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Água, no ar, um ponto de apoio. Devia
existir a nossa ilha, a ilha |do descanso,
nos
para viver com as alegrias abolidas
continentes, para lembrar o tempo que
a re-
perdeu o espaço e mio encontrou
latividade. ,
A ilha existe! Chama-se Comacma.lt,
no lago de Como. perto daquela Tremezma
bem amada de Stendhal. Pequena, com
umas ruinas e todo o céu. Deserta há mui-
tos séculos. Pertencia a Augusto Giuseppe
Caprani, que morreu em 1919, o o legou ao
rei Alberto, da Bélgica. O rei Alberto fez
presente dela á Itália; pedindo á Itália que
ali um outro mundo — para os
construísse —
poetas, os músicos, os pintores talvoz um outro
mundo sem fantasmas, calmo, vm
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pouco melancólico, feliz.
Esse mundo não foi possível até ngora.
Será um dia. O que importa é saber que a
ilha existo. E a ilha existe.
Enquanto não embarco para lá, vou
me contentando com as noites de sábado,
que são as ilhas das semanas.livre Nas noites
de-sábado, a gente adormece de pen-
sai\ no dia seguinte. E eis o sono da grande
ventura !
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. só ji coram umas gotas <h água nas Contou: numa sessão, (res dias após a
mãos que a seguravam"*... desincarnação, o espírito do papai comunicou
Cata-
que ia se réincarnar no burro de dona crente,
riria, da chácara de frutas. Embora
A Menina de Neve, e a outra, Branca, burro, e como
também de Neve, a GatalBorraiheira, o quiz se convencer. Comprou o com ovos, ele
,, papai só gostava de bifes
Chapéusinho Vermelho, o Pequei'o Pplegar, mesmo frigiu o bife, estalou os ovos, foi
— Se me contassem Pele de Surro, eu 'burro comeu:
levar o prato ao burro. O
teria muito prazer. . . — disse La Kontamo. as Era o papai!
PAquelas princesas, aqueles príncipes,
da nossa, -- Sim . . .
criaturas que enchiam o jardim Venham ver.
infância quedaram comnosco, não enve- Kôinos. Vimos. Deitado num barracão
lhoceram. Vão, dentro de nós, como chega- nos fundos da casa,, o burro, de olhos lan-
ram por uma voz amada, quando nao sa- iruidoH, saboreou o bifo com ovos, lambeu
Ia m biamos os nomes das estrelas e o céu ms- pa-
o prato o a boca.
recia mais bonito. A's vozes, em certos
fl ^fl os Bom, papai
tantos, revomos as estradas, as florestas,(indo Papai sacudiu a cabeça como quem
castelos, paisagens e construções por
passamos, onde rriòrámos.fQüem imaginaria diz
— de ven adi; 0'timo !
qüe a vida era de verdade anula nos laia. — Até logo.
diferente?... Schehfirazadc Cumprimentámos também e seguimos
E como temos desejado a Lâmpada Mara- — foi o filho (pie, de, tão satisfeito, nfto vendeu
V vilhosa ! Não há nada impossível : — deu.
mmif^^m^^ '' \% a lição de Aladino. o Dicionário
mentira, não parece?
A lição do Aladino mo recorda o Parece
Pois, em algum lugar do Japão, mor-
major Cidade. _ . reu, preso, um porco, no qual estava m-
O major Cidade, da Guarda Nacional,
cantado Buda! O telegrama acrescentava:
morava em São Leopoldo, no Rio Grande do "Vários sacerdotes budistas compareceram
Sul e possuía o Dicionário Português Etimo.-
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ao local afim de rezar o serviço fúnebre om
lógico, de Adolfo Coelho. Meu pai queria homenagem ao morto". _/
O Dicionário. Num domingo Ernesto Silva, do No caso recente, o quo admira nao e
dono da informação, nos levou á casacom- escolhesse um porco para se in-
major Cidado, para ver se era possível que Buda _ é que mesmo os
(..irnar o que admira
prar o livro desejado. deuses, nestes tempos, sejam obrigados a
^fl^ fl ^| Uma negnnha abriu a porta, mandou morrer na prisão.. — / .
entrar : E a propósito (piem estará in-
— Dindinho já vem. . .
Em vez do Dindinho, o quo veio foi carnado em Hitler? Talvez um espirito de
um cheiro de banha no fogo. Bem depois, porco...
V | //aj-vA^us- HCCtyCA
Escreveu ALVACC
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ILINA
OS QUE NÃO SABEM FAZER CARICATURA CONTAM ANEDOTAS — A REAÇÃO À CARICATURA — "A PRIMEIRA CARICA-
CARICATURA!
TURA POLÍTICA APARECEU COM A PRIMEIRA VIOLÊNCIA DOS PODEROSOS" — A FAMÍLIA DA CARICATURA ESTÁ
PASSANDO MAL — ALVARUS PASSA EM REVISTA A CARICATURA BRASILEIRA HODIERNA — A EVOLUÇÃO DA CARI-
CATURA — ARTE MODERNA E CLÁSSICA — OS FALSOS PINTORES E OS FALSOS CARICATURISTAS — CARICATURA
FÍSICA E CARICATURA PSÍQUICA — "SEMPRE DESEJEI SER PINTOR" — AS FINALIDADES DA CARICATURA — A HISTÓ- .1
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RIA E A CARICATURA — OS BONECOS AMERICANOS — NÃO SOU CHICO XAVIER — J. CARLOS APRECIADO POR ALVARUS
— WALT DISNEY E GRANDVILLE.
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'¦''•' >¦ 14 de Outubro'dè 1944
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Continua, com o mesmo sucesso, :i temporada
"Turí'" de 1944. Domingo ultimo, i: II
oficial do
mais uma brilhante reunião rèalizoú-se no Hipo- y'y fl
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dromo da Gávea, com um programa de sonsa- ..._^ ÉlgEl ÉL_fl ià
sionais carreiras que se desenrolaram ante o
mais vivo entusiasmo da multidão que lotava
todas tis dependências do belo prado cio Jockey
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Club Brasileiro. São deste mcetimj os aspectos »<^::í fll ^KÍ>-^___I
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REVISTA DA SEMANA
ANO XLV — 14-10-944 — N. 42
De quem é a culpa?
Si V. S. sofre de dôf de cabeça, tonturas, peso, calor e mal-estar
na cabeça, empachamento, dores e outras perturbações do estômago,
PUBLICAÇÃO DE ARTE. LITERATURA E MODAS certas coceiras e irritações da pele, faKa de apetite, preguiça e mo-
A decana das Revistas nacionais. Premiada com medalha de ouro na Exposição de Turim leza geral, língua suja, quentura na garganta, mau gosto na boca,
de 1911 e os Grandes Prêmios na. Exposições de Sevilha e Antuérpia, em 1lW0. e n«i
Feira Internacional de S. Paulo em 1933. mal-estar depois de comer, indigestão, mau hálito, arrotos, gases,
ASSINATURAS PARA O BRASIL E AMfillICAS dores, eólicas e outros desarranjos do ventre, azias, ânsias e vontade
t»òrte simples: Um ano — Crf 63,00; Seis meses — Crf 3?.0fl
Registrada:... Um ano — Cr| 80,00; Seis meses — Crf 40,00 de vomitar, nervosismo e outras alterações da saúde provocadas pela Vü_
1
ASSINATURAS PARA O ESTRANGEIRO prisão de ventre, a culpa é sua porque não se trata como deve.
Registrada: Um ano — Crf 170,00; Seis meses — Crf 90,00
O numero avulso custa Crf 1,50 em qualquer parte do país; o número atrasado Crf 2,00
Estas moléstias quasi sempre são causadas por impurezas, subs-
Visconde de Maranguape, 15 — Endereço telegráfico: "REVISTA" — Rio de Janeiro tàncias infectadas e fermentações tóxicas no estômago e intestinos,
Tels.: — Direção: 22-2622: Gerência: 22-2550; Redação: 22-4447
Publicidade: 22-9570; Fotografia: 22-1013; Portaria: 22-5602 que invadem o sangue e prejudicam o organismo.
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Sucursal em S. Paulo: Rua D. José de Barros, 323. Tel.. 4-7866
Corresp. na Bahia: J. Machado Cunha — Av. 7 de Setembro, 149 Para evitar e tratar estes sofrimentos, use Ventre-Livre.
TEM AGENTES EM TODAS AS LOCALIDADES DO TERRITÓRIO NACIONAL
REPRESENTANTES — Nos Estados Unidos da América do Norte: S. S. Knoppe & Cia.
Ventre-Livre limpa o estômago e intestinos das impurezas,
Times Bldg., New York City. Na África Oriental Portuguesa: D. Spanos — Caixa Postal substâncias infectadas e fermentações tóxicas, e assim evita e trata
434, Lourenço Marques. No Uruguai: Moratorio & Cia. — Constituyente, 1746, Montevidéo.
Na Argentina: "Inter-Prensa" — Florida, 229 — Tel. 33 Avenida 9109 — Buenos Aires. tão penosas doenças. .
Propriedade da CIA. EDITORA AMERICANA. — Diretor: GRATULIANO BRITO
Use Ventre-Livre
Trabalhos assinados são de responsabilidade dos autores
ESTE NUMERO CONSTA DE 52 PAGINAS * * *
Lembre-se sempre:
um <s**t o
Ventre-Livre
*'¦*.¦*
Tenha sempre
não é purgante
em casa Ventre-Livre
LITER A T ü R A :
I
A Ilha (Alvai o Moròyra «">
Quatro Palavrinhas (Lillin Bock) 15
Travessa do Senado 8 (EscragoÒllo Doria)
Tio. Florencio (Josó Mauro de Vasconcellos)
1.8
31 nossa La/ta
O crime dos herdeiros cobiçosos (Ellèry Queen) 35
Jiivvofj Novos (J. L.) 36/3. Na sério de grandes figuras, cinema-
togrâficas, cuja divulgação vimos fa-
REPORTAGENS: zoado com tanto agrado e.n sucessivas
capas desta revista, -ineluimÒ!.;' hoje,
•1 Gingor Rogers, exclusiva, da RKO-Rá-
Penxilina para a caricatura! (Paulo Sallos Guerra) A começar de. dio Pic.üres. Trata-sc.de uma querida
iíockey Club. V.. 6 c festejada "estrela" da tela, cujos de-
Figuras e Fatos 13 sompenhos a consagraram de longa
"versus" Modernistas 10/22 data, primeiro como simples bailarina,
Acadêmico.,
23/29 então "partonaire" do sapafeador Fred
Um dia na Penitenciária de São Paulo (Celestino Silveira) Astairc, c depois na qualidade de come-
E o palhaço o cpie 6 30 diante de primeira classe. Seus filmes
despertam curiosidade invulgar do pú-
hlico, pois trata-se, realmente, da urra
F E M I N I N A S : das mais completas e vitoriosas intor-
prelos dos mais delicados e complexos
Modelos 32/33 perfis femininos que Iloly.vood habi-
31 tualmente apresenta.
Nos Bastidores Femininos
• 44/50 Neste mesmo número, o leitor encon-
Outros Modelos V;...' • trará uma serie de palpitantes reporta-
"Um dia na Penitenciária dn São
gons:
Paulo", realisada por Celestino Silveira; bre 0 momento da caricatura, universal-
C U R I O S I D A D E : Outra?- curiosidades de Benjamin d. Além desse material, as seções de sempre.
Oliveira, por Paulo Salles Guerra; Aca- colaborações especiais, modas, noticia-
12 rio ilustrado da guerra c as seções cos-
Vocó tem vocação para dotecíive?. de.nicos vs. Modernistas no S^lão de
Belas Artes e, finalmente, uma entre- tumeiras, perfazem o sumário desta
vista com o caricaturista Alvarus so- edição da REVISTA DA SEMANA
SEÇÕES
A Semana em Revista. 1 C /1 *7
' ¦ u
A Gucrr;à em Marcha
COPIAS IIELIOGRAFICAS Lins Filho c cio Sur. Acacio de Araújo
Soares, pessoas de destaque na nossa
C ABICATURAS sociedade, a nova firma, devidamente
Acaba de ser instalada à rua da As-
14 sembléia, 18-1." andar s/3 nesta capital aparelhada para a exploração do ramo
De Bom Humor...
"Chavjre" de Raul. 48 um laboratório industrial para a con.o- a quo se destina, veio preencher uma
cção de Cópias Holiográ.icas, sob a grande lacuna no nosso meio.
? ? denominação de J. Lins & Cia. Ltda. Agradecemos a comunicação que nos
Obedecendo & direção do Dr. João foi enviada.
O COHPO DK COLABORADOUBS DA REVISTA DA SEMANA ESTÁ ORGANiSADO. 86 PU-
B NÃO -VOS RESPONSAI. IL1SAM0S
CLICAMOS COLABORAÇÕES SOLICITADAS PELA REDAÇÃO
PULA DEVOLUÇÃO DE ORIGINAIS, MESMO QUANDO NÃO PUBLICADO?.
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desta revista. Leiam, no próximo número, CATUASE COMPOSTA
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REVISTA DA SEMANA 14 de Outubro de 1944
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¦taMBTa-a W
As reportagens da "Revista"
/FS
Temos, aqui dentro da REVISTA, bastantes motivos
de satisfação pela maneira auspiciosa que as nossas
Contra a Mão
grandes reportagens, oferecidas ao apúlolico, estão
sendo recebidas. Agora mesmo o nosso redator
incumbido de entrevistar Monteiro Lobato recebeu Entro a considerável aluviáo de telegramas que nos
do autor de "Urupês" uma carta desvanecedora chogam de todas as partes do mundo, comunicando os
da qual extraímos estes períodos: "Vi a entrev-sta fatos mais dec'sivos para os destinos da humanidade,
e assombrei-me. Sempre que dou entrevistas, tremo,
aqueles que seião as pág'rias mais sérias da sua his-
porque digo uma coisa e sái outra, não só com a ton-
donciosa colaboração do repórter como da revisão — chegam-nos de vez em quando fatos grotes-
e a da REVISTA DA SEMANA está perfeita. Tudo \B^7\>. tórin>
\M«ÍrA cos. curósos ou s'mplosmente inofensivos, como se
o que ou disse, como eu dsse e sem mil erros e pas- as agencias telegráficas tivessem em vista amenisar
teis! Que alivio me foi ver aparecer o quo eu dsse!
Na véspera, um vespertino havia publicado outra, mas que horrivel, Celestino! um pouco a tensão dos leitores de jornais. Chega-nos
Quanta bobagem enxortada, quanta dosnaturaçáo... Você me prestou um grande esta semana, dt Buenos \iros, um telegrama comuni-
serviço (voeê e também o outro roporter): trucidaram com as duas entrevistas a cando quo na capita! Argentina foi mudada a "mão".
possibilidade da minha entrada para a Academia. Quer d:zer quo vou continuar Lá, como tm quasi todos os panos da Europa, a mão
a viver cm paz, graças a dois roportors: um excelente, finíssimo, que passarei da-
era á esquerda, ao contrário da nossa que é á direita.
qui por diante a ter como o número um deste país, e outro horrivel. O excelente
o o horrivel casaram-se e libertaram-mo do espadim de cortar papel..." —Como Daí uma sério de dificuldades e acidentes que surgiam
se vê, Monteiro Lobato confirma, ponto por ponto, tudo quo aqui publicámos e para o turista brasileiro na grande cidade portenha:
nem pela cabeça de ninguém, siquer dos imortais, poderia passar a suposição do esbarrões na rua, quedas desastrosas dos veículos,
ter sido, aquela, uma reportagem apócrifa... Ao mesmo tempo, recebemos de
"Síntese", mal entendidos, etc. etc.
Belo Horisonte um exemplar do semanário n.° 9 do ano 5.°, onde so
fazem, autorisadamonte, comentários à entrevista obtida, meses atrás, de Ch:co O telegrama em questão não dá maiores esclarecimentos sobre a medida
Xavier: "Lêramos noticiários sensatos como os do "O Globo" e da REVISTA DA
SEMANA. Limitaram-se a expor o que viram, sem escandalisar, som comentar. adotada.
E outras referencias lisongeiras ali são foitas pelo d;retor da pupllcação, o sr. No- Como terão os nsssos amigos do su! recebido a inovação? Não ó
raldino de Mello Castro. Mas ha mais e melhor. Acatando a sugestão feita em nossas provável
reportagens sobre Ouro Preto, a propósito da necessidade de transferir os despojos que um povo habituado a caminhar num sentido fique muito satisfeito com uma
do Aleijadinho o de Marilia para local mpis apropriado que bem poderia ser ordom de fazer o sou caminho cm direção oposta. Não é assim tão simples a ope-
o Museu da Inconfidência, a Sociedade dos Amigos de Ouro Preto depois de eleger ração.
sócio o nosso companheiro que ali esteve, mandou para os jornais uma nota do teor Afinal de contas o hábito é uma grande coisa. Passar tão bruscamente da es-
seguinte: "E' pensamento da Sociedade dos Amigos de Ouro Preto do Rio de
Janeiro proceder á trasladação p?ra o Museu dos Inconfidentes, dos restos mortais querda para a direita, é coisa bem perigosa. Os argentinos têm mostrado certa
do Aleijainho e de Marilia que se encontram ainda, na matriz de Antônio D as teimosia un mudar as suas opiniões o o mesmo deve se passar quanto aos há-
daquela cidade. Possivelmente essa solenidade se efetuará com a presença dos ex- bitos adquiridos.
cursionistas que prestarão, assim, tocante homenagem àqueles dois vultos do nosso
passado. Nesse sontido vai a Sociedade entender-se com o Serviço do Patrimônio E, se observarmos bem, chegaremos á conclusão de que não é assim tão sem
Histórico e Artístico Nacional". importância esta mudança da esquerda para a direita na "Pátria Hermana".
Eis porque temos sobejas razões de satisfação pelo êxito de nossas mais recon-
tes reportagens, feitas sem nenhum propósito de sensacionalisrno mas, todas, Quando mais não seja, é de se imaginar que com essa mudança de mão cs
presididas por um aievantado espírito de utilidade pública e esclarecimento geral. nossos amigos portenhos ficarão cheios do dedos.
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minosos aqueles que, sob qualquer pre- é evidentemente um modernistal A sua Mgl|gBM^^ 4b ' T^l ^B
texto, atiram pedras na obra de Raul © pintura é clássica!". E muitas vezes, co-
mo o asno de Buridan, o pobre não sai |^^_^_1 H^. i^V^^nl rY*v ^ -"'fl I _
Calixto. O seu trabalho é limpo e cons-
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ciencioso. Fui discípulo de Raul na Fa- do lugar, indeciso. WÊWÊM wÉks.*^ ''M wmW*'' _j_tt_£_í
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por êsle veterano artista um grande res- escolas se arregimentam como verdadei- w? ' Ti _____ -".Y'VVv; ^^á|
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Admite uma evolução na caricatura? acompanhando o seu clubo favorito e fa- $L>M V y& "*^m Wr_h ff^Tfl WwM Wg I
— A caricatura é uma arte como qual- zendo as maiores loucuras pelos "jogado- I IK^fi Mkfl nua ^v j^f I ¦'
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non" artístico. O caricaturista deve pro- po, como há pouco tempo em Belo Hori- iV
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curar atingir a perfeição dentro do gro- zonto, onde a gilete funcionou. flfl flKY -^ BBBHM¦ II 'VliL^S I
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tesco. Hoje em dia, entre nós, é tão arriscado ^B ^B
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Entretanto, não admito caricatura mo ser juiz de uma exposição de arte como
derna e antiga. apitar uma partida de futebol.
A caricatura vivo dentro de sua época Mas o essencial é ser um bom pintor,
. e é uma função da mesma. Quer um seja qual for a escola. ' "^l E^T
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exemplo do que digo? A caricatura de Entre nós há muitos falses pintores, ^fl MidM lfl_fll^^^ |l
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dores de bonecos. que está toda escrita nos desenhos
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Muitas vêzos a semelhança é sacrifica- Ângelo Agostini.
da em benefício de uma atitude. Isso Mais recentemente, aqui dentro de casa,
é um erro. a história da Revolução de 30, e sua pre-
an-
Fazer caricatura não ó coisa tão sim- paração psicológica, está grafada ou
pies como pode parecer. . tes escrita nos jornais da época atrave9
Não basta exagerar os traços do cari- da obra dos caricaturistas.
caturado. O caricaturista revela aquilo
que os outros não podem ver. Um estado
Não pedia deixar de haver em nossa
de espírito, um modo de ser, são indis-
caricatura, uma influência estrangeira.
cretamente mostrados pelo lápis. E' por
De início essa influência veiu de Fleiuss,
isso que muita gente não gosta de ser ca-
de Ângelo Agostini e especialmente dos
ricaturada. .. e Ju-
portugueses, com Bordalo Pinheiro
A verdadeira caricatura não devo ter lião Machado. Entretanto, a caricatura
a preocupação de provocar o riso. Isto
brasileira já atingiu a sua plena eman-
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ó secundário. cipação. Atualmente temos a nossa cari-
A atitude do caricaturado, a semelhan- catura.
ça física, devem ser a preocupação do
artista. O essencial é a semelhança psí- Não podíamos deixar de perguntar a
quica. Pode-se distinguir essas duas es- Alvarus sua opinião sobre Walt Disney.
pécies de caricatura: a física e a psíqui- Nas entrevistas anteriores, os caricaturis-
ca. A primeira não apresenta nada de tas patrícios se haviam manifestado de
notável. E' a idéia de exagerar o grotesco, modos diversos sobre o criador do Camon-
dominando o caricaturista. dongo Mickey e do Pato Donald.
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Muitas vezes é preciso conviver com a Neste particular, sou da opinião da
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pessoa que se deseja caricaturar para grande maioria dos meus colegas. Não
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chegar a um. resultado. Tenho feito ver- se pode deixar de admirar o gênio de
dadeiras perseguições às vitimas do meu Walt Disney. E' um grande criador, mas
lápis. Sigo-os ao restaurante, ao traba- sobretudo um homem com extraordinária
lho, acompanho-os na rua. E' verdade que capacidade técnica e um grande tino ad-
me arrisco, mas não há outro remédio. ministrativo.
Entretanto, pode-se repetir aqui a frase
E SEGURANÇA Quase sempre, as melhores caricaturas
EIS AQUI UM DOS TRABALHOS DE ÁLVARO COTRlM. TODA A MAI-ÍCíA bíblica que é quase um lugar comum:
DO LÁPIS 00 NOSSO ENTREVISTADO ESTÃO AÍ. OS LEITORES CONSEGUEM IDENTIFICAR são as que se fazem de cór, e não as "nihil novi sub sole". O desenho ani-
AS VITIMAS ? POIS ELAS ESTÃO MAIS QUE TRANSPAl ENTES NOS TRAÇOS
RÁPIDOS DO ARTISTA. que são feitas diante do modelo. "humaniza-
mado já existia, ou melhor, a
A inspiração aparece quando menos se
MARGARIDA LOPES DE ALMEIDA, A GRANDE DECLAMADORA PATRÍCIA, APARECE AQUI ção" dos animais no desenho. Seu inven-
NUMA CHARGE DE ALVARUS. A ASSISTÊNCIA Ê COMPCsTA TE FIGURAS CÒNHECIDÍSSI' espora, nos momentos menos oportunos. "Me-
tor foi Grandville, nas suas obras:
MAS DE TODOS NÓS. LÁ ESTÃO CATULO DA PAIXÃO CEARENSE, FILINTO DE
Quantas vezes, tenho me levantado da "Moeurs des ani-
ALMEIDA, JOÃO NEVES E OUTROS. tamorphoses du jour" e
cama de madrugada, para rabiscar num maux". Aquela expressão humana dos
papel uma idéia que me surge inespera- bichos de Walt Disney aparecem nessas
damente. Aquilo é o resultado de um lon- obras do grande artista francês. Note que
go trabalho do subconsciente. Mas não eu não contesto o valor e o gênio de Dis-
vá confundir: esta inspiração é coisa per- ney, mesmo porque isto não seria pos-
feitamente natural num caricaturista como sível.
Teve ocasião de falar com Disney
em..' qualquer outro gênero artístico. Não
recebo nenhum espírito de "além túmulo". quando da sua passagem pelo Rio?
Como os meus outros colegas, fui
Não sou "Chico Xavier".
apresentado a Walt Disney no almoço
P Aliás, a caricatura exige uma vocação
espontânea. Caricatura não se aprende.
que lhe foi oferecido no Itamaraty. Não
entendi nada do que falou pois não sei
Pode-se aprender a fazer bonecos. Isto é
I apenas uma questão de estudo e de pa-
ciência.
inglês o êle não sabe português. Entre-
tanto compreendemo-nos nesta linguagem
universal que é o desenho.
Sempre teve vocação para carica- Como se manifestou sobre os nossos
turista? caricaturistas?
Desde criança. Tenho acompanhado Posso lhe dar um
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detalhe muito ex-
a história da caricatura, tenho lido tudo pressivo. Organizou-se um panneau com
que posso a respeito. Porque ó preciso os trabalhos de todos os caricaturistas.
que se note: não basta a vocação. Para Enquanto os secretários de Disney conver-
ser um verdadeiro caricaturista ó preciso savam conosco, Disney, destacando-se do
mui'o trabalho, muito esforço, muita per- grupo, ficou diante dos desenhos de J.
severança. Carlos. Pude observar o interesse que o
Na sua opinião, quais as finalida- papagaio do nosso caricaturista desper-
"louro" de
tou no americano. Para mim, o
des da caricatura?
J. Sarlos é de fato superior ao de Disney.
De um modo geral, a caricatura tem
E muito mais brasileiro. Disney conseguiu
finalidades sociais. Entretanto, ela faz
muito com os seus bichos. Agora está
também a história. E' possível acompa- faltando apenas conseguir dar alma aos
nhar a evolução de um povo e de uma seus desenhes humanos. Mas isto é ta-
época exclusivamente pela caricatura. refa que compete apenas a Deus...
A história de Napoleão ó muito mais
BRUCUTÚ E CIA.
1"' verdadeira através da obra de Gilray e
Rowlandson, como a de Luiz Felipe e Queríamos saber a opinião de Alvarus
1
- Carlos X focalizada pelo lápis genial de sobre os caricaturistas e desenhistas ame-
Vi "Chari-
Daumier e seus companheiros do ricanos, principalmente desses que conhe-
vari" do que nos compêndios. cernes pelos bonecos que diariamente apa-
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enfastiado da vida e do mundo e que lor desses desenhos sob o ponto de vista
O dinheiro do Comendador compra tô- nossos filhos, que se habituarão a ver ne-
resolve comprar o prazer e a felicidade artístico. Os artistas americanos dese-
das as coisas impossíveis que desejaria- Ias o tipo ideal de mulher, as amadas
com os seus milhões. Tudo inutilmente,
mos poder comprar. dos seus heróis. nham de verdade.
está claro, pois nem uma coisa nem outra
Se a reunião desses dois personagens Não será preciso dizer o mal que tudo
dependem de dinheiro. Pois bem, aquele
simbolizasse um tipo humano este não isto está fazendo à imaginação das crian-
comendador que durante algum tempo
seria nada digno de servir de exemplo ças, já tão excitadas pela atmosfera do Repare que eu não me sinto absoluta-
apareceu no rodapé de um vespertino,
para as crianças. mundo. mente prejudicado pela concorrência. Não
milionário e estúpido, é uma repetição
São assim os heróis das historietas em me dedico ao gênero. Como já disse, es-
de Gog. Entretanto, como poderemos lutar con-
tou fazendo apenas portrait charge. Este
Poppeye e o Comendador formam uma quadrinhos. tra isso? J. Carlos mostrou por que estes
"apenas" não
desenhos conseguem vencer. Tudo é uma quer dizer que seja coisa
síntese perfeita da vitória da força bruta E as heroinas? Estas então são um caso
fácil. Há caricaturas mais difíceis de fa-
e do dinheiro. muito mais grave. Há nelas, sempre, uma questão de capital. Quando eles chegam
zer do que um quadro para o salon.
O murro de Poppeye produz nos quei- nota de sensualidade excitante. Apresen- às nossas revistas e jornais já percorre-
xos do adversário os mesmos resultados tam-se com os vestidos sobre a pele, num ram o mundo • deram aos seus autores Mas as circunstâncias não dão margem
déshabillé indecente. milhares de dólares. a vôos mais amplos na minha arte. AguaT-
que todos nós desejávamos produzissem
os nossos no? quedos do? nossos inimigos. Elas vfto plasmar as futuras eleitas dos Não chegarei no entanto a negar o va- demos a panícilina.
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REVISTA DA SEMANA de Outubro de 1944 ¦ .. -~ *\
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viicê tem vocação para dete .tive.
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Iil . A rica Viola Marsh, casada com o químico George Marsh, estava ...um lenço e sais de cheiro. Os objetos que aparecem acima foram os
morta na sua cadeira de invalida. Na bandeja que "estava om seu únicos encontradosJTno f.aposento. Em nenhum deles havia vestígios
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colo havia um livro e uma caixa de bombons embrulhados em papel de veneno. Marsh^disse a Cobb que ele mesmo trouxera o chocolate
de est.anho, onde estavam faltando sois. Num;: mesa ao lado estava um copo para Viola — um presenteada sua prima Mona Marr.Ató cerca de quatro ho-
de suco de ananáz. 0 dr. Rolfe, medico de Viola, chamou o inspetor Cobb, di- ias daquela tarde, pouco antes de George sair de casa, ela comera três bombons.
ssèrido suspeitar de envenenamento. Investigando r.o compartimento, não Quando Marsh voltou, ás cinco horas, mais três haviam desaparecido eJViola
encontrou nenhuma pista. Do bolso de Viola. Hannibal tirou. estava morta.
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m 0 dr. Rolfe contou a Cobb (enquanto este Desesperada pelo dinheiro, Mona simu- Cobb interrogou Mona : — "Foi este
olhava uma fotografia de Mona com a qual 4 laudo uma reconciliação, pediu o conselho o doce que mandou" ? Mona: —
3 Viola marcava o livro), que o casamento de Marsh o resolveram ambos que esta 5 "Foi. Mas eu não envenenei
Viola".
de Viola com Marsh, quatro anos atrás, atormentou devia mandar a Viola os seus bombons favoritos. Cobb : "Mas não foi ela quem se enve-
ffí Mona, também apaixonada por ele. Mona, que Interrogada, Mona disse ter chegado á casa de nenou". Cobb prendeu um deles por assos-
atravessava uma fase de penúria, soube ser inten- Marsh ás 5.05, quando Marsh estava chamando
lil çâo de Viola deixar-lhe Cr$ 400,000,00. o médico.
sinato. A quem prendeu? Por que? Veja a
solução no próximo número.
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VaaaaBKL '"' '-^BaBaBah ^fl^^^V* > j* 'jjBi ^l lP a^^^^^^aaBai ^^^P^^^aH^^^-^aK SERVIÇO SOCIAL, COMPOSTA DA DIRETORA, SRA. TERESITA PORTO DA SILVEIRA, DO PROFESSOR DE DIREITO SOCIAL
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FRANCISCO GALVÃO E ALUNOS DE VÁRIAS SÉRIES. ANTES, RKALISOU-SE UM ALMOÇO TENDO A DIREÇÃO DA E. T.
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DE S. SOCIAL AGRADECIDO AS HOMENAGENS DESSA MAGNÍFICA ORO.VNISAÇÃO PARAESTATAL.
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LETICIA DE FIGUEIREDO. TALENTOSA CANTORA E COM-
POSITORA, NO SEU ULTIMO RECITAL NA ESCOLA
NACIONAL DE MUSICA. ,
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NO BRASIL, OS DIRETORES DE COLGATE PALMOLIVE PEET, CO. LTD. — pelo avião interna-
FATOS
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CIONAL CHEGARAM A ESTA CAPITAL OS DIRETORES DE COLGATE PALMOLIVE PEET CO. LTD. DE NEW JERSEY,
SENHORES JORGE C. REBAZA E EDWARD SPICKA. OS DIRETORES DE COLGATE PALMOLIVE FORAM RECEBIDOS NO AERO-
PORTO PELOS SRS. JOSÉ SALVADOR GARCEZ, JURANDYR DE CASTRO, AGENOR MARQUES DE AZEVEDO, OSCAR REIN08A
E MR. KERR.ALT08 FUNCIONÁRIOS DAQUELA EMPREZA, DIRET0RE8 E REPRESENTANTES DA EMPRE8A DE PROPA-
GANDA STANDARD LTDA. B GRANDE NUMERO DE AMIGOS E ADMIRADORES. NA FOTOORAFIA ACIMA, VEMOS 06 SRS.
REBAZA E SPICKA RODEADOS DAS PE880AS PRESENTES AO SEU DESEMBARQUE. g* --
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O PREPARO CUIDADOSO QUE TIVERAM OS BRASILEIROS, NÃO APENAS ANTES DA SUA PAR-
TIDA, MAS NO PRPOPRIO TERRITÓRIO ITALIANO, ALIADO ÁS SUAS QUALIDADES GUERREIRAS B
ENTUSIASMO, RESULTARAM NOS SUCESSOS AGORA ORTIDOS. AQUI ESTÃO ALGUNS SOLDADOS
BRASILEIROS DURANTE UMA AULA PRÁTICA DE SINALISAÇÃO.
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010*0 n* FRNIVSUT A OS NO88O0 ROLHADOS ESTÃO DEMONSTRANDO A 8UA FIBRA B ELEVANDO O NOME DO NOSSO PAÍeL
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Na Itália estão sendo destruídos os últimos bastiões da linha Gótica, no sopé dos
Apeninos, última defesa natural com que poderão contar os exércitos de Kesselring para flBfcTs. ¦ w^^af&H^
impedir os aliados de se derramarem polo vale do Pó e as grandes cidades industriais
do norte da Itália.
O rompimento definitive da linha Gótica, representa praticamente o fim da batalha "''Bf
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da Itália. ¦¦-ii
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Na frente oriental, está quasi consumado o completo desmoronamento do efêmero
império de Hitler, cujos alicerces eram a opressão e o ódio.
A Rumania e a Finlândia estão lutando contra a sua ex-aliada. A Hungria está fora
de combate.
Na Grécia, 250.000 mil nazistas estão ameaçados de cerco e aniquilamento. Na Iu-
goslavia, as forças do Marechal Tito e os exércitos russos estão prestes a fazer junção
na capital do país. Quasi todo o território da Polônia esta dominado pelos Russos.
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Em Varsóvia, desenrola-se ainda a maior tragédia desta guerra, com a heróica o
inexcedivel resistência dos poloneses dentro da sua capital.
Os estados balticos estão praticamente dominados pelos russos. O cerco da Alemanha
está quasi completo.
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¥> O C\BO ANTÔNIO SANTOS TABOADA, ESCREVENDO UMA CARTA PARA SEUS PAIS Á ENTRADA DA
SUA BARRACA. NOS MOMENTOS DE
O PENSAMENTO DOS NOSSOS SOLDADOS ESTÁ VOLTADO PARA A SUA PÁTRIA E OS SEUS LARES.
FOLGA COMO NO FUROR DOS COMBATES,
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rarannos, antigo Campo de Santa Ana
largura, dc mio no
pequena na extensão, pouca na piincipio i
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e de fim em parte da rua do Senado. .
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lao do Cinqüentenário está nos con- ' «iiiÊ.i^wiMn*'1 ' IB
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que continuaram a ser conferidos aos
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cinqüentenário do Salão Nacional de c clássicos.
^^By.?fl^ttÜtJ^Í^B 8a» >Jiy| Hn >wi'JkiSl^tB^BI I Belas Artes, não obstante só aparecer Aliás, 6 de se notar o interesse crês-
(, nome de "S.alão" cm 1934. cento que, entre nós, vem despertando.; fl
^ as artes em geral, interesse este clara- j
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Conquistou o prêmio de viagem no mente demonstrado pelas edeumas que, j
!." Salão Nacional de Belas Artes em Iodas as partes do Brasil, algumas
isí)l - o grande, paisagista brasileiro violentamente concretisadas, se têmve- ¦
|fl ^Iw^^^flB^fl fllí^9 fli^ _^__| ,|oão Batista <!a Cosia". rificado.
Aquele caso do anavalhamento de V
(inadros na exposição de :i.rte moderna §s|
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de Belo Horizonte. f<»i o sin:íl de alarma.
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Nesta o nas páginas imediatas, o leitor X
Partidários de um e de outro lado arre- . '¦^rW:
fcà^*j|_^l Ej^. ¦ -^^^^^^^^^S^_^^^^l^^^^^^^ i
gimentaram-se como os torcedores cie
m\^^^*!mmÍTm\m*m\ B^. "^
encontrará algumas d:is obras expostas
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no Salão do Cinqüentenário. O total
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^^_^^^^Bi*^^H ^P^^^r*"^^!^/-
'^V^fl S^^^fl EEv^W*: ""* ^tawr^SE^^ j^i!» futebol.
dos expostos' é de 496, entre pintura, E realmente, aquele gesto dos belo-
escultura c arquitetura. rizontinos, permite « imagem fute-Vi f
Nunca, entre nós, esteve tão acesa a bolistica
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REVISTA DA SEMANA
20 14 de Outubro de 1944
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EM CIMA.:--"natureza morta", de manoel coxstantixo iion-
(mkxção
B^^SPiÉtÉllfli ROSA, MEDALHAS DE BRONZE, PRATA K QüKO, 10 PRÊMIO DE VIAGEM Á EUROPA);
KM "ARVORE
BAIXO, Á ESQ.: HUMANA-" DE HUMBERTO OOZZO. MEDA-
(MÁRMORE
I.HA DE PRATA E ",\
OURO). Á DIR: MODINHA", LITOGRAFIA DE JOÃO KAHHION
(medalha de prata em pintura).
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MEDALHAS DE BRONZE E PRATA).
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14 de Outubro de 1944 23 REVISTA DA SEMANA
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"guichets" em cada o sentenciado di.
DIA DE VISITA AOS SENTENCIADOS — os fazem lembrar dependências internas das casas de penhores, um fica pé.
NUM ESPAÇO DE SESSENTA CENTÍMETROS MAIS OU MENOS. FALA-SE Á DISTANCIA. NÃO É PERMITIDO
DEBRUÇADO NO BALAUSTRE E AFASTADO DO PARENTE OU AMIGO QUE FOI VISITA-LO,
FNTREGAR-LHE QUALQUER OBJETO, MAS SÓ POR INTERMÉDIO DO CHEFE DA GUARDA, QUE ASSISTE DE LONGE, SEM INTERFERIRA MENOS QUE SE.IA MISTER FAZEI.o. E ALI ENTÃO, POR
OU COMBINAM O QUE VAI SER FEITO DE NOVO, QUANDO ELE TIVER CUMPRIDO A SUA PENA
ESPAÇO DE ALGUNS MINUTOS, PARENTES E PRESOS TROCAM IMPRESSÕES, MATAM SAUDADES
loi com o propósito de levar a do perito ae vista jornalístico. A literatura em Carandirú, se ali entrou pensando co- vinao ri'-; divisa eníie uni mundo >
NÃOefeito uma reportagem de feitio sen- policial passou de moda e o prazer sádico lhor uma notável entrevista coletiva com outro.
de invadir a seara dos reclusos não tem os presos, sairá decepcionado. E uma de Isto nao é uma prisão no sentido
sacionalista que nos propusemos a visi-
tar a Penitenciária de São Paulo. A de- mais lugar quando tantas e tão violentas duas: ou inventa ou acabará confessando, comum do termo e sim uma casa de ree-
vassa portas a dentro de uma cadeia, o emoções a vida quotidiana reserva a ca- público e raso, que muito pouco ou quase ducação e readaptação social de quantos,
da cidadão do mundo. Que originalidade nada de espetacular se pode ver e sentii por contingência do destino, aqui vêm
sentir de perto como vivem seus habitan-
•es, o conhecimento exaíc do que eles se- iríamos proporcionar ao leitor, se nos mo- n-! penitenciária. Antes de tudo, procla- ter diz-nos o amável diretor penal, si.
vesse simplesmente a intenção de contar, me-se que os traços característicos de uma José Abolafic, saboreando uma perfuma-
:rem eu deixam de sofrer, como transcor
rem suas horas de solidão e outras obser- aaui fora, alguns lances patéticos por- prisão, com a presença constante dos da taça de bom café da terra bandeirante,
ventura colhidos ao contacto com os sen- guardas uniformizados e devidamente do qual partilhámos e que nos foi servido
vagões, mais ou menos íntimas, são assun-
•enciados paulistas ou de qualquer outro equipados de armas e munições, desapa- por um penitenciário.
tos" por demais explanados em sucessivos
lugar? Se não estiver disposto a engen- reco como por encanto, lá dentro. Depa- E prosseguinde:
empreendimentos desse gênero. E a ta! — A casa é sua e pede percorrê-la à
com arar por conta própria, lançando mão dc ramos cem número muito maior de pc-
_I ponto eles se repetiram que o leitor üciais nas ruas da cidade, mesmo à br vonladc. Não lhe farei companhia pois
rerteza perdeu o interesse per aquilo quf recurso fictício, o repórter que entrar no:
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desembaraçados e talvez a minha pre- bém fornece diversos artigos a muna» te-
sença o constrangesse no exercício da partições do Estado.
I | ^fl sua função de repórter. Ande por onde Dentro da cela, ampla e arejaaa, com
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qiftzer andar, faça as fotografias que me- uma espaçosa janela para o páteo, asaca-
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lhor entender e cuja censura será exerci- lho brilhante e recentemente encerado. Je-
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B^___J£_S M^^M^llY—»«, ____LJ ^B da pelo senhor mesmo. nota os cuidados de seu habitante. As
Disse e deixou-nos em companhia de peças são em reduzido número: cama de
"cicerone", funcionário da armar, que permanece em posição verti-
mvÊfáSmW. - V__^^_ÍMKJlB^^MlMãiB^^^M^»^^ml^^l 8 ¦''¦ fl ^Bfll ^R um prestativo
flll^4í - •. __c*B m\wfà\Ímm\ WmWÈ IB^P ifl fll Bl^l casa, incumbido de nos facilitar o trân- cal, presa à parede durante o dia. apa-
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sito pela imensa cidade que é a Peniten- rélho sanitário e uma pequena mesa onde
ciaria por dentro. E começou então o o sentenciado guarda seus apetrechos de
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"<.'//'/• TtTttfflw&mMmmmmW giro do repórter, palmilhando galerias e uso diário e que também se converte em
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longos corredores, cruzando a cada passo secretária. Livros, revistas, material es-
WÊÊÊÊX vm\ MÜ Pil l| Bi 18 el JSm I
'^HMlMUfllB II colar, tudo atestando o grau de atividades
wÊ^y imttÊÈmWÈÉÈIm flv^| I I com os reclusos, de movimentos livres,
tão à vontade quanto o repórter, deslo- do preso. À tardinha, quando as sinetas
WÊÉ$-- 11 fl In t* ' > V2uh <1P
«k ,_____________F cando-se de uma para outra galeria, sem se fazem ouvir, vão regressando as turmas
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>*%j£m1' | hHBBWHBMbI lll^fl guardas no encalço nem vigilantes nas aos seus aposentos, fecham-se as oficinas,
1b&_{ fll flWd <;Jfl tudo é silêncio e respeito. Nas paredes,
encruzilhadas dessas dependências. Des- "Seja bom". E
de que cruzamos o portão central, apenas pequenos dísticos: quadros,
a observância do regime que nos obrigou vários quadros traduzindo conselhos aos
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IsSl^fli a entregar ao chefe da guarda todos os reclusos, sobre as conseqüências fatais
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flfl B BB Bw aB ÉiÊ^M^ál^^S^w^^M objetos portáteis — um pacote de livros do álcool, do fumo e da vadiação.
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'. lYr^l IB Hl II ^H m l&lIflF^I ^mW%$fâlÈ^$?yi%issSm\ e revistas e outro embrulho de menor im-
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portância — nada mais foi de nós exi-
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REDUZIR AO MÍNIMO O ISOLAMENTO
gidõ. Em troca dos referidos objetos, re- CELULAR DO RECLUSO
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e^B^wM**B^BIJBMMBlB^MB**M8MÍBE*^MP^^^B^^^^^^^^^^^^^^^^^^^W'.' «%—3>4iL«,^^ÉIÍ^M cebemos um pequeno quadrilátero de pa-
¦flj B_M M^fl WK9IW PmMH mWíwSr^ ^fl
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* 'ifl**'*- • HmH ^B^gk^MM^M^B pelão com um número impresso: 326. Den- Quando levamos a efeito nossa pere-
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tro da Penitenciária, não são apenas os grinação pela Penitenciária, realiza-se em
II flplMMilfl reclusos que perdem a personalidade São Paulo a Semana de Higiene Mental.
passando a ser um número, mas também E' também quando o professor Flamínio
IHÉP W.-YMmÊ Kffm !___! __ffl M J___________________________p^^g| Mu os visitantes hão de subméíer-se ao regu- Fávero, diretor geral do Departamento de
^^EBr IB^Pb^ fli w_B£fl HbBB õhMB flw_w flfifl fl ^fl _B'>:^w^l^l
lamento. Em ar de troça, previne o Presídios do Estado, faz oportunas decla-
guarda: rações à imprensa. E diz:
E' bom não extraviar o cartão, do A higiene mental, entrando nas pri-
^B :__ $»' VSxSSÍ ^^Kw8g^wl^B8^^^^a_MÍ_j_ral.Ài3!i^Mw ^^T ^| _fl_H _fl contrário a saida não será muito fácil... soes, o faz pela mão da nova orientação
E agora, lá em cima, tudo é franqueado. da ciência penitenciária, reduz ao mínimo
As portas e as grades abrem-se como por possível o isolamento celular do recluso.
encanto à medida que avançamos para Em regra, só à noite para o repouso pele
elas. Os guardas nem siquer pedem a sono. A sabedoria do tratamento penal
"abre-te Sésamo!", o cartão está em encher o tempo de cada dia do
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ra_| ^fl 326. Mas o fotógrafo, que nos acompanha recluso. A maior parte dele será dedicada,
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de máquina em punho, demonstra uma fi- ao trabalho que ó a higiente física e men-
sionomia apreensiva, desde quando outro tal, sendo valioso derivativo para suas
.; ' ¦JwiHKlaWpwaHnmHB^^^^flffP^^l^ff B 'fll fimri^nório da casa, por pilhéria, diz-lhe medicações intoxicantes. O restante em
de cara: recreio, ginástica, e tudo, alimentação,
hapaz, se você não estivesse munido etc. E tudo ou quase tudo em comum. A
DU ^^M *" '^V%C''*sf^'^*^-. ^^L^r^-t^::.
^Kl^BI vida social intensa e abundante ó profila-
desse cartãozinho eu jurava que fosse
um hóspede da casa... xia mental e é educação adequada para
a realidade da vida livre. Nada de arti-
yi UMA PRISÃO DE CELAS VASIAS ficialismo. Do contrário, pela liberdade
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que virá um dia, o entrechoque será no-
Nosso primeiro desejo.ié^o :de percorrer ¦eivo :e até fatal. Hoje, sem a luz nortea-
as celas ocupadas pelos "hóspedes". De- dora da higiene mental, não é possível
sejo que invariavelmente vem a ser o tratar criminosos. Por isso, devem os es-
*V****>t^^*a(KWBHIhNHalXirMeH^^ .4a_l_| mesmo, de quantos visitam Carandirú, pecialistas — médicos;.ou não — ter ação
mas que se transforma em uma primeira marcante nos présídiòl, para orientar as;
decepção, tão depressa o "cicerone" guia melhores normas de execução da' sen-
A CE'LA E A GALERIA—em cima, a entrada da chi.a 102, a primeira que se tença.
nossos passos para o local.
ENCONTRA AO VISITAR A PENITENCIARIA. IRREPREENSÍVEL/MENTE LIMPA E ENCERADA
E' que, ao contrário de todas as supo- Esses princípios estão sendo sabia
FICA, COMO AS DEMAIS, VASIÀ DURANTE 0 DIA, QUANDO O SEU OCUPANTE SE ENTREGA
sições, as celas estão desocupadas, as mente aplicados na Penitenciária bandei
AOS AFAZERES QUOTIDIANOS. — EM UAIXO, UeM DETALHE DA GALERIA QUE SE RE-
galerias vivem silenciosas, como se a Pe- rante, tal como pudemos observar.
PETE EM CADA PISO. PARA EVITAR POSSÍVEIS TENTATIVAS DE SUICÍDIO, GRADES
DE ARAME SÃO COLOCADAS NOS LUGARES APROPRIADOS. nitenciária deixasse de cumprir a fina-
lidade há muito tempo e fosse, agora, um OBRA DE PROFILAXIA DA HIGIENE
casarão abandonado. Rangem os ferro- MENTAL
lhos, escancara-se a porta da primeira
cela, entramos e não encontramos nin- Agora o professor Flamínio Fávero ex-
guém. plica de que modo a higiene mental pode
E o sentenciado? atuar na profilaxia dos reclusos:
Está trabalhando. Só os sistemati- De início, pelos órgãos adequados,
camente rebeldes, inaproveitados para estudando a constituição de cada recluso.
Na Penitenciária do Estado, o Instituto de
qualquer serviço, ficam enclausurados du- Biotipologia se encarrega desse mister,
rante o dia. Mas são muito poucos.
Bsm3_^_^B ^B^Z^I examinando e observando cuidadosamen-
BKgSBwKS rel^ Bs .'¦ *^^| Sabemos então que às pirmeiras horas te cada sentenciado. E isso, desde o seu
todas as dependências abrem-se permi- ingresso. Cabe mesmo ao Instituto em
^K^l^fll P^^^^^B ^1 t^^l tindo que seus habitantes, feita a refei- grande parte dar parecer sobre a possi-
V
_w^3 Bi' ' «?mí 5!^S flkMÉ^I II ção matinal, venham para outras salas bilidade de permanecer ou não o peni-
fl^ ' Vwiflfl ^^^bS9 onde se entregam a qualquer afazer. A tenciário recém-chegado no regime de
ÍmH^^^^^SPM BvY^wD ___! MPilBhSRStMl C^l ^^flSM B profissão exercida pelos homens — e as prova estabelecido pelo Código. Se os mé-
mulheres também — quando livres, con- dicos psiquiatras verificam tratar-se de um
' "Ví( ¦¦¦•'-;: v ?? tinua desempenhada mesmo depois. Os homem portador de predisposição psico-
1^^^^^ ^^»^m pi»V?|"'' 1 IU \im
*W:- '¦ alfaiates vão costurar uniíormes e outras
roupas que chegam a ser vendidas fora
pática com tendência à evolução para
estado mais grave, pelo isolamento celu-
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da Penitenciária, os marceneiros vão fa-
zer móveis, os tipógrafos encontram uma
lar, solicita desde logo sua ida ao traba-
lho e ao regime comum, como profilaxia.
IX N V i ,.t
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fl| fl oficina gráfica para o desempenho de
|Y\.y . \ II Graças à boa orientação do novo Código,
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1-JI I' seus misteres, os sapateiros baiem sola e vasado em excelentes normas de higiene
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I/V' II até os trabalhadores de campo encontram
M\A/v < M^ M 1 ^^^^^^fl
I um pedaço de terra, um cantieiro, uma
mental, hoje o regime de prova, ou seia
o primeiro estágio da pena, é reduzido
k! \\ e^sMIÍAi* i .mu m\ 1_^__-^B
I/VV X i' i. i> wÊÊÈÈÈmkX ifá-í I flJMR horta para cultivar. Ninguém fica de bra- normalmente a três meses no máximo,
Is/Va Tie^4-Tr^M^^ í >-p^---.Ltóíii.ii3?ifl
ços cruzados, meditando, entregue à soli- sendo facultado, porém, encurtá-lo ou até
B^^'âL^|iH^BlHH BHT^rx^ rvyl|M^flfl^|_nfliJi|Qfl C_M I dão, a menos que seja um revoltado, e suprimi-lo. E assim, muita psicose será
yurààsS i ______»?flil fl **í______9hB M/iliiifl BM se o for o pior será dele. Mas as opor- evitada, afastando-se um dos seus fato-
tunidades para distrair o espírito e pro- res contribuintes, o isolamento celular. Em
duzir qualquer trabalho, cujo pagamento São Paulo, este assunto das psicoses ditas
Pofl será feito mensalmente, não faltam. carcerárias, foi exaustivamente estudado
Quando esses homens entram nesta pelo sr. Luiz Pinto de Toledo, em esplên-
casa, precisam ser reeducados, mas não dida tese^ de doutoramento, apresentada
devemos esquecer que eles serão devol- em 1934 à nossa Faculdade de Medicina
I vidos à liberdade algum dia e precisam
levar algum pecúlio para começar vida
e baseada em botx cópia de observações.
Mais adiante, ainda o prof. Fávero alu
nova. de novamente à higiene mental:
As oficinas da Penitenciária são, por No âmbito de ação
isso, enormes e de grande eficiência. O que mais de
visitante tem ocasião de observar o an- perto me interessa, nas funções que ora
exerço, cie diretor geral do Departamento
íY| damento dos serviços. Tudo o de que a de Presídios, a higiene mental traça nor-
casa necessita é confeccionado nessas ofi-
mas de grande eficiência profilática,
cinas e, além disso, a Penitenciária tam- atuando sobre o recluso, quer sobrequerc
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RANGEM OS GONZOS E O GUARDA PERMITE A PASSAGEM — seja ou não sentenciado, ninguém atravessa o portão de grossos varais de ferro sem
25 O CONSENTIMENTO DO GUARDA. ESTE
"ESCRITÓRIO"
PERMANECE DENTRO DO SEU DE GRADES, FAZENDO FUNCIONAR A MANIVELA QUE ABRE E FECHA, AUTOMATICAMENTE, DUAS
PORTAS EM COMBINAÇÃO. ESSE GUARDA É PRATICAMENTE O RESPONSÁVEL PELOS HOMENS Q_S*S\JSSTÃO FORA DE CADA GALERIA ONDE SE ENCONTRAM AS SUAS CELAS. QUANDO SAEM,
ANOTA-LHE O NUMERO RESPECTIVO, DANDO BAIXA AO ENTRAREM ,MAIS TARDE. HA UM PERFEITO SERVIÇO DE SINCRONISAÇÃO ENTRE AS PORTAS AUTOMÁTICAS, DE GALERIA PARA GALERIA.
egresso da Penitenciária. O recluso que gráficas daquele estabelecimento. Um diretor da casa. Ma página seguinte, en- 7545 publica estes versos dedicados "A
cumpre pena não deve ser considerado exemplar do número 14, aparecido em contra-se o registro das impressões quo minha mãe":
como um indivíduo em castigo.-.- É^. sim, fins de Agosto,, adição .de^,quatro, páq^has ilustres visitantes deixaram no livro apro-
um doente moral em tratamento. Te&uma no formato 20x30, ofer_sòf aos* I&itares priadefi. d_«tócadamen.te os diretores de Oh! minha mãe bem amada,
..personalidade que se revelou cfesajus- variado noticiário e ampi&t-çatojicrâção. du^^: iBjeíitíeiiciárias brasileiras. As. co-
tada para a vida em sociedade, por obra A parte editorial é uma "Carta ao Sen- labarações dos reclusos não trazem a assi- Não julgues sem caridade;1''*^
de um transtorno constitucional ou de uma tenciado", carinhosamente elaborada pelo natura, mas o número. O sentenciado Não mo creias criminoso.
inadequação ambiente. A revelação foi, Sem te contar a verdade.
pelo crime, sintoma de verdadeiro estado
mórbido que deve ser combatido. Há mui- PREPARANDO O JANTAR — cozinha modelo, sem racionamento de carne, i
-l—
'¦¦ A PENITENCIARIA VISTA EM CONJUNTO sãò vários e extensos pavilhões onde os reclusos não ficam
tf. enclausurados, .mas onde se movimentam, trabalham e se divi- EM'.
talnao tratar os criminosos", declarou recentemente o professor flaminio fávero, diretor dessa penitenciakia-modelo,
^possível cujo método de funcionamento â"EM
APLAUSOS DE FAMOSOS CRIMINALISTAS ESTRANGEIROS. AL. SE PREPARA A REEDUCAÇÃO DOS INDIVÍDUOS QUE, POR QUALQUER FATALIDADE, PRATICARAM UM CRIME. E DALI SAEM, MUITAS VEZ PR(
NA SOCIEDADE, NA QUAL ACABAM TORNANDO-SE ELEMENTOS DE ABSOLUTA EFICIÊNCIA.
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sentimento ínquebrcintável. Todos afme- Assocíandonos as comemorações pa- de seus deveres não aguarda para dizer
iam Q/sentir com júbilo a vitória das Na- trióticos, nós, os sentenciados, cheios do
que ama o Brasil apenas nesta semana,
ções Unidas. Todos os reclusos brasilei- orgulho por havermos nascido nesta terra
ros têm "coeficientes" de amor à Pátria porque rada filho do Colosso Sul-Ameri-
abençoada pela imutável cruz cintilante cano é uma existência em holocausto à
e desejariam derramar seu sangue pela do nosso íirmamentó, declaramos peren- Pátria, que é o berço vital onde, pela vez
defesa do Brasi toriamenle que a Semana da Pátria é
E aludindo diretamente às festas do 7 primeira, sen limos a luz na sua maravi-
um período-símbolo de exortação cívica, lhosa beleza de Deus e o beijo materno
dp Setembro:
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fjt »' BB BBBB mas afirmamos que o brasileiro cônscio inesquecível . Viva o Brasil!"
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GALERIAS vm S-nS"
ONDE OUTROSfSTA°
MUNIDAS °": GUADES' P0U °NDE SK DI^NGUEM, ATRAVÉS DO PÁTEO, AS GRADES DAS
PRESOS REPOUSAM PARA O SERVIÇO DO DIA
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.^.^-v . ES^F^BTffTyjytBBBBBBWMBB? SEGUINTE. UM DIA EI FS TERÃO CUMPRIDO SUAS PFN
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HAO DE DORMIR EM QUARTOS COM AS JANELAS ABERTAS DE PAR EM PAR. SERÁ
O PRÊMIO DA BOA CONDUTA QUl!MIAjIm TIDO NA PENlt
TENCIARIA, PRINCIPALMENTE SENDO FAVORECIDOS PELO
LIVRAMENTO CONDICIONAI..
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ABILITA MORALMENTE O INDIVÍDUO
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CASA. I k DIA ELE SERÁ DEVOLVIDO
ÕES DE REINTEGRAÇÃO NA
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ESTAR HERVINDÒ EM QUALQUER RE-
UMA C PEi.A.
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(ÓRGÃO DOS SENTENCIADOS ÜA PENITENCIÁRIA DE SÃO PAULO)
'Agosto
1 ANO ll Silo 1'aulo, tiú 1911 N.« 14.
i; .t
presidiu A hiiu.Ah. oxpondú-lhe
motivos « dando, ém snifulda, a pu-
lavra ao sr. dr, João Rodrigues
Merôjé, «Mo da Sáççâü Adinlnls-
ou Vo«8o Diretor u amigo:
Jl
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tratlva do Inatltiito du lll<>tlp.ilt>|íla,
<\w>, num lirllliftntc discurso, focaü- Paulo, o liuomlo-llio sobressair a O "O NQ8S0 JORNAL", «wm
zou a personalidade do sr. dr. Mnr- Atlvidiule em todt» os posto» quo e«tu noticl*. que lnscn; em' su*»
roy Júnior, «nallsundo-lliç u vida os líovornos o o povo liandclronto colunas, orgulho Vo DUHOWyaTVt
com Wt|f1,l|IM#
\VlUlinO, Vl^ll) snUsUçio.
A pública, destto n> seu inicio em S. lllO Ct)HtitltTltÜ participa iin
ii.i#ílnl*\t*» contenUtnontodp»
do Pl\*\ttxnÍmtnt\tAii ArsM aml>
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dade no qual, via de regra, mergulhavam diz-nos ainda o diretor penal. — A qual-
os sentenciados. Esse homem a quem se quer momento que nos tenha chegado
faculta o direito de dizer, em letra de fôr- uma ordem de libertação, só nos resta
ma, o que pensa sobre a guerra, o Brasil um recurso, franquear-lhe a porta de saí-
e a data da Independência, quando sair da. Por mais de vinte e cinco anos venho
daqui, terá maior estímulo para começar trabalhando aqui dentro. E quanta,
vida nova, em perfeita forma com a cole- quanta gente hoje perfeitamente reabili-
I tividade sadia e integrado plenamente na
sociedade.
tada, lá fora, não encontrou dentro destas
I Mas a veia poética dos reclusos é ines-
paredes o ambiente apropriado para sal-
var-se!
gotável. As colaborações, em "Nosso Mas há outros que voltam. .
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Jornal", são preferentemente nesse estilo. atalhamos.
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Também o sentenciado n.° 7407 — não Sim, há. Os duplamente infelizes, os
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^^Sf ím mVMÊÊKM^MTTlÊKljÊÈtMÈiflmS^ffi ^Mm interessam o nome nem o crime que pra- que não podem fugir a um destino mise-
M^MmM^MMwmUm \ *»>* ^R^i H'WMi«Klr' M ticou — inspirou-se, talvez por ocasião rável. Para esses, nossos cuidados são
do sepultamento de algum companheiro, ainda mais apurados, porque o reinei-
^^^^^^^^ÊBMg&. R__k ^A ¦ IKBS#_i Iv e publicou estes versos sob o título "A dente é o enfermo que ainda não encon-
voz do sino": trou cura. E nossa função é a de aplicar
com o melhor sucesso essa terapêutica/
Tocam sinos a finados, devolvendo-os à coletividade perfeito
Badalando uma ária triste. mente sadios de alma e coração.
Oue o coração não resiste
E põe-se logo a chorar; FLAGRANTES AVULSOS
HÉttH Am Wrt^f»*'*-¦ ¦ iWÈÈÈÈKÈÈèfi^^^^^^^^^^^r^S Pois nele jazem guardados
Amores, vãs esperanças, ]á dissemos que todas as dependências
I K .... Mmwf -r-y mmmm^^^m^^^^^ÊM^^m^^^^i^^mW E amarguradas lembranças,
HK. mmmM ^^
da Penitenciária foram franqueadas ao re
U^^Mmm%a^^Ê^^^^^^^^^^'mm Que a mente quer recalcar! porter. Por espaço de uma tarde inteira,
H^ --^H ^P^:: A \'.^^ Mm WÊÊW* MIÊHslsÊmk ^^^^Ia^?^^ . ^B A voz plangente do sino privámos com os autores de tantos crimes,
Anuncia a retirada uns mais tenebrosos, outros menos, mas
Duma alma desencarnada, em nenhum deles encontrámos palavras
Que já deixou de existir... de revolta. Há os conformados, entregam
' I 'm do-se silenciosamente ao seu trabalho, co-
Ml M^' mm MmW- MM Talvez seu viver fosse hino
aaaV aaK AÊ '
MÈÊüÈ^íi?*** ^^H mo si estivessem num escritório ou em
I ^^. ^K
^^^^^^^^^^^B^BfigÍ^re^y\"?SB^^BK'^-aaaaa ¦ ¦
IW Ou canto triste e macabro,
Ante o enorme descalabro. qualquer fábrica, das tantas que São
No momento de partir! Paulo possui, dando conta da tarefa diá-
ria e aguardando c toque da sirena para
BaaaaaaaaaaaaaaW^é^fi"»
'
' '''Aa^HP*?* ;.-^^^^'-'\' '¦£'•*'¦** '¦ ^-• "'^mS^Sw^-^kMl^^ '
fl E o leitor do "Nosso Jornal", sentindo regressar a casa. Outros, aparentando
bem de perto o estado de alma do re- fisionomias alegres, trocam ligeiras pa-
cluso que produziu esses versos simples, lavras conosco. Não os interpelámos só-
denunciando um poeta deficiente mas, de bre o motivo de ali se encontrarem, por-
qualquer modo, um homem não infenso que é preciso esquecer. O esquecimento
Bl ^fl Pl^ISPiíSSIiís^ ^^3Bk _____S____S:*i^____ '•;¦^s^lÜ a
_______ __£%* ^^ A ¦»_>' _;"¦ ^í^. ^ _•*. ^^ S "• ^ '^V'-^ ^^^.^V-^^^-J!^ ¦' ^^^?^^^^S^^^' ^¦K^_^^^^_____Ü 1
será meio-caminho percorrido para a cura Ia idade e, como quase todos, dedicado DF VOLTA DO TRABALHO—quando o relógio marca as cinco k mkia da
do paciente. E' do regulamento falai ao seu mister. Quando se poderia ima- TARDE, FAZ OUVIR-SE UMA SIRENE KM TODAS AS DEPENDÊNCIAS. E COMEÇA O DES
pouco ou mesmo nada, o que não impede ginar que Menegheti fosse mantido em FILE DOS SENTENCIADOS, ONDE QUER QUE SE ENCONTREM — NOS PATEOS OU NAS
que haja conversas, em cada canto, mas reclusão contínua, dada a fama de pe- OFICINAS — RUMANDO RARA AS CÍ.LAS. VÃO JANTAR E DEPOIS DORMIR. MAIS UM
todas mantidas sem delongas. Os sentem rigoso elemento, de que desfruta, é de DIA QUE PASSOU. . MENOS UM DIA PARA GANHAR A LIBERDADE
ciados dividem o tempo nos afazeres, nc fato impressionante encontrá-lo tão à von-
repouso e no divertimento. Há um pe- tade, falando pouco, pedindo que o dei-
queno teatro e uma sala de projeções ei xem em paz, confundindo-se com os de-
nematográficas, funcionando em dias de mais. Freqüentemente os jornais publicam :í»;_>\_m-v:-"--*.-Av„ . .
#._*_.-.--_...¦£_¦'-.
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.'."',-
¦:¦< ¦¦-- ¦ .<¦--<<•¦• -
Mas em algumas penitenciárias de mmmWm&mWam&flmiiJmm
apreciáveis manifestações de arte. E dis- ____B_?_r^_r _p*^«_ .______.- __««^_^sá_____*í»
seram-nos que algumas vocações, inteira- outros países. . . '
Já o sabemos. Em outros países tam
mente desconhecidas antes do indivíduc Eli WMWmmmmm%m^m%mmm^^^^ f M_
ser enclausurado, ali vieram a registrai bém esse problema ó racionalmente so
se. Pintores, escultores, poetas e roman iucionado. Aqui o será. Ainda é cede
cistas, gravadores, autores de teatro e ?
jornalistas amadores têm saído dessa ins O pavilhão feminino não apresenta ca
tituição, para um melhor cultivo de idéias racterísticas diferentes, salvo as provoce
e realizações, ac convívio regular com a das pela variante do sexo. Nele tambérr,
sociedade. as sentenciadas trabalham e recebem a
Na sala de aulas, deparamos com um melhor assistência. Instrução, educação
'rabalho e recursos médicos andam d(
pequeno grupo de alunos, entregue às
lições daquele dia. Um pouco de aritmé mãos dadas através das amplas, hiqiên;
-as e confortáveis dependências.
tica, algumas ncçces de gramática e de
história podem esclarecer o sentenciado ?
e abrir-lhe horizontes novos e amplos. Quando indagamos, ao acaso, de um
Na oficina de encadernação, o visitante sentenciado que passa ao nosso iade
encontra um dos mais famosos criminosos:
Menpghpti rn7novelmont« alauebrado pp on linm ns pff Vi'
*H
-;.;.r^-;^--^-_;.-_^:^.^.^í'Xi.o.%i-j^M,it-I^VV5f>^t^,_^E^f.--
w•--_.- -
I.
E você, Benjamim, continua pobre?
1LIÜII0
— Pobre. Eu? Moço, eu sou riquíssimo. Durante ú
.'...
"SEMPRE
DEI SORTE AOS EMPRESÁRIOS"
fl QUE minha vida de trabalho acumulei um enorme capital.
Quer saber!? Não conheço ninguém que seja meu ini-
migo. O meu capital está aí.
E apontava para os papeis c cartas em cima da mesa.
Está aí e está em todo este grande Brasil, guardado
no coração de milhares de crianças. Esta é para mim a
maior recompensa. Ela justifica todos os meus trabalhos,
todos os meus sacrifícios.
A FORTUNA DE BENJAMIM O PALCO NO CIR-
Mas agora você
GO ATAIDE MARCONDES DA' UM SAPATO A BENJAMIM — UMA TRAGF/DIA NO CAMARIM quer deixar o circo, não é verdade?
"PENETRA"- Pedi a minha aposentadoria. Espero receber uma
O FISCAL DA PREFEITURA ERA FOR QUE SAO TRISTES OS PALHAÇOS? - "VOU
pensão. O Presidente já assinou. Agora estou aguardando
PRA MINHA TERRA VER O DIA AMANHECER E A NOITE CHEGAR" — E SE O CONVIDASSEM apenas . publc ção.
PARA TRABALHAR NO CASINO? MEU LUGAR E' NO PICADEIRO" O SUCESSO UM PEDIDO E depoi, ?
Depois irei
A BENEDITO VALADARES para a minha te-rr; para a velha Pa-
íafufu.
E fazer lá?
quê pretende
Vou ver o dia amanhecer e a noite chegar. Vou
recordar toda a minha vida. Sabe? eu sou um saudo-
NOTA DA REDAÇÃO:- por motivo de força maio» deixámos de dar na integra a reportagem com benjamim :>ista. Gosto do passado.
E' tudo o
DE OLIVEIRA. OUTROS FATOS INTERESSANTES DA VIDA DO MAIS ANTIGO PALHAÇO DO BRASII SERÃO CONTADOS ABAIXO.
que pretende, depois de se aposentar?
Não. Tenho um
pedido para fazer ao governador
de Minas: a fundação de um circo, onde. três veses por
semana, sejam dados espetáculos gratuitos ás crianças
pobres.
E você irá trab; 1 ar de novo?
Si for preciso... O meu destino é divertir as
crianças. Minha maior alegria é vc-las fel.zes. Talvez
eu venha a morrer no picadeiro. Foi lá que me criei. . .
o SUCESSO
E no entanto dizem
que os palhaços, fora do ch-
co, são sempre tristes. Parece que você 6 uma exceção.
Tem um ar ;.l gre de quem está sa. sf ito.
Parece-lhe agora. Em
geral, sou também triste.
—~E a razão?
qual
Não sei. Naturalmente
porque sou palhaço. E'
uma sina.
"PENETRA".
11 FISCAL DA PREFEITURA ERA
i
Antigamente, quando o circo chegava a uma cidade,
todos os artistas saiam á rua, para anunciar o espetáculo.
A garotada acompanhava aos pulas. Naturalmente, o
' !&^^^:%S_0 \^^\—V ^
__ÍÍÍÉfi_«__ J_J________P ¦Í_________PH S^Jrai^ li__K^ palaaço era a figura mais imp r.ante para ela. Os que
chegavam perto d.? mim, eram marca (.los na testa, a giz. 1
e aquela marca valia o ingresso no espetáculo.
Uma vez, numa pequena cidade, estava pensando na
vida, tii.toniio, sentado numa cad.ira, a cabeça baixa.
Estava tão distraído que não ouvi um homem
entrara e sentara perto de mim.
"Então,
que
Benjamim? que é isso? O rei dos palha-
i
ç >s não abaixa a cabeça. A coroa póclç cair".
Mas
"Sou quem é o senhor?
vlv_f____. Bw________WB __^_s^!^^^_Nm __________»_#^^^^^Bfe-__-^-_---------^4^______________K><cv
um homem que ha muitos anos levou uma
grande surra por sua causa".
Por minha causa ?
o h.n:.n c.ntmi-m e a história de um menino (pie
fora marcado na testa pelo palhaço. EL queria assistir
tf
ao espetáculo di noite, sem pagar. Em casa, mandaram
"Você
que lavasse a cara e tirasse aquele sinal. não ê
nenhum m d'que"! Mas o menino teimou em conservar
a cara suja. Este menino era o homem que estava ali.
a meu' lado. Era o fiscal da prefeitura da cidade, "pene-
tra do circo nos tempos de garoto.
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Miv^mtM iM^Vdfl m|(v' ALi^MM^^i^^^B 1^1 flr ^fl ^%J^;-vv>^gPfcleffi *»_w___^J3l_fce__fl_M_K^ (\ y \{jjjr ..NA^aU^PjbwCFx^^/>L
quem conhece as grandezas o misérias, prin- Mas aqui na. Ilha do Bananal? Mal caí na cama,, adormeci. Muitas horas deviam
Para cipalmento as misérias do garimpo, nada é tão Daqui a pouco você vê. Tá vendo aquela curva,, ter se passado, quando .acordei sacudido por tio Florencio.
comum, do que ser vitima das febres bravas, co- onde tem um pé de Simbaiba? Pois é lá. A gente anda - A moça, . . a moça,
nhecidas, geralmente como maleita. E as febres que (or- 500 metros, seguindo um "trieiro" e topa cum ela,. Que moça, t io ?
turam, provocam a tristeza da solidão. A solidão revolta Olhei surpreso para, o vi lho;. Seria mesmo verdade? Esfreguei os olhos.
o homem contra a seiva. K a selva produz a loucura. Ou a minha cabeça que ardia, transtornava, o sentido A moça do retrato.
Ma quasi três anos, vivia, garimpando. O garimpeiro, das palavras ?. . . Mas (pie tem ela,, tio?
antes d-* tudo. tem quo ser um ente tmbrutucido. Criar Remamos até o pé de Simbaiba. Amarrei a canoa Saiu do quadro, apanhou o arco e a flecha, e quiz
uma couraça de brutalidade, paia não sucumbi; á inos- num toco. Apanhámos a rode, alguma comida o outros me matar. Eu vi. Acordei com ela, apontando-me ao
pitalidade da vida. materiais. coração.
Nestes três anos do desconforto e temeridade, arran- Tio Florencio segurou a garrafa. Aquela garrafa Li.voi a lanterna ao alto. O retrato continuava no
jára por companheiro o velho Florencio. Florencio, ca- encerrava o lucro dos nossos esforços. Existiam no seu lugar. O arco e. as flexas também.
boclo tarracudo, queimado do s>">1 ií sobremodo expansivo, interior, algumas gramas de ouro e pedras de algum valor. ---Qual tio, isto é
viera do Piauí, terra onde surgem os mais mal afamados pesadelo. E' cansaço. Trate de
Encontrámos o trilheiro. O velho não mentira. Co- dormir (pie amanhã nós vamos levantar ceclinho.
homens do garimpo, homem, que vivem da "grupiara" meçava a anoitecer. 1'] meu Deus! precisei amparar-me Mas eu vi. . .
.- das "baté'as". a. uma árvore, tal o meu susto.A' nossa, frente surgiu uma, Tornai a adormecer. Acordei com o sol queimando,
Ernmcs ótimos amigos, como podem ser duas crea- enorme casa verde. Um pavilhão com uma grande es- no meu rosto, devia ser tarde. E a gente (pie ia sair de
turas, eu com os meus 21 anos e ele com os seus desassom- cadaria. Nas janelas do pavilhão, cercada, de tcLs e pro- madrugada.. .
brados 5f>. tegides por grades havia uma quantidade enorme de Olhei para o tio Florencio. Estava rígido. Uma flexa
As creaturas inexperientes e jovens, quando caem macacos que nos espreitavam. varara-lhi-; o coração. Morrera. Só tive uma idéia: fugir.
na malha ilusória do garimpo, por veses encontram um -—Quo coisa estranha, meu tio! Eu pensei (pie só
amigo assim. O velho Florencio, que Deus o guarde, pois
já morreu, era, mais que amigo, lima espécie de protetor.
existisse desses macacos na índia.
Também aqui existem ales. Aqui nesta ilha exi.ste
Fugir antes (pie f:zessem o mesmo comigo. Nem sequer
apanhei a, ['(Wr.. Tomei a única lembrança (pie me assai-
tou a garrafa preciosa o desabalci em direção á canoa.
I
1%
Não tinha ninguém no mundo... de tudo! Desamarrei a proa,. Ia pular para dentro da embarcação
Com ele conhecera, a Balisa. e todos os garimpes do Começámos a subir a escada.. O velho caminhava, quando ouvi um grito.
Maio Grosso. Com ele mergulhara, em muitos escafan- com uma ceríesa e estranha segurança, como se fosse Era o tio Florencio que chegava correndo. Pegou-me
d ros, no fundo de Marabá. Juntos bateiamos ouro no conhecido da casa verde. Fomos dar ruma, sala, pela camisa e sacudiu-me.
Tocantins, juntos rebentámos cristal no Pedral e no A porta entreaberta devassava uma sala mal ilu- Ordinário. Ladrão! Pensou (pie me roubava?
Que-
Jacundá. Rasgámos selva o colhemos cristal no Pium. minada. ria, fugir com todo o meu lucro?
Nossas mãos eram monstruosamente calejadas, nossos pés Alí dentro, ao redor de uma mesa estão Chorei como criança.
quatro
desproporcienados, e nossos clorsos, musculosos e re- mortos. --Não! lio, (Mi vi. Eu vi... O senhor morreu. F.la o
talhados. --('orno sabe disso meu tio? matou. . .
Dessa vez a gente vinha de Marabá. íamos voltar Sei sim.. . V. está louco. Deve ser da, febre.
para a balisa e passar o tempo das águas, repousando nos Fiquei meio horrorisado e com vontade de retornar
garimpes de Mato Grosso. Subíamos com uma dificul- á canoa. Mas acompanhei o velho. Numa mesa 4 corpos • Y ':, Continua na página 39
dade tremenda o Araguaia. Já haviamos atingido a cauda amarelados, apoiavam as cabeças sobre os braços.
da ilha do Bananal. Lago Grande ficara paru traz. Furo Meu Deus, (pie horror!
,1:;
de Pedra aparecera ... Não fazem mal. Ha muito tempo (pie estão assim.
E os dias foram passando. Nossa canoa, adquirida Mas quem os teria assassinado?
TIO FLORENCIO
-—Se você se interessa, clhe dentro dessa garrafa.
aos indios. Carajás, continuava- vencendo a niéta da su-
bída. A Ilha continuava sen pre à nossa esquerda.
Unia tarde... lembro-me como sa fosse hoje. E>ta-
Tem um papel (pie conta a história c!elcs>...
Não tive muita vontade de saber. Desejava mais
i
vamos perto do encostar para fazer pouso. Minha vista jogar o corpo na rede e aguardar (pie a febre cedesse...
começou a tremer. Um frio arrepiou-me ais poucos. Alí dentro tem um
quarto com uma cama aban-
—-Tio Florencio. As febres estão mo pegando.
Molha o bucho cum pouco de pinga, que ela acaba..
donada. E' uma cama enorme. A gente pôde dormir nela. Conto de
Nem precisa arma a rede.
Mas náo ternos mais pnga.
Tá ruim, é preciso que a gente guenfe o jacumãm
Entrei no quarto. Alumiei as paredes com a lanterna
elétrica. Uma enorme coleção do velhos retratos enchia o
JOSE' MAURO DE VASCONCELOS
fl até chegar na casa Verde — casa verde?Que casa verde quarto. Minha vista parou sobre uns arcos o umas fie-
6 essa. tio, quo nunca me falaram? X m mesmo durante
os trô? anos que tenho andado por aqui?
xas, cruzados no canto da parede Por sobre a cabeceira
da cama, como se fora um sentinela, um retrato de uma,
Ilustração de
Tio Florencio tinha um ar soturno e meditativo.
Ali! A casa verde! Sim. a ca<a verde existe. Eu
moça morena de negros cabelos e olhos verdes parecia
nos dizer:
ARCINDO MADEIRA
sei quo existe. Afastem-se cães. Não violem um lugar sagrado.
MM WF tal ES- H BaaW_l PsJwBF jBPBnK^l^^^fiÍls3PíjS^s8aaaH H w
:'•?¦'' MWUMW ISaaflaK* mwSt B^ff—j—rfiT;^JTbJ^jlaW jfS^HBcESgBrtBSWbBJJ—ffB W a£i.
I RrfiP ¦'¦'•" ^^.t ^^aaaaK ' ' Baaaaaaaaaaaaaai^^l^HBaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai«BaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaV^^^^B^^/^l9_Kw^^ aaT^
'
^^^^^^^^^^^^^Bal^WBMMfc^WÍMi^P*^|M*'*y^f^B*MÍ4F^^^T41W^J . T^t,]^^^^f^fjff*|BBTtHfr'Í|FfTr^ f- i I^^^^^^^^^^^^^^B^^^B^PataffBH^Baaal
Í^aaai aaaaal
jf
O VALOR DOS ACESSÓRIOS — h sobejamente demonstrado pela "estre- PARA AS JOVENS ELEGANTES - uosemarv la planche
"CONSTANCE "
já foi miss-Auié-
'•A 1>A REO, MOORE", NESTA VISTOSA T( )l I.ETTlA'. TRATA-SE DE UM RICA E HOJE ESTÁ TRANSFORMADA EM "ESTRELA».
PERTENCE Á MESMA PRODUTORA.
VESTIDO DE FORMA
DISCRETA, TODO EM NEGRO. "pOUPP"
NA CABEÇA, UM RICO DE ELA É UM DOS MODELOS PREDILETOS PARA
AS MOCINHAS ELEGANTES E AQUI A
VE-
PENAS SALPICADAS DE "cEQUINs". LUVAS MOSQUETEIROS DE SUÍÍDE NEGRO E JÓIAS MOS EXIBINDO UM POPULAR «JUMPER», BONITO
E PRÁTICO. QUE PODE SER USADO
BRILHANTES. IM BROCHE, R RI NCOS, PULSEIRAS REALÇAM 0 CONJUNTO MUITO COM VÁRIAS BLUSAS. O "jüMTER" É VERDE RAVON
E A BLUSA DE MANGAS COMPRI-
EXQUIS". MAS 0 VESTIDO GANHARÁ MAIOR EFEITO, PARA AS TARDES ENSOLARADAS, DAS EM SEDA. PARA AS ADOLESCENTES OU MESMO
PARA AS FÉRIAS NO CAMPO, AGORA
TALHADO EM TECIDO ESTAMPADO E DE CORES BASTANTE VIVAS. NESSE CASO AS JÓIAS
QUE AS PREOCUPAÇÕES NESSE SENTIDO ESTÃO SURGINDO, O
MODELO DE MISS LANE
PRECISAM SER TAMBÉM EM TONS COLORIDOS, MENOS DISCRETOS. É REALMENTE CONVIDATIVO E DOS MAIS APROVEITÁVEIS.
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EM SEDA ESTAMPADO — primavera, no rio, quer" dizer verão legitimo. SAIA COM "outra "toilette"
SUSPENSORIOS-- ainda graciosa para o
A TEMPERATURA JÁ ATINGIU A CASA DOS TRINTA E OITO, SEM ESPERANÇA DE ME- VERÃO OU MESMO OS DIAS FRESCOS DA PRIMAVERA... ONDE A PRIMAVERA ESTEJA
LHORAR, DIZEM OS BOLETINS DE METEOROLOGIA QUANDO REDIGIMOS ESTA LEGENDA. REALMENTE PREVALECENDO... TRATA-SE DE UMA SAIA MODERNISSLMA, COM SUS-
EIS PORQUE RESULTA OPORTUNISSI.MO ESSE ENCANTADOR VESTIDO EM SEDA ESTA.M- PENSORIOS DE FIVELAS "pAILLIü".
EM A BLUSA DE MANGAS COMPRIDAS, É TALHADA
PADA DE VIOLETAS E FUNDO BRANCO. DECOTE QUADRADO, MUITO EM MODA, ENPEl- EM SEDA. REPAREM NA MANGA, AMPLA BASTANTE, COM LAÇO AMARRANDO OS PUNHOS
TADO COM BABADO PLISSADO. 0 MESMO PLISSE MAIS ESTREITO ENFEITA OS BOLSOS; E A GOLA. TEM QUALQUER COISA DE "íCAFINÉ", EMBORA A PRO PRI ANDO-SE TAMBÉM
"T0ILETTe'\\
CINTO DE COURO VILOETA. VESTE ESTA JUVENIL GRACIOSA AMELITA PARA OS DIAS DE CAMPO. AS SAIAS DE CASEMIRA, COM SUSPENSORIOS, SÃO A GRANDE
WARD, DA RKO, QUE AGORA ESTÁ APARECENDO PARA VENCER. MODA. E AS "ESTRELAS" DE HOLLYWOOD INCUMBEM-SE DE DIFUNDI-LAS.
meia estação, acompanhados de "raartinhas" ou "renards", si a leitora fivr-r que fazendas preferidas pelas nossas aves c como as modas estão voltando, embora
sair á noite. Vestidos de mangas compridas, do seda mais grossa, cm os costumes estilisadas, não é de admirar que voltemos aos antigos tipos de tecido como o
do "faillo". "rayon", "gros-grain", etc. usam-se bastante. O "moiré" 6 urna fa- setim macau " outros. Ha urna tendência pronunciada também
para introduzir
zenda que s<í anuncia de grande voga para a estação que entra, tanto para os o uso da manga comprida p abolida quasi. Vamos ter os extremos; vestidos sem
vestidos de rua, como para os de "soirée";o tafetá também, como parente pré- mangas ou com as mangas longas, aqueles, naturalmente para os de verão em
33 ximo do "moiré", vai tendo grande aceitação pelas elegantes. Estas eram as tecidos fantasia de algodão, e estes em "toilette".
3"
»______
fl |^^^^ Y
A sabedoria nas trovas populares ó que ao poeta moderno falta o sentido da música e o equilí-
brio da medida; o que ele compõe é apenas a prosa poética, as
"Até nas flores se encontra. vezes com grandiosidade e sentido, e que, não sei por que,
A diferença da sorte, teima em querer chamar verso, poesia etc.
mkkwMm m
Umas enfeitam a vida.
Outras enfeitam a morte".
E' a filosofia distilada atravéz da experiência milenar
A música, a cadência, o ritmo flúe como a água cantante
das velhas trovas populares e e a poesia no milagre icastico
da música oral, onde se afundam as raizes do sentimento c
/*7V_MA________________
da sabedoria, mesmo quando rai ela envolta numa sátira
.0 homem sobro a terra que ele põe no s«m canto oral. l'tn
..ppeta, dos grandes do ITuguav, disso que o verdadeiro
..poeta nasce com o milagre do ritmo, da música, e também do
flÉfrbimonto,
Afirmam
da beleza o da sabedoria".
os modernistas que o cánon tira á arte em gorai
ou numa ironia maliciosa :
_________¦
' '!"fw"'" •'^J*,i5i__*lW__
«ASIOS TIGRf
"Técnico, yirtuose, instrumentista... Ninguém faz
versos com tanta facilidade — e que versos"! Eis como,
AS acerca do autor destas Parábolas, se exprimiu o belo, no-
• • • C é luela a sua preocupação, pois PARABOliÂS^EvCRTO^ bre, arrebatado, grande poeta Martins Fontes. "Príncipe
sua pequenina inteligência em dos poetas cômicos da raça", como também Fontes o con-
formação, já lhe permite compreender qUe isso '¦'''
li sagrou, rlSo maneja o Sr. Bastos Tigre com menos destreza,
WÈÊÊÈÊÈ
representaria a falta de sua "segunda mamãe". ...¦:.-í-Sfü:-.
'
.--
'Am ¦ menos domínio da forma do arte que dá a impressão da fa-
.'¦'..:
'.'_-_______ WÊMk.
¦KTBM -.'¦;¦"•'¦'>-. -
eilidade, a rima fidalga ou sentimental, augusta ou melan-
^LWmi^ ¦ '¦'•
YY 1
' ' '¦],..
\i/
.
? ? ?
i
Os Mais belos Contos Humorísticos, Satíricos e Jocosos, traduções de Frederico
Iíií"" dos Reys Coutinho, João Silveira de Carvalho, J. da Cunha Borges, Constantino
Janm, Manuel da Silva, Gilberto Galvão, Edison Carneiro, Eneias Marzano e
Gama e Silva — Rio de Janeiro, 1944.
GRIPE/ ~i Nem todos estes contos, contos ou novelas, assumem
feição propriamente jovial. Em alguns o fundo conceituoso
\'iiyYXYX. .~~n
ressumbra pessimismo, azedume; e a sensação
RESFRIADO/ que deixam
é, menos que divertida, tristonha. Certos personagens
representam, não epigramas nem caricaturas, mas sarcas-
mos. Os donos da vida, de Máximo Gorki, elevam o macabro
á expressão mais violenta, com a sua complicação de tú-
NEVRALGIA/
OS MAIS BfclOS'ÇQN?OS
mulos, esqueletos, "emanações de podridão", fornos crema-
HUMORÍSTIC tonos, "massas cinzo-amareladas de restos humanos".
SATÍRICOS :&JQC<M'~ A ficção de Paul Hervieu O silencio do sangue — em um
rapazinho é, pela primeira vez, levado á presença de queseu
; e fica sem saber a qual dos dois homens que se encontram pai no
•—<VV"Y." recinto deve a existência — confrange e deveras uiegrece
¦ o coração.. . Bom, mas essas e outras páginas do volume
po-
.Yixmxmmimi dem, dalgum modo, passar por espécimes satíricos, justifican-
liiiilxml:xm:m alivio do assim a composição do título. E em compensação,
do espírito e do sentimento do leitor que realmentepara
tenha sofrido, sucedem-se as narrativas mais e
- tf O / T O <* Â 'i v* £ C O UI . as mais estouvadas fantasias. Aqui estão dois piotorescas
..-^-i'j'.z«'iíA."-wV.'.-..;.'''. -¦.- .¦ .i.'..».,-
príncipes do
conto humorístico: Mark Twain e Courteline. Por sinal
no diálogo deste último, a frase provençal Tron de Dieu que
: fl
,. mais ou;menos correspondente a nossa expreesão de
«n
Com mil .. raios e que,t traduzida á letra, dana "nbombo" ou "trovão de Deus", cólera
aqui, pelo simples efeito do som. . . e doutra coisa, para "trono de Deus'" Os escritores passou
reunidos neste voumo vêm de Voltaire até Cami, o endiabrado, maluquissimo
autor do livro 'Pour hre sous Ia douche, "Para ler debaixo do chuveiro". Cami
eontram-se, assinando histórias mais ou menos hilariantes, romancistas e En-
maturgos da maior circunspecção, como Sienkieviz e Strindberg; dra-
*mX prosadores ro-
quintados como Oscar Wilde e Pierre Louys; o Jules Verne do invento ultra-moderno-
H. G. Wels; o extravagante, audacioso e tão efêmero Pitigrilli; o rei da anedota narisi-
íf ense do teatro boulevardier: Tnstan Bernard... Contam-se nada menos de cincoenta
¥''¦¦'
i",- escritores; os menos msignes são, cm todo o caso, de vasta notoriedade. E semure
a pena ler as suas obras. valerá
tt
Quanto ás traduções, de vez em' quando... Mas, a
DÔRE/ mente alegres, não insistamos en falar de coisas tristes. propósito
de contos treral-
mmH//
- - ? ? ?
íf
...
A CABEÇA DEFESA CONTRA A LEPRA
TRÃN5PIRDL
E' um documento que comprova as atividades da valiosalnstituição.
FOLHINHA DE 44-45
Recebemos da "General Eletric" interessante folhinha para os anos de 44-45,
im-
pressa a cores. Gentileza que agradecemos. -HÍ^V
.«W»rgr»fgy
-csi
"''•'^MlPPlPP^^^
1 ^mm . ,,,. ,37,pw^r-..--,.. a..,-,.,,,. ,.v.. n* fffI*WPfWi?'
_y_ür ______É
i Mm\mmi Wrn^ mm E 0 CHARUTO
mmmg
mmMM1 MMMMr mw"~mmm]l-WOKIOSO
í*.^^^^ M^^^m — " — *
^^^mm^Êmmm^^ ________i^^ _____¦ _____P^^. ____________
Ultimos"esttjdos, por Mário Barreto, cora uma apresentação por Cândido Jucá — Rio i
n
"Cae Janeiro, 1944-
s.
Sãc ''e.tudos" nue singular, superiormente merecem
ser qualificndos de lições.
-VV 'S\%w^S
Mário Barreto exerceu como bem poucos a missão de
divulgar os puros princípios e as regras sãos do idioma. A'
sua sapiência correspondia, em ditoso equilíbrio, a benigni-
dade. Em geral os escritores que ao cultivo da prosa ou
da porsia por própria conta preferem a missão de ensinar
«li os outros a bem escrever vêm com o tempo a tornar-se
rabujentos, irritadiços, brigões. Todos os outros mestres
UtTlMOS ííWOS mais ou menos toleram quer a imeompreensáo quer as obje-
ções dos discípulos. Os filólogos e gramáticos de profissão
logo se irritam e querem ir ás do cabo. Não podem levar á
paciência que alguém, seja aluno, colega ou até professor
de hierarquia e credenciais superiores ás suas, deixe de com
incondicionalmente. Das polêmicas pela
/)
Adorável Senhora... 0 IM
EW5S
eles concordar
imprensa — emquanto houve dessas polêmicas — as mais
suscetiveis de so converter em verrina e de levar ao pugilato
•**.Ml?* .*.>*.«_.
Naturalmente, vê-la é
ii m
eram aquelas em que se enfrentavam duas autoridades em
matéria do sintaxe ou ortografia. E quando entrassem na dis-
cussão mais de três sumidades era fatal o entrevero. um encanto para os olhos, pois ela ainda
Mário Barreto mantinha nos ensinamentos como nas controvérsias uma sereri"
dade que ,á força de rara, dava a impn.ssão de prodigiosa. Usava de todas as condescen- possui Cremes de Beleza Yardley e Pó- ¦•-''">•„:
dências razoáveis paia com os rebeldes ou adversos ás suas opiniões. Não se imagine por
isto o propósito do insinuar que ele cedesse facilmente ás alegações do antagonista... Nem de-Arroz Bond Street. E quando vier a
fácil nem dificilmente. Porque se pronunciava sempre com perfeito conhecimenUfe a
convicção mais segura. Se não pertenci? ao número dos que se encolerizam perante a mais
leve constestação ás suas doutrinas, mais se distanciava da categoria — supremamente
V»7.
paz, também voltarão todos os produtos
detestável, essa — dos que, interrogados acerca de qualquer questão, respondem: "Bom,
ha quem escreva desse modo o ha quem escreva justamente de modo contrário".. . E
so o interlocutor insiste: "Mas o senhor, como escreve"? continuam nas evasivas, nas
de toucador Yardley. X \
citações c nada de juízo pessoal o categórico, até ao fim. Mário Barreto, com a sua pri- JyJ
morosa urbanidade, persuadia inteiramente o contendor ou não conseguia que este se
declarasse convencido; em todo caso, não cedia da sua dignidade magistral,. Os artigos H
de polêmica ou as passagens de polêmica que se encontram no presente volume consti-
tuem excelentes modelos do gênero E tudo em Mário Barreto se nos apresenta como mo- m
delar. Ninguém mais destituído de preconceitos, de preocupações tais como o bairrismo
ou o mal entendido patriotismo, que levam a defender, a adotar o erro de preferência a .s *yyK
dar razão á outra gente. Mário Barreto guiava-se por uma independência e uma since- 7; ;
ridade perfeitas. A sua maneira de ver expressa no trabalho A questão ortográfica logo
derimiria esse. problema até hoje sem solução prática, se não encontrasse os embaraços, ' r. \
dleii
não do saber , do critério ou do gosto, mas do espírito prevenido do pirronismo c da vai- / \ \
dade. E em todos os assuntos ele disse a palavra que é, não apenas de boa política acatar,
mas de primeira necessidade ouvir.
\
vi
S de Londres
IA MATERNIDADE ¦1
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' '^¦'Vv;0'$-Á'i*^^#Ai:*-? '¦ 'tiA*WíMÍ&A ""'
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-1" ?*-;•: A.r, yy Kf INVISTA
¦W
Quinze anos. Mas espero obter o rança aos "seus homens" pelas colunas
livramento condicional. Trabalho nesse
BLOME
do Jornal dos presos. Cartas singelas
sentido.
E os funcionários dd Penitenciária con-
firmam as palavras do sentenciado nú-
assim:
"Meus amigos.
Sabeis para que esta-
mos aqui neste mundo? Será para gozar
/imlwrim : m
¦¦ ¦'-'¦'wK'
Hl
mero... Seu comportamento ó irrepreen- O SABONETE DO SÉCULO XX
FAZ OS MAIS LINDOS CABELLOS LOIRO. sível. A cela, das mais limpas. Sobre a vida e egoisticamenté' tirar dela o maior
a mesinha uma cartilha, uma revista proveito possível? Não,'meus bons amigos.
mensal, retratos de família (uma jovem Aí estaria uma finalidade materialista e
Um dia na Penitenciaria tendo nos braços uma bonita criança), e
deprimente para nós. Nossa missão é
mais elevada, mais sublime. Vivemos
de São Paulo < na parede dois quadros com a moldura
trabalhada em ornatos de algodão co- para amar e glorificar a Deus, Criador e E.PECIAlMENTf INDICADO PARA UMPM
Senhor de tudo o que há, e, assim, Cria- A CUTIS E COMBATER A CASPA
lorido:
(Continuação da pag. SI) dor e Senhor nosso. E para amar e servir 1 ¦ _fB__|
Tio Florencio
..,.-- (Conclusão da página 29)
Vamos embora, por amor de Deus, senão eu fico
louco!
Fique calmo. Nós vamos sim. Vai á casa e apanhe
nossas cousas... AífP
Mas eu não quero voltar lá.
Tenha coragem. Depois v. é mais moço. -f^t—f _E» .flvíA- Mflfl___ ^líi A "A-A^^SmH J'^:\^^^
Acedi. Achei o trilheiro. Caminhei depressa. Era
só apanhar as cousas e voltar. Caminhei e nada de en-
contrar a casa verde. Mas era ali. Tenho certesa que era
ali. Veio a noite e eu caminhava sem encontrar a casa.
Andava como louco. Caí esgotado. A madrugada encon-
trou-rae fraco, abatido e inson?. Resolvi voltar para a ca-
nôa.Agora tudo era tão estranho.A selva crescera Os cipós
emaranhavam tudo. Nâo havia mais a antiga trilha. Os '1
espinhos rasgaram-me o rosto, a roupa, os braços e as
pernas... 1
Cheguei quasi morrendo ao pé de simbaiba. Nao havia
ninguém. Tio Florencio partira. Roubara-me. Lesara o
meu lucro de três aios de sacrifícios. Fiséra o mesmo AAf
que eir inocentemente ia cometendo...
Desmaiei. Quantos dias passei assim ? nao sei diser. Sm>W
Acordei com rostos que me fitavam carinhosamente.
Viajava num motor. Fora encontrado na praia.
Quasi que v. bate as botas, heim moço ?
áflüSsi^wA^í^AA"-'*'' •'' -' A r - '•:' j_fl ^*^">_r''v^N
""*"
DE ARROZ ¦ ,::m
ym
.'¦<4
¦
E tio Florencio?
. mn
y ,:í4
Havia outro? Nós só encontramos v. V- '''*,'£__
Então como foi que fiquei abandonado? Como Narciso Azul, de perfume floral e fragrância
foi? E o meu dinheijro? sutil, - que eterniza as mais doces re-
Está aqui. Você terá a sua parte. Confie no velho la_« ^t_l_l_^^^_^_l---l.^_lfl 1:1. ¦ \
Florencio. Você não se lembra. Você estava com febre.
Nós paramos para dormir. Você entrou no mato. Cha-
mei você. Não sé lembrai? Dei tiros. Você num ouviu?
w Mm/^'W^'ji \
*\I i_P*íÍSS%V v» v_*_fl_V"?''ír_r '•)
cord ações!
O pó de arroz Narciso Azul, de Gally,
Não. Nada disso. J§JM:.^_I l^itA' I -x. de composição finíssima e previlegiada
No dia seguinte percurei você. Passei ainda dois MWWÉÊém mWmW^r-J N aderência, harmoniza a beleza do seu
dias lhe percurando.
Pensei que v. tivesse murrido. Ou que as onças ou
os jacarés tivessem lhe cumido. Voltei triste. Você é que
WÊÊSmw
^jjk_^flÉEs|u|B PJ'^____fl__l BE^^v-í'* ^f .
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rosto com um perfeito "maquillage".
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-;"•¦
-;.'*;-
REVISTA DA SEMANA
14 dô Outubro de 1944
m r
1844-1944
THE S. S. WHITE DENTAL MFG. CO. PHILADELPHIA
X: -
ÜM SÉCULO DE SERVIÇOS A' ODONTOLOGIA
SÍMBOLO DE ORIENTAÇÃO E GARANTIA
» DE!TIFRICmSífüiSE?I,nl;S,iS!S
DEHTIFRICIO MAIS INDICADO Skà WJLT5-5' J?flBER DAR PREFEREHCÍÂ' AO
PARA HIGIENE E CONSERVAÇÃO DOS DENTES
PASTA DENTIFRICIA S. S. WHITE
em ¦ minha horta. Tomei a liberdade de
levá-la ao seu pasto, fechando depois a tos operários cujo corpo reclama uma bitsch, com um personagem caminhando,
compensadora noite. Operários todos-são. caminhando sempre diante da objetiva e
porteira..." O vizinho ficou tão impres-
sionado com a atitude do bom homem Levam, na alma, um bem-estar. Produzi- cada vez menor, sempre menor, até se
Gabtlos BraM«s1?? ram alguma coisa e reduziram de vinte
que foi ao depósito municipal, pagou a tornar um pequenino ponto no horizonte...
multa devida, retirou o cavalo e entre- Escnrcccdor Discreta e quatro horas o tempo que lhes falta Um ponto que fará confundir cada sen-
gou-o ao dono. Que achais disso? Não iMonncçAfM* para serem livres. Um dia eles deixarão (enciado, uma vez livre, com todos os ho-
será melhor empregar o tempo em servir Rua FlacH, IM-Bio. T. O-2M0 de ter a obrigação de entrar na fila in- mens livres da terra.
ÓLEO — LQCAO diana, de obedecer aos toques da sineta,
ao próximo e fazer boas obras? Que *
I paz
e que alegria a gente goza com isso! — de se recolherem à cela esperando que
o guarda passe o ferrôlho na porta. Um
Vosso diretor e amigo, Flamínio Fávero." <L*\
E' quase noite quando damos por en-
dia eles sairão por esta mesma portei
larga e pesada que estamos cruzando, e Wymm
cerrada a nossa tarefa. Em sentido con-
trário, os passos do repórter e do foto-
encontrarão à sua. frente, não a galeria
discretamente iluminada, com as sombras
íy& V\
grafo, encontram-se com os de centenas e
"Vosso centenas de sentenciados. EÍes caminham, projetando-se na parede, mas a entrada
diretor e amigo". E' assim que clara e livre, luminosa mesmo à noite e ~:'},
o diretor de uma cadeia pública, no Bra- em fila indiana, rumo às celas. Os saltos mesmo nas trevas. Porque a luz jorra do
:
llWtfriU nas quatro paredes da cela, como exaus- ricanos, à maneira de Chaplin ou de Lu-
r
*
^m fjáM ^Lm^. \_- JI_M_lffÍ_H__•______________________!
tv
sil, se dirige aos presos, muitos crimi-
MESBLA ARTIGOS PARA PRESENTES
' -»
nosos de fama, outros indivíduos cuja his-
tória criminal, explorada em outro estilo,
ÜM BUSTO PERFEITO
poderia fornecer aos leitores', neste mes- SERVIÇOS para JANTAR, CHÁ e CAfÈ
PORCELANAS o LOUÇAS INGLEZAS
Dé elegância e juventude
.,-Y'' mo espaço, capítulos espetacularmente
tenebrosos e trágicos. é mulher .. .
CRISTAIS i
Mas preferimos deixar o sensacionalis- INGLEZES A plástica perfeita do bus-
mo para outras ocasiões, nunca o reali- AMERICANOS to é elegância e juventude.
zando à custa da desgraça alheia. Os e NACIONAIS Seios caídos prejudicam o
V ^^m^^m_~Í_^m_^ >_r silhueta feminina.
^^k iít^^mx
IfrV Ê fácil, porem, reconquistar
«SSíe-.rr ¦
mfi'
00R de ESTOMIGOt RUA DO PASSEIO, 48/36
^—
ÍCOMprejmJ CRfÕííi^ M a perfeição do busto, usando
a PASTA RUSSA.
AZ IA - MA DIGESTÃO
tISFirSJA-ÜUIIAI RIO DE JANEIRO -
com caRNét
£ A PASTA RUSSA, isenta da
$À0 PAULO - PORTO ALEGRE perigo para o organismo, usa»
PIPIII PELOTAS - _ BELO
da diariamente, ativa a cir>
RECIFE HORIZONTE - NITERÓI culação do sangue, e age
I *
0 Palhaço o que é?
i ¦. Mantemos A EXCELENTE ( Continuação da pag. 30 )
QUALIDADE de Estava combinado que nos revezaríamos
culo. Uma noite eu, outra o Brandão. Era tão no espeta-
' rS^A
Johiiitie Walker Brandão não estava passando bem. Há alguns
estava doente, mas nem por isso deixava de
conheSdo
que sempre que falavam nele acrescentavam: Brandão o
populanssjjno. O adjetivo superlativo explica a sua fama
dias
trabalhar.
mas, lamentavelmente, não podemos aumentar a JLra o meu dia de espetáculo. A representação
obtido enorme sucesso. Num dos intervalos tinha
nossa produção. Rogamos, pois, aos nossos Ami- da peca
Brandão sentiu-se mal. Fui vê-lo. Não houve
gos que tomem suas providências, afim de obte- muita coisa. Em poucos minutos, expirava tempoVaS
em meus bra-
rem a MAIOR VANTAGEM de cada ços, aquele que foi um dos meus maiores amigos
garrafa. Quando voltei ao palco, fui recebido com risadas.
John Walker & Sons Ltd., Vinha triste Muito triste. Pedi silencio e anunciei: -
Scotch Whisky Distillers, Nasceu em 1820 — O espetáculo nao pode continuar. Apagou-se
mas continua na moda. uma"es-
trela . Todos se retiraram.Pobre Brandão! Ele costumava
Kilmarnock, Scotland.
dizer: Benjamim, você não é apenas um
palhaço é
Ssc*sí»íâiSâíi
1
14 de Outubro de 1 REVISTA DA SEMANA •r
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q.ue ainda
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qualidades,
não tenha atingido a perfeição. Foi, ¦QftiBi ^BBJiBW--BB-BB_-B_! Antes de encerrar quero ainda falar
entretanto, um dos elementos mais efi- sobre uma cantora que deixei para o
cientes entre os que se incumbiram dos HELOÍSA DE ADBUQUERQUE
papeis de Maria Tudor.
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ai vez fosse possível fazer alguns reparos,
Çrincipais cantando as mesmas^óperas, que en-
ainda quanto à emissão. Em todo quanto esperam uma aposentadoria, vic-
i.-V lenta e compulsória, ainda nos aborre-
cem. _____________RT^
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JULITA FONSECA Hf ,1 ' ;'"|^B
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táculo, com uma~verdadeira e"""elogiavel Encerrou-se a temporada lírica. Os ¦5 ,.,..¦ ^B
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afinação de conjunto, que as tornou
muito agradáveis, tivemos uma série
últimos
ram. A
cantores , extrangeiros parti-
última recita de assinatura já
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um
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de interpretações isoladas. Porem as foi cantfida. E' chegado, pois, o mo-
recitas tornaram-se cada vez mais pobres, mento de fazer um pequeno comentáro- wm.
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denunciando preparação apressíida. E geral sobre as recitas que o Sr. Pier- _BS'í ____B___B_____________________H______B
chegámos, fin. lmente, á última da gilll nos ofereceu.
temporada, ouvida em um teatro quasi Diga-se, em primeiro lugar, que a
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vasio. i? temporada foi fraca. Fraca, não só ¦l.. ¦ "9ncflBf^{l_t___B____________B
O principal defeito de interpretação por causa dos naturais obstáculos que
foi a falta de ensaios, que dessem ao
espetáculo uma certa segurança que
a guerra opôs, porém deficiente, mesmo,
nas pequenas coisas demonstrando uma KIíIÍIbPII
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pudesse suprir muitas deficiências, Isso negligencia lamentável.. Assim, se cer- ^H MflF. y a.TTÍE •rjgyMmmu ___________
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não tivemos. Nem, tão pouco, uma tas recitas não tiveram sucesso não foi
interpretação que compensasse o tempo tão somente por culpa dos cantores, ASSIS PACHECO
perdido. mas por falta de organização, falta
Vimos como Heloísa de Albuquerque, de ensaios. . A Bohemia confirma o que
desprezando dons reais, usou de sua afirmei, estabelecendo a exceção. . Com fim justamente porque a meu ver-foi
voz com pouca arte, e desincumbiu-se da AMÉRICO BASSO um conjunto bem ensaiado, esforçando-se a maior que aqui tivemos este ano:
parte cênica com visível esforço. He- em dar vivacidade e leveza à interpre- Jennie Tourel. Essa cantora canadense,
loisa, a meu ver, carece da orientação taçao da tragi-comedia de Murger, a que, creio, voltará ao Rio no ano pró-
e da experiência de um mestre que lhe caso, a sua voz redonda e aveludada, ópera obteve um sucesso estrondoso, ximo, deu à platéia uma compensação
aponte a maneira mais eficiente de que já ê digna de admiração, bem ao passo que a Manon, espetáculo dado com alguns concertos que arrebataram.
utilizar os recursos que, inegavelmente, aproveitada poderá conquistar-lhe um de presente ao publico, apesar da inter- O entuziasmo era justificado. Jennie
possuo. Dona de uma voz extensa e ros'.o de destaque entre os cantores pretação magnífica de Charles Kullman, é uma das grandes cantoras da atuali-
volumosa, ela canta despreocupada- líricos brasileiros. fracassou. dade.
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poucas as oco-
^^siões em que o
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jação do vento
Sou da tempe-
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sos são incò-
modos e desagradáveis, tanto paro o
belo sexo como para os homens que tra-
^-•balhom expostos ás intempéries.
?g- LIP-POMADE é uma creação espe-
=rclal para evitar esse desagradável aci-
¦~. dente. Homens e mulheres têm, nessa
=~- moderno defensor, a solução desejada
_ graças à qual podem arrostar os ven- '"' ITT'"'
™,os- os alturas, as praias, sem quol- •/ I i-^ÚÍ^í^'^*^ímmm^,:^T í" 'w>-7^^^«ÍT f'?'';'•'••<''%''-U ^MmMmtSÊMMMm WmW^^ «íSíM^ÍC&ofc
=quer contratempo.
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w r CREME DE TOILETTE
RAINHA DA HUNGRIA
são voeêe dois, não era muito fácil
parecer honesta, cm comparação...
"Killer" novamente riu.
O advogado mandou tomá-los.
Tendo três pessoas eles serão necessários.
Pois bo:n. Mande-as pára um quarto
FRISll.il VEMTRET
De Mme. Campos Mana, você tem uma opinião muito dos fundos. Pililit
Sim, senhor,.
BRANQUEIA E AVELÜDA A PELE
AV VENDA EM TODA A PARTE
pouco lisongeira dos suis iimãos.
E espero que seja retribuida a
gentihza. .
Completamente.
Muito bom. Agora quo já me impor-
"Duke" e "Killer" resolveram perguri-
daquilo.
ao advogado a significação
tar depois "S.igar",
¦• porém, deixou-se
ficar para trás e interpelou, logo ,o
ALOICAS
RICULAIIIAM et INTÍSTI.
' NOI KM TOITUIA-LOS)
O crime dos herdei- tunaram bastante, posso ir?
Não. grupo; t
Você aí! d's38 para N'kki.
ros cobiçosos Não. Você vai conosco para a casa Chamo-mo Nijcki, Madame.
Presumo que ó minha criada de graças a D ms que tenham vindo
E
do velho ouvii a leitura do testamento.
Muito bem. Mas antes disso tenho queriaPoispedir-lho uma coisa.
( Continuação da pag.) 41 quarto.Sm. não.
"Sugar" Cain? que falar com o advogado que anda Queria que ficasse comigo no meu
me procurando, para dizer-lhe que já Venha comigo. noite.
Dois homens mal encarados avan- estou ciente de tudo... Sm, sf nhora. quarto, que dormisse comigo estaos dois,
çaram e um deles fez a pergunta. Ela Tenho medo. São meus irmãos
Não é preciso falar com cie. Hoje Do3pedrndo os outros "Sugar" d"ri-
não teve medo. porém tenho certeza de que náo a hesi-
Se são capangas do meu irmão estão á noite el»; irá ler o testamento no pala- giu-se'para seu quarto acompanhada táriám om matar-m'e para obter ter-
cete do vlho. de Nkki. Às.sim que a porta se fechou tuna que meu pai deixou se ^estivessem
perdendo o ,seu tempo. Eu não tenho Nesse caso... "Sugar" virou-30 para Nikki e disso:
medo deles. Vamos. Graças a Deus vieram! certos de que eu era a herdeira.
. —Venha conosco. E a senhora sabe ?...
E se eu me recusar? O gesto do irmão mostrara quo aquele NáQ compreendo Madame. Não. Por isso tenho medo. Não
"vamos" era uma ordem e não um con- Dig): Graças a Deus Ellory Qüoon
Sofrerá as conseqüências... d:sse tenho certeza do nada.
o outro mostrando um revolver. Ela
vi te. está aqui. Não se aflija.Ficarei com a senhora.
Ellory Quuen ? Muito obrigada.
finalmente resolveu acompanhá-los. Não finja que não o conhece porque Ora, mndamn... do nada.
Que querem de mim? perguntou. Três criados novos ?
Nada. Temos ordem de levá-la á eu st-i bem que, na verdade, é sua se- E agora conto-mo tudo, Como
Quatro. Quatro. cretária.
presença do chefe. Pra Mas, como... ? vieram parar aqui ?
Pois bem. Levem-me. que ? Conheço-o bem, de vista. Dou Continua na pag. 4®
Murdock curvou-se.
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/'J&X&**—W$tiÊ*dÊ ^
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retardado, então urgem providen-
cias imediatas. Mas nada de recor-
rer a um remédio qualquer. Os
seus males são de duas naturezas 'êmW^Êt^^^^S OCtC / '
Y''X
vvvv
diferentes — os que se manifes-e
tam pela abundância de regras
hemorragias e os que se manifes- - Mi
tam pela falta, —atraso ou diminui-
e, portanto, exi- Y ?^
ção de regras
gem remédios diferentes. Oa Regu-
\ ¦KH^i' ap^BWKSS^JSm --AA\*tÊ v^Kt_____vMts>'' í
,/ 'm\ • -ã
lador Xavier, atendendo essas /y:---'~-rS ;' •
I duas naturezas diferentes dos ma-
les femininos, é fabricado em duas
fórmulas diferentes: o N.° 1 para XI i
os casos de regras abundantes,
prolongadas, repetidas e hemorra-
para os casos de
IBkKHi™^** wSm\ Sm J^
gias, e o N.° 2 regras
1
falta de regras, diminuídas,
atrasadas ou suspensas. Portanto,
o Regulador Xa-
prezada leitora,o Regulador vll&&fe:-.^\^Rffpfip*^^J4^|• v £<*/•. ls^
vier N.° 1 ou Xavier %ij^Ka^^g*Bttft*8fci r^MMH*«M ^.^Ammf08mmmmm^'^^fy*2Z?^ lifc/r
ViftÍY ¦ ^ "^M^virtTiTrMfJBSfftP^^^^^^tr^
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Hollywood, outubuo (Via rtárea) — Nem a guerra consegue partir a tradição
dos pares românticos, na tola. "Ele e ela" continuarão sendo ainda por muito tempo
o "motivo" obrigatório de quasi todas as histórias filmadas, mesmo quando vier a
tratar-se de um episódio anti-nazista, desses que tanto se aproveitam em nossos dias.
"love-teams" anun-
E quem duvidar dessa afirmativa que observe osta meia dúzia de
m ciados pela Paramount para suas pióximas realisações::
n Na página esquerda, ao
"alto,
Sonny Tufts e Marjorie Reynolds, e na da direita
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amorosos, cios
também ao alto, Verônica Lake e Ecldie Bracken. Esses dois casais de \
musicais diver-
ambos marujos, constituem o conjunto ideal para uma serie de filmes
e Frcd Mc,
tidos, ora em preparo. No centro das páginas, em cima, Claudette Colbert
"Ela e o secretário", lembram-se? E logo após
Murray, que vão matar saudades de ,.rí,i
"interpretes do mais horripilante filme cio
Barbara Stanwyck e Edward G. Robinson,
Alan Laclcl e Lo-
ano", cujo título a fábrica ainda não informa. Em baixo, á esquerdo,
"dupla" de "Irmãos em Armas", cujo idílio será rooncetado em
retta Yourig, a mesma
"And now tomorrow". E finalmente, á direita, Joan Fontaine e Arturo de Cordova,
"Por "Gaivota Ne-
êl_*bastarite famoso depois do quem os sinos dobram" c ambos em y^y.' 'yyy
¦¦¦¦¦
~-v?y-y\\;i>i--'<*y.i
ty.y
acabaram os pares românticos no cinema
gr»". Como se conclue destes flagrantes, não
na ficção cineraato
americano. E enquanto o amor tiver tão poderosa influencia, mesmo
mundo. Polo contrário. Muitas coisas podem-
gráfica, é porque nem tudo se perdeu neste
ainda salvar-se...
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*%J REVISTA'*DA' SEMANA A f^w-r-twww y''xm^W^ímmr
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*^ afe
ALEXANDRE ^
ITÜQUES EPILÉPTICOS
OU HEHV0S0S
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O tratamento mais eficaz e seguro que
a medicina tem hoje em dia para os
ataques nervosos ou epilépticos é
o que se faz com A/t AR AVAL—solução.
Este poderoso medicamento, graças à
feliz combinação do elementos opoterá-
picos o vegetais de sua fórmula, restitue
em pouco tempo a saúde, a alegria e o
sossego aos doentes. MARAVAL—so-
lução—6 verdadeiramente o tratamento
racional e cientifico dos ataques ner*
vosos e epilépticos.
Não encontrando MARAVAL—solução
—nas Farmácias o Drogarias, escreva ao
Depositário, Caixa Postal 1874, São Paulo. 'Séxo&rte...
MARAVAL
í__i
t-7' ¦ «¦w ¦¦¦¦¦¦¦¦*—¦¦—¦>¦-¦ -.- ^—. .*.- -.-.—¦ ^.l.,--..»,,,,*^.
- . "*»** afeBWtr.y."-astor-—^" ¦i^fr^^a-^ W-'-:r.n^^^'.-rtwtetBwaiwifl
ifl"3^W$W£:
fffp^ppp^^
40 ."¦¦'¦• REVISTA DA SEMANA
14 de Outubro de 1944
MM
Kp'^4S
flSjíKvtvXv* .:^':-»:-i^^B
^^Kj»:v..::..v.:.:.:.:.:.::.:::.:'^B
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JEL^EMA explicação de Ellery?Prevenimos de que um simples pai-
pile não chega) f. preciso
história.
dizer quem matou, como
que, e provar a ajirmação com os elementos expostos
e por-
na
m
11
para Eczematide Infanti.
solüçXo
's:':'/JP!^
BaaaW'*> V *•'•*¦ ^VttflBBI
BI R?%':
^J^ '¦•'¦ .;;%>>•¦ -':'''v::'-í O velho não poderia ter matado Otis, pois estava
^^^^^^^^^^^^BB^Sffi{».*V*
MMMWMMÊ
* • 7 ¦ ii
o Pomada nao gordurosa, tres filhos
preso, conosco. Eliminado o velho, restam seos apercebera
antissética, que combate as dele. Qual deles? Evidentemente ura quo
í '"::'fi:
:--3
4 do estratagema de narcotizar a água o contara cora
\ coceiras e erupções da pele. í •::'""...•:
V
"y- \ os efeitos deste sobre todos os outro? para poder testa-soce-
Não requer ataduras. 1 ; gadamente matar o advogado o apoderiir-.se do
mento. Foi, 'entretanto, um crime, inútil porque o
x^v:•áBl^^>^^;^•^^¦'•:•^^;^^'•t•^^•:¦:v••:•:-:;¦^¦ ''•-:¦:'¦.'¦'¦>
[ Acâtmaecura IIpSvS^vT!
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flores recortadas da mesma fazenda e
aplicadas. Seda grossa côr terracota.
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— Vestido de rayon violeta com
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aplicações de cordonnet. 3 — Vestido
em crepe de seda roxo com enfeite de
taxas c flor aplicada com bordado.
BaflLÜI.' Mmmw 4 — Modelo ultimo estilo, com o
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drapeado atrás»
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Outro modelo tle bali de entraria damos hoje tio;-; nossos leitores, eoin íi ropru
dução do clichê acima, quo nos mostra um precioso detalhe de uma residência aris-
tocráticn da Califórnia.
Como único mobiliário, conta esta, magnífica peça cum o softl oriental forra-
do de setim rubro, colocado entre duas mesas de cristal guarneeidas com pés de
marfim esculpidos em artísticos araboseos.
O movei central está posto demite de um grande panneau ostampado com de-
senhos de orchideas.
Os raros moveis foram dispostos de mairira a não prejudicar a passagem
(pie d:1 acesso á escada de mármore.
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