fato, honestidade e simplicidade são as
melhores palavras para definir a relação
deste grupo à beira da consagração com
seu público: em uma hora e meia de som
pesado, o Engenheiros do Hawaii desfilou
competentemente todos os seus hits e nào
se perdeu em delírios megalômanos.
Profissionalismo é outro termo ade-
quado ao que a matinê do Canecão assis-
tiu. Engenheiros do Hawaii, em vinil e no
palco, é o cúmulo da normalidade: eles
adentram o gramado na hora marcada,
executam o que a platéia espera, mantêm
o despretensioso esquema feijão-com-arroz
das gravações, não demoram para o bis
•programado e passam ao largo dos virtuo-
sismos de ocasião. Em contrapartida, os
espectadores tem à disposição farto esti-
mulo para a cabeça e os pês. A jeneusse
dorée presente recebeu pelo que pagou:
cantou em uníssono as letras de Gessinger
e pulou a valer.
O pretexto da jornada de cinco meses
que o Engenheiros do Hawaii começa a
empreender é o lançamento do disco Ouça
o que eu digo: não ouça ninguém/ A verda-
de a ver navios. Trata-se do terceiro e mais
interessante LP produzido por Gessinger e
seus asseclas (Carlos Maltz, bateria, e Au-
gusto Licks, guitarra e teclado), que contri-
bui com sete de suas 11 músicas para o
roteiro da apresentação. As duas bolachas
anteriores. Longe demais das capitais
(170.000 cópias vendidas em dois anos) e A
revolta dos dândis (70.000 em um ano),
comparecem com as outras dez canções
que completam o show. A receita, pelo
visto, resulta infalível — turnê e disco,
assim, têm tudo para selar a incorporação
definitiva do grupo ao Olimpo do rock
brasileiro.
Em açào, o trio dos Pampas recusa
adereços — vai, ao melhor estilo dândi,
direto ao assunto. As três partes de Varia-
ções sobre um mesmo tema, que jà despon-
ta como um dos hits de Ouça o que cu
digo..., abrem o espetáculo. A entrada
triunfal, saudada entuslasticamente pela
garotada, prenunciou a única excelência
programada pelo Engenheiros do Hawaii, a
iluminação. As cores puras — basicamente
o amarelo da capa do segundo disco e o
vermelho do terceiro — integram-se har-
monicamente com a performance do gru-
po, típica dos militantes do rock-arena, e
com o cenário, adornado com dois imensos
círculos hippies. Melhor ambiente para os
versos de Gessinger, impossível.
Aos primeiros acordes da música-
título do último vinil, um rock rápido e
vigoroso, a massa foi ao delírio. "Se te
disseram pra nào virar a mesa' Se te disse-
ram que o ataque é a pior defesa/ Se te
disseram para esperar a sobremesa' Ouça o
que eu digo: não ouça ninguém", cantou
Gessinger. Sem esforçar-se para para re-
chaçar sua imagem de bardo da juventude.
ele destilou: "O que nos devem/ Queremos
em dobro/ Queremos em dólar/ Queremos
em novembro de 89." Na terceira canção,
porém, Gessinger rebateu suas esperanças.
"Você sabe o que
quero dizer/ Náo está
escrito nos outdoors/ Por mais que a gente
grite/ O silêncio é sempre maior", disse em
Além dos outdoors. Estranho? Náo — afi-
nal; da contradição costuma surgir a nata
da criação.
Eles, aliás, levam a sério a política dos
contrastes. A estrutura do show, por exem-
pio, segue um clichê dialético: depois do
set dinâmico, que incluiu ainda Para en-
tender, A revolta dos dândis I e II, Cidade
em chamas e Londe demais das capitais,
veio o set cool, capitaneado pela balada
Terra de gigantes ("Nessa terra de gigan-
tes/ Que trocam vidas por diamantes/ A
juventude é uma banda numa propaganda
de refrigerantes"). Nele, Gessinger troca o
baixo por uma guitarra seml-acústica.
A pedida seguinte foi o retorno ao balanço
dos clássicos da banda. A cozinha marcan-
te, que se destaca graças às linhas melódi-
cas de Gessinger e à bateria prolixa de
Maltz, garantiram as envolventes Sopa de
letrinhas, Toda forma de poder, Seguran-
ça e Crônica, do primeiro LP. Para o encer-
ramento apoteótico, o Engenheiros do Ha-
waii tirou da cartola o hino Infinita high-
way, de Revolta dos dândis. "Posso estar
completamente enganado/Posso estar cor-
rendo para o lado errado/ Mas a dúvida é o
preço da pureza/ E é Inútil ter certezas",
atacou Gessinger com a anuência da pia-
teia. A highway do grupo, pelo visto, é
mesmo infinita — pelo menos enquanto
durar.
Cotação; **•
Dia de Dustin vo por um fio. tenta convencè-la da
verdade de seus sentimentos. O filme
Hoffman teria o rigor bressoniano típico de
Kieslowsky e o conceito católico de
décima jornada do Festi- que a verdadeira felicidade é conquis-
Ontem,vai de Berlim, foi o dia de Dustin tada a duras penas. Os atores princi-
Hoffman, o autista de Rain man, de
Barry Levinson, filme recorde em no- pais do filme sào Olaf Lubaszenko,
apontado como um "prodígio de eco-
minações ao Oscar, concorrendo em nomia de gestos" e Grazyna Szapo-
oito categorias (inclusive o de melhor
lowska, "uma Faye Dunaway polaca".
ator, para Hoffman). Desde cedo, en-
trevistas com Dustin Hoffman eram
Divulgação
Mosca
[m na cabeça a»
% Sr
mosca II (The fly II) superou as
A bilheterias de todos os filmes exi-
bidos semana passada nos Estados
Unidos, com uma arrecadação bruta
de USS 6,7 milhões em 1.524 cinemas.
Os donos de cinema estào animados
com os resultados das últimas bilhete-
rias, porque 13 estréias recentes fatu;~
raram mais de USS 1 milhão na sema-
na passada. Os 23 mil cinemas do pais .
arrecadaram USS 75 milhões neste pe-
ríodo, um pouco menos que os USS 76
milhões no mesmo período no ano
passado. Os dez filmes de maior bilhe-
teria da semana passada foram: A
mosca II, USS 6,7 milhões: Three fugi-
¦:.¦•¦¦ MJS.v^.v
",
tives, USS 5 milhões; Rain man. USS
4.5 milhões: Beaches. USS 3.7 milhões: i
¦•;¦¦; Her álibi. USS 3.4 milhões: Cousins.
,* • v..--^*b ,-JI USS 3 milhões: Twins, USS 2.8 mi-
lhôes; Who's Harry Crumb. USS 2.3
milhões; Tap. USS 2.2 milhões e Wor-
Dustin Hoffman e Tom Cririse king girl. USS 2.1 milhões.
em Rain man
JORNAL DO BRASIL segunda-feira, 20/2/89 o CAD.ERNO B o 3

Professor de dubles
Francês monta em São Paulo
Sarney
e Bush
Já tem dia, hora e
local o encontro em
Zózimo
Tóquio dos presiden-
academia para uma profissão temerária tes do Brasil, José Rubons Monteiro
Pedro Monagattl Sarney, e dos Estados
Unidos, George Bush.
Roberto Cômodo Ia 'ÊmmWÈmmMmMm W*m\ Está marcado para
PAULO — O F i* iiJVMIlift J-i mJÊkí M-^B-IW BBBT **
"^>bV_Bm_^P^_B^_^_| mmrUP^^^^^Ê mmmWMr^
¦¦¦¦¦¦¦ o dia 25, pela manhã,
francos Michel De- \WMmmW^ MÊL-M m&* '¦ _¦! WW W jJbbbbbH na residência (sede da Mmii^' f ___¦¦¦ BBBr v^l Blli
lume Belmondo (ne- HA ___.. «j**,- ^MyW JÊ embaixada) do embai-
SÀO nhum parentesco xador americano na
com o ator famoso) passou capital japonesa, Mi-
¦l
___¦_:< ><: H '-ü_IeV__^_Í '<_H ''%rW
metade dos seus 43 anos ar- '.'v ~çrN"-. chael Mansfleld.
mLwmmmm^*^^^ ¦®,-faJj<^'-, ¦ ¦ -wF^^M W L
riscando a pele em cenas peri-
gosas de incontáveis filmes
seriados. Ele Já saiu em cha-
e lkmm Wn^mmmmmm^^àáÊmmm^^mmm»-AJ 1
WMrMÊWStmWmmMmmMmmmmMtt-MmMmmw,
"*¦¦ '' "'^B
i-f" ¦ ¦->> ,'*Mm\
* * *
Mansfield, um ex- I fl.. *""""? _¦ ¦•<r~-*^•' {'M
mas por uma Janela no filme-
senador, hoje com 86 mÊfoum**? mi Ym. -'M
catástrofe Inferno na torre, MmWW^**m*^^'-<shimLmZ;' mMMmltiW1-'7 m-V&íf&m anos, prestes a se apo-

SfEU t,.j£ * AA ?% I | AyM

sentar, ücou conheci- BB^SEsI^- ' __H__j BR—/ j*Bm
ficou pendurado num heli- ' ¦ ' , ¦•»"•
cóptero no ar em Ninja, pro-
émmÍmM&'i®/!-£'i O* fl ^fil^^^fsfe^ I ^hMMm do nos seus tempos de mmWf^\ V'- jl IS
MMW> -:.¦¦¦¦¦' ¦"¦' ^'v^mé-I Hfl
I
B*
-jgjaga
__an SK
gramado para matar e quase congressista por suas bkk,ííI«1 ¦! Mm.. . ^JlinBKl
se afogou em A aventura do posições sempre favo- As Sras. Tereza de Souza Campos e Consuelo Pereira de
Poscidon. Agora, o veterano
duble, radicado no Brasil des-
,.y— .jfeg«'.-ti -:^M| ráveis ao Brasil.
¦ ¦ ¦
Almeida nos salões do Rio
de 1980, resolveu passar sua
experiência para os brasilei-
ros. Há duas semanas, Bel- Michel Belmondo traz no queixo o autógrafo Parabéns Banco de
mondo fundou uma acade- de John Wayne O presidente Fidel E candidato
mia em Sáo Paulo, a Associa-
ção Broodway, onde treina aspirantes a dubles. é ter sido esmurrado pelo durão John Wayne, em
Castro recebeu um te-
legrama assinado por
Depois de muito pensar e avaliar, o líder negócios
Londres. "Perdi dois dentes, mas foi o melhor ruralista Ronaldo Caiado decidiu brigar Ganhou nome o
"O duble é um super-ator e muitas vezes a mais de 200 intelec-
autógrafo que tive dele", orgulha-se. com o bom senso. banco múltiplo que
sombra de um ator damoso", define Belmondo,
"Eu
tuais brasileiros felici- Vai lançar-se, provavelmente ainda esta está sendo criado pelo
membro honorário da Stuntman Association, que prefiro ser um dublo e realizar uma cena tando-o pelos 30 anos semana, candidato à presidência da Repú- Sr. Armando Conde
tem sede em Los Angeles, congrega 4.752 profissio- que pode valer um Oscar, que fazer qualquer outra da revolução cubana.
nais desse temerário ofício. Ele ostenta um porte coisa", diz Belmondo, que velo ao Brasil pela blica. depois de vender a sua
Entre os signatá- participação aciona-
atlético e um ar um tanto kitsch de galã de primeira vez em 1978, durante as filmagens, no rios, Oscar Niemeyer,
Hollywood, com um enorme anel na mão direita e Rio, de algumas cenas de 007 contra o foguete da ria no BCN.
Jorge Amado, Chico Vai chamar-se Ban-
uma pirâmide de cristal pendurada no pescoço.
Mas, como sombra de um ator famoso, Belmondo
conta que já foi o duble de Robert Wagner em
morte. Ele explica que, ao contrário do que pensa,
náo é só numa seqüência de risco que o duble atua.
"Existem atores
Buarque de Hollanda,
Antônio Callado, Fer-
Bem-vindo co Simtex.
que náo sabem nadar, pilotar, Está tudo pronto sociação com outros
Inferno na torre, pulando do 18° andar de um andar de bicicleta ou sofrem de vertigem", enume- nando de Moraes, pa- A idéia é fazer dele
prédio para um colchão de ar, e ajudante de Gene ra. "Aí entra o duble, que é uma espécie de ra citar apenas ai- para o desembarque grupos, um centro de — caso inédito no Bra-
Hackman em Operação França. Além disso, parti- suplente do ator". em grande estilo este escritórios.
cipou de oito filmes da série James Bond — no
guns. ano no Brasil de um • O terreno, do pró- sil — um verdadeiro
primeiro deles, gaba-se, 007 contra o Dr. No, como Na sua academia em São Paulo, em apenas dos colossos mun- prio Alcides, espa- banque d'affaires, es-
coordenador de doublês, treinou o próprio Sean duas semanas, Belmondo já arrebanhou 35 alunos, diais do setor hote- lha-se por generosos pecializado no que se
Connery. a maioria deles jovens estudantes e atores e atrizes
que, por NCz$ 20 mensais, recebem um treinamen-
PROTESTO leiro — a cadeia 100 mil melros qua- costuma chamar in-
ternacionalmente de
"Na dublagem de cenas perigosas de um filme to diário de artes marciais "adaptadas ao visual
O embaixador do Irã americana Hyatt. drados e é parte do "engenharia finan-
não há truques, tudo é real, diz se houvesse cinematográfico". "Há sempre uma aula de ginás-
em Brasília, Mahmoud Uma torre Hyatt patrimônio, estima-
truques náo se precisaria de dubles", explica Bel- tica, relaxamento e concentração do corpo, expli-
Movahedi, recebeu na se- deverá ser erguida do em 120 milhões de ceira".
mana passada pela testa
mondo, que abraçou a arriscada carreira influen- ca. "No decorrer do curso, os alunos terão aulas de um telegrama de protes-
no bairro do Broo- dólares, que o em- BB
ciado pelo pai, um famoso instrutor de dubles nas klyn Novo, em São presários recebeu no
Ilhas Canárias, território espanhol ao largo da
equitação e de mergulho, treinamento de paraque-
dismo e com balões e acrobacia com carros",
to do Sindicato Brasilei-
ro dos Editores, assinado Paulo, numa grande ano passado em con- Olhos
costa norte da África, e figurante de filmes, como o
clássico Os dez mandamentos, de Cecil B. De
garante o veterano duble.
Com táo pouco tempo de funcionamento, Bel-
pelo seu presidente e vi-
ce, Alfredo Machado e
área onde o empre-
sário Alcides dos
seqüência da venda
de sua participação
da cara
Mille. Belmondo diz que iniciou a sua carreira Regina Bllac Pinto Zin- Santos Diniz preten- no grupo Pão de Está marcada para
aos 18 anos, em Hollywood. O mondo diz que já recebeu em sua academia pedi-
profissional primei-
dos e orçamentos de várias emissoras de televisão. goni. de construir, em as- Açúcar. o dia 9 de maio a posse
ro filme em que participou, lembra-se, era uma co- A mensagem condena na Academia Brasilei-
A Rede Globo, exemplifica, sondou-o para uma
produção com a Espanha, O homem que voltou da cena da minissérie Sampa — uma queda do alto da a censura e implícita- ra de Letras do escri-
morte, onde ele atravessa uma vidraça.
Desde então, Belmondo já atuou, sempre em
Estação da Luz, uma grande gare ferroviária na
parte central de São Paulo, até uma rede. Para o
mente desanca o ayatol-
lah pela promessa de
Ainda bem tor Carlos Nejar.
Com direito à sau-
cenas de alto risco, em cerca de 700 SBT ele já prepara a seqüência finalíssima do uma recompensa para Felizmente, para Joãozinho Trinta, ele dação de seu colega
pequenas
concurso Rambo, e, com a equipe de produção da quem assassinar o escri- Eduardo Portella.
filmes e séries para a TV. O último deles foi Fúria
tor anglo-indiano Sal- quis abrir uma ala no desfile de carnaval * *
para matar, de 1986, onde arrisca a pela em cenas Manchete, estuda cenas arriscadas para alguns man Rushdie, autor de da Beija Flor com uma imagem de Cristo e Só falta agora ao
com fogo, quedas e de combate. A cena mais programas. Belmondo diz que o cachê de um Versos satânicos. não de Maomé. gaúcho Nejar o fardão
perigosa que já viveu foi um vôo noturno, com asa duble é de cinco vezes maior que o do ator princi- * * * Se, em vez da Igreja Católica, o carnava- acadêmico, prometido
"Se a seqüência é arriscada, ele Não consta que tenha
delta, no Filme Fortaleza proibida. "Bati contra pai de uma cena. lesco de Nilópolis tivesse criado o caso com pelo governador Pe-
me arrastado nas de NCZ$ 500 mil a NCZ$ 1 milhão", até agora se manifestado o ayatollah Khomeiny, estaria agora com a
um penhasco e caí 35 metros pode pedir dro Simon.
afirma. qualquer associação bra- cabeça a prêmio.
rochas", conta. Mas a melhor recordação do duble sileira de escritores. A fatiota machadia-
99 na está custando Cz$
2.500,00.
Demais Movimentação BB

fiB.gS-£The Beatles no People A gente abre os jor-

nais e está lá:
Os japoneses estão
De 4? a Sábado FranciB Hime * Av. Bartolomeu Mitre, 370 * Tel.: 294-0547 * Após 19 h.
comprando os restau-
-JAZZMANIA- Ique rantes três estrelas de
Paris.
»...¦*, CELSO BLUES BOY Os japoneses estão
22i30hs
^y.jtotofca Elizabeth 769 Ipanema*? 227-2447 +287-0CS5 e comprando os qua-
dros de grandes pinto-
res que aparecem em
leilões e mesmo em
J\ RIO JAZZ CLUB Lan mãos de particulares.
Os japoneses estáo
===^ HOJE: comprando alguns
Av. Atlântica, 1020 — subsolo — Hotel Méridien dos melhores vinhe-
Tel: 541-9046, show às 22.-00 hs. dos da região de
Champagne.
* * *
Os japoneses estáo
REFORMA DE ESTOFADOS Com
começando a encher o
saco.
R_5_fd«"o^M PENIDO DECORAÇÕES
"Uma
S* ff Mtt7
família a seu serviço" Sr. Penido uma
Fim de
^mmmmMmmmsmmm 111 up nmmmmmmmmmmmim^asmwmmmmmmm^ pincelada semana
de
Do ex-ministro He-
lio Beltrão, sobre a
humor.
mulher, Maria, almo-
çando descontraída-
mente no Jim de sema-
na com amigos em sua
casa de verão em Pe-
trópolis:
— Só vejo vantagens
• ^*>^J V* * \fc?rlí, • •• -'• I no meu casamento
com uma arqueóloga.
Quanto mais velho eu
fico, mais ela se inte-
ressa por mim.
¦ ¦
Agenda
E o programa de TV do Nei Gonçalves
Dias, hem?
Figurinha
Quem será o pretenso
Só perdeu para o Glenn Ford, que fazia
figuraço — com pinta de
misérias na TV Manchete, mas depois que
ele matou o Banner e seu grupo, Gonçalves
Dias reinou absoluto.
figurinha — que desfila
no domingo a bordo de
Até tudo terminar com a pin-up Tânia
um jipe verde sem capo-
ta pela Estrada das Pai-
Corrêa num tremendo sunda-lè-lê.
¦ ¦
neiras desafiando a proi-
bicão do tráfego, ali, de
automóveis particu-
GUARDA-ROUPA
Para a viagem a Tóquio, onde acompa-
lares?
Ainda ontem, por volta
de uma e meia da tarde,
nhará o presidente José Sarney nos funerais chamado à atenção edu-
do Imperador Hirohito, D. Marly recebeu na cadamente por um se-
sexta-feira o reforço de dois novos vestidos nhor que se banhava nu-
para o discreto guarda-roupa que levará ma cachoeira, o infrator
para as várias cerimônias. deu de ombros dizendo
"as costas
Ambos levam a assinatura do bravo esti-
lista pernambucano Marcilio Campos.
É considerado o Saint-Laurent da cidade-
que tinha
quentes".
* *
Ele é careca, baixinho,
zinha onde nasceu, Brejo da Mãe de Deus. exibe-se sem camisa, usa
Rubens Monteiro uma bermuda bem aper-
tadinha e a placa de seu
jipe è ZG-1774.
\wü_^B fllrç^^vjPBMs^B ^BmP»: :-'^^H Pés
juntos
O governador Ores-
tes Quércia, ao con-
trário do que tem afir-
m*k£&Ammü\ií \'$Lr - 3^H_lÍB'
^fti_> Á^M
mado publicamente,
vai surpreender e se
apresentar à conven-
çáo do PMDB como
candidato a cândida-
to à presidente da Re-
pública.
Quem o garantiu de
Bárbara e Lepnídio Ribeiro Filho, pés juntos, em recente
jantar com um políti-

LEONE
O deputado Luis
Inácio Lula da Silva
tem um compromisso
marcado para o dia
15 de maio.
Sua agenda indica
um encontro em Mos-
Recebimento de Peças cou com o líder sovié-
tico Mikhail Gorba-
chev.
¦ ¦
FOTQCL
41° Grande Leilão de Arte totctl
O cineasta David Ne-
ves entrou 89 com força
Já estamos catalogando peças para total.
o 41° Grande Leilão. Quadros,
Primeiro, prepara o
lançamento de seu últi-
mo filme (pronto desde o
Tapetes orientais, Porcelanas, Jóias ano passado) Jardim de
Alah.
antigas, Pratas, Imagens, Cristais, Depois, a quatro màos
com Almir Muniz, traba-
Mobiliário antigo e objetos lha num special para a
TVE, que tem como tltu-
Io provisório Seja o que
decorativos de época. Deus quiser e irá ao ar na
noite de 3 de março.
Por último, dá os reto-
Rua Francisco Otaviano, 132 — Arpoador ques finais em seu segun-
do livro. Sem cerimônia,
Tel.: (021) 287-4758, 287-4547, 287-4497 que será editado pela
Timbre.
em sociedade
Roda,- Viva.
.O senador Afonso Ari-
nos esquenta esta sema-
na no Congresso a ques-
tão parlamentarista.
Esta coluna se associa
a todas as manifestações
de pesar pelo falecimen-
to de Rubens Andreazza,
Cláudio e Rafael Cohen,
vitimas de uma tragédia
que enlutou seus lncon-
táveis amigos.
O príncipe de Faucig-
ny-Lucinge, ilustre re-
presentante da família
dos bicões, Já deixou a
hospedagem em São
Paulo da Sra. Christiane
de Lacerda Soares e
voou para o México.
Entre os convidados
do fim de semana da ilha
dos Pitanguy, em Angra,
Patrlia e Eric Waechter.
O ministro José Apare-
cido de Oliveira em oci o-
nou-se recentemente em
Lisboa quando, na pia-
teia do musical Piaf, es-
trelado por Bibi Ferrei-
ra, teve a sua presença
anunciada e foi ovacio-
nado.
Amanhece hoje no Rio,
from Paris, a embaixa-
triz Yvonne Montello.
Na feijoada do Sai e
Pimenta, no sábado, com
uma minissaia de derre-
ter catedrais, a Pantera
89, Ana Lima. Uma lou-
cura!
Mesa de conversa ani-
mada no almoço do
Country Club: embaixa-
triz Maria Inès Barbosa,
Sras. Cecília Domelles e
Maria da Glória Archer.
Sensação em Moscou:
na próxima quarta-feira,
o diplomata brasileiro
Fred Duque Estrada
abrirá os salões ofere-
cendo uma feijoada em
homenagem à atriz Ais-
nie Girardot.
Hero e Alberto Ortem-
blad chegaram de Ca-
xambu e já foram para
uma nova temporada nu-
ma fazenda do interior
paulista.
O aniversário de D. Pe-
dro Gastáo de Orleans e
Bragança festejado on-
tem na Fazenda Sáo Ge-
raldo, em Paraíba do
Sul, com a presença da
Condessa de Paris.
Zózimo Barrozo do Amaral, com sucursais
co de um partido ri-
vai, foi o vice-
governador de São
Paulo, Almino Afonso.
* * *
Ninguém torce mais
do que Almino para
que isso ocorra.
Se Quércia apare-
cer como candidato,
ele governará Sáo
Paulo por 20 meses.
Sem a despesa nem
a chateação de ter
que disputar eleição.
Estilo
O deputado Prisco
Viana inaugurou um no-
vo estilo político: sub-
merge quietinho quando
se depara com alguma
complicação, como fez
desde que o presidente
José Samey abriu mão
de sua participação no
ministério
É Prisco que diz:
— Agora, só vou emergir
quando for içado.
O estilo foi por ele baU-
zado de bateau mouche.
.4 o CADERNO B o segunda-feira, 20/2/89 JORNAL DO BRASIL
ROTEIRO

^BnnnsEUEr CUHTO CIRCUITO

X^RÊCOMÉNDÃ
BJRO tOtid). do Clinl lostwood Com Fores!
Whitokor, Di.ino Voionn, Michaol Zolniior o
Samuel C, Wnght. Vomita (Av, Pastour. 104 —
BmI||I|BI|HEÍ|||I
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Um olhar que
206.8349), Ttjuca-i (Rua Condo do Bonfim, 422
— 204 52481: loh, IBh, 2lh. (18 anos). Estrala.
iiisifiii.i toai do sanofonista rh.irim Parkor, sua
orlo revolucionaria o sua vida possoal, entendo
do drooos, álcool o mulhoros, Piômio dn molhor
nlor (Forost Whiluker) om Cannos. EUA/1988.
A COMISSÁRIA (Komissar), do Aloxandor As-
koldov. Com Nonna Mordiukovu, Rolan Blkov a
m hum Nodachkovskaia. Ricamar (Av. Copacaba-
nu, 360 • 237-9032): I7h40. lOhüO. 22h. (14
MrOnTnfn

_____________________________________»
__bü__F "¦*jB**w w**^ ^M

anos). Estréia.
Nos anos 20, jovom comissária do oxôrcito
vôfmolho A adotada por uma lamllla judia o,
quando doscobro oslar grávida, tom quo optar
ontro sor mâo ou sor soldado. O Mmo (oi
prouerito duranto 20 anos o só ngora liberado.
URSS/1967.
U2 - RATTLE AND HUM IU2 ¦ rattle and hum),
do Phil Joanou. Com Tho tdgo, Bono Vou. Larry
Mullon Jr, o Adam Clayton. Mofra Boavista (Rua
do Passmo, 62 — 240-1291). Largo do Machado
2 (Largo do Machado. 29 — 205-8842), Loblon-2
(Av. Atuullo do Paiva. 391 — 239-5048); 14h.
16h. 18h. 20h. 22h. (Livro). Continuação.
O filmo mostra a turno Joshua Troa quo o grupo
1987.
irlandês aprosonlou nos EUA. om
EUA/1987.
UM PEIXE CHAMADO WANDA (A fish collod
Wanda). do Charles Crichton Com John Clooso,
Jamíe Loo Curtis, Kovin Klino o IMichaol Palin.
Condor Copacabana (Rua Figueiredo do Maga-
Ihâos. 286 — 265-2810); Largo do Machado I
(Largo do Machado, 29 — 205-6842), Leblon i
(Av Ataullo do Parva, 391 — 239 5048). Barra I
(Av. das Américas. 4.666 — 325-6487); 15h,
17hl0. 19h20. 21h30. (10 anos). Continuação.
O roubo do |ôias valiosas aproxima um advoga-
do tipicamonto inglôs do uma jovom tipicamon-
to amoricona. Comódia do mistério criada por
John Clooso. do grupo inglês Monty Python.
lnglatorra/1988.
UMA CILADA PARA ROGER RABBIT IWho
tramed Rogar Rabbil). do ftobert Zomockis.
Com Bob Hoskins. Chrislopher Lloyd. Joanna
Cassidy o Chailos Roischer. TijucaPalace t
(Rua Condo do Bonfim. 214 — 228^1610): 15h.
17h, 19h. 21 h. i.ido-1 (Praia do Flamnngo. 72 —
285-0642); 15h30.17h30. 19h30. 21h30. (Livro).
Continuação.
Misturando atoros do vordado com dosonho
animado, o filmo conta a história do um coelho
casado com uma vamp o suspoilo do malar um
homem. Para resolver o mistério conta com a
aiuda do um dotolive. EUA/1988.
MINHA VIDA DE CACHORRO iMy tito as a
dog). do Lass Hallstfõm. Com Anton Glanzolius.
Manfrod Semer e Anki Udón. Art-Feshion Mall 1
(Estrada da Gávea. 899 — 322-12581; 19h30,
21h30. (10 anosl. Continuação.
Adolesconto piocura manter os problomas a
distância, usando para isso sou ospecial senso
de humor. Suécia/1987.
ET. - O EXTRATERRESTRE EM 8UA AVEN-
TURA NA TERRA IE. T. — lhe extm-tonestrial in
his adveniuro on Earth). de Stevon Spiolborg.'
Com Henrv Thomas, Doe Wallace, Petor Coyo-
te, Robert MacNaughton, Drew Barrymoro e
Soan Frye. Jóia (Av. Copacabana. 680 — 255-
7121); 15h. 17h10, 19h20, 21h30. (Livre). Rea-
presontaçào.
Como um conto do fadas da era espacial, o filme
narra a história de um sor ospacial que chega a
Torrão 6 encontrado por um menino do 10 anos.
EUA/1982.
JCXSO DE EMOÇÕES IHouse oi games), de
David Mamet. Com Lindsay Crouse. Joo Man-
tegna o Mike Nussbaum. Bruni-Copacabana
_______________________________________________p<- - __i
|fl^^^|^^H^^^^^_^^Haj^H^a^^^^^^^^_^^^^^_^^^^^^^^^E «_____¦
HfPI^^I
B*K
^HlB ' fÍ&&*%&S&.
\\
tflflBSn__t____L ^''
MCONTINUAÇOES
JORGE, UM BRASILEIRO (Brasileiro), de Paulo
Thiago. Com Carlos Alberto Riccolli, Glória Pires,
Dean Stockwell o Deniso Dummont. Odeon (Praça
Mahatma Gandhi. 2 — 220-3835). Palácio (Campo
Grande): 14h, 16h10. 18h20. 20h30. Sâo Luiz 1
(Rua do Catoto. 307 — 285-2296). Copacabana (Av.
Copacabana. 801 — 255-0953). Barra-2 (Av. das
Américas, 4 666 —264-4246). 15h. 17h10, 19h20.
21 h30. América (Rua Conde do Bonfim. 334 — 264-
4246), Madureira-2 (Rua Dagmar da Fonseca, 54 —
390-2338): 14h30. 16h40. 18h50. 21h. (14 anos).
«¦¦'•'_¦
varre a alma convencional. Aliás como já Não é à toa que dentre os autores llterá-
demonstraram na peça Blas-fèmeas rios as mulheres ocupam vasto espaço em
NADA — marco da personalização de seu suas estantes, e foram exatamente dos tex-
trabalho — as paulistas Ana Kfourl tos femininos que os trôs pinçaram vários
e Lu Orlmaldl retornam ao palco carioca, fragmentos que recheiam cenas do espetácu-
consolidando de vez seu estilo de linguagem Io. Durante bons trôs meses, Paulo, Ana e Lu
teatral numa produção mais amadurecida: mergulharam de cabeça no universo de Cia-
Ponto limite, que estréia hoje, às 21h30, no rice Llspector, Marguerlte Duras, Ana Cristi-
Teatro Cândido Mendes (Rua Joana Angéll- na César, Marta Medeiros, Consuelo de Cas-
ca, 63, Ipanema). Na nova peça elas abordam tro e Silvia Plath.
___¦ <_%_!__________:'¦'¦
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,_____! a condição humana, os conflitos existenciais
Com duração de lhlO, o espetáculo é
que sobem à tona no final de século, sempre composto por aproximadamente 10 cenas
através da visão feminina. Utilizam para isto
todos os recursos humanos ao seu dispor—a (diferentes dos esquetes compostos em Blas-
_M i«-ijyvWlKÍV-X -699
gestualidade, a voz, a dança dos movlmen- fêmeas) que não se articulam em causa e
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I' ^» fl
'mm W\rérim\
WÈ tos corporais, sempre pontuados pela músl-
ca ou pelo silêncio.
O espetáculo não se encaixou no horário
efeito, mas que buscam como resultado uma
unidade orgânica. "O espetáculo é fragmen-
tado, mas uma unidade secreta rege as ce-
alternativo por acaso, segundo as atrizes. "O nas", tenta explicar Paulo. Ora a ligação é
público que freqüenta este horário não vai feita pela luz, ora pela troca de uma peça do
T^H^_____I ____» ^a^a^fl**'A -_H ____R_____9______l______B_E___Ma! ao teatro aleatoriamente", diz Ana. "É um figurino, ou pela interferência de uma nova
público diferente, interessado em se defron- música. A trilha sonora foi toda composta
tar com o novo", completa Paulo José que por André Abujamra, do grupo paulista Os
mulheres negras.
flHHfl_lflsst^_fl Juntamente com a dupla paulista concebeu e
roteirizou o espetáculo, além de assinar a
direçáo. Para Ana e Lu o encontro com
Paulo José foi fundamental. "Ele humanizou
A coreografia sincronizada, presente em
várias passagens do espetáculo, foi ensaiada
exaustivamente pelas duas atrizes (únicas
1 nosso trabalho. Os textos que ele propôs nos em cena), que permanecem quase o tempo
inteiro no palco. "As vezes a Lu fala apenas
aproximam do público", conta Ana.
O encontro aconteceu no ano passado. quatro palavras. Esta é a minha deixa para
Paulo José, ao assistir"gurias"
Blas-fèmeas, identifi- neste espaço de tempo sair de cena e voltar
cou no trabalho das (como se refere de figurino trocado", diz Ana. Depois de
a elas) a visão de mundo da mulher, temáti- várias semanas ensaiando da meia-noite às
ca que sempre o absorveu. "A condição oito da manha, e fazendo paralelamente a
feminina é uma temática de contestação. produção da peça, Ana Kfouri e Lu Grimaldl-
Vejo através do grito feminino o grito do ser desfrutam a partir de hoje da esperada res-
humano", diz. Para ele, a visão da mulher
eqüivale a uma visão alternativa, enquanto posta do público. A peça estará" em cartaz
a visão masculina de mundo é a imposta todas as segundas e terças-feiras às 21h30, e
pelo sistema. "O homem é criado para ver de sextas e sábados à meia-noite. "Com multo
acordo com as regras estabelecidas pelo humor e ironia pois nada é levado gravemen-
sistema", afirma. te à sério", observa o diretor.
0746). Bruni-Tijuca (Rua Condo de Bonfim. 370 — Rego. 52 — 230-18891: 15h30. 17h20. 19h10. 21 h.
254-8975): 15h, 17h, 19h. 21h. (14 anos).
" WILLOW NA TERRA DA MAGIA (Wlllow), de Ron
Howard. Com Vai Kilmer, Joanno Whalley o War- (14 anos).
História de amor o mistóxio. Jovem fica viúva mas, wick Dovis. Ricamar (Av. Copacabana, 360 — 237- Num futuro próximo, a notícia mais alarmante ó o
seis anoa depois, doscobro quo o mando está vivo 9932): 15h. Baronesa (Rua Cândido Bonlcio. 1.747 crosconte índice do violência quo assola os Estados
e quo um outro homem, desconhecido, está ligado — 390-5745): 15h. 17h. 19h, 21h. (Livre). Unidos. Um cyborg é programado para patrulhar
a ela. EUA/1987.
Avontura épica, quo mistura sonho e realidade, na
uma área urbana de combato. EUA/1987. ^BE
AS NOVAS AVENTURAS DA PIPPI (The new ALIENS — O RESGATE (Aliens), de James Camo- ROCK NO VERÃO — Exibição do vídeo Behind the
torra do Willow, um anãozinho pacífico cercado por
advontures of Pippl Longstocklng). de Kon Anna- ron. Com Sigourney Weavor, Carrie Honn. Michael Iron Curtain, com lion Maidon. Hoje, às 12h15,
um mundo em guerra. EUA/1988.
kin. Com Tamt Erin, Eiloen Bronnan, Dick Van Biohn e Paul Reisor. Brístol (Av. Ministro Edgar 14h15. 16h15, 18h15. no Cândido Mendes. Rua 1o
CASAMENTO DOS TRAPALHÕES (Brasileiro).
Patten o Donis Dugan. Art-Casashopptng 3 (Av. Romoro, 460 — 391-4822); 15h. 17h20, 19H40. (14 do Março. 101.
do José Alvaronga Jr. Com Ronato Aragâo. Dodé
Alvorada, Via 11. 2.150 — 327-0746): 15h, 17h. anos).
Santana. Mussum, Zacharias, Nadía Lippi o o Grupo
(Livre). Ficção científica continuando a história de Alien —
Dominó. An-Madureira-2 (Shopping Centor de Ma-
Adaptação da obra homônima do Astrid Lindgron O 8° passageim. A oficial sobrevivente da primeira
duroira —390-1827); 15h30. 17h. An-Fashion Mall

(Rua Barata Riboiro. 502 — 2564588): 14h. 16h,
16h. 20h. 22h. An-Madureira 2 (Shopping Cen-
ter do Madureira — 390-1827): 19h. 21h. (16
anos). ReapmsentaçSo.
Psiquiatra famosa o autora de best-sellers tonta
espantar o tédio da própria vida, envolvendo-se
com um paciente quo circula pelo submundo do
jogo. EUA/1987.
A FESTA DE BABETTE (Babottes teast). do
Gabnol Axel. Com Stephano Audran, Birgitte
Foderspiel, Bodil Kjere o Vibeke Hastrup. An-
Fashion Mall 4 (Estrada da Gávea. 899 — 322-
1258): 14h, 16h. 18h, 20h, 22h. (Livro). Reapre-
sentação.
Mulher misloriosa vai trabalhar na casa do duas
irmàs, num vilarejo perdido da costa dinamar-
quosa. Tempos mais tarde ela recebe um pré-
mio do lotena e gasta toda a fortuna preparando
um autêntico banquete francos. Oscar de me-
lhor filmo estrangeiro. Dinamarca/1988.
NUNCA TE VI...SEMPRE TE AMEI (84 Charing
Cross Road). do David Jones. Com Anno Ban-
croft. Anthony Hopkins. Judi Dench. Joan do
Boar. An-Casashopping 3 (Av. Alvorada. Via 11,
2.150 — 325-0746): 19h, 21 h. (14 anos). Rea-
presontaçào.
Jovom escritora adora ler livros antigos do
segunda mão e escrevo para um antiquario em
Londres onde encontra edições esgotadas. As-
sim começa um relacionamento de 20 anos que
nasceu da um negócio e transformou-se numa
sólida amizade. Inglaterra/1986.
È&ESTRÊIAS
YOL iYol), do Sorif Goren. Com Tarik Akan. Halil
Ergun e Necmettin Çobanoglu. Studio-Copacabano
(Rua Raul Pompóia, 102 — 247-8900): 15h. 17h10,
19h20. 21h30. (14 anos).
A opressào e o terror instalados na Turquia, depois
do golpe militar fascista, e sua repercussão na vida
dos detentos de um presidio com regime semi-
aberto. Palma de ouro no Festival de Cannes de
1982. Turquia/1982.
Basoado no livro homônimo do Oswaldo França Jr.,
o filmo narra o cotidiano do um caminhoneiro potas
estradas do interior do pais. Produção do 1988.
MISSÃO ALIEN (Alien nation). de Graham Bakor.
Com James Caan, Mandy Patinkin, Teronce Stamp
o Kevln Major Howard. Palácio-t (Rua do Passeio.
40 — 241X3541): 13h40. 15h30, 17h20. 19h10.
21 h. Ftbxy (Av. Copacabana, 945 — 236-6245), Sáo
Luiz-2 (Rua do Catote. 307 — 285-2296). Ôpera-1
(Praia do Botafogo. 340 — 552-4945). Rio-Sul (Rua
Marquês do Sào Vicente, 52 — 274-4532). Barra-3
(Av. das Américas. 4.666 — 325-6487), Carioca
(Rua Conde de Bonfim, 338 — 228-8178), Madurei-
ra-3 (Rua João Vicente, 15 — 593-2146): 14h10.
16h. 17h50. 19h40. 21h30 Art-Méier (Rua Silva
Rabelo, 20 — 249^)544), Olaria (Rua Uranos. 1.474
— 230-2666): 15h30, 17h20. 19h10, 21h.(14 anos).
Ficção cientifica. No futuro, Los Angeles convive
pacificamonte com milhares do extraterrestres o,
depois de um assassinato, dois detetives — um
terráqueo o um alienígena — sâo obrigados a
trabalhar juntos. EUA/1988.
MOONWALKER (Moonwalker), do Jerry Kramer
o Colin Chilvors. Com Michaol Jackson. Soan
Lonnon, Kellie Parker e Brandon Adams. An-
Copacabana (Av. Copacabana, 759 — 235-4895),
An-Fashion Mall 3 (Estrada da Gávea. 899 — 322-
1258): 14h. 16h. 18h. 20h, 22h. An-Casashopping 2
(Av. Alvorada, Via 11, 2.150 — 325-0746), An- Tijuca
(Rua Condo de Bonfim, 406 — 254-9578), An-
Madureira 1 (Shopping Conter de Madureira — 390-
1827). Paratodos (Rua Arquias Cordeiro. 350 —
281-3628): 15h. 17h, 19h. 21h. Pathó (Praça Floria-
no. 45 — 220-3135): do 2J a 6o. às 12h. 13h50.
15h40. 17h30. 19h20. 21h10. Sábado e domingo, a
partir das 13h50. Campo Grande (Rua Campo
Grande, 880 —394-4452): 14h, 1Dh40. 17h20. 19h,
20h40. (Livre).
Em ritmo de aventura musical, Michael Jackson e o
horói que pretende livrar o mundo dos traficantes
do drogas. EUA/1988.
JÚUA & JÚUA (Julla & Julla). de Peter dei
Monto. Com Kathleen Turner. Gabriel Byrne e
Sting. An-Fashion Mall 2 (Estrada da Gávea, 899 —
322-1258). Star-lpanema (Rua Visconde de Pirajá.
371 — 521-4690). Paissandú (Rua Senador Verguei-
ro. 35 — 26W653): 14h. 16h. 18h, 20h, 22h. An-
Casashopping t (Av. Alvorada, Via 11.2.150 — 325-
sobre uma garota prodígio dotada do podoros
mágicos. Órfã, ela vivo com seu cavalo e macaco e
sous modos independentes acabam dosportando a
curiosidade dos moradores do local. Suécia/1987.
SALSA — O FILME QUENTE (Salsa), de Boaz
Davidson. Com Robby Rosa. Rodney Harvey, Ma-
gali Alvarado e Miianda Garrison. Palàcio-2 (Rua do
Passeio, 40 — 240-6541). Tijuca-2 (Rua Conde do
Bonfim. 422 — 264-5246): 13h30, 15h30. 17h30,
19h30. 21h30. Ópera-2 (Praia do Botalogo. 340 —
552-1945): 14h, 16h. 18h. 20h, 22h. Madureira-1
(Rua Dagmar da Fonseca. 54 — 390-2338). Ramos
(Rua Leopoldina Rogo. 52 — 230-1889); 15h, 17h.
19h. 21 h. (Livro).
Jovem trabalha numa oficina, om Los Angelos, mas
sou sonho é voncor o concurso anual do dança pan
participar do Festival de Porto Rico. onde será
escolhido o roi da salsa. EUA/1988.
IMENSIDÃO AZUL (The big blue). do Luc Besson.
Com Rosonna Arquotte. Jean-Marc Barr. Joan Ro-
no. Paul Shonar o Sorgio Castollitto. Cincma-l (Av.
Prado Júnior. 281 — 295-2889): 14h30. 16h50,
19M0, 21h30. (Livrei.
Mergulhador, especialista em mergulho livre, prefe-
re a companhia dos golfinhos e seu caráter singular
atrai a atenção de uma empresária novaiorquina,
quo o segue desde o Peru até a Europa.
França/1988.
IRONWEED (ironweed). do Hector Babonco. Com
Jack Nicholson. Meryl Stroop. Carroll Baker e Tom
Waits. Lido-2 (Praia do Flamengo. 72 — 285-0642):
19h, 21h30. (14 anos).
Duranto a Depressão americana, casal sem lar e
sem dinheiro vai para Albany, onde convive com
outros vagabundos mantidos por uma comunidado
religiosa. Baseado no romance do William Konne-
dy. EUA1987.
AS AVENTURAS DE CHATRAN (The advontures
of Chatran), do Masanori Hata. Filme com animais,
narrado om português. Lido-2 (Praia do Flamengo,
72 — 285-06421: 14h, 15h40, 17h20. Tijuca-Paloce
2 (Rua Conde de Bonfim, 214 — 228-4610): 15h,
16h30, 18h, 19h30, 21h. (Livre).
História da amizade entre o gato Chatran e o
cachorro Puski e as aventuras que os dois passam
para se reencontrarem, depois que o gatinho é
arrastado pola correnteza. Jauáo/1908.
(Estiada do Gávoa. 899 — 322-1258): 14h30.
16h10. 17h50. (Livre).
Nesta novo comódia, os Trapalhões decidem casar
o saom da fazenda ondo moram para procurar as
noivas na cidade mais próxima, onvolvendo-se em
inúmeras confusões. Produçáo de 1988.
KREAPRESENTAÇOES
O GRITO (II grido). de N'ichelangelo Antonioni.
Com AÜda Valli, Dortan Gray e Stovo Cochran.
Estação 2 (Rua Voluntários da Pátria. 88 — 286-
6149): 17h, 19h. Até domingo. (18 anos).
Um homem, abandonado pola mulher, viaja com a
filha á procura da folicidade, mas acaba suicidando-
so. Itália/1957. P&B.
O ECLIPSE (L'eclls»o). do Michelangolo Antonioni.
Com Mônica Vitti. Alain Delon e Lilla Brignone.
Estação 2 (Rua Voluntários da Pátria, 88 — 286-
6149): 21h. Ató domingo. (18 anos).
Os sentimentos do uma jovem ao terminar um
romance o iniciar outro. ltalia/França/1962. P&B.
PATRIAMADA (Brasileiro), de Tizuka Yamasaki.
Com Débora Bloch, Walmor Chagas, Buza Ferraz e
Lilian Lommertz. Lagoa Drive-ln (Av. Borges de
Modoiros, 1.426 — 274-7999): 20h. 22h. Até quar-
ta. (14 anos}.
A trajetória do três personagens — uma jornalista
simpatizante do PT. um cineasta independento e
um emprosário de formação liberal — às vésperas
do comício pelas diretas. Produçáo de 1985.
O CAVAUNHO AZUL (Brasileiro), de Eduardo
Escorei. Com Podro de Brito. Ana Cecília e Alby
Ramos. Cândido Mendes (Rua Joana Angélica, 63
— 267-7098): do 2a a sábado, às 14h. Domingo, ás
10h30 e 14h. (Livre).
Na fantasia do uma criança, sou pobre cavalo era
um bolo cavalinho azul e ela sai em sua busca
quando o pai precise vondè-lo para pagar as dividas.
Baseado na peça do Maria Clara Machado.
ROBOCOP — O POLICIAL DO FUTURO (Robô-
cop), do Paul Verhooven. Com Peter Weller, Nancy
Alloh o Daniel Herlihy. Ramos (Rua Leopoldina
oxpodiçSo volta à ostação interplanetária e encontra
aponas uma menina viva, Oscar de molhor odiçào
sonora o melhor ofoito visual. EUA/1986.
BEXTRA
MAMÃE FAZ 100 ANOS (Mame cumple cien
anos), de Carlos Saura. Com Geraldino Chaplin.
Amparo Munoz. Fornando Foman Gomoz e Rafaela
Aparlcio. Hojo o amanhã, às 16h. 18h, 20h, 22h, no
Cândido Mendes. Rua Joana Angélica. 63. (18
anos).
Mantendo os mosmos porsonagens do filmo Ana e
os lobos, a história se desenvolve em torno dos
preparativos para a fosta do aniversário da matriar-
ca do uma família cercada de recordações do
passado. Espanha/1979.
HMOSTRAS
OS PREFERIDOS DA MEIA-NOITE II — Hoje:
Totalmente selvagem (Somathing wildl, de Jona-
than Demme. Com Jeff Daniels, Melanie Griffith,
Ray Liotta e Tracey Walter. Cândido Mendes (Rua
Joana Angélica. 63 — 267-7098): meia-noite. (14
anos).
O vice-presidente de uma financeira encontra uma
mulher louquíssima que o leva a conhecer novas
pessoas e lugares diferentes, mudando completa-
mente sua vida. EUA/1986.
FESTIVAL IRMÃOS MARX — Hoje: Copacabana
(Copacabana), de Alfred E. Green. com Carmem
Miranda, Groucrto Marx, Steve Cochran e Andy
Russol. fstaçáo ) (Rua Voluntários da Pátria, B8 —
286-6149): 15h20,17h. 18h40, 20h20. 22h. (Livre).
Empresário disfarça sua artista contratada, uma
cantora, para conseguir dois empregos na mesma
boate. EUA/1947. P&B.
MOSTRA ALBERTO SALVA - Hoje: Revólveres
náo cospem flores (Brasileiro), de Alberto Salva.
Com Paulo Vilaça, Carlos Eduardo Dolabolla e Dilma
Lóes. fsfaçáo 3 (Rua Voluntários da Pátria, 88 —
286-6149): 17h30, 19h30. 21h30.
Detetive é encarregado de perseguir o próprio
irmão, traficante de tóxicos e acusado de assassi-
nato. Produção de 1972.
3&EH3ÜHSBI
¦JORNAL DO BRASIL
AM 940 KHz ESTÉREO
JBI — Jornal do Brasil Informa — às 7h30, Í2h30.
IBh30 o 0h30.
Repórter JB — informativo às horas certas.
JB Notícias — informativo às meias horas.
Alóm da Noticia — às 7h55, com Sônia Carneiro.
Momento Econômico — às 8hW, com Arnaldo
César Ricci.
No Mundo — às Bh25, com William Waack.
Nas Entrelinhas — às 8h35, com Joào Máximo.
Panorama Econômico — ás 8h45, informativo oco-
nômico.
Via Preferencial — ás 9h10, com Celso Franco.
Correspondonto om Paris — às 9h30 e I2h30. com
Reale Jr.
Os Rumos da Política — as 9h40, com Rogério
Coelho Neto.
Encontro com a Imprensa — às 13h.
Arte Final — Variedades — às 22h. com Luiz Carlos
Saroldi.
'MFM
ESTÉREO 99,7 MHz
HOJE
20h — CDsaraiolasor Capricho Italiano, de Tchaikows-
ky (OS Dallas. Mata — 16:10); Sonata n° 3. om ré
monor. para flauta e cravo obbligato. BWV 527, do Bach
(Nicolet, Kobayashi — 11:09); Lo Rouet d'Omphalo —
Poema sinfônico, op. 31, de Samt-Saens (ON Franco.
Bemstéih — 9:22); Sinfonia n°33. em Si bemol maior, K
319, de Mozart (Gardinor — 20:32); Treizieme Ordro ou
Suíte n° 13 das Peças para cravo: Les Lis naisans, Les
Rozoaux, L'engageante, o Les Folies françaisos ou Les
Dominós, do François Couporin (Huguetto Dreyfus —
23:14); Sinfonia n° 4. em ré monor, op. 120. de
Schumann (Fil. Berlim, Furtwanglor — 30:50); Concerto
n° 2, em Si bomol. para piano e orquestra, op. 19. de
Beethoven (Arrou. CE Dresdo, Davis — Grav. 1988 —
31.45); Ma More l'Oyo — o ballot completo, do Ravol
(OS Pittsburgh. Previn — 27:57).

W00_-EN D Ei ItílfifFT 1BOTAFOGO

BOTAFOGO — O homem daa 13 polegadas e
METRO BOAVISTA — U2 — Rattle and hum:
14h, 16h. 18h, 20h. 22h. (Livre).
MMEIER
ART-MÉIER — Missão alien: 15h30,17h20.19h10.
MADUREIRA-3 — Missão alien:
17h50. 19h40. 21h30. (14 anos).
14h10. 16h.

BSHOPPINGS
ART-CASASHOPPINQ 1 — Jullra & Júlia: IBh.
17h. 19h. 21h. (14 anos). Curta: Violurb. de Cloumo
Sogond.
ART-CASASHOPPING — Moonwalker; 15h. 17h.
19h. 21h. (Livre). Curta: O loboso estrepa, do Stil.
ART-CASASHOPPING 3 — As novas aventuras
da Pippl: 15h. 17h. (Livre). Nunca te vi... sempre te
amei: 19h. 21 h. (14 anos). Curta: A Rocinha tem
histónas. do Eunico Gutman.
ART-FASHION MALL 1 — O casamento dos
tropalhoo» 14h30. 16h10. 17h50. (Livre) Minha
vida de cachorro: 19h30. 21h30. (10 a os) Curta:
Llvio Abremo — Gravuras, de Fer-.ando Coni
Campos.
ART-FASHION MALL 2 — Júlia -Júlle 14h. 16h.
18h.20h.22h (Lrvrei Curta Estórias da Rocinha.
do Josô Mariane.
ART-FASHION MALL 3 — Moonwalkar: 14h.
16h. 18h. 20h. 22h. (Livre). Curta; Mercadores de
Sáo José. de Sani Lafon Pádua.
ART-FASHION MALL 4 — A festa d* Babatta
14h. 16h. 18h. 20h. 22h. (Livre). Curta: Visita ao
presidente, de Haroldo Marinho Barbosa.
BARRA-1 — Um pai» chamado Wanda 15h.
17h10, 19h20. 21h30. (10 anos).
BARRA-Z — Jorga, um brasileiro: 15h. 17h10.
19h20. 21h30 (14 anos).
BARRA-3 — Mlsrto alien: 14h10. 16h. 17h50.
19h40. 21h30 (14 anos).
RIO-SUL — Mluto alien 14hl0. 16h. 17h50.
19h40. 2lh30. (14 anos)
^COPACABANA
ART-COPACABANA — Moonwalkar. 14h. I6h.
18h. 20h. 22h (Lrvrei Curta Capiba, ontem, hoje,
sempre, de Fernando Spencer
BRUNI-COPACABANA — Jogo da emoções
14h, 16h. 18h. 20h, 22h. (16 anos). Curta: rVforan-
gos mofados, de Rubem Corvoto.
CINEMA 1 _ Imensidão azul: 14h30, 16h50.
19h10. 21h30. (Livre).
CONDOR COPACABANA — Um paixe chamado
Wanda: 15h, 17h10, 19h20. 21h30. (10 anos).
COPACABANA — Jorga, um brasileiro: 15h.
17h10. 19h20. 21h30. (14 anos).
JÓIA—E.T. — O extraterrestre em sua aventura
na terra: 15h. I7h10, 19h20. 21h30. (Livro). Curta:
A superfície domada, panida. dobrada, de Newton
Silva.
RICAMAR — Wlllow na terra da magia: 15h.
(Livre). A comissária: 17h40.19h50.22h. (14 anos).
Curta: O muro — O filme, de Sérgio Péo.
ROXY — Miseto alien: 14h10.16h. 17h50.19h40.
21h30 (14 anos)
STUOIO-COPACABANA — Yol: 15h, 17M0.
19h20. 21h30. (14 anos).
mlPANEMA E LEBLON
CÂNDIDO MENDES — O cavalinho azul: do 2> a
sábado, às 14h. Domingo, às 10h30. 14h. (Livre).
Mamáe faz 100 anos: 16h. 18h, 20h. 22h (18
anos).
LAGOA DRIVE-IN — Patriamada: 20h. 22h. (14
anos). Curta: Santa do maracatu. do Fornando
Spencer
LEBLON-1 _ Um peixe chamado Wanda
17h10. 19h20. 21h30. (10 anos).
LEBLON-Z — UZ — Rattle and hum
18h. 20h. 22h (Lrvre).
14h. 16h.
STAR IPANEMA — Júlle & Júlia Uh. 16h. 18h.
20h. 22h (14 anos) Curta: O carrasco da floresta.
de Vítor Lustosa
1/2: 13h30. 15h50, 18h10, 19h30. (18 anos). ODEON — Jorge, um brasileiro: 14h, 16h10,
18h20. 20h30. (14 anos).
ESTAÇÃO 1 — Festival Irmios Marx. Ver om
Mostras. PALACIO-1 — Missáo alien: 13h40. 15h30, 17h20.
ESTAÇÃO 2 — 0 grito: 17h, 19h. (18 anos). O 19h10, 21h. (14 anos).
eclipse: 21 h. (18 anos).
PALACIO-2 — Salsa — O filma quonre: 13h30.
ESTAÇÃO 3 — Mostra Alberto Salve. Ver om 15h30, 17h30. 19h30. 21h30. (Livre).
Mostras.
PATHÉ — Moonwalker: de 2a a 6». às 12h. 13h50.
ÔPERA-1 — Misaio alien 14h10. 16h. 17h50,
15h40. 17h30, 19h20. 21h10. Sábado e domingo, a
19h40. 21h30. (14 anos).
partir das 13h50. (Livre). Curta: Perto do Clarice, de
ÓPERA-2 — Salsa — O filma quente: 14h, 16h. Joào Carlos Parreiras Horta.
18h. 20h, 22h. (Livre).
REX — Retrato da sedução: do 2a a 6a, às 12h.
VENEZA — Bird: 15h. 18h. 21h. (16 anos).
14h50. 17h40. 19h05. Sábado e domingo, às
13h30. 16h20. 19h10. (18 anos). Curta: Dedo de
UCATETE E FLAMENGO Deus. de Cristiano Requiáo.
VITÓRIA — Fantasias proibidas da noite mágica de
LARGO DO MACHADO 1 — Um peixe chamado
Aka: 13h40. 15h30. 17h20. 19h10, 21h (18 anos).
Wanda: 15h. 17h10. 19h20. 21h30. (10 anos).
Curta: Lu sou vida. ou não sou morte, do Haroldo
LARGO DO MACHADO 2 — L/2 — Rattle and Marinho Barbosa.
hum: 14h. 16h. 18h. 20h. 22h. (Livre). Curta:
Palácio Monroe, uma época em minas, do Célio
Gonçalves.
LIDO-1 — Uma cilada para Roger Rabbit: 15h30.
ÊÊTIJUCA
17h30. 19h30. 21h30. (Livre). Curta: Os romances AMÉRICA torge. um brasileiro: 14h30. 16h40.
de Dona Olinda Olanda. do Katia Messel. 18h50. 21h. (14 anos).
UDO-Z — As avonrurss de Chatran: 14h. 15h40,
ART-TUUCA — Moonwalker. 15h, 17h. 19h. 21 h.
17h20. (Livre) iVDnweed: 19h. 21h30 (14 anos).
(Livre). Curta: Abismo de espumas, do Ronaldo
PAISSANDÚ — Júlia & Júlia: 14h. 16h. 18h. 20h.
Gorman.
22h. (14 anos).
BRUNI-TUUCA — Júlia & Júlia: 15h. 17h. 19h.
SAO LUIZ hrge, um brasileiro: 15h. 17h10.
21h. (14 anos). Curta: Violurb. de Cleumo Segond
I9h20. 21h30 (14 anos).
SAO LUIZ 2 — Missão alien: 14h10. 16n. 17h50. CARIOCA — Missão alien- 14h10. 16h. 17h50.
19h40. 21h30 (14 anos) Curta: Palácio Monroe. 19h40. 21h30. (14 anos).
uma época em ruínas, de CôIho Gonçalves.
TUUCA-1 — Bird. 15h. IBh. 21h. (16 anos).
STUOtO-CATETE — Zona do prazer 14h50.
15h. 16h30. 18hl0. 19h50. 21h30 (18 anos). Curta: TUUCA 2 — Safsa — O filme Quente: 13h30.
15h30. 17h30. 19h30. 21h30 (Livre). Curta: Kulxura
Perfo de Clance. do João Carlos Parroiras Horta.
lé na rua. de Octâvio Bezerra.
TUUCA-PALACE 1 — Uma cilada para
mCENTRO Rabbit 15h. 17h. 19h. 21h. (Livrei.
Roger
HORA — Infamo vermelho
11 h 12h45. 14h40. TUUCA-PALACE 2 — As aventuras de Chatran
16h30. 18h10 (14 anos) Ibh. 16h30. 18h. 19h30. 21h. (Lrvre).
21h. (14 anos).
BRUNI-MÉIER — Biquíni quente: 15h. 16h30. 18h.
19h30. 21h. (18 anos). Curta: Arte nas cidades, de
Carmem Pereira Gomes.
PARATODOS — Moonwalker: 15h. 17h, 19h. 21 h.
(Livro). Curta: O carrasco da floresta, do Vítor
Lustosa.
ÊÊRAMOS E OLARIA
RAMOS — Robocop — O policial do futuro: 15h30.
17h20. I9h10. 21h. (14 anos). Curta: Lampião.
Capitão Malazane, de Octávio Bezerra.
OLARIA — M/ssáo alien: 15h30. 17h20. 19h10.
21h. (14 anos).
mMADUREIRA E
JACAREPAGUÁ
ART-MADUREIRA 1 — Moonwalker: 15h. 17h.
19h. 21h. (Livre). Curta: Balada das dez bailannas
do cassino, do Joào Carlos Velho.
ART-MADUREIRA 2 — O casamento dos trapa-
Ihões: 15h30. 17h (Livre). Jogo de emoções: 19h.
21 h (16 anos). Curta: Os romances de Dona Olinda
Olanda. de Katia Messel.
BARONESA — Willow na tena da magia 15h. 17h.
19h. 21h (Livre).
BRISTOL — Aliens — O resgare: 15h. 17h20.
19h40 (14 anos). Curta- Jenner Augusto, de Fer-
nando Coni Campos.
MADUREIRA-1 — Salsa — O filme quente: 15h.
17h. 19h. 21h (Lrvre). Curta' Kuttura tá na rua. de
Octâvio Bezerra
MADUREIRA-2 — Jorge, um brasileiro 14h30.
16h40. 18h50. 21h. (14 anos)
MCAMPO GRANDE
CAMPO GRANDE — Moonwalker: 14h. 15h40.
17h20. 19h. 20h40. (Livro). Curta: Lampião, capitão
Malazane. de Octávio Bezerra.
PALÁCIO — Jorge, um brasileiro: 14h, 16h 10.
18h20. 20h30. (14 anos).
mNITEROI
aWTE-UFF — Retrospectiva 88 — Hoje: Jogo de
emoções: 15h, 17h10. 19h20. 21h30. (16 anos).
CENTER — Um peixe chamado Wanda: 14h30.
16h40. 18h50. 21h. (Livre).
CENTRAL — Salsa — O filme quente: 13h30.
15h30. 17h30. 19h30. 21h30. (Livre).
CINEMA 1 —Um sonho de domingo: 16h15. 18h.
19h45. 21h30. (Livre). Curta: Mercadores de Sao
José. de Sani Lafon Pádua
ICARAl — Missáo alien: 14h10. 16h. 17h50.
19h40. 21h30. (14 anos). Curta: Ane nas cidades.
de Carmon Pereira Gomes.
NITERÓI — Jorge, um brasileiro: 14h30. 16h40.
18h50. 21h (14 anos).
NITERÓI SHOPPING 1 — Imensidão azul: 15h.
17h. I9h. 21h. (Livre). Curta: Llvio Abramo —
Gravuras, do Fernando Coni Campos.
NITERÓI SHOPPING 2 — Moonwalker; 14h30.
16h10. 17h50. 19h30. 21h10. (Livre) Curta Lam-
piào, capitào Malazane. de Octávio Bezerra.
WINDSOR — Moonwalker: 14h30. 16h10. 17h50.
19h30. 21h10 (Lrvre) Curta Eu sou vida. eu nèo
sou morte, de Haroldo Marinho Barbosa.
1SAO GONÇALO
TAMOIO — Uma cilada para Roger Rabbit 1 Jh30
16h30. 18K30. 20K30 (Livre). Curta. Chico Caruso
de Joatan Vilela Berbei

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 segunda-feira, 20/2/89 o caderno b o 5
JORNAL DO BRASIL ROTEIRO

MC AN AL 2 — TV Educativa
E L E V I S À O
*8 Bh15 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL 1Bh SlTIO DO PICAPAU AMARELO
if Didático 16h25 DEFESA DO CONSUMIDOR
flh30 TELECURSO 1" GRAU Auln do Aprosontaçâo do Nino Riboiro
Cifincins 1 Í)h30 VIVER Dnbntos tio jntorosso pnr.i
ELYMAR SANTOS — Aprosontnçào do cantor 8h45 TELECURSO 2° GRAU Auln do a família Aprosontaçâo do Halina
com 11 participnçôo ospocin! dn escola campoA Física Gryriberg
dosto ano, Imporatriz Loopoldinonsu Do 2a a 6 5/n , às
1flh30. Toatro Joio Ciwlono, Pçn. Tirnduntoa do 9h CATAVENTO Infantil 16h SEM CENSURA - Dolwlon do nt-
(221-0306). Ingrossos n NCi$ 1,60. Alô dln 17 9h15 SÍTIO DO PICAPAU AMARELO símios orn ovidônaa, Aprosontaçâo
março. Infantil. Episódio cia somaria: O burro tio Lúcia Lomo
Hojo, falante 10h MPB — VAI PASSAR — Hojo:
VIBRAÇÕES — Show do con|unto do choro 71/9° 9M5 CANTA CONTO — Joçjos sonoros. nur o üuintoto Violado
às 1Bh30. na ABI, Run Araújo Porto Alogre. AprosontaçAo do Qia üodran História 20h EU SOU O SHOW Porfil com
andar. Ingrossos a NCzS 0,40. do ho|o: O lo,1o o o rato Marlone d'1 parto)
A NOVA BOSSA DAS 8EGUNDA8 — Show com 10h15 CINEMIM — Desenhos animados o 20h30 ABRINDO O JOGO — Produção da
o Grupo Vinho Novo. Todos as sogundos, às 20h30. noticiário para crianças TVE rio Maranhão
no Tootro Teroza Raquel Rua Siquoira Campos, 11 h UMA PITADA DE SORTE — Progra- 21h05 RIO NOTICIAS - Noticiário local
143 (235-1113 o 2360584). Ingrosso a NCi$ 2.00. ma inlantil com Rubons Corrôa, ítalo 21h30 REDE BRASIL — NOITE ¦ Noticiário
Alá março, Rossi , Sórnio Brito o Alice Reis. nacional o internacional
BEUA-FLOR — Aprosontuçfto do Escola do Sambo História do hoje: Colorido que nom 22h 15 REPÓRTER ECONÔMICO — Infor-
Boija-Flor do Nilôpolis. com passistas, ntmistos o circo rnes sobro oconomia
dostaquos. Morro da Urcú, Av. Pasteur, 520 (541- 11 h30 CONFLUÊNCIAS DO MUNDO — 22h30 JORNAL VISUAL — Noticiário dodi-
3737). Todas as segundas, òs 22h30. Ingressos a DocumontAno: O Oriento o a Europa cado aos surdos-mudos
NC/$ 15.00. por possoa. 12h REDE JORNAL — Noticiário nacional 22h35 CINEMA RIO — Curtas: Cinelfíndia.
12h45 TOME CIÊNCIA — Noticias e repor- do Nolson Poreira dos Santos, Man¦
Mpoesia lagons sobre ciôncia o tecnologia no guoirn. do Novillo d'Alrneida, Batalha
ELETROPOESIA — Aprosontaçâo do Uma voi. Brasil o no exterior. dos Cuararapes. do Zolito Vianna,
«13h15 CABEÇA FEITA — Debates com to-. Conversa de botequim, do David No-
poocia do Ferreira Gullar. Diariamonto. das lOh òs mas de interesse para adoloscentos. ves o Caso de policia, do Maunco
21 h. no Contro Cultural Cindido Mondos. Rua Aprosontaçâo do Bussunda. Tema de Capovilla.
Joono Angélico, 63. Atô dia 28 hojo: Músicos novos 23h35 1 989/54 MINUTOS — Entrovistas
13h45 CINEMIM — Desenhos animados e Aprosontaçâo do Dulco Montoiro
Bbares noticiário para crianças Convidado do hoje:
—
MARIA MARIA AprosontaçSo do show Do Baião 14h30 CANTA CONTO Carlos Lira
a Bossa Nova. com o cantor Jacobina. Hojo. às 21 h. Telefone da emissora: 242-1598
Rua Barão do Itambi. 73 (551-1395). Couverl a
NGz$ 1,50 'CANAL 4 — TV Globo
CELSO BLUES BOY — Show do guitarrista ocom- 6h30 TELECURSO 2o GRAU — Educativo Ruy Barbosa Com Yoná Magalhães,
panhado do Mimi Lossa. Marcelo (guitarras) e Gil
Caidoso (baixo). Hojo e amanhã, às 23h. Jazzmania. 7h BOM DIA BRASIL — Entrevistas . Paulo José, Carlos Zara e Nlvia Maria
Av Rainha Elizaboth, 769 1227-2447). Couvort o políticas ' 18h50 QUE REI SOU EU? — Novela do
NCzS 3,00. Atô dio 28 7h30 BOM DIA BRASIL — Ropriso Cassiano Gabus Mendes. Com Ed-
GRUPO TERRA MOLHADA — Show da bando 8h XOU DA XUXA — Infantil. Aprosen- son Colulari, Marieta Severo, Daniol
tação de Xuxa. Filho e Tereza Raquel.
interpretando Beatles. Hojo. às 22h30. Pooplo, Av 12h25 RJ TV — Noticiário local 19h45 RJ TV — Noticiário local
Bartolomeu Mitre, 370 (294-0547), Couvort a NCzS 12h40 GLOBO ESPORTE — Noticiário es- 20h JORNAL NACIONAL — Noticiário
2,00. nacional e internacional
BANDA ACUSMA — Show do quinteto. Hoie o portivo
amanhã, íis 22h, no Rio Jazz Club. Hotol Móridien. 13h HOJE — Noticiário, agenda cultural e 20h30 O SALVADOR DA PÁTRIA — Nove-
entrevistas Ia de Lauro César Muniz. Com Lima
Rua Gustavo Sampaio. s/n° (541-9046). Couvert a 13h25 VALE A PENA VER DE NOVO — Duarte, Francisco Cuoco, Betty Faria.
NCzS 3.00. Até amonhá. Reprise da novela Gabriela. Adapta- Lúcia Veríssimo e José Wilker
DEZENOVE DO DOIS — Música ao vivo. o partir ção de Walter Durst para o romance 21 h20 O HOMEM DA MÁFIA — Seriado.
dos 22h. 2a. Você é o cantor o Humberto o seu de Jorge Amado. Com Sônia Braga, Episódio: O casamento
acompanhante. 3a. MPB com Humberto 48 e sáb., Armando Bogus, José Wilker e Fúlvio 22h30 FESTIVAL DE VERÃO — Se houver
aprosentaçào do cantor Marco do Olinda. 5a o Stefanini amanhã. Minissérie em seis capltu-
dom., jazz e bossa nova com Tno Corus. 6a, MPB. ^|yw 14h20 FESTIVAL DE FÉRIAS — Filme: los, baseada no best-sellerde Sidney
com Edu Marques. Rua 19 do fevereiro. 157 Agarra-me se puderes Sheldon (1o capítulo)
Couvert. de 2a e 4a, a NCzS 0.60; de 5a e dom., o 16h20 SESSÃO AVENTURA — Guerra dos 23h30 RJ TV — Noticiário local
NCz$ 1.00 e 6" e sâb.. o NCzS 1.20. Em O homem que burlou a Máfia, Walter Matthau reafirma sua versalitidade Sexos. Reprise da novela da novela 23h35 JORNAL DA GLOBO — Noticiáno.
RISTORANTE VALENT1NO'S — Música oo vivo. de Silvio de Abreu. Com Paulo Au- Comentários de Paulo Hennque
Do 2a o sáb,. Sidney Morzullo o Armando Martinez; tran, Fernanda Montenegro, Tarcísio Amorim e Paulo Francis
dom., Luís Alberto ou Armando Martinez. Diaria- Meira e Glória Menezes. 0h05 GLOBO ECONOMIA — Informes
monto, a partir das 19h. HoteJ Shoraton. Av. Nie- 17h20 SESSÃO COMÉDIA — Senado: Su- econômicos. Apresentação de Lilian
mover, 121 (274-1 122). Consumação NCz$ 36.00. Gatos. Episódio: Yes, não temos Witto Fibo
CAFÉ-RESTAURANTE M1RADOR — Músico ao ator vence per
O0 havanas 0h10 CINECLUBE — Filme: O homem
vivo. 2". Trio Itálico, 3a, Os Violinos Mágicos do que 17h55 VIDA NOVA — Novela de Benedito que burlou a máfia.
maestro Murillo Loures; 5a, Quarteto Sol Tropical,
sáb,. Regional Chapéu Virado; dom. Trio Los Telefone da emissora; 294-6499
Caminantes. De 2a a 5a. a partir das 19h. Sáb. e
dom , a partir das 12h. Hotel Sheraton. Av Nie- ICANAL 6 — TV Manchete
meyer. 121 (274 1122). Consumação a partir de 7h30 PROGRAMAÇAO EDUCATIVA 17h CLUBE DA CRIANÇA — Infantil.
NCz$ 10.00. qualquer parada 8h SÃO PAULO — Jornalístico Apresentação de Angélica
ONE-TWENTY-ONE — Piano bar De 5a a sáb. á papel criado para ele por Nell Simon em 1985, na 8h30 BRASÍLIA — Jornalístico 19h30 JORNAL LOCAL — Noticiário
meia-noite, show com a cantora Marlene. Consu- Rogério Durst comédia The odd couple. Foi um sucesso. Matthau 9h RIO — Jornalístico 19h50 MANCHETE ESPORTIVA — 2°*
maçáo a NCz$7.00. Até dia 4 de março. Do 2a a começou a obter bons papéis cômicos no cinema. Em 9h30 REPÓRTER MANCHETE — Noticiá- TEMPO — Noticiário esportivo
sáb., a partir das 16h, Maria Zélia (piano) & Aldemir 1966, fez Uma loura por um milhão (The fortune rio nacional e internacional 20h20 MOMENTO ECONÔMICO — Infor-
Bruzaca (contra-baixo) e maestros Hélcio Brenha. 10h JASPION Seriado — mes econômicos
Armando Martinez. Juarez Araújo e músicos. Dom., verdade que é um filme bem reprisado. Mas O cookie), no qual contracenava com Jack Lemmon sob 10h30 CHANGEMAN — Senado 20h30 JORNAL DA MANCHETE — 1* EDI-
a partir das 18h, Joáo Mossoro'& sou Recital homem que burlou a Máfia (Charley Varrick, a direção de Bllly Wilder. Abiscoitou o Oscar de ator 11h AUTOMAN — Desenho. Episódio: ÇÃO — Noticiário nacional e interna-
Brejeiro e Hélcio Brenha Sax Show Hotel Sheraton. EE EUA, 1973), de Don Siegel, é um exato veículo coadjuvante pela interpretação. Hot night. o sucesso cional
121 (274-1122). Consumação, do 5a a sáb.. a NCzS para o excelente e versátil Walter Matthau. A partir daí Matthau contruiu uma Indestrutível 12h MANCHETE ESPORTIVA — 1o 21h30 HELENA — Reprise da novela de
7,00; de dom. a 4a, a NCzS 6,00 Ele interpreta um frio ladrão de bancos, bem diferente reputação de comediante. Mas fez o diabo em papéis TEMPO - Noticiáno esportivo Mário Prata. Com Luciana Braga.
LE ROND-POINT — Piano bar De 2a a sábado, a do que estamos acostumados. E fala com sua própria dramáticos como o de Ainda há fogo sob as cinzas 12h30 JQRNAL DA MANCHETE — EDI- Thales Pan Chacon, Gianfrancesco
partir das 18h. Hotel Méridien. Av Atlântica. 1.020 voz nesta versáo com som original e legendas que o (Kotch, EUA, 1971), de Jack Lemmon, que lhe rendeu ÇAO DA TARDE — Noticiário nacio- Guarnieri, Zezé Motta e Buza Fenaz,
(275-9922). Cineclube, da TV Globo, exibe hoje. uma indicação para um Oscar de gente grande. Não nal e internacional 22h30 ELA & ELE — Entrevistas com Leila
RIVE GAÚCHE — Música ao vivo. De 2a a sábado, Walter Matuschanskavasky você provavelmente ganhou. Walter Matthau jamais ganhou um Oscar de 13h CORPO SANTO — Reprise da nove- Richers e Miele
a partir de 20h30. Flávio Coppola (piano). Ériston não conhece. Jã Walter Matthau é um famoso come- melhor ator, apesar de viver provando ser capaz de Ia de José Louzeiro. Com Lídia Bron- 23h45 JORNAL DA MANCHETE —2'EDI-
(baixo). Jair (bateria) e Lygia Drummond e Biba diante. Os dois são um só, que não vive apenas de fazer qualquer coisa. di. Reginaldo Faria e Çristiane Torloni. ÇÃO — Noticiário nacional e interna-
Ribeiro (vozes). 6a e sáb.. Erasmo (piano e voz) e Em Charley Varrick, o ator trabalha com o seco 14h MULHER 89 — Programa feminino. cional
Luizmho (guitarra). Av Epitácio Pessoa. 1.484 (521- comédia. Com sua cara molenga, que parece de Apresentação de Celene Araú]o 0h20 JORNAL LOCAL — Noticiário
2645). borracha, o ator é capaz de interpretar qualquer tipo diretor Don Siegel, acostumado a ter como astro 16h AUTOMAN — Senado. Episódio: 0h40 ESPORTE E AÇÃO — Noticiário esr
TERRAÇO DO LIDO — Música ao vivo com Dido de papel. Aprendeu da maneira mais difícil. Aos 11 aquele Inexpressivo Clint Eastwood. Não foi obstácu- Clube dos dez portivo
Olivioira (violão o voz). Francisco Nelson (sax) e anos, o filho de um pobre casal de imigrantes judeus- lo para Matthau, que tira tudo papel de pequeno Telefone da emissora: 285-0033
Jorge Batera (baterista), de 2a a sáb.. à meia-noite. russos vendia refrigerantes nos intervalos das peças ladrão de bancos que rouba dinheiro da Máfia e tem
Apresentação de Ivanildo de Natal (violão e voz) e de um teatro idiche na Second Avenue, em Nova de enfrentar um assassino da organização. O simpáti- MC ANAL 7 — TV Bandeirantes
Joanl (baterista), de 2a a sáb., às 20h. Show de Iorque. Durante a função ele interpretava pequenos co ator se torna frio e seu rosto flexível se torna duro. 6h55 AGRICULTURA HOJE — Informati- Jr. e Elis Marina
Ricardo (violão e voz & Joani, de 6a a sáb., às 23h e O filme é mais um desafio que Matthau enfrenta e 13h15 PROGRAMA EDNA SAVAGET —
dom., às 20h. Rua Ronald Carvalho, 55 (542-2148). papéis por meio dólar a atuação. vo rural
Couvert a NCzS 1,00 Até dia 29 de abril. Na década de 50, 25 anos depois de sua estréia, o supera em sua carreira. Quando Walter provar que 7h BRASIL HOJE — Noticiário com en- Variedades. Apresentação de Edna
TEATRO — Música ao vivo a partir das 22h. De 3a a ator começou a aparecer no cinema em papéis de pode ser tão bom quanto um Ben Kingsley ou um F. trevistas. Apresentação de Tamara Savaget
vilão. Mas não abandonou a carreira na Broadway, Murray Abraham talvez possa levar para casa o Leftel 14h15 CIRCO DA ALEGRIA — Infantil.
dom., Gioconda Vettori (teclado e voz); do 2a a sáb., onde conseguia melhores oportunidades. Como o prêmio máximo do cinema americano. 7h30 FORÇA VERDE Informativo sobre— Apresentação dos palhaços Atchim a
Ritah (voz) e conjunto; dom. e 2a, Moacyr Luz (voz o o campo. Apresentação de Luiz Espirro
violáo). Rua Vinícius do Moraes. 118 (267-1245). Nassif 16h30 CAVALO AMARELO — Novela. Re-
Sem couvert. Consumação a NCzS 5.00 MOS FIJL.1VIES 7h35 DINHEIRO 1' EDIÇÃO — Informes prise da novela com Dercy Gonçalves
DESGARRADA — Apresentação dos fadistas Ma- econômicos. Apresentação de Luiz e Márcia de Windsor
ria Alcina o Antônio Campos e do organista Donize- Nassif e Marília Stabile 17h30 CANAL UVRE — Entrevistas com
te. De 2° a sáb. a partir das 21 h Couvert de 2a a 4a a AGARRA-ME SE PUDERES brenatural quanto o fato da TV Mattjh iu, Joê Don Baker. FeLi- 8h DIA-A-DIA — Variedades. Apresen- Gilse Campos e Jorge Valente
NCzS 2.50; de 5a a sáb e vesp de feriado a NCzS TV Globo — 14Ü20 Rio ter conseguido programar cia Farr.
ree
:rr. John vernon e She-
North. Produção amertca- tação de Baby Garroux e Ney Galvão 19h25 JORNAL DO RIO — Noticiário local -
3.00 Rua Barão da Torre, 667 (239-5746) com antecedência filmes para J 9h30 COZINHA MARAVILHOSA DA 19h40 AGROJORNAL— Informativo sobre
CoQiédia de aventuras
th BanditL ae uma semana Inteira. Começa na de 73 (1llOm). Cor. OFÉLIA — Culinária com Ofélia o campo. Apresentação de Murilo
(smoKey ana md the com este horrível filme de terror. Ladráo (Matthau) assalta um pe- Anunciato Carvalho
Hal Needhaxn. Com Bun Rey¬ Talvez seja um queno banco de uma cidade do — 19h45 JORNAL BANDEIRANTES — Noti-
nolds, Jackie Gleason, Sally presságio. interior e descobre ter tomado 10h MEU PÉ DE LARANJA LIMA
Field, Jerry. Reed e Mike Hen¬ A O ANO DOS Novela de Ivani Ribeiro. Com Cristina ciário nacional e internacional
ry. Producao americana de 77 DOBERMANS posse de uma fortuna pertencen- Mulins, Alexandre Raimundo e Dioní- 20h30 DALLAS — Seriado
(94m). Cor. te à Máfia. A organização crimi- sio Azevedo 21h30 DESAFIO — Noticiário esportivo
BEOE/EJET do volante (Reynolds) e mo- TV Corcovado — 21h30 nosa envia um assassino profis- 11 h O BARCO DO AMOR — Senado. com Luciano do Vale
torista de caminhão (Reed) são Policial canino (The dpber- sional para caçá-lo e ele usa de Episódio: O garoto 23h30 JORNAL DE VANGUARDA — Jor-
contratados para levar um car- man aang) de Byron Chud- toda sua astúcia para escapar. 11h55 BOA VONTADE — Religioso nalismo comentado. Apresentação
regamento ilegal de bebida atra- now. Com Byron laabe e Julie
ameT*cana 12h BANDEIRA 1 — Informativo. Apre- de Doris Giesse e Rafael Moreno
vés dos Estados Unidos em ape- daiW^S^n)âSr° A RAINHA DO BAILE sentaçâo de Nei Gonçalves Dias Oh FLASH — Entrevistas com Amaury
PONTO LIMITE — Textos de Clance lispector. nas 28 horas. O piloto dá carona Bandido treina càes doberman 12h30 ESPORTE TOTAL — Programa es- Jr.
Marguehte Duras e outros. Direção de Paulo José. a uma moça (Field), noiva fügida TV Bandeirantes — lh portivo. Apresentação de Luciano do 1h CINEMA NA MADRUGA — Filme:
Com Ana Kfouri o Lu Grimaldi. Teatro Cândido do filho bronco (Henry) de um para cometer um assalto sem ¦ Drama (Queenof Stardust Valle, Juarez Soares, Sílvio Luiz, Elia A rainha do baile
Mendes. Rua Joana Angélica. 63 (227-9882). 2a e teimoso xerife (Gleason). O ho- riscos. Bom, a raça humana es- the Ballroom) de Sam ÕSteen. Telefone da emissora: 542-2132
à
3°. às 21h30 6a e sáb., meia-noite Ingressos a tava bastante
mem da lei inicia implacável cáes policiais até que Byron Charles satisfeita com os Com Maureen Stavjíelon,
NCzS 3,50 e NCzS 3,00 (estudantes) Durning, rnchael ICANAL 9 — TV Corcovado
perseguição aos motoristas. Di- Chudnow resolveu inventar os Brandon e Michael Strong.
MEU QUERIDO MENTIROSO—Texto de Jerome vertido filme de perseguições, cáes bandidos neste filme bara- Proaucão americana de 75 pa- 9h QUAUF1CAÇAO PROFISSIONAL - 15h ANGEL — Desenho
Kilty Tradução de Bárbara Heliodora. Direção do ruim da cabeça mas multo bom to. Foi um absurdo sucesso de ra a TV (98m). Cor. Educativo 15h30 RIO TURISMO — Programa bilingüe
Wolf Maia. Com Sérgio Britto e Nathália Thlmberg. das rodas. Passa o tempo. Senhora idosa (Stapleton), soli- 9h20 O GÊNIO MALUCO — Desenho sobre turismo no Rio
Teatro dos Quatro, Rua Marquês de S. Vicente, bilheteria, rendeu duas contl- tária e com os filhos 9h30 IGREJA DA GRAÇA — Religioso 18h30 VIBRAÇÃO — Musical e competi-
52/2° (274-9895). 2a e 3a. às 21h30 e 5a. às 17h. nuações e permitiu ao diretor já adultos, —
Ingressos 2a e 3" a NCzS 3.00 e NCzS 2.50, MEDUSA montar com a família sua pró- preenche o vazio de sua vida 10h POSSO CRER NO AMANHA Reli- çòes esportivas para jovens. Apre-
dançando num sentaçâo de Cesinha Chaves.
estudantes o 5a a NCzS 2,50 TV Rio — 21hl5 pria produtora. Para piorar ain- velha guarda. salão Lá
de baile da
conhece um 10h15
gioso
PALAVRAS DE VIDA — Religioso 19b PROGRAMA DA NOITE — Entrevis-
ARTAUD — Coletânea de textos forta por Ivan ¦ Terror LMedusa) de Gordajjji da mais as coisas, o cinófilo pro- carteiro (Durning), com que ini- 10h25 VIVA COM SAÚDE — Informativo tas com Léa Penttheado.
Albuquerque Com Rubens Corroa Tradução do Hessler. ,Com_Geor\ Georae tiam gramador da Corcovado nâo se 10h40 MEDIUNIDADE — Religioso. Apre- 19h45 OS GAROTINHOS — Seriado
Leyla Ribeiro. Teatro Ipanema. Rua Prudonto de lon, iMctana Paluzzi e Came- cansa de reprisar esta cachor- cia romance. Apesar de bastante
sentaçâo de Átila Nunes 20h15 ARTE É INVESTIMENTO — Aprfr»
Morais, 824 (247-9794) 2a, às 21h30 Ingressos a ron Mitchell. Produc&o greco- rada. quilometrado este telefllme im- 10h55 CENTRO DE CONVENÇÕES EVAN- sentaçâo de Sorava Cais
NCzS 2,50 Duração 1h05 (14 anos) ame ricana de 74 (90m). Cor. pressiona pela delicadeza com GÉUCAS — Religioso 20h20 INFORME ECONÔMICO — Noticias
—
UMA JÓIA DA ÍNDIA Texto o direção de Caio Homem (Hamilton) morre du- O HOMEM QUE BURLOU que trata de uma assunto espi-
rante uma viagem de iate pelo A MÁFIA nhoso como o do amor entre 11h40 O GÊNIO MALUCO —Desenho do mercado financeiro. Apresentação
de Andrade. Com Mlnan Pérsia o Andréa Murucci 12h RECORD EM NOTÍCIAS — Noticiá- de Nelson Priori
Todas as segundas e terças-feiras, às 21 h, no Mar Egeu e sua alma busca um TV Globo — OhlO idosos. Stapleton e Durning dão rio nacional e internacional 20h30 PROGRAMA SIDNEY DOMINGUES
Teatro Clara Nunes. Rua Marquês do S Vicente, corpo para reencarnar. O enredo Criminal. (Charley Varrick) interpretações apaixonantes a 13h SOM NA CAIXA — Musical. Apre- — Entrevistas e debates
52/3° (274-9696) Ingressos a NCzS 2,50 deste thriller não parece táo so- de Don Sieael. Com wofter seus personagens. sentaçâo de Cidinho Cambalhota e 21h30 SESSÃO VISTA CHINESA — Filme:
Eloy Decarlo A gang dos dobermans
14h EM TEMPO — Variedades. Apresen- 23h30 0 RIO É NOSSO — Informativo.
tação de Robert Milost Apresentação de Murillo Nen
14h30 A MODA DA CASA — Culinária com Oh ÚLTIMA PALAVRA — Religioso
— Ettv Fraser 0h05 RIO TURISMO — Programa bilíngüe
SALVADOR DAU — Gravuras Place des Arts. Av COLETÂNEA DE VERÃO Obras do Portlnan. 14h45 O GÊNIO MALUCO — Desenho sobre turismo no Rio
Copacabana, 313 Diariamente, das 9h às 22h. Até Burle Marx. Di Cavalcanti e outros Ralph Camargo. Telefone da emissora: 580-1536
sábado Av Atlântica. 4.240/ss 112 Do 2U a 6a. das lOh às
20h Ató dia 28
V EXPOSIÇÃO DE FANTASIAS DE LUXO - PASSADO E PRESENTE INDfQENA NO RIO DE Mcanal 11 — TV s
Exposição com 22 fantasias e máscaras premiadas — Exposição fotográfica "Em Busca da 7h QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL - 19h08 ECONOMIA POPULAR/PERGUNTE
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA NA URSS — tes. catálogos o criticas de diversas exposições de nos Carnavais Shopping Cassino Atlântico. Av JANEIRO Males" .com 26 trabalhos de Mitton Educativo AO TAMER — Informativo econò-
Exposição fotográfica do artistas soviéticos Meza- artes plásticas Espaço Cultural Petrobròs. Av Chi- Atlântica, 4.240 De 2a a sábado, das 9h30 às 20h Terra som
nino da Estaçôo Canoca do Metrô De 2a a sábado, le. 65 De 2a a 6a. das 9h às 17h Até sexta Até sábado Guran. acompanhada de dança, música e desfile de 7h15 EUREKA — Educativo mico
das 6h às 23h Inauguração, hojo ás 20h Atô dia 4 fantasias indlgonas Museu do índio. Rua das 7h30 MISSÃO MÁGICA — Desenho 19h 10 TJ BRASIL — Noticiário nacional e
— Exposição Palmeiras. 55. De 3a a 6a. das 10h às 18h. Sábado o 8h ORADUKAPETA — Infantil. Apre- internacional
ESPAÇO FOTO E POESIA- Fotos do Rosa Maria PRÊMIO ESSO DE FOTOGRAFIA —Prômto Exposição II SALÃO CARIOCA DE HUMOR
Esso. com 80 trabalhos, entre charges. cartuns, caricatu- domingo, das 13h às 17h Até dia 28 Entrada sentaçâo de Sérgio Malandro 19h45 CHAVES — Senado
Custódio e poemas de Maria Corrôa Biblioteca com 50 fotos jornalísticas do acervo ras e esculturas, de vários artistas Exposições franca 10h45 DÓ. RÉ. Ml, FÃ, SOL, LÁ, SIMONY 20h15 MIKE HAMMER — Senado
Pública do Rio de Janeiro. Av Presidente Vargas. desde 1960 Funarte. Rua Araújo Porto Alegre, 80 paralelas " Vinte Anos de Pasquim", com capas, NEGRO. BRASIL. ESPORTE — Fotografias, te*- — Infantil. Apresentação de Simony 21h20 TOM E JERRY — Desenho
1 261 Do 2a a 6a. das 9h às 22h Alô dia 28 De 2a a 6J. das 10h às 18h Atú sexta "O
fotos e artigos do e Rio de Janeiro tos, crônicas, charges e troféus sobre diversas 12h22 CHAVES — Senado 21h30 VEJA O GORDO — Humorístico
RONALDO MIRANDA — Pinturas Sala Bernardelh AFRICA-BRASIL — MATRIZES DA CRIAÇÀO AR- Continua Rindo", comjornal 90 trabalhos de Millòr Fer- modalidades esportivas Museu do Esporte, Rua 12h47 BOZO — Infantil. Apresentação do com Jô Soares
do MNBA. Av Rio Branco. 199 De 2a a 6*1. das lOh TÍST1CA — Peças em madeira, metal, marfim e nandes. Claudius e Ziraldo Casa de Cultura Laura Rabelo (entrada polo portão 18 do Maraca- 22h30 O HOMEM QUE VEIO DO CÉU -
às 17h30 Sábados e domingos, das 15h às 18h tecido de diversos grupos culturais negros Sala Alvim, Av Vieira Souto. 176 De 3a a 6a. das 15h às Eurtco nâ) De 2" a 6a. das 9h às 17h Atô 28 de fevereiro 15h30 SHOW MARAVILHA - Infantil
palhaço Bozo
Seriado
Atô domingo Clartval do Prado Valadares do MNBA. Av Rio 21 h Sábado e domingo, das I5h às 19h Até FERNANDO PINTO — Exposiçôo com as fantasias Apresentação de Mara 23h30 FLASH — NOTÍCIAS1 DE 1* PÁGINA
—
ARTE-TEXTO 88 Coletiva com cartazes, convi- Branco. 199 De 2a a 6" das 11hàs 17h Até sexta domingo Entrada franca e alegorias criadas pelo carnavalesco Museu do 17h30 FLASH — Noticiário local (dentro do — Principais notícias do dia
Carnaval. Praça da Apoteose Do 3a a domingo, das programa— Show Maravilha) 23h35 BELLAMY — Seriado
11 h às 17h. Ató 28 de fevereiro 18h FLASH Noticiário local (dentro do 0h30 NOTICIAS DE 1 * PÁGINA — Noticiá-
GUSTAVO BARROSO: CONDECORAÇÕES E programa Show Maravilha) rio nacional e internacional
MEDALHAS — Exposição com obietos de uso 18h10 DUCK TALES/OS CAÇADORES DE 0h45 ISTO É BRASIL — Informações tu-
pessoal do fundador do MHN Museu Histónco AVENTURAS — Desenho rísticas Apresentação de Humberto.
G R U P O GotdenCross apresenta Nacional. Praça Marechal Âncora. s/n° De 3* a 6*. 18h45 JORNAL LOCAL — Noticiáno Mesquita.
das 10h às 17h30 Até 28 de fevereiro Telefone da emissora: 580-0878
CRESTON KEITH BLANCHARD E BONIFÁCIO —
EXPERIENCIA Meu querido mentirosa Desenhos e aquarelas Espaço Cultural Banco Cen• MCANAL 13 — TV Rio
APRKSENTA d* JEROME KILTY Traauc&o BÁRBARA HELIODORA trai do Brasil. Av Presidente Vargas. 730 — subso- 7h15 PROGRAMA EDUCATIVO 19h HIT PAREDE II — Parada musical.
Io De 2" a 6a. das lOh às 16h30 Até rlie.»1 7h30 HORÁRIO EVANGÉLICO ~ Reli Apresentação de Mana Lúcia Pnolli
"¦ gioso 20h30 CLUBE DO TREZE — Esportivo.
WATHALIA O SÉRGIO COLETIVA DE CARIOCAS E BfeífSO?^- IX>i& REENCONTRO — Debates conduzi- Apresentação de José Roberto Te-
FOI nhos. pinturas e esculturas Biblioteca Publica do 8li dos pelo Pastor Fanini desço
TIMBERG & BRITTO Fio de Janeiro. Av Presidente Vargas. 1 261 De 2a 9h HIT PARADE / 21h30 CINE RIO — Filme a programar
a 6a. das 9h às 22h Ató dia 3 Oh SOM E ENERGIA I — Musical e 23h30 PLANO GERAL — Jornalismo. Apre-
BOTO entrevistas. Apresentação de Adnana
DIREÇÃO WOLF MAYA ARMAS QUE NÂO VAO A GUERRA — Cerca de sentaçâo de Tamara Leftel. Bruno
fOWNAl.PO BRASH. I 100 peças dos séculos XVIII e XIX Museu Histónco Riemer Thys. Israel Tabak e Luiz Fernando
SINHA TEATRO DOS 4 Nacional. Praça Marechal Ancora. s.'n° De 3* a 6*. II h 15 RIO MULHER — Programa feminino Gomes
?* e 3* as 21 30h 5' .1% ITOOn das 10h às 17h30. Sábados e domingos, das 14h30 Apresentação de Selma Vieira. Oh 15 OS REPÓRTERES DO RIO — Joma-
Reservas 2 74 9895 e 239 1095 às 17h30 Atô dia 5 de março 13h RIO URGENTE — Debates Apre-
TEATRO lismo com debates e participação do
1 • MOSTRA DO ARTISTA JOVEM DE NITERÓI — 17h30 SOM sentaçâo de E liana Pittman publico
Patrocínio E ENERGIA II — Musical e
CACILDA BECKER KB Coletiva reunindo trabalhos de 15 novos artistas entrevistas. Apresentação de Adriana 0h30 Apresentação RIO VIP — Agenda cultural e social.'
* VÍ°N* -CHM a vwrt *l"VL Museu do Ingá. Rua Presidente Pedreira. 78 - Ingá de Gilberto Ribeiro.
DE 15 k 26/02 UBJ0 XTINÇAO Oi »\\i I»mi n» C'o éo *ON <*• devrwto coín 4 w-r-r—.** as De 3a a 6a. das 11 h às 17h. Sábado e domingo, aas Riemer
14h às 18h Até dia 5 de março Telefone da emissora 293-0012
 D ISCO
NO ESTÚDIO _________________________________________^^ Cifla Rio
é direito/ Só vejo preconculto/ E n suu roupn naval E só

Rumoà uma roupa novn"), nào provocou nenhuma modificação no

som do grupo. ''Continuamos barulhentos e econômicos mmmWMmmMMm\l&Wk<Ê&lWm*WZ^^ :!í4i^^-^h'^^V^^Sr**^KW^BB BBH
como sempre", anuncia, Por enquanto, n ausência de um
especialista no Instrumento nào trouxe maiores trnnstor- H_nBHKf_j_i___MmB_i_.','-. ,-.';V, ™S*Fo PR^„kSW.'s^w'^*''9@K?v5wlBB__|

lançamento do LP, eles Imaginam contar com um musico

¦MgwIMifeailBMHaflBBal^ Wml^m^XrrflÊÊmMfmWrwnm'
nos: nos sessóes de gravaçào, Russo o o guitarrista Dado ¦fiMrni
Villa-Lobos revezam-se no baixo elétrico. Para os shows do 1w\iW i T MTTBTmMlnHr' ??/**
mm\HMiÍ*>LmmSmmmliimIMMMmí'y ^ »!< - t'<*R%fiSfimwffltmm
mmmmTwQfà*-$3mwmMnmyLWM^mmmMk¦¦¦-
mmmWmlTUlmmimrmMwamf' • *HbjXjwILIÍ«b
mmmW*£Zfâ&WbWw?m££m"tr
*iiL-ílBML^»B«ngffiBBBBBa^BBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBB
rT^fi*B>iBwM m^^mW^m^SmM^Bw^Wífiymf'Brlr'
.WitSPflP
IS^rWmTM^fFTiW ¦¦JmsfâÉW^tSwW
JrJMttflB*?v»BMB
JFàW
^^
estação
controlado ou convidar alguém para fazer porte do grupo
— esto, aliás, 6 o opção preferida por Russo.
As atenções da bonda, no entunto, estào concentrados \WmWSL W^^ÍWmMWmmmWmmW^^I!^^^' '^ W' SP$È
no novo disco. "Estamos loucos para terminá-lo logo", diz
"Espero
ele. que nosso público goste do trabalho. Nào HSBnpfB iLctíc^^mmvnm ta /f .mw- ;.* ffl
haverá estranhamenlos, como ocorreu quando os músicas _y_BK_HR_A__R_k
moarTi ri
MmmmmffmjEZfàMmmTpmM flP '-jf
JBBBHuM_)_fl_BjM__ XB / 'MmWM ,( ' wr
de Dois chegaram às rádios." Russo acha que o status do
Legláo, no caminho entre o primeiro e o terceiro LP, ^^m\\\mmmmmmW// '

rock alterou-se. "No começo oramos undcrground — ^TT A_ ¦ -

agora, entretanto, somos populares." Mas eles A<
suo arte com estratégias de
MmmWÊ&m&^^^^y - udr- '^wU2ãj|
náo misturam

¦ O Legião Urbana entra na reta

markrting. "Nào pensamos nos fàs quan
do compomos nossas canções. Costu
mamos visar somente o nosso gos
H
Í\
¦*' lw%'J I
final do quarto LP de sua carreira
to: tocamos o que gostamos de
executar e de escutar."
Russo observa sutis diferen y .^-
. * MM mWmmm
u_LflK_]W ttÉS m M
Sérgio Sá Leitão "O entre
os trabalhos dogrupo.

M —m$w BÊÚ
ças

$_ **W
primeiro LP era basicamente
quarto LP da Legião Urbana, gestado pela elétrico; o segundo, por seu tur
banda desde agosto de 88, já se encontra em no, soava predominantemente
fase de mlxagem. O disco anterior, Que pais 6 acústico. O terceiro acabou
este - 1978/1987, chegou às lojas em dezembro
'Somos sendo uma mescla: cada lado
um pouco preguiçosos, mas sentimos que a assemelha-se a um dos LPs an
hora do novo LP chegou", diz o vocalista Renato Russo.
"Ainda terlores." Este, para ele, seguirá
náo aprontamos nenhuma letra, mas dez das doze
músicas previstas estào com as bases gravadas." Seu esta tendência, com algumas mu
danças. "Antesnosssa preocupação
*'x
'iáa^ * ^%L / jáxm»mmmmWSÊW 1 mW&smmm
de esboços
caderno de anotações, entretanto, está repleto"Uma
e algumas faixas tèm os títulos definidos. delas, básica re-lacionava-se com os timbres,
chamada Rapazes católicos, falará sobre sexo", conta. A pois as músicas seguiam o es-quema con
EMI, gravadora do Legláo, promete o lançamento do LP — vencional de trés acordes. Soldados, por
chamado de Quatro estações — para cxemplo.nâo consigo tocar no violão." EmQua
provisoriamente
Abril. "O astral das gravações tem sido ótimo", afirma o
produtor Mayrton Bahia.
tro estações, porém, elesdeixaram os timbres em
segun-do plano. "Cuidamos "Todas
primel-ro da melodia e I Mifc^s. & À ilÉWv
"Será um LP simples", avalia Russo. "Muitos devem da narmonia",conta Russo. as cançõespoderáo
Wã"yyyyVr-n- -'¦'¦¦'¦'«¦£ *áv*mWÊÊ ü $MMmaMXVsMi^
estar esperando a nova mensagem da Legião Urbana, mas ser tocadas em um vlo-lào." Ele informa que os teclado- 4'í ojBbmSI bbb__. '™& Mm Ms* ^wMPníSnUVSt ^V;^^

não temos este tipo de pretensão. Na verdade, eu náo sestaráo menos presentes no disco. Da-do, por sua vez, fe- ''•«-.Êkí KL ÊBÊmmM sB B_BeS)Mt"^^fe'
<& ¦*-yÈW
tenho nada a dizer." Embora admita que sua concepção de garante que sua guitarrapermanece econômica — a w- iflw"1" m «sSnK^I
única novidade é aausência de suas tradicionais har- SsaRMll *V' «Bl BKL1BB_^mé__ 9BBf mm «iRHHm>v.?!
Quatro estações muda a cada quinze minutos, ele sabe
precisar como o disco soará.
"Trata-se apenas de mais um mònicas. 1 »™ll»' iB mm**, ¦*_ mm-Em, ^wSHIBCTl -M
LP do grupo, sem maiores novidades. Como os anteriores, Quanto às letras, Russo também aponta umajornada
simplicidade adentro. "Hoje eu nào faço mais poesias
mml^àm^^^^SmW^Mmt^ ^- _M BBBBB»^ImP^^C?\^^^ BBBnBSWt^MBal mWÊÈk:s- :; á^W«K^ffiW^^Í
é rock do começo ao fim, com algumas baladas." '¦ 'yWmmWÈÊt
Alçado à condição de supergrupo do rock brasileiro, a
com sua gravadora um
como a de Geração Coca-Cola ("Somos os filhos da
revolução/ Somos burgueses sem religião/ Nós somos o M. ¦tíÊFfWÈÈÈÉL.y Ur fx \ '«. f
nWrr^rrnff^PT^nHlBBBWii^BBWfflBBfHBr *'*35"'f*'J_ ¦
'f:Í'^5*M>m
K!mT ,wmr.: :S^Mi^a»^»
Legião Urbana conseguiu acertar "Estamos futuro da nação/ Geraçào Coca-Cola). Meu texto está !BBKMl^3Bia^^^Blaa»B^MlBili^a_M ^-**
inédito' esquema de produçáo. cornpondõ"e _B MB
SV H»v; !'Ww*^^í^»
-¦¦¦¦¦:.¦,>¦.¦¦¦ w
?àií®ft.^»
extremamente subjetivo, embora sem resquícios de KK^rs^iE^SÍp!H8a^«w1jwKS2BllHF <_,_¦ o»M-,
estúdio, com todo o tempo do mundo",
arranjando no "Tanto
afirma Russo. o som como os textos estáo saindo hermetismo." A liberdade de criação, combustível de
sua verve, permanece plena. "Só há uma limitação: »jt]EiBKBa>^«M^a!px^Mte jH_B_BWr _BI feW B? oK ^ '
paralelamente. De agosto a dezembro, criamos as músicas, resolvemos náo fazer nada muito negativo", diz ele.
estudamos as melodias e harmonias, fizemos os arranjos e "Mas nào sei se vou conseguir. Talvez diga 'O dia está ¦bHbbHPIIP ,SHé fl bf "^m1
definimos o repertório. Em janeiro começamos a gravar as
bases, e agora entramos na fase final."
Segundo ele, a saida do contrabaixista Renato Rocha,
lindo, mas tem ratos no meu quarto'. A questão é que,
pessoalmente, as coisas váo muito bem — quanto ao
^Blwl&illi
Bi»ii«BCnBHI8gBSisa«EaaEWffy^^*^^^^^ if mm mws tmt %'yyy>m£
arrajandor de A dança, hit do primeiro LP ("Nâo sei o que país, no entanto, nào posso dizer o mesmo." JVo estúdio da EMI, o Legião acompanha a mixagem de seu Quatro estações

CRÍTICA P- 'Green' vés de sua etiqueta I.R.S. época do lançamento de 'The first of a million kisses' beijos reflete, na metáfora amorosa, o acabamento
P- "Não
Já no primeiro LP, Mur- Green. O guitarrista não perfeccionista do som da banda: quero amores

Mafuá de
mur, em 83, Michael Sti- se limitou a votar no opo- de corações pela metade/ preciso de alguém real-

A força pe (vocal, letras), Bill

Berry (bateria), Mike
Mills (baixo) e o falante
Buck tomaram de assai-
to o país. Assombrada, a
revista Rolling Stone
nente Michael Dukakis;
deu dinheiro para sua
campanha, daí conside-
rar-se derrotado. "Odeio
este país, mudaria para a
Europa se o continente
mente dedicado/ a vida é muito curta para joguinhos
tolos" (Pcrfect). O Fairground não desperdiça sono-
ridades vadias obtidas em computadores desconec-,
tados com o meio-ambiente. A banda começou num
encontro da cantora Eddi com o guitarrista Mark no
adequado décor de New Orleans. De volta a Londres,

timbres
não fosse um paliteiro de

do caubói
¦ Chega ao Brasil o disco do R.E.M.
que enfrenta metaleiros nas paradas
Tárik de Souza
s roqueiros de
seis milhões
de dólares do
R.E.M. con-
servaram as rédeas de
seu estilo caubói ultra-
seco no pulo do under-
ground do selo I.R.S. pa-
ra o upperground da po-
derosa WEA. Em 13 se-
manas, com o LP Green
(WEA), lançado agora no
Brasil, ascenderam ao
12° andar dos Top pop
álbuns da revista Bill-
board, num corpo a cor-
po com a metaleira pesa-
bbmbWtÍ^^HIÍ^bm&í^HPbbbbI
Michael Stipe
dos soldados conterrà-
neos aleijados no Vietnã
considerou Murmur o LP
do ano. As college ra-
dios, independentes do
gosto M.O.R. (Middle of
the road) programaram
R.E.M. em massa, na se-
qiência de Reckoning
(84), Fables of the re-
construetion (85) e Life's
reach pageant (86). Em
Dead letter offíce (87), a
banda abriu o baú de
suas influências numa
coletânea de seminais
Byrds, Velvet Under-
ground e Aerosmith. Mas
foi com Document, turbi-
nado pelos sucessos The
one I love, Welcome to
the occupation e It's the
end of the world as we
know (and I feel fine)
que eles invadiram o
mercadâo em definitivo,
praticando um um rock
essência (também conta-
minado por Lovin'
Spoonful e Stooges) fll-
trado pela era punk. O
mísseis americanos." O
título Green não é só um
berro ecológico; a pala-
vra foi tomada nos senti-
dos de "juventude, matu-
ridade, força, crescimen-
to e, claro, também di-
nheiro". A este propósi-
¦ 0 'folkabilly' do Fairground Attraction
é uma pausa refrescante
ara quem está cansado da corrente princi-
pai do rock'n roll ou de suas margens
extremas, o heavy metal à direita e o rap à
esquerda (ou vice-versa), o som do Fair-
ground Attraction eqüivale a um repousante estágio
na tecla pause, com a vantagem de não se perder o
ritmo. Eles estréiam no Brasil com seu primeiro LP,
The first of a million kisses (BMG/Ariola), numa
rara sintonia cronológica com a iniciação da banda,
apenas 14 meses atrás, em Londres. Integram o
grupo três carinhas de Bristol, Mark E. Nevin (gui-
tarras acústicas, elétricas e letras), Simon Edward
(baixo acústico mexicano, conhecido por guitarrón)
e Roy Dodds (percussão e kit de bateria) mais uma
escocesa com pique de carreira solo, responsável
"e outros barulhos vocais", Eddi Reader.
pelo canto
Se alguém precisa de um rótulo para carimbar a
mistura de latinidades, primitivismo e embalo roc-
ker acústico desta Atração do Mafuá, o melhor será
recorrer ao híbrido folkabilly.
a dupla tanto podia atuar num cabaré como o Parrot
Café quanto exibir-se à base do Tá na Rua, de Amir
Haddad, no Soho. Mais adiante, o grupo completo
entrou em estúdio, em fevereiro passado, para fazer o
disco produzido em conjunto com Kevin Moloney
(técnico de Sinéad 0'Connor e alguns discos do U2).
No reforço instrumental foram convocados, entre
outros, Anthony Thistlethwaite (bandolim em Find
my love) do Waterboyse e Will Hasty (clarinete) do
Temperance Seven.
Um passeio neste mafuá, levado pela voz altisso-
nante de Eddi (ex-backing dos Eurythmics, Gang of
Four, Waterboys e Allison Moyet) vale por um ticket
de montanha russa. É possível topar com sotaques
de country (Whispcrs), jazz (The moon is mine, com
direito a um solo de vibrafone pontilhista de Roger
Beaujolais) e até valsinha circense, na faixa-título de
"Circulei através dos neons em
letra deprimida:
busca de distração, mas as lágrimas dos meus olhos
conhecem a verdade do meu coração". O acordeon
(zydeco na região de Orleans) tem papel destacado
na carteia de timbres desta feira de amostras, que
rola das fontes primais do rock ao requebrado da
rumba, com Eddi desdobrando-se até o falsete. Um
fino filtro de amargura nas letras preserva essa
atração dos museus da nostalgia. FA sabe que o
único lugar do mundo — por pior que seja — é aqui e
agora. (Tárik de Souza)
Cotação: •*¦-*•¦*¦

"~~^iSB '
U2 tem a quem desafiar O hit principal deste Primeiro de um milhão de
da dos Guns N' Roses, pelo desfolhante agente no outro lado do oceano.
Def Leppard, Bon Jovi e laranja. Metralha o gui- "Com um cara como Reprodução
Poison.
Conservam o ar enragé
tarra Peter Buck: "Tanto'
faz falar do Vietnã, da
Nicarágua ou de qual-
George Bush na presi-
dência, um criminoso
"*"
Bill Berry
íffi ¦*.>. •'¦:¦'¦:¦¦'¦*¦•'¦£.; :¦':'¦:¦.-.¦. ::--':
^ivi,' ¦ ¦' -: ::^:.^UUUU >I;U^ U^^^^^^^SÍ^Í^^ -^^P^^^SSSftSíSBêaBooo-*,.
¦
^wSSV

quer outro pais para on- to, o LP pode funcionar

J|§/|^U 'fnFrKmBiWi
¦ y :#¦'.« Ifeí:*»*!***^ mW
/ ?J$lmMW'
}[
Mike Mills
de garage band, a partir
da capa rústica de disco
pirata, enquanto as gui-
tarras e vozes laminadas
talham fundo o ameri-
can dream, como em
Orange crush, a crônica
de o governo dos Estados
Unidos manda seus jo-
vens de 18 anos." A pro-
pósito, Orange crush foi
a faixa de trabalho esco-
lhida pela banda para
apresentar Green às rá-
dios. "Porque não exibir
algo menos polido, invés
do single comercial de
sempre ?", questionou o
mesmo Buck, um cétlco
quanto a tacadas "Sei
certei-
ras no hit parade. lá
o que torna um disco su-
cesso. Em Green, a maio-
ria das canções não tem
os tradicionais ganchos
chamativos, muitas an-
dam em círculos."
Banda originária do
ambiente universitário
de Athens, na Geórgia, a
R.E.M. (sigla tirada do
rapid eye movement, o
movimento fisiológico
dos olhos durante o so-
no) penetrou pelas beira-
das do pop principal,
bancada por Miles Cope-
land, irmão do baterista
Stewart, do Police, atra-
Hbbb-__MH_1bb.
¦BBBBBBbSS^^} BB^__i?
Peter Buck.
apoiado na Maioria Mo-
ral, não posso imaginar o
que acontecerá conos-
co", fuzilou Peter Buck
ao Melody Maker, na
como ímã para as noti-
nhas de dólar. Da arisca
Pop song da abertura, à
faixa final, agoniada e
sem nome, o R.E.M. viaja
nas confidencias bélicas
de World leader pretend
(a primeira com a letra
impressa em encarte des-
de o início da carreira do
grupo) ou na farpada ba-
lada Hairshirt. Do senti-
mentalismo smithíano
de The wrong child (um
novo caso Tommy?) ao
rock superposto de vozes
e guitarras em Stand, o
R.E.M. mantém seus
princípios de base e pos-
tura de iconoclastas de
plantão. Antes que ai-
guém considere o grupo
alojado numa mera trin-
cheira de auto-
indulgência, Buck lança
o veneno e o antídoto
num só disparo: " A
maioria das bandas se-
quer possui um ego a
quem reverenciar." O
R.E.M tem a força.
Cotação: -k-k-k O Fairground Attraction não desperdiça sonoridades vadias obtidas em computador

FAIXA QUENTE -àr-k-k+excepcional

Cotações: • ruim -k regular -kit bom ¦*¦++ ótimo Fontes: Billboard e agência Efe

DISCOS/ Os mais vendidos RADIO/ As mais tocadas OUTRAS PARADAS

CIDADE b Estados Unidos/ LPs/ Pop
1) O tempo não pára Cazuza (2/3)
2) Sambas de enredo DMarvin
2) Lua e flor
Titãs
Oswaldo Montenegro
1) Don't be cruel — Bobby Brown b Alemanha Ocidental
do Grupo IA Vários (1/10) 3)Touchy A-Ha 2) Appetite for destruetion — Guns N' Roses 1) The first time — Robin Beck
3) Angélica Angélica (4/11) 4) O tempo não pára Cazuza 3) Travelling VVilburys — Travelling Wil- 2) Buffalo stance — Neneh Cherry
4) Sedução Simone(3/ll) 5) Veráo Cidade A Turma da Cidade burys
5) Furacão 2.000 Vários (5/7)
6) O tempo Sandra de Sá e Titãs
4) Shooting rubberbands at the stars — Edie 3) In the air tonight — Phil Collins
7i Lei da selva Lulu Santos 4) Good life — Inner City
6) Marisa Monte Marisa Monte (0/0) 8)Fastcar Tracy Chapman
PhllCollins
Brickell & New Bohemians 5) Twist in my sobriety — Tanita Tikaram
7) Obsceno Wando (0/2) 9)Twohearts
10) Did it ali for love Phenomena II 5) G N' R Lies — Guns N' Roses
8) Tracy Chapruan
Tracy Chapman (0/11) FM 105
9) Amor ã arte Lulu Santos (10/1) 1) Caça e caçador Fábio Jr.
101 Ouro e cobre 2) Fui eu José Augusto ¦ Inglaterra
Alcione (9/5) 3) Baby can I hold you? Tracy Chapman
4) Vou de táxi Angélica 1) Somcthings gotten hold of my heart — ¦ Espanha
Fonte Nopem O primeiro número entre parênteses indica a 5) Ritual Wando Marc Almond 1) Descanso dominical — Mecana
6) Lua e flor Oswaldo Montenegro 2) Money for nothing — Dire Straits
colocação do disco na semana anterior O segrando, há quan-
taa semanas o disco está na relaçáo dos mais vendidos. 7) Bruta ansiedade Dominó 2) Belfast child — Simple Minds
mesmo nào seguidamente. Saíram Aquarela brasileira, Ro- 8) Chuva fina Robby 3) Love changes everything — Michael Bali 3) Cantame sevillanas — Maria dei Monte
berto Carlos e Carnaval doa baixinhos Entrou Marisa Mon-
te Voltaram Tracy Chapman e Obsceno
9) Se você disser que nào me ama 4) The living years — Mike & The Mechanics 4) Vienna concerto — Luís Cobos
Roberto Carlos
10) Sozinha Fafâ de Belém 5) Love train — Holly Johnson 5) Musica es — Eros Ramazzotti
Rio do Jnnolro — Soqundn-folra, 20 do luvorolro do 1000
A Semana
Encontro
O ministro da Fazenda, Mailson
da Nóbrega, recebe, às llh da
manhã, um grupo de empresários
da Fiesp, liderado pelo presidente
da entidade, Mário Amato. Será
uma oportunidade para mais uma
avaliação do Plano Verão, a par-
tir dos problemas detectados pela
iniciativa privada em sua cxecu-
ção. No encontro, o ministro,
certamente, receberá explicações
sobre a intenção de empresários
paulistas de aderir à greve geral
convocada pelas centrais e confe-
derações de trabalhadores, mar-
cada para os dias 14 e 15 de
março, manifestada, numa atitu-
de sui gencris, pelo próprio presi-
dente da Fiesp.
Missão Japonesa
Ainda hoje, o ministro Mailson
da Nóbrega recebe em audiência,
marcada para as 15h, uma missão
de 30 empresários japoneses que
estudam a possibilidade de novos
investimentos no Brasil. Às 16h,
os membros da missão se reúnem
com representantes dos governos
estaduais para avaliar as propôs-
tas de investimento de cada Esta-
do, em encontro coordenado pelo
secretário de Assuntos Interna-
cionais do Ministério da Fazenda,
Sérgio Amaral.
Ford
Robert F. Moglia, chairman
mundial da Ford New Holland
Inc., chega hoje para visitar as
empresas do grupo sediadas no
país, cumprindo o programa re-
guiar de visitas às unidades da
multinacional do mundo. No ro-
teiro, a fábrica de colheitadeiras
New Holland, em Curitiba, e a
fábrica de tratores e motores
Ford em São Bernardo do Cam-
po, amanhã.
ICMS
O Conselho de Política Fazenda-
ria (Confaz) se reúne amanhã às
10hs, em Brasília, para discutir a
questão da cobrança do ICMS
(Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços) pelos Es-
tados.
Constituição
Nilton Latorraca, principal sócio
da empresa de consultoria Price
Waterhouse, apresentará terça-
feira, às 12hs, no Hotel Cad'0-
ro,em São Paulo, o livro "A
Constituição do Brasil, 1988",
que comenta e compara a nova
carta à Constituição de 1967. A
obra, com mais de 1 mil páginas,
será lançada oficialmente na
quinta-feira.
Intervenção
O Conselho Monetário Nacional
(CMN), em reunião marcada pa-
ra o início da tarde, é o destaque
da agenda da área econômica na
próxima quarta-feira. O Conse-
lho se reunirá, como faz a cada
última quarta-feira do mês, para
discutir o levantamento do regi-
me de intervenção do Banco Cen-
trai sobre bancos estaduais, entre
eles o Banerj. A presença do
empresário Abílio Dtniz, que par-
ticipará do encontro na condição
de representante do setor priva-
do, apesar das pressões exercidas
por parte do ministro da Justiça,
Oscar Dias Corrêa, para que fos-
se excluído do CMN, promete
movimentar a reunião.
Anfitriã
Representantes de 14 países vêm
ao Brasil participar do Encontro
Internacional de Trabalhadores
na Indústria Automobilística, que
começa quarta-feira e vai até ao-
mingo. A Central Única dos taba-
lhadores (CUT) é a anfitriã e vai
receber trabalhadores estrangei-
ros e brasileiros no Instituto Caja-
mar, em Cajamar. a 40 quilõme-
tros da capital paulista
Nâo podo nor vondido sdpnrndnmonlo
ORNAIS DO BBASmwmmmsSSm^ km ^vblrílntti ^-r?*^ EBf7nf0M
¦w™« ©
Hortigranjeiros sobem até 400 % ^ ^J
FrlburaoFriburgo — Sonla D'Almolda
Carina Caldas
O tabelamento dos preços de 20
produtos hortifrutigranjeiros veio
cm boa hora. Desde o dia 14 dc
janeiro, quando começou o congela-
mento do Plano Verão, até a semana
passada, verduras, frutas c legumes
aumentaram até 400% na Ceasa
(central de atacado) do Rio de Janei-
ro. O saco de repolhos (30 a 40
quilos), por exemplo, disparou de
NCzS 2,00 teoricamente congelados
para os NCzS 10,00 no atacado, na
última quinta-feira. No mesmo pe-
ríodo, a couve-flor disparou 233% e
a beterraba 160%,
Apesar da entressafra de verão
causar, todo ano, disparadas nos
preços dos hortifrutigranjeiros, ago-
ra o impacto desses aumentos foi
muito maior, pois toda a economia
está mergulhada no congelamento.
Por isso, o governo, mesmo cons-
ciente da redução na oferta dos pro-
dutos, não hesitou em fixar, na últi-
ma quinta-feira, os preços para o
atacado e varejo em cada estado, a
níveis bem abaixo dos que vinham
sendo praticados.
Para se ter idéia de como as
margens praticadas por atacadistas e
feirantes estavam bastantes folgadas,
o quilo de berinjela saiu a NCzS 0,16
do Mercado do Produtor, em Nova
Friburgo (Estado do Rio), e foi ven-
dido a NCzS 0,25 na Ceasa, chegan-
do à feira livre a NCzS 0,70 na última Os produtores da região serrana trabalham duro mas reclamam que na Fora de vender ao atacadista não recebem o preço que merecem
quinta-feira. Ou seja, 377% mais fra, quando chega a nossa vez de.
caro. Os supermercados, por sua
vez, conseguem vender os hortifruti
formar os preços, por causa da oferta
reduzida", desabafou um agricultor
Aumentos no Plano Verão Atacado do Rio (Ceasa)
mais barato, porque compram direto "a
friburguense, enfatizando que Produto Origem
Preço Preço %
nas áreas produtoras, pagando em 30
culpa dos preços estarem altos no 14 jan 16 fev
dias (os atacadistas têm o mesmo
varejo náo é nossa". (congelado)
prazo).
Com a tabela válida para o Rio, Aos consumidores, que estão na Repolho saco 30/40 kg RJ/SP 2,00 10,00 400
outra ponta, resta lembrar que a Couve-flor grande unid. RJ 0,15 0,50 233
o campeão dos aumentos no conge-
lamento — o repolho — não poderá tabela inclui apenas 20 itens. Segun- Beterraba cx 22/24 kg RJ 5,00 13,00 150
do o governo, os demais produtos Cenoura A cx 22/25 kg RJ/SP/MG 6,00 13,00 116
ultrapassar NCzS 8,00 no atacado.
Para os consumidores, o alívio no deverão ficar congelados nos preços
Berinjela cx 10/13 kg
Abóbora kg RJ/SP/BA
RJ 1,50
0,15
3,00
0,30
100
100
bolso é ainda maior: no varejo, o de 14 de janeiro. Pura ilusão: a Pimentão A cx 10/13 kg RJ/SP/MG 4,00 8,00 100
preço é NCzS 0,39 o quilo, ao invés couve-flor, por exemplo, que está Melancia kg SP/GO 0,15 0,30 100
dos NCzS 0,80 cobrados nas feiras fora da tabela, custava NCzS 0,15 Melão cxla. 15/16 kg RN/PE/BA 6,00 12,00 100
livres na semana passada. (unidade) na Ceasa, no primeiro dia Batata doce cx 22/24 kq RJ/SP 6,00 11,00 83
Mas os produtores da região de do congelamento, mas chegou a Vagem manteiga cx 17/20 kg RJ/ES 5,00 8,00 60
NCzS 0,50 na semana passada. Na Abobrinha cx 20/22 kg RJ 5,00 8,00 60
Pati do Alferes e os de Nova Fribur- Tomate AA cx 23/25 kg RJ/SP/MG 15,00 23,00 53
feira, a cotação era NCzS 1,00. Pare-
go exorcizaram o tabelamento. Eles Batata comum saco 60 kg SP/PR/MG 17,00 25,00 47
alegaram que terão prejuízos, pois ce impossível achar que o mercado Banana prata 13/18 kg RJ/SP/ES/BA 2,50 3,50 40
voltará agora, em um passe de mági- Alface 3/4 dz RJ 3,50 4,00 14
serão pressionados pelos atacadistas
baixarem os preços na lavoura. ca, aos NCzS 0,15 do começo do Chuchu cx 23/27 kg RJ
4,50 5,00 11
para
"Justamente na época
da entressa- Plano Veráo. Fonte: Pesquisa e Sima (Sistema Nacional de Informação de Mercado Agr(cola)
O oneroso passeio da lavoura à feira
Às oito da noite, na última terça- Brasil), a cotação subia para NCzS
feira, o produtor vendia o quilo do
repolho a NCzS 0,17 para os ataca-
VmWSri>,^&lÍÍWBjg^
0,38 e nas barracas da feira do Le-
blon, saltava para NCzS 0,80. Um
distas, no Mercado do Produtor do
Médio Paraíba, em Pati do Alferes
amargo aumento de 248%. No mes-
mo caminho, o quilo da vagem man-
£^§MMÍ^WBr^BBlB^5BBBBm^SBSBH^^ mm^^mmf^^r' '
(interior do Estado do Rio). Che- teiga ficou mais salgado, passando
iiiiflli^
gando na Ceasa (central de atacado, de NCzS 0,33 para NCzS 0,80 (142%
na Avenida Brasil), o preço subia JBftJÉHl nPfSÉffiBl rftBmBr%miTr BBBBI Bâffiltfrfflrl Brrui '• mmmmSMã^^SWF^ÊS^jt^i^ ^^\*»- ¦
a mais nas feiras).
para NCzS 0,29. E, na quinta-feira, A diferença entre o preço da lavoura
chegava a NCzS 0,80 na feira-livre, e o da varejo causou espanto para
no Leblon. Ou seja, em apenas dois leda Martins Silva, de 34 anos. No
dias e no percurso de 300 quilõme- meio da plantação de chuchu, em í ¦-..*. •-3^-bBhH BB BÜf vim mm
tros, o repolho foi engordado com Teresópolis, onde trabalha com o í-^fcSti» v--' k>ri@B P^^^lBr1^ / % •¦ KwE»*
uma inflação de 370%. marido, a sogra, os cunhados e os
sobrinhos —, leda contava que en- ¦RS BI INi B^Ai f', \«Hir' - BüS BfeRSIPÉ^ 1' à
À primeira vista, podia parecer Bff^fcsflJ BB^^i-ljjs^^^^BBB^jpSJSfc^mv^J^Ss BB^^
•''^BB^BBBSfai^si^K'
^§^ç£. ^aiB^Brô ..¦¦•¦-:-¦¦ ju£3£:-> BB B^WBlBTig^jfèssSiri^&^tv. n-,
que essa situação era específica do controu o quilo do produto a NCzS
produto e da região. Mas, uma visita 0,88 em um supermercados da cida-
ao Mercado do Produtor da Região de. "Mas o que plantamos foi vendi- Í^^bíftfcV^f*?t?^flMtlB^í' il^ilfc^
Serrana, localizado em Nova Fribur- do a NCzS 0,20".
¦'¦'>-'-m^i^l
• >* s' ^r^^i.
w^^HPwJílr^^^B^KaBBBBP*^"¦'¦¦"'*''¦•':':- w- :^w*^|W ;SívBbPMS1mwhsÍ^
ÉisP^ mWí
go, (na estrada que liga a cidade a No mercado de Friburgo, as co- "- >>'.-.
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"Sr f^TT?»iriHIff^WfflrnffTl
>wNv~ •^mw^ÊmW ¦> > ^^á
^-. |ra| •:¦ f
Teresópolis), foi suficiente para des- tações na última quarta-feira esta- -¦< .J^MJu. | ¦M^mT^S^ÊÊ
cobrir que a disparada entre a cota- ^^^¥^^^^>^mmmè^-~-J^^-\ /<™»t/*fwSH^P.v :í^?BI^^^^^^M£^?CxlJfc«^: ?^^:\-;^ 'ils«lgaKj<
.J-i &Jm mamm
¦¦ >.:¦:¦¦. xyjsjBW'Ji'^v .
vam bem próximas das praticadas w. --:* ?^&-¦^¦•¦•^'¦* —^:~ mmFJMO BBrBB BR
ção da lavoura e a do varejo se pelos atacadistas na Ceasa. Para os
repetia também no caso do aipim, ¦• ^^wBJ jgBr '^SÍL** **-f.' .jm*£r *
pouco entendidos no negócio, a im- £' '^Y:ji&- MmJzJÊmA Blrfe \m3 jBt í*BB BB
chuchu, beterraba, pepino, batata pressão era de que os compradores
doce e diversos outros produtos. Na
descida da serra, até chegar às feiras
estavam trabalhando quase de graça,
vendendo vários produtos no Rio
livres, os aumentos, na semana pas- pelo mesmo preço pago em Fribur-
sada, variaram, no mínimo, 109%.
go. Mas, na verdade, os mais expe-
Com isso, o quilo do tomate chegou rientes explicavam que os preços dos
ao varejo a NCzS 1,60 e o do pimen- atacadistas da Ceasa sáo formados leda Martins, que ajuda o marido a plantar chuchu, se espanta com o aumento do preço na feira
tão, a NCzS 1,80. por uma mistura das cotações dos
Quem ganha — Em ambos produtos vindos náo só de diversos Essa foi a frase mais ouvida tanto em
mercados (criados pela Ceasa, para pontos do Estado do Rio, como Pati quanto em Friburgo. Eles alega- Caminho dos preços
agilizar e aprimorar as condições de também de São Paulo (principal- ram que não há como reduzir os
"O congelamento
comercialização dos hortifrutigran- mente), Minas Gerais, Espírito San- preços. para nós Produto Nova Pati do Ceasa. Feira %
to e outras regiões. náo saiu do papel. O adubo custava
jeiros), não era difícil destinguir os Friburgo Alferes Rio Zona
produtores dos atacadistas. Os pri- Assim, se eles pagam caro em NczS 7,50 na semana passada, mas Sul/Rio
meiros eram sempre os mais magros, Friburgo, compensam com produtos hoje já está a NCzS 9,00 à vista",
dia 16
vestidos com roupas simples e calça- mais baratos trazidos dos demais revelou Clementino Rosa, produtor
dos gastos. Os outros, mais robustos, estados. "Mas a margem deles sem- da região de Vassouras.
Berinjela kg 0,16 - 0,25 0,70 337
com relógios e até cordões de ou- pre é bem gorda. Na época de safra, Ao contrário de tantas justificati-
ro."A gente é que tem o trabalho, então, nem se fala, porque a gente vas, os atacadistas que circulavam Pepino kg 0,13 0,25 0,26 0,50 285
mas na hora de vender, náo recebe o tem de vender por qualquer preço",
pelos dois mercados náo se preocu- Abobrinha kg 0,38 0,23 0,38 0,80 248
que merece", reclamava um agricul- revelou um produtor da região, que pavam em explicar o porquê dos
"Sabe
tor de Vassouras. Assim como ele, preferiu náo se identificar. aumentos. Aguinelo Pontes, comer- Pimentão kg 0,63 0,54 0,73 1,80 233
quase 3.000 produtores de Pati, Vas- como é. Náo tem jeito, a gente ciante de Nova Iguaçu, na Baixada 0,27 0,70 218
Aipim kg 0,22 -
souras. Paraíba do Sul e Miguel precisa deles". Já Hélio Cunha, Fluminense, limitou-se a dizer que
Pereira vendem sua produção a cer- grande produtor de Friburgo, não estava trabalhando e por isso, mere- Chuchu kg 0,20 - 0,20 0,50 150
ca de 27 atacadistas cadastrados pelo hesitou em reclamar que "o produ- cia ganhar dinheiro. Assim como 0,45 0,80 142
Vagem mant. kg 0,44 0,33
Mercado do Médio Paraíba. tor vende fiado, porque só recebe 30 ele. na feiras livre do Leblon, na
dias depois". Com isso, segundo ele, última quinta-feira, os barraqueiros Tomate kg 0,92 0,67 1,00 . 1,60 139
Depois dc muita conversa e con- "até lucro financeiro
tas, os produtores dc abobrinha da ganham nas admitiam que os preços estavam ai- Beterraba kg 0,60 — 0,60 1,40 133
região conseguiram NCzS 5.00 pela nossas costas". tos, mas não assumiam culpa algu-
caixa com cerca de 21 quilos. Assim, Para engrossar a choradeira ago- ma. É a velha história de ser mero Batata doce kg 0,43 — 0,50 0,90 109
"Tá
o quilo do produto saiu de Pati a ra, veio o tabelamento. "Ele veio repassador de preços. tudo mui- _
NCzS 0.23. Nos boxes dos atacadis- justamente na hora que a gente esta- to caro na Ceasa". concluiu um ven- Obs: O percentual fei obtido comparando-se o menor preço da área de produção com
tas. na Ceasa (em Irajá. na Avenida va conseguindo preços melhores." dedor de cenouras. os praticados na feira livre.
2 ? Economia ? segunda-feira, 20/2/89
Aviação
O desafio soviético
A União Soviética inicio» os testes de uma
nova gernçSb de aeronaves comerciais que se
coloca entre as mais modernas cio mundo. Os
aparelhos cm questão deverão entrar em opera-
çao na década cie 90 e poderão alterar totalmente
o conceito atualmente existente sobre os aviões
soviéticos.
A nova safra se caracteriza pelo ayánçadíssi-
nio estágio! tecnológico, por um novo padrão de
Construção e acabamento e por oferecer custos
-de operação, ao menos teoricamente, bastante
competitivos.
'cidos Os aviões comerciais soviéticos eram conhe-
até agora por suas turbinas ruidosas e
,,sedentas, pelo elevado peso estrutural e pela
necessidade de atenções técnicas permanentes.
Além disso, sua economicidadc era inaceitável
para padrões ocidentais, e o apoio pós-venda era
muito criticado pclos compradores. Embora seu
"preço de aquisição
fosse muito baixo, as aerona-,
ves não eram nem mesmo homologadas por
órgãos europeus ou americanos.
As dificuldades eram tantas que empresas
aéreas da Alemanha Oriental, Polônia c Hungria
começaram a adquirir, no ano passado, produtos
da Airbus Industrie e da Boeing. Mas os soviéti-
cos, em plena era da distensão política, tomaram
consciência de suas limitações c resolveram recu-
perar o espaço e o tempo perdidos.
A defasagem tecnológica de vários anos,
que era flagrante no 1L-62, An-24 e mesmo no
"wide-body" IL-86, começa a ser compensada.
Um dos fatores que limitava o desempenho
dos aviões soviéticos era a inexistência de turbo-
, fans de alta taxa de diluição. Este tipo de turbina
tem como características o pequeno consumo
específico, elevado empuxo e o baixo nível de
ruído.
Há pouco anos surgiu o primeiro turbofan
"by
local com três eixos, taxa de pass" alta e,
surpreendentemente, com baixíssimo consumo,
que logo foi seguido por outro semelhante mas
de empuxo menor.
Os instrumentos eletrônicos de bordo, ou-
tro grande avanço dos últimos anos na aviação,
foram também desenvolvidos na União Soviéti-
ca, onde hoje existem válvulas catódicas de
última geração. Na área da aerodinâmica, os
perfis supercríticos e winglels foram adotados e
incorporados nos novos projetos.
Como resultado deste somatório de inova-
ções no início da década de 90, a empresa estatal
Aeroflot vai iniciar a operação com aviões que
nada devem aos modelos ocidentais.
O IL-96-300, por exemplo, c um wide-body,
de longo alcance da classe dos Airbus A-340. Só
que o aparelho soviético deverá entrar cm servi-
ço dois anos na frente do avião ocidental.
Na categoria de médias distâncias, o TU-
204 surgirá na categoria do Boeing 757, sendo no
"cockpit" c asas mais
^entanto mais leve, tendo
avançadas e controles de vôo eletrônicos (fly by
, ivire que só são encontrados no Airbus A-320. O
TU-204. além do mais, terá a fuselagem mais
larga, permitindo colocar poltronas mais amplas
' de que as do 757. Desta maneira, os proletários
voar com mais conforto que
Socialistas
'os poderão
executivos capitalistas.
Em aviação comercial, entretanto, além do
bom produto, é necessário oferecer preços com-
¦ que forçou a demissão de vários membros do
petitivos, bons financiamentos e exemplar apoio
após a venda. Nos dois primeiros itens, os
soviéticos sempre se destacaram.
Na área de apoio pós-venda, as fábricas da
União Soviética ainda vão ter que melhorar
muito. Uma outra dificuldade seria a homologa-
ção ocidental dos aviões. Mas, para um país que
abre suas bases de lançamento de espaçonaves a
jornalistas americanos, isto deverá ser apenas
uma formalidade técnica.
Como se vê, se os soviéticos tomarem uma
decisão comercial firme, poderão expandir seus
mercados para aviões civis em vários países
ocidentais.
Vale lembrar que há 12 anos a Airbus
Industrie tinha vendido apenas 30 aeronaves e
tentava efetuar seu primeiro negócio nos Estados
Unidos, oferecendo apenas um produto. Hoje, a
Airbus já colocou mais de mil aparelhos de
. diferentes tipos em todo o mundo e diluiu a
hegemonia da indústria aeronáutica americana.
Na segunda metade da década de 90 os
soviéticos, caso se adaptem às condições merca-
dológicas, poderão apresentar um desafio comer-
ciai difícil de ser imaginado até há pouco tempo.
Aero News
.¦ A VASP vai exportar o primeiro de seus dois
Boeing 727-200 em meados de março. O trirrea-
tor vai ser substituído por 737-300.
¦ A Lufthansa tornou- atuais DC-10 nas rotas
se o cliente de lança- para a América do Sul,
mento do quadrirrea- Extremo Oriente e
tor Airbus A-340 ao as- América do Norte. As
sinar o contrato final entregas deverão ser
de aquisição de 15 iniciadas em setembro
aviões, com opção para de 1992, e os A-340
mais 15 aparelhos. O terão configuração in-
negócio tem o valor terna em duas classes
aproximado
aprox de 1>S$ 3 para 300 passageiros e
ilhões, e os novos com três classes para
bilhõe
aviões substituirão os 222 pessoas.
¦ O Cte. Edgar de França Batista continua em
sua luta para reavivar a Aerotáxi Vitória. Sua
tenacidade merece o devido reconhecimento.
¦ A Pan Am está ofe- A promoção, válida até
recendo às crianças 16 de março, destina-se
que viajarem nas li- apenas a uma criança
nhas domésticas ameri- por adulto que voe em
canas passagens grátis. classe econômica.
¦ O mercado mundial de helicópteros civis, que
- sofreu uma séria retração nos últimos anos,
começa a mostrar sinais de recuperação. O
-emprego das aeronaves de asas rotativas começa
a se estender a diferentes áreas de atuação,
""'deixando de se concentrar
quase que exclusiva-
mente no apoio de prospecçáo de petróleo.
¦ Outro setor que co- dos 1.143 aviões execu-
meça a se recuperar é o tivos, 424 dos quais ex-
de aviões executivos. portados. A composi-
Nos Estados Unidos,
ção das vendas, entre-
.em 1988. pela primeira tanto, está-se alteran-
vez em 10 anos, a pro-
dução de aviões leves do, e os monoinotores
estão perdendo sua an-
jtresceu em relação ao
"ano
anterior. No últi- tiga posição de des-
mo ano foram fabrica- taque.
Mario José Sampaio
'perestroika'
A brasileira
Francisco de Assis Moura de Melo
Não bastam medidas fortes de desindexa-
ção da economia. O controle definitivo do
processo inflacionário requer determinação
nas áreas ficai e monetária, principalmente na
primeira, porque a política de juros altos tem
fôlego curto. Os avanços são tímidos, tanto na
eliminação dos incentivos e subsídios quanto
no enxugamento do aparelho burocrático. A
imprensa tem destacado o affair da Medida
Provisória n° 33 (que determina a demissão de
60 ou 80 mil funcionários públicos sem a
estabilidade garantida por dispositivo constitu-
cional), cujos efeitos no déficit público não são
substantivos, mas é essencial para a coerência
do programa e sua credibilidade.
* De um lado, apontam-se inconvenientes
da medida para o bom funcionamento de
vários órgãos públicos. De outro, o governo
sente-se na obrigação de proceder ao corte de
pessoal para não pôr em lisco o Plano Verão.
A sociedade, de acordo com as pesquisas de
opinião, quer a redução das despesas do
governo.
Importa, tão somente, analisar este pro-
blema, de complexidade incomensurável, com
isenção. A imprensa tem destacado casos
extremos de órgãos que simplesmente deixa-
riam de funcionar se fosse consumada a demis-
são. Mas, ao mesmo tempo, surgem argumen-
tos emocionais e incoerentes. É difícil, à
primeira vista, entender que o IBGE ameace a
sociedade de ficar sem os resultados do PIB,
Programa
Saulo Krichanã Rodrigues
Marcelo Peron Pereira
O Plano Verão padece de um proble-
ma bastante sério, qual seja, o lato de
não contemplar um horizonte médio e
longos prazos para economia brasileira.
Repete, assim, o equívoco básico dos
planos anteriores, uma vez que nossa
inflação não pode ser diagnosticada como
função de variações conjunturais da liqui-
dez do sistema econômico e nem mesmo
de flutuações do nível de atividade, como
é o caso dos ciclos curtos de negócios das
economias desenvolvidas. Nosso caso
presta-se, portanto, muito pouco à tera-
pêutica monetarista, que foi elaborada
para aquelas condições, mesmo que ela
venha associada a práticas heterodoxas,
como o recurso à política de rendas. O
insucesso dessa receita, que preserva a
idéia segundo a qual o caminho para
baixas taxas inflacionárias passa por um
plano de estabilização aplicado isolada-
mente, nos autoriza a pensar em alterna-
tivas algo distintas, subordinando o ajus-
te de curto prazo a um programa que vise
recuperar a taxa agregada de investimen-
to e a formação ae capital privado.
Esse programa poderia apresentar as
seguintes linhas gerais:
a) Dado que as empresas privadas estão
extremamente líquidas, o governo pode-
ria incentivar a alavancagem de seus
recursos próprios. Durante cinco anos,
por exemplo, os investimentos com re-
cursos das próprias empresas poderiam
sofrer abatimentos de Imposto de Renda
de 100% no primeiro ano, caindo até
zero (redutor de 20% ano); b) Ainda no
sentido de incrementar a taxa agregada
de investimento, o governo poderia ado-
tar uma taxa cambial valorizada para
efeitos de importação de bens de capital e
insumos intermediários náo-produzidos
no Brasil. Note-se que, de um modo
geral, os nosso ciclos de investimento
tendem a aumentar a propensão a impor-
tar da economia, uma vez que não possuí-
mos um esquema autônomo de geração
de tecnologia. O câmbio valorizado so-
mente seria um indutor a mais, no senti-
do de baratear em moeda nacional o
custo da atualização tecnológica que o
país fatalmente terá que fazer para se
colocar em condições adequadas ae com-
titividade no mercado internacional; c)
oderíamos pensar também em outros
mecanismos, como o investimento direto
sem cobertura cambial, adotado com al-
gum,sucesso no passado.
É evidente que um programa deste
tipo requer outras medidas. Por exemplo,
o crescimento da Formação Bruta de
Capital Fixo (FBCF) aumentará o nosso
nível corrente de absorção doméstica,
fazendo com que se reduzam nossas ex-
portações líquidas. Esse efeito diminuirá
a capacidade de pagamento da dívida
externa no curto prazo. É então manda-
tório obter de nossos credores o reescalo-
namento da dívida, que contemple um
período de carência para efeitos de paga-
mento de encargos. A atratividade que
seria possível oferecer aos bancos, consis-
Estante
Mais inflação
A edição recém-
lançada da Revista de
(1 Hnnwdr «
Economia Política (vo- • fcCOfUHUUl
lume 9, número l, Ja- Fblilicii
neiro-março de 1989)
abre suas páginas com
um excelente artigo de
André Lara Resende,
da PUC-Rio, que ofere-
ce uma análise da infla-
çáo cm dois níveis, um
conceituai, outro histó- "IP
rico. O primeiro é uma
classificação dos processos infiacionários — a
definição de "inflação moderada", "inflação
crônica" e "hiperinflaçáo" — na qual se discu-
tem algumas questões essenciais, como as
exatas relações entre déficit público e alta de
preços.
O segundo nível de análise, o histórico,
mostra, de um lado. as principais característi-
cas das recentes inflações latino-americanas.
Lara Resende discute, por exemplo, a diferen-
ça entre as inflações dos anos 50 e t>0, conse-
quéncia das pressões do esforço de industriali-
zaçáo acelerada, c as mais contemporâneas,
resultantes, basicamente, da necessidade de
calculados pelos métodos convencionais de até
então, caso perca 1H funcionários públicos,
quando o quadro do instituto tem 13 mil
(JORNAL DO BRASIL —22.01.89). Adicio-
ne-se que um número expressivo de economis-
tas desenvolve estudos na área de contabilida-
de nacional há mais de cinco anos, estando
excluídos do âmbito das demissões.
Argumentos falsos só dificultam o esclare-
cimento dos fatos. O desperdício de recursos
no setor público brasileiro, com poucas exce-
ções, é de grande monta. Portanto, é razoável
admitir redução de despesas sem o comprome-
timento dos serviços. A redução de despesas
não implica necessariamente demissão de pes-
soai, particularmente da área técnica. A ques-
tão é outra. Tampouco é falta de treinamento,
de reformas administrativas, etc. A questão í
que não há, no setor público brasileiro, a
faculdade de administrar.
Administrar e administrar na escassez. É
alocar e realocar recursos escassos de acordo
com os objetivos. As interferências e o impé-
rio da politicagem impedem o exercício dos
princípios da boa administração no serviço
público. Esses males, exasperados nos últimos
anos, levam o setor público brasileiro, inexo-
ravelmente, à degradação. A Medida Provisó-
ria n°33 é um impulso adicional nessa direção,
que se soma à política de redução de salários
(suspensão da URP no início da fase feijão
com arroz). Essa última se mostrou inviável,
contrariando a linha do ministro da Fazenda:
"Não é de nossa cultura demitir." O dispositi-
de superação
tiria assegurar capacidade de geração de
recursos, dado que contaríamos com um
programa de investimento consistente,
atualizado tecnologicamente, aumentan-
do nossa capacidade de produzir e com-
petir nos mercados interno e externo.
Nesta negociação, além da certeza do
aumento da capacidde de geração de
recursos (elemento fundamental quando
se fala em termos de risco de crédito)
estaria garantida a definição de uma
política de exportações que não sofresse
soluções de continuidade. Este esquema
teria, também, a vantagem de aliviar a
pressão financeira sobre o setor público,
que é o maior detentor da dívida externa.
Este fato é básico porque, no curto
prazo, a arrecadação será impactada pelo
incentivo aos investimentos via abatimen-
to de Imposto de Renda, dada a redução
da relação produto-capital, que sempre
acompanha o aumento da taxa agregada
de investimentos.
Negociada a carência do serviço da
dívida externa, o governo deveria voltar-
se para outros problemas de grande im-
portância, em particular, o seu endivida-
mento doméstico. Uma sugestão seria a
criação de um bônus de saída da dívida
interna, que tivesse as seguintes caracte-
rísticas: a) O atual estoque da dívida
interna seria convertido em bônus de
maturação mínima de cinco anos, ren-
dendo juros anuais de aproximadamente
3%; b) Sendo irresgatável neste período,
quem quisesse reaver o principal iria ao
mercado secundário; c) A nível operacio-
nal as bolsas de valores poderiam ser
utilizadas para efeito de negociação. Essa
solução não é tão estranha quanto apa-
renta. Afinal, o governo não tem hoje
qualquer possibilidade para resgatar sua
dívida com os tomadores de seus títulos.
Ou seja, ele está simplesmente interme-
diando a poupança dos agentes privados.
Pode-se, pois, eliminar esta intermedia-
ção, criando-se condições para o sanea-
mento financeiro do governo e melhoria
da geração futura dos recursos necessá-
rios para o resgate da dívida interna.
Cumpre ressaltar que é bem possível que,
no curto prazo, muitos agentes privados
venham a sofrer perda de capital, na
ânsia de sair do papel (mercado vende-
dor). Daí a necessidde de promover um
sério ajuste fiscal, objetivando recuperar
a carga tributária líquida. Parte deste
efeito seria obtido na medida em que se
renegociasse a dívida externa. Agregan-
do-se, ainda, a redução de subsídio e
transferências não-transparentes e a revi-
são da estrutura tarifária atual, de modo
a recuperar a capacidade de auto-
financiamento das empresas estatais, o
governo criaria condições de honrar o
juro de seu bônus, permitindo a recupe-
ração das perdas iniciais dos tomadores
de seus títulos.
Desonerado o setor público de uma
série de pressões financeiras e operacio-
nais, passa a ser prioritário discutir qual é
o tamanho adequado e em que setores
deve atuar o governo, ou o que se deve
fazer com a sua estrutura de ativos.
Afinal, após estar equacionada a geração
gerar enormes excedentes no comércio exter-
no para pagamento do serviço da dívida ex-
terna.
De outro lado, nessa mesma classificação
histórica. Lara Resende mostra como se modi-
ficaram as teorias — a macroeconomia da
inflação — e, naturalmente, as terapias indica-
das e experimentadas.
Lara Resende não é um mero espectador
da recente história econômica do país. É um
dos atores principais, primeiro na condição de
um dos autores da teoria da inflação inercial e
do choque heterodoxo: e. depois, como mem-
bro da equipe de governo que formulou e
aplicou o Plano Cruzado, de fevereiro de 19S6.
Essa circunstância dá ao artigo, tão curto (12
páginas) quanto preciso, um sentido de reava-
liação crítica.
A teoria heterodoxa ainda não completou
dez anos, mas já fez história real, especialmen-
te na Argentina, no Brasil e em Israel. Funcio-
nou, até aqui, apenas em Israel, e assim
mesmo na terceira tentativa de estabilização.
Os latino-americanos acumularam fracassos.
Essa variação de resultados, embora implique
sofrimentos para argentinos e brasileiros, tem
um aspecto positi\o para a teoria: a compara-
çáo permite uma avaliação do que funciona e
do que não funciona.
vo constitucional da estabilidade do funcioná-
rio público é também altamente nocivo ao
funcionamento dos órgãos governamentais.
No momento, é imperativa a atuação do
governo para consolidar o plano de estabiliza-
ção. A sociedade exige uma conduta de auste-
ridade do setor público. Mas a sociedade quer
os serviços públicos prestados com o mínimo
de eficiência. Não quer a demissão dos compe-
tentes, mas a exclusão dos que nada produ-
zem, dos "fantasmas", dos que têm dois, três
empregos. Quer reduzir, eficaz e inteligente-
mente, os gastos públicos. A Medida Provisó-
ria n" 33 não é eficaz, nem inteligente. Como
sair do impasse?
A curto prazo, o Executivo tem um cami-
nho forte. Forte como convém á política fiscal
do Plano Verão e ao necessário ganho de
credibilidade. É pleitear, e conseguir, do Con-
gresso Nacional, os dispositivos legais para
reduzir o pessoal do setor público (ou as
despesas) em 10%, mediante critérios de com-
pctcnciã e de produtividade. A condição ne-
cessária é a eliminação temporária da restrição
da estabilidade. O resultado não seria perfei-
to, pois há problemas de definição de critérios
e de "quem demite quem", mas certamente
muito superior à demissão indiscriminada da
Medida Provisória n" 33. A médio prazo,
torna-se necessária uma perestroika para o
setor público brasileiro.
Francisco do Assis Moura do Melo 6 economista o
pesquisador do IBMEC
da crise
de recursos do setor público, segundo a
estrutura real de preços (no caso da área
empresarial do governo) e segundo uma
política fiscal conseqüente nos setores
tradicionais, é que se pode saber até que
ponto a crise observada e diagnosticada
por todos é decorrência da inapetência
dos gestores da coisa pública, ou se é
função de trnsferências implícitas de re-
cursos ao setor privado. Não se pode ter
ilusões quanto a este aspecto, já que
parte significativa da boa performance
presente ao setor privado decorre da
transferência de recursos do setor públi-
co, em particular através da política tari-
fária das estatais.
Concluindo, caberia tratar de um últi-
mo aspecto, qual seja, o fim da indexa-
çáo. Se o programa proposto fosse segui-
do com determinação haveria, segura-
mente, uma redução nas taxas inflacioná-
rias ao longo do tempo, uma vez que se
estaria agindo sobre as suas causas e não
sobre os seus efeitos. Assim, seria possí-
vel desindexar o sistema econômico, pro-
tegendo-se apenas e tão somente contra-
tos de longo prazo de maturação, sem o
poderia haver dificuldade de geração
e funding desta natureza (prática esta
3ue
que poderá ser superada quando estiver
consolidada uma situação ae inflação bai-
xa). Não há dificuldade de se defender a
tese de que, inscritas em um horizonte de
tempo dilatado, as políticas de combate à
inflação geram muito menos incertezas e
resistências, posto que nesta circunstân-
cias há maior flexibilidade para se admi-
nistrar as perdas de renda a elas associa-
das. Não se deve esquecer, ainda, que
sendo a indexação um componente
cultural na conduta dos agentes, a mesma
não pode ser eliminada de um dia para o
outro. A racionalidade destes agentes
está fundada neste elemento. É preciso,
portanto, que os mesmos tenham tempo
suficiente para readequar sua conduta a
uma situação nova. Ou seja, da estabili-
dade da média de preços. Se não houver
esta mudança cultural, se os agentes não
se aperceberem de que não há necessaria-
mente perdas por não se estar acompa-
nhando uma variação média de preços,
estaremos simplesmente trocando meca-
nismos formais de indexação por algum
outro instrumento informal, como é o
caso da taxa de câmbio na Argentina.
Como se vê, não há mágicas que condu-
zam de um extremo a outro, mas sim um
processo de transformação que deve ser
introjetado pelos agentes. Caso contra-
rio, toda medida está fadada ao insuces-
so, como se pode observar por nossa
experiência recente. Daí porque, para
nós, dificilmente o Plano Verão escapará
de ter o mesmo destino que seus anteces-
sores: falta um horizonte de médio e
longo prazo, sem os quais não há como
distribuir o ônus asociado à superação do
processo inflacionário de modo ade-
quado.
Saulo Krichanã Rodrigues 6 professor da PUC-SP e
diretor do Banespa.
Marcelo Peron Pereira é mestrando de Sociologia da
USP e assessor da Vice-Presidència Geral do Ba-
nespa.
Em resumo, Lara Resende mostra como
as teorias e práticas ortodoxas fracassaram no
início dos anos S0. quando a inflação crônica
resistiu à redução do déficit público. Da crítica
aos processos de estabilização ortodoxos nas-
ceu a heterodoxia, com a prática recente que
conhecemos. Tudo considerado. Lara Resen-
de propõe como terapia das inflaoes crônicas:
eliminação do componente institucional
de inércia, pela conversão dos contratos para
uma nova moeda, preservando-se os valores
reais médios:
eliminação do elemento de expectativa
da inércia, por meio de âncoras nominais,
como a taxa de câmbio, salários e preços-
chaves:
Rigoroso controle monetário através de
limites nominais para a expansão do crédito;
Redução do déficit público. Lara Re-
sende comenta que . embora o déficit nào seja
sempre a principal causa da inflação crônica,
em estágios mais avançados, qualquer déficit,
por menor que seja, torna-se não-financiavel.
A falta de recursos para o financiamento é o
caminho p.ira a hiperinflaçáo.
Os dois primeiros componentes são hete-
rodoxosros dois últimos, ortodoxos. Para Lara
Resende, "há consenso sobre " a complementa-
ridade dos dois elementos
JORNAL. DO BRASIL
Destaque
BusmessWeek
Fim da
gorjeta
Os guardadores de carros breve, breve vão
ser personagens do passado se uma empresa
de BeverlyJ no estado de Massachusetts
(EUA), tiver muitos seguidores] Ela inventou
nada mais nada menos que o edificio-garage
totalmente automatizado. \
O sistema funciona mais ou menos assim:
o motorista chega à garagem, posiciona o
carro cm um elevador automático, no qual
insere um cartão magnático. O elevador leva
ao carro até um dos andares e uma plataforma
controlada eletronicamente remove o veículo
até a vaga.
Ouando o motorista retorna para apanhar
o carro, basta inserir novamente o cartão
magnético na fenda junto ao elevador para
saber de quanto é a despesa. Se quiser pode
pagá-la com cartão de crédito e tão logo a
operação é processada, o veículo é trazido até
o térreo.Sem ser preciso dar qualquer gorjeta.
A Transpark, empresa que inventou a
garage automatizada, calcula que a instalação
de um edifício garage totalmente automatiza-
do para 600 veículos custa entre US$ 8.500 e
US$ 12.500 (edição de 30/1)
FORTUNE
Franquia em alta
Este poderá ser o ano das franquias. Em
1988. bens e serviços vendidos através do
sistema de francliise tiveram um aumento de
30% em relação a 1984, pelos cálculos do
Departamento americano de Comércio.
Atualmente. 34% de toda a venda a varejo nos
Estados Unidos são feitos através de contratos
de franquia.
A empresa de pesquisa Nasbitt Group,
que prevê tendências econômics, acredita que
no ano 2.000 essa porcentagem se elevará para
50%, na medida em que as empresas começa-
rem a utilizar o sistema de franquise para
cortar custos com suas folhas de pagamento
(edição de 30/1)
2% jWeUí Jfjork Simc 0
'Insider
trading'
O governo japonês regulamentou pela
primeira vez o tipo de informação que as
empresas devem tornar pública para não pre-
judicar os investidores. O debate durou vários
meses e a legislação entrará em vigor a partir
de 1° de abril.
A regulamentação é bastante detalhada e
procura antecipar todas as possibilidades em
que a chamada informação de cocheira é
sussurada para clientes especiais ou associados
a fimde lhe permitir lucros extras com base
nesse conhecimento ignorado pelos outros
investidores.
A base da nova lei é. porém, simples e se
cia estivesse vigorando teria evitado os muitos
problemas causados pelo escândalo Recruit.
governo, envolvidos na difusão de informa-
ções confidenciais para políticos e empresários
amigos.
Depois de Io de abril, será terminante-
mente proibido que empregados de empresas
japonesas divulguem informações relaciona-
das com seus trabalhos até que elas tenham
sido disseminadas em pelo menos dois meios
de comunicação: jornais, rádio ou televisão.
Os não-empregados, no entanto, podem levar
em conta boatos ou notícias não confirmadas
publicadas por um único veículo (31 de ja-
neiro)
Tive Economis t
Cortando custos
Em julho próximo, o governo sandinista
da Nicarágua completará dez anos. mas em
janeiro passado o presidente Daniel Ortega
deu mostras de que os revolucionários que
derrubaram Anastasio Somoza estão prontos
para experimentar os efeitos do capitalismo e
das forças do mercado.
No ano passado, a inflação aproximou-se
de assustadores 30.000% anuais, o déficit
comercial chegou a USS 600 milhões e o PIB
caiu 9%.
F. verdade que boa parte desses desfortúnios
pode ser atribuída aos percalços da mobiliza-
çáo militar contra os contras e ao embargo
americano. A Nicarágua está impedida de
fazer importações para tocar a economia.
Em discurso antecipando o novo plano
econômico, o presidente Daniel Ortega foi
claro: a Nicarágua tem que reduzir o gigantes-
co déficit público e o corte de 40% será feito
nas estatais, no funcionarismo público, com a
dispensa de 60.000 servidores (edição de 4/2).
O artigo foi escrito antes do Plano Verão
— em relação ao qual, aliás. Lara Resende e
bastante crítico. Em todo caso. como a infla-
ção ou as tensões inflacionárias são fenômeno
permanente das economias atuais, o tema
continuará por muito tempo na ordem do dia.
Lara Resende é contra o congelamento.
Intrigante — Outro artigo interes-
sante de Economia Política é o do professor
Ignácio Rangel, do BNDES, que gosta de
intrigar seus leitores com a defesa de teses
normalmente consideradas progressistas, com-
binadas com outras que passám por conserva-
doras. No caso, a reforma agrária mais a
priv atização dos serviços públicos. lista última
tem atraído atenções de políticos e empresa-
rios.
A revista publica ainda o documento Para
a superação da crise, coordenado por Hélio
Jaguaribe e com a participação de Edmar
Bacha. W inston Fritsch e André Lara Resen-
de. O texto foi apresentado em seminário do
partido dos tucanos.
Economia Política e distribuída pela Edi-
tora Brasiliense.
Carlos Mbvrto Sardenberg
JORNAL DO BRASIL
Brasil quer garantir US$ 1,2 bilhão até março
Jmm
IMASlI.IA —- O governo brasileiro quer
garantir junto uns bancos credores privados a
liberação, ali1 o próximo mes de marco, nflo sd
dfl parcela de USS (M) milhões relida desde
dezembro dò ano passado, como também de
mais USS (Ml milhões previstos para o primei-
ro semestre desle ano no acordo firmado com
os bancos iniernacionais, o que totalizaria
desembolsos di) ordem de USS 1,2 bilhão, O
secretário para Assuntos Internacionais do
Ministério da Fazendo, Sérgio Amaral, segue
com essa missão para Nova Iorque, cm viagem
prevista para hoje o noite ou nmaiilià. Nos
contatos com o comitê assessor de bancos, ele
discutirá também a questão da suspensão dos
leilões de conversão da dívida externa em
investimento e das operações de relending.
. O acordo assinado cm setembro do ano
passado com os credores privados do país náo
prevê uma data rígida para a liberação da
segunda c última parcelas de USS 600 milhões
dos recursos novos globais de USS 5,2 bilhões
com os quais se comprometeram os bancos.
Foi apenas delimitado o período do primeiro
semestre deste ano para que a autorização do
comitê assessor dos bancos fosse concedida, na
dependência do cumprimento de condicionali-
dades vinculadas ao acordo econômico cm
vigor com o Fundo Monctário'lntcrnacional
(FMI).
A tarefa que espera o secretário para
Assuntos Internacionais do Ministério da Fa-
zenda em Nova Iorque é, portanto, duplamen-
te espinhosa, na medida em que o governo
brasileiro ainda não conseguiu desbloquear
definitivamente sequer a primeira parcela de
USS 600 milhões esperada inicialmente para
dezembro do ano passado. O esforço que está
sendo feito neste sentido passa pela tentativa
de desvincular os desembolsos dos bancos
Alfonsin deve EUA e Europa
divulgar hoje fazem trégua
mudança cambial para negociar
BUENOS AIRES —O governo do presi-
dente Raul Alfonsin poderá divulgar hoje um
conjunto de medidas cambiais destinadas a
favorecer as exportações industriais e agrope-
cuárias, disseram fontes privadas.
O ministro da Economia, Juan Sourrouil-
le, e o presidente do Banco Central, José Luís
Machinea, trabalharam no fim de semana na
definição dos detalhes técnicos a fim de que
amanhã os mercados comecem a funcionar de
acordo com as novas disposições.
As medidas em estudo poderiam significar
uma virtual desvalorização do austral entre
5% e 7,8%. Isto seria conseguido através de
modificações nas proporções do mix cambial,
e não por intermédio de uma desvalorização
direta da moeda.
Parte das autoridades econômicas, por
outro lado, pretende uma unificação dos câm-
bios comercial e especial, o que, se concretiza-
do, teria como resultado uma desvalorização
em torno de 25%. A última cotação do câmbio
livre registrou um dólar por 26,10 austrais.
Uma outra resolução em estudo refere-se
a um ajuste nas tarifas dos serviços públicos,
um ponto sobre o qual também não há acordo
entre os técnicos porque poderia redundar na
elevação das taxas inflacionárias.
Rio arrecada Financeira quer
menos 30,7% de acesso direto à
ICM em janeiro liquidez do bc
O Plano Verão definitivamente não
fez bem ao Estado do Rio. A prova disso
foi a arrecadação de ICM, no mês de
janeiro, que amargou queda real de
30,74% em relação ao mesmo mês de
1988 — foram contabilizados NCz$ 117,1
milhões contra NCz$ 11,2 milhões no
período anterior. O sub-secretário de
Fazenda, Régis Lemos de Abreu, credita
esse resultado negativo aos efeitos do
Plano Verão.
Para ele, houve uma acentuada que-
da de vendas em função do congelamento
dos preços ter sido feito pelo pico e com o
agravante de que não houve aumento da
massa salarial. Pelas suas contas, o traba-
lhador recebeu apenas a URP de 26%,
enquanto os "confusos índices do gover-
no que variam de 70,28% (IPC), 36,56%
(IGP}, ou ainda 35% estimado para o
INPC, ficam abaixo da reposição dos
salários".
Além disso, o Estado do Rio enfren-
tou outro problema provocado pelo Pia-
no Verão: as empresas optaram por atra-
sar o pagamento do ICM. Como a multa
cobrada era de 10% mais juros de mora
de 1 % ao dia, "ficou mais atraente jogar
o dinheiro no overnight a taxas de 29%
do que pagar em dia o ICM", analisa
Abreu. Antes do Plano Verão existia essa
mesma multa c mais correção monetária.
"O
governo federal se protegeu e fixou
juros de 30% para quem não honrasse o
compromisso em dia", acusa. O
governo
do estado, agora, conseguiu que incida o
IPC nas multas por atraso — "mesmo
assim ainda é mais negócio jogar no
overnight".
O sub-secretário de Fazenda estima
que a arrecadação de ICM, no mês de
fevereiro, chegará a NCz$ 130 milhões —
o que representa 94% da receita do
Estado que gastará apenas com despesa
de pessoal, NCz$ 97 milhões o equivalen-
te a 74,6%. "Estamos honrando todos os
nossos compromissos, mas há uma forte
pressão de caixa", admite Abreu.
FUNDO SUDAMERIS AO PORTADOR
Você aplica, você lucra,
•• BANCO
e só você sabe.
Em todas as agências do
. SUDAMERIS
BRASIL
^^^
privados do cumprimento estrito das condido-
nulidndes previstas no acordo de reescalona-
mento da dfvidn externa brasileira, contando
com uma postura iuiís flexível tanto dos
credores privados como oficiais.
As instituições credoras náo desconhecem
que o mês de março próximo é u data fatal
marcada pelas autoridades brasileiras para que
ingressem efetivamente no pafs os novos re-
cursos previstos nas negociações conduzidas
no ano passado, e que puseram fim aos
transtornos provocados ás instituições finan-
cciras internacionais pela moratória declarada
pelo governo Sarney cm fevereiro de 1987. O
secretário Sérgio Amaral deverá passar para o
comitê assessor de bancos o recado que o pafs
suspenderá novamente os pagamentos devidos
mú seus credores externos se não for rápida-
mente abastecido de recursos novos.
O governo americano, os países membros
da Comunidade Econômica Européia e o
governo japonês já tomaram conhecimento
oficial do teor do documento do chamado
Grupo dos Oito de países da América Latina,
entre eles p Brasil, sobre a questão do endivi-
damento externo que pesa sobre o continente.
O documento sustenta teses comuns dos países
devedores latino-americanos, que reivindicam
uma redução do estoque de sua dívida externa
e a abertura de espaço para retomada de seu
crescimento econômico.
Sáo temas que certamente freqüentarão o
encontro previsto entre o presidente José
Sarney e o presidente americano, George
Bush, esta semana, cm Tóquio. O que o
secretário Sérgio Amaral estará testando, na
prática, a partir desta semana, é a repercussão
concreta da mobilização política em torno da
dívida no relacionamento do Brasil com os
seus credores externos.
WASHINGTON — Os Estados Unidos c
a Comunidade Econômica Européia (CEE)
concordaram cm estabelecer uma trégua de 75
dias na sua guerra de retaliações comerciais,
após terem falhado cm resolver suas diferen-
ças sobre exportações de carne americana com
hormônios, que os europeus afirmam e os
americanos negam ser prejudicial aos consu-
midores.
Os representantes dos Estados Unidos,
Cai Ia Hiils, e da Comunidade Econômica
Européia, Frans Andriesscn, concordaram em
realizar um encontro dentro de três semanas
para reconsiderarem os problemas sobre refor-
ma agrícola, embora as partes pareçam distan-
tes de um acordo. A principal questão que
emperra um acerto global refere-se à exigência
americana para que a Europa elimine todas as
formas de subsídios à agricultura.
Embora tenham imposto sanções à impor-
tações de pasta de tomate, café instantâneo,
vinho e outras categorias de gêneros produzi-
dos na Europa, em virtude dos países da CEE
recusarem-se a comprar sua carne com hormô-
nios, os Estados Unidos receiam que um
fracasso nas negociações possa levar ao que
todo o mundo teme: que a CEE, após a
extinção das barreiras alfandegárias internas, a
partir de 1992, reforce suas atitudes protecio-
nistas.
SAO PAULO — As financeiras solicita-
ram ao Banco Central acesso direto às linhas
de empréstimo que formam a reserva de
liquidez bancária da instituição. Esse crédito
de liquidez foi criado pelo BC para socorrer
instituições financeiras em dificuldades, mas
vincula a utilização dessa linha aos bancos
comerciais, que se responsabilizam pela opera-
"As financeiras não estão conseguindo
ção.
operar desde a decretação do Plano Verão,
enquanto as letras de câmbio emitidas por nós
estão vencendo", explicou o presidente da
Associação das Empresas de Créditos e Finan-
ciamento (Acrefi), Oswaldo Américo Campi-
"E se as financeiras não têm codições de
glia.
rolar esses títulos, temos a obrigação de solici-
tar esse acesso ao crédito de liquidez".
Campiglia encaminhou o pleito em reu-
nião ontem com diretores do Banco Central,
que se comprometeu a analisar a questão. De
acordo com o regulamento do Plano Verão, as
financeiras só poderão ter acesso ao crédito de
liquidez conveniadas com um banco comer-
ciai, para, através da reserva bancária dessa
instituição, garantir a operação de empréstimo
do Banco Central. "Essa obrigatoriedade im-
a operação", reclama Campiglia.
possibilita
"Temos de reconhecer
que o Plano Verão é
este que está aí, serviu para resolver o proble-
ma da inflação, mas queremos saber até que
vai perdurar essa limitação".
ponto'Campiglia
ressaltou a importÂncia de se
encontrar soluções para que o sistema finan-
ceiro saia sem traumas desse período de transi-
ção."A sobrevivência das financeiras, sem
grandes riscos de insolvência, é desejável para
todo o sistema financeiro", disse ele. Segundo
Campiglia, as financeiras estão impossibilita-
das de operar pela limitação dos prazos de
empréstimo ao consumidor e também pelo
contingenciamento de crédito aos níveis de 31
de dezembro do ano passado. "Temos letras
de câmbio vencendo e não há condições de
rolar esses títulos pela falta de.operações,
explicou Campiglia. "Não há situação de ili-
quidez, mas na hipótese de vir a ocorrer, é
preciso que nós tenhamos a precaução de
solicitar esse acesso direto ao Banco Central.
As financeiras estão dispostas a dar as garan-
tias necessárias para ter acesso ao crédito de
liquidez do Banco Central"
você saca, você reaplica,
- i*™.. > '•»(»*.. * «rW...',.»>•<-..... <¦'-•..,.
B\syi t m nmniiv PMih
... rirncflln
fj&^Aâf&qBat^^r ''¦-¦>;¦
Sérgio Amaral discutirá a suspensão dos leilões da dívida
Venezuela faz pacote e
ganha US$ 12 bilhões
CARACAS — O Fundo Monetário
Internacional (FMI), o Banco Mundial
(Bird — Banco Internacional para a Re-
construção e Desenvolvimento) e o Ban-
co Interamericano de Desenvolvimento
(Bid) fornecerão à Venezuela nos próxi-
mos sete anos créditos de USS 12,110
bilhões, informou a agencia noticiosa
France Press, baseando-se em fontes lo-
cais.
A informação surge imediatamente
após a divulgação, pelo presidente Carlos
Andrés Pérez, na quinta-feira, de um
duro programa econômico de caracterís-
ticas ortodoxas que inclui a liberação das
taxas de juros, a desvalorização da moe-
da em 100% e aumentos nos preços dos
combustíveis, até então altamente subsi-
diados.
Na oportunidade Pérez disse que o
FMI era a maior fonte de recursos da
Venezuela, mudando assim a postura
tradicional dos governantes Venezuela-
nos, para os quais aquela instituição deve
ser tratada com reservas.
Com uma dívida de USS 31 bilhões
aproximadamente — a quarta da Améri-
SEI autoriza Tesis a
transferir tecnologia
Marco Antônio Monteiro
A Secretaria Especial de Informática
(SEI) aprovou o contrato de transferência de
tecnologia de dois modelos da família de
supermínis Spectrum, desenvolvida pela em-
presa americana Hewiett- Packard, para serem
fabricados no país pela Tesis Informática,
empresa do grupo financeiro lochpe, que
obteve receita de NCzS 15,9 milhões no ano
passado.
A linha de computadores Spectrum, que
alcançou significativo sucesso comercial no
mercado americano, utiliza o sistema opera-
cional Unix e adota a revolucionária tecnolo-
gia Risc, que opera internamente com um
conjunto reduzido de informações. No Brasil,
a Tesis vai produzir dois modelos da família
Spectrum, com poder computacional em torno
de 6 Mips (milhões de instruções por segun-
HP ganhou
fôlego com
Spectrum
série Spectrum que a Tesis Informa-
A tica passará a fabricar no país foi
protagonista do revigoramento comercial
da Hewlett-Packard (HP) em 87. O anún-
cio deste produto deu aos acionistas da HP
novo alento, após persistente retração nas
vendas por falta de um produto mais com-
petitivo, durante o período em que o
departamento de pesquisa e desenvolvi-
mento da empresa se empenhava 24 horas
do dia na aceleração do projeto conhecido
informalmente de Arquitetura Precisa,
mais tarde batizado como Spectrum.
Após o lançamento do produto, a re-
ceita da empresa cresceu 14%, atingindo
USS 8 bilhões, situando-a na quinta posi-
ção no ranking de empresas americanas de
Drrjslllfl — Morolrn
Mnrnlrn Marlz
Mnrlr
-''/'j . . j ¦-^^xtV".1-':yy-£Sv$?!&&-''-*
ca Latina, atrás do Brasil, México e
Argentina —, a Venezuela apresentou no
final do ano passado um déficit de USS
4,554 bilhões na balança de pagamentos.
Para este ano prevê-se que esse déficit se
reduza a USS 2,070 bilhões.
Confirmação — O presidente do
Banco Central da Venezuela, Pedro Ti-
noco, confirmou que o país já tem garan-
tido USS 1,5 bilhão do FMI, solicitado
como crédito stand by. Uma vez que seja
firmada a carta de intenção que está
sendo discutida entre o governo venezue-
lano e o Fundo, estes recursos estariam
disponíveis em 60 a 90 dias.
Tinoco informou que a Venezuela
está recorrendo a todos os programas
creditfcios do FMI e que iniciou pelo
stand by porque este está vinculado à
baixa de preços e volumes de exporta-
ções, como é o seu caso.
Os recursos de USS 1,5 bilhão servi-
rão para reforçar as reservas nacionais,
que hoje se situam em torno de USS 6,3
bilhões, das quais USS 1,5 bilhão corres-
pondem a reservas operacionais.
do), - um para área comercial e outro para o
segmento científico. Os novos modelos serão
produzidos na unidade fabril da empresa em
Campinas, onde são fabricados anualmente 15
unidades do supermíni TS-5058 e calculadoras
científicas/financeiras, produtos que também
adotam tecnologia da Hewlett-Packard.
Os supermínis, comercializados ao preço
médio de USS 500 mil, se posicionam na faixa
mais alta do mercado reservado para atuação
exclusiva da indústria brasileira. Portanto,
precedem em poder computacional aos main-
frames ( computadores de grande porte), cujo
segmento é dominado por multinacionais, à
exceção da CPM — pertencente a Digilab,
holding de informática do Bradesco —, que no
final do ano passado firmou contrato com a
empresa japonesa Hitachi para produzir esta
classe de máquinas no pafs.
informática da revista Datamation em
1987. O lucro líquido da empresa cresceu
25%, passando para USS 644 milhões. As
vendas da série Spectrum no mercado
externo tiveram participação fundamental,
ao aumentar em 22%, contra um cresci-
mento de 11% no mercado americano.
O sucesso comercial dos supermínis
Spectrum, que atuam basicamente nas
áreas de engenharia e manufatura, se de-
vem à combinação do sistema operacional
Unix, da AT&T, com o hardware apoiado
na inovadora tecnologia Risc, que imprime
maior velocidade no tratamento interno
dos dados, ao desconsiderar as instruções
de processamento menos importantes. Pa-
ra especialistas em informática, esta dobra-
dinha constitui-se num casamento tecnoló-
gico perfeito, confígurando-se na tendência
da indústria de informática na próxima
década.
Empresas de expressão como a Umsys,
Digital, Sun Microsystems. Apollo e a
própria IBM, com a estação de trabalho
RT, já enveredaram nesta trilha de suces-
so.
Boa vista Cerporate
O investimento para investidores especiais.
Central de Atendimento: 211-1701 • DDD gratuito (021) S00-61S1
segunda-feira, 20/2/89 D Economia D 3
*-*
Birmann diversifica
Marginal Pinheiros é
nova opção para sede
de empresas paulistas
Darci Higobassi
PAULO - Em 1983, quando a economia, coman-
SÃO dada pelo então todo-poderoso Delfim Nctto, minis:
tro do Planejamento, amargava a maior recessão da
história da República, Rafael Birmann viveu uma expe-
riencia que seguramente não quer ver repetida na sua
carreira de empresário. Associado a dois outros investido-
res para tocar o projeto de um prédio de escritórios
comerciais na Marginal Pinheiros, Zona Sul da capital,
Birmann demorou mais de um ano para encontrar uma
empresa interessada em ocupar o imóvel: durante esse
período de negociações à procura de quem quisesse fechar
o negócio, várias empresas desistiram, sempre de olho no
dramático quadro da economia, com queda na produçáo e
aumento do desemprego.
Seis anos depois, instalado no 22° andar de um dos
mais requintados prédios da Avenida Paulista, o principal
corredor financeiro do país, de onde toca os seus negócios,
Birmann gosta de recordar o episódio para mostrar que
valeu a pena persistir na idéia de acreditar na regiáo da
Marginal Pinheiros como uma área de grande potencial
para investimentos. Hoje, o imóvel, comprado na época
pela Becton Dickson, indústria de seringas descartáveis, é
apenas um dos oito prédios tocados por Birmann, dentro
do projeto São Paulo Office Park, que mudaram comple:
tamente a fisionomia da área de 100 mil metros quadrados,
^ localizada na hoje valorizadíssima Chácara Santo Anto-
nio, tendo como vizinhos a Autolatina (holding que
controla a Volkswagen e a Ford) e um dos hipermercados
do grupo Carrefour.
Alternativa — O sucesso dos oito prédios do
São Paulo Office Park é uma conseqüência natural do
processo que o mercado imobiliário vem experimentando
nos últimos anos — o de que a região da Marginal
Pinheiros é a principal opção em São Paulo para as
empresas interessadas em instalar suas sedes, através da
construção ou locação de imóveis, em razão da escassez de
terrenos na Avenida Paulista e mesmo na região dos
Jardins.
"Em 1989,
a regiáo da Marginal Pinheiros superará a
Paulista em termos de volume de mercado de escritório de
alto padrão, com ar condicionado central", prevê o
engenheiro Walter Luiz cardoso, da respeitada empresa de
consultoria de imóveis comerciais Richard Ellis, fundada
em 1773 em Londres e com escritórios nas principais
capitais em todo o mundo.
Estudo da Richard Ellis revela que a média de novos
estoques dos escritórios desse nível tem aumentado na
Marginal Pinheiros em relação à Paulista e à região dos
Jardins. Na primeira região, em 1988 e 1989, a estimativa é
de uma incorporação de 127 mil metros quadrados de área
útil, contra apenas 56 mil metros quadrados na Paulista e
56 mil metros quadrados na região dos Jardins.
Diferenças — Luiz Antônio Pompéia, diretor da
Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Emr
braesp), conceituada firma de consultoria que atua no
mercado imobiliário do eixo Rio-São Paulo há 15 anos,
entende como "lógico" que muitas empresas passem a
optar por essa região para se instalar. Mas ele vê diferen-
ças entre as duas áreas. Na Paulista, segundo ele, a
exemplo do que acontece nas valorizadas Delfim Moreira
e Atlântica, no Rio de Janeiro, os poucos terrenos
existentes custam muito mais caro. "Um bom terreno para
se construir um prédio esta em torno de USS 8 mil dólares
o metro quadrado. Custa caro, mas dá para aproveitar
mais", analisa. Já na Marginal Pinheiros, o custo do
terreno é bem menor. Uma área classificada pela Lei do
Zoneamento como Z-2 (onde se pode construir o prédio
de escritório com área uma vez igual à do terreno) custa
bem menos. Pompéia ainda vê outra diferença: "O
prestígio de um prédio na Paulista não será passado a um
prédio na Marginal".
Novo prédio — Apesar dessas diferenças, investi-
dores como Birmann apostam alto na Marginal Pinheiros.
Tanto assim que, ao contrário dos outros edifícios, que
foram comercializados sem qualquer publicidade, ele
preferiu dar um tratamento especial para o oitavo, que
ieva o nome Aron Birmann. Com 13 mil metros quadrados
de área útil, o maior de todos os oito, e oito andares, o
novo prédio estará concluído até o final do ano, mostrando
requinte em detalhes, como o de possuir vidros azuis
laminados (no estilo do moderníssimo prédio do Citibank,
na Avenida Paulista), com material importado para absor-
ver os ruídos externos. "Tenho várias propostas, mas
ainda não fechei o negócio", revela Birmann, que planeja
até ficar com uma participação no prédio e não vendê-lo
totalmente, como ocorreu com os anteriores.
O empresário confessa que está disposto a fazer da
área incorporação de escritórios residenciais a base para
seus negócios. Por isso, quer evitar a diversificação. Tanto
que no final do ano passado negociou com dois empresa-
rios a venda de 90% do controle da Dunkin'Donuts —¦
uma próspera cadeia de 15 lojas de apreciados doces
espalhados pela capital — para concentrar seus interesses
apenas nos imóveis comerciais.
"Nos
próximos 10 anos, haverá uma oferta de 1
milhão a 1,5 milhão de metros quadrados de área útil de
escritórios de alto padrão em São Paulo e acredito que
poderei participar com uma boa fatia desse próspero
mercado"
/^MULTICORP DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS È"\
VALORES MOBILIÁRIOS LTDA. ^
"EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL"
C.G.C. n« 27.830.751/0001-91
QUADRO GERAL DE CREDORES
O Liquidante da MULTICORP DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E
VALORES MOBILIÁRIOS LTDA. - Em Liquidação Extrajudicia.1,
cumprindo o disposto no artigo 26, da Lei n5 6.024, de 13 de março
de 1974, comunica aos Interessados que terminado o prazo legal o
nSo tendo sido apresentada impugnaçâo sobre a legitimidade, va-
ior ou classificação dos créditos constantes do primeiro "QUADRO
GERAL DE CREDORES", conforme aviso publicado na Imprensa
oficial e comum, considera-se definitivo o referido quadro, a partir
desta data.
Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1989.
i Josô Manoel de Araújo Filho ¦ j
\^ Uquidante /
~~~

' ^ a Economia a segunda-feira, 20/2/89
Seu Bolso
t.i.....„
Rendimentos em janeiro (%)
35,48
30,0
22,97
V No Rio, para onde todas as atenções
Open Dólar
Poupança
Inflação (*)
(*) Pelo INPC
Poupança, de
novo, perde
para inflação
Joyce Jane
Quem aplicou em cadernetas de poupan-
ça ou no overnight, nos meses de janeiro e
fevereiro, pode ter certeza de uma coisa: o
rendimento não vai acompanhar a inflação,
independentemente do índice que se escolha
para estimar os prejuízos. Pode-se afirmar
que a confusão no cálculo da inflação, pro-
'movida
pelo governo, desnorteou muita
'
gente, gerou discussões em torno de que
índice adotar, mas não deixou dúvidas de
que o investidor mais uma vez saiu per-
dendo.
Para calcular o prejuízo da caderneta
.nesses dois meses de Plano, primeiro adote-
se como índice o IPC aue, afinal, era o
indexador da caderneta de poupança até o
Plano Verão:
¦IPC de janeiro: 70,28%
¦rendimento da poupança em janeiro:
22,97%
¦IPC de fevereiro: 3% (estimativa)
¦rendimento da poupança em fevereiro:
18,94% (estimativa)
¦inflação acumulada pelo IPC nos dois
meses: 75,39%
¦rendimento acumulado nos dois meses:
46,26%
Considerando-se os seis dados acima,
pode-se afirmar que a perda real de quem
tem caderneta, apenas nesses dois meses de
1989, é de 19,92%. Isto eqüivale a dizer que
se o Brasil fosse um país sem inflação, o
poupador teria visto seu dinheiro, em ape-
.-nas dois meses, valer menos 19,92%.
Mas, considere uma hipótese menos pes-
simista e compare os ganhos da poupança
com o INPC, que não teve nenhum tipo de
alteração na sua fórmula de cáculo. Veja
abaixo como fica a situação:
• «INPC de janeiro: 35%
¦rendimento da poupança em janeiro:
22,97%
¦INPC em fevereiro: 12% (estimativa)
¦rendimento da poupança em fevereiro:
18,94%
¦inflação acumulada pelo INPC nos dois
meses: 51,20%
46,26%
¦rendimento acumulado nos dois meses:
Nesse caso, o aplicador continua a ter
perdas reais contra a inflação, mas seu
prejuízo aí se reduz para 3,38%.
Governo confundiu — O responsa-
vel por toda essa confusão nos índices foi o
próprio governo. Toda essa mexida nos
índices acabou permitindo que o governo
confiscasse parte dos rendimentos dos pou-
padores das cadernetas e do overnight sem
que ninguém pudesse fazer um cálculo mais
preciso da perda, já que os técnicos do
governo estão sempre contra-argumentando
que esse IPC não serve de base de cáculo.
Mas, se não serve para nada — nem salários,
nem preços e nem investimentos podem se
utilizar dele como indexador —, para que
então que ele foi apurado?
Na verdade, essa dança dos índices só
trouxe vantagens para o governo. Primeiro,
forjou um índice para fevereiro, já que o
IPC registrou 50 dras de inflação. Assim, o
IPC deste mês só vai medir a variação de
preços no período entre o 20 de janeiro e 15
de fevereiro que, com Carnaval e fins de
semana, acabam abrangendo um número de
apenas 16 dias úteis. Consequentemente,
registrará uma inflação baixa.
Outra vantagem para o o governo é aue
possibilitou uma —economia fantástica aos
cofres públicos avaliada em NCzS 8
bilhões —, já que o maior devedor de
dinheiro ao mercado é o governo. Só nos
casos das cadernetas, basta ressaltar que
quem tem as maiores contas são a Caixa
Econômica Federal e o Banco do Brasil.
Assim como no overnight. onde praticamen-
te todo o dinheiro é garantido por papéis
federais. Como pode-se concluir, no Brasil o
aval do governo não serve para nada.
19,86
4,29
¦¦..Hiii num;jt^mM
0,06
Ouro IBV Bovespa
i—I Com a divulgação na sexta-feira
L-1
do INPC (índice Nacional de Pre-
ços ao Consumidor) de 35,48% em
janeiro, os investidores puderam per-
ceber qual foi a garfada em janeiro:
9,23% de perda real, considerando
que a poupança c o overnight rende-
ram apenas 22,97%. Com o fim da
correção monetária, determinada pe-
Io Plano Verão, os investidores em
títulos pós-fixados perderam a prote-
ção contra a inflação, inclusive a pou-
pança que teoricamente tem um segu-
ro antiinflacionãrío. Em janeiro, se-
gundo o governo, a inflação de
70,28% verificada através do índice
oficial (IPC) não pode ser repassada a
nenhum preço, já que foi medida por
um período de 50 dias. Mas com a
divulgação do INPC, cuja coleta de
preços se deu no prazo normal de 30
dias, ficou nítido que todos os investi-
mentos feitos no mês passado perde-
ram a corrida para a inflação, seja a
apurada pelo IPC ou pelo INPC: o
dólar rendeu 30%; o ouro 19,86%;
over e poupança 22,97%; Bolsa do
Rio 4,29% e de São Paulo 0,06%.
' ' " '
¦ ..
OBL_J^kJ3Ht-tó!-'''w^fk'';:0'
Juros altos
fazem dólar
e ouro cair
A alta na taxa de juros das aplicações
overnight, que chegaram a 30,24% na sexta-
feira, prejudicou os investimentos de risco
(ouro c dólar), que vinham se destacando
desde o início do mês. A rentabilidade
acumulada âo over na semana ficou em
5,04%, elevando para 10,88% o resultado
das aplicações feitas do início do mcs até o
fim de semana. A projeção para o mês é de
um rendimento líquido de 18,94%.
Os depósitos em caderneta de poupança
serão corrigidos também por esse índice, já
a inflação não deverá ultrapassar a casa
os 5% (neste mês e no próximo a poupança
3uc
será reajustada pela inflação ou pelo over,o
que for maior.
As bolsas de valores deram o melhor
ganho da semana, impulsionadas pelo venci-
mento dos contratos de opções hoje. O
destaque foram as ações da Companhia Vale
do Rio Doce, no Rio, e da Petrobrás e
Paranapanema, cm Sào Paulo. A alta verifi-
cada na bolsa carioca foi dc 5,5% e em São
Paulo de 5,8%. Esses papéis concentraram a
maior parte do volume de negócios feitos no
decorrer da semana. Após o vencimento, a
tendência de alta das bolsas pode ceder,
segundo os analistas.
Os negócios com Certificados de Depó-
sitos Bancários (CDBs) ainda não estáo
despertando muito interesse dos investido-
res, apesar da elevação nas taxas que chega-
ram até a 1.100% ao ano.
Vale é vedete do pregão hoje
Coriolano Gatto
Hoje, exatamente às 9h30, vai ser tocada
a campainha no pregáo da Bolsa de Valores
do Rio, dando início a um verdadeiro jogo
chamado vencimento de opções da Compa-
nhia Vale do Rio Doce. Com isso, o pregão
carioca, situado no coração da Praça XV,
transforma-se em um verdadeiro cassino, na
própria linguagem do mercado, e nele ape-
nas os grandes investidores têm ingresso
garantido.
estarão voltadas, estima-se que o volume de
negócios poderá ultrapassar a casa dos USS
300 milhões. Em São Paulo, o movimento
com opções da Petrobrás e Paranapanema
tende a ser mais calmo. Conheça o roteiro
do jogo:
Oa megaespeculadores — Todo
cassino que se preze precisa de jogadores
audaciosos. Na bolsa, não é diferente. E
desta vez tudo indica que as grandes estrelas
deste mercado — Naji Robert Nahas, Leo
Khris e Alfredo Grumser — resolveram
adotar a mesma posição: estão comprados,
isto é, apostam na alta do mercado.
Os perdedores — São naturalmente
os vendidos que apostam na baixa do merca-
do. Neste caso, no dia do vencimento preci-
sarão pagar a ação correspondente, compra-
da no mercado à vista, para quitar o erro da
aposta. Caso contrário, poderão, dependen-
do da decisão do Conselho de Administra-
çáo da bolsa, pagar uma multa de até 50%
sobre o valor do preço do exercício.
Os riscos — Apesar do susto levado
pelo mercado em razão da forte onda espe-
culativa na quinta-feira passada, foi descar-
tado o maior risco que poderia ocorrer no
dia de um vencimento: o comer. Isso sempre
Complexo, mercado
de opções é para
os profissionais
O mercado de opçóes~é tão especulativo
que pode, dc uma só tacada, fazer mais um
novo milionário ou revelar igualmente um
devedor em potencial, tal é sua versatilidade.
Por esta razão, só participam os grandes proíis-
sionais do mercado de capitais.
:v:
"¦ jíu^ÊÊÊÊ BBrí^¦:•'¦¦¦¦
^^^H^^^Bf í Ç;!*<- h «¥?•»'f **" ¦ vj^ ^9^W^^^ÊÊÊImm9MW^mmmMmm^m^mm
s '^'IPÍbIBBiP-
BiflÉP
v$¦'¦'¦¦ ímMr : *
Barra de ouro
de 5 gramas é
uma nova opção
Totti
luri
Para quem sonhou um dia possuir lingo-
tes de ouro mas não tinha dinheiro suficiente
para comprar a barra de 250 gramas, a ouro
Gold
Invest, empresa de comercialização de
por contrato, está proporcionando aos pe-
e médios investidores a oportunida-
e de realizar esse desejo. Desde janeiro, a
3ucnos
Gold Invest está oferecendo aos interessa-
dos em investir pequenas quantias nesse
mercado financeiro o Compromisso Gold
Invest. Por enquanto, essa nova opção de
investimento restringe-se ao mercado paulis-
ta, que está servindo de mercado-teste, mas,
segundo o diretor administrativo, José Ro-
mulo Latado, em poucos meses o compro-
misso estará nas praças carioca e-mineira.
Esse compromisso consiste na aquisição
de lingotes de 5,10 ou 25 gramas durante
trinta meses. Escolhido qual o peso do ouro,
o investidor terá de se comprometer a man-
ter sob custódia da empresa as três primeiras
barrinhas de ouro. A intenção dessa
custódia é garantir o cumprimento do com-
promisso. No quarto mês, o investidor pode-
rá levar para casa os seus lingotes ou conti-
nuar deixando-os sob custódia da empresa
sem qualquer ônus. O valor mensal a ser
pago tem como base a cotação diária fixada
pela Golden Invest, superior, ao preço do
grama comercializado na BM&F (Bolsa
Vencimento de Opções
I Opção I Série I Preço de Exercício
"
Vale CBO 4.385,62
Vale CBL 4.127,64
Vale CBK 3.869,66
Petrobrás OPT-3 2.751,76
OPT-5 • 3.095,73
Petrobrás
Paranapanema OPM-1 171,98
Paranapanema OPM-5 223,58 I
* Em NCz$
por lote de mil
I
acontece quando náo há papel para entregar
aos compradores. Bem comportados, os do-
nos da bolsa prometem não deixar qualquer
investidçr sem ter como honrar o compro-
misso. E conferir para ver.
As espertezas — Em qualquer cassi-
no, o bom jogador nem sempre mantém
uma posição única. No mercado acionário, é
a mesma coisa. Assim, no decorrer de toda a
semana passada, muita gente vendida na
série CBL (laranja) da opção da Vale,
detectando um enorme prejuízo à vista,
tratou de comprar lotes da série CBO {ovo)
para se proteger. A perda, desta forma, fica
restrita a diferença do preço de exercício das
duas séries (veja tabela), evitando, portan-
to, o risco de uma subida maior ainda da
ação de Vale PP no mercado à vista. Para se
ter uma idéia, no início da semana foi
negociada na média a CzS 3.855,61 por lote
de mil até alcançar CzS 4.480,00, na sexta-
feira. Há quem aposte que o papel chegue
até CzS 5 mil.
O ineditismo — Neste vencimento,
todas as séries serão exercidas. Isso porque
na grande maioria das opções o preço já está
inferior ao do mercado à vista. Vale PP
fechou cotada na sexta-feira a NCzS 4.600.
Em São Paulo, Petrobrás PP cravou NCzS
3.070 e Paranapanema PP alcançou NCzS
250.
Nele, o negócio não c a ação, mas o direito
de comprá-la numa data futura, com um preço
previamente estipulado - o chamado preço dc
exercício. E como as séries das opções são
negociadas em épocas diferentes, cada uma
tem um preço. Quer dizer, em época de alta na
bolsa, uma série negociada um més antes terá
fixado um preço de exercício menor do que
uma negociada recentemente.
O que movimenta este mercado, funcio-
nando como uma espécie de termômetro, é o
prêmio de cada opção. Através dele, é ajustado
de tabela o preço da opção. O jogo funciona da
Tasso Marcelo
v <§¦¦
\S
ou 25 gramas
Mercantil e de Futuros) em decorrência do
custo industrial. Atualmente o grama da
BM&F está em torno de NCzS 20,32 e o do
compromisso está em NCzS 22,00.
Ganhos — Para José Latado, o Com-
promisso Gold Invest é uma boa alternativa
de investimento para os pequenos aplicado-
res. "O ouro ganhou disparado da inflação
no ano passado. Os pequenos investidores,
que aplicam na poupança, poderão ter lu-
cros maiores com o compromisso Golden
Invest." A inflação chegou no final do ano
de 1988 com uma variação de 933,62%,
enquanto que o ouro bateu a casa dos
1.(01,80%.Ele acrescenta que os investido-
res do Compromisso Gola Invest podem
trocar de opção, passando, por exemplo, de
5 gramas para 10 gramas.
"Com isso ele
estará adiantando uma parcela de seu paga-
mento, com a vantagem de estar comprando
o grama mais barato."
A partir de 1985 as empresas fundidoras
brasileiras resolveram oferecer aos investi-
dores lingotes com pesos inferiores a 50
gramas. O mais difícil de ser confeccionado
era o de 5 gramas. Após oito meses de
pesquisas para o desenvolvimento do lingo-
te, com um investimento de USS 100 mil, a
Golden Invest, através de seu químico
Eduardo Seixas conseguiu fundir a menor
barra de ouro do mercado. O trabalho de
Eduardo Seixas consistiu de um minucioso
estudo sobre o processo de resfriamento do
metal e de suas forças de interação, fazendo
com que o ouro tomasse a forma arrendon-
dada, qunadoem pequenas quantidades.
Seixas conseguiu fazer com que o lingote de
5 gramas fosse igual aos de peso superior,
com forma retangular e a estamparia, com a
logomarca da empresa, gramatura, concen-
traçáo de ouro e número de cada lingote.
JORNAL DO BRASIL
Cristina Calmou
As oscilações — O vencimento de
I opções até mesmo no Rio tende a ser
tranqüilo. Mas tranqüilidade no jargão do
mercado indica apenas que não haverá um
verdadeiro terremoto na bolsa, com quebra
de instituições financeiras. O nervosismo
obviamente fará parte do jogo, lembraria o
compositor Cazuza. Para se ter uma idéia
das oscilações bruscas, o prêmio da série ovo
foi cotado na abertura da véspera deste
vencimento a NCzS 220. Dez minutos de-
pois, pulou para NCzS 240. Às 12hl0 já
estava em NCzS 330 e quinze mjnutos depois
despencou para NCzS 180. Às 13 horas,
terminou o pregão, estacionou em
ICzS 170. A outra estrela de hoje, a série
Suando
laranja, teve o seu prêmio variando entre
NCzS 300 a NCzS 520. No encerramento da
sexta-feira, ficou em NCzS 350.
O volume — Em um primeiro mo-
mento, havia um consenso no mercado de
cjue o volume de negócios poderia atingir a
impressionante cifra de USS 300 milhões.
Mas muito profissional do mercado chegou a
depositar todas as suas fichas em algo supe-
rior até mesmo a USS 400 milhões, tal é a
movimçntação no Rio em torno da opção da
Vale. É quase impossível estimar a quanti-
dade de opções em jogo. No final da semana
passada, a quantidade chegou a 52 milhões
210 mil, envolvendo as quatro séries de
Vale.
Os descobertos — Muitos investido-
res serão pegos pelo contrapé e precisarão
honrar o compromisso. Quem está desço-
berto por exemplo na série ovo — cujo
preço de exercício é o maior — não terá
como fugir para outra série. No jargão do.
mercado, é o famoso BF.
Façam as suas apostas.
seguinte forma: quem aposta que o preço do
papel no mercado à vista ficará acima do valor
estipulado para o prêmio, compra as ações pelo
preço acertado com vistas a ter a opção. Quem
acha que o preço da ação será menor, vende a
opção e ganha o prêmio, se acertar na mosca.
As gírias neste seleto clube são diversas.
As séries de cada opção têm apelidos e alé
mesmo variações. A CBL é conhecida como
laranja, mas na intimidade das mesas de bolsa
das corretoras tem um nome bem sugestivo:
lalau. As outras menos cotadas neste venci-
mento, a CBI e CBK, sâo conhecidas como
indio e Kibon. (CG.)
Aluguéis — Encontrar imóvel para
alugar sempre foi uma tarefa árdua nesta
cidade, onde o déficit habitacional cresce a
cada ano. Depois do Plano Verão ficou
ainda mais difícil. Grande parte dos imóveis
que estavam para alugar simplesmente saí-
ram de oferta e, os que restaram, reagiram
imediatamente às medidas ortodoxas do
choque: desrespeitaram o congelamento e
aumentaram de preço.Um apartamento de
dois quartos situado na Rua Raul Pompéia,
em Copacabana, é um bom exemplo. Nas
vésperas do Plano, ele estava para alugar
por CzS 200 mil. Atualmente, ainda vago,
H seu preço está fixado em NCzS 250,00.
Segundo o presidente da Abadi (Associação
H Brasileira de Administradores de Imóveis),
George de Moraes Masset, a explicação para
"A
o aumento nos preços é muito simples.
oferta diminuiu e os propietários estão que-
rendo compensar as perdas que terão com a
redução nos índices de reajuste dos alu-
guéis", explica. Enquanto isso, a saga de
quem procura um imóvel para alugar se
complica a cada dia. Os preços sobem e as
opções diminuem. Um apartamento de dois
quartos na Avenida Atlântica podia ser
alugado em janeiro por CzS 350 mil. Hoje,
um imóvel semelhante não custa menos que
NCzS 700,00. Também em janeiro, uma casa
na Barra da Tijuca com três salas, três
suítes, piscina, quadras de esporte e antena
parabólica, podia ser alugada por CzS 600
mil. Depois do Plano, um apart-hotel, com
dois quartos, no mesmo bairro, está por
NCzS 650 mil.
Contas-remuneradas — As
contas remuneradas estão aperfeiçoando
seus extratos e facilitando a vida dos clientes
bancários que, até então, nunca conseguiam
se entender com os rendimentos creditados
diariamente — em função da aplicação dos
depósitos à vista. O Bamerindus está envian-
do um extrato mensal informando todos os
créditos feitos na conta, enquanto o Nacio-
nal manda essas informações quase que
semanalmente. Esta deverá ser, por enquan-
to, a única novidade que as contas remune-
radas terão nesse penodo do Plano Verão.
Logo depois da sua divulgação, houve ban-
queiros que questionaram a permanência da
remuneração dos depósitos, já que a infla-
çáo deverá cair muito nesse período de
congelamento de preços. A notícia de que o
governo criaria um depósito compulsório
sobre essas contas também gerou especula-
ção em torno de seu fechamento, mas o
compulsório não veio e as contas permane-
cerão intocadas. O curioso é que para o
cliente a filosofia da conta-remunerada mu-
dou. Antes, com a explosão inflacionária.
essas contas eram apenas uma frágil prote-
Ção contra a desvalorização do dinheiro,
uma vez que os seus rendimentos estavam
sempre muito aquém da alta dos preços.
Agora, entretanto, mesmo recebendo em
media apenas a metade do rendimento do
over, as contas remunerads se tornaram uma
aplicação financeira e seus ganhos estáo
acima da inflação.
 segunda-feira, 20/2/89 ? Eoouomla a 5
JORNAL DO BRASIL

ò sèü bolso
As taxas dc do ovcrnight deslan-
"TVàlôPP /\ oscilação brusca da acuo
•—' d« Va/ê c/o R/o Doa* /"o/ preferencial
[—i Alta do over (% ao mos) L-' charam essa juros
|—|
semana. Gradativamente, Indicadores de fevereiro
(1.000 açdét/NCtt) puxada básica- o Banco Central elevou dia a dia as taxas do
mente pelo vencimento de opções, que ocor- Poupança 22,97%
4.460,00 re boje no Rio. Há quem aposte que a 29.49 29,88 »¦«> over, fazendo com que na sexta-feira elas
^1 NCz$ 63,90
4.058,67
4.297.00
cotação da Vale poderá chegar hoje a NCz$ fechassem em 30,24%, o que aponta um Salário mínimo
5 mil, tal é a especulação desenfreada no ganho líquido dc 18,94% para este môs. Os Unlff NCzS 16t17
mercado acionário. Esta subida, em parte, analistas'do mercado admitem a possibilida-
também refletiu as boas perspectivas para de dc novas altas nos próximos dias. Ao que OTN congelada NCz$ 6,17
IH fH este ano, já que o balancete de janeiro
tudo indica, não há intenção do governo em
mostrou um lucro de NCzS 771,63 por lote '13/2
14/2 1S/2 16/2 17/2 derrubar esses juros no próximo mês. OTN fiscal congelada NCz$ 6,92
13/2 14/2 10/2 16/2 17/2 de mil ações.

O quo eles fazem com o dinheiro/ Patrício Bisso

Humorista só
faz aplicação
de baixo risco
Eduardo Alves
de revolucionar o conceito de
Depois entrevistador de televisão, trabalhan-
do para a TV Manchete durante o Cama-
vai de 89, Patrício Bisso prometeu não
parar por af. Ele cumpriu. Este semana
estreou no Rio de Janeiro seu maior suces-
so de bilheteria: Louca pelo Saxofone, que
ficou em cartaz um ano e meio em São
Paulo. A comédia é uma compilação de
vários esquetes musicais contados por sete
mulheres (Rita Pavone, Wanderléia, Bren-
da Lee, Gigliola Cinquetti, Connie Francis
e Cely Campello) e um homem (Elvis
Presley). BjníB^^BBtSgMBÍj Bli^JKflferu- •"°jf:v'- :'-*í ¦ 9BB> ^fl? stírcftitsH&S /^>m*m^^m^^^^^^~- *"*~ \ tf ^\
O argentino Patrício faz todos os pa-
péis principais acompanhado por uma ban-
da de seis músicos — os Boko Mokos — e
por três cantoras hilárias
Pretas. Quem assiste ao
— as Notas
espetáculo tem Empresas de Os associados da Amil devem pagar no
mès de fevereiro a mesma quantia que foi
desembolsada em janeiro, usando o valor da
certeza de uma coisa: Bisso faz questão de
se manter à frente em todos os momentos e
não perde o controle de nenhuma cena.
bhbbI ^1 |b^^PW',?w*' H
saúde deixam OTN cheia (NCzS 6,17) para o cálculo. No
entanto, no mês de março, a empresa envia-
rá para os associados um novo carne ide
Mas quem investiga um pouco a vida
financeira do showman não encontra a
mesma impetuosidade de decisões. Bisso é
SH Kw^ "'"Si ^mmml
de aumentar pagamento com a mesma
pressa em cruzados.
mensalidade èx-
"O valor desta mensali-
dade será igual ao montante pago em janei-
Os planos de saúde — que foram os ro, nenhum acréscimo será praticado", ga-,
um investidor muito recatado e não se líderes de aumentos no ano passado — não rante o diretor comercial da empresa, Paulo
mete em mercados que náo conhece. reajustarão os preços das mensalidades du- Marcos Senra Souza.
Ações — Um dos maiores medos do rante o período de congelamento. Este pro- Seguradoras — Quem está associa-
ator é perder dinheiro em investimentos cedimento está garantido nas determinações do a planos de assistência médica adminis-
"Bolsa de contidas no Plano Verão. Além disso, no trados por empresas seguradoras — como o
que considera de alto risco. final da semana passada, os diretores das Saúde Bradesco, o Hospitaú e o Iochpe —
Valores, Deus me livre. Eu não sei nem —
como funciona", revela, num misto de principais empresas de saúde de grupo — também não pagará mais durante o congela-
"Fico nervoso só de Golden Cross, Amil, Adress e Semeg mento. Segundo a circular n° 01 da fiusep
ironia e modéstia. garantiram que nenhuma mensalidade será (Superintendência de Seguros Privados), as
pensar naquelas ações subindo e descendo majorada. mensalidades dos seguros de saúde que
o tempo todo". Segundo ele, para ganhar Para os planos que estavam com os estavam indexadas em OTNs deverão ficar
"deste tipo" é preços fixados em ÓTNs, o cálculo das congeladas a partir de janeiro.
dinheiro em investimento
'Fez amigos e inimigos. versátil Bisso é comprar dólares. mensalidades deverá ser feito com base no Nos contratos que estavam estipulados
necessário um pouco de conhecimento e próprias sátiras. pelo
"Acho valor da OTN cheia de janeiro: NCz$ 6,17. em cruzados, as próximas mensalidades de-
"dose de tempo" disponível. Marília Pêra, por exemplo, nunca lhe per- que o dólar é um investimento
uma E bom saber que a OTN fiscal, que vale verão ser pagas com base na tabela de
Apesar de não ter aproveitado os lu- doou por ter brincado com o nome da perfeito, porque não há exigências em NCz$ 6,92, não pode ser usada para o conversão, segundo o fator do dia de venci-
cros que as bolsas deram para muitos intocável Cacilda Becker. Ele revidou, relação a quantia investida — nem mini- cálculo de nenhuma mensalidade. Durante mento. Ao final do congelamento, no entan-
"A Estre- mo, nem máximo — e não tenho como os meses em que o congelamento permane- to, a Susep autorizou as seguradoras a
investidores no ano passado — quando os montando um número entitulado "O único
"A cer, as prestações não deverão ser alteradas. reajustarem os preços com base no IPC (ou
índices de valorização, tanto no Rio de la Calva", enquanto Pêra brilhava em perder dinheiro", explica. pro-
"Acho blema é que eu acabo gastando tudo quan- Nem o número de OTNs, nem o valor de outro indexador indicado pelo Ministério da
janeiro quanto em São Paulo, superaram Estrela Dalva". que ela não achou cálculo poderá mudar. Fazenda) acumulado a partir de Io de feve-
todos os investimentos do mercado —, muita graça", diz. do viajo. Adoro viajar." Na hora de usar o
Pagamentos — Os clientes da Gol- reiro.
Bisso, não se queixa: profissionalmente Devido aos suscessos conseguidos nos dinheiro, Patrício gosta de comprar à vista. den Cross, que já haviam recebido os carnes Graças ao plano econômico que fixou
"O meu Segundo ele, este comportamento é pura
tem alcançado grandes sucessos. dez anos de carreira, Patrício conquistou "Quando vim correspondentes aos meses de janeiro, feve- preços de produtos e serviços, as empresas
segredo é simples: sei a hora de aparecer, uma segurança financeira que não possuía força do hábito. para o reiro e março, fixados em OTNs deverão terão que respeitar essas posições. E os
Brasil fiquei muito tempo ilegal e não simplesmente converter o valor das OTNs associados têm o direito — e o dever — de
mas também sei quando devo sumir. Evito quando saiu de Buenos Aires. Para garan- "Se- denunciar qualquer tipo de transgressões ao
podia ter contas em banco, tirar cartão de em cruzados novos na hora de pagar.
que as pessoas se cansem de mim", ex- tir a estabilidade de parte deste dinheiro, congelamento. As empresas de saúde de
ele comprou dois apartamentos em São crédito, nem pedir financiamentos. Atual- guiremos as determinações da Receita Fede-
plica. "São os ral c os preços permanecerão congelados grupo são controladas pela Sunab (denún-
Paulo e um na capital argentina. mente, mesmo com tudo já regularizado,
,. Imóveis — Nos dez anos de carreira, com base na prestação de janeiro", garantiu cias pelos telefones: 198, 262-0198, 262-
Patrício já debochou de muita gente famo- melhores investimentos que já fiz", revela. náo mudei. Tenho medo de pedir; eles o presidente da empresa Milton Afonso 0797) e as seguradoras que atuam no setor
Outra opção de investimento adotada podem me negar", explica. Soldam. O mesmo procedimento deverá ser de saúde são controladas pela Susep (telefo-
sa. Fez muitas dessas pessoas rirem de suas
tomado pelos clientes da Adress e da Semeg. ne: 297-4415).

Rentabilidade dos fundos

•Fundos de renda fixa Oonltll 10.570.112.8 0.191193 7,55 30,07 Btmi; io portodM "0 HO NO Fundos mútuos de ações FAN Nicicml
flAI
21671511.1
65 270
0.1612890
0.1399100 2110 26.51
19.99 23.01

B(,t 5.695.215.3 0.OO6260 nd nil

20,971.5 214.916270 3.19 19,07 FIC Budiico 11206491,1 0,1016500 16,57 22,21
Polflm. Vilor luas. hmi. BFB 294.134626.7 0.617614 7.09 30.09
Liqutdo da cot» Um. Acum. HM 1421256,1 7.220332 3.10 20.51
Bn-Xai 64.070.122.8 0.023024 7.32 31.04 PlWm. Vllor lirrub. ImUb. FidlQ 711202.5 0.0014271 19.84 21.15
i t, Crt Cr) Io Rtt Io im InvoU-Rlldl 6.092,5 1.674000 NO 27.23 lIOllMo li Cola leum. «com.
BMO^ I3.583.139.I 11.778250 7.24 31.03 Fjdou NMB Binl 52 281.4 1.6473000 25,42 26.26
% 106 461.198,5 69,093412 8,26 31,29 Ml 26.799.601.1 9.947640 6,71 21.82
Kit «Crt Ho Ml No «no
Finm 15 780 836.7 0.2859320 22,64 27,24
Sã ai sui 24.757.379,0 1,112100 3,90 ãõô Ml Ml %
lothpo 4.537.001.0 0,051516 6,89 31,58 BHt - C»IW Piora 9.234.396,6 5.544745 7,14 30.09 Fimnvnl «cjtl 251899,2 0,0356020 24,14 23,63
W-rlIitminH 1.364.907.5 MTO41 8,13 19.23 «lll-Umbinco 3474 517.1 0.2841520 18,93 11,72
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«jiUnci do Sul «tou - .6891.233.0 0.1374100 24.63 22.31
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Gualdo C01I1 30.108.9 3.5221000 23.64 21.60
Mllom 442.101,4 0,004391 HO 11,211 Bomonndul «jon 22050.496.5 1,1411600 14.66 21.62 H«B M« 14.446.0 104.8104200 23.40 35,36
Bindlirinlii 531.211.2 0,120104 8,32 1650 Cillban» 451.563.021,1 63,775215 7,07 29.91
Hmtoml 1.713.958,9 0.009491 7,46 30.63 Biococidldl 107.543.4 0.1510520 13.42 10.11 HM 32.571.2 3.1641621 16.42 21J0
Conioll do niilo orou 5 875.3 1.172722 7.25 30,60
Binaipl 14.449.018.1 0.044180 6.M 29.97
Moonlllii 1.128039.2 5,212000 7.56 30,97 Bindtiimtn «(to, 4 689 723.7 0,0720000 7.46 21.34 Intui 62 6)4.1 2.5069460 16.94 1401
815.194.4 0,006365 6,98 29.77 Corjú Numeiadi BMC 56.682.199.9 0.646073 6.63 26.73
Blnlltido
¦ , no i.- — ii ¦¦ i p— i- — ii.i— — ¦ — i..i Monttnlbanl Condom. 2486.728.6 2,841517 6.81 11,32 Con» Stcnti BoncoM 13.842.130.3 0.06271 7.12 29.83 Bonoioo «ttoi 7.190.154.0 0.0586450 19.11 17,49
Bi mim 1.634.790,8 0.779900 7.23 25,12 I0B 381242.1 124.1142510 17,56 12,36
Multiplic 1.319043.8 1.181698 7.04 30.46 Cimliblnco K Mito 14,118436.6 6,594933 7.10 29,95 Bonoslldo «pi 690.514.1 0.0136590 17.21 21.60 locou «jhl 2634138,0 0.0400001 21.14 25.00
Bin» d Boito» 42668047,2 0.094900 7,53 28.96 NO NO NO NO
Muriiplie Empou 1.653.400.1 9,138710 7.46 11.11 Cralnul M Portador 131.650.777,9 6.925391 6.57 21.62 BinoilM 1110 Capotai MliHl 92.165.542.0 0.4571070 12.72 30,08
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 1*1
JORNAL DO BRASIL
6 ?u Economia
Eeonomia ? scgunda-fcira, 20/2/89
segunda-feira, 20/2/89 JORNAL

Cena nacional
nacional g
mmmmmmmmmmmmwmmmmmwmmammwmm¦tmmmmmmmmmmammmmmmmmm^mmmmmmmmmmmmmm^mmmmm^mmmmmm^^mmm^^mmmmmmmmmmm^mmmmma^mmmmmamammammmmmmmmm^mmmmmmmKmmmmmmm^mmmmmmmmmmmmmmmmmmm^^mmmm^mmmmmm^mmmmm^mmmmm^mmmmmmmm^mrnmaLim ^

regra
regra compensar
compensar fim
fim da
da OTN
Governo
Governo cria para
'1 l+t
j»< Lunlnno
Luciano — 14/3/88^*^
14/3/88
Aridrado 14/3/80
Luclano Andrado— -A- A f pmpMMMHBMHNMnnHHMmHHHBBMn
TUfodomiro
TSHomm, Brngao
Braga e M°ria
Maria jtfNSKK^. Dolar pode virar indexador A/r ,
|O crr„erro no „„ ano passado w foi
i| Luiza Abbott
~HRAS(LIA Luiza Abbott 777"!
7Uueira cpmo parflmetro [Wjpcontrntos c carncs. JV|
Montreal Qf|T pP£|| tao tão grandc
grande que a Montreal rs*»» ro'+>
Sem cja, as pcssoas ficam sum saber solvcu
,1V„I)KAS(LIA — Ainda nesta sema- scrna- Kido solvcu mudar. Apesar Apcsar de conti-
na, o governo
11a. deveni criar uma regra
regra A cm relaqao ao fim da nuar estimando
cstinhwdo a inflagão
inflagaoanunlanual
distorções pcrplexidade ESK'S?1 cxt£o nrAPlirQ nuar —
paru
para corrigir distorts provocadas
provoeadas pe-
pe- correqao monctfiria, matcriallzada, antes jcssc jnjCxad0r coloca o covcrno numa —para para o orçamento
orgamcnto dc 89, que
PlUvUr
procura
10"fim da OTN como indexador oficial
lo-fim of.c.al do Piano Vcrao, na OTN - que pratica-
situa^o dcfin começou a ser estudado cstudado em ou-
da cocnomia. A medida provocou
da-cgcriomia. o . comegou
mcnte tinha sido transformada na nova Teoricamcntc a cxistOncia da OTN. QlfomoflVQ tubro do ano passado, a proje-
descasamento ent.re a remuneração
düücasamento remunera^o de de mocda nacional — c, conscqQcntemcnte,
0(| dc 0utro indexador, a alternativa
dl ICI lid H V <\ ção
gao foi dc de 3.300% — |e fazentkr— fazendo~
cmpresas e o a qua|quer passa
crfditos a receber
crtítlitos rccebcr por Por empresas busca dc novos mccanismos de indexa- m dispensed. caso a inflaqSo realmente o orçamento
orgamcnto cm cruzados cor-
pagamento dc
ptypimcnto empréstimos dessas
de cmprcstimos dessas l»f& da ccononna, como o d61ar, sao fjqUC baixa nos prrtximos mcscs, entende Elmw Elane Maciel Macicl rentes, rentes, no final ele clc 6 transfor-
llamas empresas, que eram
mesmas tomados
cram tornados rcflcxos dc urn ccrto ccticismo cm rclaqao Francisco Lopes. No cntanto, sc a infla- ~—7 ~ : : 77
indica- mado cm dólar
drilar para que possa
coui base nas taxas dc de juros de merca-
merca- ao succsso do Piano Vcrao c reprcsentam vojtar a sc acelcrar, urn novo indexa- AA mcrfvcl danga dos mdica•
incrível dança estável. ' ••• - •
das cadernetas de
dc um, natural dc uma socicdade - da brasileira ser analisado
' 1 mocua cstavel
cm moeda
4o_ou
do_ou 110
no reajuste fcndmcno dor oficia| scrd nccessdrio. Mas qual? dores
doits ccononna
economia brasilcira .
\"/\ cada mês, rodamos rnfhmn. no
poupança.
ponpanqa. .. MM que jfi cstava acostumada a convivcr com pcrgunta o..N5oeconomista, respondendo, cm cnlouquccc os mais brilhantes
computador
computdaor 0Utr0 orçamento
outro 0rgamcnt£
dcscasamcnto é6 um dos prin-
: Esse descasamento prin- instrumcntos que asseguravam, atravds ida; 0XN, que perdeu a executivos financeiros
financciros na hora
bora
cipais problemas enfrentados pelos ad- ad- da freqKncia didria de reajustes autpma- crcdibilidade. Oucm perdeu dinheiro dc fazer orgamentos das cm- cm- com indices d <
índices que aconteceram. <
fdzer os orçamentos <r -- ~ „
.er::
ministradorcs do Plano
miiiístradorcs Verao e até
Piano Verão atd o l'cos- rclativa proteqao de seu podcr de com 0 COngelamento da OTN nao vai Com o0 Piano Plano Verão,
Vcrao, Assim, comparamos
compdramos previsto
presas. real
rc nas mcsm;,s bases."
!h,s mesmas bases. Robcr^ Robe " ^
final da semana passada a equipe eco-
fiual eco- compra. majs confjar cm a|gUm indexador seme- extincuiu a OTN ec a OTN
(/ue extinguiu OTN
nomica ainda não
nômica encontrado SS^HpiHBPW^
nao tinha encontrado A opiniao 6 do economista Francisco |hante." que
Lcli „ cituic-'io to Ramos considera que fazer o' 1-
fazer.0.
Lopes, ativamcnte da ela- Lopes advertc o nsco de a ' ' a situação foi agravada
fiscal, aerwadt
diretamente cm
em dó-
do-
uma folucao.
solução. Uma das idéias
ideias apresen-
apresen- mmfiBm, MM que participou para que _ Hfc-mnrcrnrnm wmfni os
m mini-
mim- orçamento
orgamcnto. dirctamcntc
reinstitui?ao da OTN fiscal
tadas ée a reinstituição
tapas fiscal HHIm boraqao dos pianos Cruzado c Bresscr- socicdade fuja cm direqiio a algum mdc- P^OL desapareceram
porque lar
jgf c uma asneira
asnc/ra técnica
jf&mca por-~
por|
caractenzados pclo congc amen- xador informal, desvinculado dc qual- mos parâmetros ^MpdnLtram
pa^metmsou^^gun- que assegura- os /nsumos tem
durante o periodo período de congelamento,
congelamento Gonçalves:° " pcía tambcm
dcsiiulexação 5 vam o reajuste dos orçamentos que os insumos tdm indexado-
Maílson dada Gof ' »° dc, Pr^os e sala"os "• cn?bora a qucr.^|0 do governo, como o dolar o<reajuste mo^an eptos obedecem ãa
itifitío ministro da Fazenda, Maflson
Wo W intlagao futura. res
^ diferentes c não
nfl0 dbedeccm
JaXKr»»n
Slóbrega, é,1 contra nrnnnct-i "A
mntr, an proposta. "A -
correção da. poupança, a fim de, corri-
corn-
dcsindcxaqao nao tenha extmguido a cor- que jd vcm scrvindo de parametro "A para rclagao àa inflação
cm relação tutura.
variação
'?
rin
da moeda nmnrim
tn americana
i i y' r'in ées an espinha
psninh'i dorsal
dnrsil dodo corre?ao poupanqa, rcqao monetaria atravdsda OTN, medida venda e aiuguel dc imoveis. dolariza- Assim, algumas empresas bus- bus- /(combustível,, tarifas . rv.' 1<M.
,,M"'
cjesindexaçlo,
qgsindexaqao cspmhd gir
gir o
0 desequilíbrio
desequdfbno das construtoras.
construtoras. diz, nublicas.
^ dc questiona. ?ao 6 dc fat0,0 caminho natural", cam fórmulas
formulas propnas
próprias, como 6
c (mmbustivel, públicas,
Piano Verão",
Plano Verao ,afirma secretdno do
afirma o secretário do No No entanto, os técnicos tccnicos reconhecem
reconhecem -A eeonomia cstava com um alcrta: "Sc isso sc gcneralizar, o >mP0st0!!' salários
impostos, sa,anos etc.). ei>
Tesouro. Luiz Lu.z Antonio Gonçalves,
Gongalves, que que que |„tant0,
a medida
nicdida elevaria
elevana excessivamente
excessivamente quasc toda ote- o0 caso do dogrupo Montreal Em-
Montreal Em-
que njzada Enta cra de ccrta forma mais risc0 da hiperinflasao se acentua. Sera É nesse momento
descarta a iddia. idéia. osos custos para os compradores de imó- ,m6- uma consequcncia natural." Eoprccndimcntos que
preendimentos, desenvol-
dcsenvol- E ncsse momcnto que entra
cntrd
m convivcr com a 0XN> M scrvia vcu
veu no SrJIZ
computador
computaaor um Sistema
bistcnu cm
em cena o computador
compuiaaor
nZutador Unisys
Unisys
uS .
Constnitores — As constm-
Construtores veis, na maioria assalariados, que fica-
constru- veis, fica-
on arreo<OHn,OB - de Orçamento
Orgamcnto cm Bases Mó-
Mo- modelo A10
A H — o demaiorpor-
dc maior ""
toras de reprcsentam um dos
imoveis representam
dc imóveis dos ramram com seus salários
salarios congelados.
congelados. . . por-
"Existem muitas dúvidas, duvidas, porque terá terd < 5 v> veis.
vc,s- ,c te Pe fabricado pelaa empresa cmPrcsn —
sctores afetados pelo fim da OTN,
setores OTN, "Existem ; . — que escolhido ter
cmpriistimos no que no ser criada uma regra - „ 1 m
. a O
0 grupo Montreal que escolbido por tcr capacidade
porque elas tomam empréstimos que geral, para
para ; ||k
Sistema Financeiro da Habitagao solugocs para cada caso, num
evitar soluções
Habitação cvitar num £ , ¦ JBl conta com oito empresas nos nos para guardar e processar proccssar dados.
processo que não
corre?ao igual à proccsso
clausula de correção nao teriatcria fim", afirma oo diversos sctorcs
mais divcrsos setores dc de servi-
scrvi- envolvem cerca
que envolvcm ccrca dc mil tipos— tipos"
(SFH) com cláusula 11 "A
'A ~
da poupança, era a variação
variagao da
da secretário
sccretdrio do Tesouro.
Tesouro. ços,
fos, prestados
prcstados nas plataformas
plataformas de
dc índices
tndiccs para reajustes.
rcajustes.
poupanga, que "
OTN mais juros de 6% ao ano. Duran- Duran- 0O fim da OTN como indexador indexador pctroli'fcras e até
petrolíferas ate mesmo
mcsmo na na oualqucr instante accssamos
cjiialqucr Z
construção, a empresa vendeu as
te a constru?ao, generalizado da economia
as generalizado eeonomia foi adotadoadotado área
arca de Mformitiea
informática — levou os os banco dc dados ec mexemos no no:
':W'
uftidades do imóvel
uftjdades im<5vel c o comprador
comprador no no Plano Verao para quebrar
Piano Verão quebraroo proces-
proces- ultimos anos desenvolveu-
dois últimos dcscnvolvcn- índice
indice dc reajuste atualizando
comprometeu-se a pagar uma poupan- poupan- so so de repasse de todos os aumentos aumentos do, com uma equipe cquipc de dez dcz automaticamente
automaticamcntc o orçamem~ orgamensc :
qa corrigida mensalmente pela OTN — para
ça para todos os preços. prcgos. Ou seja, scja, para
para HHHnlHHf tdcnicos, um sistema dc
técnicos, de compu-
compu- to", revela rcvcla Ramos. Ainda ás-—* as-"*
ns-prestação jájd estava embutido o que
na-presta?ao que o aumento nos preços pre?os do cigarro
cigarro tador, o único unico capaz dc traba- traba- sim, cie confcssa que em
clc confessa cm feve-
fcvc-
luoro e o custo da empresa. empresa. —— calculado no IPC, que corrigia aa lhar com cerca dc mil indexado- indexado- reiro
rciro e margo março estão estao voando à's lis
"""Com
""'Com o Plano Verao, a OTN foi OTN —, , não
foi OTN influfsse na desvaloriza-
nao influísse desvaloriza-
Piano Verão, res aplicados a trinta mil lança- langa- ccgas pela ausência
cegas auscncia dc de base pa-
congelada eeextinta extinta em 31 de janeiro, e gao ção do cruzado em relação relagao ao dólar,
dolar,
. <? mentos de custos. "Sempre fize- fize- comparagoes. Isto porqtlS,
ra comparações. porque ¦¦
o-sfjomprador do imóvel
o^çomprador imdvel vai pagar o por por exemplo.
exemplo. mos o0 orçamento
orgamcnto em cruzados cruzados poderão
poderao mudar ou não, nao, depen
depen-""'
emprdstimo pela variação
empréstimo variagao do IPC de- de- AA partir do Plano Verao, cada
Piano Verão, cada um índice
indice de infla-
infla- dendo do desempenho do Plano
Piano "
devera ser corrigido por um projetando
pois que terminar o congelamento. As As contrato
contrato deverá um '
u cio", conta Roberto Ramos,
ção", Ramos, Verão,
Verao, o orçamento orgamento que está' esta
construtoras, até ate repassarem o em- em- indice
índice escolhido
escolh.do pelas próprias prdpnas partes
paries vice-presidente
vice-prcsidcnte financeiro do
do em cima de uma io-r
ior *
projetado ;
prest.mo do SFH ao comprador do
préstimo do mteressadas,
interessadas, mas no penodo período de transi-
transt- "No ano fiação
flagao de dc 3.300%. De qualquer^ *
Dc qualquer"--
imóvel,
imove , pagarão pagarao o financimento com com cao ção entre o inícioinfcio do programa e o fim fim I .¦ grupo.
Raimm Fpassado.¦ perde-
perdc- t¦* aa ">»-<
os investimentos do gru:'"^
mos
m0S o° rumo P°J^nners!'mamos estimamos forma,
forma' "
base na taxa do overnight, que ée a do do congelamento, deverá deverd ser encontra-
encontra- gtggML. M
uma
um'1 T'° porque
inflação
'" de 300%
300%, o
o desde 1984 se mantive
mantiVtT-
ramuncracao das cadernetas
remuneração cadcrnetas de pou- pou- da solugao para o reajuste dos que
da uma solução que f3® para po, que
usavam a OTN como indexador. Se oo período e ela chegou a quasc quase ram cm em USS US$ S8 milhões
mil hots anuais,
anuais
pança e teriam que arcar com a dife-
panca dife- usavam penodo
1.000%, o desordena enquanto serão
scrao de
dc apenas
rença.
renga. Piano Plano der certo, cada preço prcgo da econo-
econo- que qual-
qual- por
r.'íí Outra das propostas cm estudo no no miamia vai aumentar de acordo com os
os quer orçamento."
orgamcnto. US$ US$ 2 milhoes.
milhões.
pbverno seria aplicar aos contratos de
gbycrno custos ou com índices
dc custos indices diferenciados,
diferenciados, "Era -=! ,
imoveis a mesma mesma sem sem o repasse de um item para outro. outro. Chico Lopes: Era mais fácil jdcil conviver convwer com a OTN (JIM
fumnciamento de imóveis
financiamento

Falta de indexador leva ]\ja

I'alta Qlirgel os salarios
salários nao
defasadoC;
não
defasados ficam
• ' Monagattl__ - •
SSo Paulo — Pedro Monagattl
São
•
a impasse impasse indice Em janeiro de 1988, 1988- para
Para 1
empresariado índice da empresa empresa r -;r ' * M '7- V — 1
• Jl JL escapar das mudanças
mudangas promo-
promo- ^ : v
- - ~~ sfKf
o o principal sinalizador do custo do do COffl§e sempre
corrige Sempre acima aCllTia
vidas pelo governo, ele criou criou ; >. '¦?, ;
Jorge J. Okubaro ar° dinheiro.
dinheiro.
°rgC m . . numeWS oficiais
de números oficiais seu índice pr6prio, a Unidade
indice próprio, Unidade '
' SÃO PAULO Esta é a solução adotada pelo , || '
t SAO paulo — - A falta de um um "Estamos Bdsica Salarial (UBS), fixada
Básica fixada » v """
indexador confiável está afetando r''Fs^mos
Grupo Susa. uHnzando Sa
utilizando :
LFT como balizador", conta Victor
L^balSS'Uta Victor pi pi ntre 1984 ec 1985, quando naquele mês
quando mes em Cz$ 100. 100. * 1 ^-
rijuitos negócios. Alguns preços, co-
mo os dos imóveis, im6veis, são sao fixados em Malzoni
em Malzoni Júnior,
Junior, que admite haver,
haver, U os salários salarios eram corrigi- Montada com base nos índices
corrigi- indices w
diolares, mas isto tem servido apenas
diólares, apenas cm em sua empresa alguns setores dola- dola- dos pela fórmula formula conhecida conhecida inflacao e nos níveis
oficiais de inflação ni'veis '^iPPr '
como referência; na hora de se redi- rizados. Mas, nas suas contas, as 'JHWl-:
como cascata — - aplicava-se
aplicava-sc
de produtividade da empresa, empresa, ¦ WX
gir o contrato, estabelecem-se for- expectativas
SSi-^oTccSeSo quanto à correção da como a taxa de de
norte-amencana não
moeda norte-americana nao diferem
diferem um redutor sobre a UBS só restrigao: oo
s6 tem uma restrição: «
iftlis de pagamento que não
ffiiis nao mais mais mocda |em
muito da atual remuneração
remuneragao da LFT
LFT inflação,
inflacao, tornando menor oo
levam em conta a moeda americana. americana. muito
hoje): o aCumulado de um ano nunca
acumulado nunca ilia -
só fa- (em torno de 18% ao mês reajuste dos salários
salanos maiores
ma,ores
Os' fornecedores praticamente pra.icamentc s<5 fa- reajuste
negociaao no mercado
dólar negociado mercauo futuro luiuro pode
podc ser infcrior
inferior ao
a0 reajuste
reajuste flB J.
zem negócios negocios àa vista, pois ée difícil dificil sese aoiar —, o empresário
empresano João Joao Conra-Conra-
, . . J -j' „
cbegar a uma fórmula aceitável
formula aceitdvel para estava cotado em cerca de NCz$
NCzS 1,50
1 50 obtido categona a que
pela categoria que „;i| i^p. -
chegar para estavao dia Io de maio, o do do Amaral Gurgel
Gurcel sur-
sur- M '
o pagamento a prazo. prazo. para
media^Sma^c que resulta pertencem os empregados da
da T~ fP^P111'1 rvS---
numa taxa média próxima de
sua preendeu 17% ao
ao os trabalhadores de
de
¦"O que temos observado é que a
maioria das empresas está parada", mês. sua empresa (hoje ele Gurgel
empre- (me.alurgicos). De sua
OurEel (metalúrgicos).
empre-
8a 700^00 pessoas) oferecendo- criagao até
criação
oferecendo- atd o final de janeiro
janeiro flHB ajiSt-o '
constata o economista José Jose Fernan-
Fernan- Indexadores Indexadores — Boucinhas Boucinhas ga ''
do
dodaCosta da Costa Boucinhas, sócio-diretor
s6cio-diretor prefere prefere recomendar outros indexa-
indexa- lhes remuneração
remunera?ao em ORTN ultimo, a UBS havia crescido
ORTN
último, crescido -^W
da Boucinhas & Campos Consulto- Consulto- dores, dores, como o tradicional índice indice Ge- Ge- (naquele tempo as obrigaçõesobrigagoes
15% mais do que a OTN. OTN. C
res, que conta, entre seus clientes,
rés, chentes, ral Pregos - Disponibilidade Inter-
ral de Preços Inter- s\
do Tesouro eram reajustá- _ ,
reaiustd- ... ' Y>
algumas das maiores companhias do do na na desde sua criação,
criagao, „• Embora ainda não nao tenha
tenha -• -
"As coisas estão (IGP-DI), que veis).
vus;. n„
Ou seja,
scja, n..n<.n,Ii„ntp
mensalmente
niciiiduiiciiic
país.
pais. complica-
estao bem complica- nos nos anos 40, até atd o Plano Piano Cruzado,
Cruzado, jju seriam definido como vai calcular caicuiar a ' "•
ddJ", completa o empresário
dà£", empresario Victor Victor em em 1986, foi o indicador oficial ofieial da da os salários
saldnos senam corrigidos
corngidos
uoa de
UBS p fpvorpirn
icvi.ruiu, Gurgel
ul fevereiro, Cmreelnre
vjuigci pre- ||^
Malzoni Júnior, Junior, diretor-financeiro
diretor-financeiro infla?ao inflação brasileira, ou outros cálcu- cdlcu- infla5ao plena. Com oo
pela inflação
der1
dcPGrupo Grupo Susa, proprietário
proprietario das lo-
lo- |os
los por jnstitui^oes independentes,
independentes, Piano Cruzado, extinguiu-se aa tende manter seu indicador
p0r instituições Plano " 1 "tn
jas Dillard's, Sears e Ultralar e da da comocomo os da Funda^ao Instituto de
ja Fundação de ORTN e criou-se a OTN que que acima dos níveis nfveis da inflação.
inflagao. , »111|win
rede de lanchonetes lanchonetcs Bob's, entre entre peSquisas
Pesquisas Econômicas
Economicas da Universi-
Universi- continuou a servir de parâme- parame- Se houver algum erro, ele ga- ga-
outros investimentos. dade de São Paulo (Fipe-USP) e o * M A !•
"'""A economia estava organizada Esta- tro para a correção salarial. ™,e,ue
rante que ciigirlem
corrigirá mar^o.
em março. Gurgel criou índice próprio para corrigir salários
^ AOA.V \«
T*organized, Departamento Intersindical de ^'^3^
antes do Plano Verao", analisa Mal-
Piano Verão", Mai- tfstica e Estudos Sócio-Econômicos
tística S6cio-Econ6micos
zoni. "É "E verdade
que a inflação
inflacao (Dieese).
(Dieese).
"O índice
fndice de Preços Pregos ao ao ¦¦bmiri'i
estava muito alta, mas a economia eeonomia ConsumidorConsumidor (IPC o atual indicador indicador <1 """
trabalhava indexada e o problema problema ofieial) oficial) foi totalmente distorcido", distorcido", InHicadorGS T3Dllt3
Tablita de
Q© D6TI3Q90
Deflação
estava bem equacionado. Agora, fi- fi- Indicadores
adverte.
adverte. ' """ i-
ca difícil dificil encontrar um número numero con- con- _ , . _ . -
Para quem trabalha trabaiha com dólar, dolar, a9o. s.t, om. Nov. pe». j.n, Fatores de conversão conversao para para Data Fator*
fiável".
fidvei" Para Data do Vencimento
Vencimento Fatop*'"-
Bianchessi faz uma advertência: a
.Fórmulas — Oo problema an-
„ ,F6rmuias an- moe^^americ^^est^congS
moeda americana está congelada ee Inflação
Inflagao contratos com reajuste anual anual dada obrigação
obrigagao Cz$/NCz$
Cz$/NCz$_
tinge até ate mesmo aqueles que, com a jss0 isso p0(jc trazer problemas. Ele con- con- IPC (%)(%) i .. .
experiencia desenvolvida em anos
experiência anos tata o pode caso de um cliente seu que que 24,01 27,25 2692 2e,79 70.28
27.25 26,92
Mês do 1.056,6674
^ último
ultimo reajuste
reajuste Mior Fator 30/01 —^^
1.061,1572^"' S?,;.:
seguidos de .inflasao inflação alta, tinham tinham comercializa
comercializa máquinas mdquinas que utilizam utilizam
descoberto fórmulas
descoberto, pr6prias de in-
f6rmulas próprias in- pe?as importadas em grande quan- INPC (%) (%) 0,4859 1.065,6660
peças quan- 20,63 26,93 26,81 28,15 28,15 28'43 jan89 0.4859 ggg 1.065,^60-"--
d^xagao. ÉE o caso da Gurgel S.A.
dsjxação. S.A. tidde tidde (daí(daf a necessidade de dolarizar dolarizar 88 0,6311 01/02 1,075,0110
1.070,3283
empresario João Joao seus dez "; ' osnin 02102
proprietario, o empresário
Seu proprietário, seus preços).
pregOS). Com câmbio cambio congela- congela- FGV <%> „ on : 0,8050 1.075,0110 -- -;- '
Augusto Conrado do Amaral Gur- Gur- do, do, os compradores estão estao deixando'
deixando' 22,89 25.76 27.58 27,96 28.09 37,56
27,58 27.96 —— L. —rrrr ~ 10797142
gel, corrigia os salários salarios de seus em- em- em dia, inc0rrem em
incorrem em out 88 1-0318 —^
de pagar gar dia pois ^ i m, ¦„T(>""
1.064,4379
piegados de acordo com o que cha- cha- juros de l%
juros 1% ao mês m6s mais multa de de 0TN <cz$) set 88 1.3066 Wf0Z •/
ma de de Unidade Básica Salario, ou
Basica de Salário, ou 10% 10% por atraso, o que resulta num num 1,9a 2,39 2,96 3,77 4,79 6.17 1^: ..
UBS, cuja variação era sempre supe-
cujavana^ao supe- mffl 1 6057 °5'02 1.093,9475
1.093,9475
onus muito menor ao
ônus do que o rendi- rendi- rrrrr 06.132 ^
rior
nor àa da OTN. OTN. mento mento oferecido pelas aplicações aplicaqoes no no Corregao Correção Monetária Monetriria (%) (%) iu* —. 07/02 07/02 1.098,7335 <„,un k.
A UBS, que combina inflação
|"produtividade inflagao e mercado mercado financeiro.
financeiro. 20,66
20ae 24,01 2401 27.25 2725 26,9226.92 28,79 28.79 iun 88 2,2666 oara 1.103,5405 1.103,5405 '" - '
aa.produtividade da empresa, será serd"O SF55 3 W ' 26264 1 108 3685 '' *
mantida, garante carante Gurgel, mas seu seu ConstruQao —
Construção principal
principal IDgM —— c'"
Caderneta de Poupança Poupan^a (%> <%> 1.113,2176
valor para fevereiro (que determina- determina- problema problema criado pela falta de um um
26 24,63
24 63 27.89
27,89 27.55
27,55 29,43 22.97
22,97
abr88 3-0744 ' 10/02 1.113,2176—-
rd os reajustes salariais deste mês)
rá indexador
mes) indexador aceitável
aceitavel é
6 a queda nas
nas 21,26
21 3,6180
3,6180 "'02 i.ne.QS79
mar 88
ainda não nao foi definido. ÉE provável provdvel vendas", diz Bianchesse. O proble- proble- —— 4 2438 1.122,9796
Correção Cambial (%) (%i 13.02 12/02
1.127,8926^^'
que se estabeleça estabeleca um número numero sem sem ma, porém,
pordm, parece ser mais grave no no Corre^So
muita precisão; correcao, se neces-
precisao; a correção, neces- setor setor de construção,
construgao, como aponta aponta 21.00 24.10 27.65 27.55 26.92 29.46 29.45 30,00
30.00 » P«r» contrato* ««>in«dot »p6» jwwttro d* iwa, ——— —7 1.132.8271 1.132.8271 •" „
João Alberto Ianhez, diretor de Re-
Re- conldww o m*« de wp»ct<va cHbrat*>. — ^
sdrla,
sdria| será sera feita em março.
mar?o. Joao 1.137,7832-»* "" ^
"- Numa situação situagao dessas, "o inde- inde- lagoes Publicas do Grupo Fenícia,
lações Públicas Fenicia, Overnight (%> (%) —j~
11427610 - -
1.142,7610
xador mais confiável confidvel seria mesmo o que que atua também tamWm na drea financeira finance.ra 21,89 24,22 27,46 26,9 29.90 22.97
com um "m banco do mesmo nome, nome, FatOreS de conversão
Fatores COnversSO para para 1702 "
UM ó^lar, ou o iene, desde que eles eles ». . ..
1,152,7821
52,7821.,
flotuassem de acordo com
flutuassem o merca-
merca- comercial,
comercial, com a rede de lojas Ara-
Ara- Bolsa do Rio (%)
(%) —
e industrial, com especialmente
especialmente COIltratOS com
contratos reajllSte semestral
COITI reaiuste SemeStral —155® WAI
dô",
da" sugere Cldudio Caldas Bian-
sueere Cláudio Bian- puã,
PU3, 'ndustnal, 2g78 3975 2432 21 46 S179 4 29 1902 1.157,8255 ^ _
indústrias
industrias de alimentos. "Nossa drea drea M6s do
cKessi, diretor da Campiglia & Bian-
cljgssi, Bian- Mês do gM)2 1.162,8910 1.162.8910
chessi Auditores, que em seguida
chéssi seguida de de construção
construgao está parada diz. O
estd parada", O Bolsa de São SSo Paulo <%> (%) ultimo reajuste
último reajuste ^ator Fator 21/02 1.167,9786. ^ -
presidente do Conselho Regional Regional ~ : : 1.173,0885
ressalva o0 fato de que, pela legisla- legisla- presidente M78 45,35 31,84
28,78 3184 18.50 1B50 53.19 M19 0.06 0 06 jan 89 0,6367
0,6367 5^75 : i:i73.0885~~
isso nãonao pode ser feito. feito. dos dos Corretores de Imóveis,
Imdveis, Roberto
Roberto 5^213 nreaoa- ' "
Sao,
ção, *" explica:
Capuano,SrSmSS^orSeobA,U9Uel "É difícil encon-
Do ponto de vista operacional,
operational, Aluguel SemestralSem6S,ral (%r (%r 1.183^755"-"."
r^tomenda trar alguém que empreite cnipiciicuurab, obras, por- por 185.04
185M 191.57 ^,50 258.30 286.06
2n67 232,50
,9, 57 211,67 286.06 nov88
—— 00450 ——
rdtomenda ele, que trabalha trabaiha para para digucm "
"a que
^ não
nao, se consegue
co"see"f elaborar um
ura out_88 1^048. 25 02 -1.188.5528
guindes companhias, remunera-
remunera-
orçamentoo confiável".
confiavel .
q4p da Letra Financeira do Tesouro
ç5p Tesouro organicn "Não se Aluguel
Aiuguel Anual (%j~ <%)- set 88 1.6136 2602 1.193,7527 ^
(LFT)
(kFT) seria algo bem mais confiá-
confid- "Nao pode manter uma situa- situa- 424.92
424 92 495,50
495.50 598.78 816 05 933,62
714 42 816.05
596,78 714.42 933 62 1,9696 27 02 1.198.9754 „¦ qm. .
aao 88 —7 ;—; 2802 1.2045209™ ''
vel". Duas razões razoes fundamentam
fundamentamessa essa ?ao dessas", afirma Boucinhas, que
ção que - *
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expectativa
eSpectativadc dc inflação; além disso, é
inflaQao;alemdisso,d
"Não
Nao ha Sinais sinais j definição
dcfinigao àa vista".
vista •• •* AbadiAbadi ————