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A PALAVRA
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LIVRE DE TRISTÃO
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SUO PAULO
POLITIKA
koluna
aberta
A Editoriá
Albuquerque Lima
da, lança até o fim deste mês seu mas até agora não conseguiu
contavam com a infra-estrutura explicação dura e burra: importante da semana mas de TV a cores contando as
necessá- volte a que
para
ria desenvolver redação de foi o coisas do Acre, mas como' o Acre
para a nova função. E seu onde o senhor é passou pronunciamento do
jornal,
3
Até onde o movimento de 1932
era anti-revolucionário ? Qual
sua relação com 1930 ? É isto
Paulo
que Paulo Duarte, um de seus
Duarte revolução
líderes, conta com detalhes.
SAO PAULO
LUTOU PELA mm ¦¦§¦ m\\\\\\\\\\\\\\\m\mW ¦¦
DEMOCRACIA
HVvtifi&AT UM m*****Í*mO**è^tBLmmt Ml K» *a9*Lmmm\ »
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Paulo Duarte de volta do exílio
mM
POLI TI K A
A revolução de 1932
paulista
lO
SÃO PAULO
apenas restaurar os
pretendia
LUTOU PELA
revolução
revolucionários de
princípios
DEMOCRACIA
Os revolucionários
paulistas
PAULO
SAO
as armas, mesmo depois da
pela
lutou
contra a imperante
politiquice
Quando os
políticos prepararam
o contra os mais de
golpe princípios puros
30, os se levantaram
paulistas
a ori-
zação que permitisse garantir
da vitória, na qual,
entação possível
taguarda.
iniciar a ação.
aproveitadores fa-
do sacrifício que
Júlio Mesquita
zia Grupo de João Camilo
nas trincheiras a moci-
primeiras
SÃO PAULO
como uma contra-revolução,
já
LUTOU PELA
era a daquilo
que preservação
revolução
DEMOCRACIA
a se a de 1930.
que propusera
das idéias ro
representa. 'SI
E isto
que
Mas, a resposta de Pedro de O coronel leu atentamente o ram Foi Antônio Pe-
positivamente.
Toledo me lembrou um pequeno manifesto eu exibi em reira Lima, portador" das minhas
pensamen- que
"um
to de Assis Brasil, cópia sem as assinaturas, exceto a cartas, trouxe as respostas. A
pelo qual quem
homem só vale idéias minha em lugar. Eu não Agora, era estender a nossa conjura
pelas que primeiro
representa no momento". Pedro de podia comprometer os meus com- e nós sabíamos a devêramos
quem
O havia conosco era coisa Pus ambos fins e uma sociedade hígida.
que a de toda a da idéia ainda Armando Sal-
par corres- que defende-
I folklore
Sebastião
Nery politiko
Bilac Pinto
— saber
0 ruim no Bilac é ele sempre quis
que
de Finanças. Foram a
nador, Alkmim secretário
1
insustentável do jornal,
Alkmim expor a situação
e Gustavo Capa-
Vargas, presidente, todo tipo.
Getúlio e divisas de
com salários atrasados
foram os dois a
da Educação,
nema, ministro José Maria Lopes Cançado é um dos melhores sentou-se
Alkmim os recebeu carinhosamente,
de Medicina da Univer-
da Escola
formatura momentos de talento, dedicação e convicções da enorme e os na
uma de uma mesa pôs
na cabeceira
da solenidade, Getulio
Brasil. Depois
sidade do mineira: deputado estadual, foi consti-
política outra cabeceira.
os novos médi-
foi cumprimentar pessoalmente tuinte federal em 1946, depois não se candida-
alguma coi-
dizendo ou perguntando
cos sempre e resumiu o drama:
Jair fez uma exposição
mineiro Neder João Ne-
um. Chegou o "Folha"
sa á cada des- A continuar saindo se c
Capanema só pode
mais. Adversário de Gustavo
tou
der: os ito- 2 mil contos.
muitos anos disputaram senhor arranjar
de cedo, durante
Alkmim a mão na ore-
Quais são os seus meu jovem? de Minas. Na outra cabeceira, pôs
planos, Pitanguy, no interior
tos de
da cortina. Era o
enfiado na atrás
fio parede,
UDN.
3
fone da mentira.
falar
comunista, não tem autoridade para
Depois, filha do fa- como
Bilac casou-se com uma
é contra a fa-
moso família, o comunismo
coronel a maior for- em porque
Chico Moreira, então
I a*] hr [?/
8 Os
efetiva,
pelos
adeptos
do
processo adotado
países subdesenvolvidos
de uma contenção,
Coronel
Arthur
konjuntura I com vistas a seu crescimento
Loureiro
) são os eternos aproveitadores.
Onde
poderá nos
levar o crescimento
Em maio, publiquei um
artigo a respeito das con- nossa renda,
ele que nunca
clu soes de um relatório do revelou maior interesse
pe-
Massachusets Institute of Ias desigualdades muito
Technology, encomendado mais gritantes entre as na-
te:*
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POLITIKA
Onde
Nixon
do
na área
emprego
sempre
do Pacífico,
de
foi
armas
um
só
defensor
nucleares
não
9
poderá nos
usou ainda a bomba atômica no .conjuntura
levar o crescimento
Vietnã porque não precisou.
A poluição serve de
__________________________________________ 3 *
Paulo
um estranho em rumos
perdido
Martinechen
incertos, a de novos
procura
Neto
CRISTO
EA
RESPOSTA
\ V
PARA
OS HOMENS2
O mundo cada *
presente, ¦If transformação e de respos-
vez mais complexo e con-
ta a anseios vividos
pela
fuso, vive a perplexidade
atualidade.
de não encontrar um senti-
Não o conteúdo do
o liberte da angústia, que
que
espetáculo não traga res-
de uma neurose
generaliza-
ce mais
profunda que qual-
maiores de
possibilidades
POLITIKA
Cristo
resposta
é a
para
O
o
problema
filosófica
maravilhoso
é
é
anestesiada
que
cênico
a colocação
e toda
com
a
11
? emocional idade do Cristo, em
os homens teatro
prejuízo geral do espetáculo.
"Acredito
que me possas curar
Veja minha língua, mal posso falar
Veja minha pele é sangue, só sangue
Acredito me possas curar."
Quando Jeremia» Fontes assumiu o Governo do Estado do Rio, antes do recesso de julho, mandou uma
passada, mensagem de manhã
encontrou uma estranha instituição conhecida como os à ressuscitando os
fluminense Assembléia marajás. A mensagem chegou às 10
marajás. Eram 76 dos ex-governadores Celso Peçanha, horas e às 16 estava
parentes já discutida, aprovada e sancionada. 0 líder </<•
Canotti e Paulo Torres, com cargos sem atribuição, equiparados aos Padilha passou o dia com o debaixo do braço, conseguindo
processo
ministros do Tribunal de Contas e distribuídos diversas
pelas assinaturas, apoios, pareceres e número votação. Seis horas
para
foram
secretarias, apenas para constar, porque não tinham obrigação
suficientes para a restauração dos direitos dos marajás.
"Coordenador "
funcional alguma. Até um de Náutica havia. E não
Resultado: voltaram todos a em casa, sem
ficar função, com os
trabalhava nas Barcas.
salários equiparados aos ministros do Tribunal de Contas. E mais: vão
Jeremias acabou com os marajás. Congelou os salários dentro dos
bacia receber todos os atrasados, de 1966 cá.
a para
níveis mais altos do estadual e distribuiu cada um
funcionalismo por 0 terrível é Padilha conseguiu impedir
que que qualquer jornal do
funções compatíveis com a sua situação profissional. Rio ou do Estado do Rio desse a notícia. Fazemos aqui a denúncia
das almas Pois agora o revolucionaríssimo #owrnador Raimundo Padilha, no
porque entendemos o governo não tem nenhum interesse
que de
último dia de funcionamento da Assembléia, sexta-feira da semana acobertar a corrupção.
negócio realmente impressio- Por causa do Victor Sanvitor, e a fazer nhava-o em suas andanças em cam-
Um velocidade; é o Mequinho, sen- se em 1.800 ações. passou
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QUANTO
"
CUSTA 0
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DESENVOLVIMENTO
BRASILEIRO?
em moeda, que passaram de Um evento imprevisto lm-
pode
US$ 1.604,7 milhões,em dezembro a renovação de tais emprés-
pedir
No mês de janeiro, de 1969 para US$ 3.193 milhões timos causando sérios
publicamos veríamos ter uma dívida real da problemas
em POLITIKA um retrato sincero em dezembro de 1971 e os finan-
ordem de 350,5 milhões para o País e para sua autonomia
de dota-
da dívida externa brasileira. Na ctamentos de importações, que liberdade de decisão todas
res, além de outros 527,6 e em
milhões
ocasião, o montante atingia mais subiram de US$ 1.355,2 milhões as áreas. base
com vencimentos não Com neste raclo-
especifica-
de 6 bilhões de dólares. E hoje, para US$ 2.201,5 milhões.
dos. cínio foi que o Banco Central pro-
feita a correção natural, Aqueles empréstimos em moe-
propor- curou restringir os empréstimos a
cionada pelo mecanismo do câm- da são feitos tendo como base de Utilizando-se mais objetiva- curto prazo, substituindo-os por
bio flexível, em amparo legal a Resolução 63 do mente todos esses dados,
quanto montará a que são empréstimos a prazo médio, de 3
dívida externa brasileira? Banco Central e da Lei 4.131 e, no oficiais, dizer
poderíamos que a 4 anos.
mesmo período, registraram redu- quando em setembro de 1971, nos-
Segundo fontes oficiais, o en-
ção os empréstimos compensatô- sa dívida externa elevava-se a Com referência aos Investi-
dividamento externo do Brasil rios que baixaram quase 250 ml- US$ 6.123,3 milhões, os empréstl- mentos externos no Brasil, já que
monta, hoje, a cerca de 7 bilhões Ihões de dólares, a dívida mos em dinheiro representavam
pública falamos disso acima, destacamos
de dólares (Cr$ 4.2 bilhões) e consolidada e o item empréstimos US$ 2.901,6 milhões, ou seja, 47,4
que no ano passado (1971) eles
apresenta tendência a aumentar, diversos que evidencia uma diml- por cento do total. Convém acres- alcançaram a quantia de
dentro da política seguida pelas nuição de 25 milhões de dólares. centar que esses empréstimos em US$ 1.789,6 milhões
autoridades econômico-financei- e os prlnci-
O endividamento externo bra- dinheiro têm vencimento a curto investidores
ras de o desenvolvimen- pais países foram os
promover sileiro em 31 de dezembro de prazo.
to com o auxílio da In-
seguintes- Estados Unidos — 543,9
poupança 1971 era de US$ 6.621,6 ifiilhões,
ternacional. Cerca de 62,8 cento milhões de dólares: Alemanha
E essas mesmas fon- dos por dos
quais nada menos do que —
tes asseguram empréstimos em dinheiro tem Ocidental 248,2; Bermudas —
que, embora a cifra US$ 1.632,6 milhões vencem no pra-
zo máximo de vencimento 235,9; Suíça — 158,4; Japão —
seja recorde, em termos de três
práticos decurso do corrente ano.
anos. De modo 119,4; e Reino Unido — 81,1.
a dívida continua geral, trata-se de
praticamente Em sua maioria esmagadora,
a de 1969 — 4,4 de empréstimos cuja renovação
bilhões de dóia- e
esses compromissos referem-se a
res 26,4 bilhões) — automática, devendo-se ainda A maioria dos investimentos
(Cr$ de vez empréstimos te-
em moeda, a curto
nossas reservas var em conta o fato de parte des- oficialmente
que em moedas provenientes das Ber-
prazo. O esquema de pagamento
fortes, Direitos ses empréstimos representar mudas são de
Especiais de Sa- In- origem norte-ame-
prevê que, em 1973, saldaremos
vestlmentos disfarçados. ricana. Uma
que e ouro, somam cerca de 2,5 Muitas pequena parcela de-
mais 937,5 milhões de dólares.
bilhões empresas externas les deve ter
de dólares (Cr$ 15 bl- Inlclando-se, preferiram fl- cabido a empresas
então, uma fase de
Ihões). nanciar desse modo o multinacionais.
capital de Os lucros nova-
escalonamento em parcelas sem-
é* De maneira geral, o panorama pre menores até 1995, quando de-
giro de suas filiais
brasileiras. De mente investidos atingiram 1.121,9
qualquer maneira, as autoridades milhões de dólares.
dos itens principais que vem cau- brasileiras
preocuparam-se com o
sando elevação da nossa dívida
problema do endividamento a cur-
qom o mundo sâo os empréstimos to prazo. _____W___^m
POLITIKA
15
Um novo elemento se à
juntou
antiga exploração de são
que
QUANTO
vítimas os buscam
CUSTA O que países
DESENVOLVIMENTO seu desenvolvimento: a compra
BRASILEIRO? ekonomia
de tecnologia aos desenvolvidos
to; Alemanha, com 9,8 por cento e In- E mais: as inversões diretas de ca- foi de US$ 508 milhões; em 1969 foi de
sabem sempre dizer como sendo verda- tástica soma negativa de US$ 1 290 ml
Só uma constatação podemos tirar deiras cidadelas
do progresso e do bem- Ihões
tecnológica do
é
quadro
nada agradável
aJma. E essa
a
constatação não
nossa
estar geral, medida na
em que não haja
para economia, um certo controle interno, tem demonstra-
Que se vê dessa maneira asfixiada do um Paralelamente a esse fato, poderiam
pela ser elemento de angulação tremen-
os discordantes
estrangeira presença
ro, estrangulando
majoritária
muitas
do capital
vezes
estrangei-
as inicia-
damente
cionais.
negativa
Querem
para
ver segundo
as economias
dados
na-
da
baseada em dados
dessa tese
oficiais,
nossa, que é
afirmar que
tivas nacionais. Ainda recentemente, o OEA, a América Latina entre 1950 e 1967, nossas reservas igualmente crescem. Pei
Presidente Mediei, numa atitude patrió- recebeu 3 bilhôe*-, e 900 milhões de dó- feito. Só que vamos ver qual a margem
No caso dos EUA, os reinvesti mentos tlca desse crescimento
e merecedora de total aplauso da lares e entregou 12 bilhões e 800 milhões e comparem com os
foram maiores do que os novos investi- nação, dados apresentados longo
soube punir a poderosa organiza- de dólares, pagando à base de 4 dóia- ao desse arti-
mentos. Assim também no caso das em-
çáo suiça Brown Bovery, que fazendo res nara cada um dólar investido. Isso, go.
presas francesas. No que se refere aos dumping no ano de 1971 no mercado bra- perguntaríamos, é aluda ao desenvolvi-
demais pafses, seus reinvesti mentos fo-
silelrc de motores mento? Sem dúvida, que sim. Só que ó
geradores e tentava
ram muito inferiores às novas aplicações
massacrar a concorrente nacional Codima uma ajuda dada países aos ricos para Os balanços 1969
de e 1971 indicam
de capital. Na indústria química, os no- — Máquinas e Acessórios, oferecendo um maior desenvolvimento em detrimen- as reservas brasileiras
que no extertoi
vos investimentos ascenderam a 310,8
seus nto das suas economias que se aprofun- de US$
milhões de dólares, isto 16,8 produtos a baixo do custo real para passaram 655,5
para milhões
é, a por dam numa escalada definitiva de depen-
o mercado do setor da concor- US$ 1 722,9, persistindo essa tendência
cento do total. Na indústria ganhar
automobilísti- dencia e sempre sujeita à espoliação.
rente brasileira. no corrente ano, o nível de reservas ele
ca, foram da ordem de 214,4 milhões de
var-se-á para US$ 2,5 bilhões.
dólares isto é, 11,9
por cento sobre o to-
tal. Finalmente, os investimentos na pro-
E somente no ano passado conforme
duçãc e na distribuição de energia elé- Agravando seus problemas sociais. A
ficou constatado, a organização estran- Sern dúvida nenhuma é positiva a
trica alcançaram o valor de 102,3 milhões América Latina tem hoje, segundo a OEA,
de dólares, geira teve um prejuízo real de 20 milhões existência e a acumulação dessa reserva
isto é cerca de 5,7 por cento. cento da sua
cerca de 50 por população
de dólares, mas esse prejuízo seria ren- Agora é de perguntar: e o crescimento
ativa desempregada ou em muitos casos
tável depois que passasse a monopolizar da nossa divida externa, a elevação cons-
vivendo na mentirosa situação de empre-
o mercado. O fato e a tomada de tante dos deticits comerciais e a maciça
posi- remuneração não
disfarçados, cuja
do nosso Governo está no gos penetração da tecnologia alienígena será
TECNOLOGIA ESTRANGEIRA ção punitiva manter
assegura o mínimo possível para
Diário Oficial da Uniào do dia 9 de que não seria um fator de anulação de
junho
nem a dignidade de comer. tudo isso de traz a acumula-
de ItTI. positivo que
Paralelamente ao fato
que estamos
ção das reservas nacionais? Que os pa-
a enumerar, isto é a situação real da dl-
pas da economia brasileira respondam
vida externa brasileira, não podemos dei*
xar de considerar nos dar ao luxo de SITUAÇÃO BRASILEIRA
a forte concentração Não podemos
tecnológica estrangeira, verifica na ser contra o capital de fora, venha
que se que,
economia nacional, com o nosso desenvolvi-
principalmente no seu para contribuir
setor Industrial, servindo como um ele- mento. Pensar diferente é irracionalidade, Dentro desse raciocínio baseado em ORIGEM DOS CAPITAIS
mento a mais é xenofobismo não leva absolutamen- dados oficiais estamos a desenvol
para a elevação dos nos- que que
sos -profundamento
deticits Internacionais. Por exemplo, te a nada a nfio ser o ver, particuiarizando mais concretamente Com suas correspondentes
parcelas
recentemente a Escola Politécnica do subdesenvolvimento. L não é isso, quo o caso brasileiro, diríamos o nosso reinvestimento de lucros,
de São que a Investimento e
Paulo em estudo nenhuma brasileiro digno desse nome, balanço de pagamentos, no ano de 1971,
divulgado pelo índice é a seguinte a lista de países, segundo
— Banco dúvida
de Dados, mostrou a sua Pátria. Mas, sem continuou a apresentar sintomas registros do Banco Central da República:
que 68,2 por quer para profun-
cento da tecnologia nenhuma, entregar setores da maior im- damente desajustantes.
utilizada pelas em-
presas de capital nacional da vida econômica nacional à
é aquirida no portancia
estrangeiro. Nas empresas majoritária dominação estrangeira vai
externas cujas
matrizes se localizam diferença enorme. Por isso, em no-
nas mais diferen- uma Mais uma vez vamos recorrer aos da
tes partes do mundo, me de um nacionalismo sadio e profunda- PAÍS Invests. Reinvesti.
essa percentagem do soficiais, que por si só não mostram
se eleva a 100 mente humanista é que estamos a fazer
por cento. uma realidade muito otimista a
para pre-
constatações com o objetivo de África do Sul —
essas sente situação brasileira no seu contexto
No entender servir ao nosso Governo. Alemanha Ocidental 238.187 93.231
de muitos analistas do de economia nacional. Senão ve*
global 44.189 30.984
orocesso econômico Antilhas Holandesas
brasileiro, esse fa- Jamos: para um déficit global de .. .
» se toma Argentina 6.061 1.402
mais importante na medida US$ 1.290 milhões conseguimos um su-
Austrália 109 —
que se saiba de US$ 10 milhões no item Trans-
JJJ que o Departamento Nessa podemos deixar
hora, nâo peravit de Áustria 3.883 1.362
Nacional de Registro de Comércio e ferências. Na balança comercial nosso
pe- ver o Brasil integrado dentro dessa gran- Bahamas 18.716 2.976
o Banco Central foi US$ 100 milhões, isto
estabelecem a seguin- é a América Latina. prejuízo de por-
de realidade que Bélgica 44.977 8.700
'e participação do capital na que vendemos ao exterior US$ 2 800 ml-
estrangeiro Nossos problemas com algumas variantes, Bermudas 235.864 58.377
nossa economia, va*
obedecendo essa na maioria dos casos, são Ihões e Importamos mercadorias no
pro- basicamente Canadá 3.391 1.233
Porção: Indústria — 70,2 Co- rápi- for de US$ 2.900 milhões.
por cento; os mesmos. E por isso nessa análise Dinamarca 692 93
merco —
50,3 por cento. No setor ter- ângulo
ciano, o controle da da economia brasileira no seu Estados Unidos 543.951 552.518
estrangeiro é caracteri- endividamento externo e da forte con- Finlândia 1.131 43Í
zaao da seguinte do
maneira: Transportes — tecnológica externa, podemos França 39.309 90.632
centração
wj* por cento; No setor de serviços nossas
Imprensa — 69,2 dados sobre perdas
por cen- muito bem recorrer a alguns Hong-Kong 203 —
to; Publicidade - totais, senão vejamos, ainda de
89,9 por cento. do continente foram Irã —
a realidade mais global -«-•**•. •¦ ~* — ****** «W «¦>*-. «H *•**% ««•> r*4t*+l *\'it+ ¦ 1 Gf>
nAr^Amno
como uma das parcelas aoviuy wvm uuuwo wii^iuu. pCi wWii iw****» ivv
i uj.ua 2G.334 3.4C3
que integramos, interna-
^flundo dados do Banco Cen- milhões de dólares ern viagens Iugoslávia 44 —
»*«¦ íinía
ai da mais expressivas.
República, na Indústria cionais; 210 milhões de dólares em fre- Japão 119.666 5.203
Farmacèu-
pre8enÇa do capital estrangeiro ô tes e seguros; 80 milhões de dólares em Líbano 210 17
ri« c£
por cent0' "a Indústria Automo- serviços governamentais; 114 milhões de Libéria 11.231 —
llu*-
Por exemplo, os pafses Latino-Ame- em serviços diversos; 135 ml- Luxemburgo 33.963 2.346
cem°- dena In- w dólares
dXCVerca P°r
cerca d« 90 cento; na ricanos tiveram uma participação decres- Ihões de dólares em remessas de lucros, México 2.581 —
tSS£Lif*& Por
de 1960 e 1969, no comércio 276 milhões de dólares nos da divl- Noruega 13.317 4
MW»™ e Equipamentos, cente entre juros
n£* respectivamente Países Baixos 33.204 2.467
por cento; na Indústria representado
g de Vidros — mundial, da externa.
cento; na Indústria e 17,6 por cento Panamá 68.330 11.754
rLpor de Metalurgia por 21,3 por cento (60)
ren-
42
P°r cent°í "a Indústria de (69) E nesse periodo, igualmente, a Peru 10 —
fior,L?e Latina aumen- Portugal 4.933 —
é de 38 por cento; na da per capita da América
J2a'Ototal Resumindo todo esse volume, che-
Áustria enquanto nos Reino Unido 81.119 191.970
Siderúrgica 6
de 35 por cento. tou de apenas 40 dólares,
650 yaremos a uma conclusão quase que me* Suécia 32.704 23.027
mais ricos o aumento foi de
países tancólica. Isto porque acusaremos uma
conseguinte, Suíça 158.471 33.384
seflundo dólares. Comprovamos, por
o Banco Central, a situação negativa nas nossas contas ex- Uruguai 7.765 490
»pnHAAin?a
«endoncia de capital externo
é a entrada e saída
de diminuição das que ternas de US$ 1 290 milhões. Ou fazen- Venezuela 2.869 1.274
percenta- Mundo veio a re-
a«ns nos setores áreas do Terceiro
de celulose para do uma análise com referência aos
«
e papel com 20 anos uma perda
po-
Por cento nos últimos
e no de mineração com 15 prestmar rfodos anteriores encontraremos uma de-
muito mais de 100 bilhões de
Quant° líquida de crescente nas nos-
à origem desse capi- terioração constante e
tal
a oCent0'
empregado uma herança, em forma
o-ólares. além de
nos setores enumerados, sas contas externas Senão vejamos: em
oraem da ordem de 70 bi-
por nações de dívida externa, 1968
é a seguinte. EUA 1967 foi de US$ 237 milhões; em
ó P°r cento; Ihões de dólares.
Canadá, 11,4 por cen-
Murilo
vi Marroquim
eu
Montogomery
MEU
ESPIÃO
PREDILETO
cas militares de uma época meio seus respectivos copos, estala língua e uma Um segundo Contou: viera da Holanda ocupa-
gargalhada.
"drink"
remota. Quando atacaremos? na boca e salud y pezetas e: nova Quando da. Usava o de médico,
grita: pergunta. passaporte
Fadiga, torpor, vinho do Porto e . Continuo a saudá-lo com o mes- sua esposa virá encontrá-lo aqui no ter direito à Voltaria
para bicicleta.
confraternizam mo sorriso inquieto, mas o homem front? Com franqueza, eu madrugada. foi
xerez. Os belgas se próprio pela A conversa
longo corredores. não se intimida e diz: Não sei ainda não sabia ao certo. Não longa
conosco ao dos se e meio doida.
moças lindas e nos em língua devemos impressione, ela chegará nas Quando
As belgas são português, que próxi- o sol entrou pelo quar-
"Passport
conversar? 0 inglês ficou combina- mas mesa
convidam às suas mesas, os três semanas* O to, o mágico havia sumido. Na
para
-
natural- do. Bonita língua continuou Control" Londres brasi-
drinks, s'il vous Têm em deu de cabeceira, este recado: Os
plait já parecer
—
exceto os colóquios amoro- favorável.. Dese-
mente uma história triste ou herói- para leiros boas
parecem praças.
Anjo -
ca contar e têm, sobretudo, ou demônio boa sorte.
para principiei, je-me
j *e
orh encontra Vontgomery na indispensável. Mas, nem anjo nem
*amosa "
su: carav t militar. Onde, demônio. . . ¦
"Minha
ato de inteligência
de
que
da totalidade
real e não
Lima uma
literatura
transigência
com a tradição.''
O ENCONTRO DE
evolu- admirável:
Ortega Gasset, termina
y
Pouco a Alceu Amoroso
pouco,
bergsoniano. E
espiritualismo
O ENCONTRO DE
na recuperação da fé.
labor
V.
a do rio.
a margem,
plenitude
Ifder, Amigo da beleza, costumava novidade de Bergson era a de conceder a era sempre uma diminuição.
brasileiro, do qual é hoje o grande ceticismo.
espí- 1911 e 1912. Pouco a Foi uma marcha desses sentimentos a que se refere e ao
remontar àqueles anos em que seu Isto foi por volta de AAL: pouco.
faço referência ao Amoroso Costa, tenham me mazia do espírito sobre a natureza, da ção?
Para ser mais claro: Cipriano
minhas ram ambas as tendências ao extremo. Jackson, mais tarde, foi provocada por
religiosa, abandonando as Tudo isso me levava a abandonar o
prática
respeito. Come- Benedetto Croce afirmando tudo é Mas logo aos
tênues convicções a este religioso. Mas foi também por que questões políticas. passamos
problema
Direito. Logo herança hegeliana, e Ortega afirmando Após a morte de Jackson escrevi o
ingressei na Faculdade de uma me revelou o catolicismo
pessoa que
o ano escolar, a realizar exames de França. Ali era diferente daquela de 1910 e tante. Eram vinte anos de amadorismo, de
perder de Azevedo. Fora educado na posição já
segunda época. da 1913. O meu era então a idéia diletantismo, de indefinição se encer-
ingresso.u no catolicismo militante problema que
o reacionarismo dado na idéia do tempo, dominado pelo ML: Mas entre os anos de sua forma-
o fato substancial me induziu a era revelado também
qual que
o conheci- espírito, como conciliar a unici- de estudos, de indagação, até atingir
abandonar as minhas antigas convicções moderno. Àquele amigo devo pensava ção,
Action Française, ambos comple- à mobilidade, como a revelação da ciência transcorreu um demorado de
se formou a minha Mas, no da período
que geração.
foi o Brasil. Mas essas revelações não me con- Muitas coisas resistiam à morte, à idéia do atividades, ao suponho, avolumam-se
símbolo, creio que posso dizer que que
venceram. Estava muito ligado ao libera- tempo. Havia o passado imóvel. Come- com o fim da
Sílvio Romero, meu mestre de primeira grande guerra,
professor
ano de lismo, ao ceticismo da Repúbli- então, minha marcha no sentido do cujos efeitos e inquietações se observam
Filosofia de Direito no primeiro primeira çou,
ca, me deixar facilmente arrastar ser, do dinâmico o estático, do vir a exatamente no campo das artes, a o
Faculdade, mais fortemente contri- para por para que
quem
meu outras idéias. ser o ser, do móvel para o imóvel, do senhor estava ligado. Refiro-me
buiu, na época, para o agnosticismo. para particu-
spenceriano Em 1912 voltei terceira vez a tempo a eternidade. Era como um larmente ao chamado Movimento Moder-
Com o seu evolucionismo pela para
Europa. Por essa ocasião, freqüentei na nadador sair do curso para nista, na ocasião mereceu sua simpa-
substituir o vazio deixado pela que procurava que
procurei
o curso de Bergson, então no atingir a margem. Foi esta luta que me tia e apoio. Sendo em um
falta de religiosidade. Sorbone princípio
Romero era um apogeu de sua fama, sem saber al í, ao levou lentamente do vir a ser para o ser, movimento caracterizadamente estético
O professor Sílvio que
meu lado, estavam sentados Maritain e do evolucionismo para o tomismo. Foi não importava também numa espécie de
homem de de idéias gerais
personalidade,
influência Peguy. Este iria morrer em 1914 e Mari- sobretudo com um filósofo como Mari- da rutura se na
amplas, que exerceu grande prenúncio que preparava
Ele represen- tain seria, no futuro, o meu mestre, tain, na França, com um pensador como velha estrutura da sociedade brasileira?
sobre toda a minha geração.
orientando de longe a minha conversão. Chesterton, na Inglaterra, e com um Não sei se exagero, mas suponho é a
tava a Escola de Recife, já no seu declí- que
Havia uma curiosidade em tor- homem de ação como Jackson de Figuei- daí começa o lento de
nio, iniciada Tobias Barreto, mas que, grande partir que processo
por
no de Bergson. Era uma curiosidade redo, no Brasil, que debati, pela leitura, renovação das idéias no Brasil. Embora
a sua atuação, terminou se espa- que
graças
não escapava ao mundanismo, o o cartas e pelo diálogo, a superação das esse se faça sob as influências do
lhando todo o Brasil. O spenceria- que por processo
por
resposta ao Fígaro, a dizer: coisas efêmeras, fluídas, conduzir
nismo era considerado a filosofia natural, levaria, em passageiras, pelas pós-guerra europeu, termina por
foi este agnosti- Não tenho culpa o mundanismo coisas estáveis, sólidas, permanentes, sem a uma espécie de revisão de muitos
uma filosofia agnóstica. E que
venha ao meu curso, trato da das outras. Na filosofia do conceitos da vida brasileira. E
cismo dominou a todos nós no pois parte prejuízos tradicionais
que
começo mais difícil do mais difícil dos filósofos: a realismo integral terminaria por encontrar a esse de revisão não esteve o
do século. processo
Prestes teoria da alma na filosofia de Espinosa. resposta àquelas indagações. Posso por senhor alheio, na ocasião, não é certo?
a terminar o meu curso de
Direito, conheci um outro A verdade é esse curso, com toda isto mesmo dizer que a minha conversão
professor que que
v- iria exercer também influência sobre a mundana, em cientistas e foi mais um ato de inteligência que de
presença que
minha formação. Refiro-me ao irmãs de caridade se misturavam, sentados sensibilidade, foi uma exigência de totali-
professor
POLITIKA
O ENCONTRO DE
A
trovão,
fim
guerra
de tarde
tempestade,
estourou
luminosa.
como
num
Eu
um
19
estava em Paris no dia 2 de
TRISTÃO COM DEUS
agosto de 1914. Era a mudança
literatura
Os últimos anos de
Irl 7910 a 7974 representaram o fim
da doçura de viver
classes conservadoras ofereciam o famoso mas personalidades isoladas, como Eucli- chavos, de abandono e de indisponibilida-
banquete ao Olavo Bilac, co- des da Cunha, Lima Barreto, Augusto dos de cessava para sempre. Incontestável-
grande poeta
mo uma espécie de consagração oficial da Anjos, Afranio Peixoto. Era a época do mente, só aos poucos me foi revelada a
Em 1908, a morte de Machado de individualismo, do esteticismo. Foi contra sua importância, a sua tremenda significa-
poesia.
Assis provoca a consagração de um escri- isto que desabou a guerra de 1914. Não ção.
tor universal. João do Rio já fizera em foi uma guerra européia, foi uma guerra
***m*'^*mi**yjmmm ^^*«-
**__ Estávamos convencidos de que a guerra
k***^
1904 o primeiro inquérito literário no universal. Foi o fim do pré-modemismo, era uma questão de três meses. Fiquei as-
Euclides da Cunha
Brasil. que terminaria entre nós em 1914. Era a
sombrado ao ler a declaração do minis-
fase da literatura do Fon-Fon, do penum- tro-da-Defesa da Grã-Bretanha quando em
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Tudo isso era fruto do otimismo, da
brismo, fim do simbolismo, a que se pren-
comunicado, de uma frieza absoluta, limi-
belle-époque, defino como euforia.
jflHflflflflM que
de as Cinzas das Horas, de Manuel Bandei-
' formou a mi- tava-se a dizer: Aceita-se engajamento pa-
Foi nessa atmosfera que se
• -WÊB ______________________¦ ra. Tudo isto está muito bem expresso em
ra o Exército Britânico. Todo o soldado
nha adolescência. Havia uma tranqüilida-
Luz Mediterrânea, de Raul de Leoni.
a vida terá o direito de desengajar-se ao fim de
de geral, havia a convicção de que
èá <ã era serena, sólida e estável. Havia, sobre- A estourou como um trovão,
três anos. Era uma linguagem que me soa-
guerra
va como alguém me falasse do mundo
m JÊÉm I tudo, a aceitação da mediocridade da nos-
uma tempestade, num fim de tarde lumi- que
1 fwt m Kfl I sa época, que se resumia em viajar, gozar nosa. Eu estava em Paris no dia 2 de agos-
da lua. Minha surpresa, minha enorme es-
fl *lr a vida, ler os poetas, a aceitação, enfim, to de 1914. Durante mais de uma hora
tranheza, baseava-se na convicção de que
j^^^^H daquilo que mais tarde tanto iria me preo- fiquei parado diante da Igreja Madelaine,
uma guerra, sobretudo longa, era impossí-
previstos
a vida para
lógicos
mim
e
era constituída
predeterminadamente
de
no fim do lor.
valesse
Não
a
havia
pena
nenhuma
viver ou
causa
morrer.
pela
Era
qual
uma
a
mos,
obrigação
entre o
de
pecado
escolher
e
entre
o dogma.
os extre-
Era a
certeza
com a
de
véspera.
que o diaseguinte
Assim como
era
a
parecido
natureza
mentalidade tipicamente decadentista. angústia e a inquietação que chegavam, fazia saltos
não fazia saltos a história não
e a como
justiça de
palavras
O ENCONTRO DE
J
este tipo de vida burguesa
O ENCONTRO DE
despertador de idéias a
para literatura
TRISTAO COM DEUS
Graça
a Aranha foi homem
um
atuar como uma centelha elétrica, vago cosmopolitanismo, de que Luz Medi-
nha
te. Não chegou a ser um chefe. Se chefia o fez o Modernismo uma espécie de
que
Era Graça Aranha um homem de imen- um estilo novo, pela ruptura com a arte
kdima
Carlos
do
paskoal
Magno
¦
• *
Ki^k' vi jwmm M*j&r
£*
Adalgisa Nery
Jorge
de Lima,
Deolindo
Tavares,
Adalgisa
N
Nery
Primeiro-secretário
da Câmara dos Vereado•
quartos e voltou com um de
par sapatos novos, de morrer,
res, quis deles se despedir.
exigindo disciplina e Pediu-lhes
algum trabalho de seus de verniz, essa
estendendo-o a Deolindo: mulher sem nome
o/tocentos Experimente e sem família.
funcionários, recebi um recado de esses.
luta de sangüíneos,
glóbulos contava-me com
Quando Lourival Fontes
Deolindo começou era Chefe da Casa
tranqüilidade. a chorar.
Civil da Presidência da República, os jornais vei-
Lima, o Providenciei
muito fizera Deolindo para seu corpo fosse
que por Tavares, que velado
Adalgisa Nery
no saguão procura saber o nome do navio
poeta luminoso da Câmara. Ordenei
pernambucano, e inquieto, ado- crepe revestindo
e o número da cabine
todos os lampiões que levará a desposada à
lescente ainda, transformando-o da fachada.
em seu secretá- Fosse Prefeito,
América. E manda-lhe
cobriria flores, com a mesma natu-
rio, sem, de fato, de luto todos os lampiões
precisar de seus serviços, da trajetória
para
ralidade com anos
da Praça que mais tarde, numa reunião
ajudá-lo a sobreviver no Rio. Floriano ao São João Batista. O Brasil
em Nova Iorque, viu
seu Salvador Dali mastigar uma
perdia maior Sua
poeta. perda diminuía o
Minha mãe e minhas irmãs cebola inteira.
também o haviam numero das criaturas humanas ungidas eter-
pela
adotado. Tínhamos então um apartamento na nidade.
(Nunca me sairá da memória ter sido
Avenida Presidente Wilson. A então embaixatriz
O consultório de levado — do Brasil no México o
pelo meu e tinha
pai somente cinco a
Jorge era na Praça Floriano. — olha sem espanto,
Deolindo vinha dia- seis anos o motiva Dali
até a Rua Marechal que Salvador
Floriano e ficar-
riamente conosco. E, freqüentemente,
jantar nos mos comprimidos perguntar-lhe surpreso:
na multidão
para ver
fafava passar
de este mundo só era
que seu, entre soldados Comer
quando em continência, bandas militares cebola assim não a incomoda?
sonhava falava escrevia
poesia, poesia, poesia. Ti- executando musica triste de Adalgisa
doer, a carreta Nery retruca
que rápida, com aquela
nha amigos. E esses
poucos poucos amigos ha- conduzia o caixão do Barão dignidade
do Rio Branco. nunca
Ha- que a abandona
viam maltratado muito para pensar
sua carne e seu espírito. via muita chorando. alto:
gente Quando a carreta se
Gostava de Carnaval, de fantasiar-se e, se lhe aproximava De
de onde nos encontrávamos, maneira alguma.
fosse papai
possível, de ir a todos os bailes. Como me ergueu nos seus braços. Num instante E acrescentou.
fiquei
obter ingressos sem recursos
para pagá-los e, muito alto. Se levantasse meu braço de menino
ademais, a fantasia custava dinheiro? Não seria podia tocar o crepe O
que enrolava e caia dos Iam- que me incomoda não é o senhor comen-
mais razão de
queixa, pois minhas irmãs e eu piões. • do assim uma cebola inteira ... Mas o senhor
obtínhamos-lhe ingressos
para o High Life, F/u-
mesmo, mastigando ou não uma
mtnense, Bola Preta cebola...
e outros clubes. Remexendo —
Olhe, meu filho. Olhe ... Aí vai o homem Estava
« baús do Teatro pensando, ao vê-lo, com seu ar
do Estudante,minha irmã grotes-
Ro- que aumentou o Brasil... co, seus bigodes
sa arranjou-lhe várias engomados como
fantasias. Enquanto ves- espetos
o para
cima,
tia, notou que era feio, não
tinha os sapatos velhos, • tão feio, como
que furados. porém,
"Qual " rtivera, um dos do
é o número você calça? grandes mundo lhe fizera
que Durante o que
velório, não
podia esquecer a seu retrato, confessando-me:
Deolindo disse rápido: mu-
lher Adalgisa
que Nery e Jorge ~
Quarenta. de Lima encon- Ri ver a é feio, muito feio,
„ mas nunca vi feio
traram na rua. Um caco de mulher
Quarenta? se extinguin- tao bonito . . .
do de fome e doença. Socorreram-na.
Num instante, Ampara-
Rosa desapareceu ram-na.
num dos Arrafaram-lhe leito na Santa Casa. Antes
n
POLITIKA
23
- "Não
JOSÉ VITAL S/L VEIRA (São Luís -
dé para entender a MA)
razão de vocês terem parado de abordar assuntos ligados à injustiça social,
a mais perfeita do mundo. 0 negócio é da maior importância, mesmo
porque o que tem de nego morrendo de fome por aí não é normal. Vocês
bem que podiam escrever alguma coisa a respeito. Mostrem como andam
os salários, como vive o pessoal que ganha salário-mínimo. Seria uma
"
matéria um bocado quente. Não acham?
A Editoria korreio
é, Vital,
parece que é quente demais. E no fim das contas a gente nao
está preparado para entrar numa banana dessas.
ASSINE
conhecer o endereço da moroso sistema penitencia- assinalar passagem do a
citada pessoa. Ficaria mui- rio brasileiro, nem outras sesquicentenário da nossa
to grata se esta carta che- indecências desfilam emancipação política, ne-
que
gasse ao destinatário por aí sob a vista grossa nhuma se nos afigura mais
por
deferência
V.Sa."
Dona
especial
Maria de
de
Lour-
dos
Milagre.
dirigentes
está aí.
significativa
de 21
Tiradentes, dando
de
do que a data
abril, Dia de
início às
POLITIKA
des, a a JOÃO CARLOS DE comemorações. Isto por-
senhora deixou
- a verdadeira história I
gente numa situação, diga- FIGUEIREDO (Rio que
— "Um do Brasil
da independência
mos, difícil. E se explica: GB) jornal do cali-*
Nome: '
se pudéssemos enviaríamos bre intelectual e cívico do ainda está para ser escrita,
sua carta a Sâo Pedro, para POLITIKA não pode dei- mesmo porque ainda não
Rua: '
xar passar sem um comen- foi efetuada em termos de
que ele a fizesse chegar ao
emancipação econômica,
Lourival Fontes que, infe- tário, desses brilhantes e Bairro: .
uma vez que o país sempre
lizmente, já morreu. Po- corajosos que tenho lido, a
dos funcionários foi uma colônia de ban- Disti iiu I
rém, a senhora situação
poderá
Segue conforme consta
manter a da qual do Banco do Brasil. queiros,
palestra de- I
a fim de da recente insuspeita Município: •
se refere ... é só freqüen- um recorte, que
de claração de Alfredo Mouti-
tar um centro espírita. os jornalistas possam,
nho, representante go- do Estado: CEP: *
arbítrio próprio, aferir da
WALTER NUNES (Rio
- de situações. verno no Eurobraz.
GB)-"Leitor assíduo, disparidade
vemos a ine- Independência, de fato,
da Tribunada Imprensa,! De um lado, POLITIKA um ano.
Desejo ser assinante de por
do Ban- nós é sinônimo de
especialmente para
da coluna gável prosperidade
assim como Para tanto, estou juntamente com este,
enviando,
de co, sua expansão, e de soberania
Sebastião Nery e do
é de
<Cr$ 120,00, por meio de cheque visado pagável no
o surdo soberania sinônimo
Hélio Fernandes, tomo a outro, protesto nome
coisa ne- Rio de Janeiro ou vale postal, emitidos em
liberdade dos funcionários, claman- dignidade, que Al-
de datilografar
nhuma colônia pode ter, de PONTO PROMOÇÕES LTDA., rua Álvaro
estas. do por uma melhoria de - -
Depois do badalado
enquanto não Vjm 21 - 2o. andar sala 205 telefone:
milagre brasileiro, tão de- vencimentos. Vivemos de- pelo menos - Rio-GB.
232-7821
cantado baixo do arrocho saíarial, conseguir sua emancipação
pelo pau-de-arara
Murilo Melo Filho, acredi- da correção monetária e de econômica. Sendo assim, a
data de 21 de abril de
inflação
to que os nossos compâ- quebra com uma da
1972 é a data máxima
triotas à custa
criaram uma ima- que só é combatida
Fritz
/r s&è
mm