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editor: alvaro duarte fl Hl W fl fl m W ¦ fl
secretários: pagú e queiróz lima
» •
O HOMEM DO POVO Sexta-feira,, 27 de Março de 1<_
yUkHEtM
As nossas meninas cinemafographicas cional que durante muitos annos, no pano-
não criam juizo e continua n com a máu. rama social do avant-guerra fingia comba-
de nomes arrevezados, mal pronunciados, ter o capitalismo — appareceu como remédio
ternas, apaixonadas de americaninhas espi- salutar o syndicalismo revolucionário. Os fa-
e sem
gadas e cabeças sem sombrancelhas ctos apontam os homens da 2.a Internacional
miolos. como trahidores que pouco a pouco passam
Meninas doentes nervosas e impoissin claramente para o campo opposto ao do'pro-
veis — catholicas, ranzinzas e implicantes, letariado. Emquanto isso se dá também no
zombando sinceramente de uma figura iuH
nosso paiz, onde seus adeptos se mascaram
aatma ¦¦- nmmmWTirmTmWmm1~~TVr^T*7Vr^\T'V*:f'tM*^
teressante que passa, incapazes de uma aven-
opportunismo, o movimento syndical re-
tura que saia do domínio de um bigodinho de
flValtus i^Sem ou de uma baratinha.
Sempre ojbdientes ao cocktail obriga,,
volucionario surgiu contra a ultima guerra
imperialista, desenvolvendo-se depois, tendo-
estão para ser se reunido em Congresso á 30 de Junho do
Excluída a grande maioria de pequenas econômica e social ainda torio, ou ao chá insipido e á tofradinha
a i lus- medida, descorada e imbecil, capaz de 1920. As massas coniprehendendo que só o
burguezas cuja instrucção c feita nos livri- resolvidos. Seria mui ò engraçado que guiar
de Moura fosse um automíovel de luxo e manejar um golf syndicalismo revolucionário attendia ás suas
.nhos de belleiza, nas [palavras estudadas dos tre poetisa D. Maria Lacerda
Briànd, para em miniatura, mas incapaz de um esporte reivindicações immediatas têm--se manifestado
meninos de baratinha, nos gestos das artis- ensinar a 1 ei de Maltus ao sr.
mundial atirando sadio, de um trabalho forte manual ou de cada vez mais favoráveis a este, deixando os
tas de cinema mais em voga ou no am- que elle evitasse a guerra
biente isemiiamiliar idos cocktails modernos a bocea ávida dos imperialistas gananciosos, produzir uma geração intelligente e uma chefes opportunistas eollaborarem com os go- ;
— temos a atrapalhar o movimento revo- um punhado de livros sobre maternidade raça perfeita. Eternas indipostas. pensando, vernos fascistas e burguezes.
•lucionario do Brasil uma elitejzinha de «João consciente. Marx já passou um sabão no celi- chorosas as gorduririhas nascentes — tor- Aqui, foram ainda os opportunistas dc
da re-! furadas
Pessoa» que sustantada pelo nome de van- batario Maltus, que desviava o sentido! pela dor de cabeça quotidiana e 1914 e 1920, intelleetuaes sem direcção, que
a favor da volução um detalhe que a Rússia por. por educação falsa.
guardistas e feministas berra para
resolveu. O maierialismo solucio- discutiram na sua Federação, sem se impor-
liberdade sexual, da• maternidade! .consciente^ exemplo já — V. não
cultas» nando maiores faz com • Mulher idiota percebe que tar com a situação miserável em que se en-
do direito do >voto para «mulheres problemas essas americanas despeitadas pela mascu». contram os trabalhadores.
achando que a orientação do velho Maltus que esse problema desapareça por si.;
Unidade — estão francamente em decaden,*! Na conferência syndical, patrocinada pela
resolve todos os problemas do mundo. O batalhão «João Pessoa» do feminismo; ' cia? Estamos na pre-epóca da mulher pro- C. G. F- foi o contrario.
Estas feministas de elite, que negam ideológico tem em D. Maria Lacerda de
letaria c instruída, explendida de formas. J
,o voto aos ..operários e trabalhadores sem Moura um simples sargento reformista (pie Mulher do trabalho, mas bem1 alimentada. Discutiram-se os problemas dos trabalhado-
instrucção, porque, não lhes sobra tempo precisa extender a sua visão para hori- Esportiva, sim, mas sem um regimen can* res dos campos e das cidades e na assisten-
Üo trabalho forçado a que se têm que en- tzontes mais vastos afim de melhor actiíàr salivo e obrigatório. Mulher sadia, sem cia, ümpa de intellectuaes opportunistas;,
tregar para a manutenção dos seus filhos, no próximo Congresso de Sexo. confraternizem authenticos operários e cam-
vislumbre dc masculinidade.
se esquece que a limitação de natalidade haviam deixado officinas e fa-
•quasi que já existe mesmo nas classes mais Si a mulher em vez das noites de dan». ponezes que
Paq-.'1 zenclas para tratar de seus direitos.
e os todos da vida cings e dos dias de torrada, tomasse uma
pobres que problemas
. _-j__«BaBie^ESBBEB*aBSst^rog^^*^*groB alimentação explendida, um esporte dosado, COBRA.
^_^i___I_-_í_-_^-3-_»: -^.-^i-_vtíl-^U_i. __J_.-i_l__i-___r 3 -"-.li
um trabalho sadio e uma educação intel-
-sionano burguez O teu divertimento predilecto? — ligente, longe de se masculinisar nem de
Dansar. crear um typo rachitico, seria a verdadeira
—o— Os imposlos sobre os ricos.
O que é o ciúme? — Sem ciúme não mulher. Bem mulher e bem forte. Só.
' Dizia-nos ha tempo um nosso
— Dc um caderno ha amor. 2^IÍ^SL\Em^^Em\ESB^^£*^S&SESs&g im-igò, chefe: de pouco firma exportado1"3
(Autentico
de normalistas —) O que mais te aborrece? — Ter de grande
trabalhar. Os melhores figurinos na 3in Londres: i
Marianinha — 20 annos As classes ricas aqui estão muito b
Qual o seu maior defeito? — Sou ca- Emquanto estas doidas cabeças ocas se fídENClP. SCflFFUTO
protegidas. Os impostos no Brassil são 1
prichosa. i divertem e espalham1 abertamente a suaiinen-
O que devemos incutir na creança? — talidade gastando em jnuti.idades e pequei- çados de forma que o povo pobre é q
Idéas Religiosas. ( ninas devasaidões encasacadas pela ~iissa *-_n___w**a>«_*»*_^^ '" concorre quasi com tudo para o orçam
*«r^BS5»_a-K___-SS3M -_i_B_a»a__-» __ _ to da receita, poi quei as taxas direc
Qual o seu ideal? — Possuir uma ba- das onze, o
<4inlisi.-.o. csvini-qiiidn-daijf
subr«_ os rioovs são miuitloi bai.^ii',- daiidoi-lí
ratinha. operárias e trabalhadoras, estas Af\f\ mtJLZtm éo plfço do café a
— concebendo um*, 1UU rSIS no Bar ECONÔMICO possibilidade dc resarcir immediatame
O que causa a ruína de um paifc? — faliam de sói a sói o que pagam, cobrando essas taxas c
A revolução. nova geração de opprimidos doentes e mal- PRRCF. PA SE', 9-F
do suor pobres, por meioi do augmento nos prei
O que desejas ser? — Uma mulher tratados na eterna transformação das mercadorias, nos alugueis de casas, r
invejada. em cocktail.
juros sobre os capitães que emprestam, tie
Na Inglaterra, França, Itália ie| outros
Para esse fim faça-se um! comício em
Alugueis de Casa preços de viver.es, alugueis' de casa eoutras paizes essas taxas são formidáveis. Eu corri-
adequado, afim de ventilar esse magno
utilidades no sentido de limitar a vesga logar prei uma fabrica de papel na França cujos
Emquanto na Itália são mettidos na ca- cupidez desses amadores de cunha ou pé de ássumpto. impostos de transmissão e outros se ele-
deia os que infringem a lei sobre alugueis cabra. varam a 37 o/0 sobre o Valor da compra.:
precisas» de u m incluindo nesse valor as próprias ma-
que limita a usura dos senhorios, em1 S. Os inquilinos devem, semi perda de
Paulo surgem pela imprensa os buenos tempo, reclamar essa medida do Sr. Inter- chíhas.
amadores de cunha, despejando sarcasmo e ventor. Linofypisía Vocês aqui pagam o imposto de renda
cynismo acanalhado, a desafiar a paciência que querem1. Quando vos convém fazem
dos inquilinos. Se fosse noutros paiizes um arranjo na contabilidade. Lá, a fiscali-
que saiba frabaihar em machina zação é rigorosa, e as penas por contraven-
onde a 'opinião publica funeciona, esses ca- de PINTURA j>
valheiros estariam correndo perigo de sahir OFFICINA ção são muito severas. , i
Placas de Crystal, Reclames em = typoáraph Os impostas
a rua. Espelhos, Letreiros em Geral o principaes aqui são índi-
Em oceasiões anormJaes, a civilizadissi- RUA SEN-vDOB FEIJÓ, 12 2. rectos, (importação, consumo, circulação, etc.) \
TEIXEIRA ROCHA ° e representam' cerca de 90 o/0* dos orçal-J
ma Europa, nunca encontrou difficuldades Tratar à rua -Augusto de Queiroz 28 mentos.
de natureza jurídica ou moral para fitfar i i
ros, bem sul-americanos nesta phase de Uri- sejam calmos. São calmos para os outros. A cessão immoral não queriam, no fundo, Classes' só podem existir erm funeção
burus, de Sanchez Cerros, de Alanen Galindo. fome e a oppressão apertam cada vez mais Revolução, mas um pronunciamento. de uma desegualdade. Ou o sr. Plinio dá
A Revolução viria contra os seus desejos,
Nada de positivo. Só temores, só espectati- o gasnete do Homem do Povo. Só nisto, só a noção de classe o sentido anedoctico
—
que eram os de conservar o mesmo espirito,
va. Boatos a dar com um páu. Dias enervan- em apertar o seu gasnete estão de accôrdo a mesma mentalidade e os mesmos processos profissional
— classe dos dentistas, classe
tes para o pessoal de roda de café. aquelles que brigam por causa do funding e que desgraçaram a nação e arruinaram a sua das parreiras. Se é isso, épura má fé. O Sr.
esse, sim, cor-
economia. O pronunciamento, "regeneradores'':
0 Homem da Povo esperava, portanto, do empréstimo. Plinio sabe muito bemi como o soldado
respondia aos seus pruridos
metter o nariz para fora em uma oceasião Comecemos, portanto, a estrillar. seria uma parada brilhante, um golpe de força vermelho de John Reed já sabia, que ha
mais agitada, em uma dessas oceasiões agi- bruta para apeiar das posições os oppressores duas classes —< a dos opressores e a dos
PLEBEU. do dia, substitiuindo-os por outros eguaes ou, oprimidos. O fresto jé /besteira. Nem sfci 7
tadas em que elle não apparecerá apenas
talvez, peiores ainda. de classe-,
para espiar e para resmungar, mas para pode de facto conceber uma lueta
Uma pergunta, portanto: foi uma Revolu- e dentistas* Isto
entrar também no samba e tomar conta do ção ou um pronunciamento que o Exercito por exemplo, entre parreiras
terreiro. Mas aquella meia dúzia de dias pas-
"0 palavras ao exercito fez? Si foi uma Revolução, como conceber que
elle atraiçôe o povo, para o qual ella se fez?
é, pode: o Estado concebe. O Estado é o
órgão de insensatefe nacional e da má in-
sou. que é que ha?" Nada. Agora, nada.
Assim, surgimos quando as pessoas pacatas Não é um contfasenso imaginar que o Exer- formação. O Estado ficou atrafc do Sr.
A saudação do "Homem do Povo" ao Exer- cito, agora, abandon o povo, collocando-se ao Saldoce. Disse que as classes são mesmo
respiiam entre dois sustos e suspiram pen- cito tem a sua razão de sêr, a sua lógica, a sua lado dos que o martyrisam com a servidão eguaes pois que os cidadões são eguaes
sandci no futuro nacional. verdade. Não distinguimos o Exercito do pove econômica em que elle vegeta? não
Entretanto, a embrulhada em que nos ve- pois é no povo, na massa anonyma e soffre- Está no Exercito a salvação nacional. perante a Constituição... E no Estado
dora dos que trabalham, e não nos interesses Não no dominio da casta militar, note-se é má fé. E' bôa fé. Da boa!
mos se aggrava. Agora mesmo quando estou bem. Mas, na alliança perfeita e inquebran-
¦
; i
creados que accidentalmente o conduzem, que
escrevendo isto veio aqui um sujeito dizer o Exercito tem as raizes profundas da sua tor- tavel do slodado com o homem do povo. Nao ALCOOL-MOTOR
que o cambio entra novamente em deliquio. ça. Força que se traduz pela alta expressão no militarismo da farda, mas no militarismo
ü cambio cáe. Todos se assustam. E' pre- moral de uma vontade esclarecida e de uma da nação em armas.
. de
"salvação". consciência lúcida: á vontade do povo, a A militarisação do Brasil parece-nos móis-'
ciso buscar novos caminhos"especialista" pensavel. As massas devem militarisar-se,
consciência do povo. im-
Já está ahi sir Niemeyer, fa-
Trabalhadores e soldados não se differen- para apurar a sua pugnacidade e o seu HUQO MAIA
moso que só receita remédios inglezes, pre- grande
peto construetor* Esqp será o primeiroExercito,
ciam no processo social. Ambos caminham saudação ao DESPACHANTE ADUANEIRO
Dahi a nossa
parados em pharmacias inglezas. 0 especi- para o mesmo destino. Inútil, portanto, é se- passo.
symbolo dessa etapa inicial que marcará na
fico indicado para o momento é o funding. paral-os. Rua Libero Badaro, S&5
No Brasil, todas as grandes campanhas, <ie historia o começo da libertação brasileira. 5' AiNDA-^
Mas indicado porque é o único que neste mo- reivindicações ou de puro idealismo, encon- SPARTACUS. TET.. 2 - 1803
mento pôde ser aviado nas pharmacias in- traram sempre o Exercito e o povo unidos por SANTOS : : : : : Tel. 2775
"especialistas"
glezas. Ha outro grupo de uma fidelidade inquebrantavel. Foi assim na
Abolição, quando o syndicato e-scravagista teve
que discorda. Prefere um novo empréstimo.
E dessa discordância surgem os boatos que
corriam ha poucos dias.
de ceder ao impulso das massas estimuladas
pelo apoio do Exercito. Foi assim na Republi-
ca, quando o throno do Bragança capitulou,
justiça mina. E' por isso que a justiça é uma
e de-
vencido, deante do Exercito identificado com justiça de classe e as suas sentenças
E'ssa gente que tem relações pessoaes com cisões visam a manutenção e o fortalecimen-
o sentimento popular victorioso.
o cambio, que entende os mysterios das fi- Enganam-se, pois, os saudosistas e os ro- Em regimen de divisão de classes a to dessa classe. , ,
nanças officiaes é assim. Não se põe de ac- manticos que buscam separar o Exercito do organização da justiça ha.de, forçosamente, Todo o mundo sabe que as prisões
côrdo. Uns se batem pelo funding. remédio postulados democráticos reflectir o predomínio de uma destas classes.
povo, em nome de"camouflage" burguezas se acham repletas de indivíduos
que são apenas a torpe dos ap-
inglez, outros pelo empréstimo, remédio ame- Em regimen capitalista a classe que cujo único crime é o de serem' proletários
petites de tyrannia que os devoram.
ricano. Essa gente está convencida daquillo A intriga é ngenua bastante para que se domina é a classe rica e, portanto, a sua ou o de terem tomado, pela, palavra e por
que o sr. Assis Chateaubriand confessava h'à acredite nella. Não ha receio, pois, de que o justiça e.uma justiça de classe rica. Como escripto, a defesa desta classe contraia classe;
uti-:^ semanas, com uma lealdade commove- soldado se desintegre da multidão, para servir este regimen só pode subsistir a custa da dominadora. A justiça, condensando e en-
de joguete ás vocações de oppressores que?opr exploração do pobre, do proletário, a jus- carceraliído toda esta gente por ser ella
dora, em'isto-'«rtigG sobre' os pruridos nacio- ahi pullulam. ,
,_•¦•••'¦# da classe rica, consagra, sane- pobre ou visar a defeza do pobre, clara-
Daliâta-/. «áff-v' Eegí|o Revolucionaria de São Cumpre, entretanto, ,gue essa manobra a&s-j «ca, justiça
^aílloi\r^í«>vSiasUVsb,Tià chiaa
-realidades eco- leal seja Aaesmascarada. Os que pregam aojT ciôna, naturalmente e inevitavelmente, essa mente revela a sua funeção de classe rica,
nomicas: Londres e Nova York. Convenci- Exercito o seu alheiamente da politica, falan- exploração. affecta á defeza desta classe.
do em publico em tom conselheira! e doutrl- «A lei é eguai para todos» é uma ver-
/ dos disso, só divergem na escolha da melhor nario e falando á surdina, nos seus clubs ricos, E' bem sabido que os juizes não fazem
"realidade"... — "o dade se acerescentar-mos «para todos os
brasileira. em linguagem mais clara e intelligivel as leis. Applicam-nas. Mas como estas leis
Brasil não deve sêr governado pelos tenentes" emanam da classe dominadora e se dirigem ricos». O pobre nada tem a ver comi essa
Quem está de fora é só 0 Homem do Povo. — foram os mesmos que appellaram para o contra a classe dominada, os
I Elle não entra em nem um desses negócios. juizes e tri- justiça, pois que não é a «sua justiça.
Exercito e o incitaram a luta quando se viram da sua applicação
No entanto, é o principal interessado, por- ameaçados pelo poder e não contavam para bunaes encarregados
escapar da sentença inflexivel que lhes pe- fazem, egualmente, parte da classe que do- RAUL MAIA
que é quem paga. E, como paga e nãc é
"),
b a o m e t r o o n o m i o
tres palavras •0 , II2ÍU1
cambio § finanças
O Homem do Povo começa a cumprir o «seu
Um dos directores deste jornal foi «fl MtoÍAS'ÍMENí^i>$C?^OJ&í» EdBWWES ^ programma de demonstração viva e graphica
buscar um simples ledor de Economia Po* "i xh da decadência em que vamos entrando.
«» Para todos os olhares, de leigos e entendi-
litica para dirigir esta secçao.
Temperamento desapaixonado, açpstu- dos, fica a prova incontestável do que foi o
&. \ crescimento de todos os despotismos, de todas
mouse o autor destas linhas a apreciar os os nossos desgovernos.
factos como os factos se apresentam, e O graphico inserto abaixo, para quem quei-
assim a exercer a critica dos mesmos de ra relacionar os distúrbios da vida social com
modo a não ultrapassar nunca os limites as perturbações econômicas, é vivo e incisivo.*
As grandes quedas de nível cambial ajustam
da elucidação. J se com uma perfeição extraordinária á fabri-
Sendo um jornal diário destinado á cação estúpida de leis de excepção, de formu-
leitura das massas, os gphenomenos econot* Ias compressoras da actividade e da liberdade
micos serão descriptos aqui ent linguagem dos brasileiros. Nas próprias oscillaçoes vamos
verificando, "pari-passu" as crises de mando-
accessivel a todos. nismo. Os fins de governo, com a queda do
Faz-se mister, todavia, a publicação de prestigio dos robas em declínio e a esperança
uma serie de notas explicativas de comia messiânica óe suecessor melhor, operam como
esses phenomenos se seguemi para que hormônio. Estimulam e criam reacções nota-
elles possam ser realmente comprehendidos, veis. (Vide graphico do anno de 1926).
Para o homem que trabalha e pensa, para
muito embora não tenham acontecidopara o homem do povo que su'a os erros dos gover-
que sejam sentidos... ' ¦• , , ¦.. ' ." -<y ,.)
nantes, e a falta de directriz, e as oscillaçoes
Não se conhece na historia dó Brasil .njjJWUip^ii-JJ-i"»"^-»^
ll-l»JJA>C-"J.Pl«ilJJ»S0«a.(plM(,i*ll)ll3jl"«"J
nas directrizes tomadas, as incertezas de pro-
phase tão aguda quanto a que presente- .920 .»¦?. 19*2 1923 190*. 1920 IWp 192" 19 ih 1929 1930** OJ grammas sérios, o tactear ignorante dos pro-
homens, — os falsos pro-homens do regime —
mente atravessa, e aggravada como está
' por
essa grande depressão econômica mün-
dial jamais registrada na historia ella ne- BRASSERIE PAULISTA SATjAO VKRDE ->:
O CHÁ EIíTBGANTG DA CIDADE
1 um simples graphico de 10 annos, de 1920 a
1930, mostrando com clareza o que tem sino
a nossa decadência, a nossa desvalorisação nos
\ cessita, não só dos seus filhos como tato* mercados mundiaes, e é mais eloqüente que
\d
liem dos que aqui vieram! em busca de tra-
telho, de grandes sacrifícios, de muita te-
na(5dade, e de uma orientação firme para
—
Restaurante a lá carte Variado e bom = Almoço e Jantar
m.uiiiiiimimiimiiii PRÉDIO MARTINELLI iiiiiiiiiiiiiiii-H-M---" i todos os discursos e todos os requisitorios. Ahi
vae pois como um depoimento que é um pro-
testo:
..-¦
«trabalhí», pois este gera a «riqueza» e
esta, corr© torça social, gera a «liberdade.
\
anonimus •HM-"**|
do mercado
cervejas "licores
•
Este é o telefone das perfumarias mais finas
e dos melhores charutos Havana
I
\\
'**•-.
Sexta-feira, 27 de Março de 1931
O HOMEM DO POVO.
nato de Remo realizado em Montevldéo força, poisum o quadro Juventus encontrara pela frente X E. C. DEMOCKATICOS
ririca n^^^^^SKarios e elementos como Ache I e II, Apprá e Zuanella, T"C^ GERALDO
W0) bastante conhecidos do nosso publico. as fa- PAULISTA.
íf^ttflSlargamente conhecidos
inve^o^er^sobreslhindo os seus Campo do Roma F. C.
entre O Juventus está disposto a reproduzir
çanhas do campeonato passado. PELA VÁRZEA
Bom jogo.
VILLA MONU-
.
a.sua excessiva mod^tiy A. A. S. BENTO X SANTISTA. A. A. 28 DE ãETEMBRO x
SKcrdevido mas a pediaos Campo dó S* Bento. MKza-se domingo, -^e^P0
Icompletamente desconhecida, paxen- Barros. no próximo
Stentes de seus numeroso*jantoue Juiz, Cândido de
ScFinclusive o de uma família das suas reia Depois do brilhante feito de domingo, o San*
afogada no naufra- tista deverá levar a melhor nessa partida.
ç&^receu todinha a açceitar a dire O conjuneto do S. Bento jogando com en- sede social.
W& Titaíüc, elle resolveu õhusiasmo como domingo, offerecera forte re- /
M?oS^s^TaISco F sistencia.
de cet. ás 4 horas, e 120
,°Sn^l5 do mez
mhmtos em ponto, no salão preto do
"João t> S. C. INTERNACIONAL X PORTUGUEZA. fÒI VEHPIPO P*R* 0 W
SS? (Siot dizer venda do João, traduzindo Campo do S. Paulo.
inversa) pTesente números e sele- Juiz, Carlos FrièdenTeich.
da ordem e nem se- lei- o cam-
rtaSencia (sem campainha
verda- Graças á televisão podemos dar aos nossos O Internacional depois determinado apresentou
ltero-muscal vezes de Camargo. - /
íríàfleu inicio o festval prolongou- tores o prazer de assistir tambem a chegada dos peonato passado, poucas as férias.. {Se. clovis^Kns
Í! So acontecimentose artístico,
sabe.
que
Inossos campeões...
em campo, aproveitando
se até quando não
5
O HOMEM DO POVO
Sexta-feira, 27 de Março de 1931_
o am-
America far-se-ão representar, como tem muel Gracle. Hontem no Itamaraty pnn-
da Sente era de profunda sympathia pelosemoção
tentaram repetidamente penetrar nos aposen- m- acontecido nas Exposições anteriores de pequena
no aqui, diversas c pe SS um momento
a carniça está gostosa tos oecupados pelo Mahatma Gandhi,
Segundo noticias correntes ser servido o café na
tuito de o entrevistar. O leader nacionalista, esquadrilhas estrangeiras visitarão este paiz auando logo depois de
—o— que não receia conferenciar comverdadeiro os represen-
em homenagem ao importante certamen. So&cà do Itamaraty o princ.pe £0£
durai; tantes do governo inglez, tem pa- —o—
Só o burguez ocioso, ou o uidiviiiuo de balanço e vor dos delegados revolucionários sahidos aa
bado- pela gorta a uma cadeira CONTINUA BEM A BANANA...
ler, tem tempo de ler as co- massa popular. Dahi, que tenha recusado at-
capaz dc ler, pode "Camisas Vermelhas", os quaes to-
Suas kilometricas de telegrammas que entu- tender as Jawarhalal RIO, 26 (A. B.) — O ministro das Relações
de imprensa como. e o ram recebidos pelo gandhista . Exteriores communicou ao encarregado do
lhain os grandes órgãos «O tstado». Nehru. Não satisfeitos, os revolucionários sa-
que. Al
caso, por exemplo, do venerando cedo a rua aos gritos de: Gandhi e expediente do Ministério da Agricultura do con- Coelho Messeder, cap. de corveta^PorteUa cm
O homem do povo, que brabatola, que escnptono, sai hirâm para communicacão telegraphica Pinto. O conselheiro ac
fabrica, a officina, o o responsável pela morte de Baghat Smgh. segundo sulado do Brasil em Paris, é desconhe- ves, major Souza Gracie recebeu uma^ca, ei-
de casa para a —o— geral btixfda Samuel
o armazém, só dispõe para tanto odos poucos
mi- cicla ali a campanha contra as bananas bra- «arreira, contendo iniciaes, pois ] a possma a
nutos da viagem de bonde, e que lhe mi- TOURADAS POLICIAES sileiras, de que tratou a Sociedade Rural Bra- coad coração conferida aos officiaes brasi-
rápidas, concisas, concretas. Paulo, em officio dirigido ao Mi- leitos, encantador.
porta são as noticias
além de novo MADRID, 26 (H. P.) - Noticias vindas das sileira de daS. Agricultura, gesto que. todos acharam
E' o qne este novo jornal, que conta da gran- nisterio esperar
é pequeno e hão pretende chegar a, vennerando, prihcipaes cidades do paiz dao no espirito pu- —o— Os agradecimentos não se fizeram
vai fazer, nesta pagina, sumariando em quatro de effervescencia provocada homenagem feita ao governo^brasileiro
aqui verificados hon- DISTRIBUINDO CRACHA'S E DANSANDO pela Getulio Vargas collocou a t ta
linhas os acontecimentos mundiaes da véspera. re* blico pelos confiictose os estudantes. De toda MAXIXE O presidente
Bem entendido, não como papel carbono, cm tem entre a policia centros univeisita- de Gran Cruz e foi alvo de «^MS
noticiário telegraphico nbtadamente dos de sidáde de todos os convivas, quando Ppetrou
sumindo servilmente o
será compii-
parte,
de solidariedade e sym- RIO, 26 (A. B.) — Não se pôde deixar Mais um traço mteres-
2-eral ü nosso serviço do exterior rios chegam protestos registar o ambiente mais desafogado que do- na sala de recepção.
da brutalidade policia! de_ Galles
mido, denso, tanusaüo, não só qualitativamente berviço subs-
pathia pelas victimas
dos Estudantes Hespanhoes, em minou hoje a capital. As causas? Não seriam sante: á ultima hora seuo príncipe discurso, deixando-
mas sobretudo qualitativamente, A União üos talvez tão imponderáveis como querem fazer modificou o texto cio
tancioso. O sueco dos telegrammas signal de protesto, ordenou a greve geraimeie- acreditar os pessimistas que máo agouro. Po- ae levar pela emoção que lhe causara a cor-
santíssimos espirros do Papa;» ou-mais
Os'queda estudantes de todo o paiz, por tempo ciemos, desde já, citar duas, cuja importan- dialidade do acolhimento
do Brasil.
tio Frmcipe dc üahes, tinido
uma de cavallo cia é capaz de provocar uma radical trans- RIO 26 (A. B.) — O principe de Galles,
ou o sorisso basbaque dc M. Doumegue mteiessar nao nos A Universidade de Madrid foi fechada por formação na orientação dos acontecimentos
com a sra. Carlos Guinle,
interessam, absolutamente, nem podem a tocos ordem do governo. têm sido effectuadas at e da gente: a presença do principe de Galles dansando, hontem,
a quem tem o que fazer na vicia. Oaos quenossos lei- Numerosas prisões irmão, o Jorge, e a reacçáo ao som de um languido maxixe, tomado peia
e de seu principe ••gente do povo-, S. A. disse que encontrava
nos interessa, ao nosso jornal, e elementos considerados subversivos. do mercado cambial.
ccouo- Em nota fornecida á imprensa ,a direcçao acceritüádá
império britannico ainda algumas difficuldades para interpre-
fores são as noticias sérias, dc naturezatodas, as enérgico protesto O principe herdeiro do mais legitima dansa popular, pois
micta, rolitiea c social. As encrencas da Casa dei Pueblo lavrou mais agradável da cidade. Con- tar a nossa
tremendas encrencas do mundo, na hora presente. contra a maneira feroz com que a policia é a oecupacão
sobre o somenee dansara o maxixe, pela primeira vez,
ae hontem tam-se aneedotas, factos, casos, jo-
As conferências pacifistas para o augmento .dos agiu por oceasião dos confiictos nota é reclama- vem principe de que resulta a sympathia
com ha 5 dias.
armamentos Mussollnl prestes a bancar o Jul-o com os universitários. Nesta a impres-
aftu- o povo que o colheu. Pouco a pouco
Prestos (mo mínimo). Nove milhões de onera rios da a demissão do chefe da- Segundad, serão são do primeiro momento se accentuae
sem trabalho nos Estados , jiuclos (com Ttiça Os do mando-se ainda que os acontecimentos
Eduardo de Wihdsor conquista uma multidão
agora chéFe C)s"a'd: Híp Mn, Hoover!) acompanhados com a devida attenção pelos de amigos.
communistas dc Tháelmahn surrando os «nazi» de dirigentes da Casa dei Pueblo. Tudo tem corrido tão bem, o protocollo se
finanças internacionaes
Hitler. Greves na '1 Hcsnanha' Alais estado dc —o—
desenrola menos rigido, — amável quasi, em
de sitio em Cuba. remedera de baiichez Cerr. PÁSSAROS QUE VOLTAM A' GAIOLA
torno dos príncipes que mais um tempo
Trezentos mil soldados vérmelWòs da Uuna so- — reaes sentir-se-hiam O sr. Numa de Oliveira, distineto banquei*
— Já foram re- e os nossos hospedes
vi ética (30.000 WO dc Wabitantes) batendo, palmo MONTEVIDÉU, 26 (H. P.) nacionalista, acaba de ser con-
imnenalistas. O plano .um» todos os sentenciados que fugi. aqui perfeitamente em sua casa, como hon- ro nacional é S. S.
a palmo, os bandidos capturados tem teve o principe de Galles a gentileza de ra endireitar as finanças da Inglterra.
oiienal sendo realizado cm 4 annos. A casa de ram da Penitenciaria. dizer no seu discurso de resposta ao presi- a principio hesitou, mas insitado pelos Drs. Al-
tróisKy negando rogo. O general p-Fumi'. q"e —o—
dente Getulio Vargas. P.), Vicente Ráo (P- D.) e
a imprensa brasileira teima cm eliminar de Uri- AINDA NÃO ESTÃO SATISFEITOS... ü embaixador britannico não esconde seu tino Arantes (P. R.
hiiríi, ' entèri-atido a an-Kqa n-ronerfdade argentina. contentamento, apesar da sua conhecida dis- Alcântara Tocci (Revolução) acceitou. Como
Etc. Etc Etc. O mundo cm convulsão. Con- TIIERESINA, 28 — Não agradou a escolha "like
que tudo corre clok- todos sabem, as coisas na loira Albion estão
fcustão. Vulcãio Revolução. do snr. João Borja Peregrino para Interven- crecão, dizendo funeciona um bom reio- "The Thing are black" (Shakespea-
*¦- Taes noticias é Qüe vale a pena a gente ler, tor. work", isto é. como pretas —
gio. Os jornalistas inglezes que acompanham
reflectir sóbrè el'as, rummar o sen conteMo. No- so-
v— o—
os hospedes reaes á sua visita á America do "Itambé" re). O distineto financista seguirá pelo vapor
titias oue estimulam o áoètíte dc estômagos O PERU' CONTINUA... y " enthusias- até o Tâmisa, onde adoptará o sug-
lidos e saudáveis. Para dentes de hlomens de il tambem se manifestam com"Daily
d'por tudo, informando que o Mail" gestivo nome de Numayer of Ottoliveira.
povo. Carniça gostosa LIMA, 26 (H. P.) — Foram presos no; filica vá, hoje, um teiegramma disondo que o
generaes leguistas. . j ivernò brasileiro foi de um hospitaleiro ca-
&*
v AURELINIO CORVO Nos últimos distúrbios desta capital e oa
lao houve apenas 10 mortos e 65 feridos. iho á toda prova, tudo prevendo a tempo
a hora, e que o povo foi de uma grande ex-
RECRUDESCEM OS CONFLICTOS LINHA AÉREA PRA ÁFRICA ntaneidade, nas suas acclamações, sendo a miss universo
NAS ÍNDIAS :epção a mais bella da America do Sul.
PARIS, 26 — Foi inaugurada com êxito ^ fi' justo que se diga que o ministro Mello
RANGOON, 26 (H. P.) — Recrudesceram linha aérea Paris-Madagascar. Franco muito se esforçou para esse resulta- Miss Universo virá a São Paulo tomar con-
nestes últimos dias os confiictos entre popu- —o—f do, tendo sido auxiliado pelo ministro Mau-
trabalho do povo. Irá espiar do
laves e tropas ao serviço dos imperiahstas. li ricio Nabuco e pelos snrs.: Macedo Soares, tacto com o
mortos, entre elles dois chefes revolucionários, NÃO HA MAIS ADJECTIVOS Renato Almeida, Guerrero de Castro e Sa- Trianon as chaminés das fabricas do Braz.
resultaram destes confiictos, nos quaes inter-
ROMA, 26 (H. P.) — Por oceasião da inau-
vieram forças de reserva de Magayi, perten-
centes ao regimento de Pundjab. guração, esta manhã, dos trabalhos da Con-
*£*'¦ J
^^
- Kabelluda resolveu fuudar um jor, incitou Malakabeça a organizar uma grande _ ^^ — O jornal fechou-
nal do povo. s empre .a. >
O HOMEM DO POVO Sexta -feira, 27 de Março de I931
h o n t e m ama h oi n h a n
Negou ao Brasil o nosso cemitério no bre
maior credor ^-n *y%v? ^y^A
)M^ fe\ IO
¦-Mi
sentiu mesmo em casa. ^-O Brasil deve á In- — O que não tem remédio remediado está.
"' -. u*-.ras. Só em juros
UMA DEFORMAÇÃO SENTIMENTAL DA SO- gordos e burros e de senhoras cuja hystert1';.
glaterra cerca de Está mesmo! CIEDADE PAULISTA — Atravez de uma timi- alcança o dominio do além-tumulo.
da reportagem do "Tempo", foi posta ultima- Ha no cemitério de-!
mente em foco a existência de uma completa cães de Indianopolis uma cruz, cyprestes e de-
organização hospitalar e funerária para ca- dicatorias em todas as linguas, até em latim.
chorros de luxo, na Rua França Pinto. Esse A plutocracia paulista que hoje como hontem
insulto á miséria da cidade que estertora e fareja o poder, a dominação do pobre e a ex-
agoniza no chão da Santa Casa, é o fruto da ploração do trabalhador não se esqueceu de
insensatez das nossas classes parasitárias que dar essa prova da sua furiosa decadência. Es-
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se divertem a caminhas de mola com queceu-se porém de erguer um misero monu-
H» -;..-;;'• HjB .«- flfl/ fl I apartamento promover
^K flfl HHw ^fll m\W' «HHHfl HH Hl
HHJ Hl e louça própria para a sua ca- mento que lembrasse os factores da sua for-
chorrada, mas são incapazes de eliminar a tuna que morreram na miséria anonyma e
fome humana que os cerca nos bairros mise- desesperada.
raveis, nas usinas e nas sargetas. Ha no cerni- Onde está o tumu-
•HHHkwQf * Tfli • ' ^--^ . . fl I terio annexo ao Hospital canino, túmulos de lo do soldado desconhecido da nossa prospe-
i^ti VflHHHA fl» . flfl.Hr I ¦ mWr- '¦¦;---..<;—
'" \WM fl 1 mramore de cinco a seis contos, aliás de um ridade? O túmulo do negro que plantou com
ÍV 5^1 l«t flHHHHH 1 mau gosto repellente, com infames dedicato- seu suor e seu sangue os cafesaes paulistas?
rias sentimentaes para lulu's e outros lambe- O túmulo do italiano que o succedeu na escra-
^*^*\ '" '¦' dores, emquanto o pobre não sabe onde ama- vatura agrícola?
\W m\\»\m\\ \*\ *S iat^Ll nhã será jogado o seu cadáver. Como se vê, aA-í^"
I flV o^ ^ râflr^«4<ÍHi I O Homem do Povo queza paulista só se lembra de perpetuar(a
hhhhhhhW! BSW Wl^SBB I protesta contra essa insolencia de capitalistas i memória dos seus lambedores.
f o I h e ¦ i m do h o m m do p o v
da floresta. Desci, único viajante, na estação igualmente nuas. O meu primeiro golpe de
de Nackendorf. Nem um taxi, nem uma tipóia. vista convence-me que são três loiras autên-
O carrito dum leiteiro puxado por um cão de ücas.
guarda. Parti a pé. Onde estou? Será uma partida de Capri-
covo, e fêz-me êle travessar a metade da Fran-
SEM O SABER... Capricovo sorriu, pensou, tirou da algibeira *
ça, a Bélgica e a Alemanha para me mandar
um livro de moradas: 1 1
descansar num...? Instintivamente, levanto a
Acabo de chegar do país da gente nua. Lá, Conheço um. Não te importas de ir até Pouca gente na estrada, tão má, por minha cabeça e
procuro por sobre o patim musgoso
mulheres, crianças, velhos, pais e mães de fa- á Alemanha? fé, como as nossas. A cada quilômetro, um ai- a lanterna encarnada
que guia, na nossa terra,
mília, virgens e adolescentes, vão e vêm, to- Na Alemanha? Não. Porquê? A'parte os deão, grande, loiro, direito como um I, que me sobre o mapa da ternura, o viajante
sequioso
mam banho, jogam, comem, bebem, cozinham, tiros... saudava fazendo continência. de amor.
totalmente, rigorosamente, integralmente nus. A guerra acabou. Passados três quadtos de hora de footing — No entanto, no
painel claro da porta, Eva
Não se Vá buscar este paraíso terrestre nos .. .Dos hoteleiros, meu velho. O marco eu não teria julgado Capricovo melhor anda- espera, surpreendida, mas tão
confusa
antípodas. Êle fica a vinte horas de Paris. No vale dez francos. rilho do que eu — desemboquei em frente dum como uma soubrette — vestida pouco — do repc
coração da Europa. Na Alemanha. E' no campo. Pensão de família. Comida tório.
* simples, mas sã. Preços moderados. Paisagem * Talvez me tivesse enganado no caminho de
Aí fui sem querer. de pinhieros. A Báltico a quinze minutos. A chalet... Experimentemos. Estendo o meu car-
Estava sentado na esplanada do Café Na- estação a meia hora de caminho. Sem tram- Um quarto de hora depois de conversar com tão:
politano. Capricovo passou. Eu conheci
Capri- ways, sem jornais, pelo menos franceses. Con- o professor Hugo, estava inteirado: estava em O profesor Hugo? E' aqui?
covo em casa de Carnudo há cerca de dezoito vém? casa de Nudistas. Sim, senhor. Tenha a bondade de entrar.
anos. Era êle então poeta e recitava com uma Dá cá a morada. lago cercado de pinheiros. Os pinheiros eram
*
voz surda estrofes enigmáticas. Capricovo era Três dias depois, partia para Nackendorf. demasiadamente verdes; o lago azul de mais. Vestíbulo alegrado por nus pintados 9 esta-
mais pobre ainda que as suas rimas; e Deus pequena aldeia dos arredores de Lubeck. Não era uma paisagem mas um bilhete postal. tuados. Cinco minutos de espera,
durante os
sabe, ainda... E em que cores! quais desfilam um quinquagenário, uma dama
Hoje, Capricovo é negociante. E' rico. Já não PRIMEIRO CONTACTO Devia ter chegado. Rememorei a descrição e duas crianças, todos os quatro nus.
faz versos, mas casacos de malha, e não guar- do meu poeta-das-duzias: á beira do lago, na Eva volta. Introduz-me num escritório se-
dou do seu passado literário senão o gosto dos EU disse vinte horas de Paris; são exacta- encosta duma colina, uma casinha romântica, vero. O professor Hugo está na minha frente:
cafés que os homens de letras freqüentam. mente vinte e duas horas. Partido da estação telhado ponteagudo, janelas em ogiva, varan- nu. , r
Não tens boa cara, disse-me êle. do Norte ao meio dia e três, estava no dia se- das floridas, patim musgoso .. Palavra que sou eu que me sinto confuso com.
Estou cansado, meu pobre velho. Gostaria guinte de manhã, ás dez horas, na estação de Cá está o chalet ponteagudo. Duzentos pas- o meu fato. Lastimo ter deixado no vestíbulo
de descansar. Nackendorf. sos. Toco. Um carrilhão tremendo. apenas o sobretudo e o chapéu.
—- Descansa. O mar, a montanha ou o cam- Uma estação pequenina no meio de bosques. E' o amigo do sr. Capricovo? Muito
prazer.
po, assim estúpidamente. A aldeia fica a três quilômetros. Os indígenas Desculpe-me de o receber assim, íamos sair.
Sim... E' sobretudo de repouso moral tinham medo do caminho de ferro; quando se
*
que eu necessito. Desejaria encontrar um can- construiu a linha, exigiram que se eòificasse Oiço passos abafados, risos. A porta abre-se. Sair? Completamente nu? Cada vez compre-
to em que não ouvisse falar de Paris, de ro- a estação a um tiro de canhão das suas casas. Tenho na minha frente uma rapaiiga que tas- endo menos. Agora já não temo de ter caído
mances, de teatro, de política, de escândalos Hoje, torcem as orelhas. quinha uma maçã vermelha. Está nua como numa casa fechada, mas num asilo de doidos.
mundanos e financeiros. Um local onde os Mas eu não ia para a aldeia. A pensão que a nosra mãe Eva no momento da prova fatal.
jornais não chegíussem. devia albergar-me fica noutro lado, no coração No corredor, passam duas mulheres novas, contínua