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CONVENÇÃO BATISTA NACIONAL
Presidente - Pr. Enéas Tognini
Secretário Geral - Pr. Gerson Vilas Boas

JAPER - Junta Adm. de Publicações e Educação Religiosa


Pr. Joel Ferreira
Pr. João Leão dos Santos Xavier
Pr. Cláudio Giomar de Lima
Pr. Djair da Silva Guerra
Pr. Paulo Souza Oliveira
Prof. Silas leite de Almeida

Publicação da
Livraria Editora Renovação - LER/CBN

Redator - Superintendente
Silas Leite de Almeida

Editoração Eletrônica
W8cW Comunicação - Tel (031)222-7976

Pedido de Revistas:

Diretamente à Secretaria da Convenção Batista Nacional do seu


Estado;

Ou à Convenção Batista Nacional


SDS - Edificio Venâncio Jr.
Bloco "M" Loja 14 - Térreo
CEP. 70.394-900
Brasília - Distrito Federal
Fones (061) 321-8557 / 321-9468
Série "Estudando a Palavra
de Deus"
"Estudando a Palavra de Deus" transforma-se agora em curso com-
pleto sobre a Bíblia e as doutrinas fundamentais de nossa fé cristã. Trata-
se de uru currículo, à nível de Escola Bíblica Dominical, para ser desenvol-
vido em 21 revistas quadrimestrais.

O uso das revistas deste seriado para adultos, a partir de agora, é de


fundamental importância. Através dele, alunos e professores farão, nas
asas da história, viagem inesquecível e abençoada. Conhecerão civiliza-
ções, povos, costumes, culturas e comportamentos humanos os mais di-
versos e significativos.

Não se trata, todavia de conhecimentos gerais apenas - frios, longín-


quos. Aprenderão a mais linda história - toda uma história que tem muito
a ver com a vida de cada um de nós. Uma história que tem Deus no leme,
que tem um povo escolhido e as diretrizes de sua caminhada. Não a
história fria e distante do passado apenas, pois somos parcela do "povo
escolhido" também. Participantes de uma história que continua viva, que
tem, como timoneiro, o Espírito Santo de Deus.

Caros alunos e professores, é importante fazer esta viagem e não


interrompê-la. Torná-la real, presente. Nas páginas que se seguem, está a
contribuição dos seus autores. Dê a sua também: orando, lendo os textos,
refletindo sobre eles e participando do seu estudo em classe . Caso encon-
trem falhas ou precisem de esclarecimentos, ou desejem sugerir melhorias,
dirijam-se à redação que está aberta para receber sua contribuição since-
ra. Esta revista pode ser melhorada na segunda edição. Contribua.

A Redação

1
Jovens e Adultos - 21 revistas quadrimestrais
Currículo para 7 anos:

1° ano
A Bíblia - A Palavra de Deus
O Povo de Deus I (Gn e Êx 1.1-24)
A Esperança Messiânica

2° ano
O povo de Deus II (Êx 25 a Josué)
O Reino de Deus
Doutrinas: Deus - Homem

3° ano
Cristologia
Surgimento e Avanço da Igreja
Doutrinas: Pecado - Salvação

4° ano
O povo de Deus III (juízes a Ester)
Fazei Discípulos
Pessoa e Obra do Espírito Santo

5° ano
Livros Poéticos
Cartas Gerais
Os Evangelhos

6° ano
Profetas Maiores
Cartas Paulinas I
Apocalipse - Escatologia

7° ano
Profetas Menores
Cartas Paulinas II
Mordomia! Seitas de Nossos Dias

É importante cumprir este currículo. São 21 assuntos para serem estu-


dados em sete anos - 3 por ano.
Cada assunto é nome de uma revista quadrimestral. De cada assunto
serão estudados 17 temas, ou seja 17 lições extraídas dos 21 assuntos.
Alunos e professores farão um gostoso passeio por toda a Bíblia e estuda-
rão as doutrinas fundamentais de nossa fé.

2
Lições e autores de:
A Bíblia - A palavra de Deus
Pr. Enéas Tognini
1. De ande nos veio a Bíblia?
2.. A Bíblia - A Palavra de Deus
A Bíblia - Unidade / Estrutura
A Bíblia - Dados históricos e Geográficos

Pr. Paulo de Souza Oliveira


A Bíblia - Traduções/ Versões
A Bíblia - Como Estudá-la
A Bíblia - Como Entendê-la
A Bíblia - Temas / Fatos

Pr. Cláudio Giomar de Lima


A Bíblia - Bússola do Cristão

Pr. Joel Ferreira/rir Israel A. Souza


O Pentateuco
Livros Históricos
Livros Poéticos
Livros Proféticos

Pr. João Leão dos Santos Xavier


História - Evangelhos/Atos
Epístolas Paulinas
Epístolas Gerais/Apocalipse
O Redator
Avaliação e Reli ação da Aprendizagem

Visão Global
Procurou-se nesta 1° revista, através das 17 lições, dar informação de
caráter geral sobre a Bíblia - uma visão global.
É como se fosse uma introdução , pois é a primeira das 21 revistas
do seriado "Estudando a Palavra de Deus".
Este conhecimento informativo da Bíblia é importante. Muitos ser-
vos de Deus têm passado vergonha por desconhecê-lo. Saber a origem
da Bíblia, sua estrutura, unidade, dados históricos, geográficos, impres-
sões, traduções, sua divisão: Novo e Velho Testamento, o pentateuco,
livros históricos, poéticos, proféticos, epístolas, Apocalipse, é necessário
para se ter unia visão de conjunto e melhores condições de entendê-la.
3
Literatura da CBN
para Escola Bíblica
Dominical
Revistas já prontas e à disposição das igrejas:

JUNIORES: Série "Caminhando com Deus': - 9 revistas quadrimestrais.


Já prontas: E Tudo Começou; Os Patriarcas; Um Homem e Um Povo;
Juizes e Reis; Os Mensageiros de Deus.

ADOLESCENTES: Série lições de Vida': - 12 revistas quadrimestrais


Já prontas: Comunicação e Relacionamento Familiar; Igreja - Vocação/ Serviço;
Passo a Passo Com Cristo; O Livro de Provérbios; Andando com Deus;
Vivendo em Amor; O Deus que se Revela; Conhecendo Minha Bíblia.

DISCIPULADO: Série Tasso a Passo Com Cristo". - 4 revistas trimestrais


Já prontas: as 3 primeiras.

LUZ MISSIONÁRIA: Cada vez mais linda. Parabéns Senhoras e Moças Batistas
Nacionais por esta ótima e bela revista, indispensável hoje em
qualquer lar cristão.

ADULTOS E MOÇOS: Série 'Estudando a Palavra de Deus".


Agora em nova fase, até fins de novembro estará pronta a 1 de urna
série de 21 revistas quadrimestrais.

Use a Literatura Batista Nacional. Ela possui a marca de um povo que cultua o
Senhor na liberdade do Espírito. Reflete o agir e pensar deste povo que levantou a
bandeira de Renovação Espiritual em nossa Pátria.
É agregadora e fator de sobrevivência, pois o seu consumo realimenta e preserva
os valores que identificam e constituem a nossa razão de ser.
Encaminhe já os seus pedidos para as secretarias da Covenção de seu Estado
ou para a CBN em Brasília.
4
Texto Completo S1119
Texto Básico S119.7 - 14
Texto Áureo Is 40.8
Texto Devocional II Tm 3.14-17

De Onde Leituras Diárias


Segunda Salmo 119:1-9
Terça Salmo 119:10-18
Quarta Salmo! 19:19-27
Nos Veio Quinta
Sexta
Salmo 119:28-36
Salmo 119:37-45
Sábado Salmo 119:46-54

a Bíblia Domingo Salmo 119:55-63

Introdução

As dezessete lições deste quadrimestre versam sobre a Palavra de Deus


em todos os seus aspectos. A época atual caracteriza-se por descrença em
tudo o que é de Deus. A Bíblia é a Palavra de Deus, o livro santo, o grande
poder de Deus que desfaz todo o poder do diabo. Alumia o nosso cora-
ção, fortalece a nossa fé e reverdece em nós a esperança da glória. Sobre a
Bíblia, o incomparável Coelho Neto, nosso poeta apreciado e profundo
pensador, escreveu:
"Quanto amo a tua Lei (a Bíblia)I É a minha meditação todo o dia "!
Salmo 119:97.
"Homem de fé, o livro de minha alma aqui o tenho: é a Bíblia. Não o
encerro na biblioteca, entre os de estudo, conservo-o sempre na minha
cabeceira à mão.
É dele que tiro a água para a minha sede de verdades; é dele que tiro
o pão para a minha fome de consolo; é dele que tiro a luz nas trevas das
minhas dúvidas: é dele que tiro o bálsamo para as dores das minhas
agonias. É o vaso em que semeando a caridade, vejo sempre verde a Espe-
rança, abrindo-se na flor celestial, que é a fé.
Eis o livro que é a valisa com que ando em peregrinação pelo mundo.
Tenho nele tudo.
O Deus, que trago no coração, é Cristo. Tenho-o diante de mim, como
trago no meu coração, no meu gabinete de trabalho, cercado de flores,
turíbulos perenes, que o embalsamam com o seu aroma e, mais do que
imagem, tenho-o em culto no oratório do meu coração.
Os pontos cardeais da minha religião são os quatro evangelhos. Len-
do-os, conforto-me e quanto mais os medito, mais me sinto aproximar de
Deus".
5
Peçamos ao Espírito Santo, o Autor da Bíblia que nos ilumine a mente
e prepare o altar do nosso coração para recebermos o Fogo do céu através
da meditação da santa Palavra de Deus.

L Algumas Informações

Cremos de todo o nosso coração, que a Bíblia é a Palavra de Deus. É o


livro maravilhoso, é o livro do poder e da graça do Senhor. Deve ser lido
com oração, profunda meditação e muita reverência. Precisamos também
conhecer um pouco da sua história. E é o que passamos a fazer. Mas,
antes, leia estas perguntas para respondê-las, após a leitura atenta dos
dois itens que se seguem:
De onde vem a palavra Bíblia?
Que significa o nome Bíblia?
Qual é o autor da Bíblia?
Em quantos anos foi escrita a Bíblia?
Que material os antigos usaram para escrever?
Em que língua foram escritos os livros da Bíblia?
Em que ano apareceu a imprensa, onde e por quem?
Quantos livros temos em nossa Bíblia hoje?

1)0 nome da Bíblia- Geralmente nós dizemos que vem de uma palavra
grega que no singular é Biblion (livro), plural é Bíblia, que vem a ser uma
biblioteca, isto é, uma coleção de sessenta e seis livros. E.J. Goodspeed,
todavia afirma: "o termo vem de Biblin ou, de Biblos, papiro". O termo
usado em sentido particular, quando no plural, passou para o latim como
um singular Bíblia, chegando posteriormente a significar Bíblia tal qual
empregamos hoje".

2)Autores - São mais ou menos quarenta os homens que, usados pelo


Espírito Santo, escreveram-na (II Pedro 1:21). Cremos que todos, pelo
menos do V.T. eram descendentes de Abraão. Alguns viveram juntos no
mesmo tempo e nos mesmos lugares; a maioria, porém, viveu em tempos
e lugares diferentes. Apesar dessas desigualdades, a Bíblia é uma unidade
perfeita, porque o seu Autor na realidade é um, isto é, o Espírito Santo.

Em quanto tempo foi escrita? - Calcula-se que os sessenta e seis livros


do Cânon Sagrado levaram nada menos de mil e quinhentos anos (Moisés
escreveu em 1400 a.C. e João em 95 d.C., o Apocalipse).

Em que língua foi escrita a Bíblia?

a) O V.T. fcii escrito todo em hebraico, com exceção de Daniel 2:4 a


7:28; Esd. 4:8 - 6:18; 7:12-26 e Jr. 10:11 em aramaico, e também outras
pequenas porções.
6
O N. T. todo ele escrito em grego popular chamado (ROINÉ que
quer dizer "comum").
Os manuscritos gregos do NT apareceram em iniciais maiúsculas, e
cursivos que vêm a ser minúsculos.

5) O formato
Em tempos mais antigos os textos sagrados eram escritos à mão, em
papiro, em folhas que chegavam a 4 e 5 metros. Eram enrolados e postos
em suportes de madeira. Exatamente aquele em que Jesus leu na sinago-
ga de Nazaré (Lc. 4:17). Os textos eram dispostos em colunas. Não havia
capítulos e nem divisão em versículos. Mais tarde foram introduzidas as
páginas e enfechados em livros, que são os famosos códices.

6) Material da escrita

Primitivamente foi usada a pedra, como a "Roseta" e centenas de


outras, tanto no Egito como na Caldéia.
Depois aparece a cerâmica largamente usada na Mesopotâmia.
Então veio o papiro ( um vegetal que abunda nos lugares úmidos de
cuja aste escorchada e prensada e lixada e polida com verniz especial, está
pronta para receber a tinta da escrita. Usado no mundo todo, mas princi-
palmente no Egito. Tem a vantagem de, emendadas as "folhas", alcançar
4 e 5 metros de comprimento ou mais.
Pergaminho. Pele de cabrito, curtida, raspada, polida e pronta para
ser usada. Era material caro. Mais resistente do que o papiro. Tinha a
vantagem de poder ser raspado e receber nova escrita.

7) Na imprensa? Não! Tudo escrito à mão. Calígrafos especializados


escreviam com letras de causar inveja à imprensa de hoje. A imprensa foi
inventada por Gutenberg em 1456. O primeiro produto foi a Bíblia latina
de 42 linhas. O trabalho foi executado na cidade alemã de MAINZ e os
tipos usados eram de madeira .

8) Quantos livros temos em nossa Bíblia? - Apenas sessenta e seis: trinta e


nove no V.T. e 27 no Novo. E a Igreja Romana, além dos 66 canônicos,
tem os seguintes apócrifos:

. Tobias
Judite
Sabedoria de Salomão
. Eclesiástico
. Baruque
. I e II Macabeus
. Acréscimos a Ester
. Acréscimos a Davi
11-A Bíblia

Portanto, a Bíblia revela a vontade de Deus, patenteia a condição mo-


ral do homem, o caminho da salvação, a condenação dos pecadores e a
felicidade dos santos.
As suas doutrinas são santas, os seus preceitos são obrigatórios, as suas
histórias verdadeiras e as suas decisões imutáveis.
Lede-a para vos tomardes sábios, crêde-a para serdes firmes, praticai-
a para serdes santos.
Ela contém luz para vos dirigir, alimento para vos nutrir e conforto
para vos alegrar.
É o mapa para o viajante, o bordão para o peregrino, a bússola para o
piloto, a espada para o soldado e a Carta Magna para o cristão.
Mostra-nos o caminho para os céus e nos previne contra o caminho
do inferno.
Cristo é o seu grande assunto; o nosso bem, o seu objetivo; e a glória
de Deus, o seu fim.
Ela deve encher a nossa memória, governar o nosso coração e guiar os
nossos pés.
Lede-a devagar, frequentemente e com muita oração.
É uma mina de riquezas, saúde para a alma e um manancial de deli-
cias!
Nesta vida, vos é oferecida; no dia de juizo, será aberta e para sempre
será mantida.
Contém a suprema responsabilidade, recompensa o menor labor e
condena todos que brincam com o seu conteúdo sacrossanto.
' "Em verdade, em verdade vos digo, que quem ouve a minha palavra,
e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não incorre em conde-
nação, mas passou da morte para a vida". (São João 5.24). (Transcrito).

Responda agora, oralmente, aquelas 8 perguntas feitas atrás.

Assembléia Convencional

É o evento maior da Denominação


Tanto maior e melhor, quanto maior importância lhe for
dada. Faça sua igreja representar na assembléia. Ela, sua igre-
ja, é parte interessada.
Informe-t. Ore. Compareça. Participe.

8
Texto Completo Mt 5, 6 e 7
SaaTexto Básico Mt 5.17-20
Texto Áureo MI 24.35
Texto Devocional Mt 7.24-29

A Bíblia - Leituras Diárias


Segunda Salmo 119.64-75
Terça Salmo 119.76-81
Quarta Salino 119.82-90
A Palavra Quinta
Sexta
Salmo 119.91-99
Salmo 119.100-108
Sábado Salmo 119.109-117

de Deus Domingo Salmo 119.118-127

Introdução

A Bíblia é o livro de Deus; o Livro Santo, o livro inspirado por Deus;


é o livro dos livros. Devemos amar a nossa velha mas sempre nova Bíblia.
Devemos trazê-la sempre conosco bem à mão; devemos manuseá-la com
freqüência, com interesse crescente, com amor, com fidelidade. É o Livro
do dia.
Não envelhece, nem seu conteúdo desmerece. Sempre novas suas
palavras, molhadas com o orvalho do céu, orientam, corrigem, con-
fortam. É o próprio Deus falando ao nosso coração; é o bálsamo paia
a alma ferida, alento no desespero, calma no temporal, luz nas trevas,
e rocha nas incertezas. A Bíblia nunca falhou, nunca caiu de moda,
nunca decepcionou. É a palavra eterna do céu, a voz de comando do
Supremo Criador e trincheira segura para os grandes combates. A
nossa Bíblia é querida, é indispensável, sempre oportuna. Sua men-
sagem é envolvente. Sua influência se vai alargando em círculos cres-
centes como as águas espelhadas de um lago, quando ferido por uma
pedra. Acompanhemos, pois, Com oração, o estudo que ora iniciare-
mos.
Leia a exposição seguinte; atento às perguntas:

A Bíblia é a Palavra de Deus ou apenas contém a Palavra de Deus?


O que tem a ver o conflito do Édem com os modernistas de hoje?
Você crê na Bíblia como a Palavra de Deus? Mas crê de todo o seu
coração?
Quais os perigos da posição modernista de nossos dias?
Que pensa você dos grandes fatos da Bíblia?
0 que a Bíblia representa para a sua fé em Cristo ?
9
Você acha que a Bíblia pode falhar?
Leia a Bíblia com fé e certo de que ela é a Palavra de Deus, a
Palavra da Verdade (Jo 17.17).

I. A Voz Da Impiedade

1)Através dos séculos a Bíblia, a Palavra de Deus, tem sido fortemente


golpeada pela voz da impiedade.
Houve tempo quando ela foi proibida por autoridades eclesiásti-
cas. Só determinadas pessoas podiam lê-la.
Widif, Savonarola e outros, foram queimados por pregarem a Palavra
de Deus. A Inquisição levou às chamas da brutal fogueira, homens e Bíblias.
Eram santos homens de Deus. Seu pecado era ler, pregar e viver a Bíblia.
No começo da Idade Contemporânea, uma plêiade de sábios fran-
ceses duvidaram do conteúdo divino da Bíblia, negaram-na, ridiculariza-
vam suas palavras, e só admitiram os fulgores da razão divorciada da fé.
Mas, o mais rude golpe contra a Bíblia veio de pensadores alemães
e franceses. E afirmaram: A BÍBLIA NUNCA FOI, NÃO É E JAMAIS
SERÁ A PALAVRA DE DEUS. Ela contém apenas a palavra de Deus. Isso
equivale a dizer que grande parte do conteúdo bíblico é espúrio, não pas-
sa de fábulas e engenhos humanos. Retalharam a Bíblia. Eles próprios
foram os juízes para afirmar: "Isto é Palavra de Deus; isto é inspirado e
aquilo não. Nas universidades européias e norte-americanas era vergo-
nhoso citar-se a Bíblia. Ela não passava de urna colcha de retalhos. Famo-
so sábio americano era pregador de grande Igreja, chegava ao púlpito e
começava com o desdém: "isto que estou lendo não é inspirado". Sua mãe
que era sua ovelha, ao ouvir o filho afirmar que esta e aquela escritura
não eram inspiradas, chegando em casa passava a tesoura nas passagens
"espúrias". E com o correr dos tempos, sua Bíblia ficou reduzida. Á beira
da morte, chamou o filho e lhe disse: "Estou de malas prontas para a
eternidade. O filho tomou a Bíblia da mãe e procurou nela uma passagem
de certeza e esperança; estava cortada; procurou outra, também mutila-
da; ainda outra e não constava de sua Bíblia. Foi quando o filho lhe disse:
"Mãe, porque tantas mutilações na sua Bíblia?". Sim, filho, quando você
afirmava de púlpito que esta e aquela passagem não eram inspiradas,
cortava-as de minha Bíblia. Por que conservar o que não é verdade? E
agora mãe e filho estavam vazios e confusos.
Negar a Bíblia, é negar o próprio Deus. "A Palavra do Senhor é
viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e
penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta
para discernir os pensamentos e propósitos do coração". Hb 4.12

II. A Raiz do Conflito

I) O conflito começou no Éden. Deus disse a Adão: "De toda árvore


10
do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e
do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente
morrerás"(Gen. 2:16-17)
Deus é a verdade e é justo, portanto, não engana ningliem. Tudo
nele é claro e transparente. E a ordem dele ao homem foi "não comer da
árvore do conhecimento do bem e do mal". Ordem simples e direta.
Mas veio o diabo e iludiu a mulher levando-a a desobedecer à or-
dem determinante do céu.
E a mulher ficou num terrível dilema: Deus disse para não comer e
o diabo ensinou a comer. Eram os extremos; obedecer a Deus ou ao diabo.
E a mulher deu seu voto a favor do diabo. Note-se que aí estava em
jogo a Palavra de Deus. E o conflito que começou no Éden, estende-se
pelos milênios e chega aos nossos de dias. E o problema gira em torno da
Bíblia, Grandes homens de letras, famosos filósofos, ilustres doutores,
renomados mestres da Bíblia, em escolas, seminários e institutos negam a
Bíblia: Moisés não escreveu o Pentateuco, Isaías é uma colcha de reta-
lhos, Ezequiel conflita com Moisés, Paulo só escreveu quatro epístolas, as
de controvérsia: Romanos, I e II Coríntios e Gaiatas; a prisão de Paulo de
onde escreveu Filipenses foi Éfeso; o Quarto Evangelho nada tem com
João, o apóstolo que, segundo eles, foi assassinado com Tiago seu irmão
(Atos 12). Escrito por um outro João. Voltando ao Velho Testamento, dão
risada quando se afirma que o peixe engoliu Jonas. Não importa o que
negam e nem os que negam. É como no Édem: se obedece a Deus é legítmo,
não obedece, é do diabo.
Isto nos leva a uma definição: se somos de Deus ("Quem é de Deus
ouve as palavras de Deus; porisso não me dais ouvidos, porque não sois de
Deus" (Jo 8.47). Obedece a Deus e honra a sua palavra. E, se não obedece
à Palavra de Deus, é do diabo, não importa quem seja e onde esteja.
O chamado modernismo ou alta crítica, ou ainda crítica literária
tem causado os maiores transtornos no mundo, apagando a fé de tantos.
Tem sido um cemitério da fé e esperança de tantos crentes mornos. Semi-
nários na outra América, na Europa e com raízes no Brasil, dão títulos
pomposos aos seus estudantes, mas apaga-lhes o fervor e sepulta-lhes a fé
no Senhor e na sua Palavra.
Alguns pastores saíram de nossa pátria e foram para os States. Fize-
ram mestrado, acabaram doutores, mas voltaram com a fé na Bíblia com-
pletamente arrasada. Vidas inúteis, ministério gelado e alguns foram até
por caminhos de impiedade.

Portanto:

I) A Bíblia é "a palavra em vós implantada a qual é poderosa para


salvar as vossas almas" Tg 1.21
2) Mc 7.13 declara que ela é a Palavra de Deus.
11
É a Palavra da Vida. E Paulo manda que essa palavra seja preserva-
da - Fl 2.16.
É ainda Palavra da Fé - Rm 10.8.
"Tomai também o capacete da Salvação e a Espada do Espirito que
é a Palavra de Deus" (Ef 6:17). •
A Palavra de Deus nunca falhou. Tudo o que Deus prometeu, cum-
priu com fidelidade. Disse que mandaria o dilúvio, e mandou; que des-
truiria Sodoma e Gomorra e assim aconteceu. Que a semente de Abraão
ficaria escrava quatrocentos anos e ficou. Que daria Canaã em posse a •

Israel e deu. Que mandaria o seu unigênito Filho para morrer em lugar
do pecador e tudo aconteceu com precisão e fidelidade.
Toda a Palavra de Deus se cumpriu, nem um til e nem um jota caiu
por terra. Podemos confiar nela de todo o nosso coração, lembrando que:

A Bíblia deve ser recebida como a Palavra de Deus -1 Ts. 2:13


recebida com prontidão - Atos 17:11
recebida com humildade - Tiago 1:21
recebida com sinceridade - Atos 2:41

Agora você vai responder oralmente as oito perguntas feitas no início


da lição.

Curso Especial Para E.B.D.

Os Seminários SEBEMGE e STEB, agora com o apoio


da JAPER, oferecem este Curso Especial para Escola Bí-
blica Dominical, de 40 horas-aula, para líderes e profes-
sores desta área de ensino religioso. Os participantes re-
ceberão apostilas e bibliografia específica. Haverá expo-
sição de material e literatura de Educação Religiosa. Ace-
lere o crescimento integral de sua igreja, investindo na
EBD.
Informações: SEBEMGE - JAPER (Cx. postal 400 -
CEP 30160-970 - Belo Horizonte - Fones 201-3452 ou
451-2299 - STEB

12
Texto Completo Mt 4
Texto Básico Ml 4.1-11
Texto Áureo lo 2.22
Texto Devocional Jo 8.47-52

A Bíblia - Leituras Diárias


Segunda Lucas 9.43-45
Terça João 8.31-37
Quarta João 8.47
Unidade e Quinta
Sexta
João 8.51
João 17.17
Sábado Colossenses 3.16

Estrutura Domingo Hebreus 1.1-4

Introdução

"Há uma diferença entre a Bíblia e todos os outros livros. Os escrito-


res em geral podem orar a Deus que os ajude e os dirija, e Deus realmen-
te os ajuda e dirige. Há, no 'mundo, muitos livros bons, e cujos autores,
sem dúvida, Deus ajudou a escrever. Mas ainda assim, os autores mais
piedosos dificilmente teriam a presunção de alegar que Deus escreveu
seus livros. Pois essa autoria divina é atribuída à Bíblia. Deus mesmo
supervisionou, dirigiu e ditou a escrita de seus livros, tendo sob seu com-
pleto controle os autores humanos, e de tal modo que a redação é de
Deus. A Bíblia é a Palavra de Deus num sentido em que nenhum outro
livro no mundo o pode ser" H.H. Haley Manual Bíblico, pg. 23
Antônio Gilberto em seu excelente livro: Manual da Escola Domini-
cal, pg. 40, diz: "Quanto à unidade física da Bíblia, ninguém sabe ao
certo como os 66 livros encontraram-se e agruparam-se num só volume;
isso é obra de Deus. Sabemos que os escritores não escreveram os 66 de
uma só vez, nem em um só lugar, nem com o objetivo de reuni-los num
só volume, mas em intervalos durante 16 séculos, em lugares que vão da
Babilônia à Roma"
Eis o milagre da unidade do livro Santo que nós chamamos com
muita reverência a nossa querida Bíblia Sagrada. Vamos pois, ao assunto
desta importante lição, mas fique atento às perguntas:
O que é a Bíblia para o irmão?
Quais as duas partes maiores da Bíblia?
Quantas divisões tem o V. T. ?
E o Novo?
Quantos Capítulos tem o V. T. ?
E quantos, o Novo?

13
-

7) Que parte da Bíblia tem sido preciosa para o seu coração?

1. Estrutura

1) Dois testamentos: o Velho (ou Antigo) e o Novo Testamento. Na


2. Edição da Bíblia revista e atualizada no Brasil, o Velho tem 816 pági-
nas e o Novo 278 páginas
2) O Velho Testamento tem 39 livros com 5 divisões
Pentateuco. 5 livros de Moisés (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números
Deuteronômio).
Livros Históricos. 12: Josué , Juízes Rute, I e II Samuel, I e II Reis,
I e II Crônicas, Esdras Neemias, Ester.
Livros Poéticos, 5: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares..
Profetas Maiores, 5: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel.
Profetas Menores, 12: Oséias, Joel, Amos, Obadias, Jonas, Miquéias,
Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.

3) O Novo Testamento também tem 5 divisões com 27 livros.


Biográficos, 4: Mateus, Marcos, Lucas , João
Histórico, 1 : Atos dos Apóstolos
Cartas Paulinas , 13: Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios,
Filipenses, Colossences, I e II Timóteo, Tito, Filemom.
Cartas Gerais, 8: Hebreus, Tiago, I e II Pedro; I, II e III João ,
Judas.
Profético, 1: Apocalipse

IL Curiosidades

o V. T. tem um total de 929 capítulos e o Novo, 260. O maior


capítulo de toda a Bíblia é o Salmo 119 e o menor, o Salmo 117.
Capítulos - antigamente os 66 livros, cada um, aparecia num todo,
sem qualquer divisão. Em 1250 o abade Hugo Saint Cher dividiu-os em
capítulos. Pertencia à ordem dos dominicanos.
Versículos - Em 1445 o Rabi Nathan dividiu o V. T. e o Novo, pelo
impressor françês Robert Stevens em 1551. O V. T. tem 23.214 versículos,
e o Novo, 7.959. Esses oscilam de uma tradução para outra, como por
exemplo na vulgata Latina e na Beze.
O livro de Gênesis, como a palavra bem o indica, é o livro dos princí-
pios: do céu e da terra, das ilhas e dos mares, dos animais e do homem;
e com Abraão, temos o começo de urna raça, um povo, uma revelação
divina particular, e finalmente de uma igreja.
E Êxodo relata o povo de Deus escravizado no Egito e a grande
libertação divina, usando a instrumentaliclade de Moisés.
Deuteronômio é a "Segunda lei" ou a " lei oral".
Os livros históricos, doze ao todo, são vibrantes, cheios de vida e de
14
poder dos céus. Josué é o livro da conquista de Canaã. O milagre da pas-
sagem do rio Jordão, a queda das muralhas de Jericó, e a vitória sobre as
sete nações Cananéias, a divisão da terra prometida e, finalmente a mor-
te de Josué aos 110 anos de idade.
O período dos juizes, que começou com a morte da geração de Josué,
e que durou mais de três séculos, termina no primeiro livro de Samuel
e com a implantação da monarquia, sendo o seu primeiro rei Saul, ungi-
do por Samuel, o último juiz.
II Samuel ocupa-se com Davi e I Reis, com Salomão e a edificação do
Templo de Jerusalém, da divisão do reino em norte, com dez tribos e
capital em Santaria; e sul, com duas tribos e capital em Jerusalém. Ainda
em I Reis temos o poderoso ministério do profeta Elias e de seu sucessor
Eliseu.
II Reis relata o cativeiro do Reino do Norte com os exércitos assírios,
e o do sul com o poderio caldeu de Nabucodonosor.
k)Esdras conta o retorno de Judá do cativeiro babilônico com Zorobabel
e a reconstrução do templo de Jerusalém. Neemias historia a reedificação
das muralhas da cidade santa.
1) Os Salmos são ao todo 150 e com a seguinte divisão:
Livro I - 1-41
Livro II - 42-72
Livro III - 73-89
Livro IV - 90-106
Livro V - 107-150
Os Salmos eram cantados. No término da Ceia da páscoa can-
tavam-se os de número 113 a 118. Em grande parte eram de
Davi.
A diferença entre "Profetas Maiores" e "Profetas Menores" é apenas no
tamanho. Todos são inspirados pelo Espírito Santo, portanto são divinos.
Entre Malaquias e Mateus - uma folha em branco - temos nada me-
nos de 400 anos de Silêncio divino. Nesse período verificam-se os gran-
des acontecimentos da história, culminando com Gal. 4:4 o nascimento
do Senhor Jesus.
Os evangelhos se dividem em sinóticos: Mateus, Marcos e Lucas, e João
o "Quarto e último Evangelho".
Atos é o livro histórico, um dos mais poderosos livros de toda a
Bíblia.
Treze são as cartas de Paulo, cada uma delas abordando a solução do
problema ou de um igreja, ou de uma pessoa.
As cartas gerais, oito ao todo, defendem a divindade e a humanida-
de de Cristo, as terríveis heresias da época e trazem palavras de consola-
ção aos crentes afligidos por cruéis perseguições.
O Apocalipse do apóstolo João é a derradeira palavra profética, é o
selo final de todo o esforço revelador do Senhor ao homem e termina
com o novo céu e nova terra.
15
1111 Assim é a Bíblia, a santa Palavra de Deus:

perfeita unidade;
estruturada pelo Espírito Santo;
palavra eterna.
palavra Santa;
Palavra do céu e esperança do homem.

Portanto, a Bíblia é realmente a Palavra de Deus, porque:

Me dá Poder para Vencer: a) o diabo. b) o pecado, c) o mundo, d)


a carne.
Revela-nos o íntimo do coração.
Coloca-me diante do Senhor Jesus, meu salvador e Libertador que
me lava com seu sangue.
Desperta-me quando entorpecido pelo pecado, anima-me quando
abatido, levanta-me quando caído, ilumina-me quando em trevas, e dá-
me conforto na tribulação.
Leva-me à sala do banquete, à fonte carmezim e, finalmente, ren-
dido aos pés do meu Senhor e Rei.

Procure responder agora oralmente, as perguntas formuladas

S.T.E.B.
Seminário Teológico Evangélico do Brasil

Estude no STEB. É a mais antiga casa de profetas


dos Batistas Nacionais. É administrado hoje por um
conselho (CONAD), constituído de 9 membros mais
o Reitor. Este conselho reúne-se mensalmente e vem
acompanhando de perto a vida acadêmica e admi-
nistrativa do Seminário. Informações: Cx. Postal
5009 - Venda Nova, CEP 31611-970 - Belo Hori-
zonte- MG - Fone (031) 451-2299.

16
kgm-frn
a Texto Básico I Tm 4.6-16
asa Texto Áureo
Texto Devocional
II Tm 2.15
S1119.10-18

Leituras Diárias

A Bíblia - Segunda Hebreus 4.12


Terça Hebreus 11.3
Quarta Tiago 1.18
Dados Quinta
Sexta
Tiago 1.22
I Pedro 1.25
Sábado João 12.47-48

Históricos Domingo João 15.3-7

e Geográficos
1. Dados Históricos

A Bíblia não é um tratado de ciência, mas tem contribuído para as


grandes experiências nesse campo;
Também não é um compêndio de história, mas guarda em suas pági-
nas sagradas o registro dos gloriosos feitos da humanidade.
O capítulo 13 do profeta Isaías, a partir do verso 19, afirma que
Babilônia, a jóia dos reinos e orgulho dos Caldeus, nunca mais seria
habitada. Seria como Sodoma e Gomorra e nem os pastores ali armariam
as suas tendas. E realmente nunca mais foi habitada. Os pastores por
superstição não armam ali suas tendas com medo de fantasmas. Robert
Koldwey escavou os muros da Babilônia a partir de 1928, retirou dali os
tesouros preciosos e, a cidade orgulho de Nabucodonosor voltou ás arei-
as e ao esquecimento. Destruída no século VI d.C., permanece um deser-
to como a Bíblia o afirma.
Todavia, o fato mais glorioso sobre o valor histórico da Bíblia estava
reservado a Leonard Woolley e sua esposa Catarina. A partir de 1928
escavou na Baixa- Mesopotâmia, ou seja, o sul da Caldéia, a região conhe-
cida como Sumiria. Antes destas. descobertas, Egito era considerada a mais
antiga civilização do mundo, seguida da Grécia. Quando Woolley, o fa-
moso inglês, tirou do seio da terra a cidade-reino de Ur dos Caldeus, ficou
provado que a Sumiria é mais antiga que o Egito mil anos e nada menos
de 1500 anos mais velha do que a Grécia. Antigamente a Bíblia, era alvo
do desdém dos homens, afirmando que o povo Judeu começou com
Abraão, um nômade ignorante, um beduíno atrasado. Depois das desco-
bertas de VVoolley, sabemos que Ur, o berço natal de Abraão, era nos dias
do querido patriarca, a fina flor da civilização deste planeta. Quando
Deus buscou um homem para nele começar um povo, um raça, uma na-
ção, uma revelação particular e mesmo uma igreja, buscou a mais requin-
tada e a mais apurada civilização da época. S. N. Kramer escreveu um
livro intitulado: "A História Começa na Suméria". Em suas páginas de-
monstra escolas onde se aprendia a ler e a escrever. Verdadeiros
almanaques de agricultura, tratados de farmacologia, obras de literatura;
ensinos sobre guerras e diplomacia. Apareceu em uma taboinha de cerâ-
mica a palavra Amargi que quer dizer liberdade. Portanto, foi na Suméria
que nasceu a democracia E isso 2000 a. C.
E poderíamos enfileirar outros tópicos demonstrando ser a Bíblia um
autêntico tratado que guarda em suas páginas os monumentais relatos da
história.

II. Dados Geográficos

À guiza de Informações, daremos alguns dados importantes sobre


geografia da Bíblia, particularmente Palestina.

Subira Jerusalém. A Cidade Santa está edificada sobre cinco montes


(Sal. 125:1), sendo dois principais: O Sião e o Moriá. Subia-se para Jerusa-
lém e descia-se de Jerusalém.

Israel tinha três lagos também chamados Mares: a) o Merom no extremo


norte que hoje não existe mais; b) o Galiléia, também chamado Tiberíades
e Genesaré - mede 26 x10 Kms e suas águas são doces, potáveis e grande-
mente piscosas; c) no extremo sul, o Mar Morto, medindo 76 x 17 Kms.
Suas águas contém 30% de sal e outros metais, e são letais. Não há vida
nele e nem nos seus arredores. Ninguém afunda em suas águas. É cha-
mado na Bíblia Mar Oriental.

Rio Jordão - Nasce no monte Hermont. Em Linha reta, seu percurso


seria de 117 Kms do sul da Galiléia até sua entrada no Mar Morto; mas é
fortemente sinuoso e seu curso alcança 351 Kms sua largura varia entre
10 e 50 ms, com uma profundidade máxima de 5ms. Há muito peixe em
suas águas.

Mar Ocidental - é o que chamamos de Mediterrâneo, palavra que não


aparece na Bíblia. É também chamado de Mar Grande. O Mediterrâneo
é um mar inteiro, banha três continentes e mede três milhões de quilô-
metros quadrados.

Ida e Volta a Jerusalém - por causa de Samaria que ficava entre Gali-
léia e Judéia, e por não se comunicarem judeus e samaritanos (Jo. 4:9),
quando um judeu da Galiléia ia para as festas em Jerusalém, passava pela
Peréia região Leste. Jesus foi rejeitado em &marta porque demandava
Jerusalém (Lc. 9:51-53). Quando voltava, dando as costas para Jerusa-
lém. Podia passar por Samaria (Jo. 4:3,4)

6) Distâncias - de Cafarnaum a Jerusalém, mais ou menos 100 Kms.


De Jerusalém a Damasco, 200 Kms. De Jerusalém a Nínive, 600 Kms.

7) Poço de Jacá - hoje fica em Nablus, na Cisjorddnia. Jacó comprou


esta região onde está o poço e deu-a a seu filho José (lo. 4:5). O poço tem
35 metros de profundidade e suas águas excelentes. Perto do poço ficam
os montes Elial e Gerisim. Deste, foram proclamadas as bênçãos e daquele,
as maldições ( Deut. 11:29 e Josué 8:30).

8) Planta de Jerusalém - Jerusalém hoje, isto é, desde 1870 tem duas


partes:
Jerusalém murada, também chamada oriental. Na parte ocidental
fica Sião, propriamente a cidade com seus palácios e casas e monumen-
tos. Na parte oriental temos Moriá, a colina do templo de salomão,
destruído por Nabucodonosor e reconstruído por Zorababel e remode-
lado por Herodes, o Grande, é destruído pelos romanos em 70 d. C.
Jerusalém ocidental, também chamada "Nova." Lidimamente ju-
daica. Fora dos muros.Moderna e bonita. Os judeus começaram a edificá-
la a partir de 1870. Esta tem nada menos de 350000 habitantes e a velha
110 mil.
Fora dos muros da velha cidade, está plantado o Monte das Oliveiras
na parte oriental. Neste monte ficam Betânia e Betefagé e também o
Getsêmani.

9) Geena - de Mt 5.22, 29.30: Lucas 12:5 e outros (Trad. Brasi-


leira da Bíblia). Na atualizada prece como" inferno de fogo". Refe-
re-se ao vale dos Filhos de Hinom (Jos. 15:8 de Jr 19.2), vale que
circunda Jerusalém velha pelo ocidente e pelo sul e vai à parte
oriental, sendo que esta parte se chama cedron, mas é o mesmo vale.
A parte sul, que vai dos muros da cidade até Belém (Si 23.4) é cha-
mada vale dos Refains. isto é, Gigantes". fora dos muros e no extre-
mo sul de Jerusalém fica Aceldama, cemitério de forasteiros, com-
prado com dinheiro de Judas Iscariotes (At. 1.18.19).

10) Annagedom - é o vale de Jezreel (Jos. 15.56. 1 Reis 18.45.46) Em


Apoc. 16.16 é chamado Armagedom Refere-se a Jezreel, vale imenso,
com alguns montes, terras férteis, lugar aprazível. Ligando a este vale no
sul, temos o Dota, e ao ocidente o vale famoso de Sarom. Os judeus da
atualidade drenaram o grande pântano de Hula, onde estavam as águas
de Merom e hoje temos um enorme vale medindo 28x10 kms. Em todos
19
estes vales ligados, travar-se-á a Batalha do Armagedom, no final da Gran-
de Tribulação (às 70 semanas de Daniel 9). As forças do Leste para esta
batalha porão em pé de guerra 200 milhões de soldados de cavalaria
(Ap 16).

II) para outros informes e curiosidades sobre a Terra Santa, reco-


mendamos o livro de Enéas Tognini - Geografia Da Terra Santa

Aplicações

Para uma correta interpretação da Bíblia, precisamos conhecer a


Geografia, não só da Terra Santa, mas das outras terras mencionadas na
Palavra de Deus.

Qualquer fato mencionado na Bíblia, ocorreu em algum lugar,


esse algum lugar é a geografia, e urge conhecê-lo e muito bem.

Responda:

Que importância tem para a história Is. 13.19-22


Onde começou a história: no vale do Nilo ou na Mesopotâmia?
Que sabe sobre o berço natal de Abraão- Ur dos Caldeus?
Diga algo sobre os pontos geográficos indicados nesta lição.

Através do Plano Cooperativo, a Igreja:


-Faz missões - ajudando no sustento da obra missionária, apoiada
pela Convenção;
-Ajuda às igrejas coirmãs - muitas passam por necessidades e pe-
dem socorro à Convenção;
-Coopera com os nossos seminários e muitos seminaristas;
-Dá condições a sua Convenção de editar e distribuir a literatura
de que precisamos;
-Contribui para o processo de informação, despertamento e
integração da obra Batista Nacional, através de jornal, literatura
informativa e eventos denominacionais;
Participa dos investimentos em recursos humanos e materiais de
que a obra depende para se expandir;
-Está sendo obediente à Palavra de Deus que nos quer unidos,
fortes e motivados no Seu serviço.

"Busca seu próprio desejo aquele que se separa; ele insurge-se contra a
verdadeira sabedoria; o insensato não tem prazer no entendimento, senão
em externar o seu interior" Pv 1.1,2
20
•••• Texto Completo SI 138
át<agAr Texto Básico 81 138.1-5
Texto Áureo SI 138.2
Texto Devocional SI 143.5-8

A Bíblia Leituras Diárias


Segunda Salmo 147.12-15
Terça Salmo 12.5-6
Quarta Salmo 56.1-4
Traduções Quinta
Sexta
Salmo 56.9-11
Salmo 62.11-12
Sábado Salmo 3.4-5

e Versões Domingo Mateus 22.23-29

Introdução

Atanásio, que viveu de 300 a 373 d. C. ,foi um grande líder cristão no


Egito. Dedicou sua vida de muitas lutas na defesa da ortodoxia, contra as
heresias do seu tempo. Sobre a Bíblia que tanto amou e conheceu, disse:
"As Escrituras Sagradas, divinamente inspiradas, são, em si mesmas, sufi-
cientes para a apresentação da verdade" .Nesta lição, sobre traduções e
versões da Palavra de Deus, vamos analisar como vidas preciosas, erudi-
tas, colocaram o melhor da sua inteligência e preparo nas mãos do Se-
nhor para que o seu livro da Revelação chegasse até nós e circulasse entre
nós. Deus continua trabalhando com este propósito e quer usar a cada
um de nós na saga bendita da Bíblia. A verdade divina se expressa, como
bem entendeu Atanásio, sobretudo, através do livro que foi para Davi, e
o será para todo sempre, "lâmpada para os pés e luz para o caminho
(SI.119.105)". Que o desejo do Salmista seja, nestes dias de tantas pro-
postas, o de todos nós: "Afasta de mim o caminho da falsidade e favorece-
me com a tua lei. Escolhi o caminho da fidelidade, decidi-me pelos teus
juízos". (S1.119.29-30)

I Traduções

1. A leitura da Bíblia é sagrada para os judeus religiosos. Nas sinagogas há


um calendário marcando o início e o fim da leitura do Torá, o Pentateuco,
no período de um ano. Entre os evangélicos existem alguns planos e
tabelas de leitura que faríamos bem em tê-los para a sistematização do
nosso estudo, a par das leituras que devemos fazer das passagens indicadas
em cada lição da revista. Porque, hoje, temos a bênção da variedade de
tantas Bíblias a nossa disposição? Um exército de batalhadores se movi--

21
P.

menta nos bastidores de sociedades e instituições bíblicas para que isto


aconteça. Oremos por eles. "Servi ao Senhor com alegria. . .(S1.100.1).
Graças a esta disposição, a tradução da Escritura em português começou
antes da inglesa por João Wycliff. A princípio, vieram livros separados e
porções isoladas. Coube a João Ferreira de Almeida, português de forma-
ção protestante, publicar, pela primeira vez na língua portuguesa, o Novo
Testamento completo em 1681, em Amsterdã, na Holanda. A Bíblia com-
pleta saiu no início do século VIII. Apesar de algumas imperfeições, esta
tradução foi a mais usada entre nós.

2. Outra tradução, a de Antônio Pereira de Figueiredo, foi baseada na Vulgata


Latina.
Veio a público em 1896, sendo adotada pelos católicos. As históri-
as das traduções são ricas em fatos e informações que fogem, alguns
deles, doS objetivos desta lição. Mas, vale a pena uma leitura nas pu-
blicações especializadas. Agradecemos porque um dia autores bíblicos
obedeceram a voz do Senhor: "Escreve estas palavras... "(Ex. 34:27).
Nos tempos modernos, os tradutores passaram por grandes.lutas.
Lembremo-nos de que a divulgação e ensino da Bíblia implica numa
grande luta espiritual, pois se trata da espada do Espírito" (Ef. 6-17).

Traduções católicas mais conhecidas:


Matos Soares, de 1932; Humberto Rohden - Novo Testamento, de
1934. Existe uma edição feita pela Editora Ave Maria, usando línguas
originais, de autoria dos monges Beneditinos, de 1959. As Editoras Vo-
zes e Paulinas também têm texto com boa circulação . Todavia, a tradu-
ção mais célebre é "A Bíblia de Jerusalém", de origem francesa, foi com-
pletada em 1981.

3. A tradução Brasileira, de origem evengélica, foi feita em 1917.


Segundo os especialistas, foi uma das melhores que tivemos. Esgota-
da a edição, não foi mais impressa. Usou manuscritos confiáveis do he-
braico, para o V. T. e gregos para o N. T.
Hoje, denominações, igrejas e pastores têm uma gama variada de
ofertas de vários grupos que lhes possibilitam anunciar a "Palavra" de tal
forma que ela não volte vazia (Is.55.11).

II. Versões

1. Na prática, versões e traduções são a mesma coisa.


A Septuaginta, a versão dos setenta, LXX ou Alexandrina, é a mais
antiga e importante. Nasceu da tradução do Antigo Testamento hebraico
para o grego, por judeus eruditos e piedosos, sob as ordens do Impera-
dor egípcio Pitolomeu II. Isto se deu por volta de duzentos anos antes de
Cristo.
22
Nos primeiros tempos da era cristã, apareceram inúmeras versões. A
mais significativa foi a Vulgata Latina feita por jerônimo, no Século IV,
com o objetivo de colocar o texto sagrado nas mãos do povo. O percurso
das versões confirma que a vontade de Deus é que todos guardem no seu
coração a sua Palavra (SI 119.11).

Lutero Abriu as portas do Ocidente para a Bíblia.


Ao traduzir as Escrituras para o alemão, no século XVI, Lutero motivou
o aparecimento de traduções e revisões no francês, holandês, italiano, espa-
nhol , russo, sueco, dinamarquês e idiomas de outros grupos étnicos. Escon-
dido das autoridades da época para fazer a tradução, o grande reformador
deu ao mundo um exemplo de amor à Bíblia. Ele pregou a necessidade de
se fundamentar a doutrina somente na Bíblia ou como dizia, Sola Scritura.
Lutero creu e viveu como devemos viver, conforme jo. 17.17.
Estamos colhendo os frutos dos servos que se voltaram para a Bíblia
no passado. Instituições de grande porte estão em nosso mercado evan-
gélico de Bíblias. Trabalhando principalmente com a tradução Almeida,
temos a Sociedade Bíblica do Brasil com as edições revista e corrigida e
revista e atualizada. A Imprensa Bíblica Brasileira publicou textos com as
versões revisada e revista e corrigida. A Bíblia na Linguagem de Hoje
saiu com o selo da Sociedade Bíblica. A Sociedade Trinitariana, mais
recente, também está no mercado. Contamos, ainda, com bons textos de
Bíblias de Estudo: Scofield, Vida Nova, Anotada, Thompson etc. Graças
a Deus, por estes lançamentos.

Quanta bênção, desde as primeiras versões destinadas aos sírios e egípcios.


Apareceram logo depois da morte de João, no início do Cristianismo.
Em seguida, os leitores de Orígenes receberam a Hexapla por volta do
IV século. Um bom tempo depois, os de fala espanhola ganharam em
1602 a versão de Cipriano de Valera, Os ingleses tiveram em 1611 o
texto clássico da King James. A citação das versões não cobre todas que
apareceram. Estamos fazendo destaques dadas as limitações naturais de
uma aula. O importante é que Deus sempre desejou que seu povo conhe-
cesse e divulgasse sua Palavra pura, sem acréscimos à sua revelação. (Pv.
30.5-6).

Responda

Fale de cor dois versículos do Salmo 119 citados na lição.


De quem foi á honra de ter feito em português a primeira tradução
da Bíblia?
Quem foi Antônio Pereira de Figueredo?
Relacione quatro traduções mencionadas na lição.
Qual foi a versão mais antiga da Bíblia?
6- Que sabe sobre a relação de Lutero com a Bíblia?
23
Texto Básico jo 14.15-19
Texto Áureo JIPe 3.18
Texto Devocional Pv 1.2-7

Leituras Diárias

Como Segunda Salmo 119.72


Terça Salmo 119.77
Quarta Provérbios 4.10
Estudar a Quinta
Sexta
Deuteronômio 7.6
Êxodo 24.7
Sábado Deu teronômio11.1

Bíblia Domingo Josué 1.8

Pense nestas perguntas:

1 - Que texto da Bíblia afirma que ela é a verdade?


2 - Enumere dois conselhos práticos para se estudar a Bíblia.
3 - Você já experimentou a bênção de Ap 1.3?
4 - Segundo João, para que a Bíblia foi escrita?
5 - Que método você usa para estudar a Bíblia?

Introdução

A Bíblia é a revelação escrita de Deus. Já vimos como chegou até nós.


Hoje, a temos sob a forma de um livro. Nela, encontramos relatos, descri-
ções, comentários, poesias, etc. O propósito de Deus é que ela se torne o
centro da nossa educação cristã. Isto está claro na instrução que Paulo
passou ao seu jovem seminarista, nos termos de então, Timóteo. "Tu,
porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sa-
bendo de quem o tens aprendido e que desde a infância sabes as sagradas
letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo
Jesus" (II Tm 3.14-15). Timóteo precisava, como nós, crescer espiritual-
mente. Quando vamos estudar uma disciplina precisamos de saber clara-
mente quais são os objetivos que vão estar presentes no processo ensino/
aprendizagem. A Bíblia é um tratado da verdade (10 17.17b). Ela tem
objetivos espirituais, culturais e éticos que nos são oferecidos pela media-
ção do Espírito Santo (Jo 14.26 e Pv 2.6).

I. Objetivos

1. A Educação, de um modo geral, é um instrumento de manutenção ou trans-


24
formação social. A educação que buscamos, a Cristã, tem claramente o obje-
tivo de transformar a personalidade do aluno, de forma total, qualifican-
do-o para viver no meio em que vive (Mt 5.14-16).
Oficiais, professores e alunos, todo o conjunto da EBD, precisa ter
consciência definida de que os nossos objetivos e finalidades estão expres-
sos na Revelação de Deus que se chama Bíblia Sagrada. Mas o que seria a
Educação Cristã? Pode ser o processo de comunicação do conhecimento,
(II Pe 3.18) e do treinamento dos dons naturais de uma pessoa à luz da
tralavra de Deus.

Há vários critérios de classificação de objetivos. O que importa aqui não


são os nomes técnicos que eles possam ter, mas que procuremos estudar a
Bíblia de forma disciplinada, procurando estabelecer objetivos, buscando-
os, de forma que ao final do estudo tenhamos alcançado o resultado dese-
jado. Há muitos crentes dedicados que por não terem o hábito de ler
jornais, revistas e livros, o que é uma grande falha, levam este costume
para a Bíblia. Oram, estão nas vigílias, o que é bom, mas não fazem a
leitura da Bíblia de forma regular, especialmente em casa. Nossa primei-
ra preocupação com o estudo da Bíblia deve ser o da regularidade. Oran-
do todos os dias, mas procedendo de igual forma com a Bíblia (Mt 22.29).
Ao contrário do que muita gente pensa, o Espírito Santo age na Bíblia
com objetivos determinados e de forma programada. Foi assim em
Antioquia, no início da evangelização mundial (At 13.2,4,5).

Crianças e Adolescentes devem estar no centro da EBD. Permanece da


parte de alguns adultos o mesmo preconceito que havia no tempo de Je-
sus em relação às crianças da Igreja. Não se gasta e não se investe como se
devia nesta gente miúda e tão preciosa (Mc 10.13-16)). Como ensinar a
Bíblia às crianças? Providenciando material específico, segundo sua faixa
etária e necessidades pedagógicas. A CBN já tem uma boa experiência
nesta direção, com material disponível para todos. Gosto, neste assunto,
de relembrar o que Charlote E. Vanghan escreveu em uma publicação
distribuída pela Juerp. O ensino bíblico para crianças tem como principal
objetivo revelar às crianças a mensagem missionária da Bíblia, tornando-
as capazes de desenvolver um crescente conceito de Deus, cultivar amiza-
de profunda com Jesus, reconhecer que a Bíblia é o padrão de conduta
daqueles que amam a Jesus e ter maior visão missionária. Não serve tam-
bém para as crianças crescidas?

II. O Estudo Bíblico

1. A Bíblia é o livro oficial adotado na EBD. Isto significa que deve ser
efetivamente estudada nas classes. É mais comum do que se pensa gastar-
se o tempo da aula discutindo-se mil e um assuntos, menos o tema pro-
posto e as passagens indicadas no corpo da lição. Insistimos neste fato. Os
25
textos usados pelo autor, dentro das correlações estabelecidas, devem ser
explorados ao longo do período que se tenha. Tim LaHave tem algumas
idéias práticas de como estudar a Bíblia que julgamos úteis verificar. Ler
a Bíblia quando se tem vontade e, surpresa, quando não tem também.
Aprendeu com um pregador que dizia: "Leia a Palavra de Deus quando
tiver vontade e, quando não tiver, leia até ter (grifo nosso).
Se insistirmos na leitura, veremos que a disposição irá se modificando
gradualmente e recebemos uma bênção especial.
Creio que a leitura da Bíblia traz unta bênção especial de fato. oip 1.34
Como, então, fazê-la da melhor forma? Já ressaltamos dois fatores: objeti-
vos e leitura sistemática regular. Paulo sabia muito bem disto. Daí aconse-
lhar seu discípulo e amigo Timóteo (I Tm 4.13). Outros fatores podem ser
indicados e nos parecem oportunos, como fazer um voto sagrado diante
de Deus. Um voto de fazer um estudo bíblico em casa, para a família. Para
isto, nossa Revista dá sugestões diárias de textos que guardam vínculos
com a lição semanal.

fatio indicou um objetivo da Palavra de Deus. Está no penúltimo capítu-


lo do seu livro. Deus quer que os homens creiam que Jesus é o Cristo, o
Filho de Deus, e. para que crendo tenham vida em seu nome 00 20.31).
O estudo de livro por livro, de capítulos, de versículos, de assuntos,
pessoas ou doutrinas são formas diferentes, e que funcionam, de se estu-
dar a Bíblia. Estes métodos e outros que sigamos não nos deve, porém,
perder de vista o sábio conselho do salmista: vacinemo-nos contra o peca-
do e isto pode ser muito bem feito, através da Palavra (SI 119.11).

Responda, agora , as perguntas mencionadas anteriormente.

O Batista Nacional

Leia o Batista Nacional. Divulgue-o na sua igreja. Es-


timule os membros de sua igreja a ler O Batista Nacio-
nal. Ele é o órgão noticioso da CBN. Propaga os fatos
ocorridos em nossa Denominação, principalmente: o
crescimento da obra, seus desdobramentos, seus planos
de ação, seus eventos, noticias das igrejas e da obra mis-
sionária. Mas também, artigos de fundo doutriná-
rio, mensagens e assuntos relacionados com o nosso vi-
ver diário. Leia O Batista Nacional. Divulgue-o na sua
igreja.

26
Texto Básico Jo 16.7-14
Texto Áureo Jo 16.13
Texto Devocional Si 1.1-3

Leituras Diárias

Como Segunda Salmo 119.127


terça Salmo 119.130
Quarta Salmo 119.135
Entender Quinta
Sexta
1 Corintios 1.18
Tiago 1.21
Sábado Salmo 12.6

a Bíblia Domingo Mateus 7.12

Introdução

É relativamente comum ouvirmos depoimentos de diferentes fontes


relatando que não compreendem a mensagem bíblica. Seria a Bíblia, real-
mente, de difícil compreensão para o leitor comum? Sim e não. No pri-
meiro caso, isto se verifica quando a pessoa ainda não passou pela experi-
ência da salvação pessoal com Jesus. Paulo explica que o primeiro passo
para o entendimento da Bíblia é ser capaz de compreendê-la espiritual-
mente, o que só ocorre através da conversão. "Ora o homem natural não
aceita as cousas do Espírito de Deus porque lhe são loucura e não pode
entendê-las porque elas se discernem espiritualmente." (I Co 2.14). Final-
mente, a Bíblia se revela no seu conteúdo básico ao crente que a estuda e
que busca a sabedoria do alto para entendê-la. (51 1.2)

1. Bíblia para todos

Na carta aos Corintios temos uma importante revelação:


"... falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas
ensinadas pelo Espírito, conferindo cousas espirituais com espirituais." (I
Co 2.13). Vemos que não se pode dispensar a ação do Espirito Santo no
processo ensino/aprendizagem da Bíblia Neste sentido, ela se destina aos
nascidos de novo. Mas Jesus pediu que a Igreja pregasse o Evangelho a
toda criatura. (Mc 16.15). O poder de Deus, manifestado pelo Evangelho
e revelado pela Palavra, é oferecido a todo aquele que crê, primeiro do
judeu e também do grego. Todos são incluídos. (Rm 1.16).

Paulo, escreveu uma linda figura de linguagem. Comparou o Evangelho


como a luz da glória de Cristo. Antes, adverte que este século, o mundo

27
onde vivemos, recebeu forte influência de satanás que contrapõe a ação
luminosa do Evangelho, cegando o entendimento das pessoas. Já o Espíri-
to Santo, a grande bênção enviada por Jesus ao mundo, nesta época da
graça da Igreja, convence o perdido do seu pecado (Jo 16.8), possibilitan-
do-lhe recebê-lo, Ele que é o Espírito que vem de Deus, para que possa-
mos conhecer e entender realmente quem é Deus (I Co 2.12).

A revelação de Deus é progressiva. Há extraordinárias conseqüências


deste fato para o entendimento da Bíblia. O universo, maravilhosamente
estruturado em leis físicas e matemáticas, na sua comunicação sem pala-
vras da glória de Deus (Si 19.3) foi a revelação natural do Criador. A
partir de Moisés, mais ou menos por volta de 1450 a.C. até João no
Apocalipse, 90 d.C., num período de 1500 a 1600 anos, Deus foi contando
aos homens o seu plano através de servos especialmente escolhidos, assis-
tidos diretamente pelo Espirito Santo Ui Pe 1.20-21). Trata-se da revela-
ção especial de Deus, a revelação bíblica, já encerrada (Ap 22.18-19).
Temos em mãos, pela graça de Deus, um precioso tesouro, o seu livro.
Abri-lo, estudá-lo, compartilhando suas bênçãos com o outro, nosso próxi-
mo, é a grande tarefa da Igreja, nesta época de convulsão. Por isso, fica-
mos preocupados com lideranças que não dão valor e nem brigam pelo
fortalecimento da EBD. Igreja sem Bíblia, é Igreja desarmada, sujeita aos
ventos mudancistas da doutrina. O Espírito está dizendo o que está para
acontecer: "Eis que venho sem demora. Bem-aventurado aquele que guarda
as palavras da profecia deste livro" (Ap 22.7).

II. Entendendo a palavra

Existe um precioso instrumento de interpretação da Bíblia, a Hermenêutica.


A Bíblia é uma coleção de textos, construídos em épocas diferentes, com
variedade de autores. Assim, não pode dispensar o concurso da
Hermenêutica, a ciência de interpretar, uma das disciplinas fundamen-
tais dos cursos teológicos.
Antes de se fazer uma análise interpretativa do que alguém escreveu,
costuma-se tomar algumas providências como ler com atenção o material,
marcar as situações que levantarem dúvidas, conhecer algo sobre o autor
estudado, dominar o vocabulário apresentado, saber do que fala o texto
etc. Façamos isto com as Escrituras, com todo interesse (Jo 5.39).

A Bíblia é um livro singular, único. Tem autores humanos e um co-


autor divino, o Espírito Santo. Neste caso, o tratamento hermenêutico ou
o conjunto de regras e princípios de interpretação que devemos usar tem
características especiais. Por esta razão, o tipo de abordagem interpretativa
usado nos textos seculares de literatura, história, filosofia, sociologia, an-
tropologia, pode não se adequar ao texto bíblico que tem uma presença
28
sobrenatural na comunicação. Autores famosos, de Dilthey a Heidegger,
ajudaram bastante na compreensão dos textos filosóficos e das ciências
sociais. Mas são textos que pertencem ao domínio do natural, enquanto a
Bíblia difere deles pela presença do Espirito Santo. Logo, pede uma
hermenêutica diferente, geralmente chamada de sacra. O caráter sobre-
natural das Escrituras está, expresso no testemunho de passagens claras
como!! Tm 3.16; II Pe 1.19-21; 1 Co 2.7-13 etc.

3. Senta primazia do Espírito Santo não se pode entendera Bíblia. (Jo 14.26).
Sendo um texto inspirado pelo Espírito, a regra principal de interpreta-
ção que devemos seguir é a de que a Bíblia se interpreta a si mesma,
devido à sua unidade. Isto vem desde Lutero. Agora, ajuda e muito exa-
minar também o contexto, os objetivos do capítulo e do livro estudado, as
passagens paralelas existentes e outras indicações que se podem encon-
trar nos bons manuais de Interpretação Bíblica.
Inicialmente, deve-se evitar fazer interpretação e formular doutrina
com base em textos isolados.

Responda agora:

1 - Qual é a grande aplicação que se encontra em I Co 2.14?


2 - A Bíblia é para todos? Justifique.
3 - Como se deve compreender Ap. 22.18-19?
4 - Cite passagens que mostram a direção do Espírito Santo na Cons-
trução do texto Bíblico.
5 - Qual deve ser a posição do Espírito no estudo da Bíblia?

Ser Mãe
Coelho Neto
Ser mãe é desdobrar fibra por fibra
O Coração! Ser mãe é ter no alheio
Lábio, que suga o pedestal do seio,
Onde a vida, onde o amor cantando vibra.

Ser mãe é ser um anjo que se libra


Sobre um berço dormindo! É ser anseio,
É ser temeridade, é ser receio,
É ser força que os males equilibra!

Todo o bem que a mãe goza é bem do filho.


Espelho em que se mira a afortunada,
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!

Ser mãe é andar chorando num sorriso!


Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso!
29
Texto Básico Ef 6.17-20

cisça4as Texto Áureo


Texto Devocional
Ef 6.17
Et 6.13-20

Leituras Diárias

Tentas e Segunda Lucas 8.5-8


Terça Lucas 8.0-11
Quarta Lucas 8.12-15

fatos sobre Quinta


Sexta
Jeremias 23.29
Hebreus 5.12-14
Sábado Tiago 1.18

a Bíblia Domingo Tiago 1.25

Introdução

Darwin, tão citado por ateus, agnósticos e liberais em matéria de fé,


para combater declarações fundamentais da Bíblia, escreveu à Sociedade
Missionária de Londres, pedindo o privilégio de ser sócio honorário da
entidade. Ele, um dos oráculos da teoria da evolução, por que faz isto? Em
função do seu trabalho de Biólogo e naturalista, visitou a Terra do Fogo
em 1883. Num relatório de pesquisa, descreveu os habitantes que encon-
trou, assim: "... vivem no mais miserável estado de barbarismo que jamais
esperei encontrar num ser humano. Julguei mesmo impossível levá-los à
civilização." Seis anos depois, em 1869, julgou positivas. Que aconteceu?
Missionários chegaram com a Bíblia e a ensinaram àquela gente. Os resul-
tados deixaram Darwin surpreendido, levando-o a mudar de idéia sobe o
poder da Escritura. Aleluia! (Ef 5.26).

L Depósito da verdade

Jesus disse que o conhecimento do Deus verdadeiro, através dele, é a grande


meta (Jo 17.3). O meio certo para se alcançar este objetivo foi providenci-
ado pelo Senhor: sua Palavra ao 17.17). Ai do crente que não faz da Bíblia
o seu instrumento de luta e de vitória. Você nunca experimentou esse
fato, ou está à procura de novidades?
A inerrância, doutrina de que a Bíblia é absolutamente verdadeira e
fiel, precisa estar fortemente enraizada em nosso coração, dando frutos
permanentes em nossos julgamentos ( Hb 4.12).

A Bíblia deve permear a vida da Igreja. Os evangélicos têm uma heran-


ça a zelar: amor e gratidão à sua espada de fé. Na declaração de fé dos

30
Batistas Nacionais, aprovada na sua primeira convenção, está lá o que
devemos pensar sobre a Bíblia. Este documento foi reproduzido no Ma-
nual do Obreiro da CBN, no livro de Edesiologia de Enéas Tognini e em
outras fontes. Pastores, líderes e membros da Igreja necessitam de conhe-
cer as recomendações feitas (Ef 6.14).
A Igreja Anglicana saída da Reforma do século XVI, a Metodista que
dela se originou, a Igreja Presbiteriana e outros ramos históricos têm nas
suas confissões de fé, declarações semelhantes a estas: "As Santas Escritu-
ras contém tudo o que é necessário para a salvação, de maneira que o que
nelas não se encontre, nem por elas se possa provar, não se deve exigir de
pessoa alguma para ser crido como artigo de fé, nem se deve julgar neces-
sário para a salvação" (Almir Santos, conferência sobre a Atualidade da
Bíblia). Este é o caminho. Nele brilha a luz. (SI 119.105)

A Bíblia não falha nunca, Creia nisto! Temos dezenas de séculos de


experiência, de comprovação, desde os primeiros registros de Moisés.
Há dois mil anos, depois de atestar inúmeras vezes a veracidade do
Antigo Testamento, Jesus celebrava em Jerusalém a festa da dedicação,
instituída em 165 a. C., por Judas Macabeu. Passeava no templo, no pór-
tico de Salomão, diz Jo 10.23. Vinha de confronto com fariseus que esta-
vam irados com os seus discursos. Na oportunidade, declarou-lhes; "... a
Escritura não pode falhar." (to 10.35). Porque ela não falhou, estamos
aqui, tanto tempo depois, estudando esta lição.
John Landers, escrevendo sobre a Teologia contemporânea informa
que Billy Graham pregou na abertura do Congresso de Lausanne. No
sermão, enfatizou quatro pontos: 1) A autoridade das escrituras. 2) O ho-
mem, fora de Jesus Cristo, está perdido. 3) Só há salvação em Jesus Cristo.
4) O testemunho cristão deve englobar tanto a Palavra como as Obras.
Então, a Bíblia requer que creiamos e pratiquemos.(Ef 6.17)

II. Poder Transformador

A Palavra é viva e eficaz na conversão do pecador. Colin Brown conta


como João Wesley se transformou. Tinha sido clérigo ou pastor da Igreja
Anglicana da Inglaterra. Apesar disto, tinha profunda consciência do seu
pecado e de estar longe de Deus. Precisava da paz que só Cristo dá. En-
controu-a no dia 24 de maio de 1738. Convidado para um encontro que
não queria ir, acabou comparecendo. Alguém estava lendo o prefácio que
Lutero escreveu à Epístola aos Romanos. Enquanto ouvia a mudança que
Deus opera no coração mediante a fé, teve certeza de que Cristo estava
salvando-o. Bastou a leitura de um comentário da Palavra viva. ( Jr 20.9).

A Palavra age sobre analfabetos e doutores.


As favelas e os conjuntos populacionais da periferia das cidades estão
precisando do poder transformador da Palavra. Quem está indo lá? Em
31
1780, na cidade de Gloucester, na Inglaterra, Deus tocou o coração de um
jornalista episcopal que se condoeu da sorte de jovens delinqüentes e
marginais. Os meninos de rua de então. Foi às praças e chamou os jovens
para um lugar de reunião. Ensinava a Bíblia e procurava encaminhá-los
na vida. Depois de muita luta e incompreensão, outros se juntaram para
ajudar. Satanás foi perdendo seus cativos (Cl 1.13).
Willian Ramsay, Doutor em Filosofia por Oxford. Como arqueólogo
de prestígio foi à Palestina pesquisar com a finalidade bem firme de des-
truir a Bíblia, provando suas possíveis falsidades e enganos. Depois de
vinte e cinco anos tentando acabar com a historicidade do Evangelho de
Lucas e do livro de Atos, se converteu. Surpreendeu seus colegas de crítica
ao declarar-lhes sua fé. As escavações o levaram a reverenciar a Palavra
viva (Is 55.10-11). A tempo e fora de tempo, iniciemos novas EBD. A
tempo e fora de tempo fortaleçamos as nossas EBD!

Responda agora:

1 - Você conhece vidas que foram purificadas pela Bíblia? Comparti-


lhe. (Ef 5.26)
2 - Em que consiste a doutrina da inerrância?
3 - Qual é o significado para a Igreja de jo 10.35
4 - Como a Bíblia tem transformado sua vida?
5 - Como está a Escola Bíblica Dominical em sua Igreja?

Missões é Ordem Divina


Toda a Trindade está envolvida nesta ordem. Ela é a
meta n°1 da Igreja e de cada um de nós.
- O PAI mandou fazer Missões. Do Gênesis ao Apocalipse:
"E veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai,
dizendo: Levanta-te vai à grande cidade de Nínive (gen-
tia)..." (jn 1.1-2).
- O FILHO mandou fazer Missões: "Portanto, ide..."
(Mt 28.19).
- O ESPÍRITO mandou fazer Missões: "Apartai-me a
Barnabé e a Saulo para a obra que os tenho chamado"
(At.13.2).

32
Texto Devocional SI 19.1-14

Leituras Diárias

A Bíblia - Segunda Salmos 19.1-6


Terça
Quarta
Salmos 19.7-14
2 Timóteo 3.10-17

Bússula Quinta
Sexta
Sábado
Mateus 22.29
Romanos 10.13-17
Apocalipse 1.1-3
Domingo 2 Timóteo 2.14-15
do Cristão
Introdução

O pecado desnorteia o homem. Torna - o sem referencial, sem rumo.


Mas o Senhor, na sua onisciência, ao longo dos tempos, procura ampara-
lo e colocá-lo nos trilhos. Em toda Bíblia, com raras exceções, observamos
um comportamento humano, fugidio, falho, e a ação de um Deus mara-
vilhoso, justo e compassivo.
A Bíblia é um livro diferente de todas os livros conhecidos. Nela en-
contramos a preocupação de Deus com o homem, através de promessas
que lhe são feitas, de normas e leis para nortearem sua conduta. Promes-
sas cumpridas fielmente, leis perfeitas que refrigeram a alma", testemu-
nho fiel que dá sabedoria, preceitos retos que alegram o coração, confor-
me lemos no SI 19.7-8.
Portanto, a Bíblia é a Palavra de Deus para o homem, o seu manual
de orientação, a bússola do cristão.

1. Revelação e Orientação

1) Revelação Divina
A Bíblia reconhece e apresenta a personalidade, unidade e triunidade
de Deus. Ela explica com clareza a criação mediata e imediata por meio
do imensurável amor do Criador.
Mostra o pecado sem escondê-lo, deixando claro as conseqüências
advindas deste (Romanos 6.23). Apresenta com clareza o plano de salva-
ção extensivo a todos os homens ( Jo 3.16; Ef 2). Registra a crescente e
progressiva marcha da igreja, até o dia final (At 2; Apc 19.7)
O seu estilo embora seja diversificado, tem apenas um padrão moral
e doutrinário, convergindo em Deus e sua vontade. A Bíblia é a revelação

33
de Deus para todos os homens que queiram ou desejem conhecê-lo. Ela é a
única revelação escrita que o Criador deu ao homem (Ap 22.18-19 e 2 Tm 3.16).
A bíblia expressa a vontade de Deus através de uma linguagem direta. Deus
fala diretamente com o ser criado, encorajando-o, exortando-o, consolando-o.

2) Orientação Segura
A Bíblia se propõe a guiar o homem, levando-o a um conhecimento
amplo, não só de Deus, mas da própria dimensão cristã-religiosa a que
este Deus se revela.
Através do estudo sistematizado da Bíblia, desvendaremos a perspec-
tiva de vida que o Criador idealizou para aqueles que buscam conhecê-
lo.
O Salmista Davi, escrevendo, registrou no SI 119.105, "Lâmpada
para os meus pés é a tua palavra e luz para os meus caminhos". Davi enten-
dia que a Palavra direciona, como uma bússola orienta e direciona um
barco ou navio na imensidão das águas do oceano, ora calmo ou agitado.
O crente jamais estará ou ficará perdido por faltar-lhe orientação
adequada SI 119.11. A razão de não acertar talvez seja a negligência ou a
falta de compromisso com a palavra escrita. Depois do invento TV, pou-
co se lê. A massificação pela palavra falada é grande.
Jesus nos diz em Mt 22.29: "errais não conhecendo as Escrituras, nem
o poder de Deus". Como é possível conhecê-la se não gastamos tempo
lendo, procurando ouvir Deus falar por meio das sagradas letras? Como
se guiar pela Bíblia, se não a conhecemos?

II. Conhecendo a Palavra

Paulo escrevendo a Timóteo disse: "Toda a Escritura é inspirada por


Deus e útil para o Ensino. Para a Repreensão, para a Correção, para a Edu-
cação na Justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeitamente ha-
bilitado para toda boa obra" 2 Tm 3.16,17. A própria Bíblia chama para si a
autoridade para orientar, ensinar, repreender, corrigir e educar o homem.
Conhecer a Palavra deve ser nossa meta e objetivo, uma vez que esta
é apta para nos orientar segundo o padrão divino.
Ouvindo Deus Falar
Sei, e você também sabe, que Deus não se limita a um método. Um
dos modos claros de Deus falar com o homem, é por meio da Palavra;
"De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir a Palavra de Deus". Rm 10.17
Em meio a nossa agitação não paramos para ouvir Deus falar pela sua
Palavra. De forma geral, se ganha dez vezes mais ouvindo intencionalmen-
te, e ainda, ouvindo e tomando nota. Parar na presença do Senhor, num
ato contínuo de busca , demosntra dependência, humildade e submissão.
Ouça Deus falar por meio de sua Palavra. (Is 37.26a).
Lendo A Palavra
"Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as pala-
34
vras da profecia (Bíblia) e guardam as coisas nelas escritas..."(Ap 1.3).
O estudo progressivo da Bíblia, nos dará uma visão doutrinária deste
Deus que se revela.
Reserve tempo para ler a Palavra. Não leia por ler. Não faça da Bíblia
seu estimulante para sono. Faça da Bíblia seu livro mestre, guia. Leia-o
regularmente, buscando compreensão do Espírito Santo.
Estudando a Bíblia
Ao estudar a Bíblia, siga os três passos abaixo: observação, interpreta-
ção e aplicação.
Dentro da "Observação" procure discernir. 1) Qual é o fato central? -
2) Quais são as pessoas mencionadas? - 3) Quem são elas? - 4) Quando
ocorreu este fato? - 5 ) Onde ocorreu? 6) Como ocorreu?
Procure "interpretar" o texto, buscando o significado do acontecimento.
Por quê as pessoas agiram daquela forma? Qual o significado do ocorrido?
"Aplique ou contextualize" o texto em sua vida.
Se o ouvir e o ler são formas de nutrir-se, o estudar é o saborear.
Meditando nas Verdades
"Quanto amo a tua lei. É a minha meditação todo o dia" SI 119.97.
Temos o mau hábito de ler e não meditar. Lemos e não guardamos,
porque não meditamos.
Meditar é rememorizar, é observar com atenção o escrito. A meditação traz
a assimilação de fatos e verdades que ficarão por uma existência de vida. "Bem
aventurado o homem que não anda no caminho dos ímpios, não se detêm no
caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes o seu
prazer está na Lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite" SI 1.1-2.
Leia o que diz Paulo em 1 Tm 4.14-16.

Conclusão e Aplicação
Manejar bem a Palavra da verdade 2 Tm 2.15, significa conhecê-la e
vivê-la. Você como cristão precisa saber como se orientar pela Bíblia sem
praticar a Biblioniancia_— adivinhação pela palavra.
A Bíblia o conduzirá ao pleno conhecimento da vontade de Deus para sua vida
- Procure Ler a Bíblia diariamente
- Reserve um horário para os exercícios ler-estudar- meditar-ouvir-
memorizar
- Leia com sede e atenção. Anote todas as dúvidas.
- Leia primeiro o Novo Testamento, depois o Velho Testamento.

Responda
Você acha que a Bíblia é mesmo a Bússula do Cristão?
Alguém disse que a Bíblia é a história de um Deus que busca um
homem que foge. Concorda?
Memorize Rui 6.23.
O que Jesus diz em Mt 22.29?
Recite II Tm 3.16-17. Guarde no seu coração esta passagem.
35
Texto Devocioncd Jo 5.45-47
(,:rsr,dro
Leituras Diárias

Segunda 2 Reis 22.8-13


Terça Salmos 19.7-14
Quarta 2 Crônicas 17.9-13
Quinta Neennas 8.1-6
Sexta 2 Reis 23.1-3
Sábado Salmos 1.2-3
Domingo Isaías 8.20
Pentateuco
Introdução

Este termo Pentateuco deriva-se de duas palavras gregas: "Tenta",


que quer dizer "cinco" e "teucos", cujo significado primitivo é "instru-
mento"• mais tarde o termo foi aplicado para os cinco livros de Moisés.
Esta expressão grega aparece, no segundo século A.D., sendo usada pos-
teriormente por Orígenes U. E. Steinm Muller).
O Pentateuco é a primeira das três divisões do antigo cânon hebraico,
anteriormente chamada de Lei ou Tora (Js 1.7). Outras expressões surgem
sobre este assunto: O livro da Lei (Jo 8.34); O livro da Lei de Moisés ()o 8.31);
O Livro da Lei de Deus (Js 24.26); O Livro da Lei do Senhor (II Cr 17.9) etc.

1- Autoria

Durante muitos séculos, a autoria do Pentateuco foi


inquestionavelmente atribuída a Moisés. Ultimamente, têm levantado ele-
mentos de correntes modernistas que tentam em vão apagar a imagem
de Moisés como o seu autor. Tanto o judaísmo corno o cristianismo mani-
festaram irrestrito apoio à autoria mosaica do Pentateuco. Até o inundo
pagão, como Tácito, Juvenal, o Imperador Juliano e tantos outros não
contestam essa teoria. Além desses argumentos históricos verdadeiros,
há os próprios livros do Velho e Novo Testamento, com passagens alusi-
vas a Moisés que se tornam irrefutáveis quaisquer outros autores (Dt 31.9
a 12, 24; Jo 1.17; 5.45-47 e 7. 19 a 23).

II- A importância do Pentateuco

1) A importância religiosa

36
O Pentateuco é o alicerce de toda a subsequente revelação divina.
Tanto o judaísmo como o cristianismo descansam na inspirada revelação
do Pentateuco.
Diante de urna avassaladora lama evolucionista, que pelas nossas uni-
versidades tenta denegrir a imagem religiosa do Pentateuco e de sutis
argumentos duma insustentável teoria modernista, que procura solapar
fundamento da fé religiosa, revelada nos livros de Moisés, especial-
mente em Gênesis, surge o Pentateuco como pilares eternos da revelação
divina, vencendo o tempo e a todos os seus adversários.
Se não houvesse o Pentateuco, onde se conheceria o começo do uni-
verso cósmico? Que se diria da formação do homem, do seu pecado, da
civilização humana, do plano redentivo de Deus para com a humanida-
de? Cristo é o tema central do Pentateuco, através dos elementos típicos,
simbólicos e proféticos.

2) A importância histórica
Há urna ligação muito íntima do Pentateuco com a história e a arque-
ologia. "O Pentateuco não é história num sentido restrito do termo, mas
é no sentido mais alto da redenção ou do sentido filosófico da história
da redenção" (Merrit R. Unger). O seu conteúdo tem suficiente material
para preparar o estágio do Redentor. Em outras palavras, o Pentateuco é
mais do que história, a sua mensagem se dirige de forma divina para a
centralização do Messias, Cristo Jesus. O Pentateuco cataloga cada even-
to concernente a origem da história do povo de Israel e sua constituição
como uma nação teocrática. As descobertas arqueológicas têm derrama-
do abundante luz sobre as revelações desta nação para com Jeová e o seu
propósito redentivo para com todo mundo.
As cuneiformes tabletes da Babilônia ilustram a Criação e particular-
mente o Dilúvio. Também há lindas histórias em torno da longevidade
patriarcal. Documentos verídicos ilustram ainda a saída de Israel do Egi-
to, a sua peregrinação pelo deserto e a conquista de Canaã. O Pentateuco
tem, portanto, parte imprescindível no fator histórico do povo de
Deus.

3) A Importância Cósmica
O Pentateuco é a única antiga literatura que descreve a Criação do
mundo físico e do homem, como imagem de Deus. Há várias lendas so-
bre a criação do universo pelos insustentáveis grupos politeístas; no en-
tanto, todos eles se chocam contra a muralha da revelação divina, na
descrição de Gn 1.1a 2.3.
,A significação do princípio do universo está claramente revelado de
forma inequívoca pela majestade do Deus Onipotente e Onisciente. O
Pentateuco é uma Estrela de primeira grandeza ante as trevas
apavoradoras dos homens ignorantes e abrutalhados que a todo instante
se contradizem ante a simplicidade da Criação do Universo pelas mãos
37
do Todo-Poderoso. Atrás da infinidade do complexo universal, está Deus,
que tem através desta sua criação, um propósito especifico para cada obra.

4) A Importância da sua Mensagem


Pentateuco transmite a mensagem de responsabilidade israelita,
sobre a revelação divina, perante as nações. Deus é Senhor soberano da
história e da natureza e faz o Seu plano redentor se cumprir.
Pentateuco revela e transmite a mensagem de que Deus é o Cria-
dor, sustentador e dirigente do Universo físico. Ele é o Deus de amor,
mas também de justo juízo.
Israel recebeu a Lei pela misericórdia do Deus Eterno, falhou e expe-
rimentou a justiça implacável do Deus Excelso.

Conclusão

Pentateuco tem recebido os mais impiedosos ataques através de ho-


mens presunçosos, arrogantes e inexcrupulosos ante a sã doutrina da Pala-
vra de Deus. Homens que têm suas consciências cauterizadas pelas vãs
especulações filosóficas que mais confundem do que esclarecem. Todavia,
os tempos passam, os homens caem, mas a revelação divina, através dos
livros pentateucos, permanece intocável. Inatacável e eterna, Aleluia!

Retificação da aprendizagem

Leia novamente Jo 5.45-47


O que quer dizer a palavra "Pentateuco"?
Repita os nomes dos livros do Pentateuco.
Quem mesmo escreveu o Pentateuco?
De que forma identificamos Cristo como tema central no
Pentateuco?
Que mensagem o Pentateuco revela e transmite?

Conheça Nossa Literatura

Use a literatura da CBN. Ela está sendo feita com carinho.


Dentro em pouco, estaremos com a linha completa de literatura para
todas as faixas etárias, obedecendo a currículos completos e sérios. Já estão à
disposição das igrejas, com ótima apresentação, as seguintes revistas:
- Caminhando com Deus (1,2,3,4,5...) - Juniores
- Passo a Passo Com Cristo (1,2,3...) - Discipulado
- Lições de Vida (1 a 10) - Adolescentes
- Estudando a Palavra de Deus (1,...) - Adultos
- Luz Missionária - União Feminina
- Chama Missionária - União de Homens
Com seu apoio e de sua igreja, construiremos uma grande literatura de
Educação Religiosa.
38
Texto Devocional is 1.1-3
átcadarst
Leituras Diárias

Segunda Josué 1.1-9


Terça Josué 3.1-5
Quarta Juízes 2.7-16

Livros Quinta
Sexta
Sábado
Rute 1.14-17
1 Samuel 3.10-21
2 Samuel 2.1-7
Domingo 2 Crônicas 7.11-16
Históricos
Introdução

Um pouquinho de História e geografia nesta lição. A história dos


Hebreus é nossa também, espiritualmente falando. A Palestina foi sem-
pre uma terra cobiçada pela sua posição geográfica. Admirável por seus
contrastes e contornos, por sua realidade de climas e belezas naturais. A
Terra Prometida, a "terra que manava leite e mel", no dizer bíblico.
Nosso assunto, entretanto, para esta lição são os livros históricos. Os
considerados essencialmente históricos no V.T. são em número de 12,
situando-se entre o Pentateuco e os livros poéticos, ou seja, de Josué a Ester.
Históricos, porque contém a narração do povo hebreu, desde que se esta-
beleceu na Terra de Canaã, até a sua volta do Cativeiro Babilônico. São
livros bem escritos, bem estruturados, contendo belas e vigorosas descri-
ções que envolvem personagens de destaque como: Josué, Calebe, Gideão,
Débora, Sansão, Rute, Davi, Salomão, Elias, Eliseu e tantas outras. Mas
não se limitam aos episódios e personagens deste período apenas. Estão
sempre remontando, alguns deles, aos fatos, personagens e às interven-
ções constantes de Deus a favor de Israel, registrados nos cinco primeiros
livros que os antecendem.
Os livros históricos falam da ascensão e queda da Teocracia, dos cativei-
ros sofridos por Israel e Judá, do retorno a Terra Prometida, da restaura-
ção do Templo e da reconstrução de Jerusalém, chegando até Malaquias.

1 - Livros Históricos - Estrutura

Esta parte da Bíblia, representada pelos livros históricos (V.T.), como


dissemos na introdução é bem dividida, bem estruturada e magistral-
39
mente narrada. Por se tratar de 12 livros, vamos apresentá-los, a seguir,
de modo telegráfico:
1)Josué. A autoria mais provável é do próprio Josué. Saiu do Egito
com Moisés, acompanhando-o durante a peregrinação. Foi comandante
vitorioso das tropas israelitas e tornou-se o sucessor de Moisés; homem
cheio do Espírito Santo e de sabedoria (Josué 24.14-15). Esboço do livro:
Preparação para a conquista (1.1-5.15), conquista de Canaã (6.1-12.24),
Divisão do Território (13.1-21.45), Acontecimentos Finais (22.1-24.33).
Episódios Marcantes: Travessia do Jordão (3.1-4.24), A queda de Jericó
(6.1-27).
2)Juízes. Sua autoria é atribuída a Samuel, opinião mais aceita. Com
a morte de Josué, o povo ficou sem líder. O Senhor providenciou homens
retos e patriotas para governar com justiça (2.16). Exerceram também as
funções de magistrados militares e civis ( 3.9-10; 4.14-16 etc.). Esboço:
invasão de Canaã (1.1-2.5), governo dos juízes (2.6-16.31), apêndices (17.1
21.25).
3) Rute. Autoria desconhecida, possivelmente de Samuel. O livro fala
da providência de Deus na vida de uma família. Esboço: emigração (1.1-
5), retorno (1.6-22), Boaz, o remidor (cap. 2 e 4).
Tem o propósito de mostrar a genealogia de Davi, e linhagem do
Messias.
4-5) te II Samuel. É obra importantíssima, pois fala da vida do grande
profeta -juiz - sacerdote que foi Samuel. Narra o estabelecimento do reino.
O autor pode ser o próprio Samuel. I Crónicas 29.29 menciona-o como
coautor. Esboço: fala de Samuel como último juiz, I e II reinados; o reina-
do de Davi.
6-7) I e II Reis. Narra a decadência e extinção do reino, assim esbo-
çado: o reino estabelecido (1 As 1,2), o esplendor de Salomão (I Rs 3 a
10)., a divisão do reino (1 Rs 11 a 14 ), a história de Israel e Judá - Elias
e Eliseu (I Rs 15 a 2Rs 17) e história de Judá após o cativeiro (2Rs 18 a
25).
8-9) t e II Crônicas. Possivelmente tenha sido Esdras o autor desta
obra. O autor de Crônicas trabalha na mesma área dos livros de Samuel
e Reis, ocupando-se dos mesmos fatos, porém os apresenta de forma e
propósito diferentes, segundo seu próprio ponto de vista da história
do povo Judeu, desde os dias de Samuel até os do cativeiro. Esboço:
Geneologias (1Cr 1.1 - 9.44), reinado de Davi (10.1-29.30), reinado de
Salomão (II Cr. 1.1-9.31), o Reino de judá (10.1-36.23). Os livros de
Crônicas cobrem um período longo, desde Adão ao Cativeiro
Babilônico, suprindo pontos omissos principalmente dos livros de
Samuel e Reis.
10) Esdras. Leva o nome do próprio autor que era neto do sacerdote
Hilquias, da linhagem sacerdotal de Arão. A ênfase é a reconstrução do
templo (1.5). Suas descrições de fatos, possuem forte conteúdo poético.
Esboço: Regresso dos exilados (1.1-2.70), edificação do templo (3.1-6.22),
40
Missão e a viagem de Esdras (7.1-8.36). Casamentos com estrangeiros
(9.1-10.44).
11)Neemias. Narra a história do copeiro de confiança do rei Artaxerxes
que conseguiu deste, autorização e apoio efetivo para retornar a Jerusa-
lém, reconstruir seus muros e restaurar a cidade. Neemias é apresentado
como um líder de visão, determinaçãb2o, garra e competência. Mas so-
bretudo, uma liderança espiritual (1.4-11).
12)Ester. O livro mostra a providência de Deus em favor de seu povo.
Como todos desta série de livros históricos, Ester é um livro bem escrito
e estruturado.

II. Inspiração

Os livros históricos, como todos os livros da Bíblia, são de inspiração


divina (2Tni 3.16; 2 Pe 1.21). Os seus próprios ensinos o comprovam. As
provas internas dessa inspiração, entre outras as encontramos em refe-
rências, como: A história de Davi foi escrita por Samuel, Natã e Gade
(1Cr 29.29); A de Salomão, por Natã, Aias e Ido (2Cr 9.29); A de Roboão,
por Semaías e Ido (2Cr 12.15); A de Josafá, por Jeú (2Cr 20.34) e assim
por diante. Todos esses autores foram chamados de profetas ou videntes,
através dos quais Deus falava. Em tudo, o propósito de Deus se revela nas
Escrituras, não somente em relação ao povo eleito (Judeu), mas extensiva
a todas as raças (Gn 12.1-3), (Em 1.16), (Atos 1.8).

Conclusão

Mesmo neste estudo telegráfico que apresentamos dos 12 livros his-


tóricos, observamos a unidade em relação ao propósito, cuidado e disci-
plina do Senhor com o seu povo, e vimos, em quaisquer circunstâncias, a
potente e presente mão de Deus operando e dirigindo o seu povo para
um propósito.

Responda

Cite os nomes dos livros históricos do V.T.:


Estão situados no V. T. entre o e os livros
Mencione 10 personagens de destaque apontadas nestes livros:
Que funções (ou ministérios) Samuel exerceu no serviço do Se-
nhor?
Crônicas foi uma espécie de recapitulação do que narraram Samuel
e Reis, suprindo algumas omissões destes. É verdade está observação?
Diga duas referências bíblicas que provam a inspiração divina dos
livros sagrados.

41
/ •-••
y eatime. Texto Devocional I Co 13

Leituras Diárias

Segunda Êxodo 15.2


Terça Salmos 1.1-6
Quarta Jó 19,25-27

Livros Quinta
Sexta
Sábado
Isaías 12.2-6
Provérbios 1.1-8
Cantares 2.1-4,11-15

Poéticos Domingo Isaías 9.1-7

Introdução

Há quem tenha declarado que a terça parte do Velho Testamento é


de inspiração profética. Contudo, particularizam de um modo especial os
livros: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares. Além desses, há ou-
tros livros ricos de passagens de inspiração poético como Lamentações,
Isaías, Jeremias, e trechos de livros outros da Bíblia, Os estudos arqueoló-
gicos têm jogado muita luz e compreensão sobre a beleza da poesia hebraica.
Livros poéticos, porque nos falam de poesia. Seus autores usam lin-
guagem de conteúdo poético. Alguns Foram escritos em versos, ou seja,
linguagem poética sujeita aos recursos formais da poesia: ritmo, rima,
métrica e estrofação. Outros, mesmo escritos em prosa, são ricos de con-
teúdo poético, pois o conteúdo poético do texto independe de ser este
escrito em prosa ou em verso.

1- Os livros Poéticos

I. Já - é um poema de rara beleza e forte de conteúdo. Sua mensagem


de experiência humana tem caráter universal. Predomina no livro o tema
do sofrimento e suas causas; entretanto, tudo não passa de pano de fundo
"para demonstrar que a certeza da fé não depende das circunstâncias ex-
ternas e explicações conjecturais, mas do encontro da fé com o Deus oni-
potente e onisciente." Idéia que se torna clara a partir do capítulo 38.

2. Salmos - é um livro de hinos e orações. A maior parte, da autoria de


Davi. Escritos por diferentes autores, num período de aproximadamente
800 anos. "Foram colecionados e usados pelo povo de Israel em suas reu-
niões de adoração a Deus." É um dos livros mais apreciados pelo povo de

42
Deus; porque, em mensagem cantada, fala de amor e perdão, de seguran-
ça e paz, de arrependimento, consolo, salvação. (SI 23).

Provérbios - é o livro da Sabedoria, e Sabedoria que começa em


Deus (Pv 1.7). Os provérbios caracterizam-se pela concisão de conceitos e
máximas, resultantes das vivências culturais das pessoas, Mas o propósito
do Livro de Provérbios já aparece no primeiro capítulo (Pv 1.1-6). Seu
autor aparece logo no primeiro versículo.

Eclesiastes - é o livro do pregador, do porta voz. Logo no primeiro


verso declara o pregador. Neste livro, o autor fala aos filhos dos homens e
à humanidade toda, sobre a estultícia e a ignorância. Prepara o homem
para a sabedoria e para a luz do evangelho (Ec 1).

Cantares - a autoria deste livro já é declarada no primeiro verso.


Fala do amor puro entre um homem e uma mulher — o caráter sagrado
do amor no casamento. "Lembra-nos que o que sustenta o amor humano
puro é o maior e mais profundo de todos, o Amor de Deus, que sacrificou
a seu Filho para redimir os pecadores, e do amor do Filho de Deus que
sofreu e morreu por sua esposa, a igreja. Cantares é uma parábola do
amor divino que constitui o pano de fundo e a fonte de todo o verdadeiro
amor humano," (Y. G. Vos - Bíblia, Ed. Vida)

II - A Poesia Hebraica

Os Hebreus sempre se destacaram pelas tradições culturais. Legaram


à posteridade sua respeitável literatura. A Bíblia é parte deste seu acervo
cultural, e é o que há de mais significativo da sua literatura.
A poesia hebraica se destaca em beleza e arte, quer pelos seus aspectos
formais e de conteúdo, ou pelos recursos de estilo utilizados por seus au-
tores, para comunicarem seus sentimentos e idéias.
Não há quem não se emocione ao ler trechos diversos de vários livros
da Bíblia. Além da mensagem espiritual que contém, e é endereçada ao
nosso coração, há o aspecto de caráter artístico-poético que mexe com a
nossa sensibilidade, provocando em nós um prazer especial que somente
a arte é capaz de fazer. Já no Salmo primeiro, o rei Davi revela o seu
talento artístico, ao cantar a felicidade dos justos e a desdita dos ímpios.
Usando linguagem literária, carregada de simbolismos, imagens e figuras
de refinado gosto artístico, o rei-poeta nos encanta a todos.
O que dizer ainda dos Salmos 9, 19, 23, 27 e tantos e todos lindos!...
De passagens outras como as que se seguem:
"Os filhos dos leões necessitam e sofrem fome, mas aqueles que bus-
cam ao Senhor de nada têm falta" - SI 34.10.
"Favo de mel são as palavras suaves, doces para a alma, saúde para os
ossos" - Pv 16.24.
43
"Todos os ribeiros vão para o mar, e contudo o mar não se enche;
para o lugar para onde os ribeiros vão, para aí tornam eles a ir" - Ec 1.7.
"O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que
habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz" - Is 9.1.
"Eu sou a rosa de Sarou-1, o lírio dos vales" - Ct 2.1.
"Aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola
ouve-se em nossa terra" - Ct 2.12.
Aí estão alguns poucos exemplos de textos que revelam conteúdo po-
ético, dentre os inúmeros espalhados por vários livros da Bíblia. Isto sig-
nifica que os seus autores, além de serem homens inspirados por Deus,
possuíam também veia poética.

Conclusão

A literatura hebraica é uma das mais ricas de conteúdo poético, e aquela


que melhor canta o amor puro verdadeiro. Isto porque os seus livros tive-
ram a inspiração de Deus. Os seus autores foram homens usados pelo seu
Santo Espírito. Não escreveram para o intelecto apenas, ou para deleite
de nossa sensibilidade artística, mas para alimentar a nossa alma, guiar
nossos passos e tornar-nos livres em Cristo. Textos, como o Salmo 19 ou o
capítulo 13 de I Coríntios, são modelos da mais bela poesia. Satisfazem as
mais requintadas exigências do espírito em termos de arte e alimentam a
alma. São porções da Palavra de Deus.

Responda

Quais os livros da Bíblia chamados poéticos?


Somente estes possuem conteúdo poético?
Em termos de arte, a literatura hebraica é inferior a outras grandes
literaturas?
O que diferencia um texto bíblico de um outro qualquer?
O capítulo 13 de 1 Coríntios é um poema?

Congresso da Mocidade

Comece a orar e preparar-se. Você sabe como é im-


portante participar de um congresso de Moços. Fique
atento. Brevemente o anunciaremos pelo nosso jornal -
"O Batista Nacional". Ele é seu também. Leia -o e
divulgue-o na sua igreja.

44
Texto Básico: Mq 3.8
Texto Áureo: 2 Pe 1.21
Leitura Devocional: Nm 11.16-25

Leituras Diárias

Segunda I Samuel 10.10-12


Terça Ezequiel 3.17

Livros Quarta
Quinta
Sexta
Ezequiel 33.1-9
Isaías 62.1, 6-10
Naum 1. 1-7
Sábado
Proféticos Joel 2.28-32
Domingo Ageu 2.3-9

Livros Proféticos: Maiores e Menores

Introdução

Nome. A palavra geralmente conhecida em hebraico para profeta é


"NABI", vem do verbo "NABA", anunciar, falar, transmitir. "Nabi" era
aquele que falava por Deus, O profeta era, portanto, aquele que recebia a
mensagem de Deus e a anunciava ao povo. Outras duas palavras em he-
braico em referência ao profeta eram "roeth" e "Hozeh", que tinham um
mesmo significado: "vidente" (I Sm 9.9; I Cr 29.29). E ainda mais uma
expressão hebraica "Hazon", era o sentido mais restrito para os profetas
que diziam ter "visão" de Deus, como Is 1.1; Na 1.1; Ob 1.1.
Outros nomes, no entanto, foram dados aos profetas como: "servos de
Jeová", (Dt 34.5) "Homens de Deus" (II Rs 4.7), "Interprete" (Is 43.27),
"Atalaia" (Jr 6.17; 3.17) etc.
Em tempos modernos há um desvirtuamento do verdadeiro sentido
da palavra profeta, que tem dado margem ao sentimentalismo enganoso,
predições expúrias, e a falsidades diabólicas.

1- A linhagem Profética

Geralmente quando se pensa em livros proféticos, vem logo à mente,


1° os profetas maiores: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel; em 2°, os chama-
dos profetas menores, em número de doze; Oséias, Joel, Amos, Obadias,
Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
Mas, quando se lê a linhagem profética por uma ordem cronológica, a
profecia bíblica remonta para os tempos mais primitivos do começo da
revelação divina, Gn 3.15, chamado o proto-evangelho, por ser a primei-
45
ra profecia a anunciar o plano de Redentor Divino. Em seguida, Enoque,
o sétimo depois de Adão, era um profeta Ud 1.14), Noé (Gn 9.25-27),
Abraão (Gn 20.7); Moisés (Nm 12. 6-8); era o tipo de Cristo por excelência
(Dt 18.18) e dezenas de outros textos. Ressaltando, no entanto, Samuel, o
fundador da ordem profética, com suas escolas de homens de Deus (Sm
10.10-12; 19.20-21).

II - Missão Profética

Os profetas tinham um oficio para desincumbir; isto era parte de sua


comissão, chamar o povo de Deus aos ideais já revelados. Deveriam cum-
prir a sua tarefa quer no aspecto político, social e especialmente religioso
(Is 58.1; Ez 22.2; 43.10; Mq 3.8). Eram obrigados a ser fiéis quanto aos
castigos divinos para os rebeldes, anunciando-lhes o juízo implacável da
ira divina. Por outro lado, traziam mensagens de consolação, conforto,
perdão e esperança para o povo de Deus (Is 40.1-2). Eram verdadeiros
atalaias de Deus, anunciando o iminente perigo que cercava o povo do
Senhor (Ez 3.17; 33.7,8,9; Jr 6.17; Is 62.6).

- A inspiração Profética

As Escrituras Sagradas ensinam que os profetas recebiam suas comu-


nicações pela atuação direta do Espírito de Deus (Nm 11.17 e 25; 1 Sm
10.6).
Segundo o apóstolo Pedro (II Pe 1.21) "a profecia (a verdadeira) nun-
ca foi produzida pela vontade de homem algum, mas os homens santos de
Deus falaram inspirados pelo Espírito de Deus". Sempre apareceram fal-
sos profetas que falaram da própria visão do seu coração e não da boca de
Deus (Jr 23.16; Ez 13.3). O verdadeiro profeta fala do que recebe de Deus
e transmite da parte de Deus (Ex 4.16; 7.1).
Três são os modos das mensagens recebidas e transmitidas pelos pro-
fetas do povo de Deus.

Visões (Is 1.1; Ob 1.1)

Sonhos (Nm 12.6; Jr 31.26)

Diretamente "assim diz o Senhor" (Ex 7.1 e 2; Nm 12.7,8)

Deus se comunica com os Seus profetas, inspirando-os na entrega das


suas mensagens, por visões, sonhos e revelações diretas. A inspiração é um
milagre. Quando recebiam a revelação do alto, eles eram tomados pela
sua própria consciência, eles não perdiam a,sua autopossessão, mas fala-
vam com plena convicção da revelação divina. Em outras palavras, eles
não caíam em êxtase, desmaios e inconsciências sem terem noção do que
46
estava acontecendo em redor, transmitindo mecanicamente recados divi-
nos. Eles ficavam conscientes da comunicação divina (Ez 1.3; 3.14).

Conclusão

Os livros Proféticos são uma harmonia, e no seu todo apresentam ple-


namente predições como uma manifestação do poder de Deus, glorifican-
do a Sua Pessoa, exaltando a obra redentiva em Cristo Jesus e colocando
adiante o caráter divino de sua Palavra revelada. As palavras proféticas,
em relação a vinda de Cristo como Salvador, se cumpriram fielmente, no
nascimento de Cristo e seu ministério (Lc 4.21); e no tocante ao derrama-
mento do Espírito Santo, profetizado com meridiana clareza, pelo profeta
Joel 01 2.28-29) se realizaram perfeitamente no dia de Pentecostes (At
2.14-21). Se estas e outras profecias não falharam, jamais falharão as de-
mais que estão inseridas nos Livros Proféticos. Aleluia!

Responda

Profeta era aquele que


Porque profetas maiores e menores?
Cite os nomes dos profetas maiores.
Enumere todos os profetas menores.
Mencione 2 passagens bíblicas que provam a inspiração divina dos
profetas.
Cite três formas ou modos das mensagens recebidas e transmitidas
pelos profetas.
Joel capítulo 2, anuncia o que?
Quem Isaías anuncia no capítulo 9?

Congresso de Senhoras e Moças

Fiquem atentas irmãs!


Não percam o próximo Congresso de Mulheres Ba-
tistas Nacionais. Como os anteriores, será um grande con-
gresso. Comecem já a orar pelo seu congresso.
Preparem-se. Compareçam e desfrutem-se do banque-
te espiritual que será o próximo Congresso. Aguardem
informações. Logo, logo, "o Batista Nacional" dará notí-
cias do seu Congresso.

47
Leitura Devocianak jo 4.23-24
(dInfokréen
Leituras Diárias

Segunda Mateus 9.9-13


Terça At 12.12 e 25
Quarta Lucas 1.1-4;
Atos 16.10
Quinta Marcos 1.19-20;

Evangelhos Sexta
João 20.31
João 1.1-14
Sábado Atos 1.1-8

e Atos Domingo Atos 2.14-21

Indrodução

É uma tarefa árdua escrever em três lições o resumo de todo o Novo


Testamento, mesmo tendo em vista que pretendemos dar apenas um
breve panorama. O Novo Testamento, já por ser Palavra de Deus, é em
si, muito rico. Para aproveitar melhor o nosso espaço fiquemos por aqui
com esta introdução, e vamos ao seu conteúdo.

L O Novo Testamento

Uma Introdução. O Novo Testamento, como toda a Bíblia, é o "Ma-


nual" da Igreja, sendo que a doutrina do cristianismo está nele exarada.
É em toda a Bíblia, mas principalmente no Novo Testamento, que a Igreja
tem exposta as doutrinas em que crê e que pratica.

Conceito. Conceituamos "Novo Testamento"como sendo "a litera-


tura que constitui a parte do Cânon Sagrado, compreendida pelos livros
de Mateus a Apocalipse e se dedicam à narração e interpretação da Nova
Aliança, feita por Deus com a Igreja através de Nosso Senhor Jesus Cris-
to, pelo sacrifício vicário. Toda esta literatura, é daro, está relacionada
com "O Novo Testamento feito no sangue de Cristo, o Cordeiro de Deus."
Mt 26.28; Mc 14.24; Lc 22 .20 ; 1 Co 11. 25; Hb 10.29.

Divisão. O Novo Testamento está dividido em cinco partes, sendo:


I) Os Evangelhos; 2) Um livro Histórico: Atos; 3) Epístolas Paulinas; 4)
Epístolas Gerais; 5) Um livro Profético: Apocalipse.

3. Escrita. O Novo Testamento foi escrito na língua grega. Alguns


48
eruditos acreditam que o Evangelho de Mateus tenha sido escrito em
Hebraico, e depois vertido para o Grego, embora não se tenha prova
disso. O grego usado foi o Koinê ( nome que significa "comum" por ser
uma língua de uso popular).

4. O Cânon. O cânon do Novo Testamento, quer dizer, os livros que


copõem, não apareceram todos ao mesmo tempo, como por encomen-
da. Nem foram todos aceitos de imediato. A aceitação dos primeiros foi
de maneira bem espontânea. Esses livros, principalmente as epístolas,
eram lidos nos cultos públicos, e foram aos poucos sendo considerados
como "Escrituras"; quer dizer, no mesmo nível de inspiração dos livros
do Velho Testamento (veja-se como exemplo, Pedro citando Paulo em 2
Pe 3.15,16).
Esses livros, assim vieram a se tornar as Escrituras Cristãs. No pri-
meiro estágio eles eram considerados como "lições" para as igrejas . No
seguinte, eram considerados o padrão de autoridade para ser emprega-
do como base de instrução, e a eles se devia recorrer em caso de disputa
doutrinária. As cartas eram espécies de" circulares" enviadas a determi-
nadas igrejas e lidas também por outras.

II. Os Evangelhos

São denominados Evangelhos, os primeiros quatro livros do Novo


Testamento. Contam a história da vida de Nosso Senhor Jesus aqui na
terra, razão porque são classificados como biográficos. Neles estão narra-
dos o nascimento, batismo, as obras do Senhor, bem como sua
paixão,morte e ressurreição, além de sua ascensão.

Nome. O nome "Evangelho" é transliteração do grego para o por-


tuguês. Esse termo significa "Boas Novas" (Lucas 2.10).
O propósito dos Evangelhos é descrever a origem, caráter, processo e
exigência do Evangelho. O Evangelho é nada mais nem menos que o
Senhor Jesus Cristo, que através da sua morte e ressurreição, nos deu a
salvação.

Os Sinóticos. Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas são cha-


mados de Sinóficos. Isso quer dizer que os seus autores escreveram a
biografia de Jesus de um mesmo ponto de vista. O plano literário deles é
mesmo. Nenhum deles, entretanto, pretende dar uma biografia com-
pleta de Cristo.
2.1. MATEUS. Como os demais, este evangelho leva o nome do seu
autor.
Devemos, a priori, fazer uma observação. O Evangelho não é "de
Mateus", mas é segundo Mateus.
a. Tema. O tema de Mateus é "O Rei messiânico e o seu reinado". O
49
livro tem um fim didático, daí a razão de estar o seu material disposto em
tópicos, relacionados com o tema central. Começa com o nascimento do
Rei Jesus e termina com a viária sobre a morte e a ordem para que os
seus discípulos saiam a conquistar o mundo.
Autor. Quem escreveu foi Mateus, o publicano convertido. (Mt 9.9).
Ele é chamado Levi em Mc 2.14. Talvez por modéstia, não faz referência
ao banquete que ofereceu a Jesus, relatado por Lucas (5.29).
Propósito. Dizem os eruditos que o evangelho segundo Mateus foi
escrito originalmente em Hebraico ( Aramaico) por ter sido destinado
aos Judeus. Ele cita constantemente o Velho Testamento, mostrando
como este se cumpriu no Novo Testamento. É interessante notar que o
termo "Reino" aparece 55 vezes, "Reino dos Céus" 32 vezes e "Filho de
Davi" 7 vezes. O livro mostra que a vinda de Jesus foi destinada primei-
ramente aos Judeus. Mas estes rejeitaram e o Reino passou também aos
gentios. (10.5,6; 15.24)

2.2) MARCOS. Este é o menor Evangelho e o menos literário. O ob-


jetivo dele parece ter sido apenas relatar o que o autor tinha em mente.
O estilo, apesar da linguagem às vezes rude, é cativante e vigoroso. Usa
muitas repetições, que ajudam a gravar e conta detalhes. No dizer de um
certo comentarista, "Marcos sabia como contar história." (Harmonia dos
Evangelhos pág XIII).
Autor. Marcos discípulo de Pedro e primo de Barnabé. Não era
apóstolo, mas, segundo os eruditos, escreveu o que lhe foi narrado por
Pedro. Segundo a tradição, ele escreveu este evangelho a pedido de cren-
tes que apreciaram o ministério de Pedro, em Roma.
Tema e Propósito. Marcos procura apresentar Jesus como o Servo.
Pensa-se que foi em Roma, escrito para os Romanos. Por causa disso,
por escrever para gentios, há poucas referências ao Velho Testamento
e as palavras hebraicas são explicadas, bem como os costumes Judai-
cos.

3. LUCAS. Este é o terceiro dos Evangelhos Sinóticos e um livro de


destaque, por causa do seu autor. O estilo dele é o de uma pessoa erudita
que reúne as qualidades de simplicidade de Mateus e Marcos, acrescen-
tando a sua capaciade de médico e historiador.
Autor. O autor é Lucas, chamado por Paulo de "Médico amado".
Eusébio, historiador cristão, diz que Lucas era natural de Antioquia da
Síria e gentio. Como cooperador de Paulo, aparece pela primeira vez em
At 16.10.
Tema e Propósito. O livro foi escrito para um amigo pessoal, de alta
posição, chamado Teófilo, endereçado aos gentios, principalmente aos
gregos. Como historiador, seu livro é resultado de uma investigação
acurada dos fatos.
50
3. JOii0. O Evangelho de João se apresenta diferente dos outros por
não ser sinótico. Ele viu o ministério de Jesus de modo diferente dos
outros.
Autor. João, o autor do quarto Evangelho, era pescador, filho de
pescador, e de Salomé. Sua mãe era uma das mulheres que ajudaram no
sustento do ministério de Jesus. (Lc 8.3; Mt 27.55,56). Era o mais jovem
dos apóstolos e o que viveu mais tempo. Sobreviveu aos outros.
Propósito. O Evangelho de João foi escrito para mostrar Jesus como
Filho de Deus. O livro relata apenas sete milagres, escolhidos a rigor,
com o objetivo de levar seus leitores à fé em Cristo, como o Filho de
Deus, e prover o meio da pessoa ter a vida eterna (lo 20.31). Segundo a
tradição, foi escrito em Efeso, cerca de 50 anos depois da ascensão do
Senhor Jesus, com o objetivo de combater o erro dos gnósticos, que ensi-
navam heresias a respeito da divindade de Jesus.

4. ATOS DOS APÓSTOLOS. Este é o único livro genuinamente his-


tórico do Novo Testamento. Seu nome se deve à atuação principalmente
de Pedro e Paulo como pregadores do Evangelho.
Autor. Sabendo-se que o Evangelho de Lucas foi escrito pelo médi-
co com este nome, é fiel saber que ele escreveu também este livro, só por
ler os primeiros versículos. Este parece ser um livro incompleto, quer
dizer, o escritor não o terminou. Isso é significativo por nos induzir a crer
que os atos dos apósolos devem continuar até à volta do Senhor.
Propósito. O propósito deste livro está exposto num dos versos
mais conhecidos dos crentes: Atos 1.8. Aí está explicado o plano em que
se desenvolve o livro, ou seja, a expansão do evangelho desde Jerusalém
até aos confins da terra. O livro começa com a pregação de Pedro em
Jerusalém, após o pentecoste, e termina com a pregação de Paulo em
Roma - os confins da terra.
O livro de Atos é o testemunho dos Apóstolos, da Igreja, dos discípu-
los de Cristo, a respeito de sua ressurreição. É a propagação das Boas
Novas do Evangelho.

Conclusão

Com estas poucas palavras, demos uma breve pincelada sobre os cin-
co primeiros livros do Novo Testamento. Muita coisa deveria ser dita,
mas por causa do espaço, não nos é possível fazê-lo.

Avaliação

Conceitue Novo Testamento


Que significa a palavra Evangelho?
Você já foi batizado no Espírito Santo? Se não, busque esta bênção
hoje mesmo. E se já. foi, busque renovação espiritual. Hoje.
51
Leitura Devocional: GI 2.19-20
. "1„.d
&tirai es,
a Leituras Diárias

Segunda Atos 22.1-21


Terça Gálatas 2.8-9, 1.17

As Quarta

Quinta
Romanos 16.1-2
1Co 1.1, 5.1, 11.18
Filipenses 4.15-16,

Epístolas Sexta
2Go 11.9
G14.12-13
1 Ts 5.27

Pau linas Sábado 2 Timóteo 4.10-12


Domingo Gálatas 2.3
Tito 1.4-5

Introdução

Dos 27 livros do Novo Testamento, 21 são cartas. E destas, treze são


de autoria do apóstolo Paulo. Este apóstolo nasceu em Tarso, na Cicília,
uma cidade ao oriente da Ásia Menor.
Era filho de Hebreus (2 Co 11.22). Pertencia à linhagem de Israel e era
da tribo de Benjamim. Era fariseu, a seita mais estrita do judaísmo (Fp
3.5). Foi instruído aos pés do grande mestre fariseu Gamaliel (At 22.3)
Perseguiu os cristãos e consentiu na morte de Estêvão quando ainda
era jovem (At 7.58). Converteu-se na estrada de Damasco (Atos 9) e foi
constituído apóstolo aos gentios (GI 2.9). Passou muito tempo na Arábia
para aprender de Jesus (G1 1.17 ) e realizou três viagens missionárias.
Através dele foram realizados milagres extraordinários. Foi preso em
Jerusalém e depois de alguns anos enviado para Roma. Crê-se que de-
pois do relato de Atos ele, teve um tempo de liberdade e voltou a ser
preso. Segundo a tradição foi em Roma, martirizado.

I. Natureza das Epístolas.

1 O caráter pessoal. Já vimos no início desta lição que ás cartas têm


um caráter pessoal. Elas são escritas por uma pessoa a uma ou mais pes-
soas, ou a uma igreja em particular.
O estilo das cartas paulinas é caracterizado por frases e períodos
longos, profundos, estilo preciso, bem cuidado e rico de alusões ao Velho
Testamento. Os parênteses, que contêm as suas digressões, são constan-
tes. Ler o apóstolo Paulo é se deleitar na Palavra de Deus.
O secretário. Paulo usou um escriba (secretário) para escrever a
quase a totalidade de suas cartas. Em algumas, o amanuense aproveita
para deixar suas saudações.
52
II. As Epístolas

Dividimos as cartas de Paulo em três grupos distintos, a saber: Cartas


às igrejas, Cartas Pastorais, e uma Carta Pessoal.

A. Cartas às Igrejas:

Romanos. Chamada de "quinto evangelho", foi endereçada a Cren-


tes que Paulo ainda não conhecia, em Roma. Apresenta o evangelho da
justificação pela fé. Ele a enviou através de Febe, uma senhora de Cencréia,
um subúrbio da cidade de Corinto, que estava de viagem para Roma.
(Rm 16.1,2). A carta interpreta a natureza da Obra de Cristo.
1 Cornados. Escreveu esta Carta de Éfeso. Tornou-se a mais cor-
rompida das cidades gregas. Depois que Paulo saiu da cidade, após for-
mar a igreja, surgiram problemas que lhe foram informados por crentes
daquela igreja (1 Co 1.1; 5.1). Paulo, além de corrigir erros em Corinto,
defende a sua autoridade apostólica; pelo seu caráter se manifesta mais
brilhantemente que em qualquer outra de suas cartas.
2 Corintios. Foi escrita também durante a terceira viagem
missionária. Tito trouxe relatório de Corinto a Paulo, informando sobre
os resultados da primeira carta que havia entristecido alguns e ele então
escreveu esta segunda carta para consolá-los e instruir sobre o seu minis-
tério, ao mesmo tempo que projeta justificar os falsos mestres. Ele a man-
dou através do próprio Tito.
Gaiatas. Escrita de Éfeso ou Macedônia, no ano 57 ou 58 de.
Destinou-a às Igrejas da Galácia, uma região ao norte da Ásia Menor.
Paulo a escreveu para corrigir o erro dos judaizantes, que estavam ensi-
nando uma doutrina que os gálatas estavam adotando: que para ser sal-
vo, era necessário serem circuncidados e guardar a lei de Moisés. Foi
escrita de seu próprio punho, mostrando a salvação em Jesus somente.
Efésios. Escrita da prisão em Roma em 62 de. É chamada de "Car-
ta profunda" por causa do seu conteúdo de profundidade singular. Seu
assunto principal é a igreja. A igreja de Éfeso é um exemplo que merece
elogios de Paulo, e de Jesus em Apocalipse, com uma reprovação e adver-
tência: "perdeste o teu primeiro amor, volta à prática das primeiras obras.
Filipenses. Escrita da prisão em Roma em 63 de. Filipos era uma
cidade da macedônia. A igreja era pura e generosa, e tinha consideração
por Paulo (FI 4.15,16; 2 Co 11.9). Era uma igreja que sofria por Cristo.
Na carta, ele apela pela unidade da igreja, que deve ser mantida a qual-
quer preço.
Colossenses. Paulo escreveu a Carta aos colossenses do cativeiro
em Roma, no ano 62 dC. Colossos era uma cidade da Frigia. Seu pastor
era Epafras (4.12,13). Os problemas eram o ensino sobre a influência de
anjos e distorções da lei judaica. O ensino sobre anjos, que estava sendo
introduzido na igreja, era algo semelhante a certas revelações e aspectos
da Nova Era hoje.

53
1 Tessalonicenses. É a mais antiga carta do apóstolo Paulo, a pri-
meira delas. Paulo e Sibs estabelecem a igreja nessa cidade na sua segun-
da viagem missionária. Paulo mandou que essa carta fosse lida publica-
mente para toda igreja (5.27). Seu assunto principal é a escatologia, a
volta do Senhor Jesus, uma revelação recebida por Paulo, do próprio
Jesus.
2 Tessalonicenses. Escrita em 53 dC de Corinto. Ele a escreveu
para corrigir a má interpretação dada à primeira carta, pois os crentes
entecleram que a volta de Jesus era iminente e alguns passaram a viver
ociosos, "esperando a vinda do Senhor". Ele aproveita para instruir so-
bre o trabalho. Fala, então sobre os sinais que precederão a vinda do
Senhor.

B. Cartas Pastorais

São dirigidas a cooperadores do apóstolo.

1 Timóteo. Timóteo era filho de uma judia e pai grego, e tinha


sido instruído nas Escrituras por sua mãe e por sua avó. Morava em Lis-
tra.
Paulo a escreveu para aconselhar Timóteo sobre tudo, até sua mãe,
mas principalmente: (1) Sobre as falsas doutrinas dos judaizantes; (2)
Orientá-lo no desempenho de sua missão.
2 Timóteo. Escrita em Roma. Pede a Timóteo que vá à capital do
império, levando os seus livros, a capa dele e que lhe prestasse assistência
na sua velhice na prisão. Todos o haviam abandonado, menos Lucas (4.10-
12). Queria também a presença de João Marcos. Esta foi a sua última
carta.
Tito. Paulo escreveu esta carta da Maceclônia, no ano 64 ou 67 dC.
Tito era grego de nascimento (Gl 2.3) e se converteu sob a influência da
pregação de Paulo (Tt 1.4). Tinha um ministério especial em Creta -
organizar igrejas (1.5).
Dá a Tito instruções sobre doutrinas, moral e disciplina. Por isso o
seu tema pode ser resumido em "O Ideal de Deus para a Igreja Cristã e
para os obreiros Cristãos". (A Bíblia em Esboço).

C. Uma Carta Pessoal Filemom

Esta carta foi escrita na prisão em Roma, no ano 63 dC Filemom


era membro da Igreja em Colossos, convertido com a pregação de
Paulo.
Um escravo de Filemom, chamado Onésimo, fugiu e se refugiou em
Roma, com Paulo. Lá ele se converteu. E Paulo o mandou de volta,
pedindo a Filemom a sua alforria e que o tratasse como irmão caríssi-
mo.
54
Conclusão

Como aproveitar bem o estudo das epístolas.

Determinar o seu autor e destinatário. É muito importante saber


quem escreveu e a quem foi escrita a carta.
É preciso conhecer o desígnio especial de cada epístola, ou seja,
razão principal por que foi escrita, o seu tema central, o assunto mais
importante. Para isso Locke aconselha ler a carta do princípio ao fim, de
uma sentada, e tornar a ler, e tornar a ler...
Observar os erros predominantes contra os quais as epístolas fo-
ram especialmente dirigidas.
Compare-se a carta lida com o restante do Novo Testamento,
especialmente as epístolas, e forme-se do todo uma idéia consistente e
compreensiva da verdade e do dever. (Obs: Esses conselhos são adap-
tados do livro "História, Doutrina e Interpretação da Bíblia", Volume
2).

Avaliação

Por que Paulo foi chamado de "Saulo de Tarso"?


Qual das cartas de Paulo é chamada de "Carta Profunda"?
Cite as cartas pastorais
Talvez você não tenha apreendido do estudo feito, o propósito de
cada carta. Leia, então a carta aos Gálatas e, pela leitura, diga: Qual foi o
erro combatido pelo apóstolo Paulo? Qual a solução que ele deu para
sanar aquele erro?
Leia a Carta a Filemom. O que você faria se fosse
Filemom?

Literatura para Discipulado

Usem "Passo a Passo com Cristo".


É excelente para novos convertidos. Dá-lhes a "Base
doutrinária para os seus primeiros passos na vida cris-
tã". É um seriado de 4 revistas trimestrais, escritas pelo
Pr. João Leão dos Santos Xavier. Ele é pastor da 3' Igre-
ja Batista de Belo Horizonte e professor dos seminários
SEBEMGE e STEB. Deste último, foi diretor e reitor por
vários anos.

55
Leitura Devocional: Hb 2.1-4

atagarása Leituras Diárias

As Segunda
Terça
Habacuque 1.1-4
Habacuque 2.1-4
Quarta Tiago1.19-27
Epístolas Quinta
Sexta
2 Pedro 1.16-21
1 Jo 1.5-10
Sábado Apocalipse 1.1-3

Gerais e o Domingo Apocalipse 7.9-17

Apocalipse
Introdução

As outras cartas do Novo Testamento, que não foram escritas por


Paulo, forniam um grupo à parte. São oito. Primeiro, temos a carta aos
Hebreus, dirigida a um grupo de crentes ou igrejas formadas por pessoas
de origem hebraica. E as "Cartas Católicas" ou "Cartas Universais", que
são as restantes. Hebreus também pode ser consideradaccarta Universal -
não Paulina.

I. As Epístolas Gerais

A. HEBREUS

I, Autoria. A autoria da carta aos Hebreus é incerta. Há conjecturas,


mas nada certo sobre ser o seu autor Paulo, Apoio ou Barnabé. Não há
indicações claras no livro sobre a autoria do mesmo.
Data. Cerca de 68 AD. O principal argumento para a data é que o
templo ainda é mencionado, e portanto, não havia sido destruido. Não
há indicação de onde a carta foi escrita.
Estilo. A carta foi escrita em forma de discurso, com argumentos
fortes, mostrando o seu objetivo e apelando aos leitores.
Objetivo. Na epistola aos Hebreus, vemos o interesse do escritor
em mostrar a superioridade do Evangelho e do seu Sacerdócio sobre a lei
56
e o sacerdócio Levítico. O autor quer trazer os leitores de volta à prática
do evangelho genuíno, pois estavam se inclinando aos ensinos dos
judaizantes.

B. SETE EPISTOLAS UNIVERSAIS

1. Tiago. O autor é Tiago, o irmão do Senhor. Foi escrita a Judeus


Cristãos. O estilo judeu, de alguém que observava a lei e foi por ele im-
pregnado e tirava ensinos dela.
Autoridades recentes consideram esta carta como a mais antiga de
todas as do Novo Testamento, colocando-a em 45 d.C. Na carta, há pou-
ca doutrina, o que evidencia que ela foi escrita no início do cristianismo,
quando a doutrina, os escritos de Paulo, ainda não estavam difundidos.
O objetivo de Tiago , ao escrever esta epístola, foi orientar sobre a
prática da vida cristã, mostrando que a fé é algo prático, não apenas
teórico, etéreo. A humildade, a fé, as boas obras, são ensinos que sobres-
saem. Dá muito valor ao aspecto social do viver cristão, e, derivado da lei,
um cuidado especial com os pobres.

2. Cartas de Pedro. O autor das duas cartas Universais é o apóstolo


Pedro, que pode ser facilmente identificado, pois os livros declaram. Este
é o Pedro que foi apóstolo do Senhor. As cartas foram dirigidas aos ju-
deus cristãos dispersos. Pedro era o "apóstolo aos judeus."
1 Pedro. A primeira carta foi escrita de Babilônia, em 64 d.C. O
nome Babilônia indica a cidade ás margens do Rio Eufrates , embora
alguns a interpretem de modo figurado, como uma referéncia espiritual
à cidade de Roma.
O propósito da carta é duplo: exdarecer os fundamentos da fé cristã,
já que alguns pensavam que Paulo e Pedro tinham ensinamentos dife-
rentes; e o outro propósito foi fortalecer e animar os judeus cristãos que
passavam por provações e perseguições.
2 Pedro. A segunda carta de Pedro foi escrita entre os anos 64 a 68
a. C. Ele dirige a sua epístola a todos os crentes (1.1), especialmente aos
destinatários da primeira (3.1). Foi escrita pouco antes do seu martírio
(1.14).
É uma carta que exorta à piedade e conforta em meio ás tribulações.
Adverte contra os falsos mestres. Ensina a segunda vinda de Jesus e apela
para os escritos de Paulo como sendo escrituras, portando com autorida-
de divina para fé e prática.
3. As Epistolas Joaninas. São cartas do apóstolo João. Trata-se do
apóstolo de Jesus que se autodenomina "discípulo a quem Jesus amava."
a. .1 joào. Escrita provavelmente de Éfeso, cerca dos anos 90 a 99 d. C.
Não é endereçada a uma igreja nem a um indivíduo em particular. E,
por seu caráter, mais parece um livro de dissertações sobre as doutrinas
fundamentais do cristianismo e os deveres cristãos. Combate os erros dos
57
que punham em dúvida a divindade ou a humanidade de Jesus. Conceitua
Deus. Para ele Deus é Luz. Deus é amor.
2 João. É destinada à "Senhora eleita". Isso tem entendido como
sendo uma senhora cristã. Alguns acham que a expressão "senhora elei-
ta" se refere a alguma igreja. São apenas 18 versiculos. Neles, João fala
contra os falsos mestres e falsas doutrinas.
3 João. Esta pequena carta é composta de apenas 15 versículos. Foi
escrita a Gaio. Este era um cristão abastado, que exercia com prazer o
ministério da hospitalidade. Elogia Demétrio e fala sobre o mau compor-
tamento de Diótrefes.
O valor desta carta é nos mostrar um retrato da igreja em fins do
primeiro século, com pessoas da liderança - boas (Gaio e Demétrio) e más
(Diótrefes).
4. Judas. O autor do livro é Judas, irmão de Tiago (v. 1.) Crê-se que
era mesmo Judas irmão do Senhor (Mt 13.55; Mc 6,3).
É uma carta que descreve a justiça e o juízo de Deus contra os peca-
dores, cujos pecados são mencionados. O objetivo é alertar a Igreja con-
tra os falsos mestres

II. Apocalipse

O nome apocalipse significa "Revelação." E apesar deste significado,


é um livro que não apresenta facilidade de ser compreendido. Os capítu-
los mais fáceis de entender são os primeiros, se tomados apenas como
cartas de Jesus às igrejas mencionadas, e não declarações proféticas, como
sói serem interpretadas.
Autor. É o apóstolo João. Sendo o último dos sobreviventes entre
os apóstolos, já não se sente constrangido em colocar logo no início o seu
nome. João já estava muito velho e exilado em Palmos, uma pequena
ilha rochosa, no Mar Egeu.
Data. Duas datas são apresentadas: uma entre os anos 68 e 70 d. C.
E outra entre 95 e 96 d. C. Seria no tempo de Nero ou no de Domiciano,
imperadores romanos.
Caráter. O livro pertence ao tipo de literatura chamada apocalíptica,
de que fazem parte: Daniel, Ezequiel e Zacarias no Velho Testamento e
que era abundante no período interbíblico. A Classificação se justifica:
Apocalipse é o nome do nosso livro. Seu objetivo era confortar os cristãos
que sofriam perseguição à mão dos romanos.
Estrutura. O livro está dividido em duas partes distintas: Na pri-
meira, há as "coisas que são", onde é apresentado o Senhor, revelador, e
as cartas (1 - 3). Na segunda, há uma série de profecias concernentes ao
futuro, "as coisas que em breve devem acontecer."
Sua conclusão é majestosa, mostrando o novo céu, a vitória dos elei-
tos.
58
5. Interpretação. O Apocalipse é um livro que tem tido muitas inter-
pretações às mais diversas.
Alguns pensam que a maior parte dessas profecias já se cumpri-
ram,
Outros , a maioria, consideram esta profecia como "um delinea-
mento dos grandes acontecimentos da história do mundo e da Igreja,
desde os tempos apostólicos até o fim do mundo." ( História, doutrina e
Interpretação da Bíblia, vol. II, pág. 320.)
Outros dizem que a totalidade das profecias só pode se referir aos
últimos dias.
Há ainda a interpretação chamada espiritual ou ideal. Neste caso
a profecia seria "uma representação pictórica de grandes princípios em
constante conflito, embora sob várias formas, e ecléticas no seu caráter."
(História, Doutrina e Interpretação da Bíblia, vol. II Pág. 321.)
O livro encerra-se com uni chamamento: "vem." E com um apelo da
igreja e de todos quantos amam a vinda de Jesus: "Maranata, ora vem,
senhor Jesus." E a Bênção final.

Conclusão

Com esta lição encerramos nossa vista panorâmica de toda a Bíblia.


Este estudo será muito mais interessante se você já a leu todo. Se não leu,
é hora de começar.

Avaliação

1 - Que significa o termo católico aplicado às últimas cartas do Novo


Testamento?
2 - Quem é o autor do livro de Hebreus?
3 - Qual é o propósito do livro de Apocalipse?

Aplicação

1 - Faça uma comparação entre Jesus e o Evangelho, e as coisas que


você abandonou quando aceitou Jesus como Salvador. Qual é melhor?
(Agora leia a carta aos Hebreus e veja como Jesus e o Evangelho são
melhores).
2 - Você tem excrito cartas? Veja o valor das cartas do Novo Testa-
mento. E escreva uma. A um parente. A um amigo. E incentive essa pes-
soa.
3 - Você já leu a Bíblia toda? Se leu, leia outra vez. Se não leu, comece
hoje mesmo.

59
/
""`
dráfilai 47 41~1111~~11111~
Avaliação e
Retificação da
Aprendizagem
Nas questões formuladas a seguir - urna para cada lição desta revista,
há somente uma resposta errada (ou parcialmente errada) em cada ques-
tão. Respondê-las colocando um (X) na letra do item errado ou parcial-
mente errado.
A última aula do quadrimestre será esta avaliação. O professor deverá
ler ou pedir para que um aluno leia em voz alta, a questão todinha, não
dizendo a resposta. Nenhum aluno também deverá antecipar a resposta,
dando tempo para que todos tentem descobri-la. Depois de mais ou me-
nos um minuto e meio, o Professor pedirá que os alunos digam a resposta,
fazendo, brevemente, os comentários que se fizerem necessários.
Cada professor, entretanto, usará sua criatividade e experiência, ti-
rando o melhor desta avaliação. Mas é preciso fazê-la.

Lição 01
Palavra "bíblia" significa livros, uma porçãy de livros, e é o nome
dado aos 66 livros que compõem a nossa Bíblia.
Inspirados pelo Espírito Santo, mais ou menos 40 autores de épo-
cas e lugares diferentes escreveram a Bíblia. Apesar de tantas desigualda-
des possui perfeita unidade.
Calcula-se que os 66 livros sagrados foram escritos de 1400 a.C. a 95
d.C., e nas línguas: Hebraico, Aramaico e Grego comum.
Os chamados "apócrifos", que não constam das nossas Bíblias, são:
Tobias, Judith, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, I e II
Macabeus, acréscimos a Éster e Acréscimos a Daniel.

60
e) Os capítulos e versículos que Jesus leu na sinagoga de Nazaré esta-
vam enrolados em suporte de madeira.

Lição 02

As palavras do livro sagrado, sempre novas, molhadas com o orva-


lho do céu, orientam, corrigem, confortam. É o próprio Deus falando ao
nosso coração.
A Bíblia tem sido alvo da impiedade: criticada, contestada por al-
guns; homens de Deus foram levados à fogueira por pregarem suas men-
sagens; Bíblias foram queimadas aos montões em lugares e épocas diver-
sas.
Apesar de tudo, todos sabem e não podem negar que a Bíblia con-
ténj a palavra de Deus.
O conflito começou no Éden: Deus disse para não comer. Foi con-
testado e desobedecido. A contestação e desobediência continuam.
Quer queriam quer não, a Bíblia é a Palavra de Deus. Ela não falha.
Nunca falhou. É a palavra de vida, de fé e salvação.

Lição 03

A Bíblia é a Palavra de Deus. Foi Ele quem chamou homens e os


inspirou a escrevê-la; supervisionou, dirigiu e ditou a escrita de seus li-
vros.
A unidade fTsica da Bíblia é um milagre: 66 livros escritos, muitos
deles em épocas e lugares diferentes; por diferentes autores, sem o obje-
tivo de uni-los num só livro.
Apesar de tudo, sua unidade é perfeita. Velha e Nova alianças, sem
qualquer contradição entre elas.

I) V. T. = 39 livros distribuídos assim: Pentateuco (5), Históricos (12),


Poéticos (5), Proféticos (17).

2) N. T. = 27 livros: Biográficos (4); Histórico (1); Epístolas (21) - 13


Paulinas e 8 Gerais; profético (1) - o Apocalipse.

O V. T. tem 929 capítulos e o N. T., 260; o maior capítulo da Bíblia


- S1.119, o menor - SI. 117.

Malaquias anuncia o precursor de Jesus, profecia que foi cumprida


imediatamente.

61
Lição 04
A Bíblia não é um tratado de ciência, mas tem contribuído grande-
mente; cientistas, através da história, têm se valido da Bíblia nas suas
pesquisas e ficado maravilhados pela constatação da verdade.
O Egito era considerada a mais antiga civilização, mas seguindo
afirmações da Bíblia, a pesquisa constatou que era engano, pois ficou pro-
vado a existência, pelas escavações, de Ur dos Caldeus.
Jerusalém está edificada sobre o monte Moriá e lá embaixo está o
Mar Morto com suas águas doces e piscosas.
Fora dos muros de Jerusalém, fica o Monte das Oliveiras onde se
encontra Betânia e Getsêmani.
Armagedom é o vale de Jezreel (Is 15.56 - Ap 16.16), vale aprasível
com alguns montes e terras férteis

Lição 05
A leitura da Bíblia é sagrada para os judeus religiosos, seguem um
calendário que marca o início e o fim da leitura da Torá. Nós os evangéli-
cos precisamos adquirir o hábito de ler a Bíblia diariamente, e toda ela
periodicamente.
João Ferreira de Almeida foi o primeiro a publicar o Novo Manda-
mento em Português, e sua -O-adução é a mais lida em nossa língua.
As principais traduções da Bíblia para o português: João Ferreira
de Almeida, Antônio Pereira de Figueiredo, Matos Soares (Católica),
Humberto Rohden (Novo Testamento), outras católicas.
Traduções e versões, na prática, são a mesma coisa. A Septuaginta
é a versão dos setenta; a Vulgata Latina foi feita por Jerônimo, e Lutero
abriu as portas do ocidente para a Bíblia ao traduzir as Escrituras para o
alemão.
A Imprensa Bíblica Brasileira e a Sociedade Bíblica do Brasil pouco
têm feito, somente publicaram até agora Scofield e Thompson.

Lição 06
A Bíblia é a revelação de Deus, um trabalho da verdade, com obje-
tivos espirituais, culturais e éticos, nos são oferecidos pela medição do
Espírito Santo.
A educação cristã objetiva a transformação da personalidade do
aluno de forma total, pelo conhecimento e treinamento dos dons naturais
de uma pessoa, a luz da Palavra de Deus
Muitas pessoas perdem o hábito da leitura. Não lêem jornais, revis-
tas, livros e acabam não lendo a Bíblia também. Oram, estão nas vigílias,
mas não fazem a leitura da Bíblia de forma regular, especialmente em

62
casa. Não é um comportamento correto.
A Bíblia é o livro oficial da Escola Bíblica Dominical.
Portanto, sempre que o crente tiver vontade, deve estudá-la.

Lição 07

A Bíblia é de fácil compreensão, tanto para os crentes, como para


os não crentes.
"Ora, o homem natural não aceita as cousas do Espírito de Deus,
porque lhe são loucura e não podem entendê-las porque elas se discernem
espiritualmente." (I Co 2.14).
Não se dispensa a ação do Espírito Santo no processo ensino/apren-
dizagem da Bíblia.
Abrir a Bíblia, estudá-la, compartilhar suas bênçãos com os outros,
é a grande tarefa da igreja, de cada crente em particular.
A regra principal de interpretação que devemos seguir, é a de que
a Bíblia interpreta a si mesma, devido à sua unidade.

Lição 08

Darwin, cientista famoso por sua teoria da evolução, mudou de


idéia com relação à Palavra de Deus. Pessoas que viviam em estado mise-
rável de barbarismo na Terra do Fogo, e foram consideradas
irrecuperáveis por ele anteriormente, foram transformadas extraordi-
nariamente pela Palavra de Deus.
A certeza de que a Bíblia é absolutamente verdadeira e fiel
precisa estar enraizada em nossos corações e dando frutos perma-
nentes.
A palavra é viva e eficaz na conversão do pecador. O grande prega-
dor João Wesley se transformou ao ouvir a leitura do prefácio que Lutero
escreveu sobre a carta aos Romanos.
William Ramsay, um arqueólogo de prestígio, foi á Palestina
pesquisar. Seu objetivo era provar os enganos da Bíblia. Notadamente de
Lucas e Atos. Depois de 25 anos de trabalho científico, converteu-se, sur-
preendendo seus colegas de crítica.
A Palavra de Deus náo pode agir sobre as pessoas que não
sabem ler, precisamos alfabetizá-las para que também sejam
alcançadas.

Lição 09

a) Na Bíblia encontramos a história de um homem inseguro, falho,


injusto e infiel, em relação a um Deus justo, santo, fiel e misericordioso.

63
Na Bíblia, encontramos a solução para este homem, através de
promessas, conselhos e leis que o Senhor lhe oferece para nortearem sua
conduta.
"Errais não conhecendo as escrituras, nem o poder de Deus" (At
22.29). "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino; para a
repreensão, para a correção, para educação na justiça, a fim de que o
homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa
obra" (2 Tm 3.16-17).
O mais importante não é lermos a Palavra, mas ouvir a Palavra,
porque Paulo, em Romanos 10.17, diz que a fé vem pelo ouvir a Palavra
de Deus.
Precisamos ler, ouvir e meditar a Palavra. É meditando que enten-
demos melhor. Que assimilamos os fatos e as verdades que encerra.

Lição 10

O Pentateuco é a P das três divisões do antigo Cânon Hebraico,


cuja autoria é historicamente atribuída a Moisés e, sobre a qual, jamais
houve qualquer questionamento.
A palavra Pentateuco é formada de 2 palavras gregas (penta = 5, e
teucos = instrumento), significando cinco livros.
O Pentateuco é mais do que história, sua mensagem se dirige de
forma divina para a centralização do Messias, Cristo Jesus.
O Pentateuco é a única antiga literatura que descreve a criação do
mundo fisico e do homem, como imagem de Deus.
O Pentateuco revela e transmite a mensagem de que Deus é o
criador, sustentador e dirigente do universo fisico. Este é o Deus de amor,
mas também de juízo

Lição 11

Os livros históricos do V. T. contêm a história do povo hebreu, do


seu estabelecimento na terra de Canaã até sua volta do cativeiro babilônico.
São os seguintes os livros históricos do V. T. : Josué, Juízes, Rute, I
e II Samuel, I, II e III Reis, I e II Crônicas, Joel e Ester.
O livro de Josué registra a história de Israel desde a nomeação de
Josué como sucessor de Moisés até sua morte aos 11 anos de idade.
Neernias é uma das narrações sobre os judeus, das mais lindas de
toda Bíblia. Um homem de visão, fiel a Deus e ao seu povo, planeja a
reconstrução de Jerusalém, liderando-a com sabedoria, mão firme e
determinadamente.
O livros históricos falam da vida de homens e mulheres notáveis

64
que desempenharam papel de suma importância para os destinos do povo
de Deus.

Lição 12

São considerados, como essencialmente poéticos, os livros: Já, Sal-


mos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares.
Além desses, há passagens poéticas em vários outros livros da
Bíblia.
Jó demonstrou crença inabalável em Deus, provando que a fé
independe das circunstâncias por mais diversas que sejam
Salmos, um dos livros mais lidos e apreciados da Bíblia é de auto-
ria do rei Davi:
Os Salmos 1, 19, 23, Cantares 2, Isaías 53, I Coríntios 13, são poe-
mas de rara beleza

Lição 13

Os profetas recebiam as mensagens de Deus e as anunciavam ao


povo, ou a quem a mensagem era endereçada.
Os livros proféticos, tradicionalmente, são classificados em: Maio-
res e Menores. Não pelo valor do seu conteúdo, mas principalmente pela
extensão dos escritos de cada livro.
O conteúdo das mensagens proféticas era bastante variado: mensa-
gens de advertência contra o pecado da idolatria, da desobediência, da
corrupção; mensagens de arrependimento, de consolo, de perdão, de
esperança, e mensagens messiânicas.
A profecia (verdadeira) não era produzida pela vontade do ho-
mem, pois falava inspirado pelo Espírito Santo de Deus; ora eram profe-
cias através de visões, de sonhos, ou diretamente: "Assim diz o senhor".
Ao profetizarem caíam em êxtase, nem sempre, eles próprios esta-
vam conscientes da mensagem que entregavam.

Lição 14

O. N. T. está dividido em 5 partes: Os 4 Evangelhos, o livro de


Atos, as Epístolas Paulinas, as Epístolas Gerais e o Apocalipse.
Os Evangelhos são histórico-biográficos, pois narram a história da
vida de Jesus aqui na terra e foram escritos em grego.
Propósito dos Evangelhos: Mateus dirige sua mensagem principal-
mente aos judeus. Marcos, para os Romanos. Lucas, aos gentios e João,

65
para mostrar Jesus como o filho de Deus.
Sinóticos são os Evangelhos de Mateus, Marcos e João, pois escre-
veram esses livros de um mesmo ponto de vista usando um mesmo pla-
no literário.
Atos é o único livro essencialmente histórico do Novo Testamento.
É. a história, escrita por Lucas, do cristianismo que vai da ascensão de
Jesus até o início do ministério de Paulo em Roma em 63.

Lição 15

Saulo carrasco dos cristãos , nasceu em Tarso, filho de hebreus, da


linhagem de Benjamim, fariseu zeloso, estudou aos pés do grande mes-
tre Gamaliel.
Convertido no caminho de Damasco, o agora Paulo, prepara-se
para o seu notável apostolado cristão.
As cartas de Paulo têm caráter pessoal, são endereçadas a uma ou
mais pessoas. São 3 grupos distintos: Cartas às igrejas, Cartas pastorais e
unia pessoal.
Suas cartas são: aos Romanos, aos Coríntios I e II, aos Gálatas, aos
Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, aos Tessalonicenses I e II, Timó-
teo I e II, a Tito e Filemom.
Filemom é uma carta pessoal porque Paulo escreve a Filemom,
intercedendo por Onésimo, um amigo dele, que precisava de um empre-
go.

Lição 16

São chamadas cartas gerais: Hebreus, Tiago, Pedro I e II, João 1,


III e Judas.
Em Hebreus, o autor procura mostrar a superioridade do evange-
lho e do seu sacerdócio sobre a lei e o sacerdócio Levítico, trazendo o
leitor para o evangelho genuíno.
Tiago, irmão de Jesus, escreveu a Judeus cristãos. Fala sobre práti-
ca de vida cristã, humildade, fé e obras.
Há dúvidas sobre a autoria das cartas de Pedro, por falta de refe-
rências claras a esse respeito nos textos das mesmas.
Apocalipse significa "revelução". O apóstolo João escreveu este li-
vro profético quando se encontrava exilado na Ilha de Patmos.

66
Breve Orientação
Didático-Pedagógica
Este CURSO, representado pelas 21 revistas quadrimestrais, lhe dará
um conhecimento geral de toda a Bíblia e das doutrinas fundamentais de
nossa fé. O aproveitamento deste dependerá da atenção e carinho que os
dirigentes da EBD da Igreja, os alunos e, principalmente, os professores
lhe derem:
OS DIRIGENTES - estimulando e oferecendo o apoio logístico
para alunos e professores.
OS ALUNOS - comparecendo e participando ativamente da EBD;
lendo as porções bíblicas diárias e a lição apresentada pelo autor; mas,
leituras reflexivas, atentas, com apetite de aprender.
O PROFESSOR - cabe-lhe maior responsabilidade. Nada de im-
provisação, estudo de última hora, de desculpas, quase sempre, infunda-
das. Comece as leituras na 2a feira, e vai meditando-as durante a semana.
A lição que o autor escreveu é a contribuição dele. Nenhum autor é com-
pleto e perfeito, como o professor também não o é. Humildemente, autor
e professor estão contribuindo, submissos ao Espírito Santo de Deus. Não
é sábio, não é pedagógico, e muito menos uma atitude espiritual, o pro-
fessor depreciar a contribuição do autor perante os alunos.
Portanto, para assimilar bem a lição e entregar o RECADO DE DEUS
aos alunos, no domingo, o professor deverá:
1 - Começar as leituras da lição e dos textos bíblicos, já na r feira, ou
seja, com bastante antecedência;
2 - Se possível, ler a lição e refletir sobre ela, todos os dias da semana;
3 - Ao ministrá-la, ater-se ao principal, ou seja, abordar o tema central
da lição, evitando os desvios e divagações que, em regra geral, prejudi-
cam a objetividade do aprendizado.
4 - Orar e submeter-se ao Espírito Santo, ELE vai iluminar sua mente,
por as palavras na sua boca, dar-lhe GRAÇA, para que o RECADO DE
DEUS atinja a mente e os corações dos alunos.
Agindo desta forma, todos serão alcançados pelas bênçãos da Palavra
no seu viver diário. Vale a pena. Vai nessa, irmão!

O seu redator

67
Use a
Literatura Batista Nacional.
Na foto, algumas das revistas que
compõem os seriados da CBN
para as Escolas Bíblicas
Dominicais. São revistas para
adultos, adolescentes, juniores,
discipulado, senhoras e moças.
Damasco
e. sidom
e

GALILÉIA

:Acre'

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R" JERUSALÉM!".
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,• Belém

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lir.Hebrom

-*---EGITO

MAPA DAS ESTRADAS


DA PALESTINA
A GRANDE MISSÃO DA IGREJA
Está registrada na Palavra de Deus. Mais especificamente em Mt
28.19,20; Mc 16.15; At 1.8.
É sua missão fundamental - da igreja e de todos os seus membros.
Nenhum cargo na igreja é tão importante e mais nobre. Nenhuma função
outra dispensa a missão de ganhar almas para Jesus; pois é a missão
primeira da igreja e da totalidade dos seus membros. Missão fundamen-
tal. Indispensável.
É a vontade de Jesus. Ordem Dele. Tudo que ele quer: que sejamos
um "pestífero" como Paulo o foi (Tértulo). Que nossã peste seja vim-
lenta. Altamente contagiosa; ou seja: Cristo no coração, fervendo no
poder do Espírito Santo, derramando-se em amor pelas almas perdidas;
irradiando o amor de Jesus em palavras e atos.
"Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando" (Jo 15.14).
Gostamos de cantar: "Nenhum amigo é igual a Cristo". Estamos
sendo amigos de Jesus? De verdade mesmo? Ele nos salvou e nos man-
dou testemunhar. Infelizmente, poucos crentes nas igrejas têm sido ga-
nhadores de almas. Daí o seu lento crescimento. Se tivermos na Igreja
um crente ganhador de almas. a Igreja cresce. Se tivermos 10, a igreja
cresce muito mais. Rapidamente. Mas, se tivermos 50% de crentes ga-
nhadores de almas na igreja, ela explode em crescimento.
A ordem de Jesus foi para os 100% de crentes da igreja. Assim foi
no amanhecer glorioso do cristianismo. Os crentes todos testemunha-
vam, cheios de poder e graça co povo corria faminto aos pés de Jesus.
A igreja, entretanto, não deve se limitar a "Jerusalém" apenas. Exis-
te também "Judéia, e Samaria, e os confins da terra."
Participe da campanha de missões. Não permita que a ordem de Je-
sus seja descumprida na igreja. Vá também até "os confins da terra."

Redator

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