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Volume I
Itapipoca – Ceará
2016
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO – PROGRAD
FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE ITAPIPOCA - FACEDI
CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS (LICENCIATURA)
REITOR
Prof. Dr. José Jackson Coelho Sampaio
VICE-REITOR
Prof. Ms. Hidelbrando dos Santos Soares
PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO
Profa. Marcília Chagas Barreto
DIRETOR DA FACEDI
VICE-DIRETOR DA FACEDI
Itapipoca – Ceará
2016
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE
Itapipoca – Ceará
2016
SUMÁRIO
1 INFORMAÇÕES GERAIS.......................................................................... 05
1.1 Apresentação...................................................................................... 05
1.2 Contexto Regional e Institucional.................................................... 06
1.2.1 Contexto da Região de Itapipoca................................................... 06
1.2.2 Histórico da Facedi e a Conquista do curso de Ciências Sociais... 09
1.3 Justificativa do Curso......................................................................... 13
1.4 O Curso de Licenciatura em Ciências Sociais................................. 17
1.4.1 Denominação................................................................................. 17
1.4.2 Acesso e Integralização.................................................................. 17
2 ESTRUTURA DO CURSO.......................................................................... 18
3 CORPO FUNCIONAL................................................................................. 65
5 BIBLIOGRAFIA.......................................................................................... 69
Anexos..................................................................................................................... 71
Bases Legais do Curso de Licenciatura em Ciências Sociais......................... 72
Projeto de Reforma e Ampliação da FACEDI – UECE................................. 74
5
1 INFORMAÇÕES GERAIS
1.1 Apresentação
O trabalho foi também orientado pelo desafio de elaborar uma proposta que
proporcionasse sólida capacitação para a docência em Ciências Sociais e, ao mesmo tempo,
rica experiência em pesquisa social, ou seja, a permanente preocupação em oferecer formação
em Ciências Sociais articulada aos fundamentos da Pedagogia/Educação.
1
A base legal para o curso de Licenciatura em Ciências Sociais, (Anexo 1).
6
7. A região possui uma rede municipal e estadual de educação, que inclui educação infantil e
básica, destacando-se a existência de duas Escolas do Campo, de ensino médio, localizadas
nos assentamentos da reforma agrária, Municípios de Itapipoca e Itarema, conquistadas pelos
8
10. Riqueza do ponto de vista antropológico e arqueológico com a presença das comunidades
indígenas Tremembé de São José e Buriti, comunidade quilombola de Nazaré,
aproximadamente sete sítios arqueológicos e um Museu de Pré-História de Itapipoca –
MUPHI, onde está arquivada uma coleção científica com mais de 5.000 peças fósseis;
11. Palco de lutas dos trabalhadores e exemplo dos mais importantes no contexto da reforma
agrária, tendo Miraíma como o município mais populoso em assentamentos de reforma
agrária em todo Brasil;
12. Diversidade ecológica peculiar caracterizada pela presença de três climas: serra, sertão e
praia, o que também contribui para a beleza dessa região;
A história da Facedi, desde sua origem, não se desenvolveu sem tensões entre
interesses de grupos diferenciados, o que não representa algo negativo, ao contrário, isso é o
que vem garantindo a própria energia necessária para a criação do clima acadêmico,
alimentado por diálogos, construção de saberes e atuação dos movimentos sociais, mais
particularmente o estudantil e o docente. Nesse cenário, verifica-se também a tentativa de
exaltação de personalidades político-representativas, o que não nos surpreende, dada a cultura
personalista e clientelista ainda muito presente em nossa sociedade.
2
NASCIMENTO, Francisco Evandro Barbosa. “CAMARADAS: Apatias e Ousadias nos Treze Anos do CAMOL” (Mimeo).
Monografia de conclusão do Curso de Pedagogia, Itapipoca, 1998.
10
Em 7 junho de 2006 foi deflagrada, desta vez, a greve dos professores, tendo como
pauta central a situação salarial dos docentes, onde se reivindicava a implementação do Plano
de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV), a reposição emergencial de 16,6% e o
escalonamento da reposição das perdas acumuladas nos últimos 12 anos que atingem 70%.
Após 156 dias de luta (em 10 de novembro) suspendeu-se a greve com o acordo, firmado entre
11
o Movimento Unificado de Greve das três universidades estaduais (UECE, UVA e URCA), a
Presidência da Assembleia Legislativa do Ceará e as lideranças dos Partidos Políticos dessa
casa, garantindo a aprovação de emenda coletiva, abrindo rubrica relativa à implementação de
PCCV para as universidades estaduais do Ceará, estabelecendo orçamento inicial de R$
14.000.000,00 (quatorze milhões de reais). Também ficou o compromisso do então
Governador eleito de receber em seu primeiro dia de governo o Movimento Unificado para
tratar do PCCV e da autonomia da universidade.
Entretanto, o PCCV só foi conquistado após uma ampla mobilização e uma nova greve
de três meses deflagrada em 2007/2008 no então governo Cid Gomes. O plano aprovado e
publicado no DOE em 27 de maio de 2008, Lei Nº 14.116 de 26 de maio de 2008, trouxe um
ganho de aproximadamente 92% de reajuste real e 120% de reajuste nominal, que garantiu a
fixação dos professores na UECE que antes permaneciam poucos anos na nossa universidade,
até o surgimento de oportunidades de trabalho melhor remuneradas em outras universidades.
Isso fez a UECE avançar na sua produção acadêmica e, portanto no seu projeto de formação.
Este processo teve uma importante participação política da Facedi.
O movimento sindical e estudantil, com apoio dos movimentos populares da região
de Itapipoca, lançou em 2013 o debate sobre a Expansão da Faculdade de Educação de
Itapipoca da Universidade Estadual do Ceará, visando atender demanda por formação
universitária para aproximadamente 6000 mil egressos do ensino médio, quando a
universidade pública oferecia somente 145 vagas anuais, em média, para estudantes dessa
região. O debate culminou com a deflagração da greve dos estudantes da Facedi em 17 de
setembro de 2013, e confirmada pelos professores no dia 18 de setembro do mesmo ano. Isso
proporcionou condições políticas para a deflagração da greve geral, no mesmo ano, na UECE
e, posteriormente, em todas as Universidades Estaduais do Ceará. A greve teve continuidade
no ano de 2014 e foi suspensa em 9 de janeiro de 2015. Esse longo processo de luta e
resistência popular fez o governo do Estado do Ceará, ainda em 2014, dentre um conjunto de
conquistas para a FACEDI, autorizar a abertura de 21 vagas no concurso de professor efetivo
para a criação de um Curso de graduação na Faculdade de Educação de Itapipoca.
Após a autorização política dessas vagas para o concurso de professor, que deu
condições para a criação de um curso de graduação, realizou-se em 26 de junho de 2014, na
Facedi, assembleia de professores, estudantes e servidores técnico-administrativos, que
deliberou pela criação do curso de Licenciatura em Ciências Sociais. Em seguida, em 2015, o
Conselho da Faculdade instituiu a Comissão para Implantação do Curso de Licenciatura em
12
Outra conquista, ainda por conta da greve de 2013/2015 foi a Reforma e Ampliação da
estrutura da Facedi no valor de R$ 11 milhões3. Este projeto foi autorizado pelo então governo
Cid Gomes em 2014 e reafirmado compromisso de implantação da obra pelo atual governo
Camilo Santana. A obra já teve seu processo de licitação concluído desde julho de 2015, mas o
atual governo ainda não autorizou as verbas para o início das obras.
Na história dessa última greve destaca-se a disposição dos militantes da Facedi para
garantir a ocupação durante quatro meses do prédio vizinho, onde atualmente está localizado o
IFCE – Itapipoca, ocupação de 9 dias da ALCE e ocupação de 1 dia do IFCE – Fortaleza, com
intuito de garantir as reivindicações dessa Faculdade. Isso foi determinante para a conquista
desse novo curso de graduação em Ciências Sociais.
De modo geral, a Facedi tem uma trajetória marcada por conquistas importantes, tanto
para a sua legitimação como núcleo de educação superior pública, gratuita e democrática na
região, como pelo seu trabalho de formação de profissionais em educação. De sua criação aos
dias de hoje, já formou um total de 1.072 profissionais licenciados em Pedagogia, Biologia e
Química, que são absorvidos, sobretudo, pela demanda local e de outros municípios da região.
Esses profissionais atuam tanto na educação básica, no exercício da docência, quanto em
outros postos de trabalho fora da escola.
3
Projeto completo de Reforma e Ampliação da Facedi, incluindo a obra, equipamentos, mobiliários e livros, se
encontra no Anexo 2.
13
1.3 Justificativa
4
Ver histórico detalhado do processo de inserção da sociologia nas escolas, nas Orientações Curriculares
Nacionais: ciências humanas e suas tecnologias, 2006, especificamente cap. 4, Conhecimentos de Sociologia.
14
Havia ainda, neste projeto de Resolução, alterações nos artigos 3º e 4º que tornavam
evidente a obrigatoriedade das disciplinas de Sociologia e Filosofia e o prazo para as escolas
incluírem nos currículos do Ensino Médio:
A aprovação desse projeto foi fruto de uma luta política em todo o País tendo à frente
o Sindicato Nacional dos Sociólogos que organizou mobilizações e articulações com outras
entidades profissionais e políticos envolvidos no pleito. Entretanto, somente em 2008, com a
aprovação da Lei n. 11.684, de 2 de junho de 2008, que alterou o art. 36 da Lei n. 9.394
(LDB), foi instituído a Sociologia e a Filosofia como disciplinas obrigatórias no ensino
médio. Desde então, a Sociologia enfrenta desafios institucionais e práticos no cotidiano
escolar.
5
Pesquisa realizada pelo Diretor de Educação Básica da Capes, professor Dilvo Ristoff.
16
sociais. Baseado nisso, a Capes estima que seja necessário formar 107.6806 docentes
licenciados em ciências sociais para atender a demanda das 24.131 escolas de ensino médio, o
que representa um aumento de 20 vezes o número de professores formados por ano, que hoje
é de 3.018 em sociologia. Então, a obrigatoriedade do ensino de sociologia no ensino médio
na Educação Básica é um fato que justifica a criação de um Curso de Licenciatura em
Ciências Sociais.
Além desse fato, a criação do curso de graduação em Licenciatura em Ciências Sociais
na Facedi, para a região de Itapipoca, também se justifica pelo conjunto dos elementos citados
abaixo:
6
Demanda calculada tomando como base carga horária de 20 horas semanais por professor, lecionado em turmas
de 30 alunos.
17
1.4.1 Denominação
2 ESTRUTURA DO CURSO
Portanto, o Curso segue uma estrutura curricular própria das ciências sociais,
constituída especialmente por três áreas afins - Antropologia, Ciência Política e Sociologia -
mediante a pesquisa e o ensino, com a finalidade de formar professores capacitados nas três
áreas básicas. De forma relacional, essas áreas são intrinsecamente conectadas a área da
Educação e da Pesquisa, por meio das disciplinas de didática, práticas como componente
curricular, estágios curriculares supervisionados e metodologias de ensino e pesquisa. Assim,
no que concerne a formação voltada para as competências e habilidades necessárias ao
professor, busca seguir as diretrizes das Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio, atentando às propostas construídas para o ensino de Sociologia (ciências sociais),
relacionadas a três recortes: temas, conceitos e teorias que, embora didaticamente separados,
são “tomados como mutuamente referentes, isto é, rigorosamente seria impossível trabalhar
com um recorte sem se referir a outros”. (Orientações Curriculares Nacionais, 2006, p. 117).
Os conceitos são a própria formatação do discurso científico sociológico para além do senso
comum, contribuindo para que os alunos dominem uma linguagem específica e exercitem a
capacidade de abstração necessária para desenvolverem a análise da sociedade em que vivem.
Ao trabalhar com temas da realidade específica dos alunos, se poderá fazer a relação com os
conceitos e as teorias sociológicas clássicas e contemporâneas de modo a contribuir para a
compreensão das situações e problemáticas da realidade. A ideia é articular conceitos, teorias
e realidade social, partindo-se de casos concretos da realidade vivenciada pelos alunos. Para
tanto, o Curso de Licenciatura em Ciências Sociais, tem a missão de contribuir com a
formação de profissionais analíticos da realidade social, que conheçam profundamente as
teorias clássicas e contemporâneas e seus conceitos básicos. Trata-se de desafio fundamental,
quando percebemos as dificuldades do professor que atua no ensino médio de recompor sua
formação e sua linguagem de forma que desenvolvam competências e habilidades acadêmicas
necessárias ao professor, mas que sejam apropriadas para o ensino médio, já que lidarão com
19
A Pesquisa deve estar presente nos três recortes, ou seja, ela pode ser um
componente muito importante na relação dos alunos com o meio em que vivem e
com a ciência que estão aprendendo. Assim, partindo de conceitos, de temas ou de
teorias, a pesquisa pode ser um instrumento importante para o desenvolvimento da
compreensão e para explicação dos fenômenos sociais. (Orientações Curriculares
Nacionais, 2006, pp. 125-126).
Enfim, importante frisar que a UECE vem se afirmando como uma Instituição de
Ensino Superior cuja missão tem sido a de contribuir com estudos e pesquisas sobre as
especificidades do desenvolvimento do Estado, estratégia esta que se configura pela sua
estruturação em campi nas principais regiões do Ceará. Nesta perspectiva, no campo da
Educação, sem a qual não há desenvolvimento, a UECE tem o desafio de fortalecer seus
cursos de Licenciatura. No caso das Ciências Sociais, com a abertura de mercado de trabalho,
advinda da obrigatoriedade da disciplina de Sociologia no currículo do ensino médio, a UECE
tem papel crucial na formação de cientistas sociais capazes de, com competência, contribuir
para que o ensino das Humanidades venha proporcionar uma nova qualidade à formação e
desenvolvimento de uma sociedade emancipada no Ceará.
Gerais:
O profissional das Ciências Sociais, segundo a Lei Federal 6.888/80, que dispõe
sobre o exercício da profissão do sociólogo, deverá ter as seguintes competências e
habilidades:
Professor de ensino médio e superior para exercer profissão nos diversos espaços
públicos e privados;
Geral:
Específicos:
A carga horária mínima para este Curso de Licenciatura em Ciências Sociais está de
acordo com as orientações do Conselho Nacional de Educação, Conselho Pleno, Resolução
CNE/CP 2/2015, artigo 13:
[...] no mínimo, 3.200 (três mil e duzentas) horas de efetivo trabalho acadêmico [...]
compreendendo: I – 400 (quatrocentos) horas de prática como componente
curricular, distribuídas ao longo do processo formativo; II – 400 (quatrocentos)
horas dedicadas ao estágio supervisionado, na área de formação e atuação na
educação básica [...]; III – pelo menos 2.200 (duas mil e duzentas) horas dedicadas
às atividades formativas estruturadas pelos núcleos definidos nos inciso I 7 e II8 do
artigo 12 [...]; IV – 200 (duzentas) horas de atividades teórico-práticas de
aprofundamento em áreas específicas de interesse dos estudantes, conforme núcleo
definido no inciso III9. (Resolução CNE/CP 2/2015).
7
Núcleo de estudos de formação geral, das áreas específicas e interdisciplinares, e do campo educacional, seus
fundamentos e metodologias, e das diversas realidades educacionais.
8
Núcleo de aprofundamento e diversificação e estudos das áreas de atuação profissional
9
Núcleo de estudos integradores para enriquecimento curricular.
10
Destas 2.618 horas, 2.210 horas são conteúdos Científico-Culturais teóricos e 408 horas refere-se à Prática
como Componente Curricular.
24
Quadro 1 – Conteúdos curriculares, teórico e prático, total e mínimo, do Projeto Pedagógico do curso
de Licenciatura em Ciências Sociais da Facedi/UECE.
Matriz curricular
O elenco das disciplinas optativas está organizado em seis blocos por área de
conhecimento: antropologia, ciência política, sociologia, economia política,
educação/pedagogia e outras disciplinas (Quadro 5).
Quadro 2 – Organização da matriz curricular do curso de Ciências Sociais por Eixo de Formação.
Eixos de Formação Componentes Curriculares C.H.
Eixo 1: Fundamentos de Antropologia 68
Formação Específica Fundamentos de Ciência Política 68
Fundamentos de Sociologia 68
Teoria Antropológica 68
Teoria Política 68
Teoria Sociológica 68
Antropologia Contemporânea 68
Ciência Política Contemporânea 68
Sociologia Contemporânea 68
Antropologia Brasileira 68
Ciência Política Brasileira 68
Sociologia Brasileira 68
Pensamento Político e Social Latino-Americano 68
Organização da Classe Trabalhadora 68
Seminário de Direitos Humanos e Diversidade Cultural1 68
Sociologia da Educação 68
Metodologia Científica das Ciências Sociais 68
Laboratório de Pesquisa Qualitativa e Quantitativa 34
Laboratório de Pesquisa Bibliográfica e Produção Textual 34
Laboratório de Pesquisa em Antropologia 34
Laboratório de Pesquisa em Ciência Política 34
Laboratório de Pesquisa em Sociologia 34
Eixo 2: História da Educação 68
Formação Psicologia da Educação 68
Pedagógica Política Educacional 68
Educação em Florestan Fernandes 68
Pedagogia de Paulo Freire 68
Didática Geral 68
Didática das Ciências Sociais 68
Estágio em Ciências Sociais I 102
Estágio em Ciências Sociais II 136
Estágio em Ciências Sociais III 170
Prática como Componente Curricular (408)2
Eixo 3: Filosofia e Ciências Sociais 68
Formação Economia Política Clássica 68
Complementar Economia Política Marxista I 68
Economia Brasileira 68
Dinâmicas Sociais, Políticas, Econômicas e Culturais da Região 68
de Itapipoca
Libras 68
Eixo 4: Laboratório de Projeto de Pesquisa 68
Formação Livre Laboratório de Monografia I 68
Laboratório de Monografia II 68
Optativa I 68
Optativa II 68
Optativa III 68
Atividades Acadêmico-Científico-Culturais 204
Total Geral 3.230
1
Disciplina ministrada na forma de seminários temáticos e 50% de sua carga horária será extra sala de aula.
2
Carga horária já incluída no conjunto de 23 disciplinas.
Quadro 3 – Organização das componentes curriculares por período.
Períodos Componentes curriculares C.H. CR Categoria
Optativa II 68 4 Optativa
9º Optativa III 68 4 Optativa
Subtotal 204 12 -
1º ao 9º Atividades Acadêmico-Científico-Culturais 204 12 Obrigatória
Subtotal 204 12 -
Total Geral 3.230 190 -
28
29
29
Quadro 6 – Organização horizontal da matriz curricular do curso de Licenciatura em Ciências Sociais.
1º Semestre 2º Semestre 3º Semestre 4º Semestre 5º Semestre 6º Semestre 7º Semestre 8º Semestre 9º Semestre
Organização da
Fundamentos de Teoria Antropologia Antropologia
Classe Estágio em Ciências Estágio em Ciências Estágio em Ciências
Antropologia Antropológica Contemporânea Brasileira Optativa II
Trabalhadora Sociais I Sociais II Sociais III
(17h PC) (17h PC) (17h PC) (17h PC) 4cr
(17h PC) 6cr 8cr 10cr
4cr 4cr 4cr 4cr
4cr
Dinâmicas Sociais,
Seminário de Direitos
Fundamentos de Teoria Sociologia Sociologia Sociologia da Laboratório de Políticas, Econômicas
Humanos e
Sociologia Sociológica Contemporânea Brasileira Educação Pesquisa em e Culturais da Região Optativa III
Diversidade Cultural
(17h PC) (17h PC) (17h PC) (17h PC) (17h PC) Antropologia de Itapipoca 4cr
(17h PC)
4cr 4cr 4cr 4cr 4cr 2cr (17h PC)
4cr
4cr
Pensamento Laboratório de
Fundamentos de Ciência Política Ciência Política
Teoria Política Político e Social Pesquisa em Ciência Pedagogia de Paulo Laboratório de
Ciência Política Contemporânea Brasileira Libras
(17h PC) Latino-Americano Política Freire Monografia II
(17h PC) (17h PC) (17h PC) 4cr
4cr (17h PC) 2cr (17h PC) 4cr
4cr 4cr 4cr
4cr
Economia Laboratório de
Economia Política Economia Laboratório de
Filosofia e Política Pesquisa Laboratório de Laboratório de
Clássica Brasileira Pesquisa em
Ciências Sociais Marxista I Bibliográfica e Projeto de Pesquisa Monografia I
(17h PC) (17h PC) Sociologia
4cr (17h PC) Produção Textual 4cr 4cr
4cr 4cr 2cr
4cr 2cr
Laboratório de
Metodologia Educação em
História da Psicologia da Pesquisa
Científica das Didática Geral Florestan Fernandes Optativa I
Educação Educação Qualitativa e
Ciências Sociais 4cr (17h PC) 4cr
4cr 4cr Quantitativa
4cr 4cr
2cr
Didática das
Política Educacional
Ciências Sociais
(17h PC)
(17h PC)
4cr
4cr
A carga horária de 408 horas da Prática como Componente Curricular (PC), citada
anteriormente, é distribuída em 24 disciplinas obrigatórias do primeiro ao oitavo semestre do
curso, sendo 24 disciplinas disponibilizando 17 horas-aula de PC (Quadro 7). As PC’s fazem
parte orgânica das disciplinas da área de ciências sociais (Antropologia, Ciência Política e
Sociologia), áreas complementares (Economia Política) e área pedagógica (Didática em
Ciências Sociais, Política Educacional e Pedagogia de Paulo Freire), articulando conteúdos
teóricos e prática docente e pesquisa, na mesma componente curricular, durante praticamente
todo o horizonte de formação no Curso (do 1º ao 8º semestre). As Diretrizes Curriculares
Nacionais para a formação de professores da educação básica têm a seguinte orientação a
partir do Art. 12:
§ 1º A prática, na matriz curricular, não poderá ficar reduzida a um espaço isolado,
que a restrinja ao estágio, desarticulado do restante do curso. § 2º A prática deverá
estar presente desde o início do curso e permear toda a formação do professor. § 3º
No interior das áreas ou das disciplinas que constituírem os componentes
curriculares de formação, e não apenas nas disciplinas pedagógicas, todas terão a sua
dimensão prática. (p. 5)11
11
Resolução CNE/CP 1/2002, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores
da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena, publicada no Diário Oficial da
União, Brasília, 9 de abril de 2002. Seção 1, p. 31 e republicada por ter saído com incorreção do original no
D.O.U. de 4 de março de 2002. Seção 1, p. 8.
32
12
Parecer CNE/CP 9/2001, publicado no Diário Oficial da União de 18/1/2002, Seção 1, p. 31.
32
33
Neste sentido, este Projeto Pedagógico prevê situações didáticas, por meio da inserção
das PC’s, ao longo do curso de formação e no conteúdo de várias disciplinas da área
pedagógica e também da área específica em ciências sociais, onde os licenciados em ciências
sociais possam colocar em prática os conteúdos que aprenderem.
Todas as disciplinas que constituem o currículo de formação e não apenas as
disciplinas pedagógicas têm sua dimensão prática. É essa dimensão prática que deve
estar sendo permanentemente trabalhada tanto na perspectiva da sua aplicação no
mundo social e natural quanto na perspectiva da sua didática. [...] Em tempo e
espaço curricular específico, aqui chamado de coordenação da dimensão prática. As
atividades deste espaço curricular de atuação coletiva e integrada dos formadores
transcendem o estágio e têm como finalidade promover a articulação das diferentes
práticas numa perspectiva interdisciplinar, com ênfase nos procedimentos de
observação e reflexão para compreender e atuar em situações contextualizadas, tais
como o registro de observações realizadas e a resolução de situações-problema
características do cotidiano profissional. Esse contato com a prática profissional, não
depende apenas da observação direta: a prática contextualizada pode “vir” até a
escola de formação por meio das tecnologias de informação – como computador e
vídeo –, de narrativas orais e escritas de professores, de produções dos alunos, de
situações simuladas e estudo de casos. (PARECER CNE/CP 9/2001, p. 57)
33
Quadro 7 – Organização da distribuição das Práticas como Componente Curricular e o Estágio Curricular Supervisionado na matriz curricular do curso de
Licenciatura em Ciências Sociais.
PC PC PC PC PC
(17h) (17h) (17h) (17h) (17h) Estágio em CS Estágio em CS Estágio em CS
PC PC PC PC PC I II III
(17h) (17h) (17h) (17h) (17h)
PC PC PC PC PC PC PC PC
(17h) (17h) (17h) (17h) (17h) (17h) (17h) (17H)
PC PC PC PC PC PC
(17h) (17h) (17h) (17h) (17h) (17h)
2.5.4 Estágio Curricular Supervisionado
Desta forma, para aprofundar a formação docente à luz da relação teoria e prática,
em articulação com as problemáticas das Ciências Sociais, os estudantes terão oportunidade
de experimentar, durante todo o Curso de Licenciatura em Ciências Sociais, essa dimensão do
Estágio seja no espaço da escola formal, seja em outros espaços educacionais onde se
desenvolvem práticas pedagógicas de formação humana.
Plano de estágio
36
37
Para isso é fundamental que as aulas “expositivas” não ocupem o espaço principal do
processo formativo e que o formando exercite, inicialmente junto com o professor, sua
capacidade reflexiva e crítica, para, assim, construir progressivamente sua formação
intelectual, política, ética e estética. É importante, também, que o aluno desenvolva sua
capacidade e atitude de interação, de comunicação, domínio pedagógico dos recursos
didáticos, atualizando-os e reinventando-os, de modo que sejam capazes de realizar
experiências interdisciplinares e atividades curriculares diversificadas.
Assim, para bem formar o cientista social para atuar no Ensino Médio, o Curso segue
as orientações do Conselho Nacional de Educação, Conselho Pleno, Resolução CNE/CP Nº
2/2015, em seu artigo 12, conforme já referido, neste Projeto, no item sobre carga horária:
37
38
400 horas para Prática de Formação, 400 horas para Estágio Supervisionado e 200 horas para
atividades científico-culturais de enriquecimento curricular.
Esta carga horária dos Estágios está dividida em três disciplinas, a saber: Estágio
Curricular Supervisionado I, Estágio Curricular Supervisionado II e Estágio Curricular
Supervisionado III. Esta divisão tem o objetivo de atender às exigências legais, bem como
subsidiar os discentes na articulação dos conteúdos das disciplinas teóricas das áreas de
Sociologia, Antropologia e Ciência Política com a prática docente, estimulando a pesquisa
como eixo norteador do cientista social, garantindo a constante reflexão-ação sobre o ato de
educar, a pesquisa e as habilidades e competências do profissional cientista social e sua
relação com o Ensino, especificamente, o Ensino Médio. Além disto, tais exigências
curriculares estão em acordo com as Diretrizes Curriculares do Curso de Ciências Sociais.
Tal desafio exige das disciplinas de Estágio Supervisionado uma relação orgânica
não vinculada apenas a contatos formais com as escolas, mas também com a promoção de
encontros de intercâmbios de experiências com grupos de pesquisa do Curso de Ciências
Sociais e com outras universidades e instituições públicas e privadas e com ONG que
vivenciam o espaço da experiência de processos educativos diferenciado, buscando, com isso,
alargar as possibilidades de observação empírica e atividades práticas no campo social e
educativo onde esses grupos atuam.
38
39
Esta fase do ECS, desenvolvida no 5º semestre do curso, tem como objetivo fazer com
que o estudante-estagiário compreenda e se aproprie da realidade onde será realizada a
atividade de docência, que inclui a sala de aula, mas também o contexto interno e externo à
escola ou outro espaço de ensino não-escolar Serão desenvolvidas as seguintes atividades:
processo de inserção no cotidiano escolar ou no espaço onde esteja sendo desenvolvidas as
atividades de ensino em ciências sociais, participação nos eventos da escola, diagnóstico
escolar considerando os problemas, as potencialidades, a infraestrutura, os equipamentos
sociais, as estatísticas escolares, a situação do projeto político-pedagógico, aspectos ligados à
gestão escolar, seus profissionais e estudantes; aproximação do estudante-monitor à sala de
aula, ao corpo de professores e aos professores da área de ciências sociais, em particular;
apropriação dos conteúdos programáticos, material bibliográfico e metodologias utilizadas da
área de ciências sociais, e ao entorno da escola; estudo das relações de poder da escola e
interinstitucionais. Haverá também encontros periódicos para discussão e troca de experiência
sobre a prática realizada nos estágios.
Esta fase preparará o estagiário para as práticas de Monitoria junto aos professores da
área de ciências sociais do ensino médio e para a elaboração do Plano de Trabalho Docente a
serem realizados na disciplina de ECS II (6º semestre). Essa fase também é uma forma de
preparação do estudante-estagiário para a Prática Docente no ECS III (7º semestre).
39
40
da educação básica. Essa atividade de Monitoria será fundamental para a elaboração, ainda
nessa etapa, do Plano de Prática Docente a ser desenvolvido no ECS III, 7º semestre.
O produto final a ser apresentado pelos estagiários nessa disciplina será o Plano de
Trabalho Docente, resultante do trabalho de Monitoria orientado pelo professor da educação
básica e pelo professor da disciplina da instituição superior formadora. Este material
subsidiará a Prática Docente no ECS III.
40
41
Laboratório de Pesquisa
Produção de Monografia
A escolha dos temas da monografia será orientada, desde o início do curso, pelos
professores, será orientado pelo princípio da autonomia intelectual nos estudantes, fazendo
com que eles descubram e desenvolvam seus próprios objetos de pesquisa. Entretanto, o
conjunto das temáticas escolhidas serão balizadas pelas Linhas de Pesquisa13 do curso de
ciências sociais ou dos professores orientadores em particular. O foco da preocupação é a
melhor qualificação na produção científica dos estudantes.
13
Ver as Linhas de Pesquisa deste Projeto Pedagógico no item 2.5.7.
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Quadro 9 – Organização da distribuição das componentes curriculares de Pesquisa na matriz curricular do curso de Licenciatura em Ciências Sociais.
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2.5.6 Atividades Acadêmico-Científico-Culturais
Linhas de Pesquisa:
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O monitor tem por tarefa subsidiar o trabalho do professor. Ele deverá apresentar sua
produção científica em encontros acadêmicos, eventos e congressos. Também deve participar
de formação universitária, reuniões e discussões sobre a monitoria.
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1. Interação Dialógica
2. Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade
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2.5.11 Ementário
Disciplinas Obrigatórias
1º Semestre
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2º Semestre
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3º Semestre
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4º Semestre
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5º Semestre
54
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55
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6º Semestre
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7º Semestre
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8º Semestre
9º Semestre
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Disciplinas Optativas
Área de Antropologia
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Área de Sociologia
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Área Educação/Pedagogia
63
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Outras Disciplinas
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3 CORPO FUNCIONAL
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Quadro 10 – Demanda total de professor efetivo, por área de formação, para o curso de Licenciatura
em Ciências Sociais.
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A estrutura física e os equipamentos da Facedi quase que totalmente são comuns aos
três cursos de graduação (Pedagogia, Biologia e Química), envolvendo a biblioteca, salas de
aula, auditório, laboratórios e equipamentos.
O espaço da biblioteca perfaz uma área total de 88,55 m², incluindo a área do acervo e
a sala de leitura e funciona das 8h00 às 12h00 e das 14h00 às 22h00 horas. Os serviços
abrangem a orientação à pesquisa bibliográfica, o empréstimo local e domiciliar e
normalização de trabalhos acadêmicos, a orientação no uso da biblioteca e catálogos,
informações sobre publicações adquiridas e levantamento bibliográfico. A consulta local do
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14
Ver o projeto de reforma e ampliação completo no Anexo 2.
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5 BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Governo Federal. Lei nº. 9394. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira.
Gráfica do Senado: 2010. BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB nº
4/2006: altera o art. 10 da Resolução CNE/CEB nº 3/98. http://portal.mec.gov.br/cne.
FARIAS, Isabel Maria Sabino de, SALES, Josete de Oliveira Castelo Branco, BRAGA,
Maria Margarete Sampaio de Carvalho, FRANÇA, Maria do Socorro Lima Marques. Didática
e docência: aprendendo a profissão. Fortaleza: Liber Livro, 2008.
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70
Orientações curriculares para o ensino médio. Ciências humanas e suas tecnologias. Secretaria
de Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006.
133 p. (volume 3).
Parecer CNE/CP 27/2001, de 2 de outubro de 2001, que dá nova redação ao item 3.6, alínea
c., do Parecer CNE/CP 9/2001, que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de
graduação plena.
Parecer CNE/CP 28/2001, de 2 de outubro de 2001, que dá nova redação ao Parecer CNE/CP
21/2001, que estabelece a duração e a carga horária dos cursos de formação de professores da
Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena.
Parecer CNE/CP 4/2005, que aprecia a Indicação CNE/CP 3/2005, referente às Diretrizes
Curriculares Nacionais para formação de professores fixadas pela Resolução CNE/CP 1/2002.
Parecer CNE/CP 5/2006, de 4 de abril de 200, que aprecia a Indicação CNE/CP 2/2002 sobre
Diretrizes Curriculares Nacionais para cursos de formação de professores para a Educação
Básica.
Parecer CNE/CP 9/2001, de 8 de maio de 2001, que trata das diretrizes curriculares nacionais
para a formação de professores da Educação básica, em nível superior, curso de licenciatura,
de graduação plena.
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Anexos
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Legislação Nacional:
Parecer CNE/CES 491/2001, de 3 de abril de 2001, que trata das diretrizes curriculares
nacionais dos cursos de Ciências Sociais, retificado pelo Parecer CNE/CES 1363/2001, de 12
de dezembro de 2001 e pela Resolução CNE/CES 17/2002, de 13 de março de 2002, os quais
dispõem sobre a orientação e formulação do projeto pedagógico de curso;
Decreto Nº 3276, de 6 de dezembro de 1999, que dispõe sobre a formação em nível superior
de professores para atuar na educação básica, e dá outras providências;
Lei Nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a
redação do art. 428 da CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.425, de 1º de maio de 1943, e a
Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único
do art. 82 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6º da Medida Provisória nº
2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências;
Resolução nº 3241 - CEPE, de 05 de outubro de 2009, que estabelece critérios e normas para
institucionalização das atividades complementares como componente curricular dos cursos de
graduação.
Resolução Nº 3451 - CEPE, de 27 de abril de 2012, que dispõe sobre o estágio curricular
obrigatório e não-obrigatório dos cursos de graduação da Universidade Estadual do Ceará.
Resolução nº 2940 - CEPE, de 25 de julho de 2006, que dispõe sobre a alteração da relação
crédito x hora aula para os cursos de graduação da UECE.
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Resolução nº 3319 - CEPE, de 30 de junho de 2010, que estabelece normas sobre matrícula,
matrícula institucional, abandono de curso e trancamento de estudos nos curso de graduação e
dá outras providências.
Resolução Nº 3450 - CEPE, de 27 de abril de 2012, que estabelece a oferta de disciplinas dos
cursos de graduação no período letivo especial.
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Anexo 2 - Projeto de Reforma e Ampliação da Facedi
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Reforma 3.388.720,00
Pequena Reforma Passada em Tramitação - 350.000,00
SUBTOTAL REFORMA (III) 3.038.720,00
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