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Água, no ar, um ponto de apoio. Devia
existir a nossa ilha, a ilha |do descanso,
nos
para viver com as alegrias abolidas
continentes, para lembrar o tempo que
a re-
perdeu o espaço e mio encontrou
latividade. ,
A ilha existe! Chama-se Comacma.lt,
no lago de Como. perto daquela Tremezma
bem amada de Stendhal. Pequena, com
umas ruinas e todo o céu. Deserta há mui-
tos séculos. Pertencia a Augusto Giuseppe
Caprani, que morreu em 1919, o o legou ao
rei Alberto, da Bélgica. O rei Alberto fez
presente dela á Itália; pedindo á Itália que
ali um outro mundo — para os
construísse —
poetas, os músicos, os pintores talvoz um outro
mundo sem fantasmas, calmo, vm
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pouco melancólico, feliz.
Esse mundo não foi possível até ngora.
Será um dia. O que importa é saber que a
ilha existo. E a ilha existe.
Enquanto não embarco para lá, vou
me contentando com as noites de sábado,
que são as ilhas das semanas.livre Nas noites
de-sábado, a gente adormece de pen-
sai\ no dia seguinte. E eis o sono da grande
ventura !
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no meio da fumaça, ele apareceu com um


Por acaso, hoje faz fno. Anda umao
bruma longa sobre a cidade. 1 arti para prato na mão, o no prato um bife com ovos:
volta, vim oí, — Desculpem a demora. Eslava, ia,-
país da Menina de Neve. De tidas e pet zendo a comida do papai.
me lembrar de outras alegrias Ernesto Silva, (pie acompanhara o en-
didas que acabaram iguais : (erro do pai do major Cidade, perguntou
"Abriram a janela vara que. a Menina ospanfcaclò :
Do papai ?
de Neve visse sol. Então a Menina de Sim. Ah! Você não sabe!
Neve joi se sumindo, sumindo... Ajnuü,
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. só ji coram umas gotas <h água nas Contou: numa sessão, (res dias após a
mãos que a seguravam"*... desincarnação, o espírito do papai comunicou
Cata-
que ia se réincarnar no burro de dona crente,
riria, da chácara de frutas. Embora
A Menina de Neve, e a outra, Branca, burro, e como
também de Neve, a GatalBorraiheira, o quiz se convencer. Comprou o com ovos, ele
,, papai só gostava de bifes
Chapéusinho Vermelho, o Pequei'o Pplegar, mesmo frigiu o bife, estalou os ovos, foi
— Se me contassem Pele de Surro, eu 'burro comeu:
levar o prato ao burro. O
teria muito prazer. . . — disse La Kontamo. as Era o papai!
PAquelas princesas, aqueles príncipes,
da nossa, -- Sim . . .
criaturas que enchiam o jardim Venham ver.
infância quedaram comnosco, não enve- Kôinos. Vimos. Deitado num barracão
lhoceram. Vão, dentro de nós, como chega- nos fundos da casa,, o burro, de olhos lan-
ram por uma voz amada, quando nao sa- iruidoH, saboreou o bifo com ovos, lambeu
Ia m biamos os nomes das estrelas e o céu ms- pa-
o prato o a boca.
recia mais bonito. A's vozes, em certos
fl ^fl os Bom, papai
tantos, revomos as estradas, as florestas,(indo Papai sacudiu a cabeça como quem
castelos, paisagens e construções por
passamos, onde rriòrámos.fQüem imaginaria diz
— de ven adi; 0'timo !
qüe a vida era de verdade anula nos laia. — Até logo.
diferente?... Schehfirazadc Cumprimentámos também e seguimos
E como temos desejado a Lâmpada Mara- — foi o filho (pie, de, tão satisfeito, nfto vendeu
V vilhosa ! Não há nada impossível : — deu.
mmif^^m^^ '' \% a lição de Aladino. o Dicionário
mentira, não parece?
A lição do Aladino mo recorda o Parece
Pois, em algum lugar do Japão, mor-
major Cidade. _ . reu, preso, um porco, no qual estava m-
O major Cidade, da Guarda Nacional,
cantado Buda! O telegrama acrescentava:
morava em São Leopoldo, no Rio Grande do "Vários sacerdotes budistas compareceram
Sul e possuía o Dicionário Português Etimo.-
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ao local afim de rezar o serviço fúnebre om
lógico, de Adolfo Coelho. Meu pai queria homenagem ao morto". _/
O Dicionário. Num domingo Ernesto Silva, do No caso recente, o quo admira nao e
dono da informação, nos levou á casacom- escolhesse um porco para se in-
major Cidado, para ver se era possível que Buda _ é que mesmo os
(..irnar o que admira
prar o livro desejado. deuses, nestes tempos, sejam obrigados a
^fl^ fl ^| Uma negnnha abriu a porta, mandou morrer na prisão.. — / .
entrar : E a propósito (piem estará in-
— Dindinho já vem. . .
Em vez do Dindinho, o quo veio foi carnado em Hitler? Talvez um espirito de
um cheiro de banha no fogo. Bem depois, porco...

V | //aj-vA^us- HCCtyCA
Escreveu ALVACC

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14 de Outubro de I94Í '" •**?<¦ ;>£ '';'("* REVISTA DA SEMANA ¦':«

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OS QUE NÃO SABEM FAZER CARICATURA CONTAM ANEDOTAS — A REAÇÃO À CARICATURA — "A PRIMEIRA CARICA-
CARICATURA!
TURA POLÍTICA APARECEU COM A PRIMEIRA VIOLÊNCIA DOS PODEROSOS" — A FAMÍLIA DA CARICATURA ESTÁ
PASSANDO MAL — ALVARUS PASSA EM REVISTA A CARICATURA BRASILEIRA HODIERNA — A EVOLUÇÃO DA CARI-
CATURA — ARTE MODERNA E CLÁSSICA — OS FALSOS PINTORES E OS FALSOS CARICATURISTAS — CARICATURA
FÍSICA E CARICATURA PSÍQUICA — "SEMPRE DESEJEI SER PINTOR" — AS FINALIDADES DA CARICATURA — A HISTÓ- .1
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RIA E A CARICATURA — OS BONECOS AMERICANOS — NÃO SOU CHICO XAVIER — J. CARLOS APRECIADO POR ALVARUS
— WALT DISNEY E GRANDVILLE.

IReportagem de PAULO DE SALLES GUERRA - Fotos de Arnaldo Vieira

Na série de entrevistas que vimos pu- IflflBfll


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tem atravessado". Até na morte encon-
blicando, onde procuramos focalizar a vi- Ira-se o grotesto. Holboin imortalizou este
da e a personalidade artística dos nossos grotesco.
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mais conhecidos caricaturistas, não pode- '«11111%' -* n?|^ ^^w^SBii^^
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ria deixar de figurar o nome de Álvaro A REAÇÃO À CARICATURA
Cotrim, o Alvarus cujos bonecos todos nós
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conhecemos e que aparecem ilustrando .1í„WfiJ>»,'aV*:t7'- .'-': fi?''':'.. ' ,: ¦ JSMÍfi__fl_Wci- - ^^:->ÃfeS£SSÍ_fi_______^____Bff_B_IH '.'fi V^^BI^BSt.. 5—B^^Bj- 7 ' ¦ ¦ '-''MK^ '. \ Entretanto, é preciso compartilhar um
as páginas dos nossos jornais e revistas. pouco do espírito do artista para admitir
Esta série de palestras com os nossos *. -afl flfc fll BaaW Mm
'_85isli_iBa» íSPssi a caricatura. Há muita gente que não
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artistas do lápis, em conjunto, tem em
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- - ' •'••*l§:*'l suporta ser caricaturado. E' natural. Eles
vista dar uma visão panorâmica da nossa pretendem esconder alguma coisa íntima
caricatura contemporânea. £yp|^7fy74fl ' que o carica turista impiedosa e irreveren-
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Em geral, não é possível dissociar o temente põe a nú.
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artista do homem, do chefe de família, do |§*$~rü7 BB I flflvl HK^fl I fli BBsPJflBl — A diferença que existe entre um im-
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jornalista ou do funcionário. Eles estão becil o um homem de espírito, diz Alva-
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entrosados um no outro, e quase sempre ^^^^^j§||j|&:ll7fl BB Bflfl BJfffl'
rus, reside no falo de que o imbecil sem-
a vocação artística absorve completamen- pre se irrita quando é caricaturado.
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te ò homem.
E' sempre curioso vermos como vivem,
CARICATURA POLÍTICA
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como pensam e como falam estas pessoas MÈ$y', | Se as profissões exercidas deixassem
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que conhecemos apenas através de ai-
guns traços rápidos, surpreendendo aspe-
em quem as exerce algum estigma, algu-
ma coisa capaz de diferenciá-lo dos ou- i
ctos de pessoas e coisas qüe nos passam mM»% • ' ^HH K fi .:: i fll ¦fj tios seria fácil reconhecer em qualquer
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normalmente desapercebidos. Mmr^y'' ÈmM flkfl Hfl parte um carica turista.


Oue papel desempenham esses carica- O leitor que já lenha visto na rua o
turistas na vida da cidade? Que impor- Raul ou o Calixto insensivelmente terá
tância têm eles? Como trabalham íora da voltado a cabeça o acompanhado com o
sua arte? olhar aquelas figuras singulares, parecen-
São todas as perguntas que assaltam a. do pertencer a outro país ou mesmo a
incorrigível curiosidade do repórter, curió- outro mundo.
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sidade esta que, diga-se de passagem, Eles fazem questão de conservar o as-
vive em função da curiosidade do público. pecto do seu tempo, Irazenáo para o nosso
Nós, joranlistas, somos curiosos profis- aquele chapelão do abas largas, aqueles
sionais. O público o é por instinto, sem bigodes à D. Quixote e aquela incrível
um propósito deliberado. sobrecasaca.
E foi para satisfazer a curiosidade do Com Alvarus e J. Carlos não se dá o
público em torno dos artistas da cidade, mesmo. Passam inteiramente desaperce-
aqueles que mantêm um contacto mais bidos numa multidão.
contínuo e prolongado com os seus admi- Podemos nos acotovelar com eles numa
radores, falando-lhes à inteligência ou ao fila de ônibus sem perceber o risco que
' coração diariamente, em verso, om prosa ALVARUS DURANTE O DIA É APENAS UM FUNCIONÁRIO. EM CASA, TODO O TEMPO
estamos correndo. Risco, sim, senhores,
QUE NÃO DEDICA Á FAMÍLIA, ELE O EMPREGA DESENHANDO OU LENDO*. É UM GRAN-
, ou ainda nessa linguagem tão expressiva porque é sempre perigoso estar assim des-
que ó a caricatura, que resolvemos entre-
DE AMANTE DOS LIVROS E A SUA BIBLIOTECA É UM TESTEMUNHO DAS SUAS TEN-
prevenido perlo de um caricaturisla. Eles
.4
vistar Álvaro Cotrim. DENCIAS LITERÁRIAS. AQUI O VEMOS COM A SUA PRANCHETA, MOSTRANDO-NOS COMO estudam as fisionomias humanas com um
A REVISTA DA SEMANA, nesta série SE FAZ COM RAPIDEZ UMA CARICATURA. interesso profissional. E ai daquele cujos
de entrevistas, já apresentou Raul Peder- traços fisionômicos se prestarom para a
neiras, Calixto, Guevara e J. Carlos. usar. E' verdade que, mesmo falando, eles O homem da rua também faz a sua ca- malícia do lápis irreverente.
Todos eles falaram sobre as suas vidas, estão fazendo blague e caricatura. ricatura contando anedotas. Os olhos dos caricaturistas descobrem
a sua arte, revelaram as suas preferên- Todos nós temos um pouco de carica- E' o próprio Alvarus que traduz este coisas quo os nossos nom de longe sus-
cias artísticas e o seu modo de pensar, turista. Os aspectos grotescos das coisas pensamento: peitam. Mão é apenas um nariz grande,
fizeram considerações gerais sobre as di- sérias ressaltam às vezes nitidamente. Na — A anedota ó a caricatura daqueles um prognatismo que nos fazem modelos
versas correntes que agitam os nossos rua, nos ônibus, nos cinemas e até mes- que não sabem desenhar. Nunca vi tanto ideais.
meios intelectuais e artísticos. mo em casa estamos continuamente obser- colega solto na rua, sem lápis e sem pa- — Muitas vezes, diz-nos Alvarus, as
Aqueles que todos os dias faziam o seu vando estes aspectos. Nós os sentimos pel. São os contadores de anedotas. Eles pessoas que se julguam monos caricatu-
expressivo comentário sobre as coisas da mas nãc sabemos reproduzi-los para os animam a vida da cidade, ridicularizam ráveis, porque o nariz nao se presta, são
cidade e do mundo aparecem ao público outros. os homens públicos com esta arma ter- justamente cs nossos melhores modelos.
falando como qualquer mortal, usando a E' isto o que fazem os caricaturistas. E rível. Ali na Caixa Econômica, na Rua D.
nossa linguagem comum, também ao seu quando vemos concretizados êst6s ângulos Já uma vez citei este pensamento que Manoel, onde o fomos procurar, Alvarus
alcance, eles que só o faziam usando inesperados das pessoas e das coisas sen- :i nalguma parte: "O riso é eterno. Sem- ó apenas um funcionário público, um
aquela outra linguagem do traço, que po- timos uma alegria enorme, como se fosse- pre se riu e rir-se-á sempre. Mesmo nas chefe de secção como tantos outros.
• demos compreender mas não podemos mes nós cs autores da caricatura. épocas mais sombrias que a humanidad» (Continua na pgg. 9)
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Continua, com o mesmo sucesso, :i temporada
"Turí'" de 1944. Domingo ultimo, i: II
oficial do
mais uma brilhante reunião rèalizoú-se no Hipo- y'y fl
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dromo da Gávea, com um programa de sonsa- ..._^ ÉlgEl ÉL_fl ià
sionais carreiras que se desenrolaram ante o
mais vivo entusiasmo da multidão que lotava
todas tis dependências do belo prado cio Jockey
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Club Brasileiro. São deste mcetimj os aspectos »<^::í fll ^KÍ>-^___I
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14 de Outubro de 1944 REVISTA DA SEMANA ¦


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REVISTA DA SEMANA
ANO XLV — 14-10-944 — N. 42
De quem é a culpa?
Si V. S. sofre de dôf de cabeça, tonturas, peso, calor e mal-estar
na cabeça, empachamento, dores e outras perturbações do estômago,
PUBLICAÇÃO DE ARTE. LITERATURA E MODAS certas coceiras e irritações da pele, faKa de apetite, preguiça e mo-
A decana das Revistas nacionais. Premiada com medalha de ouro na Exposição de Turim leza geral, língua suja, quentura na garganta, mau gosto na boca,
de 1911 e os Grandes Prêmios na. Exposições de Sevilha e Antuérpia, em 1lW0. e n«i
Feira Internacional de S. Paulo em 1933. mal-estar depois de comer, indigestão, mau hálito, arrotos, gases,
ASSINATURAS PARA O BRASIL E AMfillICAS dores, eólicas e outros desarranjos do ventre, azias, ânsias e vontade
t»òrte simples: Um ano — Crf 63,00; Seis meses — Crf 3?.0fl
Registrada:... Um ano — Cr| 80,00; Seis meses — Crf 40,00 de vomitar, nervosismo e outras alterações da saúde provocadas pela Vü_
1
ASSINATURAS PARA O ESTRANGEIRO prisão de ventre, a culpa é sua porque não se trata como deve.
Registrada: Um ano — Crf 170,00; Seis meses — Crf 90,00
O numero avulso custa Crf 1,50 em qualquer parte do país; o número atrasado Crf 2,00
Estas moléstias quasi sempre são causadas por impurezas, subs-
Visconde de Maranguape, 15 — Endereço telegráfico: "REVISTA" — Rio de Janeiro tàncias infectadas e fermentações tóxicas no estômago e intestinos,
Tels.: — Direção: 22-2622: Gerência: 22-2550; Redação: 22-4447
Publicidade: 22-9570; Fotografia: 22-1013; Portaria: 22-5602 que invadem o sangue e prejudicam o organismo.

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Sucursal em S. Paulo: Rua D. José de Barros, 323. Tel.. 4-7866
Corresp. na Bahia: J. Machado Cunha — Av. 7 de Setembro, 149 Para evitar e tratar estes sofrimentos, use Ventre-Livre.
TEM AGENTES EM TODAS AS LOCALIDADES DO TERRITÓRIO NACIONAL
REPRESENTANTES — Nos Estados Unidos da América do Norte: S. S. Knoppe & Cia.
Ventre-Livre limpa o estômago e intestinos das impurezas,
Times Bldg., New York City. Na África Oriental Portuguesa: D. Spanos — Caixa Postal substâncias infectadas e fermentações tóxicas, e assim evita e trata
434, Lourenço Marques. No Uruguai: Moratorio & Cia. — Constituyente, 1746, Montevidéo.
Na Argentina: "Inter-Prensa" — Florida, 229 — Tel. 33 Avenida 9109 — Buenos Aires. tão penosas doenças. .
Propriedade da CIA. EDITORA AMERICANA. — Diretor: GRATULIANO BRITO
Use Ventre-Livre
Trabalhos assinados são de responsabilidade dos autores
ESTE NUMERO CONSTA DE 52 PAGINAS * * *

Lembre-se sempre:

um <s**t o
Ventre-Livre
*'¦*.¦*

Tenha sempre
não é purgante

em casa Ventre-Livre
LITER A T ü R A :
I
A Ilha (Alvai o Moròyra «">
Quatro Palavrinhas (Lillin Bock) 15
Travessa do Senado 8 (EscragoÒllo Doria)
Tio. Florencio (Josó Mauro de Vasconcellos)
1.8
31 nossa La/ta
O crime dos herdeiros cobiçosos (Ellèry Queen) 35
Jiivvofj Novos (J. L.) 36/3. Na sério de grandes figuras, cinema-
togrâficas, cuja divulgação vimos fa-
REPORTAGENS: zoado com tanto agrado e.n sucessivas
capas desta revista, -ineluimÒ!.;' hoje,
•1 Gingor Rogers, exclusiva, da RKO-Rá-
Penxilina para a caricatura! (Paulo Sallos Guerra) A começar de. dio Pic.üres. Trata-sc.de uma querida
iíockey Club. V.. 6 c festejada "estrela" da tela, cujos de-
Figuras e Fatos 13 sompenhos a consagraram de longa
"versus" Modernistas 10/22 data, primeiro como simples bailarina,
Acadêmico.,
23/29 então "partonaire" do sapafeador Fred
Um dia na Penitenciária de São Paulo (Celestino Silveira) Astairc, c depois na qualidade de come-
E o palhaço o cpie 6 30 diante de primeira classe. Seus filmes
despertam curiosidade invulgar do pú-
hlico, pois trata-se, realmente, da urra
F E M I N I N A S : das mais completas e vitoriosas intor-
prelos dos mais delicados e complexos
Modelos 32/33 perfis femininos que Iloly.vood habi-
31 tualmente apresenta.
Nos Bastidores Femininos
• 44/50 Neste mesmo número, o leitor encon-
Outros Modelos V;...' • trará uma serie de palpitantes reporta-
"Um dia na Penitenciária dn São
gons:
Paulo", realisada por Celestino Silveira; bre 0 momento da caricatura, universal-
C U R I O S I D A D E : Outra?- curiosidades de Benjamin d. Além desse material, as seções de sempre.
Oliveira, por Paulo Salles Guerra; Aca- colaborações especiais, modas, noticia-
12 rio ilustrado da guerra c as seções cos-
Vocó tem vocação para dotecíive?. de.nicos vs. Modernistas no S^lão de
Belas Artes e, finalmente, uma entre- tumeiras, perfazem o sumário desta
vista com o caricaturista Alvarus so- edição da REVISTA DA SEMANA
SEÇÕES

A Semana em Revista. 1 C /1 *7
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A Gucrr;à em Marcha
COPIAS IIELIOGRAFICAS Lins Filho c cio Sur. Acacio de Araújo
Soares, pessoas de destaque na nossa
C ABICATURAS sociedade, a nova firma, devidamente
Acaba de ser instalada à rua da As-
14 sembléia, 18-1." andar s/3 nesta capital aparelhada para a exploração do ramo
De Bom Humor...
"Chavjre" de Raul. 48 um laboratório industrial para a con.o- a quo se destina, veio preencher uma
cção de Cópias Holiográ.icas, sob a grande lacuna no nosso meio.
? ? denominação de J. Lins & Cia. Ltda. Agradecemos a comunicação que nos
Obedecendo & direção do Dr. João foi enviada.
O COHPO DK COLABORADOUBS DA REVISTA DA SEMANA ESTÁ ORGANiSADO. 86 PU-
B NÃO -VOS RESPONSAI. IL1SAM0S
CLICAMOS COLABORAÇÕES SOLICITADAS PELA REDAÇÃO
PULA DEVOLUÇÃO DE ORIGINAIS, MESMO QUANDO NÃO PUBLICADO?.
*%»,'

Não! V0CE NÂ0 E UM FRACASSADO


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CCVACDIA" de há muito você procura...
... descobrir um remédio para esse mal que o deprime
moral e fisicamente perante a sociedade, C ATUAS li
Por motivo de falto de espaço com que luta- COMPOSTA é o rum--dio, preparado com um grande
vegetal de nossa flora cujas propriedades estimulantes
iv mos nesta edição, vemo-nos na contingência de pri- e"loi.vilalizadora. em combinação com o alcalóide da
íboliôa" e hormônios cerebral e testicular, agem rã-
var os leitores de mais um capítulo da sensacional pidainente no combate à debilidade neuro-muscular e
viril, astenia (fraqueza nervosa), desânimo... Não eu-
"Covardia", de autoria do escritor Berliet Ju- coutrando na sua farmácia, peça ao depositário. Caixa
Postal, 1871 — São Paulo.
novela
nior, que tanto agrado vem registrando nas páginas
"Covardia". % .

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desta revista. Leiam, no próximo número, CATUASE COMPOSTA
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REVISTA DA SEMANA 14 de Outubro de 1944
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Wendel «Wilkie O pão que o diabo não amassou


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Nesta hora, no momento em que as nações Sem precedentes e altamente revoltante o caso que
unidas singram como uma grande frota os mares, os jornais andaram noticiando nestes últimos dias.
procurando o portos da Paz e da Felicidade, num Um corto manipulador de pão, da nossa praça, foi
país que muita gente pensa ser utópico, não são muitos acusado do mais feio crime que se poderia perpetrar
os timoneiros experimentados capazes de conduzir em nossos d:as: desobediência aos preços tabelados
os navios através dos perigos do oceano, evitando os pelas autoridades. Claro que um cavalheiro tão inso-
escolhos, e possuidores do uma or'entação perfeita. lento merece castigo e castigo do bom. Pois, senho-
As suas mãos firmes e o seu olhar penei rante, que vê res, onde se viu quebrar o padrão dos preços e dar ao
muito mais longe que o nosso, torna-os homens pro- povo o alimento — base de cada dia, aquele que Jesus
ciosos, de cuja vida pôde depender o futuro de todo Crsto abençoou — por preço diferente! Ainda se <. pati-
o mundo* fe majorasse a tabela, como fazem tantos outros, vá
^v L U V. Pilotos como Ghurchill, Stalin, Roosevelt ou lá. S' roubasse no peso, estaria ceito. Mas nada d"s-
\ IAi Chíang Kai shck estão realzando uma das tarefas so aconteceu.. . O homonsinho (miserável, "pilantra"!)
\/ mais gigantescas que já foram confiaria? a um punha- resolvou por conta própria vender o seu pão com um abatimento muito sensível
do de homens esclarecidos e bem intencionados. As dos preços da tabela e, com cerfeza, muito bem pesado, utilizando-so de qui-
responsabilidades que pesam sobro os ombros desses homens seriam suficientes los de mil gramas, o que não deixa de ser ainda mais edificante.
para esmagar um Hercules. Eles reálisam a tarefa de um Atlas, suportando o Denunciado pelos colegas, foi chamado a contas. E interpelado pelas auto-
poso do mundo convulsionado. Este esforço gigantesco para levar a cabo a mais ridades, o padeiro — bandido! — admitiu que mesmo vendendo o seu produto
formidável tarefa de que já foram encarregados os condutores do povos, qual seja
a de planojar um mundo novo í unido, vom ceifando vidas preciosas antes que por menos um cruzeiro em quilo aufere um lucro rasoavel. E como se julga um
indivíduo honesto, de bons princípios — e os fins, ilustre comerciante? —não fez
possam ver concretisados os resultados dos seus trabalhos. questão de aumento. Nem siquer se dispôz a obedecer os preços tabeladosi..
Wendel Wilkie sempre se rnvelou um dos mais apaixonados defensores das
übcrdadep e da democracia. Ora, bem pensado, esse padeiro merece uma reprimenda em regra. Talvez
r.l^uns dias ou semanas de cadeia não lhe fquem nada mal, para tomar juizo.
Homem de fibra e de iniciativa, já na sua atribulada infância rovelava as Onde se viu um negociante desprezar a "chance" de enriquecer em curto espaço
quolidados que mais tarde o iriam apontar como candidato á prosidencia da rcpú- de tempo, abandonar a hipótese de se tornar um Mustre proprietário, senhor de
blica dos Estados Unidos da Amórica do Norte. um correr '"e casa1, coti apartam')""to3 no? subúrbios o.i atü en Cop.c.ba a.
Tendo sido loalmente derrotado nas eleições que levaram Roosevelt á Casa de:xando "na mão" os demais padeiros! Ainda si o "tipo" desobedecesse a ti.be-
Branca, mostrou a superioridade do seu espírito colocando-se á disposição do Ia da Coordenação em sentido inverso, aumentando em vêz de diminuir, nada
seu advorsário. teria porque ser recriminado. E, querendo reduzir alguma coisa, que roduzÍ3-
Homem de atitudes desassombradas, criticava o que julgava errado e elogiava so o peso, ora essa! No preço, nunca! Um padeiro nosso conhecido, fornecedor lá
o que consideravt. certo, sem se preocupar com os proveitos ou as conseqüências de casa, não se revoltou nem fêz coro aos outros padoiros que ficaram som dor-
desagradáveis que a sua atitude pudesse provocar. mir uma semana tomando conhecimento do fato. Nosso amigo e fornecedor li-
mitou-se a considerar maluco o idiota que tão levianamente se lembrou de ser
Tomou claramente uma posição quando da entrada do seu país na guerra, honesto em uma hora destas, quando a honestidade está mais racionada que a
mostiando os perigos da neutralidade. carne, o leite e a água...
Correu o mundo estudando "Um
os problemas dos países que lutavam, sinteti-
E foi êle que nos d"sse: — "S" está doido esse padeiro, que o mandem para
saneio a sua opinião no livro Mundo Só". E' este homem que morre inespo- o Hospício. Metam-no om uma camisa de força e fechem-!he o estabelecimento..
radamonte quando mais necessária se tornava a sua colaboração para o planeja- Si quzerem, poderei comprá-lo. E g7ánto que nunca mais a Coordenação será
mento do mundo de após guerra.
perturbada com denuncias desse jeiL"...
Nós. preferimos admitir outra hipótese. Quem sabe si o "boulanger" ca-
rioca não tem suas razões intimas para baixar o preço do pão ? Onde anda a "mu-
lher do padeiro"? E' bom saber, pelas dúvidas...

As reportagens da "Revista"
/FS
Temos, aqui dentro da REVISTA, bastantes motivos
de satisfação pela maneira auspiciosa que as nossas
Contra a Mão
grandes reportagens, oferecidas ao apúlolico, estão
sendo recebidas. Agora mesmo o nosso redator
incumbido de entrevistar Monteiro Lobato recebeu Entro a considerável aluviáo de telegramas que nos
do autor de "Urupês" uma carta desvanecedora chogam de todas as partes do mundo, comunicando os
da qual extraímos estes períodos: "Vi a entrev-sta fatos mais dec'sivos para os destinos da humanidade,
e assombrei-me. Sempre que dou entrevistas, tremo,
aqueles que seião as pág'rias mais sérias da sua his-
porque digo uma coisa e sái outra, não só com a ton-
donciosa colaboração do repórter como da revisão — chegam-nos de vez em quando fatos grotes-
e a da REVISTA DA SEMANA está perfeita. Tudo \B^7\>. tórin>
\M«ÍrA cos. curósos ou s'mplosmente inofensivos, como se
o que ou disse, como eu dsse e sem mil erros e pas- as agencias telegráficas tivessem em vista amenisar
teis! Que alivio me foi ver aparecer o quo eu dsse!
Na véspera, um vespertino havia publicado outra, mas que horrivel, Celestino! um pouco a tensão dos leitores de jornais. Chega-nos
Quanta bobagem enxortada, quanta dosnaturaçáo... Você me prestou um grande esta semana, dt Buenos \iros, um telegrama comuni-
serviço (voeê e também o outro roporter): trucidaram com as duas entrevistas a cando quo na capita! Argentina foi mudada a "mão".
possibilidade da minha entrada para a Academia. Quer d:zer quo vou continuar Lá, como tm quasi todos os panos da Europa, a mão
a viver cm paz, graças a dois roportors: um excelente, finíssimo, que passarei da-
era á esquerda, ao contrário da nossa que é á direita.
qui por diante a ter como o número um deste país, e outro horrivel. O excelente
o o horrivel casaram-se e libertaram-mo do espadim de cortar papel..." —Como Daí uma sério de dificuldades e acidentes que surgiam
se vê, Monteiro Lobato confirma, ponto por ponto, tudo quo aqui publicámos e para o turista brasileiro na grande cidade portenha:
nem pela cabeça de ninguém, siquer dos imortais, poderia passar a suposição do esbarrões na rua, quedas desastrosas dos veículos,
ter sido, aquela, uma reportagem apócrifa... Ao mesmo tempo, recebemos de
"Síntese", mal entendidos, etc. etc.
Belo Horisonte um exemplar do semanário n.° 9 do ano 5.°, onde so
fazem, autorisadamonte, comentários à entrevista obtida, meses atrás, de Ch:co O telegrama em questão não dá maiores esclarecimentos sobre a medida
Xavier: "Lêramos noticiários sensatos como os do "O Globo" e da REVISTA DA
SEMANA. Limitaram-se a expor o que viram, sem escandalisar, som comentar. adotada.
E outras referencias lisongeiras ali são foitas pelo d;retor da pupllcação, o sr. No- Como terão os nsssos amigos do su! recebido a inovação? Não ó
raldino de Mello Castro. Mas ha mais e melhor. Acatando a sugestão feita em nossas provável
reportagens sobre Ouro Preto, a propósito da necessidade de transferir os despojos que um povo habituado a caminhar num sentido fique muito satisfeito com uma
do Aleijadinho o de Marilia para local mpis apropriado que bem poderia ser ordom de fazer o sou caminho cm direção oposta. Não é assim tão simples a ope-
o Museu da Inconfidência, a Sociedade dos Amigos de Ouro Preto depois de eleger ração.
sócio o nosso companheiro que ali esteve, mandou para os jornais uma nota do teor Afinal de contas o hábito é uma grande coisa. Passar tão bruscamente da es-
seguinte: "E' pensamento da Sociedade dos Amigos de Ouro Preto do Rio de
Janeiro proceder á trasladação p?ra o Museu dos Inconfidentes, dos restos mortais querda para a direita, é coisa bem perigosa. Os argentinos têm mostrado certa
do Aleijainho e de Marilia que se encontram ainda, na matriz de Antônio D as teimosia un mudar as suas opiniões o o mesmo deve se passar quanto aos há-
daquela cidade. Possivelmente essa solenidade se efetuará com a presença dos ex- bitos adquiridos.
cursionistas que prestarão, assim, tocante homenagem àqueles dois vultos do nosso
passado. Nesse sontido vai a Sociedade entender-se com o Serviço do Patrimônio E, se observarmos bem, chegaremos á conclusão de que não é assim tão sem
Histórico e Artístico Nacional". importância esta mudança da esquerda para a direita na "Pátria Hermana".
Eis porque temos sobejas razões de satisfação pelo êxito de nossas mais recon-
tes reportagens, feitas sem nenhum propósito de sensacionalisrno mas, todas, Quando mais não seja, é de se imaginar que com essa mudança de mão cs
presididas por um aievantado espírito de utilidade pública e esclarecimento geral. nossos amigos portenhos ficarão cheios do dedos.

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Penicilina para a caricatura!


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Passou perto de nós, e nem mesmo de E no que se refere à arte?


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leve suspeitamos que se tratasse de um Também não admito essa história Hf" ¦' IB_à^FY.'<¦¦•&_/ ' . :^B Mr iüN*i<. ^f§ss_si& WmÊ M
caricaturista. de arte moderna e clássica. Acho que Wr M ¥*£dê*â
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vinfl. 7.',. flw^W.:v x*s»&m« , 1m| «m ¦
Entretanto, logo que começamos a con- todas as épocas têm o seu modernismo
IÍ versar, a sua palestra ágil, pontilhada de JgHflflflKv •' '*#*§ fl
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que será o clássico das épocas futuras. fl ¦§ '''''-JB- S |fl| r
humor, fez-nos ver que não estávamos O modernismo de cada época ó apenas Pj^lijl Wl|Éfe.,* vlM WmM fl Qi \ - ¦ ,ís.' **\ «1_V ¦ ¦' Mm IÉIm I
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falando apenas com um funcionário pú- uma reação contra a arte existente. ^^^n^BT .^^^S^or<
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blico.
Que pensa da caricatura política?
Muita gente, baseando-se nos falsos pin-
toros e nos falsos artistas, faz uma idéia
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perguntamos. errada de arte moderna.
lis -fl.- III YY'I fl fl m\wt'*mmW*r 3amLW
Atualmente está reduzida a dois bo- Há por aí muita coisa que se intitula ¦ a '|1 |l .,.| p mmjÊfr y| ilÉrF
necos, um virado para o outro, debaixo 'p*~w»w^\...:.
pretensiosamente de pintura e que no en- pi, Yfl Mfir mWm ¦ ^1 Wft mivÊÈÊí
dos quais se escreve uma legenda qual- tanto não passa de uma caricatura mal
quer. feita da pintura.
Entretanto, não resta dúvida de que a A pintura não ó uma coisa que esteja
finalidade primordial da caricatura é a ao alcance de qualquer um. Não se pode I^H Hi^' W&
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"charge flflfl MBBjjfev-:-''V ;;,,:;;I p-___l
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política". Já tive ocasião de ma- resolver pintar como se resolve fazer uma W*Ê mmÊÈÕmÊ'-'- ¦'""' ' fl
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nifestar-me a propósito dizendo que a ori- estação de águas. Os que não sabem
gem da caricatura, como quase todas as pintar e teimam em ser pintores não pas- rnh... ^1
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manifestações de arte, foi religiosa, social sam de simples improvisadores e é a
MRãMEÈíiMWiíSKãi' * '^H |3L '•' IRs^HB
e política. Das três, a última foi a que improvisação que desmoraliza o moder- <- fl §11^ I
IÜÍ3 ÍHk^.W Ifi fl
deu mais cadeia... nismo. A pintura moderna, meu amigo,
Que acha da carcatura atualmente?
A família da caricatura está seria-
chega muitas vezes a ser um caso de
polícia.
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mente doente. E' preciso ter um grande lastro para
Doente? poder se dar ao luxo de ser modernista. MI •
Sim, senhor, gravemente enferma: Portinari tem esse lastro e pode so dar a mmmmmmmm^mÊMil^áÊmWÊtFm,
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intoxicação totalitária. Em alguns mem- esse luxo. Não basta dizer: sou moderno 1^ i^^^^^^WI^
bros da família, o caso é mesmo seríssi- ou sou antigo, e dasandar a 'azer qua- I

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mo. dros. Pintura não é jogo de bicho.
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E acha que não há remédio para Nunca se dedicou à pintura? EM WÊ Wmiw
este mal? Sempre desejei ser pintor. Fiz algu- lü II """*"•" v -J» ^1 Mra_P_f^^Mf
Não pode deixar de haver uma pe- mas tentativas mas felizmente ainda em
:,i,S V'
nicilina milagrosa qualquer. Ela existe e
está por aí. A questão é ser encontrada.
tempo cheguei à conclusão de que iria
fazer em pintura apenas caricatura, e
ES'. R NXO É O CAI?ICATUK1STA Al.VAUUS. NESTE .MOMENTO EM QUE 0 NOSSO FOTO-
GRAFO O 6URPKEENDEU ELE É APENAS O ÁLVARO COTRIM, OESCANÇANDO FM CASA,
m
EM COiMPANIMA DA SUA SÉNHQÍtA E DAS SUAS DUAS FlLHINHAS MARITA E MARISA.
E quanto ao panorama da nossa ca- desisti. A minha verdadeira vocação é ALVARUS TEM UMA GRANDE PAIXÃO PELA SUA ARTE, MAS TALVEZ ESTES SSJAM OS
MOMENTOS EM QUE SE SENTE MAIB FELIZ.
ricatura? a caricatura. Prefiro ser um caricaturista
Temos entre nós alguns artistas do passável a ser um pintor medíocre e sa-
Ê MUITO NATURAL A FELICIDADE DO NOSSO ENTREVISTADO NO SEU LAR, COM DUAS
lápis que podem ombrear com os mais liente. " "
FlLHINHAS OMO AS QUE TEM. ELAS SÃO TALVEZ AS MAIS ENTUSIASMADAS FANS
famosos do mundo. Quer que cite um Não sou modernista nem clássico. Sou DO TAPAI. SEMPRE QUE POPEvi AJUDAM-NO NO SEU TRABALHO. NA CAPA DO ÁLBUM
DE ALVARUS MARISA DEMONSTROU AS SUAS HABILIDADES, FAZENDO ALGUNS,
nome? J. Carlos. Sou e sempre fui'um ad- pela verdadeira pintura, independente-
BONECOS. FILHINHA DE PEIXE...
mirador incondicional do J. Carlos. A sua mente do rótulo que lhe ponham o artista
modéstia tem no entanto impedido que ou o público.
êle seja conhecido como merece. Em ambos os lados há valores entre
Já notou que a caricatura de J. Carlos nós: Portinari, Pearce Deane, Burle Max,
'
não envelhece? Ela acompanha o tempo. Clovis Graciano entre os que se dizem |fe^MkYi<e..

Todos os fatos e acontecimentos do Rio modernistas; entre os antigos, Bustamente, li:.'


'
___________________

Manoel Santiago, Oswaldo Teixeira, Ar- Br" V.-'fl fl


nestes últimos tempos estão lmpressionan- fl""v yM m¥M W^% M'
temente reproduzidos pelo seu lápis ml- mando Pacheco e Jordão de Oliveira são
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nomes dignos do respeito. Isto não quer /...'..¦':''•: \mmTmW$r™à
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lagroso. Nele, a quantidade não prejudi- ™™ràr$tl^§$mW%mWm*m ¦ ;''j| I'
úÊÊÊÊÊÊÊÊÊmWmm \ Y'tÊW\ 0Smt mwmX^xm
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cou em nada a qualidade do desenho. dizer que não haja outros. São apenas ^mm^^i B 1 M y^ * ^ ¦flf.íSL
Para mim êle reúne todas as qualidades alguns dos que me lembro no momento. wmimmÈ WzíWí \ mm ifl
^B ^B-' ¦'^•^/^^l ^B*- ^ÊÊÍmi^KmmmL ' •'"_H
K^ _EM>fflnHu^! ^B'í I ^JWL -II
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de um grande caricaturista. Entre nós, essa questão de modernos P^ÍSSK^^egM*»!»^^?^¦„*?^mmmmtmmm mmw - ^****r______B ¦_____! ¦
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Entretanto, a admiração incondicional e clássicos está sendo levada para o ter-
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.que tenho por J. Carlos não impede que reno das disputas futebolísticas. Jl Mfll V
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reconheça o valor dos outros veteranos. Quando se descobre um valor, partida- ^J| wÊ ^ÊljêÊ WÊ fP^iPIBpfl |j
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Calixto e Raul Pederneiras são marcos rios de ambos os grupos procuram atraí- -
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da caricatura brasileira. Considero cri- Io para engrossar as suas hostes: "Você VmWÍm%^^St^^k^^MMmM
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minosos aqueles que, sob qualquer pre- é evidentemente um modernistal A sua Mgl|gBM^^ 4b ' T^l ^B

texto, atiram pedras na obra de Raul © pintura é clássica!". E muitas vezes, co-
mo o asno de Buridan, o pobre não sai |^^_^_1 H^. i^V^^nl rY*v ^ -"'fl I _
Calixto. O seu trabalho é limpo e cons-
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ciencioso. Fui discípulo de Raul na Fa- do lugar, indeciso. WÊWÊM wÉks.*^ ''M wmW*'' _j_tt_£_í
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culdade de Direito e sempre alimentei Hoje em dia os adeptos de ambas as mW^Fm mm.-. * «ja 4,y. ^M
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por êsle veterano artista um grande res- escolas se arregimentam como verdadei- w? ' Ti _____ -".Y'VVv; ^^á|
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peiio e admiração. ras caravanc.3 de "torcidas" de futebol, Wz^mA mm'-%míÊrfy ^M
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Admite uma evolução na caricatura? acompanhando o seu clubo favorito e fa- $L>M V y& "*^m Wr_h ff^Tfl WwM Wg I
— A caricatura é uma arte como qual- zendo as maiores loucuras pelos "jogado- I IK^fi Mkfl nua ^v j^f I ¦'
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quer outra e como tal obedece a um res". Muitas vezes há Invasão de cam- <flv % J» - ,4 ¦ ¦vT _f*lJ^H
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non" artístico. O caricaturista deve pro- po, como há pouco tempo em Belo Hori- iV
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curar atingir a perfeição dentro do gro- zonto, onde a gilete funcionou. flfl flKY -^ BBBHM¦ II 'VliL^S I
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tesco. Hoje em dia, entre nós, é tão arriscado ^B ^B
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Entretanto, não admito caricatura mo ser juiz de uma exposição de arte como
derna e antiga. apitar uma partida de futebol.
A caricatura vivo dentro de sua época Mas o essencial é ser um bom pintor,
. e é uma função da mesma. Quer um seja qual for a escola. ' "^l E^T
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exemplo do que digo? A caricatura de Entre nós há muitos falses pintores, ^fl MidM lfl_fll^^^ |l

I. Carlos. como há falsos caricaturistas.


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"Abolição ,
,V; -.::::.r.:-::.•:;7.•¦¦: .::'/y ;:^^ríTl /WXXSSSSXXS/SS.'SSSXSS//XSXX/SS- ' X-'' '¦:.:¦'.-£ Os falsos caricaturistas são os desenha- O mesmo acontece com a
de , ;
dores de bonecos. que está toda escrita nos desenhos
í
Muitas vêzos a semelhança é sacrifica- Ângelo Agostini.
da em benefício de uma atitude. Isso Mais recentemente, aqui dentro de casa,
é um erro. a história da Revolução de 30, e sua pre-
an-
Fazer caricatura não ó coisa tão sim- paração psicológica, está grafada ou
pies como pode parecer. . tes escrita nos jornais da época atrave9
Não basta exagerar os traços do cari- da obra dos caricaturistas.
caturado. O caricaturista revela aquilo
que os outros não podem ver. Um estado
Não pedia deixar de haver em nossa
de espírito, um modo de ser, são indis-
caricatura, uma influência estrangeira.
cretamente mostrados pelo lápis. E' por
De início essa influência veiu de Fleiuss,
isso que muita gente não gosta de ser ca-
de Ângelo Agostini e especialmente dos
ricaturada. .. e Ju-
portugueses, com Bordalo Pinheiro
A verdadeira caricatura não devo ter lião Machado. Entretanto, a caricatura
a preocupação de provocar o riso. Isto
brasileira já atingiu a sua plena eman-
','-;;-
ó secundário. cipação. Atualmente temos a nossa cari-
A atitude do caricaturado, a semelhan- catura.
ça física, devem ser a preocupação do
artista. O essencial é a semelhança psí- Não podíamos deixar de perguntar a
quica. Pode-se distinguir essas duas es- Alvarus sua opinião sobre Walt Disney.
pécies de caricatura: a física e a psíqui- Nas entrevistas anteriores, os caricaturis-
ca. A primeira não apresenta nada de tas patrícios se haviam manifestado de
notável. E' a idéia de exagerar o grotesco, modos diversos sobre o criador do Camon-
dominando o caricaturista. dongo Mickey e do Pato Donald.
: 7 ¦
Muitas vezes é preciso conviver com a Neste particular, sou da opinião da
vmwf
pessoa que se deseja caricaturar para grande maioria dos meus colegas. Não
Ir, _
chegar a um. resultado. Tenho feito ver- se pode deixar de admirar o gênio de
dadeiras perseguições às vitimas do meu Walt Disney. E' um grande criador, mas
lápis. Sigo-os ao restaurante, ao traba- sobretudo um homem com extraordinária
lho, acompanho-os na rua. E' verdade que capacidade técnica e um grande tino ad-
me arrisco, mas não há outro remédio. ministrativo.
Entretanto, pode-se repetir aqui a frase
E SEGURANÇA Quase sempre, as melhores caricaturas
EIS AQUI UM DOS TRABALHOS DE ÁLVARO COTRlM. TODA A MAI-ÍCíA bíblica que é quase um lugar comum:
DO LÁPIS 00 NOSSO ENTREVISTADO ESTÃO AÍ. OS LEITORES CONSEGUEM IDENTIFICAR são as que se fazem de cór, e não as "nihil novi sub sole". O desenho ani-
AS VITIMAS ? POIS ELAS ESTÃO MAIS QUE TRANSPAl ENTES NOS TRAÇOS
RÁPIDOS DO ARTISTA. que são feitas diante do modelo. "humaniza-
mado já existia, ou melhor, a
A inspiração aparece quando menos se
MARGARIDA LOPES DE ALMEIDA, A GRANDE DECLAMADORA PATRÍCIA, APARECE AQUI ção" dos animais no desenho. Seu inven-
NUMA CHARGE DE ALVARUS. A ASSISTÊNCIA Ê COMPCsTA TE FIGURAS CÒNHECIDÍSSI' espora, nos momentos menos oportunos. "Me-
tor foi Grandville, nas suas obras:
MAS DE TODOS NÓS. LÁ ESTÃO CATULO DA PAIXÃO CEARENSE, FILINTO DE
Quantas vezes, tenho me levantado da "Moeurs des ani-
ALMEIDA, JOÃO NEVES E OUTROS. tamorphoses du jour" e
cama de madrugada, para rabiscar num maux". Aquela expressão humana dos
papel uma idéia que me surge inespera- bichos de Walt Disney aparecem nessas
damente. Aquilo é o resultado de um lon- obras do grande artista francês. Note que
go trabalho do subconsciente. Mas não eu não contesto o valor e o gênio de Dis-
vá confundir: esta inspiração é coisa per- ney, mesmo porque isto não seria pos-
feitamente natural num caricaturista como sível.
Teve ocasião de falar com Disney
em..' qualquer outro gênero artístico. Não
recebo nenhum espírito de "além túmulo". quando da sua passagem pelo Rio?
Como os meus outros colegas, fui
Não sou "Chico Xavier".
apresentado a Walt Disney no almoço
P Aliás, a caricatura exige uma vocação
espontânea. Caricatura não se aprende.
que lhe foi oferecido no Itamaraty. Não
entendi nada do que falou pois não sei
Pode-se aprender a fazer bonecos. Isto é
I apenas uma questão de estudo e de pa-
ciência.
inglês o êle não sabe português. Entre-
tanto compreendemo-nos nesta linguagem
universal que é o desenho.
Sempre teve vocação para carica- Como se manifestou sobre os nossos
turista? caricaturistas?
Desde criança. Tenho acompanhado Posso lhe dar um

t
detalhe muito ex-
a história da caricatura, tenho lido tudo pressivo. Organizou-se um panneau com
que posso a respeito. Porque ó preciso os trabalhos de todos os caricaturistas.
que se note: não basta a vocação. Para Enquanto os secretários de Disney conver-
ser um verdadeiro caricaturista ó preciso savam conosco, Disney, destacando-se do
mui'o trabalho, muito esforço, muita per- grupo, ficou diante dos desenhos de J.
severança. Carlos. Pude observar o interesse que o
Na sua opinião, quais as finalida- papagaio do nosso caricaturista desper-
"louro" de
tou no americano. Para mim, o
des da caricatura?
J. Sarlos é de fato superior ao de Disney.
De um modo geral, a caricatura tem
E muito mais brasileiro. Disney conseguiu
finalidades sociais. Entretanto, ela faz
muito com os seus bichos. Agora está
também a história. E' possível acompa- faltando apenas conseguir dar alma aos
nhar a evolução de um povo e de uma seus desenhes humanos. Mas isto é ta-
época exclusivamente pela caricatura. refa que compete apenas a Deus...
A história de Napoleão ó muito mais
BRUCUTÚ E CIA.
1"' verdadeira através da obra de Gilray e
Rowlandson, como a de Luiz Felipe e Queríamos saber a opinião de Alvarus
1
- Carlos X focalizada pelo lápis genial de sobre os caricaturistas e desenhistas ame-
Vi "Chari-
Daumier e seus companheiros do ricanos, principalmente desses que conhe-
vari" do que nos compêndios. cernes pelos bonecos que diariamente apa-

T
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__________

recém nos rodapés de todos os nossos


jornais.
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______________________________________________________________________________________
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^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^Í^_^lira^^BS^^^^H|
mw^m^^^Ê^^^^mm m
__________________________________________________________________________________________________________________ , * T__H ____¦
Brucutú e seus amigos tiveram realmen-
te aceitação entre nós. Num instante eles ____________________________________________________ __^I^^^Im I
invadiram os nossos jornais. Publicações
_m!1WÍS e
WmÊmwêÊimmmmmm
_______________________________________________________________________________________________________
infantis dedicam a eles todas as suas üilfl fl
fl ¦WflBB^_Hfl^fl I - '-
páginas. _________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
Os bonecos brasileiros vão desapare- ____________________________________________________________________________________________

cendo timidamente, se encolhendo nos


_Hf!l_t_É_-l 1
¦HH___B__^^^^_^^___I ____}
cantos, cedendo lugar para os novos.
Qual o segredo da Vitória dos bonecos fl _!l^7í'f7'|5
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americanos? flPv'- '"•
p^- 11 I '
Por onde andam os caricaturistas e de- _________________________________________________________________________________________ '¦¦'": '<: '^fl I
senhistas brasileiros que fizeram compa-
BiP^^T ' M
nhia à nossa infância?
Jujuba, Chiquinho, Benjamin, Cartola,
toda aquela gente que alegrou a nossa Ummmmmmã^^i
Hflflfl ¦"''---flfll WÈ- ___________
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infância ficou relegada para segundo ¦^¦«HH bk^ '7^jm .\___i —
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plano. Atualmente o Homem de Aço, o ' ^S __w^V-VVVflÍM_f^fll
Brucutú, o Fantasma Voador (espero que
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eles nos permitam essa intimidade), com ____t____v^ ^1
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os seus músculos de aço, as suas aven- fl _E^"^^I_^SP^
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B^BKPfxÉ - vè-x^ xà „ 'üai. "
— A propósito dos desenhos america- _H_EN_ .*''fl _¦_."¦ '¦• • ^----ifl B___Po_w^_a_____________i__t-<__-- -i__________H^.
flpi'¦¦¦ Wm* -' YY'¦¦:$Sm B-Hs^f-B M-Ü ___P-..8Ífc-.---' VVjfl |.
nos — disse Alvarus quando pedimos a
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sua opinião — li as declarações de J. Car-
los e acho que êle esgotou o assunto. K' flflÉBflfl
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tude do meu amigo. Ele disse que retira- ____á:fl B_^flfl
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não podia concorrer com puros-sangues.
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Mas o meu cavalo, eu não o retirarei. K1P 7"'' iffl ||| |il
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Pode ser que êle não tenha a classe dos flJIP'?'' )^___._r'fl
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é de corrida. E um saltador de obstá- ly mmm^^m W: _-_fl mwi- fl
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Atualmente a nossa caricatura está li- Bh RRâiwBT!
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mitada ao retrato pessoal, ao portrcd. HÉ^S_^wfl^_HR_ifl_iP-;*l^ * ^tr™*"*^ . f^W^mÊWMmÊuum H _
charge. Éi_Í_W___Q_P;;- ^jÈk . ^^^PW I.
. Não sou um saudosista, meu amigo, InMp - ^Ér lá
mas prefiro os nossos desenhos antigos,
|R__l_lÍ_lMÍis2Sfc#^^ Vf.'. ¦/ *^_^^.*^ '^ !W^^MWÊMmm^^^^Ê^^^^m^^^^m^fY\:i^
Sl:
as nossas velhas revistas infantis. J. Car- HrTT-if^_____3Ml--Br^ff ^&è^m

los divertiu instruindo.


iM^l_1ifc"^*!*^- •* ^ *^* iW*^"^ ¦ í " ¦ - _à**_á_y ^iHraa IBP^iiiá'.
O mesmo fizeram J. Campos e Belmonte
com as suas ilustrações para as crianças. BflBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBfla_^l__KgS^SiÍL_pflO_^
Pelo menos estas não eram prejudiciais, ______________________________________________________________________________ **fí*Mmf^áP^SMM^^mmmmW^^^J^^ ^L______nt__H____l______B ^____l _______!
ao passo que as atuais histórias infantis BflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflKV^^É_^*^i^^^^^^^_»flPfl^^3B(_... a
'-flflHIÉinfl H fl- ¦';^^_B Hll I
o são. flfl' HjWnal _r__ ___£_ SaM H fll-
fl? ¦'vi_:'>^flj ______te_i_ S-M-B flfl I '
Heróis impossíveis com aventuras fan- ' r——T—7—'flj;
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Se você teve o cuidado de observar o /'»%'. fl fl| B:
fundo dessas historietas de rodapé, deve

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são uma apologia da força bruta e do
poder do dinheiro.
Provavelmente você já teve ocasião de
ler aquela sátira admirável de Papini que
é o "Gog". Gog é o selvagem milionário,
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REVELADA DE MODO DIFERENTE ATRAVÉS DE ALGUNS TRAÇOS NO PAPEL. SEREMOS
SEMPRE PRUDENTE SER AMIGO DOS CARICATURISTAS.
NÓS ?_. £
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enfastiado da vida e do mundo e que lor desses desenhos sob o ponto de vista
O dinheiro do Comendador compra tô- nossos filhos, que se habituarão a ver ne-
resolve comprar o prazer e a felicidade artístico. Os artistas americanos dese-
das as coisas impossíveis que desejaria- Ias o tipo ideal de mulher, as amadas
com os seus milhões. Tudo inutilmente,
mos poder comprar. dos seus heróis. nham de verdade.
está claro, pois nem uma coisa nem outra
Se a reunião desses dois personagens Não será preciso dizer o mal que tudo
dependem de dinheiro. Pois bem, aquele
simbolizasse um tipo humano este não isto está fazendo à imaginação das crian-
comendador que durante algum tempo
seria nada digno de servir de exemplo ças, já tão excitadas pela atmosfera do Repare que eu não me sinto absoluta-
apareceu no rodapé de um vespertino,
para as crianças. mundo. mente prejudicado pela concorrência. Não
milionário e estúpido, é uma repetição
São assim os heróis das historietas em me dedico ao gênero. Como já disse, es-
de Gog. Entretanto, como poderemos lutar con-
tou fazendo apenas portrait charge. Este
Poppeye e o Comendador formam uma quadrinhos. tra isso? J. Carlos mostrou por que estes
"apenas" não
desenhos conseguem vencer. Tudo é uma quer dizer que seja coisa
síntese perfeita da vitória da força bruta E as heroinas? Estas então são um caso
fácil. Há caricaturas mais difíceis de fa-
e do dinheiro. muito mais grave. Há nelas, sempre, uma questão de capital. Quando eles chegam
zer do que um quadro para o salon.
O murro de Poppeye produz nos quei- nota de sensualidade excitante. Apresen- às nossas revistas e jornais já percorre-
xos do adversário os mesmos resultados tam-se com os vestidos sobre a pele, num ram o mundo • deram aos seus autores Mas as circunstâncias não dão margem
déshabillé indecente. milhares de dólares. a vôos mais amplos na minha arte. AguaT-
que todos nós desejávamos produzissem
os nossos no? quedos do? nossos inimigos. Elas vfto plasmar as futuras eleitas dos Não chegarei no entanto a negar o va- demos a panícilina.
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REVISTA DA SEMANA de Outubro de 1944 ¦ .. -~ *\
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Iil . A rica Viola Marsh, casada com o químico George Marsh, estava ...um lenço e sais de cheiro. Os objetos que aparecem acima foram os
morta na sua cadeira de invalida. Na bandeja que "estava om seu únicos encontradosJTno f.aposento. Em nenhum deles havia vestígios
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colo havia um livro e uma caixa de bombons embrulhados em papel de veneno. Marsh^disse a Cobb que ele mesmo trouxera o chocolate
de est.anho, onde estavam faltando sois. Num;: mesa ao lado estava um copo para Viola — um presenteada sua prima Mona Marr.Ató cerca de quatro ho-
de suco de ananáz. 0 dr. Rolfe, medico de Viola, chamou o inspetor Cobb, di- ias daquela tarde, pouco antes de George sair de casa, ela comera três bombons.
ssèrido suspeitar de envenenamento. Investigando r.o compartimento, não Quando Marsh voltou, ás cinco horas, mais três haviam desaparecido eJViola
encontrou nenhuma pista. Do bolso de Viola. Hannibal tirou. estava morta.

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m 0 dr. Rolfe contou a Cobb (enquanto este Desesperada pelo dinheiro, Mona simu- Cobb interrogou Mona : — "Foi este
olhava uma fotografia de Mona com a qual 4 laudo uma reconciliação, pediu o conselho o doce que mandou" ? Mona: —
3 Viola marcava o livro), que o casamento de Marsh o resolveram ambos que esta 5 "Foi. Mas eu não envenenei
Viola".
de Viola com Marsh, quatro anos atrás, atormentou devia mandar a Viola os seus bombons favoritos. Cobb : "Mas não foi ela quem se enve-
ffí Mona, também apaixonada por ele. Mona, que Interrogada, Mona disse ter chegado á casa de nenou". Cobb prendeu um deles por assos-
atravessava uma fase de penúria, soube ser inten- Marsh ás 5.05, quando Marsh estava chamando
lil çâo de Viola deixar-lhe Cr$ 400,000,00. o médico.
sinato. A quem prendeu? Por que? Veja a
solução no próximo número.

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FLAGRANTE 011T1D0 NO INSTITUTO DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL, POR OCASIÃO DA VISITA DA ESCOLA TÍÓCNICA DE
'oatlB^^V^^-^X^ÂnSafô^^^-V^'^
VaaaaBKL '"' '-^BaBaBah ^fl^^^V* > j* 'jjBi ^l lP a^^^^^^aaBai ^^^P^^^aH^^^-^aK SERVIÇO SOCIAL, COMPOSTA DA DIRETORA, SRA. TERESITA PORTO DA SILVEIRA, DO PROFESSOR DE DIREITO SOCIAL
¦fca^B ^fl~^^fl aafl. •-¦' ^fl^fl " "V'^^l ^K7^ . ^t_fl5flWJ
FRANCISCO GALVÃO E ALUNOS DE VÁRIAS SÉRIES. ANTES, RKALISOU-SE UM ALMOÇO TENDO A DIREÇÃO DA E. T.
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Kii^B^^S. JE&fl^aw*: ^\3t¥PflB
DE S. SOCIAL AGRADECIDO AS HOMENAGENS DESSA MAGNÍFICA ORO.VNISAÇÃO PARAESTATAL.
¦fflffll^^lBÍ ^H^^JÉH^. ^^^M *** ^.a^aa^^Va^fl aaaaaaa»...^ãl

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1
LETICIA DE FIGUEIREDO. TALENTOSA CANTORA E COM-
POSITORA, NO SEU ULTIMO RECITAL NA ESCOLA
NACIONAL DE MUSICA. ,

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B BH<>- VvH |Hfl POSSE DO PROFESSOR ABREU FIALHO FILHO NA ACADEMIA NACIONAL DE MEDICINA EM SUDSTITÜIÇÃO AO PROF. IIEI.ION
POVOA, SENDO SAUDADO PELO ACADÊMICO DEOL1NDO DO COUTO. NA GRAVURA, O PROFESSOR AL0I3I0 DE CASTRO, PRE-
flfl flB^Ü Rs^ 'fl Hüü SIDENTE DA ACADEMIA, f>OH)CANDO AS INSÍGNIAS NO NOVO ACADÊMICO, FIGURA ILUSTRE DA ATUAL QERAÇÃO.
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PROFESSORA LUBÍÓLIA BRANDÃO, FESTEJADA PIANISTA


QUE HOJE i NOITE REALISARX, NO TEATRO MUNICI-
PAL, UM CONCERTO. DO PROGRAMA CONSTAM BACH-
LISZT, CHOPIN, DEBUSSY, OSWALD, LISZT-BUSONI E BEE-
THOVEN. A ORQUESTRA TERÁ A REGÊNCIA DO MÃES-
TRO ELEAZAR DE CARVALHO.

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FIGURAS jj *3k v 'iff1 7'i ii «¦' raasiwmmet&t
SÉi I i
NO BRASIL, OS DIRETORES DE COLGATE PALMOLIVE PEET, CO. LTD. — pelo avião interna-

FATOS
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CIONAL CHEGARAM A ESTA CAPITAL OS DIRETORES DE COLGATE PALMOLIVE PEET CO. LTD. DE NEW JERSEY,
SENHORES JORGE C. REBAZA E EDWARD SPICKA. OS DIRETORES DE COLGATE PALMOLIVE FORAM RECEBIDOS NO AERO-
PORTO PELOS SRS. JOSÉ SALVADOR GARCEZ, JURANDYR DE CASTRO, AGENOR MARQUES DE AZEVEDO, OSCAR REIN08A
E MR. KERR.ALT08 FUNCIONÁRIOS DAQUELA EMPREZA, DIRET0RE8 E REPRESENTANTES DA EMPRE8A DE PROPA-
GANDA STANDARD LTDA. B GRANDE NUMERO DE AMIGOS E ADMIRADORES. NA FOTOORAFIA ACIMA, VEMOS 06 SRS.
REBAZA E SPICKA RODEADOS DAS PE880AS PRESENTES AO SEU DESEMBARQUE. g* --

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QUATRO PALAVRINHA Você não acha, John ?


Conto de
LILÜE

Você vai convidá-lo para


BOCK

jantar aqui
.1

cia conlou :i irmã a ra- Decididamente não ficava bem. Pon-


sara. Usara todos os artifícios inspi- Acho, sim. em casa uma, noite. . .
zão dos seus aborrecimentos, Mi- - Pois é... Para que'.'
Quando / ra olhou pura ela e soltou uma rados pela coquoteria feminina, inala Você vai vêr. .
gargalhada. Mariana, a princípio, fi- sempre, e que so evidencia na hora Quanto constrangimento li:i numa des-
cou zangada, mas Mira logo depois fi- de lutar para conseguir que o objeto de sas pausas súbitas. . .
seu amor presinta e vejo que o ama. Mira me disse que estava muito
cou séria e explicou o motivo da risada.
Minha querida, como é que você Uma moça não pode dizer certas coisas contente.
mas pode sugerir... Ela estava can- Ela tem toda a razão. 0 jantar foi maravilhoso. A cozinheira
pensa que o George S3 declarou? Uma criança alegra tanto uma casa, <le Mira ultrapassem a expectativa.
Não sei. .. sfl da de sugerir, mas todas as alusões,
muito sutis, não eram compreendidas. não ('•'.' Mira fez questão de mostrrar cumo um
De fato, não sabia. Era retraída e Eu lambem acho. . . lar feliz ó agradável.
evitava discutir esses assuntos, com 0 pobre John tomava tudo ao -pé da (Io irgo, você cpier seu cachimbo
'.'
letra c para que acreditasse que o ama- E ou acho «pie um homem não
quem quer (pie fosse, inclusive com a deve ficar solteiro muito tempo, você George levantou os olhos, surpreso
irmã, que era tão sua amiga. Mas agora va era preciso que lhe dissesse, logo
estava realmente apaix< nada. Preci- de uma vez: Escute aqui, seu cógo, não acha ? pela concessão extraordinária (habitu-
surdo e mudo, eu o adoro! Talvez, -A vida d" solteiro <' muito triste. almcnte ela protestava contra o ca-
sava achar um meio. Não era., como Especialmente sc a gente ó órfão.., ciiimb ¦).
então, ele so rendesse á evidencia dos
pode, :í primeira vista, parecer, uma Pois é... Qik ro
armadilha que ela qufria armar para fatos, (.uo remédio? ela
E ficou nisso a famosa conversa acon- Mira foi buscá-lo o acendeu-o
pegar uma pobre vitima. Tinha a cer- Mira era o último recurso. ,Iá tentara solhada pela irmã. mesma. AS
teza de que John a amava, porém não tudo. Resolvera, finalmente, valer-se Eu gosto de um bom tabaco. ')
se animava a fazer o pedido. Quantas da experiência da irmã nesses assuntos. senhor não acha, Mr. Parker, (pie um
vezes, em vista do situação, ela não Não se importe com isso, sua boba.
bom tabaco tem um aroma delicioso?
invejou o sexo forte, que podia tomar E' assim mesmo. Como foi ? Meu mando só fuma Ilalf A: llalf. ¦ ..7SÍ
suas decisões, dirigir-se a uma moça, ¦— M:is como é que eu vou fazer com Um desastre. Uma boa marca.
pronunciar as quatro palavrinhas má- que ele se declare ? Mira levantou as sobrancelhas. 0 senhor também gosta?
gicas: Você quer casar _ comigo? Muito simples. E não seja tola. Você fez como eu disse? Muito.
Para uma moça não ficava bem. Por Fiz. Eu acho que um homem casado
mais intimidade, por maior que fosse a Você gosta dele mesmo, de verdade?
-¦— Gosto. Tem certeza que ele gosta mesmo deve conservar os seus hábitos, não acha?
certeza cie que ele a queria, não poderia Está bem. Xcsse caso eu vou aju- de você ? A mulher precisa ser tolerante. Imagine
olhá-lo nos olhos e dizer: Bem, já que Tenho. o senhor quo algumas das minhas amig.is
você não se decide, decido-me eu. Sc; dá-la.
é Como é que eu faço?„ E'.... Esse então 6 ruinzinho. Mas
quí você gosta dr mim. Pura quando 01hft_ não faz mal. (Continua da página li2)
o casamento?

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GUERRA
C4LHACIA
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epois de uma sério do vitórias espetaculares na batalha da França, onde os


exércitos aliados ensinaram aos nazistas como se faz uma verdadeira § blitz-
krieg", depois de uma arrancada de Roma ás fortificações da linha gótica, na
geral na frente oriental, podemos ob-
batalha da Itália, depois de um avanço"fronte".
servar uma aparente estabüisação em todos os Apenas aparente, pois ao sul,
no oriente e no ocidente, batalhas fcrózos estão se desenvolvendo entro alemães e aliados,
A batalha da Europa está praticamente terminada com a vitoriadas nações unidas.
Ultimam-se agora os preparativos para a batalha da Alemanha, última fase da guerra
no ocidente. . . ¦'..
Esta aparente interrupção parece marcar justamente o fim de uma batalha e os
m jreparativos para o início da seguinte. . .
¦
. De ambos os lados, os adversários reagrupam as suas forças para o choque decisivo.
No decorrer desta guerra, não ó a primeira vez que deparamos com uma situação
semelhante. _ , t
Em diversas ocasiões houve paradas súbitas para descanço e reorgamsaçao de tro-
pas exaustas pelo avanço continuado em território inimigo.
i A própria Alemanha, quando dispunha do uma esmagadora superioridade em homens
e material, foi obrigada a interromper as suas investidas.
Entretanto, a situação está agora inteiramente mudada, sendo evidente a supenon-
dade aliada sob todos os pontos de vista. As catástrofes dos exércitos alemães na França,
na Itália e na frente oriental, trouxeram conseqüências tremendas. Se considerarmos, as
guarnições alemães que ainda ofeiecem em alguns portos franceses uma resistência em um
suicida,
milhão de
podemos avaliar com segurança as perdas nazistas somente na França
homens, e a quantidade correpondento de material. Cinco exércitos aliados— 1.°, 3.° e
7.° amáricanos; 2.° britânico, e 1.° canadense — forçam as fronteiras alemães, pelo ocr
dente. A batalha da Holanda, onde os Generais Montgomery e Dempsey esmagam as
contra-ofensivas nazistas, é sem dúvida a mais importante. Ali, um avanço abado per-
mitiria o flanqucamento da linha Siegfried.
Avaliando este perigo, os nazistas vem oferecendo naquele setor uma desesperada
resistência.

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O PREPARO CUIDADOSO QUE TIVERAM OS BRASILEIROS, NÃO APENAS ANTES DA SUA PAR-
TIDA, MAS NO PRPOPRIO TERRITÓRIO ITALIANO, ALIADO ÁS SUAS QUALIDADES GUERREIRAS B
ENTUSIASMO, RESULTARAM NOS SUCESSOS AGORA ORTIDOS. AQUI ESTÃO ALGUNS SOLDADOS
BRASILEIROS DURANTE UMA AULA PRÁTICA DE SINALISAÇÃO.

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ü BARRACAS DA F. E. B., AO LONGO DE UMA PLANTAÇÃO DE OLIVEIRAS EM PLENO FRONT NA ITÁLIA. NAS TERRAS HISTO-
010*0 n* FRNIVSUT A OS NO88O0 ROLHADOS ESTÃO DEMONSTRANDO A 8UA FIBRA B ELEVANDO O NOME DO NOSSO PAÍeL

1. i ' iW S 'tS
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EM MARCHA ¦ ¦ T^^flflBi I

Na Itália estão sendo destruídos os últimos bastiões da linha Gótica, no sopé dos
Apeninos, última defesa natural com que poderão contar os exércitos de Kesselring para flBfcTs. ¦ w^^af&H^
impedir os aliados de se derramarem polo vale do Pó e as grandes cidades industriais
do norte da Itália.
O rompimento definitive da linha Gótica, representa praticamente o fim da batalha "''Bf
rv JllÍli£ÍllEÍRlR^MIf^iflF ''¦•¦í\:<;'*
da Itália. ¦¦-ii
«^flKSr^^^^flr
Na frente oriental, está quasi consumado o completo desmoronamento do efêmero
império de Hitler, cujos alicerces eram a opressão e o ódio.
A Rumania e a Finlândia estão lutando contra a sua ex-aliada. A Hungria está fora
de combate.
Na Grécia, 250.000 mil nazistas estão ameaçados de cerco e aniquilamento. Na Iu-
goslavia, as forças do Marechal Tito e os exércitos russos estão prestes a fazer junção
na capital do país. Quasi todo o território da Polônia esta dominado pelos Russos.

I
Em Varsóvia, desenrola-se ainda a maior tragédia desta guerra, com a heróica o
inexcedivel resistência dos poloneses dentro da sua capital.
Os estados balticos estão praticamente dominados pelos russos. O cerco da Alemanha
está quasi completo.

Não poderia deixar de haver um reajustamento e uma reorganisação da parte dos


aliados.
O avanço na França, nos territórios da Bélgica e da Holanda, vieram alongar ox-
traordinariamente as linhas do comunicação dos exércitos aliados no ocidente.
A libertação dos grandes portos holandeses, já cercados pelos exércitos britânico o
canadense, virá facilitar cnormemento o seu abastecimento.
A estabilisação da frente sul com a junção dos exércitos que sobem pela Itália, os
do sul da França o os dos balcans, determinará o fechamento cio cerco ao sul.
A estabilisação aparente é prenuncio claro da arrancada final que levará as forças
das nações unidas a Berlim. ^mÊ^má^^^mMÊmmmm k
O SARGENTO BRASILEIRO SALTIL DIAS, TRADALHANDO COM UM ENGENHEIRO DO EXÉRCITO
AMERICANO NO MANEJO DE UM APARELHO LOCALISADOR DE MINAS. NA GUERRA MODERNA
ESTA É UMA DAS TAREFAS MAIS ARRISCADAS E IMPORTANTES, EXIGINDO GRANDE PERÍCIA E
SANGUE FRIO ALÉM DE CONHECIMENTOS PERFEITOS.
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¥> O C\BO ANTÔNIO SANTOS TABOADA, ESCREVENDO UMA CARTA PARA SEUS PAIS Á ENTRADA DA
SUA BARRACA. NOS MOMENTOS DE
O PENSAMENTO DOS NOSSOS SOLDADOS ESTÁ VOLTADO PARA A SUA PÁTRIA E OS SEUS LARES.
FOLGA COMO NO FUROR DOS COMBATES,

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*:£L~S.':'. ,rt 14
: í'". de Outubro de Í944
REVISTA DA SEMANA 18

Para Corno cie^n8enne


rara o uorpo de Engenheiros,« j honrado como Imperial, vira-se transferido o guardo-
exe.cito,
jY
cconava na Academia de Marinho,
marinha Paranhos. Segundo tenente do exercito administrativo militar
EíCRAeNCLLE DCRIA aos baouços da nao Pedro I . O pessoal
do navio residia em terra, transportado de escalei paia
^c»1 bem chnmada NAo Acft

emo
demica. , <.„„„„--,, ,ln ' , c era,
n. 8.. Tal ~ via publica c é,
P-innm. em pm io-tt, resuha na iravessa
1844. itam nrinc cio Senado
jc»"uu . .
rarannos, antigo Campo de Santa Ana
largura, dc mio no
pequena na extensão, pouca na piincipio i

0
e de fim em parte da rua do Senado. .

escrita pelo capitão demare guerra. Lucas Boiteux. ..,,.•


Exercito, Paranhos devia^.bediencia^0
Fm 1844 professor na Marinha e oficial do
Março dc 1841. o segundo ministério do Segundo Reinado sucedia ao transi- à testa dos quais o. senador Hollanda
dous rrdn ster os o da Marinha e o da Guerra, Lha-
torio gabinete
"marca da Maioridade. 0 governo sucessor reunia pessoas, já de crês- CWilMnti cie
Uavalcanti .vmuc uerq . c o tenente-coronel
de Albuquerque comandava Jeron.mo F.ancisco Coelho
EM <-'"^u fc" uv- ... ° generais de bor-
cen te histórica uma a uma : Paulino de Souza, Aureliano, Calmou, macIo este aos conselhos da coroa, com seus i ,-ii... no ilus-
..<,
Pereira, Villela Barbosa. Saber-lhes as vidas é saber na mihtava, com bnlho,
Araújo Vianna, José Clemente
". dados, por efeito do alto cargo provindo da política qual
Historia. . . _ . tre catarinense ministro da Guerra em 1844.
Villela Barbosa, cinco vezes ministro da Marinha no Primeiro Reinado, voltava a e discípulos na
encontrava sujeito a sua Neste ano, Paranhos, contando amigos, condiscipulos ^Ç.^
pasta, devendo conhecel-a. Num dia de 1841, Villela Barbosa carreira c qualidade militar. Desta o iriam
divisão reformado, antigo exercito ainda se achava no pleno gozo de
considerarão um oficio subscrito por Senna Pereira, chefe de exerc c.oem ambas Paranhos se pre-
na regência Araújo Lima e então comandante da Academia de aos pH-co^Sranclo a política e a diplomacia e para
ministro da Marinha ao político e ao diplomata.
Marinha. parando com os estudos indispensáveis
va.icinj.ra: Snr. Paranhos o senhor
Dizia Senna Pereira ao superior: Guando Paranhos de verdes anos, um alguém
"Illmo. Exmo. Snr. — Em cumprimento do despacho de 17 do corrente, lançado ha de . ministro. Entre modéstia e consciência int^.^^KpV^«w2.SSf
a fisionomia de Paranhos satisfeito.
no requerimento incluso do Guarda Marinha José Maria da Silva Paninhos, no qual ao profetisador com aquelle sorriso que iluminava
pede a Graça de se lhe continuar a licença que
obteve para freqüentar os Estudos na
Mais tarde outro alguém havia de "Agora observar: Snr. Paranhos, o senhor não devia ter
I Escola Militar,afim dc poder passar para
tenho a honra
o Corpo
dc
d'Engenheiros, sem que por isso receba
informar a V. Exa. que a pretenção jlo estudado dencias «átasfsim direito. é ta.de' , respondeu Paranhos novamente
no executar. _
soldo durante a freqüência, com o seu famoso sorriso a dizer força no querer, suavidade
Suplicante me parece attendivcl, tendo-se em conta a sua boa condueta e aplicação. Teve a felicidade de viver
Deqs Guarde a V. lixa. Secretaria da Academia de Marinha em 20 de Agosto dc Paranhos nascera homem de bôa sociedade apurada. ou intimo, a própria
184] _ —Illmo. Kxino. Snr. Marquez de Paranaguá --
Jacintho Roque dc Senna num lemí«no qual se não desconhecia a civilidade no trato publico
Nem ôylesconheados£am
civPJ IS. ra ando limites a abusos ou ridículos de corte».,
Peieira". . . ... organisada no transunto da
O subscritor do oficio dc 1841, como diretor, primeiro comandante e fiscal cia Aca- excluidos da observância da polidez, Índice de sociedade
barrancos.
a
Marinh carateristicamente flutuante estabelecida a bordo da náo Pedro L,
_.
(uniia oele planilha,
* > J. __'__._ __. I _ I .._-... I .. 1 . _-. _.. _^l .» .1.. - - . i , / ' .¦ ,-V . t_ _ II
civiüsação, oposta ao viver a por toda parte a trancos e
em atestar nelej oapuro
recebia por fim aviso da Secretaria da Marinha. Comunicava que, por decreto de 2 Todos quantos privavam com Paranhos eram unanimes
de Dezembro de 1842, o Guarda-Marinha José Maria da Silva Paninhos fora despa- outros se teriam desmandado
do cavalheiro, de compostura mesmo em ocasiões nas quais
i
chado c-< 1
Segundo i ..
Tenente .1..
do IImperial Corpo Ar,
.,,.,.,,.;.. I í~7,.,^,. Engenheiros. _
cta F.nrrnnl.nít<no logo em despropósitos ou exclamações violentas.
Principalmente da Maioridade em diante o título dc Imperial era prezado. Dcse- do Rio de Janeiro de então,
m corporações armadas, associações cientificas e lite- Em 1844, Paranhos podia viver calmo num meio calmo, o
javam-o estabelecimentos públicos, ou crime era rara e circulava como exceção.
rarias, e classes comerciais. Até humildes se achavam honrados ao pertencerem a cor- no qual*A noticia dc sinistro, desastre e rez de chão
armada o imperial marinheiro se ufanava de o casa da travessa do Senado 8, residência de Paranhos, tinha sobrado de ve,.
porações dc titulo imperial. Assim na apresentando uma dessas altas e largas portas próprias para entrada e saída
ser, considerando-se distinto na classe da gola azul e no ser tratado pelo povo com apreço chamadas em hances portes cocliè.es
culos guardados em pavimentos térreos, portas ha bem pouco
especial e pronunciada simpatia, A ultima casa do gênero, a ultima daquelas portas, desapareceram
rua Senhor dos Passos, em frente a
do centro urbano carioca, com demolido preoio da as quais
A casa da travessa do Senado, hoje 20 de Abril, na destinadas a aigolas
ierejo do Terço. No lado da rua ainda se viam saliências
de meios de trans-
qual nasceu, cm 1845, o Barão do Rio Branco. se prendiam rédeas de cavalos cm recuados tempos da cidade poucos
P°' os seus me-
No prédio da travessa do Senado S transcorreram para Paranhos talvez
do entrever futuro sob
lhores dias, os do vigor da idade, os da força das esperanças, os
bôa estrela. ¦ , . , . ,
Abril de 1845 a casa da travessa do Senado 8 enchia-se a principio das apre-
A 20 de
se o sabe
hensões que desperta um nascimento, enchia-se depois dos desafogos quando
(71.
À 20 dc Abril, Paranhos recebia um filho, a deveres (K esposo ajuntando os
de pai. a
O menino recebeu os nomes . sobrenomes paterno, repetição de nomes e sobrenomes
di-
tais, quando herdados de pai glorioso ou digno, devem ser justificados de futuro sem
minuição da fama grangeada por ascendentes. Em 1845 era José Mana da SiJva Para-
nhos um brasileiro distinto, havia de o ser imortal. O recém-nascido José Maria herdava
gloria desde o berço. . , ,
Um nascimento em casas de familias da época, sobretudo se de categoria elevada,
não ia sem observançias dc civilidade. Os natalicios comportavam escolha jle nomes,
designação dos pa-
participações do sucesso, visitas ou os comprimentos de obrigação,
drinhos. Tudo rematavam a ceremonia c festa a do batisado, católico, protestante ou ís-
raelita, cada qual com suas praticas, no batisado israelita invocado o Deus de AbrahSo
e de Jacob. .
Meticuloso na polidez, Paranhos homem de sociedade, por ocasião do nascimento
do filho, José Maria, observou com certeza tudo quanto a polidez e a etiqueta recomenda-
vam, no caso, para tanto o esposo assistido por uma esposa exemplo de cônjuge e mãe
a esta não poupadas na existência perdas de filhos.
Ao filho nascido em 1S45 seria dado presenciar o subir dc glorias paternas sobre-
tudo parlamentares nos quais livre enunciar opinião aos ecos da opinião publica.
O segunchí Silva Paranhos teria infância c adolescência de gratas impressões de lar
freqüentado pelo que de melhor possuía a Corte do Rio de Janeiro. Asimpressões de
infância" acabam num enovoar de memória, gravam-se as da adolescência com nitidez
avivam-se na viriliclade, são saudade ao despontai do termo da velhice.
No Rio dc Janeiro, de 1845 comercio de luxo, o grosso, o médio, o inferior concentra-
vam-se na cidade velha, a do mar ao Campo de S. Ana, a cidade nova mais residencial
que comercial. D
Inteiramente residencial era, lado a lado, a travessa do Senado, com casas de so-
brado ou térreas, estas na cidade não raro dc moradores que tendo ocupado altas ou dis-
distintas posições obrigando a despezas do próprio bolso iam refazer finanças em habi-
tação mais modesta. Ninguém tinha isto por desdouro, antes por prova de honradez.
Na boa visinhança de sua casa da travessa do Senado 8 contava Paranhos conwi
do oficial maior da Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda, o conselheiro João
Maria Jacobina, morador do prédio contíguo ao de Paranhos. tão de socego e respeito
a bôa visinhança quanto a má ou a péssima de inferneira e desleixo.
Em 1846, ano depois do nascimento do filho primeiro, Paranhos ainda ocupava a
casa da travessa do Senado, ainda professor da Academia de Marinha, a deitar vistas para
campo de atividade mais dilatado, o da política, cujos sucessos Paranhos acompanharia
junto de seus livros.
No correr dos mezes de 1844, 1845 e 1846 os sucessos iam passando diante do obscr-
vador em gabinete dc estudo, principais ou secundários deles todos se tirando lições
maiores ou menores.
Em 1817 a vida de Paranhos mudaria e ele mudava de residência. Presidente da
pro\ incia do Rio de Janeiro, Aureliano colocava Paranhos á frente da secretaria do governo-
provincial. A nomeação, em breve seguida de outra, a dc segundo vice-presidente dóIa
terra fluminense, determinou a transferencia de Paranhos para a Imperial Cidade de dt
Niterói. Aí fixava residência na ladeira de S. João, para melhor cumprimento de
argos : um administrativo, outro* dc confiança partidária.
& Algum dia visitou o segundo Rio Branco a casa natalicia conservada atravez do
tempo? Nós o ignoramos, sabendo porem a atenção que o Centro Carioca deu sempre
ao prédio, no qual placa comemorativa indicou ao transeunte haver dado a casa teto a
berço ilustre.
Assaz próxima vem a celebração do centenário natalicio do segundo Rio Branco,
de estatua pedestre na cidade onde o piogenitor igualmente tem estatua, esta sedéstre.
"O
Um dia chamaram o chanceler Rio Branco, o Barão na voz popular, Maior
dos Brasileiros". Nãr retorquio, e desaceilando a honra proclamou D. Pedro II o
maior d< s nossos. Dis>e-o tal cmi tanto maicr n bre_::. e isenção de ânimo quanto
aquele soberano, sem descstima-lo, p;-r.t com o justicei.- fora em tempo parco de
preferencias. 4*7

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A característica predorniríanto no Sa- Mlely flw' I - B ¦ _fl _L ' I
lao do Cinqüentenário está nos con- ' «iiiÊ.i^wiMn*'1 ' IB
X$:íiixX:- *>if -^T^jfl6>'*fHj^E'-
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__________________ pXr;!

frontos que o visitante pode fazer entre xnx


"A^- v IF;:^m'''« \im-M mÉè fi.ie-í
¦ W_M<1 >%
os trabalhos expostos pelos acadcmic >s S_\r- > '^«^iiífeA- --'3l|L|flfl|Éfi^Pplp4^^^",Tfc*i'
IT _l_^_k' >*-¦ i^^l

e os modernistas. Entrechocam-se, unia


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vez mair, as duas correntes, provocando ¦ Mire
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os debates e eont o 'ersi s a que já nos
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habituamos. E' oportuno reprodu/àr li-
"breve notícia''
nhas abaixo, uma ¦•*' '"*s_€S«''-; **,y*tiimf Myfl ¦ ^^BiP'V'!L <jB
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inseria sobro o Salão do 1944, no ca-


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tálogo do Museu Nacional do Belas
JBSm
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Artes.
m !í"vrí'í/
y?m
S.t-' eU _. m, "_____,
' ^NB
'V^fH '«kS^siiH
Bk. »sl ¦.'alei1'"''
__¦ __¦ %_¦ ^B*t BSb M*Wl ¦*
Em 1894, houve a instituição do
•'Prêmio de viagem" na Exposição Ge-
rui de Belas Artes da antiga Imperial ™»'¥F'
38 M.
Academia de Belas Artes, independente
dos prêmios de viagem conferido: por •í i St
- •¦'-Vi

kSrllbCjW: "YflKsVal L o*'?. 1li


i s-.a Academia — daí o considerar-se
l..° Salão o de 1894, apesar do nome
continuar "''Exposição Geral de Belas 1 '.*.

Vrtes". Desde 1840 rtalisavam-se Ex- ' • I


''¦>*«-A,-,W^
'™!s
Y'
posições Gerais de Belas Artes na antiga ; >í,,;-
r-íiá^ H /
Imperial Academia de Belas Artes, mas
W«Y''l
os prêmios eram atribuídos por con-
curso dessa Academia; só em 1891 foram
instituídos prêmios para as Exposições _0^*^aSB mri
anuais, com caráter inteiramente in- *'-'. Y ^j*^ftiA__^ÍoB BPP9MMk\|te BmpflH&
dependente dos prêmios da Academia ^B flH r i

Ifey^l
que continuaram a ser conferidos aos
seus alunos; também nesse ano, pela
2*« Visita
k V Y iw

primeira vêz, foi elaborado um catálogo ^


unicamente para os obras dessa Expo-
sição «anual, do qual não consta mais
a "enumeração dos quadros das galerias
de exposição permanente que podem HBb^kI
ser vistos pelo público", conformo têr-
mos de catálogos dos anos anteriores.
Da documentação existente no Museu
Nacional de Belas Artes veiil'ica-se
que no catálogo de 1890 consta^"Ter- <Êk*'**y-x fl. v
cefra?Exposição; Geral.'de Belas Arte.'•
— dessa data em diante está indicado
nos" respectivos catálogos o número das
<*%#
Exposições, só havendo interrupção mÊ
em 1930, ano em[que náo foi realisado ,X',Y. ,
« V,r,h'(»íl
esse salão; tudo isso,vem confirmar que
"acidente no-thahaliio" de e. p.I sigaud (eíncãustioa) (mkda-
1-1M CIMA:
"VICSPEHA PICSTA" DE 0SVALDǧJ
I.HAS DE IIHONZI3 K DE CHAPA). KM IIAIXo: DE
* fl 1
KUlUlfAJ. ._
DE OUItO, DE HONRA B IMIEMIO DB VIA(iBM A
TE1XKIKA (MBDAI.HAS DE 1'UATA,

flvvih. âw?Tffl_^H I^d^I ^B_& ^B^fl ifl*':' ^3i__I^Ssi^^I ^^^1 DEsI ('istc ano sri comemora etetivamente o luta entre as duas escolas: modernistas
cinqüentenário do Salão Nacional de c clássicos.
^^By.?fl^ttÜtJ^Í^B 8a» >Jiy| Hn >wi'JkiSl^tB^BI I Belas Artes, não obstante só aparecer Aliás, 6 de se notar o interesse crês-
(, nome de "S.alão" cm 1934. cento que, entre nós, vem despertando.; fl
^ as artes em geral, interesse este clara- j
^B ^Pn^B^^^y^^Mj^sT^^H ^Bj^^. li^y^ifl BP *_jfll Br ^ à^ H
Conquistou o prêmio de viagem no mente demonstrado pelas edeumas que, j
!." Salão Nacional de Belas Artes em Iodas as partes do Brasil, algumas
isí)l - o grande, paisagista brasileiro violentamente concretisadas, se têmve- ¦
|fl ^Iw^^^flB^fl fllí^9 fli^ _^__| ,|oão Batista <!a Cosia". rificado.
Aquele caso do anavalhamento de V
(inadros na exposição de :i.rte moderna §s|
- 1
de Belo Horizonte. f<»i o sin:íl de alarma.
SaMS^j__3W^^yflBBB^»^^!^lflM hb ^>__»^ ;_.M ' ihhj^^^ ^?U^"^^^^^^^_i^^^W^^^^__l
Nesta o nas páginas imediatas, o leitor X
Partidários de um e de outro lado arre- . '¦^rW:
fcà^*j|_^l Ej^. ¦ -^^^^^^^^^S^_^^^^l^^^^^^^ i
gimentaram-se como os torcedores cie
m\^^^*!mmÍTm\m*m\ B^. "^
encontrará algumas d:is obras expostas
T m im\í í^^mjmwí -^i^MMi^^BB^I^Bií ' '.#£_2_í_
no Salão do Cinqüentenário. O total
^B BI^a» ^*^Í^híPQk2&^^^^í««^^^^^.^^^^h
^^_^^^^Bi*^^H ^P^^^r*"^^!^/-
'^V^fl S^^^fl EEv^W*: ""* ^tawr^SE^^ j^i!» futebol.
dos expostos' é de 496, entre pintura, E realmente, aquele gesto dos belo-
escultura c arquitetura. rizontinos, permite « imagem fute-Vi f
Nunca, entre nós, esteve tão acesa a bolistica
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REVISTA DA SEMANA
20 14 de Outubro de 1944

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EM CIMA.:--"natureza morta", de manoel coxstantixo iion-
(mkxção
B^^SPiÉtÉllfli ROSA, MEDALHAS DE BRONZE, PRATA K QüKO, 10 PRÊMIO DE VIAGEM Á EUROPA);
KM "ARVORE
BAIXO, Á ESQ.: HUMANA-" DE HUMBERTO OOZZO. MEDA-
(MÁRMORE
I.HA DE PRATA E ",\
OURO). Á DIR: MODINHA", LITOGRAFIA DE JOÃO KAHHION
(medalha de prata em pintura).
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¦ ' fll Do terreno puramente artístico e Isto que está acontecendo com a pin-
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^g;; intelectual, a contenda passou para o tura em particular e com as outras artes
campo das "giletadas". em geral, não constitui nenhuma novi-
O "salon" deite ano, pelo fato de ser dade na história das artes.
esta a 50." vez que se apresenta, recebeu
O aparecimento de uma nova concep-
0 nome de "Salão Cinqüentenário".
ção artística ou literária, deve fatal-
Nele, modernistas e clássicos se con- mente lutar contra as concepções até
frontam como num prelio decisivo. então dominantes. O modernismo não é
Prosélitos de uma e outra modali- coisa dos nossos dias. Sempre houve
dade de arte, antigos c modernos, clãs- clássicos e modernos. Que esta rivalida-
sicos e futuristas procuram fazer valer de venha incrementar o interesse pelas
os seus pontos de vista, artes, 6 o que devemos augurar.

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14 de Outubro de 1944
21 REVISTA DA SEMANA

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I>AS ,)UAS GRANDES CORRENTES, ACADÊMICA E MODERNISTA, REELETE-SE DE MANEIRA


?t/ANT,Ü;??°QUE INTENSA NO SALÃO DO CINQÜENTENÁRIO ,YOÜl VEMOS .O
CA7 ""^«N-TANTE »**"* ™°™% * BSQOEITOA, "™™ NO GLAUSTHO», .DXCELENTE
MOTIVO REL 00 « Í ,L LUA P<., PK C ,,'. í
SILVA (MEDALHA DE OURO), FORMANDO CONTRASTE COM A «CABEÇA DE CRISTO», EXPOSTA POR HENIO,
S;'!1:";,"" «JUVENTüi£»
INTENSAMENTE MODERNISTA. - KM SaÍxo
DE LEONARDO LIMA (MEDALHA DL PRATA), IGUALMENTE OBEDECENDO A ESCOLA MODERNISTA.

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"COMPOSIÇÃO", E
DE D ACOSTA^F (MENÇÃO HONROSA
MEDALHAS DE BRONZE E PRATA).

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DE MANUEL MADRUGA DE OURO), OUTRO DOS BONS TRABALHOS DO ANO, 0 "CAMPONEZ",


|p "IRACEMA", (.MEDALHA QU SALÃO l DE J. FIUZ.WiUIMARÃES (MEDALHA DE PRATA).
APRESENTA AOS SEUS VISITANTES E DAQUELES QUE MAIS TEM SIDO APRECIADOS.

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MENÇÃO HONROSA DE 192.^. COMPARECEU AO SALÃO COM ESTE INTERESSANTE "TIGRE


.;o\t> TURIM, TRABALHO! INTERIOR , DE CARLOS SCLIAR (MEDALHA DE TRATA F.M
ESMAGANDO \ COBUA". PINTURA E BRONZE EM DESENHO).

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14 de Outubro de 1944 23 REVISTA DA SEMANA

Um dia na Penitenciaria de São Panlii


A menos espetacular e sensacional reportagem que já se fez dentro de um presídio — Tudo igual e tudo humano —
Celas que permanecem vasias de manhã à noite, enquanto os sentenciados trabalham Isolamento só para comer e
dormir — "Sem ajuda da higiene mental não é possível tratar os criminosos" — Alfaiates, carpinteiros, pintores, escul-
tores e até jornalistas — O "Nosso Jornal" e as poesias do "7545" e do "7407" — Números em lugar de nomes — O
sentenciado "7611" exalta a Semana da Pátria — Cinema e teatro para os presos — Menegheti trabalha na encader-
nação — Os "desajustados" que estão presos e os que andam soltos . — Criminosos? Sim, porque são enfermos. Va-
mos curá-los? Um diretor de presídio que trata os criminosos de "meus bons amigos" e lhes escreve cartas contando
parábolas — Final de filme de Carlito — Liberdade, o ponto luminoso no horizonte em trevas.
Reportagem cie CELESTINO SILVEIRA
(Enviado especial da REVISTA DA SEMANA i

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DIA DE VISITA AOS SENTENCIADOS — os fazem lembrar dependências internas das casas de penhores, um fica pé.
NUM ESPAÇO DE SESSENTA CENTÍMETROS MAIS OU MENOS. FALA-SE Á DISTANCIA. NÃO É PERMITIDO
DEBRUÇADO NO BALAUSTRE E AFASTADO DO PARENTE OU AMIGO QUE FOI VISITA-LO,
FNTREGAR-LHE QUALQUER OBJETO, MAS SÓ POR INTERMÉDIO DO CHEFE DA GUARDA, QUE ASSISTE DE LONGE, SEM INTERFERIRA MENOS QUE SE.IA MISTER FAZEI.o. E ALI ENTÃO, POR
OU COMBINAM O QUE VAI SER FEITO DE NOVO, QUANDO ELE TIVER CUMPRIDO A SUA PENA
ESPAÇO DE ALGUNS MINUTOS, PARENTES E PRESOS TROCAM IMPRESSÕES, MATAM SAUDADES

loi com o propósito de levar a do perito ae vista jornalístico. A literatura em Carandirú, se ali entrou pensando co- vinao ri'-; divisa eníie uni mundo >
NÃOefeito uma reportagem de feitio sen- policial passou de moda e o prazer sádico lhor uma notável entrevista coletiva com outro.
de invadir a seara dos reclusos não tem os presos, sairá decepcionado. E uma de Isto nao é uma prisão no sentido
sacionalista que nos propusemos a visi-
tar a Penitenciária de São Paulo. A de- mais lugar quando tantas e tão violentas duas: ou inventa ou acabará confessando, comum do termo e sim uma casa de ree-
vassa portas a dentro de uma cadeia, o emoções a vida quotidiana reserva a ca- público e raso, que muito pouco ou quase ducação e readaptação social de quantos,
da cidadão do mundo. Que originalidade nada de espetacular se pode ver e sentii por contingência do destino, aqui vêm
sentir de perto como vivem seus habitan-
•es, o conhecimento exaíc do que eles se- iríamos proporcionar ao leitor, se nos mo- n-! penitenciária. Antes de tudo, procla- ter diz-nos o amável diretor penal, si.
vesse simplesmente a intenção de contar, me-se que os traços característicos de uma José Abolafic, saboreando uma perfuma-
:rem eu deixam de sofrer, como transcor
rem suas horas de solidão e outras obser- aaui fora, alguns lances patéticos por- prisão, com a presença constante dos da taça de bom café da terra bandeirante,
ventura colhidos ao contacto com os sen- guardas uniformizados e devidamente do qual partilhámos e que nos foi servido
vagões, mais ou menos íntimas, são assun-
•enciados paulistas ou de qualquer outro equipados de armas e munições, desapa- por um penitenciário.
tos" por demais explanados em sucessivos
lugar? Se não estiver disposto a engen- reco como por encanto, lá dentro. Depa- E prosseguinde:
empreendimentos desse gênero. E a ta! — A casa é sua e pede percorrê-la à
com arar por conta própria, lançando mão dc ramos cem número muito maior de pc-
_I ponto eles se repetiram que o leitor üciais nas ruas da cidade, mesmo à br vonladc. Não lhe farei companhia pois
rerteza perdeu o interesse per aquilo quf recurso fictício, o repórter que entrar no:

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REVISTA DA SEMANA 24 ^ 14 de Outubro de 194 -

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desembaraçados e talvez a minha pre- bém fornece diversos artigos a muna» te-
sença o constrangesse no exercício da partições do Estado.
I | ^fl sua função de repórter. Ande por onde Dentro da cela, ampla e arejaaa, com
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qiftzer andar, faça as fotografias que me- uma espaçosa janela para o páteo, asaca-
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B^___J£_S M^^M^llY—»«, ____LJ ^B da pelo senhor mesmo. nota os cuidados de seu habitante. As
Disse e deixou-nos em companhia de peças são em reduzido número: cama de
"cicerone", funcionário da armar, que permanece em posição verti-
mvÊfáSmW. - V__^^_ÍMKJlB^^MlMãiB^^^M^»^^ml^^l 8 ¦''¦ fl ^Bfll ^R um prestativo
flll^4í - •. __c*B m\wfà\Ímm\ WmWÈ IB^P ifl fll Bl^l casa, incumbido de nos facilitar o trân- cal, presa à parede durante o dia. apa-
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sito pela imensa cidade que é a Peniten- rélho sanitário e uma pequena mesa onde
ciaria por dentro. E começou então o o sentenciado guarda seus apetrechos de
ÍÉÍ|Ítr' qBPHgi B"™"* ™B^I BB«BI mm^mmmiSS!^^^^lm\mmm\mm\ I .^fl
"<.'//'/• TtTttfflw&mMmmmmW giro do repórter, palmilhando galerias e uso diário e que também se converte em
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longos corredores, cruzando a cada passo secretária. Livros, revistas, material es-
WÊÊÊÊX vm\ MÜ Pil l| Bi 18 el JSm I
'^HMlMUfllB II colar, tudo atestando o grau de atividades
wÊ^y imttÊÈmWÈÉÈIm flv^| I I com os reclusos, de movimentos livres,
tão à vontade quanto o repórter, deslo- do preso. À tardinha, quando as sinetas
WÊÉ$-- 11 fl In t* ' > V2uh <1P
«k ,_____________F cando-se de uma para outra galeria, sem se fazem ouvir, vão regressando as turmas
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>*%j£m1' | hHBBWHBMbI lll^fl guardas no encalço nem vigilantes nas aos seus aposentos, fecham-se as oficinas,
1b&_{ fll flWd <;Jfl tudo é silêncio e respeito. Nas paredes,
encruzilhadas dessas dependências. Des- "Seja bom". E
de que cruzamos o portão central, apenas pequenos dísticos: quadros,
a observância do regime que nos obrigou vários quadros traduzindo conselhos aos
mmw III »__________¦ a p lfl wÊwÊfL fll
fl4»mfü'»#igJM
IsSl^fli a entregar ao chefe da guarda todos os reclusos, sobre as conseqüências fatais
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flfl B BB Bw aB ÉiÊ^M^ál^^S^w^^M objetos portáteis — um pacote de livros do álcool, do fumo e da vadiação.
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'. lYr^l IB Hl II ^H m l&lIflF^I ^mW%$fâlÈ^$?yi%issSm\ e revistas e outro embrulho de menor im-
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portância — nada mais foi de nós exi-
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REDUZIR AO MÍNIMO O ISOLAMENTO
gidõ. Em troca dos referidos objetos, re- CELULAR DO RECLUSO
SB
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e^B^wM**B^BIJBMMBlB^MB**M8MÍBE*^MP^^^B^^^^^^^^^^^^^^^^^^^W'.' «%—3>4iL«,^^ÉIÍ^M cebemos um pequeno quadrilátero de pa-
¦flj B_M M^fl WK9IW PmMH mWíwSr^ ^fl
^B flfll BSqflE
* 'ifl**'*- • HmH ^B^gk^MM^M^B pelão com um número impresso: 326. Den- Quando levamos a efeito nossa pere-
pM^^P^^|B^Bf^HI^HK^B^^^By MK^B mmÊ>i&/m\^Eiísé$mm
tro da Penitenciária, não são apenas os grinação pela Penitenciária, realiza-se em
II flplMMilfl reclusos que perdem a personalidade São Paulo a Semana de Higiene Mental.
passando a ser um número, mas também E' também quando o professor Flamínio
IHÉP W.-YMmÊ Kffm !___! __ffl M J___________________________p^^g| Mu os visitantes hão de subméíer-se ao regu- Fávero, diretor geral do Departamento de
^^EBr IB^Pb^ fli w_B£fl HbBB õhMB flw_w flfifl fl ^fl _B'>:^w^l^l
lamento. Em ar de troça, previne o Presídios do Estado, faz oportunas decla-
guarda: rações à imprensa. E diz:
E' bom não extraviar o cartão, do A higiene mental, entrando nas pri-
^B :__ $»' VSxSSÍ ^^Kw8g^wl^B8^^^^a_MÍ_j_ral.Ài3!i^Mw ^^T ^| _fl_H _fl contrário a saida não será muito fácil... soes, o faz pela mão da nova orientação
E agora, lá em cima, tudo é franqueado. da ciência penitenciária, reduz ao mínimo
As portas e as grades abrem-se como por possível o isolamento celular do recluso.
encanto à medida que avançamos para Em regra, só à noite para o repouso pele
elas. Os guardas nem siquer pedem a sono. A sabedoria do tratamento penal
"abre-te Sésamo!", o cartão está em encher o tempo de cada dia do
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ra_| ^fl 326. Mas o fotógrafo, que nos acompanha recluso. A maior parte dele será dedicada,
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de máquina em punho, demonstra uma fi- ao trabalho que ó a higiente física e men-
sionomia apreensiva, desde quando outro tal, sendo valioso derivativo para suas
.; ' ¦JwiHKlaWpwaHnmHB^^^^flffP^^l^ff B 'fll fimri^nório da casa, por pilhéria, diz-lhe medicações intoxicantes. O restante em
de cara: recreio, ginástica, e tudo, alimentação,
hapaz, se você não estivesse munido etc. E tudo ou quase tudo em comum. A
DU ^^M *" '^V%C''*sf^'^*^-. ^^L^r^-t^::.
^Kl^BI vida social intensa e abundante ó profila-
desse cartãozinho eu jurava que fosse
um hóspede da casa... xia mental e é educação adequada para
a realidade da vida livre. Nada de arti-
yi UMA PRISÃO DE CELAS VASIAS ficialismo. Do contrário, pela liberdade
^T^B^^f^^^^^*lf!^^^__fl__fl »^^^B ^|
que virá um dia, o entrechoque será no-
Nosso primeiro desejo.ié^o :de percorrer ¦eivo :e até fatal. Hoje, sem a luz nortea-
as celas ocupadas pelos "hóspedes". De- dora da higiene mental, não é possível
sejo que invariavelmente vem a ser o tratar criminosos. Por isso, devem os es-
*V****>t^^*a(KWBHIhNHalXirMeH^^ .4a_l_| mesmo, de quantos visitam Carandirú, pecialistas — médicos;.ou não — ter ação
mas que se transforma em uma primeira marcante nos présídiòl, para orientar as;
decepção, tão depressa o "cicerone" guia melhores normas de execução da' sen-
A CE'LA E A GALERIA—em cima, a entrada da chi.a 102, a primeira que se tença.
nossos passos para o local.
ENCONTRA AO VISITAR A PENITENCIARIA. IRREPREENSÍVEL/MENTE LIMPA E ENCERADA
E' que, ao contrário de todas as supo- Esses princípios estão sendo sabia
FICA, COMO AS DEMAIS, VASIÀ DURANTE 0 DIA, QUANDO O SEU OCUPANTE SE ENTREGA
sições, as celas estão desocupadas, as mente aplicados na Penitenciária bandei
AOS AFAZERES QUOTIDIANOS. — EM UAIXO, UeM DETALHE DA GALERIA QUE SE RE-
galerias vivem silenciosas, como se a Pe- rante, tal como pudemos observar.
PETE EM CADA PISO. PARA EVITAR POSSÍVEIS TENTATIVAS DE SUICÍDIO, GRADES
DE ARAME SÃO COLOCADAS NOS LUGARES APROPRIADOS. nitenciária deixasse de cumprir a fina-
lidade há muito tempo e fosse, agora, um OBRA DE PROFILAXIA DA HIGIENE
casarão abandonado. Rangem os ferro- MENTAL
lhos, escancara-se a porta da primeira
cela, entramos e não encontramos nin- Agora o professor Flamínio Fávero ex-
guém. plica de que modo a higiene mental pode
E o sentenciado? atuar na profilaxia dos reclusos:
Está trabalhando. Só os sistemati- De início, pelos órgãos adequados,
camente rebeldes, inaproveitados para estudando a constituição de cada recluso.
Na Penitenciária do Estado, o Instituto de
qualquer serviço, ficam enclausurados du- Biotipologia se encarrega desse mister,
rante o dia. Mas são muito poucos.
Bsm3_^_^B ^B^Z^I examinando e observando cuidadosamen-
BKgSBwKS rel^ Bs .'¦ *^^| Sabemos então que às pirmeiras horas te cada sentenciado. E isso, desde o seu
todas as dependências abrem-se permi- ingresso. Cabe mesmo ao Instituto em
^K^l^fll P^^^^^B ^1 t^^l tindo que seus habitantes, feita a refei- grande parte dar parecer sobre a possi-
V
_w^3 Bi' ' «?mí 5!^S flkMÉ^I II ção matinal, venham para outras salas bilidade de permanecer ou não o peni-
fl^ ' Vwiflfl ^^^bS9 onde se entregam a qualquer afazer. A tenciário recém-chegado no regime de
ÍmH^^^^^SPM BvY^wD ___! MPilBhSRStMl C^l ^^flSM B profissão exercida pelos homens — e as prova estabelecido pelo Código. Se os mé-
mulheres também — quando livres, con- dicos psiquiatras verificam tratar-se de um
' "Ví( ¦¦¦•'-;: v ?? tinua desempenhada mesmo depois. Os homem portador de predisposição psico-
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*W:- '¦ alfaiates vão costurar uniíormes e outras
roupas que chegam a ser vendidas fora
pática com tendência à evolução para
estado mais grave, pelo isolamento celu-
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{fmVmmm H"¦""fl
da Penitenciária, os marceneiros vão fa-
zer móveis, os tipógrafos encontram uma
lar, solicita desde logo sua ida ao traba-
lho e ao regime comum, como profilaxia.
IX N V i ,.t
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fl| fl oficina gráfica para o desempenho de
|Y\.y . \ II Graças à boa orientação do novo Código,
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1-JI I' seus misteres, os sapateiros baiem sola e vasado em excelentes normas de higiene
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I/V' II até os trabalhadores de campo encontram
M\A/v < M^ M 1 ^^^^^^fl
I um pedaço de terra, um cantieiro, uma
mental, hoje o regime de prova, ou seia
o primeiro estágio da pena, é reduzido
k! \\ e^sMIÍAi* i .mu m\ 1_^__-^B
I/VV X i' i. i> wÊÊÈÈÈmkX ifá-í I flJMR horta para cultivar. Ninguém fica de bra- normalmente a três meses no máximo,
Is/Va Tie^4-Tr^M^^ í >-p^---.Ltóíii.ii3?ifl
ços cruzados, meditando, entregue à soli- sendo facultado, porém, encurtá-lo ou até
B^^'âL^|iH^BlHH BHT^rx^ rvyl|M^flfl^|_nfliJi|Qfl C_M I dão, a menos que seja um revoltado, e suprimi-lo. E assim, muita psicose será
yurààsS i ______»?flil fl **í______9hB M/iliiifl BM se o for o pior será dele. Mas as opor- evitada, afastando-se um dos seus fato-
tunidades para distrair o espírito e pro- res contribuintes, o isolamento celular. Em
duzir qualquer trabalho, cujo pagamento São Paulo, este assunto das psicoses ditas
Pofl será feito mensalmente, não faltam. carcerárias, foi exaustivamente estudado
Quando esses homens entram nesta pelo sr. Luiz Pinto de Toledo, em esplên-
casa, precisam ser reeducados, mas não dida tese^ de doutoramento, apresentada
devemos esquecer que eles serão devol- em 1934 à nossa Faculdade de Medicina
I vidos à liberdade algum dia e precisam
levar algum pecúlio para começar vida
e baseada em botx cópia de observações.
Mais adiante, ainda o prof. Fávero alu
nova. de novamente à higiene mental:
As oficinas da Penitenciária são, por No âmbito de ação
isso, enormes e de grande eficiência. O que mais de
visitante tem ocasião de observar o an- perto me interessa, nas funções que ora
exerço, cie diretor geral do Departamento
íY| damento dos serviços. Tudo o de que a de Presídios, a higiene mental traça nor-
casa necessita é confeccionado nessas ofi-
mas de grande eficiência profilática,
cinas e, além disso, a Penitenciária tam- atuando sobre o recluso, quer sobrequerc

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RANGEM OS GONZOS E O GUARDA PERMITE A PASSAGEM — seja ou não sentenciado, ninguém atravessa o portão de grossos varais de ferro sem
25 O CONSENTIMENTO DO GUARDA. ESTE
"ESCRITÓRIO"
PERMANECE DENTRO DO SEU DE GRADES, FAZENDO FUNCIONAR A MANIVELA QUE ABRE E FECHA, AUTOMATICAMENTE, DUAS
PORTAS EM COMBINAÇÃO. ESSE GUARDA É PRATICAMENTE O RESPONSÁVEL PELOS HOMENS Q_S*S\JSSTÃO FORA DE CADA GALERIA ONDE SE ENCONTRAM AS SUAS CELAS. QUANDO SAEM,
ANOTA-LHE O NUMERO RESPECTIVO, DANDO BAIXA AO ENTRAREM ,MAIS TARDE. HA UM PERFEITO SERVIÇO DE SINCRONISAÇÃO ENTRE AS PORTAS AUTOMÁTICAS, DE GALERIA PARA GALERIA.

egresso da Penitenciária. O recluso que gráficas daquele estabelecimento. Um diretor da casa. Ma página seguinte, en- 7545 publica estes versos dedicados "A
cumpre pena não deve ser considerado exemplar do número 14, aparecido em contra-se o registro das impressões quo minha mãe":
como um indivíduo em castigo.-.- É^. sim, fins de Agosto,, adição .de^,quatro, páq^has ilustres visitantes deixaram no livro apro-
um doente moral em tratamento. Te&uma no formato 20x30, ofer_sòf aos* I&itares priadefi. d_«tócadamen.te os diretores de Oh! minha mãe bem amada,
..personalidade que se revelou cfesajus- variado noticiário e ampi&t-çatojicrâção. du^^: iBjeíitíeiiciárias brasileiras. As. co-
tada para a vida em sociedade, por obra A parte editorial é uma "Carta ao Sen- labarações dos reclusos não trazem a assi- Não julgues sem caridade;1''*^
de um transtorno constitucional ou de uma tenciado", carinhosamente elaborada pelo natura, mas o número. O sentenciado Não mo creias criminoso.
inadequação ambiente. A revelação foi, Sem te contar a verdade.
pelo crime, sintoma de verdadeiro estado
mórbido que deve ser combatido. Há mui- PREPARANDO O JANTAR — cozinha modelo, sem racionamento de carne, i

ta gente desajustada no meio por fator SENTENCIADOS E TODO O PESSOAL DE


Eu não ouvi teus conselhos;
ONDE SE PREPARAM AS REFEIÇÕES PARA OS
biológico ou social, mas que não exterio- Preferi trevas à luz...
SERVIÇO. OS COZINHEIROS SÃO TAMBÉM PRESOS. POUCOS HOTÉIS DO RIO E SÃO PAULO
rizou sua disfunção. E vai vivendo, tole- Vi o fruto do pecado,
rando o meio ou sendo por êle tolerado, PODERÃO FRANQUEAR AOS SEUS FREGUESES UMA COZINHA TÃO LIMPA. . .
até a explosão do sintoma. Este clama Na senda em que nos conduz.
pelo tratamento do mal. A prisão que '--'-•''' ' 'W TAA- "V-r' y .„?;:;« ^yy-
"A' ' '';"; BBBBP • / \'V << '
a pena determina é a hospitalização. Ne
' P8___Bl ' è'a-' r*"\' > Hoje eu choro arrependido.
presídio, vai agir a terapêutica médico- «s* ¦'..'] llvlliliP -A"IP-fll , iPllt-
iA^tefe-w» '' ' -V"? *'A&mffl Sem o meu pranto estancar;
educativa indicada. A execução da sen- fwM^n: '"' '''mMtmmWW^^Êm Chamo per ti, mãe querida,
tença, que principia a terapêutica de re-
forma e de reajustamento, deve oferecer E não me vens consolar!.. .
os meios necessários para o escopo ver-
dadeiro da pena, sem juntar outros ma- • ^^^B- ' y\mMm- ;;^^S__aflr
' WÊm>, iH ;\ ¦ W
lefícios aos que o recluso já tenha. Den- '•" i CHS ' íbI v^A»fc-___i _ttamE_ -
Ií^h: BMKü ¦• _fl B__i-'"* mW* fl
m Oh! minha mãe muito amada
tre esses malefícios, um convém ser lem- *__.
' • -fcsaB-BPf I Bi • _-___M__i W-yÊ:±&&*&
WmmW ^" .r5_-_l^^iw'''-l PSwSEI __Mfl -1 És lindo anjo de luz;
brado e que interessa de perto à higiene 1 Em teu nome deixo as trevas.
mental: refiro-me então à psicose de pri- Sigo os passos de Jesus!
são. Sem dúvida, não há uma forma clí- BB^r^jl^ifl^B
~"^r-^^B~__w^Bi™ ^mwr^my>wMmMb B___________fl___B_____l ¦Bflta^V H^Pfl »i[l _____cB
b^hbB ___r___l BBV^^__?^_____aJB-!^K*0'^^_rifl-^ 4___l_fl
nica que mereça esse nome. Mas existem - ^*_i*_fl' ItiM B»<M
E!__i^f__^^___B^^__i _______i
m *wÊ _~TiCjgBÍpaBB__BiK^^>^___aõl
distúrbios mentais que surgem ou se agra- ^'A-;- 'V^ilHB^-' ¦^^yyy*'MiLyyWSMM WÊ^^m^ÊÊmmmÊM Mas também a Semana da Pátria me-
' s;* ;...-
A"-'<¦¦+--•/,*' -;.> ;,^^jÍ_k__________BE«v_ií»" ¦. yi£.^mMM mm&w&ZiSi&ttfêffl
8*fea_—1 mwtiy ,'.&wxm mè^^^W^^m^^^Mw^^^^^^^^Ê^^sSm^m^^mmwB^smW^n rece um comentário especial, publicado
vam ou se revelam no cárcere.
aíi *a lifl wãmm% bb^^i^^í^m^^^ihbh _iiiPi_B«;___ir em página destacada, de autoria do preso
n.c 7611. Nem por estarem isolados da
O "NOSSO JORNAL" DOS PRESIDIÁRIOS »; 1 H ^^^S! fl IÍÍUi'';''i sociedade, os reclusos deixam de interes-
sar-se pelos assuntos de ordem cívica.
"O sentenciado
i Devidamente registrado no DIP, circula
dentro dos muros da Penitenciária o
"Nos-
so Jornal", em grande parte redigido e

lill^tf.'-
..A ->AA*^^
¦
fl
'¦ ¦
íí'a a aaBÍ'' '''vaII CiiiL^Í
>'^^S!__l__^fllNlRi^^^^^H^^Bs_ãB_P__a« £_^fl
P-T- V'
- : A_A^gg|M9fl iu__B Ifll
é um valor humano em
indispenibilidade social, mas se integra
no todo da "grande família brasileira" —
escreve esse homem. "Todos possuem
todo composto e impresso nas oficinas ¦--jíw^fl v-•-^*sP4wíSHflH _H_íà'X£***i_iL^íí2í_É..
,^B

-l—
'¦¦ A PENITENCIARIA VISTA EM CONJUNTO sãò vários e extensos pavilhões onde os reclusos não ficam
tf. enclausurados, .mas onde se movimentam, trabalham e se divi- EM'.
talnao tratar os criminosos", declarou recentemente o professor flaminio fávero, diretor dessa penitenciakia-modelo,
^possível cujo método de funcionamento â"EM
APLAUSOS DE FAMOSOS CRIMINALISTAS ESTRANGEIROS. AL. SE PREPARA A REEDUCAÇÃO DOS INDIVÍDUOS QUE, POR QUALQUER FATALIDADE, PRATICARAM UM CRIME. E DALI SAEM, MUITAS VEZ PR(
NA SOCIEDADE, NA QUAL ACABAM TORNANDO-SE ELEMENTOS DE ABSOLUTA EFICIÊNCIA.

0 TEATRO DO SENTENCIADO -ha cinema e teatro dentro da penite-


CIARIA. AQUI ESTÁ
GUARDAS INTEIRAMENTE DESARMADOS
O PALCO ONDE
|Á TEM SIDO- REPRESENTADAS MUITAS PEÇAS. ÍTA'
OS GUARDAS ESTÃO DESARMADOS CONFUNDINDO-SE CO: COS P
ALI TAMBÉM SE REALISAM CONFERÊNCIAS E EM ALGUNS CASOS OS PRÓPRIOS SENTEN-
TENDO ANIMADA PALESTRA. PROCURA-SE REHABILITA
CIADOS SE DIRIGEM AOS COMPANHEIROS. O CINEMA FUNCIONA REGULARMENTE w I mo:
QUE UMA FATAL IDADE JOGOU PARA AQUELA CASA. { k DL
UMA VEZ POR SEMANA PARA UMA PLATÉA DF VÁRIAS CENTENAS DE ESPECTADORES. Á LIBERDADE E PRECISA FAZE-LO EM CONDIÇÕES DE BERF
SOCIEDADE. POR ISSO OS GUARDAS PARECEM ESTAR IERVI
OS FILMES SÃO PREVIAMENTE CENSURADOS PELA DIREÇÃO DA CASA.
PARTIÇÃO E NÃO EM UMA í PEi.A

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sentimento ínquebrcintável. Todos afme- Assocíandonos as comemorações pa- de seus deveres não aguarda para dizer
iam Q/sentir com júbilo a vitória das Na- trióticos, nós, os sentenciados, cheios do
que ama o Brasil apenas nesta semana,
ções Unidas. Todos os reclusos brasilei- orgulho por havermos nascido nesta terra
ros têm "coeficientes" de amor à Pátria porque rada filho do Colosso Sul-Ameri-
abençoada pela imutável cruz cintilante cano é uma existência em holocausto à
e desejariam derramar seu sangue pela do nosso íirmamentó, declaramos peren- Pátria, que é o berço vital onde, pela vez
defesa do Brasi toriamenle que a Semana da Pátria é
E aludindo diretamente às festas do 7 primeira, sen limos a luz na sua maravi-
um período-símbolo de exortação cívica, lhosa beleza de Deus e o beijo materno
dp Setembro:
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fjt »' BB BBBB mas afirmamos que o brasileiro cônscio inesquecível . Viva o Brasil!"
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"i'i? 31^BBbibi^ **^«w^***^!^ QUTRA-S GRADES - 0S '*"""«'*«» «CAM NAS ctL*. AP.NAS UUKANTK A »», , ,, , ,„,„,,-
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ü&yts iflflBdL^ftJflflfl.J^'**''"'- «SR .m ..ROMEIRAS
GALERIAS vm S-nS"
ONDE OUTROSfSTA°
MUNIDAS °": GUADES' P0U °NDE SK DI^NGUEM, ATRAVÉS DO PÁTEO, AS GRADES DAS
PRESOS REPOUSAM PARA O SERVIÇO DO DIA
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.^.^-v . ES^F^BTffTyjytBBBBBBWMBB? SEGUINTE. UM DIA EI FS TERÃO CUMPRIDO SUAS PFN
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HAO DE DORMIR EM QUARTOS COM AS JANELAS ABERTAS DE PAR EM PAR. SERÁ
O PRÊMIO DA BOA CONDUTA QUl!MIAjIm TIDO NA PENlt
TENCIARIA, PRINCIPALMENTE SENDO FAVORECIDOS PELO
LIVRAMENTO CONDICIONAI..

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ADOS f TANTO QUANTO POSSÍVEL,
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ABILITA MORALMENTE O INDIVÍDUO
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CASA. I k DIA ELE SERÁ DEVOLVIDO
ÕES DE REINTEGRAÇÃO NA
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ESTAR HERVINDÒ EM QUALQUER RE-
UMA C PEi.A.
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IIm REVISTA DA SEMANA


28 14 de Outubro de 1944

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O NOSSO JORNAL MO D. I. P.
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REGISTRADO
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(ÓRGÃO DOS SENTENCIADOS ÜA PENITENCIÁRIA DE SÃO PAULO)
'Agosto
1 ANO ll Silo 1'aulo, tiú 1911 N.« 14.

I ;: Dr. Marrcy Júnior :: Cartas aos sentenciados tazmissszsatttttmm


XIII
Coram verdadalrainontü em- Meu8 .amigos)
polKonlcti os munilestoçOos du c»ri-
ntio « aurôco rocolildus pulo sr. dr.
Miirroy Júnior, digníssimo Scerouirlo SubeiH para quu estamos aqui oeste mundt?
tia Justiça, por ocasião do trana.
curso do.ucu ftiilvorailrlfl natalicio, Será para gozar a vida e egolsticamente tirar dela,o ¦¦l f BFfl fl
ocorrido a V (Jo corrente.
Movlriicnlaraiiiíu funcionários
maior proveito possível?
W^^ Ww* » 1 r] ll 7à
pilbllcuu, sorvontuários <)a Justiçai
sindicatos triihiilliiHlirt. umlKOa <i
oõmlradoniii (Io oniliirntc' iwivurwo
Nfio, meus bons amigoH. Al estaria uma finalidade
materialista o dvpritrientu para nós. Lí Pfl fl
rlunto, imr« «xprossarom a slncúrii
umizadc qíic iriinBnnr;ini n H. Kxcia.
Variou mimou ilf! real valor
Nossa missão 6 mais elevada, mais sublime. Vivemoa
para amar o glorlficar a Deus^Críador e Senhor de tudo o HHHHhV^^^^^^H^I Ji^^H
artístico ti linda» uiirbelhas do tloros
natiuala racelHiu S. Kxcia.. como
quo Iiúü, assim, Criador e Senhor nosso. E para amar e
suryir ao nosso próximo, num espirito de fraternal simpatia.
dciiioiiHtravii",|'"tiv'í"Ui.' i} curtnliósu Fura desempenhar essa tarefa, precisamos dar. o' ^K^'^^^^Hl» AMMmÊ
du velhas i! novas ftfolçüOR,
Todo» os nossos poriôdlços
no ocuparam lio aconWr.íiiicolo. to-
melhor de nossos esforços, durante os dius, tâo rápidos e
fugazes, que uqtií nu torra passamos. ^Hpv MMMMMmÊ^ ÀmÊÈÈm
cenrio a a, ISxclii. tlORÍOs merecidos
o r.üHfil)ltahd'i-llil! 08 iitriliuloit de
liiUdlHólicla <; cui«V''">. oS Hcrvlçoá
prestados a causa pilltticii. imii ou
divfcrsoH KCtOfOfium c11¦ ia.S.Kxrin. lem
«lundu, (tom rtçrUolado civismo e
E quauta gente boa liA ao rodor de nós que, compe-
netrada desse dever, caminha sua jornada pelo mundo,
utnando, giorifícando e servindo... .
Lt>do esta história. Em certa cidade, havia-um homem
i-erviçal e modesto. Fugipdo-lhe um cavalo do pasto e indo
^Káa^^HJHi B Am B *-
ICÜÍtlllia lUmt'|!agfio.
Ai|»l na ivnilrnciiíria, ontlo S,para a propriedade do vizinho, este prendeu o animal o o
levou para ó depósjto público,, lim sepulda, comunicou o ocor-
Kxcltt, fiontji i-oiu a liiolulAvol nititii-
raçSo dc nc!U« dirotnro», do k«u íun-
clonailmiio k du.i prúpj-ioa detentos,
rido ao interessado, acrescentando que de '.outra vea taria o ^M*
multou dos (jnnlH litn afio devedores mesmo.
dó lncBiliiiá.y<!l» mirv(i;nB, iloteriiilnou --• Mou vizinho, lhe disse o outro, há dias, olhando
o sr. pi'ol, dr. i'laini(il(i 1'Yivoro, dl-
riflor geral do Departamento do pela janela, vi sua vaca em minha horta. Tomei a llberdado
I Presídios a orgitftlüaçftó dc uni oro.
jrnutia liifitlvo, quo ioi «xecuuiuo e
ijue vem abaixo tmiiaurito'.
de levá-la ao seu pasto, fechando depois a porteira...
O vizinho ficou tao impressionado com a atitude do
bom homem, que foi ao depósito municipal, pagou a multa
^m^MM WM

devida, retirou o cavalo e entregou-o «o dono.


ItounldoM os dlrctoroa do Pro.
sldlo, «cm corno funcionário* u «un- Que achais disso? Nao será melhor empregar o tempo
à (andados, no finlilo nobre, o ur. dr, em servir ao próximo e fatfor boas obras?
Francisco Kiintos dc Uesendu, illro-
tor adndiiiuiiatívo, .uno t.iitiKtitula. Quo paz e que alegria a-gente goza com isso!
na ociwlüo, o- diretor
ur. ucral,att-
1 sente iMir motivou do força maior,

i; .t
presidiu A hiiu.Ah. oxpondú-lhe
motivos « dando, ém snifulda, a pu-
lavra ao sr. dr, João Rodrigues
Merôjé, «Mo da Sáççâü Adinlnls-
ou Vo«8o Diretor u amigo:

i«*V***«'l #*«*>«#V •*•««»***«*»****»*,**»»•»»*'


Planrinm Privem,

Jl
li
tratlva do Inatltiito du lll<>tlp.ilt>|íla,
<\w>, num lirllliftntc discurso, focaü- Paulo, o liuomlo-llio sobressair a O "O NQ8S0 JORNAL", «wm
zou a personalidade do sr. dr. Mnr- Atlvidiule em todt» os posto» quo e«tu noticl*. que lnscn; em' su*»
roy Júnior, «nallsundo-lliç u vida os líovornos o o povo liandclronto colunas, orgulho Vo DUHOWyaTVt
com Wt|f1,l|IM#
\VlUlinO, Vl^ll) snUsUçio.
A pública, destto n> seu inicio em S. lllO Ct)HtitltTltÜ participa iin
ii.i#ílnl*\t*» contenUtnontodp»
do Pl\*\ttxnÍmtnt\tAii ArsM aml>
Mfftt.

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wMmMmm mmWèíii^M

O JORNAL DOS SENTENCIADOS — É um mensário de quatro páginas, de-


VIDAMENTE REGISTADO NO 1)11», CUJO EDITORIAL TRAZ A ASSINATURA DO PROF. FI.A-
MINIO FÁVERO, DIRETOR DA PENITENCIÁRIA, ONDE OS PRESOS COLABORAM E SUDS-
A CHAVE DA PORTA DO "PARAÍSO".. —o pessoal da penitenciária e
CREVEM A COLABORAÇÃO COM O NUMERO OCULTANDO O NOME. NOTICIÁRIO DAS
OS PRESOS, ALIMENTAM O MAIS SADIO BOM HUMOR. QUANDO FOTOGRAFÁMOS A CHA-
ATIVIDADES LOCAIS, AGRADECIMENTOS ÁS AUTORIDADES, COMENTÁMOS SOBRE OS
VE DA ENTRADA PRINCIPAL DO EDIFÍCIO, UM DELES TIMBROU EM DIZER-NOS QUE
ACONTECIMENTOS DO MUNDO—A SEMANA DA PÁTRIA, O EMBARQUE DO CORPO EX- "CHAVE "a
"CLICHÊS" ESSA ERA A DO PARAÍSO*'. LÁ DENTRO, TODOS SE ENCONTRAM
PEDICIONÁRIO, ETC". - TUDO MERECE PUBLICAÇÃO. MAS OS SÃO CAMINHO
DO CÉU", EMBORA SE MANIFESTEM POR UNANIMIDADE EM FAVOR DA LIBERTAÇÃO.
ABOLIDOS. TODA A CONFECÇÃO DO JORNAL É FEITA MESMO LÁ DENTRO.
DALI PARA DENTRO, NINGUÉM PODE ENTRAR COM EMBRULHOS. NEM UMA REVISTA,
SIQUER. TUDO E ENTREGUE NA PORTARIA, E DEVOLVIDO AO VISITANTE NA HORA
'-'..?¦;"' A? ¦*¦''¦. 'V 'V. T'-r"''^^^
.»,.,..:.,;,,, .-,,•¦'¦<¦<¦?',;.<-. . ¦<'';*'¦
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DA SAÍDA. — EM BAIXO, Á ESQUERDA, QUADRO DE AUTORIA DE UM SENTENCIADO.

Comentando esse artigo, diz-nos o sr. às reações humanas, há de por força


José Abolafio, diretor penal: abençoar a orientação dada pelos atuais
— Estimulamos o trabalho mental dos mentores da Penitenciária a esse estabe-
!!• reclusos porque eles podem, assim, me-
I lhor libertar-se do complexo de inferiori-
lecimento de tão altas finalidades.
Os presos não nos pertencem —

II
dade no qual, via de regra, mergulhavam diz-nos ainda o diretor penal. — A qual-
os sentenciados. Esse homem a quem se quer momento que nos tenha chegado
faculta o direito de dizer, em letra de fôr- uma ordem de libertação, só nos resta
ma, o que pensa sobre a guerra, o Brasil um recurso, franquear-lhe a porta de saí-
e a data da Independência, quando sair da. Por mais de vinte e cinco anos venho
daqui, terá maior estímulo para começar trabalhando aqui dentro. E quanta,
vida nova, em perfeita forma com a cole- quanta gente hoje perfeitamente reabili-
I tividade sadia e integrado plenamente na
sociedade.
tada, lá fora, não encontrou dentro destas
I Mas a veia poética dos reclusos é ines-
paredes o ambiente apropriado para sal-
var-se!
gotável. As colaborações, em "Nosso Mas há outros que voltam. .
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Jornal", são preferentemente nesse estilo. atalhamos.
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Também o sentenciado n.° 7407 — não Sim, há. Os duplamente infelizes, os
HajgagH \<7 *™
^^Sf ím mVMÊÊKM^MTTlÊKljÊÈtMÈiflmS^ffi ^Mm interessam o nome nem o crime que pra- que não podem fugir a um destino mise-
M^MmM^MMwmUm \ *»>* ^R^i H'WMi«Klr' M ticou — inspirou-se, talvez por ocasião rável. Para esses, nossos cuidados são
do sepultamento de algum companheiro, ainda mais apurados, porque o reinei-
^^^^^^^^ÊBMg&. R__k ^A ¦ IKBS#_i Iv e publicou estes versos sob o título "A dente é o enfermo que ainda não encon-
voz do sino": trou cura. E nossa função é a de aplicar
com o melhor sucesso essa terapêutica/
Tocam sinos a finados, devolvendo-os à coletividade perfeito
Badalando uma ária triste. mente sadios de alma e coração.
Oue o coração não resiste
E põe-se logo a chorar; FLAGRANTES AVULSOS
HÉttH Am Wrt^f»*'*-¦ ¦ iWÈÈÈÈKÈÈèfi^^^^^^^^^^^r^S Pois nele jazem guardados
Amores, vãs esperanças, ]á dissemos que todas as dependências
I K .... Mmwf -r-y mmmm^^^m^^^^^ÊM^^m^^^^i^^mW E amarguradas lembranças,
HK. mmmM ^^
da Penitenciária foram franqueadas ao re
U^^Mmm%a^^Ê^^^^^^^^^^'mm Que a mente quer recalcar! porter. Por espaço de uma tarde inteira,
H^ --^H ^P^:: A \'.^^ Mm WÊÊW* MIÊHslsÊmk ^^^^Ia^?^^ . ^B A voz plangente do sino privámos com os autores de tantos crimes,
Anuncia a retirada uns mais tenebrosos, outros menos, mas
Duma alma desencarnada, em nenhum deles encontrámos palavras
Que já deixou de existir... de revolta. Há os conformados, entregam
' I 'm do-se silenciosamente ao seu trabalho, co-
Ml M^' mm MmW- MM Talvez seu viver fosse hino
aaaV aaK AÊ '
MÈÊüÈ^íi?*** ^^H mo si estivessem num escritório ou em
I ^^. ^K
^^^^^^^^^^^B^BfigÍ^re^y\"?SB^^BK'^-aaaaa ¦ ¦
IW Ou canto triste e macabro,
Ante o enorme descalabro. qualquer fábrica, das tantas que São
No momento de partir! Paulo possui, dando conta da tarefa diá-
ria e aguardando c toque da sirena para
BaaaaaaaaaaaaaaW^é^fi"»
'
' '''Aa^HP*?* ;.-^^^^'-'\' '¦£'•*'¦** '¦ ^-• "'^mS^Sw^-^kMl^^ '
fl E o leitor do "Nosso Jornal", sentindo regressar a casa. Outros, aparentando
bem de perto o estado de alma do re- fisionomias alegres, trocam ligeiras pa-
cluso que produziu esses versos simples, lavras conosco. Não os interpelámos só-
denunciando um poeta deficiente mas, de bre o motivo de ali se encontrarem, por-
qualquer modo, um homem não infenso que é preciso esquecer. O esquecimento
Bl ^fl Pl^ISPiíSSIiís^ ^^3Bk _____S____S:*i^____ '•;¦^s^lÜ a

_______ __£%* ^^ A ¦»_>' _;"¦ ^í^. ^ _•*. ^^ S "• ^ '^V'-^ ^^^.^V-^^^-J!^ ¦' ^^^?^^^^S^^^' ^¦K^_^^^^_____Ü 1

será meio-caminho percorrido para a cura Ia idade e, como quase todos, dedicado DF VOLTA DO TRABALHO—quando o relógio marca as cinco k mkia da
do paciente. E' do regulamento falai ao seu mister. Quando se poderia ima- TARDE, FAZ OUVIR-SE UMA SIRENE KM TODAS AS DEPENDÊNCIAS. E COMEÇA O DES
pouco ou mesmo nada, o que não impede ginar que Menegheti fosse mantido em FILE DOS SENTENCIADOS, ONDE QUER QUE SE ENCONTREM — NOS PATEOS OU NAS
que haja conversas, em cada canto, mas reclusão contínua, dada a fama de pe- OFICINAS — RUMANDO RARA AS CÍ.LAS. VÃO JANTAR E DEPOIS DORMIR. MAIS UM
todas mantidas sem delongas. Os sentem rigoso elemento, de que desfruta, é de DIA QUE PASSOU. . MENOS UM DIA PARA GANHAR A LIBERDADE
ciados dividem o tempo nos afazeres, nc fato impressionante encontrá-lo tão à von-
repouso e no divertimento. Há um pe- tade, falando pouco, pedindo que o dei-
queno teatro e uma sala de projeções ei xem em paz, confundindo-se com os de-
nematográficas, funcionando em dias de mais. Freqüentemente os jornais publicam :í»;_>\_m-v:-"--*.-Av„ . .

terminados. No primeiro, além dos espe espetaculares reportagens obtidas com o


táculos, realizam-se conferências, de reste famoso falsário. Nós o encontramos, po-
muito freqüentadas. Os filmes são sele- rém, alheio por completo a qualquer arre-
cionados e assistidos por turmas. Exis- metida e transformado, na encadernação
tindo na Penitenciária mais de mil indiví- da Penitenciária, em um manso e ino-
duos, distribuídos pelas várias galerias, íensivo ancião.
nem todos poderiam assistir às funções —- Mas temos lido que Menegheti é um
de uma vez. Dividem-se em grupos e te- revoltado e um dissimulador. . .
dos se divertem. Se lhe alimentarem esse feitio, êle
__ Nossa peregrinação estendeu-se à co- o conservará indefinidamente — dizem-
zinha-modêlo, onde todo o trabalho é tam- nos. Nós, todavia, preferimos aglomerai
bém exercido pelos presos. E da quali- os criminosos, dando-lhes essa opertuni-
dade do alimento será bastante dizer que dade de se misturarem formando um "to-
não só os reclusos o consomem, mas todo do" anônimo sumamente útil para eles.
M o pessoal da Penitenciária, inclusive os Quando se adquiriu uma triste celebri-
diretores, aunn^o ali se encontram nas dado igual à de Menegheti, a maior
horas de refeições. compensação que a Natureza pode dar-
Os presos com vocação artística — pin lhe ó a de uma acomodada obscuridade
tores, escultores, principalmente — encon Rumámos para outra dependência du
tram campo de atividade. A sala de be vasa. E meditámos sobre a grande prova
Ias artes é uma das mais agradáveis df- que a atual diretoria da Penitenciária EM CIMA - A MICSA DE TRABALHO E DE LEITURA DE UM SENTENCIADO. LIVROS
^«* ¦?stá levando a efeito.
estar. Nem todos os trabalhos expostos DE ESTUDO, APETRECHOS DE
"TOILETTE",
- E o problema sexual? RETRATOS DA FAMÍLIA, TUDO CUIDADOSA
são de grande mérito, sem dúvida, mas. MENTE TRATADO. NÃO FALTA, SIQUER, O VIDRINHO DE MERCURIO-CROMO. FM
não se trata de cultivar aprimoradamente Nosso interlocutor não se surpreende BAÍXO: AULA EM PLENO FUNCIONAMENTO. QUANDO AM ESTIVEMOS, O PROFESSOR
o pendor artístico de cada um, sinão de Há de ser resolvido com o tempo
DAVA UMA LIÇÃO DE ARITMÉTICA AOS SENTENCIADOS. ELES NÃO TÊM NOME. SÃO
proporcionar-lhe ensejo para, dedicado a naturalmente. Por enquanto é prematurc. APENAS NÚMEROS. O NOME LHES SERÁ DEVOLVIDO NO DIA DA LIBERTAÇÃO.
esse labor, menos tempo sobrar-lhe para íazê-lo. Devemos levar em conta que há
sentir a triste realidade em que se encon menos de dois anos esta grande experiên-
tra. Mesmo assim, o visitante encontrara ria está sendo realizada. mmmmWmmmmWammlNMyffiffiffififâaK!
Wê£?1È:
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Mas em algumas penitenciárias de mmmWm&mWam&flmiiJmm
apreciáveis manifestações de arte. E dis- ____B_?_r^_r _p*^«_ .______.- __««^_^sá_____*í»
seram-nos que algumas vocações, inteira- outros países. . . '
Já o sabemos. Em outros países tam
mente desconhecidas antes do indivíduc Eli WMWmmmmm%m^m%mmm^^^^ f M_
ser enclausurado, ali vieram a registrai bém esse problema ó racionalmente so
se. Pintores, escultores, poetas e roman iucionado. Aqui o será. Ainda é cede
cistas, gravadores, autores de teatro e ?
jornalistas amadores têm saído dessa ins O pavilhão feminino não apresenta ca
tituição, para um melhor cultivo de idéias racterísticas diferentes, salvo as provoce
e realizações, ac convívio regular com a das pela variante do sexo. Nele tambérr,
sociedade. as sentenciadas trabalham e recebem a
Na sala de aulas, deparamos com um melhor assistência. Instrução, educação
'rabalho e recursos médicos andam d(
pequeno grupo de alunos, entregue às
lições daquele dia. Um pouco de aritmé mãos dadas através das amplas, hiqiên;
-as e confortáveis dependências.
tica, algumas ncçces de gramática e de
história podem esclarecer o sentenciado ?
e abrir-lhe horizontes novos e amplos. Quando indagamos, ao acaso, de um
Na oficina de encadernação, o visitante sentenciado que passa ao nosso iade
encontra um dos mais famosos criminosos:
Menpghpti rn7novelmont« alauebrado pp on linm ns pff Vi'

*H
-;.;.r^-;^--^-_;.-_^:^.^.^í'Xi.o.%i-j^M,it-I^VV5f>^t^,_^E^f.--
w•--_.- -

REVISTA DA SEMANA 14 de Outubro de 1944


30

I.
E você, Benjamim, continua pobre?

1LIÜII0
— Pobre. Eu? Moço, eu sou riquíssimo. Durante ú

.'...

"SEMPRE
DEI SORTE AOS EMPRESÁRIOS"
fl QUE minha vida de trabalho acumulei um enorme capital.
Quer saber!? Não conheço ninguém que seja meu ini-
migo. O meu capital está aí.
E apontava para os papeis c cartas em cima da mesa.
Está aí e está em todo este grande Brasil, guardado
no coração de milhares de crianças. Esta é para mim a
maior recompensa. Ela justifica todos os meus trabalhos,
todos os meus sacrifícios.
A FORTUNA DE BENJAMIM O PALCO NO CIR-
Mas agora você
GO ATAIDE MARCONDES DA' UM SAPATO A BENJAMIM — UMA TRAGF/DIA NO CAMARIM quer deixar o circo, não é verdade?
"PENETRA"- Pedi a minha aposentadoria. Espero receber uma
O FISCAL DA PREFEITURA ERA FOR QUE SAO TRISTES OS PALHAÇOS? - "VOU
pensão. O Presidente já assinou. Agora estou aguardando
PRA MINHA TERRA VER O DIA AMANHECER E A NOITE CHEGAR" — E SE O CONVIDASSEM apenas . publc ção.
PARA TRABALHAR NO CASINO? MEU LUGAR E' NO PICADEIRO" O SUCESSO UM PEDIDO E depoi, ?
Depois irei
A BENEDITO VALADARES para a minha te-rr; para a velha Pa-
íafufu.
E fazer lá?
quê pretende
Vou ver o dia amanhecer e a noite chegar. Vou
recordar toda a minha vida. Sabe? eu sou um saudo-
NOTA DA REDAÇÃO:- por motivo de força maio» deixámos de dar na integra a reportagem com benjamim :>ista. Gosto do passado.
E' tudo o
DE OLIVEIRA. OUTROS FATOS INTERESSANTES DA VIDA DO MAIS ANTIGO PALHAÇO DO BRASII SERÃO CONTADOS ABAIXO.
que pretende, depois de se aposentar?
Não. Tenho um
pedido para fazer ao governador
de Minas: a fundação de um circo, onde. três veses por
semana, sejam dados espetáculos gratuitos ás crianças
pobres.
E você irá trab; 1 ar de novo?
Si for preciso... O meu destino é divertir as
crianças. Minha maior alegria é vc-las fel.zes. Talvez
eu venha a morrer no picadeiro. Foi lá que me criei. . .

o SUCESSO

Eu era o segundo palhaço da companhia de Frutuoso


Pereira. Estávamos em Pindamonhangaba. lá me ha-
bituára á vaia. Aquilo era prato de todos os dias. Entrei
no picadeiro esparando a vaia. Entretanto aquele era o
meu dia. As risadas eram ouvidas quasi a medo, aqui e
ali. O pública parecia se consultar. Os que achavam graça
pareciam pedir l.CMiça para rir. Afinal, houve o assenti-
mento geral. E.i vencera a platéia. Palmas, palmas de
todos os lados pareciam querer me recompensar do cas-
ligo a que me submeteram por tanto tempo. Não pude
resistir. Encostei-me ao mastro e comecd a chorar man-
samente. Lá de dentro o d.reter f zi .-me sinais d'„s_s-
'.'Isto é o sucesso Benjamim!" Depois disso
perados. —-
n-.nca mais recebi uma vaia. Cn.g.ici a ter saudades.
Eslava in.t habitua.Io. . .
Um dia fui procurado por um português, figura co-
nhecida em Sã > Pai..! >. i.
"Você não me conhece, não é verdade, Benjamim" ?
Era verdade, eu não o conhecia. m
"Pois eu sou o hom.mi mi
que ai íuus anos atrás que-
brei a sua cabeça com uma pedrada. Hoje não perco um
espetáculo cm que você trabalhe".
E com grande surpresa para mim este homem pro-
moveu uma festa em minha homenagem. A vida de'lim
palhaço também tem as suas alegrias.

PORQUE SÃO TRISTES OS PALHAÇOS?

E no entanto dizem
que os palhaços, fora do ch-
co, são sempre tristes. Parece que você 6 uma exceção.
Tem um ar ;.l gre de quem está sa. sf ito.
Parece-lhe agora. Em
geral, sou também triste.
—~E a razão?
qual
Não sei. Naturalmente
porque sou palhaço. E'
uma sina.
"PENETRA".
11 FISCAL DA PREFEITURA ERA
i
Antigamente, quando o circo chegava a uma cidade,
todos os artistas saiam á rua, para anunciar o espetáculo.
A garotada acompanhava aos pulas. Naturalmente, o
' !&^^^:%S_0 \^^\—V ^
__ÍÍÍÉfi_«__ J_J________P ¦Í_________PH S^Jrai^ li__K^ palaaço era a figura mais imp r.ante para ela. Os que
chegavam perto d.? mim, eram marca (.los na testa, a giz. 1
e aquela marca valia o ingresso no espetáculo.
Uma vez, numa pequena cidade, estava pensando na
vida, tii.toniio, sentado numa cad.ira, a cabeça baixa.
Estava tão distraído que não ouvi um homem
entrara e sentara perto de mim.
"Então,
que
Benjamim? que é isso? O rei dos palha-
i
ç >s não abaixa a cabeça. A coroa póclç cair".
Mas
"Sou quem é o senhor?
vlv_f____. Bw________WB __^_s^!^^^_Nm __________»_#^^^^^Bfe-__-^-_---------^4^______________K><cv
um homem que ha muitos anos levou uma
grande surra por sua causa".
Por minha causa ?
o h.n:.n c.ntmi-m e a história de um menino (pie
fora marcado na testa pelo palhaço. EL queria assistir
tf
ao espetáculo di noite, sem pagar. Em casa, mandaram
"Você
que lavasse a cara e tirasse aquele sinal. não ê
nenhum m d'que"! Mas o menino teimou em conservar
a cara suja. Este menino era o homem que estava ali.
a meu' lado. Era o fiscal da prefeitura da cidade, "pene-
tra do circo nos tempos de garoto.
iü^. t^^WÜ _BkKfl______i MR

ATAIDE MARCONDES D.'\ UM SAPATO A BENJAMIM

Muitas vezes ganho presentes, alguns inesperados.


O primeiro sapato que usei foi um presente de Ataide
a vida dc Benjamim de Oliveira não (pie entre todas as coisas que fez pelo circo, esta foi a Marcondes, tio do Ministro marcondes Filho. Ele se
cabe apenas dentro de unia simples reportagem. única sobre a qual nos chamou a atenção. Ele conta muito impressionara com aquele ehinelinho de liga, muito
REALMENTE
Setenta c quatro anos de existência dos quais scs- natuialmente a sua vida. os sacrifícios que fez pelo circo, ordinário, desses que custavam mil e quinhentos.
senta e dois transcorreram no circo, dão assunto para um como se tudo aquilo fosse a coisa mais natural do mundo. "Você
precisa usar uns sapatos" E presenteou-me
livro. Uni livro recheiado dc fatos interessantes e pitore- Nasceu para isto. Era o seu destino. Sobre a mesa esta- com um par da melhor qualidade. A primeira vez
cik . E é isto o que vai f:»zer Benjamim. Já está sendo es- vam espalhados todos os recortes de jornais, as cartas, que
os calcei quasi não podia andar. Eoi preciso
orila a vida dii rei dos palhaços brasileiros c brevemente os telegramas, as felicitações que lhe chegam de todas as que ele me
auxiliasse.
ser;', publicada parles alguns assinados por artistas e figuras depr.jeçao
(r.: Se alguém se dedicou apaixonadamente á sua vo- na política. UMA IRAGÉDIA NO CAMARIM.
cação, dando a ela todos os seus minutos, todas as suas
energias, toda a sua longa c curiosa existência, este ai- A FORTUNA DE BENJAMIM Est .vamos levando uma peça de Artur Azevedo.
guefn foi Benjamim dc Oliveira. Capital Federal" Nesta época, tinha um grande amigo.
Nunca lhe faltou iniciativa. Foí o introdutor do — líi trabalhei
para vinte e sete empresários. Feliz- Era o Brandão, meu companheiro do trabalho.,
palco no circo, coisa em que ninguém havia pensado mente dei sorte n todos pie., Ficaram ricos <.- hoje estão
Hoje todos os circos têm <> seti palco, O interessante . descansando. ( onhnna na pa,: 7"
14 de Outubro de 1944
31 REVISTA DA SEMANA
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quem conhece as grandezas o misérias, prin- Mas aqui na. Ilha do Bananal? Mal caí na cama,, adormeci. Muitas horas deviam
Para cipalmento as misérias do garimpo, nada é tão Daqui a pouco você vê. Tá vendo aquela curva,, ter se passado, quando .acordei sacudido por tio Florencio.
comum, do que ser vitima das febres bravas, co- onde tem um pé de Simbaiba? Pois é lá. A gente anda - A moça, . . a moça,
nhecidas, geralmente como maleita. E as febres que (or- 500 metros, seguindo um "trieiro" e topa cum ela,. Que moça, t io ?
turam, provocam a tristeza da solidão. A solidão revolta Olhei surpreso para, o vi lho;. Seria mesmo verdade? Esfreguei os olhos.
o homem contra a seiva. K a selva produz a loucura. Ou a minha cabeça que ardia, transtornava, o sentido A moça do retrato.
Ma quasi três anos, vivia, garimpando. O garimpeiro, das palavras ?. . . Mas (pie tem ela,, tio?
antes d-* tudo. tem quo ser um ente tmbrutucido. Criar Remamos até o pé de Simbaiba. Amarrei a canoa Saiu do quadro, apanhou o arco e a flecha, e quiz
uma couraça de brutalidade, paia não sucumbi; á inos- num toco. Apanhámos a rode, alguma comida o outros me matar. Eu vi. Acordei com ela, apontando-me ao
pitalidade da vida. materiais. coração.
Nestes três anos do desconforto e temeridade, arran- Tio Florencio segurou a garrafa. Aquela garrafa Li.voi a lanterna ao alto. O retrato continuava no
jára por companheiro o velho Florencio. Florencio, ca- encerrava o lucro dos nossos esforços. Existiam no seu lugar. O arco e. as flexas também.
boclo tarracudo, queimado do s>">1 ií sobremodo expansivo, interior, algumas gramas de ouro e pedras de algum valor. ---Qual tio, isto é
viera do Piauí, terra onde surgem os mais mal afamados pesadelo. E' cansaço. Trate de
Encontrámos o trilheiro. O velho não mentira. Co- dormir (pie amanhã nós vamos levantar ceclinho.
homens do garimpo, homem, que vivem da "grupiara" meçava a anoitecer. 1'] meu Deus! precisei amparar-me Mas eu vi. . .
.- das "baté'as". a. uma árvore, tal o meu susto.A' nossa, frente surgiu uma, Tornai a adormecer. Acordei com o sol queimando,
Ernmcs ótimos amigos, como podem ser duas crea- enorme casa verde. Um pavilhão com uma grande es- no meu rosto, devia ser tarde. E a gente (pie ia sair de
turas, eu com os meus 21 anos e ele com os seus desassom- cadaria. Nas janelas do pavilhão, cercada, de tcLs e pro- madrugada.. .
brados 5f>. tegides por grades havia uma quantidade enorme de Olhei para o tio Florencio. Estava rígido. Uma flexa
As creaturas inexperientes e jovens, quando caem macacos que nos espreitavam. varara-lhi-; o coração. Morrera. Só tive uma idéia: fugir.
na malha ilusória do garimpo, por veses encontram um -—Quo coisa estranha, meu tio! Eu pensei (pie só
amigo assim. O velho Florencio, que Deus o guarde, pois
já morreu, era, mais que amigo, lima espécie de protetor.
existisse desses macacos na índia.
Também aqui existem ales. Aqui nesta ilha exi.ste
Fugir antes (pie f:zessem o mesmo comigo. Nem sequer
apanhei a, ['(Wr.. Tomei a única lembrança (pie me assai-
tou a garrafa preciosa o desabalci em direção á canoa.
I
1%

Não tinha ninguém no mundo... de tudo! Desamarrei a proa,. Ia pular para dentro da embarcação
Com ele conhecera, a Balisa. e todos os garimpes do Começámos a subir a escada.. O velho caminhava, quando ouvi um grito.
Maio Grosso. Com ele mergulhara, em muitos escafan- com uma ceríesa e estranha segurança, como se fosse Era o tio Florencio que chegava correndo. Pegou-me
d ros, no fundo de Marabá. Juntos bateiamos ouro no conhecido da casa verde. Fomos dar ruma, sala, pela camisa e sacudiu-me.
Tocantins, juntos rebentámos cristal no Pedral e no A porta entreaberta devassava uma sala mal ilu- Ordinário. Ladrão! Pensou (pie me roubava?
Que-
Jacundá. Rasgámos selva o colhemos cristal no Pium. minada. ria, fugir com todo o meu lucro?
Nossas mãos eram monstruosamente calejadas, nossos pés Alí dentro, ao redor de uma mesa estão Chorei como criança.
quatro
desproporcienados, e nossos clorsos, musculosos e re- mortos. --Não! lio, (Mi vi. Eu vi... O senhor morreu. F.la o
talhados. --('orno sabe disso meu tio? matou. . .
Dessa vez a gente vinha de Marabá. íamos voltar Sei sim.. . V. está louco. Deve ser da, febre.
para a balisa e passar o tempo das águas, repousando nos Fiquei meio horrorisado e com vontade de retornar
garimpes de Mato Grosso. Subíamos com uma dificul- á canoa. Mas acompanhei o velho. Numa mesa 4 corpos • Y ':, Continua na página 39
dade tremenda o Araguaia. Já haviamos atingido a cauda amarelados, apoiavam as cabeças sobre os braços.
da ilha do Bananal. Lago Grande ficara paru traz. Furo Meu Deus, (pie horror!
,1:;
de Pedra aparecera ... Não fazem mal. Ha muito tempo (pie estão assim.
E os dias foram passando. Nossa canoa, adquirida Mas quem os teria assassinado?

TIO FLORENCIO
-—Se você se interessa, clhe dentro dessa garrafa.
aos indios. Carajás, continuava- vencendo a niéta da su-
bída. A Ilha continuava sen pre à nossa esquerda.
Unia tarde... lembro-me como sa fosse hoje. E>ta-
Tem um papel (pie conta a história c!elcs>...
Não tive muita vontade de saber. Desejava mais
i
vamos perto do encostar para fazer pouso. Minha vista jogar o corpo na rede e aguardar (pie a febre cedesse...
começou a tremer. Um frio arrepiou-me ais poucos. Alí dentro tem um
quarto com uma cama aban-
—-Tio Florencio. As febres estão mo pegando.
Molha o bucho cum pouco de pinga, que ela acaba..
donada. E' uma cama enorme. A gente pôde dormir nela. Conto de
Nem precisa arma a rede.
Mas náo ternos mais pnga.
Tá ruim, é preciso que a gente guenfe o jacumãm
Entrei no quarto. Alumiei as paredes com a lanterna
elétrica. Uma enorme coleção do velhos retratos enchia o
JOSE' MAURO DE VASCONCELOS
fl até chegar na casa Verde — casa verde?Que casa verde quarto. Minha vista parou sobre uns arcos o umas fie-
6 essa. tio, quo nunca me falaram? X m mesmo durante
os trô? anos que tenho andado por aqui?
xas, cruzados no canto da parede Por sobre a cabeceira
da cama, como se fora um sentinela, um retrato de uma,
Ilustração de
Tio Florencio tinha um ar soturno e meditativo.
Ali! A casa verde! Sim. a ca<a verde existe. Eu
moça morena de negros cabelos e olhos verdes parecia
nos dizer:
ARCINDO MADEIRA
sei quo existe. Afastem-se cães. Não violem um lugar sagrado.
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O VALOR DOS ACESSÓRIOS — h sobejamente demonstrado pela "estre- PARA AS JOVENS ELEGANTES - uosemarv la planche
"CONSTANCE "
já foi miss-Auié-
'•A 1>A REO, MOORE", NESTA VISTOSA T( )l I.ETTlA'. TRATA-SE DE UM RICA E HOJE ESTÁ TRANSFORMADA EM "ESTRELA».
PERTENCE Á MESMA PRODUTORA.
VESTIDO DE FORMA
DISCRETA, TODO EM NEGRO. "pOUPP"
NA CABEÇA, UM RICO DE ELA É UM DOS MODELOS PREDILETOS PARA
AS MOCINHAS ELEGANTES E AQUI A
VE-
PENAS SALPICADAS DE "cEQUINs". LUVAS MOSQUETEIROS DE SUÍÍDE NEGRO E JÓIAS MOS EXIBINDO UM POPULAR «JUMPER», BONITO
E PRÁTICO. QUE PODE SER USADO
BRILHANTES. IM BROCHE, R RI NCOS, PULSEIRAS REALÇAM 0 CONJUNTO MUITO COM VÁRIAS BLUSAS. O "jüMTER" É VERDE RAVON
E A BLUSA DE MANGAS COMPRI-
EXQUIS". MAS 0 VESTIDO GANHARÁ MAIOR EFEITO, PARA AS TARDES ENSOLARADAS, DAS EM SEDA. PARA AS ADOLESCENTES OU MESMO
PARA AS FÉRIAS NO CAMPO, AGORA
TALHADO EM TECIDO ESTAMPADO E DE CORES BASTANTE VIVAS. NESSE CASO AS JÓIAS
QUE AS PREOCUPAÇÕES NESSE SENTIDO ESTÃO SURGINDO, O
MODELO DE MISS LANE
PRECISAM SER TAMBÉM EM TONS COLORIDOS, MENOS DISCRETOS. É REALMENTE CONVIDATIVO E DOS MAIS APROVEITÁVEIS.

Estamos entrando, nos poucos, em uma nova estação, Vamos calmamente


passando pelos humbrais da Primavera. E embora alguns dias já se apresentem
bastante quentes, convidativos para as roupas leves, temos ainda muitos de
tem-
perafura mais rasoavelmente baixa. Não são nem frios para agasalhos, nem quentes
para as roupas leves. Nada de capas dc pele, mas de preferencia os vestidos de
32
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EM SEDA ESTAMPADO — primavera, no rio, quer" dizer verão legitimo. SAIA COM "outra "toilette"
SUSPENSORIOS-- ainda graciosa para o
A TEMPERATURA JÁ ATINGIU A CASA DOS TRINTA E OITO, SEM ESPERANÇA DE ME- VERÃO OU MESMO OS DIAS FRESCOS DA PRIMAVERA... ONDE A PRIMAVERA ESTEJA
LHORAR, DIZEM OS BOLETINS DE METEOROLOGIA QUANDO REDIGIMOS ESTA LEGENDA. REALMENTE PREVALECENDO... TRATA-SE DE UMA SAIA MODERNISSLMA, COM SUS-
EIS PORQUE RESULTA OPORTUNISSI.MO ESSE ENCANTADOR VESTIDO EM SEDA ESTA.M- PENSORIOS DE FIVELAS "pAILLIü".
EM A BLUSA DE MANGAS COMPRIDAS, É TALHADA
PADA DE VIOLETAS E FUNDO BRANCO. DECOTE QUADRADO, MUITO EM MODA, ENPEl- EM SEDA. REPAREM NA MANGA, AMPLA BASTANTE, COM LAÇO AMARRANDO OS PUNHOS
TADO COM BABADO PLISSADO. 0 MESMO PLISSE MAIS ESTREITO ENFEITA OS BOLSOS; E A GOLA. TEM QUALQUER COISA DE "íCAFINÉ", EMBORA A PRO PRI ANDO-SE TAMBÉM
"T0ILETTe'\\
CINTO DE COURO VILOETA. VESTE ESTA JUVENIL GRACIOSA AMELITA PARA OS DIAS DE CAMPO. AS SAIAS DE CASEMIRA, COM SUSPENSORIOS, SÃO A GRANDE
WARD, DA RKO, QUE AGORA ESTÁ APARECENDO PARA VENCER. MODA. E AS "ESTRELAS" DE HOLLYWOOD INCUMBEM-SE DE DIFUNDI-LAS.

meia estação, acompanhados de "raartinhas" ou "renards", si a leitora fivr-r que fazendas preferidas pelas nossas aves c como as modas estão voltando, embora
sair á noite. Vestidos de mangas compridas, do seda mais grossa, cm os costumes estilisadas, não é de admirar que voltemos aos antigos tipos de tecido como o
do "faillo". "rayon", "gros-grain", etc. usam-se bastante. O "moiré" 6 urna fa- setim macau " outros. Ha urna tendência pronunciada também
para introduzir
zenda que s<í anuncia de grande voga para a estação que entra, tanto para os o uso da manga comprida p abolida quasi. Vamos ter os extremos; vestidos sem
vestidos de rua, como para os de "soirée";o tafetá também, como parente pré- mangas ou com as mangas longas, aqueles, naturalmente para os de verão em
33 ximo do "moiré", vai tendo grande aceitação pelas elegantes. Estas eram as tecidos fantasia de algodão, e estes em "toilette".

3"
»______
fl |^^^^ Y
A sabedoria nas trovas populares ó que ao poeta moderno falta o sentido da música e o equilí-
brio da medida; o que ele compõe é apenas a prosa poética, as
"Até nas flores se encontra. vezes com grandiosidade e sentido, e que, não sei por que,
A diferença da sorte, teima em querer chamar verso, poesia etc.
mkkwMm m
Umas enfeitam a vida.
Outras enfeitam a morte".
E' a filosofia distilada atravéz da experiência milenar
A música, a cadência, o ritmo flúe como a água cantante
das velhas trovas populares e e a poesia no milagre icastico
da música oral, onde se afundam as raizes do sentimento c
/*7V_MA________________
da sabedoria, mesmo quando rai ela envolta numa sátira
.0 homem sobro a terra que ele põe no s«m canto oral. l'tn
..ppeta, dos grandes do ITuguav, disso que o verdadeiro
..poeta nasce com o milagre do ritmo, da música, e também do
flÉfrbimonto,
Afirmam
da beleza o da sabedoria".
os modernistas que o cánon tira á arte em gorai
ou numa ironia maliciosa :

"Eu amava-te menina,


rvmí JtJTTi
# j Jfffnl N_^_______£_J ~^_
Se não fora um sinão :
,,áI poesia em particular a sua elasticidade e a sua ampli- Seres pia de ;ígua benta.
.lide, pois fica seu vôo cerceado pela Métrica; n quo ha porem
'**-*mmm%>- (mde todo* põe a mão".
k

_________¦
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14 de'Outubro dé 1944' ^^H'?"°' ^PÇ3.^ Ojtp REVISTA DA SEMANA


Aqui éatoü. Este testamento deve ser lido de-
Escute: eu tenho uma. coisa para pois de minha morte tão somente, dis-
você fazer... Um testamento, .. se cie. E quero que seja aborto c lido nesta
Seu testamento? casa, na presença de meus trôsfilhos....
Sim. Pois não.
Osr.quòr, sem dúvida, Meus filhos queriam conhecer o
quo eu o
rodija? conteúdo closto testamento. Mas não
Não. Está pronto. Não há irrogu-
I laridados. Eu conheço a lei. Quero quo
lhes mostre, por favor.
Podo ficar descanç.ado.
você o esse rapaz que presumo ser sou Não doixoi o senhor ler o testa-
secretário assinem o testamento como mento, mas dir-lho-ei o- quo ha. nele...
testemunhas. O que eu quoró . somente Não é necessário, asseguro-lhe.
isto. E depois.. . Mas primeiro assinem. Mas eu quero. . .
Pois não. Bem. Sc é esta sua vontade...,
O advogado e o secretário assina- -Sim. Deixei toda a mihha fortuna
ram. Feito isto o velho colocou o testa-
mento num envelope e lacrou-o. {Continua na página ./)

Personagens: O senhor não conhece a reputação


dele, de excêntrico?
Ellery Queen, um detective. Bem, é verdade, mas. . .
Nikki Porter, sua secretária. Quem sabe?
Inspetor Queen, da Chcfatura de Experimentemos. . .
Polícia, seu pai. Aproximaram-se os dois, o bateram.
Sargento Velie, ajudante do Inspetor. Não houve resposta, O casarão parecia
John Cain, um velho milionário vasio. Experimentaram então a porta
excêntrico. de entrada e esta cedeu. Estava aberta.
1 Murdock, um criado.
"Duke" Cain, um bandido, filho
do John Cain.
Exatamente como o velho adiantara.
Você não acha que este negócio
está ficando muito misterioso?
"Killer" Cain, um lutador de box, O secretário, porém, retrucou:
filho de John Cain. Mas o senhor não acha que é
"Sugar" Cain, dona de um cabaré; melhor continuar, já que aqui estamos?
filha de John Cain. Você tem razão. Procuremos o
Otis, um advogado. velho.
Parker, seu ajudante. Ele deve estar por perto. Que si-
lêncio! Isso até parece mausoléu!
Ellery Queen aconselha aos distintos Nenhum ruido perturbava o silencio
leitores que leiam com atenção esta lista da grande casa que parecia adormecida
de pessonagens, pois tem muita impor- fora do tempo durante o dia. Os ruídos
tancia na solução do mistério. da rua chegavam amortecidos o serviam
somente para acentuar ainda mais o
silencio que ninava dentro do edifício.
Nada.
Francamente, eu não sei o que Onde estará ele ?
fazer... Quem sabe se não está em cima?
Aceite. No primeiro andar?
Você acha, então, Parker, que não Sim. Vamos até lá?
se trata de uma brincadeira de máu gosto ? De fato, pela porta entreaborta de
Acho. um quarto magnífico, de luxuosas cleco-
Pois bem. Irei. rações, entreviram o corpo deitado de
Eu vou com o senhor. um homem, numa cama enorme, com
0'timo. Mande chamar um taxi. grande cortina do veludo.
Alguns minutos depois o advogado e Ofis!
seu jovem secretário seguiam rumo a Sou ou. O senhor é o Sr. Cain ?
um endereço que lhes fora dado pelo Sim. Aproxime-se. Não posso fa-
telefone, de uma maneira um tanto mis- lar muito alto.
teriosa. Havia algumas horas, o advo-
recebera uma telefonada de um
esconhecido.
Sado
E* o senhor Otis?
Sim. MAIS UM CASO DE
Preciso de seus serviços. Pode vir ELLERY QUEEN
jí minha casa hoje á tarde?
Trata-se do um caso.. . QUE, COMO SEM-
Não lhe interessa de que se trata.
PRE, DESAFIA 0
O senhor é um advogado, não é verdade ?
Sim. LEITOR A DESÇO-
Então é quem procuro.
Mas... BRIR 0 CRIMINO-
Pode ou não vir? SO, DEPOIS DE EX-
Posso. A que horas ?
As três... Estarei só. Não é pre- POSTAS AS CIR-
ciso tocar a campainha. Pode ir en- CUNSTANCIAS NAS
trando.
Muito bem.
Tome nota da rua e número... QUAIS FOI COME-
—- E eis o nosso amigo rumando para TIDO 0 CRIME...
o local indicado. O misterioso desconhe-
1 cido não dera o nome.
Sabia, tão somente, (pie iria àquela
casa para tomar conta de um caso quo
ainda não sabia que gravidade tinha.
Desconhecia o nome de seu cliente e,
para falar com ele, segundo fora infor-
mado,bastava abrir a porta e ir entran-
do. Devia, pois, tratar-se de uma casa
modesta. O que era extranho. pois
num bairro como o indicado moravam
somente ricaços. Nada era impossível,
porém. E o mais improvável era que,
sendo uma casa do gente abastada, dei-
xassem a porta aborta, arriscando-se a
um assalto.
O carro seguia pela rua. Dos dois la-
dos desfilavam palacetes. Seguiam os
números e já se aproximavam do indi-
cado, mas Otis ainda não avistara a
vivonda modesta que procurava. Qual
não foi a surpresa, porém, quando o car-
ro freiou á porta, não ile uma das casas
mais ricas, porém, decididamente, da
mais rica de todas, da mais imponente
e de aspecto mais luxuoso. Como ex-
phear aquilo?
O secretário arregalara os olhos de
espanto. ^ .
Esta é a casa do velho Cain. ._
Cain? O milionário?
Sim.
Mas, porque não disse cie o nome?
Deve ter sido uma brincadeira, sem
dúvida. Ele não me haveria de chamar...
»S'i^W.
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¦*¦."'''"',;.'¦':¦.. -.,•;,. *.- •* ¦ ¦.'•'¦.,'¦ - V ' * ' \ * . •/,,. ...>.;. ¦M Y>.V',: <n •'-.¦• "'.- '„ '*.'¦ *¦ "**¦¦¦¦¦ '¦ >"' .-¦ '-'' ¦ ' Y':'' — '"; "• " ¦ ¦-->''. '«i • . -;¦
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REVISTA DA SEMANA de Oútutó de 1Ô44


35 14

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AR TAMBÉM A
I . AI 2 E NA? As Parábolas de Cristo e outras poesias de Bastos Tigre, 3." edição aumentada e com
ilustrações de Gustave Dore* — Rio de Janeiro, 1944.

«ASIOS TIGRf
"Técnico, yirtuose, instrumentista... Ninguém faz
versos com tanta facilidade — e que versos"! Eis como,
AS acerca do autor destas Parábolas, se exprimiu o belo, no-
• • • C é luela a sua preocupação, pois PARABOliÂS^EvCRTO^ bre, arrebatado, grande poeta Martins Fontes. "Príncipe
sua pequenina inteligência em dos poetas cômicos da raça", como também Fontes o con-
formação, já lhe permite compreender qUe isso '¦'''
li sagrou, rlSo maneja o Sr. Bastos Tigre com menos destreza,
WÈÊÊÈÊÈ
representaria a falta de sua "segunda mamãe". ...¦:.-í-Sfü:-.
'
.--
'Am ¦ menos domínio da forma do arte que dá a impressão da fa-
.'¦'..:
'.'_-_______ WÊMk.
¦KTBM -.'¦;¦"•'¦'>-. -
eilidade, a rima fidalga ou sentimental, augusta ou melan-
^LWmi^ ¦ '¦'•
YY 1
' ' '¦],..

\i/
.

| eólica. A sua lira concilia todas as cordas poéticas; e todas


Mas a bôa fada, a Menina í
índia, não quer que muitas crian- % m4 I L ^ -*!.Y. ] ele faz vibrar, ressoar, cantar harmoniosamente e com
mtenso poder comunicativo. Na música dos seus versos
. mym _tí^J_i»e I
MMMMM mmw&:-:^aXx
-
ha os mais diversos e mais sutis efeitos orquestrais; e assim,
cas como esta tenham preocupa- ___¦ mÈfàmÈtLY- ;
'^Mü MmjjLW tão vitoriosamente como satisfazem qualquer exigência,
ções tão sérias e, vibrando sua ''"' ""-•'''-^|^_^l^^^^M |
^M*^m ^^MTf-p^mÊi•¦¦¦¦

varinha mágica, providenciou j eles atingem, penetram qualquer emotividade.


para què muito milho, ama- 'XXx 'XX. As poesias resumidas na primeira parte do presente
¦¦¦'¦ yYV-' V.; volume interpretam a palavra de Jesus de maneira, se não a
durecido pelo sol bemfazejo,
torná-la mais elevada, mais pura, em todo caso a dar-lhe
e devidamente selecionado, uma variante de beleza. E ha assim novo motivo para que
M fosse reservado para o pre* OUTRAS .POESIAS'-. as lições simbólicas do Messias sejam admiradas e de-
paro da insubstituível .. jsa^m ooradag. Veja-se, por exemplo, a parábola da Ovelha perdida

MZEM. DÜBYEA Qual dentre vós que, cem ovelhas tendo


E urna delas perdendo,
Nâo se preocupem, pois, crianças do Não deixa as outras todas e não parte
Brasil — a sua alimentação nutritiva e sadia Por vales e por serras, em batida,
está garantida e vocês poderão crescer fortes Solícito, a buscar por toda parte
e robustos para: num luturo risonho, cumprirem Sua ovelha perdida?
o seu dever de bons brasileiros.
E quando a houver achado, jubiloso,
%?
Não reúne os amigos numa festa,
Dizendo-lhes: — E' esta,
E| esta a ovelha que perdido eu tinha!
H Vinde regozijar-vos com o meu gozo,
Vinde juntar-vos à alegria minha!
¦ 1$
Assim, digo-vos eu
Que haverá maior júbilo no Céu
HAIZEHA 6£á quasi um século Por um só pecador arrependido
Que por um cento
DURYEA alimenta o mundo. De justos que o meu Reino Prometido
Hajam bem merecido
E não precisem de arrependimento.

? ? ?
i
Os Mais belos Contos Humorísticos, Satíricos e Jocosos, traduções de Frederico
Iíií"" dos Reys Coutinho, João Silveira de Carvalho, J. da Cunha Borges, Constantino
Janm, Manuel da Silva, Gilberto Galvão, Edison Carneiro, Eneias Marzano e
Gama e Silva — Rio de Janeiro, 1944.
GRIPE/ ~i Nem todos estes contos, contos ou novelas, assumem
feição propriamente jovial. Em alguns o fundo conceituoso
\'iiyYXYX. .~~n
ressumbra pessimismo, azedume; e a sensação
RESFRIADO/ que deixam
é, menos que divertida, tristonha. Certos personagens
representam, não epigramas nem caricaturas, mas sarcas-
mos. Os donos da vida, de Máximo Gorki, elevam o macabro
á expressão mais violenta, com a sua complicação de tú-
NEVRALGIA/
OS MAIS BfclOS'ÇQN?OS
mulos, esqueletos, "emanações de podridão", fornos crema-
HUMORÍSTIC tonos, "massas cinzo-amareladas de restos humanos".
SATÍRICOS :&JQC<M'~ A ficção de Paul Hervieu O silencio do sangue — em um
rapazinho é, pela primeira vez, levado á presença de queseu
; e fica sem saber a qual dos dois homens que se encontram pai no
•—<VV"Y." recinto deve a existência — confrange e deveras uiegrece
¦ o coração.. . Bom, mas essas e outras páginas do volume
po-
.Yixmxmmimi dem, dalgum modo, passar por espécimes satíricos, justifican-
liiiilxml:xm:m alivio do assim a composição do título. E em compensação,
do espírito e do sentimento do leitor que realmentepara
tenha sofrido, sucedem-se as narrativas mais e
- tf O / T O <* Â 'i v* £ C O UI . as mais estouvadas fantasias. Aqui estão dois piotorescas
..-^-i'j'.z«'iíA."-wV.'.-..;.'''. -¦.- .¦ .i.'..».,-
príncipes do
conto humorístico: Mark Twain e Courteline. Por sinal
no diálogo deste último, a frase provençal Tron de Dieu que
: fl
,. mais ou;menos correspondente a nossa expreesão de
«n
Com mil .. raios e que,t traduzida á letra, dana "nbombo" ou "trovão de Deus", cólera
aqui, pelo simples efeito do som. . . e doutra coisa, para "trono de Deus'" Os escritores passou
reunidos neste voumo vêm de Voltaire até Cami, o endiabrado, maluquissimo
autor do livro 'Pour hre sous Ia douche, "Para ler debaixo do chuveiro". Cami
eontram-se, assinando histórias mais ou menos hilariantes, romancistas e En-
maturgos da maior circunspecção, como Sienkieviz e Strindberg; dra-
*mX prosadores ro-
quintados como Oscar Wilde e Pierre Louys; o Jules Verne do invento ultra-moderno-
H. G. Wels; o extravagante, audacioso e tão efêmero Pitigrilli; o rei da anedota narisi-
íf ense do teatro boulevardier: Tnstan Bernard... Contam-se nada menos de cincoenta
¥''¦¦'
i",- escritores; os menos msignes são, cm todo o caso, de vasta notoriedade. E semure
a pena ler as suas obras. valerá
tt
Quanto ás traduções, de vez em' quando... Mas, a
DÔRE/ mente alegres, não insistamos en falar de coisas tristes. propósito
de contos treral-

mmH//
- - ? ? ?
íf
...
A CABEÇA DEFESA CONTRA A LEPRA

Recebemos o relatório da Sociedade do Distrito Federal de Assistência aos Láza-


ros e Defesa Contra a Lepra, referente ao ano del943.

TRÃN5PIRDL
E' um documento que comprova as atividades da valiosalnstituição.

FOLHINHA DE 44-45
Recebemos da "General Eletric" interessante folhinha para os anos de 44-45,
im-
pressa a cores. Gentileza que agradecemos. -HÍ^V

.«W»rgr»fgy
-csi
"''•'^MlPPlPP^^^
1 ^mm . ,,,. ,37,pw^r-..--,.. a..,-,.,,,. ,.v.. n* fffI*WPfWi?'

14 dé Outubro àè ÍM4 SEMANA


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_y_ür ______É
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/ __¦__..__- T.y^/^Í__T-^^'''''''^?_Í8________' \ ^0r I fjs. ¦ '


0 Dia D Reportagem de John Gunther, traducão*do~ Cláudio'Ü. Hasdlocher
de Janeiro de 194L Rio V» Jr^**£\.f 2§à\* **
\^^^^^^^r^mSkmmíuttm v-^55^Eh_»___Í^2w F

m Na outra^ guerra mundial foram consagradas~várias


_0»W Cl_.N»».*«
iniciais, cujo sentido e cuja aplicação haviam de
liguagcm paisana e nela positivamente ficar. passar
para a "sistema Tal o
: -Vvv.>v? ¦ ¦;:¦ Pi-^WM caso do D" para designar a habilidade, senão o gê-
mo militar com que, fosso um comandante fosse um simples»
O DIA I) soldado, resolvia rapidamente uma situação difícil ou
peri-
.'..'. «*t. .«««w' ..'77...7Í. gosa. D, dêbrouillard: o que anula o obstáculo ou sai da en-
!»í| « «¦" ** smúiD ¦ 7N.- ¦ taladela... Outro exemplo 6 o da "hora H". Na ordem do dia
dos comandos franceses,afixada nas respectivas tabelas, mar-
cava-se, naturalmente, para cada serviço a hora exata a
que devia ser executado; quando, porém, se não sabia ou se
'
não queria dizer dantemão o momento dum feito a realizar,
.v7'v7-:*V-:V7V"-';7^;'¦'V'"' .'-¦'¦''¦:''.'¦..'¦: . ,';;.': .'.'
deixava-se em branco, entre os dizeres impressos, o espaço
adiante da letra II. Ficava o H sem mais nada; e daí criar-
se a expressão;"hora H". O que então os franceses fizeram ^^__Pv.
\_f_3_____L.
WM.i!» *¦«"•<•' em relação ao termo heure fizeram agora os ingleses com a
'a.; ;'-.-7»^^,
palavra day, dia. Quando começaria a invasão da Europa ?
'
. ¦'-¦'¦;'
:,:'-,V;--.V777v77-
7-7 •' 77 O mundo inteiro ansiava por saber a data certa. Não se
podia, porém, ou não convínha anunciá-la. Assim, nos pró-
J5.'!08 documentos e publicações oficiais se usava a locução
nj *Vriij- r™,-iS0 ficará ,. '"«zendo, em
português, pelo menos, para sempre.
a' dia i D, àquilo 'o
Ao que precedeu e aquilo que se lhe seguiu, consagrou o Sr. John
Orunther ,um longo bastante penoso, ás vezes, mas invariavelmente bem sucedido es-
torço de reportagem que, no presente volume, de amplo formato, se dosenvolve
zentas e cincoenta páginas. Limitando-se á sua função informativa, isto é: por tre-
como so não tivesse imaginação nem sonsibilidade própria, procurou o homem procedendo de impren-
sa, por todos os meios e modos, dar ao seu público a noção exata dos acontecimentos; es-
tacionou em Malta, no mais aceso dos ataques á ilha; viajou de aeroplano, de navio,
de trem, além das longas caminhadas que teve de fazer a pé; entrevistou os
Eisenhower, Montgomery, Ah,xander, outros já gloriosos cabos de guerra; teve generais
por com-
panheiros de-quarto e de mesa numerosos oficiais e com elos, tanto quanto possivel,
acamaradou; conheceu toda a sorte de conbatentes;e de todos esses convívios e encontros
colheu dados, pormenores, particularidades quo só um jornalista de primeira ordem con-
seguiria obter e aos quais, ainda quando lhes mingue o valor instrutivo, nunca falta a WMmm.^— ' I
f ei ção* deveras interssante.
TV. O Sr. Cláudio G. Hasslocher fez uma tradução não apenas corrente e clara, além do
<—¦¦¦"' — ¦ ¦ ' ¦¦-•'*/ mt ^| ^^ f -*_r— "*
geralmente correta, mas ainda enriquecida de notas e explicações sem as quais os lei-
tores, narsua maioria, deixariam do apanhar, integralmente, o sentido do texto. Fossem
todo.a._os^radutore_ assim! j
» t' ym *£ m
\__b iW/mmmmMuS
Ml W/ I " v^ w
ES^SíKl é # © i
t_. —¦*

Ultimos"esttjdos, por Mário Barreto, cora uma apresentação por Cândido Jucá — Rio i
n
"Cae Janeiro, 1944-
s.
Sãc ''e.tudos" nue singular, superiormente merecem
ser qualificndos de lições.
-VV 'S\%w^S
Mário Barreto exerceu como bem poucos a missão de
divulgar os puros princípios e as regras sãos do idioma. A'
sua sapiência correspondia, em ditoso equilíbrio, a benigni-
dade. Em geral os escritores que ao cultivo da prosa ou
da porsia por própria conta preferem a missão de ensinar
«li os outros a bem escrever vêm com o tempo a tornar-se
rabujentos, irritadiços, brigões. Todos os outros mestres
UtTlMOS ííWOS mais ou menos toleram quer a imeompreensáo quer as obje-
ções dos discípulos. Os filólogos e gramáticos de profissão
logo se irritam e querem ir ás do cabo. Não podem levar á
paciência que alguém, seja aluno, colega ou até professor
de hierarquia e credenciais superiores ás suas, deixe de com
incondicionalmente. Das polêmicas pela
/)
Adorável Senhora... 0 IM

EW5S
eles concordar
imprensa — emquanto houve dessas polêmicas — as mais
suscetiveis de so converter em verrina e de levar ao pugilato
•**.Ml?* .*.>*.«_.
Naturalmente, vê-la é
ii m
eram aquelas em que se enfrentavam duas autoridades em
matéria do sintaxe ou ortografia. E quando entrassem na dis-
cussão mais de três sumidades era fatal o entrevero. um encanto para os olhos, pois ela ainda
Mário Barreto mantinha nos ensinamentos como nas controvérsias uma sereri"
dade que ,á força de rara, dava a impn.ssão de prodigiosa. Usava de todas as condescen- possui Cremes de Beleza Yardley e Pó- ¦•-''">•„:

dências razoáveis paia com os rebeldes ou adversos ás suas opiniões. Não se imagine por
isto o propósito do insinuar que ele cedesse facilmente ás alegações do antagonista... Nem de-Arroz Bond Street. E quando vier a
fácil nem dificilmente. Porque se pronunciava sempre com perfeito conhecimenUfe a
convicção mais segura. Se não pertenci? ao número dos que se encolerizam perante a mais
leve constestação ás suas doutrinas, mais se distanciava da categoria — supremamente
V»7.
paz, também voltarão todos os produtos
detestável, essa — dos que, interrogados acerca de qualquer questão, respondem: "Bom,
ha quem escreva desse modo o ha quem escreva justamente de modo contrário".. . E
so o interlocutor insiste: "Mas o senhor, como escreve"? continuam nas evasivas, nas
de toucador Yardley. X \

citações c nada de juízo pessoal o categórico, até ao fim. Mário Barreto, com a sua pri- JyJ
morosa urbanidade, persuadia inteiramente o contendor ou não conseguia que este se
declarasse convencido; em todo caso, não cedia da sua dignidade magistral,. Os artigos H
de polêmica ou as passagens de polêmica que se encontram no presente volume consti-
tuem excelentes modelos do gênero E tudo em Mário Barreto se nos apresenta como mo- m
delar. Ninguém mais destituído de preconceitos, de preocupações tais como o bairrismo
ou o mal entendido patriotismo, que levam a defender, a adotar o erro de preferência a .s *yyK

dar razão á outra gente. Mário Barreto guiava-se por uma independência e uma since- 7; ;
ridade perfeitas. A sua maneira de ver expressa no trabalho A questão ortográfica logo
derimiria esse. problema até hoje sem solução prática, se não encontrasse os embaraços, ' r. \

dleii
não do saber , do critério ou do gosto, mas do espírito prevenido do pirronismo c da vai- / \ \
dade. E em todos os assuntos ele disse a palavra que é, não apenas de boa política acatar,
mas de primeira necessidade ouvir.
\
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S de Londres
IA MATERNIDADE ¦1

CONSELHOS E SUGESTÕES PARA FUTURAS MÃES \y\y^


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Prof. ARNALDO DE MORAES &Jm^mm^.
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3.- EDIÇÃO PREÇO: Cr| 15,00
Pedn à LIVRARIA P. ALVES — Roa OUVIDOR, 166
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WM

Realizou-se, no dia 3 do corrente, a inauguração do monumento ao Professor Miguel


Couto, engulo na Praia do Botafogo por iniciativa da classe médica brasileira,
um preito de gratidão a um dos seus maiores vultos. que assim, rende

£'' solenidade inaugural do monumento compareceram altas autoridades, entre as


1 reeito Henrique Dodsworth, que apoiou entusiasticamente a idéia da homenagem ao quais o
medico patrício. grande
0 monumento, que consta de uma estátua dc bronze assente sobre um
esculpido em albo-nlevos simbólicos, foi executado pelo artista Heitor Usai, pedestal de granito
conhecido escttl-
tor e arquiteto, a quem se deve também o monumento a D. Leme e a Capela dos Advogados do
orasil.
A nossa reportagem fotográfica, presente á solenidade, colheu 'os flagrantes
que aqui re-
produzimos.: i
Ao alto, á esquerda — O Dr. Aloysío de Castro, presidente da Academia Nacional
de Me-
dicinn, pronunciando o seu discurso. Em baixo, á esquerda — Um dos alto-relevos
talhados
no pedestal de granito, também obra do escultor Heitor Usai. Em baixo, á direita —
Miguel Loulo Pilho, quando discursava. O dr
Em cima, á direita — O Sr. Heitor Usai, a quem foi confiada a execução do monumento;
fotografado junto ao mesmo.

•y^Hív^^l^B *** *-*-*••» *j^W w^f . • MM ^b'ívJB^^"( *^^


Ej&ttH ^fl_H w^f" m**^* >V-
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' '^¦'Vv;0'$-Á'i*^^#Ai:*-? '¦ 'tiA*WíMÍ&A ""'
..,..->
-1" ?*-;•: A.r, yy Kf INVISTA
¦W
Quinze anos. Mas espero obter o rança aos "seus homens" pelas colunas
livramento condicional. Trabalho nesse

BLOME
do Jornal dos presos. Cartas singelas
sentido.
E os funcionários dd Penitenciária con-
firmam as palavras do sentenciado nú-
assim:
"Meus amigos.
Sabeis para que esta-
mos aqui neste mundo? Será para gozar
/imlwrim : m
¦¦ ¦'-'¦'wK'

Hl
mero... Seu comportamento ó irrepreen- O SABONETE DO SÉCULO XX
FAZ OS MAIS LINDOS CABELLOS LOIRO. sível. A cela, das mais limpas. Sobre a vida e egoisticamenté' tirar dela o maior
a mesinha uma cartilha, uma revista proveito possível? Não,'meus bons amigos.
mensal, retratos de família (uma jovem Aí estaria uma finalidade materialista e
Um dia na Penitenciaria tendo nos braços uma bonita criança), e
deprimente para nós. Nossa missão é
mais elevada, mais sublime. Vivemos
de São Paulo < na parede dois quadros com a moldura
trabalhada em ornatos de algodão co- para amar e glorificar a Deus, Criador e E.PECIAlMENTf INDICADO PARA UMPM
Senhor de tudo o que há, e, assim, Cria- A CUTIS E COMBATER A CASPA
lorido:
(Continuação da pag. SI) dor e Senhor nosso. E para amar e servir 1 ¦ _fB__|

O senhor sabe... A gente precisa ao nosso próximo, num espírito de fra-


após um dia exaustivo de serviço braçal, distrair-se, quando acaba o serviço do ternal simpatia. Para desempenhar essa
se está satisfeito, responde: dia... tarefa, precisamos dar o melhor de nossos çal e modesto. Fugindo-lhe um cavalo do
Tanto quanto se pode estar numa esforços, durante os dias, tão rápidos e pasto e indo para a propriedade do vizi-
prisão. Mas algumas vezes chego a es- O AMIGO NÚMERO UM fugazes, que aqui na terra passamos. E nho, este prendeu o animal e o levou
quecer-me de que estou preso. quanta gente boa há ao redor de nós para o depósito público. Em seguida, co-
Que pensa fazer quando recupar a E' o "doutor Fávero", diretor da Peni- que, compenetrada desse dever, caminha municou o ocorrido ao interessado, acres-
liberdade? tenciária. Assim o tratam sentenciados e sua jornada pelo mundo, amando, glori- contando que de outra vez faria o mesmo.
Trabalhar. os rapazes do serviço. Um amigo cari- ficando e servindo... Lede esta história. — "Meu vizinho, lhe disse o outro, há
Falta muito tempo? nhoso, que dirige mensagens de espe- Em certa cidade, havia um homem servi- dias, olhando pela janela, vi sua vaca

Tio Florencio
..,.-- (Conclusão da página 29)
Vamos embora, por amor de Deus, senão eu fico
louco!
Fique calmo. Nós vamos sim. Vai á casa e apanhe
nossas cousas... AífP
Mas eu não quero voltar lá.
Tenha coragem. Depois v. é mais moço. -f^t—f _E» .flvíA- Mflfl___ ^líi A "A-A^^SmH J'^:\^^^
Acedi. Achei o trilheiro. Caminhei depressa. Era
só apanhar as cousas e voltar. Caminhei e nada de en-
contrar a casa verde. Mas era ali. Tenho certesa que era
ali. Veio a noite e eu caminhava sem encontrar a casa.
Andava como louco. Caí esgotado. A madrugada encon-
trou-rae fraco, abatido e inson?. Resolvi voltar para a ca-
nôa.Agora tudo era tão estranho.A selva crescera Os cipós
emaranhavam tudo. Nâo havia mais a antiga trilha. Os '1
espinhos rasgaram-me o rosto, a roupa, os braços e as
pernas... 1
Cheguei quasi morrendo ao pé de simbaiba. Nao havia
ninguém. Tio Florencio partira. Roubara-me. Lesara o
meu lucro de três aios de sacrifícios. Fiséra o mesmo AAf
que eir inocentemente ia cometendo...
Desmaiei. Quantos dias passei assim ? nao sei diser. Sm>W
Acordei com rostos que me fitavam carinhosamente.
Viajava num motor. Fora encontrado na praia.
Quasi que v. bate as botas, heim moço ?
áflüSsi^wA^í^AA"-'*'' •'' -' A r - '•:' j_fl ^*^">_r''v^N
""*"
DE ARROZ ¦ ,::m
ym
.'¦<4
¦
E tio Florencio?
. mn
y ,:í4
Havia outro? Nós só encontramos v. V- '''*,'£__

Nao. Ele fugiu. Ele roubou-me... mL


• *
JUÍZO
Ouvi que comentavam: "A febre transtornou-lhe o
li
.
Levamos cito dias subindo o Araguaia. Restaurei
minhas forcas gradativaroente. Minhas feridas cicatri-
saram. Um dia chegamos a Leopoldina.
ÍDIIICISOIZULde 'm

; -m;. Pasmem os céusl A primeira pessoa que eu avisto


na barreira é o tio Florencio. Um ódio imenso aflorou-me. _____
Ele vinha correndo em minha direção. Saquei a minha
faca e queria matá-lo. Havia de vingar-me,. Mas fui de-
sarmado.
w"1
Que é isso, meu filho ? Eterniza as mais doces recordações/... í ™^^
i\
O senhor roubou-me. Fugiu. Abandonou-me. Man- ¦¦¦M
dou que eu fosse procurar a casa verde e aproveitou-se
para me abandonar... Nos momentos felizes de um doce enlevo,
íSfiffl

Eu ? Casa verde ? Que casa verde ó essa ? ¦<':n>w$m


sua cutis deve ostentar beleza e perfeição...
ü I* A da moça que quiz mata-lo. A casa dos macacos.
A casa do povo morto na mesa... deve evolar um perfume discreto, que au- m
Mas, meu filho, não existe casa verde. Nem sei mente seus encantos...
de moça, nem de retrato. Nunca vimos gente morta na ;¦¦'•".'

mesa. Para isso, Gally criou o admirável pó de arroz yyy%

Então como foi que fiquei abandonado? Como Narciso Azul, de perfume floral e fragrância
foi? E o meu dinheijro? sutil, - que eterniza as mais doces re-
Está aqui. Você terá a sua parte. Confie no velho la_« ^t_l_l_^^^_^_l---l.^_lfl 1:1. ¦ \
Florencio. Você não se lembra. Você estava com febre.
Nós paramos para dormir. Você entrou no mato. Cha-
mei você. Não sé lembrai? Dei tiros. Você num ouviu?
w Mm/^'W^'ji \
*\I i_P*íÍSS%V v» v_*_fl_V"?''ír_r '•)
cord ações!
O pó de arroz Narciso Azul, de Gally,
Não. Nada disso. J§JM:.^_I l^itA' I -x. de composição finíssima e previlegiada
No dia seguinte percurei você. Passei ainda dois MWWÉÊém mWmW^r-J N aderência, harmoniza a beleza do seu
dias lhe percurando.
Pensei que v. tivesse murrido. Ou que as onças ou
os jacarés tivessem lhe cumido. Voltei triste. Você é que
WÊÊSmw
^jjk_^flÉEs|u|B PJ'^____fl__l BE^^v-í'* ^f .
>
rosto com um perfeito "maquillage".
'¦¦'.'
'KÍW

nem é n__u filho. \í5í___Çj_B B^."A__»f^^ Luxuosamente apresentado nas cores:


O velho falava a verdade? Mar- havia tanta since- \5_á_í m^fcÃiíÊsSiiwí.'^*:-
'¦ : A, s*\j** Branco • Rosa • Raquel • Ocre-
ridade nos _aus olhos molhados e no seu falar seguro que jé$S_! flFvis\tô £* ¦ ¦¦¦' '•'}' n <r~\ ^^^
claro • Ocre-escuro • Ocre-rosée
AS
cai chorando sobre o stu peito largo.
E a casa verde? tI<g|jS^^-BHBBi^Í^_l^fô?£' •¦:i:--':^r rJ '^ Gitane • Péche • '*í_

Não existe, meu filho. Cumo pode exi-ti uma casa


assim, na ilha do Bananal?
Olhei o Araguaia, que descia indiferente, na sua ^fl_S_2S-:/'ií'A-*"'< —^
¦- ~^-taa_8Tii*'
-j>>~" ,t-ssh
grande massa dágua... Agora eu compreendia. Eu co- 1 3___fir Á venda em todo o Brasil
nhecia as grandesas e misérias do garimpo. Fora vitima
das febres. A febre que provoca a solidão, que revolta
o homem contra a selva. É a selva que produz loucura. WÊ
explicado. ¦¦ UB
¦'.
-

II 1
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¦BMHT'"^"-^.^'^?^"*^* v'.nj v WFrywv^VW'
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./. *-.--.;," ' ¦¦¦¦ (;¦¦¦'.¦ jí»<içí.r,, -••¦.'¦_•-.¦¦ ¦• .'7' ,'>, 'Y- t^^^^^P^gpPfP^^P^P^^^:^
-;"•¦
-;.'*;-

REVISTA DA SEMANA
14 dô Outubro de 1944

m r
1844-1944
THE S. S. WHITE DENTAL MFG. CO. PHILADELPHIA
X: -
ÜM SÉCULO DE SERVIÇOS A' ODONTOLOGIA
SÍMBOLO DE ORIENTAÇÃO E GARANTIA
» DE!TIFRICmSífüiSE?I,nl;S,iS!S
DEHTIFRICIO MAIS INDICADO Skà WJLT5-5' J?flBER DAR PREFEREHCÍÂ' AO
PARA HIGIENE E CONSERVAÇÃO DOS DENTES
PASTA DENTIFRICIA S. S. WHITE
em ¦ minha horta. Tomei a liberdade de
levá-la ao seu pasto, fechando depois a tos operários cujo corpo reclama uma bitsch, com um personagem caminhando,
compensadora noite. Operários todos-são. caminhando sempre diante da objetiva e
porteira..." O vizinho ficou tão impres-
sionado com a atitude do bom homem Levam, na alma, um bem-estar. Produzi- cada vez menor, sempre menor, até se
Gabtlos BraM«s1?? ram alguma coisa e reduziram de vinte
que foi ao depósito municipal, pagou a tornar um pequenino ponto no horizonte...
multa devida, retirou o cavalo e entre- Escnrcccdor Discreta e quatro horas o tempo que lhes falta Um ponto que fará confundir cada sen-
gou-o ao dono. Que achais disso? Não iMonncçAfM* para serem livres. Um dia eles deixarão (enciado, uma vez livre, com todos os ho-
será melhor empregar o tempo em servir Rua FlacH, IM-Bio. T. O-2M0 de ter a obrigação de entrar na fila in- mens livres da terra.
ÓLEO — LQCAO diana, de obedecer aos toques da sineta,
ao próximo e fazer boas obras? Que *
I paz
e que alegria a gente goza com isso! — de se recolherem à cela esperando que
o guarda passe o ferrôlho na porta. Um
Vosso diretor e amigo, Flamínio Fávero." <L*\
E' quase noite quando damos por en-
dia eles sairão por esta mesma portei
larga e pesada que estamos cruzando, e Wymm
cerrada a nossa tarefa. Em sentido con-
trário, os passos do repórter e do foto-
encontrarão à sua. frente, não a galeria
discretamente iluminada, com as sombras
íy& V\
grafo, encontram-se com os de centenas e
"Vosso centenas de sentenciados. EÍes caminham, projetando-se na parede, mas a entrada
diretor e amigo". E' assim que clara e livre, luminosa mesmo à noite e ~:'},

o diretor de uma cadeia pública, no Bra- em fila indiana, rumo às celas. Os saltos mesmo nas trevas. Porque a luz jorra do
:

vão batendo, sem ritmo, no piso de azule-


interior de cada coração libertado...
li jos. Braços caídos, ombros ligeiramente E apanhando condução, de volta ao
arqueados, a olhar em frente, tanto centro da cidade, não sabemos por que,
podem
ser os presos que vão viver outra noite
lembramo-nos do final desses filmes ame-

llWtfriU nas quatro paredes da cela, como exaus- ricanos, à maneira de Chaplin ou de Lu-

r
*
^m fjáM ^Lm^. \_- JI_M_lffÍ_H__•______________________!

tv
sil, se dirige aos presos, muitos crimi-
MESBLA ARTIGOS PARA PRESENTES
' -»
nosos de fama, outros indivíduos cuja his-
tória criminal, explorada em outro estilo,
ÜM BUSTO PERFEITO
poderia fornecer aos leitores', neste mes- SERVIÇOS para JANTAR, CHÁ e CAfÈ
PORCELANAS o LOUÇAS INGLEZAS
Dé elegância e juventude
.,-Y'' mo espaço, capítulos espetacularmente
tenebrosos e trágicos. é mulher .. .
CRISTAIS i
Mas preferimos deixar o sensacionalis- INGLEZES A plástica perfeita do bus-
mo para outras ocasiões, nunca o reali- AMERICANOS to é elegância e juventude.
zando à custa da desgraça alheia. Os e NACIONAIS Seios caídos prejudicam o
V ^^m^^m_~Í_^m_^ >_r silhueta feminina.
^^k iít^^mx
IfrV Ê fácil, porem, reconquistar
«SSíe-.rr ¦
mfi'
00R de ESTOMIGOt RUA DO PASSEIO, 48/36
^—
ÍCOMprejmJ CRfÕííi^ M a perfeição do busto, usando
a PASTA RUSSA.
AZ IA - MA DIGESTÃO
tISFirSJA-ÜUIIAI RIO DE JANEIRO -
com caRNét
£ A PASTA RUSSA, isenta da
$À0 PAULO - PORTO ALEGRE perigo para o organismo, usa»
PIPIII PELOTAS - _ BELO
da diariamente, ativa a cir>
RECIFE HORIZONTE - NITERÓI culação do sangue, e age

BANKETS sobre os tecidos atrofiados,


dando firmesa aos seios.
Readquira a juventude do IN
VOCÊ TEM VOCAÇÃO PARA DETECTIVE?
busto, usando
PASTA RUSSA.
homens que vimos na Penitenciária de um produto
IX- São Paulo, muitos abriram-se conosco, de SOLUÇÃO DO "CASO cientifico de
00 B00K-MAKER" \**r***JR^^****fy
vassaram-nos episódios e maselas da com provado1
pior
1 espécie. Outros falaram pouco,
um "crivo" pediram
(cigarro) para fumar oculta-
O cadeado estava do lado de dentro da
mento a inocência de Carmen, pois ela nao
porta. Isto prova concludente-
eficiência e
confiança
mente mas não foram além. Nenhum nos poderia ter saído do quarto (com absoluta.
encarou de olhos ameaçadores. Apenas, o cadeado por dentro) depois que Boyd foi atingido.
evitavam posar de frente
para o foto-
grafo. Eles não se consideram isolados
Como não havia porta de ligação, ficava
provado que Boyd era um sui-
cida e que Mae tentara tolamente envolver Carmen no
PASTA RUSSA
do mundo em caráter definitivo. Querem crime. O ciúme foi o Nas boas farm. e perfumarias
motivo. Quebrado, não podendo fazer face aos credores i >
voltar ao convívio da família e dos ami- e conhecendo o castigo Distribuidores :
gos. Se os amigos de outróra não quize- que o esperava, Boyd matou-se. ARAÚJO FREITAS & CIA.
rem recebê-los, hão de conquistar outros. Rua Miguel Couto, 88 • Rio

I *
0 Palhaço o que é?
i ¦. Mantemos A EXCELENTE ( Continuação da pag. 30 )
QUALIDADE de Estava combinado que nos revezaríamos
culo. Uma noite eu, outra o Brandão. Era tão no espeta-

' rS^A
Johiiitie Walker Brandão não estava passando bem. Há alguns
estava doente, mas nem por isso deixava de
conheSdo
que sempre que falavam nele acrescentavam: Brandão o
populanssjjno. O adjetivo superlativo explica a sua fama
dias
trabalhar.
mas, lamentavelmente, não podemos aumentar a JLra o meu dia de espetáculo. A representação
obtido enorme sucesso. Num dos intervalos tinha
nossa produção. Rogamos, pois, aos nossos Ami- da peca
Brandão sentiu-se mal. Fui vê-lo. Não houve
gos que tomem suas providências, afim de obte- muita coisa. Em poucos minutos, expirava tempoVaS
em meus bra-
rem a MAIOR VANTAGEM de cada ços, aquele que foi um dos meus maiores amigos
garrafa. Quando voltei ao palco, fui recebido com risadas.
John Walker & Sons Ltd., Vinha triste Muito triste. Pedi silencio e anunciei: -
Scotch Whisky Distillers, Nasceu em 1820 — O espetáculo nao pode continuar. Apagou-se
mas continua na moda. uma"es-
trela . Todos se retiraram.Pobre Brandão! Ele costumava
Kilmarnock, Scotland.
dizer: Benjamim, você não é apenas um
palhaço é

Ssc*sí»íâiSâíi
1
14 de Outubro de 1 REVISTA DA SEMANA •r
¦¦'}

Sei. Que me diz sobre eles ? Não '"podia'" fazer^de 'outro^modo,


Mal. retrucou o advogado. Os irmãos e o

Rclenol Mal? ÁGUA DE TOILETTE


Sim. pai são uns patifes. RAINHA DA HUNGRIA
E agora, que o velho morreu,
Conhece-os? que De Mme. Campos
— Não ppssoalmonte. De fama, co- pretende o senhor fazer? LIMPA E FECHA OS POROS
NÃO HA MELHOR SABONETE Reunir os três irmãos na casa do
SEJA QUAL FÔR O PREÇO nheci-os muito. morto e lêr o testamento. A VENDA EM TODA A PARTE
Quem são eles ? Muito bem. Mas por
Um, "Duke", 6 que pedf, a
Devoras! gangster. nossa proteção? Ante a hesitação de Velie, Ellery
Porque estou certo de
~ Sim. que alguma falou:
E o outro ? coisa vai acontf.cer... Papai sorá um jardineiro, eu um
Já convocou os três irmãos?
0 Crime dos Her- O irmão é chamado "Killer",
fr.i lutador de box. Hoje <?" capanga do
Os dois rapazes, sim. A irmã ainda
não poude ser encontrada. Espero falar
mordomo...
E eu, começou Nikki...
deiros Cobiçosos irmão.
E o terceiro completa o bando.
com ela hoje mesmo, assim que sair
daqui.
Porém Ellery protestou. ^
Você não vai.
Quem foi que disse ? Serei a cria-
Não. Aí o senhor se engana. Multo bem. Deseja
(Continuação da página J5( Porque ? que estejamos da de quarto da irmã. Estarei muito
Porque so trata da única presentes... bem.
um de meus filhos... Um só...
para Sim, pessoa --Sim. Porem preferia quo esti- -Olhe que e perigoso.
senhor. decente a* família. vesserri disfarçados .. Eu j:l mo meti em peiores.
Não lhe interessa isso, não é ver- - E qual ó a
profissão desse cava- Velie teve uma inspiração: E' verdade. Bom, então está com-
dade ? E se eu lhe disser que todos três lheiro ? -- Que tal se fôssemos disfarçados
Não ó homem: é mulher. binado. Vamos preparar os trajos ade-
cobiçam a fortuna? como criados?
Meu caro senhor... Ah! 0'timo. qüadòs para as profissão escolhidas e
E não quero que saibam, antes.. . Uma mulher direita. E' dona de Eu serei um cha.uffeiir. falar com Murdock.
um cabaré. Brigou com o pai porque Autos de sair o advogado Otis: avisou:
antes... Ah! Se o herdeiro morrer, os Ellery aprovou: Falarei com Murdock o explicarei
dois filhos restantes repartirão a for- achava que ele não procedia bem. Com Arranjaremos com o velho criado
os irmãos agiu da mesma forma. tudo a rio. Depois procurarei "Sugar"
tuna... \ Murdock. Ele quererá ajudar? Cain.
O herdeiro 6 um de seus filhos ho- Mulhtrzinha danada! Comentou Sim.
Nikki. Está ótimo. O Inspetor...
mens \ (Continua na pag. 4$)
Não posso dizer.
Muito bem. Não foi por curiosi-
dade que perguntei... ss
Não direi! Não direi!
Não precisa exaltar-se. Ninguém .^mmHmm^mmjÊ^^mÊf^x^:>:"' ' •"".¦•*•>•' "¦•**- I
vai forçá-lo a isso.
m
mm¦to<"

Isso é que o senhor não sabe. Eles


são capazes de tudo. De tudo.
Ao entrar vi que a casa estava de-
serta. O senhor vive só?
Sim. Antes só do que mal acom-
ijijM ^kW- ?f mE^mm^^^mm^^^^^^^^m^^^mm^m^mmm^m^^^^^mmm^^^^^^^^^^^^m
'¦•p-; .r,'e t?.
1 panhado.
Muito louvável, não há dúvida. T?*Ty ís i. ',< ;f.s ¦ *-¦) S te fà..XX^M^M^M^W
Mas não tem criados? Ninguém que
lhe atenda? Quem cuida do senhor?
i Ninguém. Só Murdock...
Murdock ?
Meu criado. Meu fiel criado. O
único fiel...
E ele onde está? O senhor está
doente, precisa de um enfermeiro. Hln&llll I I b^.
Não quero! São í assassinos que
. ¦¦¦¦¦¦il ¦ ¦ " H b^.
eles mandam para cá. Para me obri- ¦ ¦¦¦¦ti ¦ ¦ ,. ^L.
bW
I H ¦ I
gar a morrer mais depressa. Porem eu ¦ ¦ 'M 71
já morro! Estou velho, cansado. Só... fc- |.s '.. !¦ ¦¦/'" .... -W ¦'¦ .t? ,M ^k
Ver-nos-emos, num mundo melhor, Sr. • "71
Otis. ri
O seu criado não está ;
Saiu. I
Saíul Deixando o senhor só, num
estado desses? , /¦''''^mr^^^^^XKa^e^r^^^í/^:-
r
y'*SáÈÊÈ)ÊÉÈm
Foi fazer umas compras. 7
Umas compras? m
Sim. Para mim.
Posso perguntar o que ?
Sim. O meu caixão!
k. '¦/à
*
...E estas, Sr. Queen, foram as x
últimas palavras que ouvi dele. Há
uma semana. Há quatro dias que Cain
morreu. Soube dieso por uma telefo-
nada do criado, Murdock. Cain foi
enterrado ontem pela manhã. m
Ellery Queen ouviu em silêncio a
extranha narrativa do advogado. Quando
.este acabou de contar o que ocorrera,
Ellery olhou para Nikki e perguntou:
—Tomou nota?
Sempre vigilante '*^mmBmWw 111
Tomei. m
0'timo.
Depois, tornando a voltar-se para o PARA PRESERVAR A SAUDE DOS SEUS
advogado, ele prosseguiu:
fc. — Diga-me, agora, alguma coisa so-
bre a familia de John Cain. saúde de seu filho é certamente uma de suas
São três os filhos. A preocupações constantes... Vígiando-lhe os menores
gestos e movimentos, V.S. o protege tanto quanto possível...
Essa proteção, entretanto, se limita ao seu campo de
A BELEZA E' OBRIGAÇÃO visão — e fora dele existem outros perigos, como o

A mulher tem obrigação de ser bo-


dos alimentos que se deterioram facilmente... Para
auxiliá-lo na defesa de seus entes queridos, ampliando i
nlta. Hoje em dia só é feio quem quer. a obra do seu desvelo e do seu carinho, está sempre
Essa é a verdade. Os cremes protetores vigilante o Refrigerador G.E. !
para a pele se aperfeiçoam dia a dia. Fruto decuidadososestudoseexperiências.oReirigerador ¦Mi
Agora já temos o creme de alface mm
ultra-concentrado que se caracteriza por G.E. oferece a melhor das garantias na conservação
sua ação rápida para embranquecer, afl- dos alimentos. Atraente no conjunto, perfeito em seus
nar e refrescar a cutis. mínimos detalhes, mantém uma temperatura apropriada
i Depois de aplicar este creme, observe
como a sua cutis ganha um ar de natu-
a cada espécie de alimento, de maneira a conservar
fresco e saudável tudo que se lhe confia. Assim, o
ralidade, encantador à vista. Refrigerador G.E. zela pela saúde dos seus...
A pele que não respira resseca e
torna-se horrivelmente escura. O Creme
de Alface permite à pele respirar, ao
l mesmo tempo que evita os panos, as GENERAL® ELECTRIC
manchas e aspexezas e a tendência para DEDICANDO
o máximo dr
esforço a prortuçio de guerra,
pigmentação. a General Elctrlc continua, "O MUNDO DE AMANHA" é o novo e movimentado programa
entretanto, a tudo fazer para dar
O viço, o brilho de uma pele viva e uma assistência eficiente ao apresentado pela General Electric S. A. Onça-o todas as sextas
com o uso do teu Refrigerador G. E feiras, ás 21 horas, sintonizando a Rádio Tupi do Itlo de Janeiro.
•adia volta a imperar
"Brilhante".
Creme de Alface
W13
Experimente-o.

-^jBk*i»-*'-¦ ffM^i^d*!! i » fm&' nT


r^T^jíf.' '£r_rr?ã"* *w>wki
SBamro
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••¦*¦,'¦'¦;•¦'

¦ ¦ 7'-7JiVl-a^
¦• • ':..'.;i '¦¦¦¦.7.-;.'¦¦.»'.
REVISTA DA SEMANA 42 14 de Outubro de 1944
Sílvio Vieira — por solidariedade de
classe, talvez padeceu do mesmo de- Nem mesmo Leonard Warren, por
H
líàa.a.
feito. . Cênicamente, porém, foi
ator correto que todos conhecem.
Figuraram ainda no espetáculo, em
o exemplo, conseguiu dar vida àqueles
Pagliacci, cnde até o burrico que
aparece em cena contribui para o des-
papeis de menor importância, Bruno equilíbrio do espetáculo, com um jogo
Magnavita e Gretel Bruno. de cena desastroso, que Leoncavallo, que
A orquestra, dirigida pelo maestro fizera o libreto e a partitura, absoluta-
Torre, sem maior relevo. mente não previra...
Mesmo assim, um tanto ou quanto A temporada foi, portanto, fraca.
hesitantes, prefiro os espetáculos so- Teve seus pontos altos não há dúvida.
mente de artistas brasileiros e que con- Entre eles quero destacar a atuação
tribuam para incentivar a arte lírica irrepreensível do heróico barítono War-
entre nós. que suportamos, todos os ren, que cantou Pagliacci com a perna
anos, com a mesma paciência, medalhões quebrada, sem que isso prejudicasse a
Maria Tudor -- Musica Viva mente, soltando a voz ao "Deus dará",
o que não raro traz prejuízos graves.
extrangeiros, famosos, gritadores ou afp- beleza de sua voz. Merecem também
especial menção, além de Kullman,
SP'' nicos, em geral de segunda categoria
BI'1 (Roberto Lyra Filho)
Ora tudo isso poderia ser evitado e 6
realmente uma pena que essa cantora,
Violeta Coelho Netto, na Butterfly,
Alice Ribeiro, na Carmen, Maria Augusta
wÊSr
mm;-- que é elemento valioso, não dispense à C sta, no Rigoleto, e Maria Helena-
Tudor foi o último espe- sua voz os cuidados que ela merece. Martins, na Odaléa.
táculo da temporada lírica. Creio, mesmo, que uma das caracte-
MariaDepois de algumas recitas nas Dentre os espetáculos, considerados
Ip-
Km-"- quais observámos um louvável esforço
ríslicas dos cantores que tomaram parte
na Maria Tudor foi a falta de escola, ou a
como conjunto, citaremos Falstaff, Ri-
goletto, Boheme e Madame Bútterfly.
no sentido de tornar homogêneo o espe- má escola, o que vem a dar no mesmo.
Assim, Assis Pacheco, dono de uma voz _• >'í7_lfl aS_7"5C' if^"l _-__!
Regeu, quasi sempre, o maestro
agradável, também demonstrou ter uma ^ -^níüflfl _______P^_I HeSf^
' *¦ «Si
vp4,'.' .'"•I'^-«1^1
Guarnieri, que durante quasi toda a
emissão deficiente, o que não lhe per- "¦!?____! "A4^^flS_£r^B
temporada abafou, impiedosamente, a
% 1_JBv___l ____r r'' ___R-_Íl___*»'"''-''''.* ~j. voz dps cantores, com uma regência
milc explorar com proveito os recursos
de que poderia lançar mão, e dá ao seu «fl
demasiadamente. . . vigorosa.
Br%^k__^^"'V''V"'v-_1w A orquestra, quero insistir, não tem
desempenho uma " irregularidade facíl-
rper'p. corrigida com um pouco de culpa. E explico porque. Quando Klei-
estudo. ber este ve aqui, deu-nos, com os mesmos
H§ Fonseca também não esteve
__I_fi_____Ff^''viíwBffliS-V
' • '¦ ¦1*^ '•'¦£.*¦"'"*'ü* '-*'•
^-__-ü_ *** I
músicos e os mesmos instrumentos,
¦ Junta
vontade no papel que lhe foi c nfiado. concertos admiráveis. Por que, então,
Mal se ouvia a sua voz exceto nos agu- IV fí__<\*Pà vvvflPi*»ára_."!¦_¦_!¦¦¦' Ví.^vÍ^vmH _________
_____¦"'S!«rj*_i'_'"VÜ' "jt»í iv _._!__!__ijCuli-u ¦", •,•• _ . fOt^MmB
culpar a orquestra, se, sob uma outra
É*.r'<^_B ___B
jy5M*^-_iWfl--_-f--_' "•'<'_''' batuta, não repetu a façanha. E' !ó-
tf
__B ti',',i|i»|iix'
dos, quasi sempre ásperos.
t Américo Basso demonstrou ac ntuadas * gico atribuir-lhe a responsabilidade?
mm ^___B_______r._t_*__* _•_. -¦¦'-___h A experiência prova que não.
se bem _D_k'^_l !_______«___&
¦•

q.ue ainda
-_____. -___________ __.'< . ___________________

qualidades,
não tenha atingido a perfeição. Foi, ¦QftiBi ^BBJiBW--BB-BB_-B_! Antes de encerrar quero ainda falar
entretanto, um dos elementos mais efi- sobre uma cantora que deixei para o
cientes entre os que se incumbiram dos HELOÍSA DE ADBUQUERQUE
papeis de Maria Tudor.
_______ "^
ai vez fosse possível fazer alguns reparos,
Çrincipais cantando as mesmas^óperas, que en-
ainda quanto à emissão. Em todo quanto esperam uma aposentadoria, vic-
i.-V lenta e compulsória, ainda nos aborre-
cem. _____________RT^
UUSki™WUm
?______ Wm
Hl; ii' _, ifl BH
JULITA FONSECA Hf ,1 ' ;'"|^B
«
BBR:_'!__:::.'_j^H
Ka.'jfl ' ¦
táculo, com uma~verdadeira e"""elogiavel Encerrou-se a temporada lírica. Os ¦5 ,.,..¦ ^B
f"fl HH B
afinação de conjunto, que as tornou
muito agradáveis, tivemos uma série
últimos
ram. A
cantores , extrangeiros parti-
última recita de assinatura já
IBn¦¦¦¦¦•

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: ______________________¦__________¦
______B______B
juiiitmmí

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um

____¦! bP É___Pfl_________HHHHHHflH_____________i
de interpretações isoladas. Porem as foi cantfida. E' chegado, pois, o mo-
recitas tornaram-se cada vez mais pobres, mento de fazer um pequeno comentáro- wm.
I à%ml
^m

fll
H
denunciando preparação apressíida. E geral sobre as recitas que o Sr. Pier- _BS'í ____B___B_____________________H______B
chegámos, fin. lmente, á última da gilll nos ofereceu.
temporada, ouvida em um teatro quasi Diga-se, em primeiro lugar, que a
________. J^3 Dnfl ^Ji||hH|
vasio. i? temporada foi fraca. Fraca, não só ¦l.. ¦ "9ncflBf^{l_t___B____________B
O principal defeito de interpretação por causa dos naturais obstáculos que
foi a falta de ensaios, que dessem ao
espetáculo uma certa segurança que
a guerra opôs, porém deficiente, mesmo,
nas pequenas coisas demonstrando uma KIíIÍIbPII
¦UU|áiyt; YiiHmWfcMmmmMM
pudesse suprir muitas deficiências, Isso negligencia lamentável.. Assim, se cer- ^H MflF. y a.TTÍE •rjgyMmmu ___________
______ H-H ____.>___.. ______i ______
¦¦¦¦¦¦¦___B_____B_______B_BI_BK-«-:-l4j_BB _BB
não tivemos. Nem, tão pouco, uma tas recitas não tiveram sucesso não foi
interpretação que compensasse o tempo tão somente por culpa dos cantores, ASSIS PACHECO
perdido. mas por falta de organização, falta
Vimos como Heloísa de Albuquerque, de ensaios. . A Bohemia confirma o que
desprezando dons reais, usou de sua afirmei, estabelecendo a exceção. . Com fim justamente porque a meu ver-foi
voz com pouca arte, e desincumbiu-se da AMÉRICO BASSO um conjunto bem ensaiado, esforçando-se a maior que aqui tivemos este ano:
parte cênica com visível esforço. He- em dar vivacidade e leveza à interpre- Jennie Tourel. Essa cantora canadense,
loisa, a meu ver, carece da orientação taçao da tragi-comedia de Murger, a que, creio, voltará ao Rio no ano pró-
e da experiência de um mestre que lhe caso, a sua voz redonda e aveludada, ópera obteve um sucesso estrondoso, ximo, deu à platéia uma compensação
aponte a maneira mais eficiente de que já ê digna de admiração, bem ao passo que a Manon, espetáculo dado com alguns concertos que arrebataram.
utilizar os recursos que, inegavelmente, aproveitada poderá conquistar-lhe um de presente ao publico, apesar da inter- O entuziasmo era justificado. Jennie
possuo. Dona de uma voz extensa e ros'.o de destaque entre os cantores pretação magnífica de Charles Kullman, é uma das grandes cantoras da atuali-
volumosa, ela canta despreocupada- líricos brasileiros. fracassou. dade.

tempo, compreendendo que a ironia — Veiamos...


QUATRO PALAVRINHAS seria muito evidente. Olhe...
Mariana refletia. Errei novamente.
Esse homem não entende nada. Mas
;aa; A' meia noite retirou-se. Ia, primei- é um amor! Quando ele fica zangado
ramente, levar Mariana em casa. faz uma ruga entre as sobrancelhas que
(Continuação da página 15) Vocô gostou de Mira? me dá uma vontade louca de beijá-lo.
John sorriu: Era decididamente, a última tentativa. Fica tão bonítinho, de cara feia. Que.,
acham que o marido não deve fumar em Ela 6 amável, mas fala demais, você Sabe, John, eu vi um lindo apar- acharia tle se eu lhe propusesse casa-
casa, não deve andar com roupas velhas! não acha? tamento, hoje. Imagine só!Coisa rara! mento. Imagine só: eu dizer... Que
Eu não sei dc coisa que agrade mais a Oh, John! Bom, barato, e desalugado. bola! Por que não? Ora, tolice! Até
um homem. Andar de roupas velhas. O Eu não disse por mal. Gostei até Deve ter algum inconveniente...
que estou louca! Entretanto...
George diz que ó por conforto. Eu não muito dela. Mas ela tem a mania de Não tem, não.. E' uma maravilha Sarece
íão! Todavia... Nunca! Contudo....
sei, Parece que se habitua ás roupas dizer que é muito boa para o marido... Se eu fosse casada comprava-o, logo, John, você gosta de mim ?
e cria-lhe afeição. Interessante, não ó? 0 Georgo queria conversar sobre pesca logo. Mas para mim sozinha com mamãe Ele olhou-a surpreso.
Pois é, eu acho quo a mulher deve ser mas ela não o deixou falar... é muita coisa. Muito grande. . — Gosto.
tolerante... Você está sendo muito severo. Você tenciona morar com sua John você me ama ?
E o marido também... mãe ,quando casar? Ué!
E' lógico. Mas cm geral, os bem Ela 6 uma ótima esposa.
Acredito. Mas não deixa de ter 0 coração de Mariana bateu mais Responda!
casrdos não precisam dc fazor disso isso... depressa. Bem... Acho
que sim...
natu-
linha de conduta, porque vem Mamãe disse que acha que quem John, você
quor casar comigo?
ralmente... casa quer casa. Você não acha que ela Ele ficou surpreso. Mas não chocado.
E' verdade. tem razão? E' melhor vivermos felizes Admirou-lhe a coragem e ficou envaide-
Pois ó... mas separados do que juntos mas de- cido.
'
É& Mais uma pausa embaraçadora.' Ge- Novo estrondoso fracasso! sunidos. Mariana!
orge resolveu intervir. Não me diga! E eu Sua mãe tem razão. Quer?
Você gosta de pescar? que fiz tudo para
parecer o protótipo da felicidade con- Poise... Quero.
John replicou, com entusiasmo: jugal. Para John estava concluído o assunto. Então estamos noivos, não é ?
Muito. Pois sabe o que ele disse de vocô ? Para falar a verdade, ele gostava muito Ele riu.
Que foi? Ainda não.
í-' Mira não perdeu a oportunidade: Que vocô era boazinha mas muito
dc Mariana mas nunca pensara em
Elo todos os domingos vai pescar. casar cem ela. Saiam juntos muito fre- Como?!
Só depois do beijo...
Não perde nem um feriado. Gosta da faladeira.
Ah, semvergonha!
passeavam, ele gostava
John! Onde está sua timidez ?
não dei- Suentemente,
pesca! Há certas esposas que Eu acho Quando ele for
meu cunhado vai pagar por isso!
a conversa dela, agradável e inteli-
Foi vocô quem começou!
xam os maridos pescarem. mas... Para que casar? Aban-
Você já está contando com a coisa!
idiota. Se ele gosta, por quo impedi-lo? Sente,
onar todos os seus hábitos de solteiro ? Desde esse dia, quem pedir algum
Os passeios podem ficar para outra oca* Pois eu perdi as esperanças. Deixar a sua preciosa liberdade? Não, conselho a esse respeito a Mariana re-
aifio, o senhor não acha? i — Pois minha querida eu vou ensinar melhor era esperar. No dia em que se ceberá essa resposta:
m John quase disse: Vao-lhe muito bem o golpe que não falha. Foi assim que resolvesse a casar, então pensaria em Use o método direto. E' simples,
esses sentimentos, porem conteve-se a eu conquistei o George! Mariana, boa moça, distinta.». econômico e eficiente!
IBBfc-
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i H íi__#*í>

^i.sv".««_í>«í•*,*

Sob o patrocínio da Sociedade Brasileira


de Artes, vai inaugurar-se depois df amanhã,
TORRE DA CANDELÁRIA {Rio)
no Salão Nobre do Palaco Hotel, a primeira
PORTAL DA IGREJA DA LATA {CüJnpOS
~~ E. do Rio) exposição de aquarelas de Alberto Lima,
que se estenderá até o dia 31 do coirente.
>:.* Trata-se de um conjunto de com interessantes
*" %5_fcilllÍi__l_^^i^^;^?>*ÍÈSlii trabalhos, subordinados aos títulos : Relíquias
$__________t________N____BMta. do Passado, 0 Rio Pitoresco, 0 Rio que desa-
parece, Igrejas, Nossa Terra o Nossa Ciente.
Flagrantes de Ouro' Preto, de São Lourenço,
de Mangaratiba, apreciáveis aspectos de Cam-
pos, Patí do Alfcres, e outros detalhes tipi-
camente brasileiros, que vão despertar a curió-
sidade do público. Nesta páginas, oferecemos
ao leitor a reprodução de quatro dos trabalhos
de Alberto Lima, que é também nosso antigo
companheiro de redação.

NAS DO PALÁCIO DA CONCEIÇÃO (Rio)


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jação do vento
Sou da tempe-

^jjf\ - m^\^ Jf^ ratura


afetar
"¦sg-r"
pôde
os lábios
fazendo-os res-
|í-r. secor e até ra-
W& .'¦;
flfc-AR f =ül.char.
Lábios gre-
todos e doloro-

MR ™ I HH
sos são incò-
modos e desagradáveis, tanto paro o
belo sexo como para os homens que tra-
^-•balhom expostos ás intempéries.
?g- LIP-POMADE é uma creação espe-
=rclal para evitar esse desagradável aci-
¦~. dente. Homens e mulheres têm, nessa
=~- moderno defensor, a solução desejada
_ graças à qual podem arrostar os ven- '"' ITT'"'
™,os- os alturas, as praias, sem quol- •/ I i-^ÚÍ^í^'^*^ímmm^,:^T í" 'w>-7^^^«ÍT f'?'';'•'••<''%''-U ^MmMmtSÊMMMm WmW^^ «íSíM^ÍC&ofc
=quer contratempo.

OMADE
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J-hha o-s seus €z$á>$

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CABELOS BRANCOS?
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~ LOCAO /
dwfF/

4 vestidos de passeio em duas e três cores


TRES TONS DE ROXO, BEM ESCURO, ROXO-NEGRO, MESMO TIPO
DE TOM CLARO E
AINDA MUITO CLARO. A\ CASQUETE ESCURO TEM Ti "CHOü"
UM DE PENAS
DOS DOIS TONS CLAROS.

2 — DOIS TONS DE VERDE CLARO E ESCURA MAS DO MESMO GRUPO;


EM cBS i^ '3. *: "í*^^b ^y 0 CHAPÉU É
k ^y
DO TOM MAIS ESCURO. AS LUVAS EO SAPATO TAMBÉM.

EM TOM "ROIS-DE-ROSE ESCURO" E HAVANA, O CHAPÉU, É DO HAVANA COM


VÉU ENGOMADO.
. ¦' • áiyj ¦¦ -
AZUL ULTRAMAR ESCURO E AZUL DO MESMO TIPO CLARO, O CHAPÉU EM ESTILO
TURBANTE TEM A PARTE DO CENTRO EM LISTAS DOS DOIS
TONS,

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ALGUNS MODELOS
II; "^p^
gf^3^ Hm - calcado da moda
para o mundo elegante á j
Rua üru^uaiana 52
Fona 22-5537-BIO %

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14 ide Outubro de ig^| --rii-x^x REVISTA DA SEMANA

w r CREME DE TOILETTE
RAINHA DA HUNGRIA
são voeêe dois, não era muito fácil
parecer honesta, cm comparação...
"Killer" novamente riu.
O advogado mandou tomá-los.
Tendo três pessoas eles serão necessários.
Pois bo:n. Mande-as pára um quarto
FRISll.il VEMTRET
De Mme. Campos Mana, você tem uma opinião muito dos fundos. Pililit
Sim, senhor,.
BRANQUEIA E AVELÜDA A PELE
AV VENDA EM TODA A PARTE
pouco lisongeira dos suis iimãos.
E espero que seja retribuida a
gentihza. .
Completamente.
Muito bom. Agora quo já me impor-
"Duke" e "Killer" resolveram perguri-

daquilo.
ao advogado a significação
tar depois "S.igar",
¦• porém, deixou-se
ficar para trás e interpelou, logo ,o
ALOICAS
RICULAIIIAM et INTÍSTI.
' NOI KM TOITUIA-LOS)
O crime dos herdei- tunaram bastante, posso ir?
Não. grupo; t
Você aí! d's38 para N'kki.
ros cobiçosos Não. Você vai conosco para a casa Chamo-mo Nijcki, Madame.
Presumo que ó minha criada de graças a D ms que tenham vindo
E
do velho ouvii a leitura do testamento.
Muito bem. Mas antes disso tenho queriaPoispedir-lho uma coisa.
( Continuação da pag.) 41 quarto.Sm. não.
"Sugar" Cain? que falar com o advogado que anda Queria que ficasse comigo no meu
me procurando, para dizer-lhe que já Venha comigo. noite.
Dois homens mal encarados avan- estou ciente de tudo... Sm, sf nhora. quarto, que dormisse comigo estaos dois,
çaram e um deles fez a pergunta. Ela Tenho medo. São meus irmãos
Não é preciso falar com cie. Hoje Do3pedrndo os outros "Sugar" d"ri-
não teve medo. porém tenho certeza de que náo a hesi-
Se são capangas do meu irmão estão á noite el»; irá ler o testamento no pala- giu-se'para seu quarto acompanhada táriám om matar-m'e para obter ter-
cete do vlho. de Nkki. Às.sim que a porta se fechou tuna que meu pai deixou se ^estivessem
perdendo o ,seu tempo. Eu não tenho Nesse caso... "Sugar" virou-30 para Nikki e disso:
medo deles. Vamos. Graças a Deus vieram! certos de que eu era a herdeira.
. —Venha conosco. E a senhora sabe ?...
E se eu me recusar? O gesto do irmão mostrara quo aquele NáQ compreendo Madame. Não. Por isso tenho medo. Não
"vamos" era uma ordem e não um con- Dig): Graças a Deus Ellory Qüoon
Sofrerá as conseqüências... d:sse tenho certeza do nada.
o outro mostrando um revolver. Ela
vi te. está aqui. Não se aflija.Ficarei com a senhora.
Ellory Quuen ? Muito obrigada.
finalmente resolveu acompanhá-los. Não finja que não o conhece porque Ora, mndamn... do nada.
Que querem de mim? perguntou. Três criados novos ?
Nada. Temos ordem de levá-la á eu st-i bem que, na verdade, é sua se- E agora conto-mo tudo, Como
Quatro. Quatro. cretária.
presença do chefe. Pra Mas, como... ? vieram parar aqui ?
Pois bem. Levem-me. que ? Conheço-o bem, de vista. Dou Continua na pag. 4®
Murdock curvou-se.

"K'ller" d'sse aos dois homens:


Está bem Podem deixá-la aqui.
"Sugar" olhou em torno e disse: ^ii^yy-y^^fX-iT'-^^"'
E' isic quf você considera uma
geniil visita fraterna?
Ele riu.
"Sugt r", eu gosto de você porque
você tem uma habilidade extiaord'nnria
para Ever o lado cômico das coisas !
eu tenho urna antipatia por vo-
cêf dois, porque não vejo nada que se
aproveite nessas carcaças.
"Duke"
que se mantivera em silêncio
vkwé 'Mwhtw
VBIGODE
*M DE SENHORAS E VERRUGAS
' EUMltUCAO UR-WTIDA SIM CICAT1IZES
Sii£jJÍfm& ESPEC. GOUREBM« KIOTZ
Leite de Beleza ISr^aaaô ';

8AO PAULO -1471 A». Btiq. LuU Antoiüo m


TRATAMENTOS «ENTOTCOS DA CUTU
Base o "Make-Up" à Hollywood
toco •avtat-n* piojp»e*»:
aout - ¦ - xm para
oremeoe

Para aplicação no Rosto, Colo, Braços e PERNAS


disse finalmente:
Chega de brincadeiras. Você sabe
para quem o velho deixou os cobres ?
Como haveria de saber ?
Ele pode ter lhe dito.
Você sabe muito bem que elo bri-
gou comigo antes de morrer.
I _ Mas a verdade é que ->lo respeitava
você mais"osdo que ris outros...
LALAQUE apresenta o seu novo e mo-
derno Leite de Beleza — base indispensá-
com uma pequena esponja ou mecha de
algodão. Esta aplicação, que se mantém
I
outrV a que você st- refere "Make-Up" viíif
Se — inalterável por longas horas, deve ser
vel para ura perfeito;
nao engordura nem resseca a pele, de- feita sempre de cima para baixo e 1ml
Vida de perigos a vida nunca em sentido contrário, ou circular.
Y\X-
vendo ser aplicado leve e uniformemente
da Mulher
Sujeita continuamente às pertur-
Leite de Beleza LALAQUE
bações próprias de seu sexo, tendo ¦m
o seu aparelho genital constituído vfw
Xy
de importantes e delicadíssimos X' ¦
"X
órgãos cujas irregularidades fácil- ¦ri
mente se transformam em gravis-
simos males, tem a mulher sua
vida ameaçada por constantes pe-
' / ,r Uí
rigos e precisa, pois, estar sempree
vigilante. O seu fluxo, mensal 1\ X ¦Á 1.

um verdadeiro espelho de sua sau-


de íntima: si vem regularmente
P
em dias certos e em quantidade
M
'*^P
certa sem dores, eólicas, tonturas, m*^ ---' A' ¦ >W VfflL_ *&.""'-\
\^êmm\'
enjôos, etc, tudo está bem.ou, Mas
se aparece em abundância
contrário, diminuído, irregular ou
ao
r\rt* Mi-,

'y^^J^^^Y
/'J&X&**—W$tiÊ*dÊ ^
^^S^'^.
^«bo*

m VY
retardado, então urgem providen-
cias imediatas. Mas nada de recor-
rer a um remédio qualquer. Os
seus males são de duas naturezas 'êmW^Êt^^^^S OCtC / '
Y''X
vvvv
diferentes — os que se manifes-e
tam pela abundância de regras
hemorragias e os que se manifes- - Mi
tam pela falta, —atraso ou diminui-
e, portanto, exi- Y ?^
ção de regras
gem remédios diferentes. Oa Regu-
\ ¦KH^i' ap^BWKSS^JSm --AA\*tÊ v^Kt_____vMts>'' í
,/ 'm\ • -ã
lador Xavier, atendendo essas /y:---'~-rS ;' •
I duas naturezas diferentes dos ma-
les femininos, é fabricado em duas
fórmulas diferentes: o N.° 1 para XI i
os casos de regras abundantes,
prolongadas, repetidas e hemorra-
para os casos de
IBkKHi™^** wSm\ Sm J^
gias, e o N.° 2 regras

1
falta de regras, diminuídas,
atrasadas ou suspensas. Portanto,
o Regulador Xa-
prezada leitora,o Regulador vll&&fe:-.^\^Rffpfip*^^J4^|• v £<*/•. ls^
vier N.° 1 ou Xavier %ij^Ka^^g*Bttft*8fci r^MMH*«M ^.^Ammf08mmmmm^'^^fy*2Z?^ lifc/r
ViftÍY ¦ ^ "^M^virtTiTrMfJBSfftP^^^^^^tr^
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N.° 2, conforme o seu caso, éca-o JmvaS^Vti - yy*^*m&m^^BiBtmé"**y' y/s


remédio único e insubstituível, e
paz de combater eficazmente
afastar de maneira definitivasalvo
seus males conservando-a a
de todos os graves e traiçoeiros
os
^^^À^^Ê^^^^m--^" \V;-'>
y^K^ZZ^— ^ÈLmx1
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perigos que ameaçam a sua saúde \Mxm.ir' A VENDA EM TODO O BRASIL "i
e a sua vida.
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REVISTA DA SEMANA v,e7 ™ 14 d» Outubro de 1944


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Hollywood, outubuo (Via rtárea) — Nem a guerra consegue partir a tradição
dos pares românticos, na tola. "Ele e ela" continuarão sendo ainda por muito tempo
o "motivo" obrigatório de quasi todas as histórias filmadas, mesmo quando vier a
tratar-se de um episódio anti-nazista, desses que tanto se aproveitam em nossos dias.
"love-teams" anun-
E quem duvidar dessa afirmativa que observe osta meia dúzia de
m ciados pela Paramount para suas pióximas realisações::
n Na página esquerda, ao
"alto,
Sonny Tufts e Marjorie Reynolds, e na da direita
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flffCTfl _¦_! -PfeivBl B^ fl

3iM__fl^^UMidflBVMfl|^B Ba ^_fl_ fl—fll


í>*í«VÒS^V;

amorosos, cios
também ao alto, Verônica Lake e Ecldie Bracken. Esses dois casais de \
musicais diver-
ambos marujos, constituem o conjunto ideal para uma serie de filmes
e Frcd Mc,
tidos, ora em preparo. No centro das páginas, em cima, Claudette Colbert
"Ela e o secretário", lembram-se? E logo após
Murray, que vão matar saudades de ,.rí,i
"interpretes do mais horripilante filme cio
Barbara Stanwyck e Edward G. Robinson,
Alan Laclcl e Lo-
ano", cujo título a fábrica ainda não informa. Em baixo, á esquerdo,
"dupla" de "Irmãos em Armas", cujo idílio será rooncetado em
retta Yourig, a mesma
"And now tomorrow". E finalmente, á direita, Joan Fontaine e Arturo de Cordova,
"Por "Gaivota Ne-
êl_*bastarite famoso depois do quem os sinos dobram" c ambos em y^y.' 'yyy
¦¦¦¦¦
~-v?y-y\\;i>i--'<*y.i
ty.y
acabaram os pares românticos no cinema
gr»". Como se conclue destes flagrantes, não
na ficção cineraato
americano. E enquanto o amor tiver tão poderosa influencia, mesmo
mundo. Polo contrário. Muitas coisas podem-
gráfica, é porque nem tudo se perdeu neste
ainda salvar-se...

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MflLTOGEMO
Medicação
tônico-nutritiva
útil às MÃES e
AMAS DE LEITE

T.TARQUINO

Desperte a Bilis
do seis Fígado
e saltará da cama disposto para tudo
Seu fígado deve produzir diariamente ^^^^^«^\a ^T ~t
l«JÍ^*-\ \*" '*"'—aN^T"*"' X^
um litro de bilis. Si a bilis não corre \"^^^*S*£5*^J j4/^aj É-i~E W r^^. -T1J—f\. ^^K

livremente, os alimentos não são dige-


ridos e apodrecem. Os gases incham o
estômago. Sobrovem a prisão de ventre.
Vocô se sento abatido e como que en-
venenado. Tudo é amargo e a vida é
um martírio.
Uma simples evacuação não eliminará
a causa. Neste caso, as Pilulas Carters
para o Fígado são extraordinariamente
eficazes. Fazem correr osso litro de bilis
e vocô se souto disposto para tudo. Sâo
suaves e, contudo, especialmente indica-
das para fazer a bilis correr livremente.
Peça as Pílulas Curtors para o fígado.
Não aceito outro produto. Preço Cr$ 3,00

CÀBElLÕS
BRANCOS
CAS PÁ
Queda
dos
(abellos
*^ afe

Juventude Um noivo facíonddc _J* ^ll^&^Ah~\


51 !

ALEXANDRE ^

ITÜQUES EPILÉPTICOS
OU HEHV0S0S
NOVO TRATAMENTO
O tratamento mais eficaz e seguro que
a medicina tem hoje em dia para os
ataques nervosos ou epilépticos é
o que se faz com A/t AR AVAL—solução.
Este poderoso medicamento, graças à
feliz combinação do elementos opoterá-
picos o vegetais de sua fórmula, restitue
em pouco tempo a saúde, a alegria e o
sossego aos doentes. MARAVAL—so-
lução—6 verdadeiramente o tratamento
racional e cientifico dos ataques ner*
vosos e epilépticos.
Não encontrando MARAVAL—solução
—nas Farmácias o Drogarias, escreva ao
Depositário, Caixa Postal 1874, São Paulo. 'Séxo&rte...
MARAVAL
í__i
t-7' ¦ «¦w ¦¦¦¦¦¦¦¦*—¦¦—¦>¦-¦ -.- ^—. .*.- -.-.—¦ ^.l.,--..»,,,,*^.
- . "*»** afeBWtr.y."-astor-—^" ¦i^fr^^a-^ W-'-:r.n^^^'.-rtwtetBwaiwifl
ifl"3^W$W£:
fffp^ppp^^
40 ."¦¦'¦• REVISTA DA SEMANA
14 de Outubro de 1944

O CRIME DOS HERDEIROS


COBIÇOSOS
)Continuação da pag. 45)
• Era meia noite e muito já durava a vigília. Nikki
fora dormir no auarto de "Sugar". Velie, o Inspetor e
Ellery tinham descoberto um posto estratégico para fl W^fmmr^.
I <Ç3Jk /fMÍ
observar os trôs quartos dos irmãos. %^\
Havia já muito tempo esperavam. E nada aconte-
cera ainda. Eis senão quando um ligeiro ruido, um
estálido seco de madeira desperta-lhes a atenção. Um
vulto negro, embrulhado em um robe de chambre,
caminhava, cautelosamente, pelo corredor. Tinha na mmW$Êí^mWm>$W&*. l* Bk<$£
mão um pedaço de papel, e no ombro um machado. H__BwillVíiJ;'1ilw7 ^flH
Um enorme machado que projetava na parede branca
uma sombra terrivel, apesar da luz iluminar bastante j)
corredor. Velie nilo perdeu tempo.
Eis o nosso homem ! ÁS jòrf - ^af^^flÍ mW

Com um salto ágil desarmou o vulto, agarrou o


papel que este tinha na mão e, algemando-o, carregou-o
para onde estavam Ellery e o Inspetor. Ellery acendeu
sua lâmpada : sÉiiÉS;
Murdock! fceleya Ovieáiàtwel
Era o mordomo; Um riso estúpido, de louco, dava a ¦^f Realmente, um sorriso radiante conquista es WmM jffMr^^'^ÊÈÊÈ
sua fisionomia um jspecto terrivel.
Esperem, disse Ellery. Já descobri. Esse homem corações e um encanto sedutor torna-se irreal••
não é Murdock. E' John Cain. tível! Experimente Kolynos se quiser ter uma
Tem certeza?
dentadura bonita. A espuma penetrante de
Não é um s imples palpite...
Kolynos limpa bem os dentes, refrescando e em
Mas baseado em que ?
—Baseado no fato de querer este homem matar
belezando a boca. Adquira um sorriso
\
os tres herdeiros e nesse papel... Vejam: Morrerás esta gracioso e provocante...usando Kolynos.
noite. Jphn Cain matou Murdock, mandou reunir a
família que depois de vinte anos não o reconheceria,
e resolveu vingar-se dos filhos. Por que Murdock que-
reria matar os herdeiros? O pai, sim, poderia ter
IÉL Goiifoanqa
suas razões.
Que história tétrica! 1
Porem muito menos improvável do que a que
Murdock forneceria.
Náo""'tcrá ouvido o bnrulho?
Este homem está louco! Imediatamente correram para a janela. Um vulto De repente. Velie exclamou:
.Mi
Isso é evidente. Não vô as feições dele? Esse que mal distinguiram atravessou correndo para dentro :im
vinha um carro. Era o advogado. Esperem, O assassino viu t'o testamento; Deve
do edifíc:o. Logo atrás
ar desvairado?
Otis, porem, parecia não dominar o carro, perdera a te.r ido tentar matar Sugar. Ele esta solto por ai. Meu
Esperem! direção. O automóvel veio em linha reta de encontro Deus! '-l-mi
a parede do palacete e pegou fogo com o choque. Correram ao de Sugar porém não houve
Fora o Inspetor que falara. v quarto
Ellery desceu correndo, acompanhado polo Inspetor resposta te suas batidos'. Finalmente arrombaram a
| —Que há papai? perguntou Ellery. à pelo Sargento. Descobriram o corpo de Otis, com porta e encontraram Nikki e Sugar sobre a influência
- — Nesse caso, o advogado poderá identificar esse uma bala no coração. Fora assassinado, de longe, quan- de um narcótico. Ao acordarem elas disseram: yy
homem porque com toda certeza foi o próprio John Cain do guiava o carro. No seu bolso, estava o testamento, O velho Murdcck trouxe-nos água. Nós beijemos
qjde falou com ele. Poderia dizer se o honvnãom que num envelope e que fora perfurado pela bala, porem e dormimos. ' fed
asjsinou o testamento e o entregou foi ou [.este era evidente que alguém lera o testamento, pois o com
que aqui está. .. orifício da bala no envelope não correspondia ao onfi- iT^Ellerv^exclamou: O volho tencionava fazer Deu
cio no pap-íl. Alguém retirara o testamento, lera-o que os filhos dormissom para poder matá-los....
Esperemos Otis para resolver o caso.
e colocara-o (novamente nojlugar. narcótico a todos. A nós inclusive para não ouvirmos
nem vermos nada. Porem nós não bobemos a água
E Ellery abriu o testamento: 'a que ele trouxe. Vocês duas beberarn...
— Era de esperar. Sugar Cain herdeira.
Quando as lpriraeiras luzos da aurora começaram Falar^nisso onde estatela?
Nesse ponto Velie protestou:
a tingir o céu, ouviram no páteo o ruido de um carro. E o assassino de Otis?
Ellery foz uma pausa o disse:
Quem matou Otis....
Poderá o hüor dar a solução correia antes de ver a

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JEL^EMA explicação de Ellery?Prevenimos de que um simples pai-
pile não chega) f. preciso
história.
dizer quem matou, como
que, e provar a ajirmação com os elementos expostos
e por-
na
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para Eczematide Infanti.
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^J^ '¦•'¦ .;;%>>•¦ -':'''v::'-í O velho não poderia ter matado Otis, pois estava
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* • 7 ¦ ii
o Pomada nao gordurosa, tres filhos
preso, conosco. Eliminado o velho, restam seos apercebera
antissética, que combate as dele. Qual deles? Evidentemente ura quo
í '"::'fi:
:--3
4 do estratagema de narcotizar a água o contara cora
\ coceiras e erupções da pele. í •::'""...•:
V
"y- \ os efeitos deste sobre todos os outro? para poder testa-soce-
Não requer ataduras. 1 ; gadamente matar o advogado o apoderiir-.se do
mento. Foi, 'entretanto, um crime, inútil porque o
x^v:•áBl^^>^^;^•^^¦'•:•^^;^^'•t•^^•:¦:v••:•:-:;¦^¦ ''•-:¦:'¦.'¦'¦>

assassino viu logo que não seria preciso matar o advo-


gado; nem fazer desaparecer o testamento. Quando
es-
veiificou isso, tornou a colocar o testamento onde tos-
tava e fugiu. Quem toria vantagem em deixar o
' WgMM—P^CBBB
— ————mmmmmmmmmi nu.ii tamento para qu" qualquer um lesse? Um deis irmãos
não beneficiados? Lógico que não. A única beneficiária;
a herdeira universal: Sugar Cain. Somente ela lana
isso. E, depois, veio para o quarto, e fingiu dormir,
8ob o efeito do narcótico....

nos ferimentos e K*IMTHOlATÜl SOFRE DO FÍGADO?


:imÈ

nas contusões wifàvrtmü TOME

[ Acâtmaecura IIpSvS^vT!
BIO-HEPAX
PDODUlO DO lAbOHATÓtIO OA OUABAMIDINA

I TENHA-O SEMPRE A' MÃO. Y\^^f^^k -i &*B

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*f DRS. ÁLVARO FORTES - FERNANDO AZZI
RUA BARÃO DE ITAPETININGA, 139

Salas 10,11,12 e 14-Fone; 4-0394 - São Paulo 1


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REVISTA DA SEMANA 14 de Outubro de 1944 1

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flores recortadas da mesma fazenda e
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Outro modelo tle bali de entraria damos hoje tio;-; nossos leitores, eoin íi ropru
dução do clichê acima, quo nos mostra um precioso detalhe de uma residência aris-
tocráticn da Califórnia.
Como único mobiliário, conta esta, magnífica peça cum o softl oriental forra-
do de setim rubro, colocado entre duas mesas de cristal guarneeidas com pés de
marfim esculpidos em artísticos araboseos.
O movei central está posto demite de um grande panneau ostampado com de-
senhos de orchideas.
Os raros moveis foram dispostos de mairira a não prejudicar a passagem
(pie d:1 acesso á escada de mármore.
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