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DA MÁQUINA DE
ROUBAR ALMAS,
À MÁQUINA
DE REGISTRAR
MEMÓRIAS
Projeto Cultural “Da Maquina de Roubar Almas à Ficha Técnica
Maquina de Registrar Memórias”, aprovado pelo
Proponente
Fundo Estadual de Cultura de Mato Grosso da lei Victor Henrique Oliveira
Pesquisadores
Aldir Blanc, conforme Edital de Seleção Pública Caroline de Oliveira
nº 04/2020/SECEL/MT:”Conexão Mestres da João Matias
Cultura” Marilia Beatriz de Figueiredo Leite. Naine Terena
Nayla de Jesus Barbosa
Produção Executiva Karine Mattos
Organização, Edição e Design Téo de Miranda
Produção Editorial Editora Sustentável
Tratamento de imagens Aurê Cantarelli
Ilustração p.4 e p.5 Niara Terena
Revisão Aly Orellana
Fotografias 1. Téo de Miranda
2. Naine Terena
3. Frederik Jacobovits
4. João Marcelo
5. Antonio João de Jesus
© Editora Sustentável, Naine Terena de Jesus, 2021.
6. Arquivo de família
É proibida a reprodução total ou parcial desta obra,
7. Nivaldo Queiroz (in memoriam)
sem autorização expressa da Editora.
8. João Matias
Ficha Catalográfica
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
www.editorasustentavel.com.br
J58d Jesus, Naine Terena de.
72p.
ISBN: 978-65-87418-13-1
(Formato Ebook)
www.oraculocomunica.eco.br/naineterena
1.Direitos Fundamentais. 2.Direitos Humanos. 3.Igualdade Racial. 4.Literatura das diversas línguas.
5.Fios de Memória. 6.Fios de uma história Terena. 7.O fazer da Arte de Naine Terena.
8.O livro dos novos dias.
CDU 342.724:821
Realização
TÉO DE MIRANDA
(ORGANIZADOR)
DA MÁQUINA DE
ROUBAR ALMAS,
À MÁQUINA
DE REGISTRAR
MEMÓRIAS
CUIABÁ - MT
2021
Nossa maestria está unida pelo fio da memória que
passa de geração em geração. Assim me constituí,
pelos fios tecidos pela minha ancestralidade
Apresentação........................................................................................................9
Téo de Miranda
Naine Terena......................................................................................................37
Antonieta Luisa Costa
Acompanho a produção de Naine Terena há mais de O terceiro capítulo, Naine Terena, de Antonieta Luisa
uma década, desde sua atuação em projetos envolvendo Costa, através da narrativa de seu primeiro encontro
audiovisual no contexto indígena do povo Terena (2012) com a artista, introduz um recorte da vida artística de
e na idealização e execução da FLIMT (Feira Literária Naine que ainda na adolescência já atuava na afirmação
Indígena de MT), em 2013. Sempre atuante em múltiplas étnica e na valorização das culturas tradicionais,
frentes e plataformas, a educadora, comunicadora, expressada através da escrita e da atuação teatral.
artista e ativista não economiza esforços ao militar
junto ao seu povo, os Terena, e ao lado de outros povos O quarto capítulo O Fazer da Arte de Naine Terena,
indígenas do Brasil, trazendo esses contextos, de forma de Jochen Volz, curador e crítico de arte, lança a
visceral, ao seu percurso profissional e acadêmico. artista num contexto internacional, no qual questões
Traz à tona debates necessários no contexto brasileiro, ambientais e de saúde pública estão latentes e faz-se
considerando o aspecto contemporâneo do indígena, urgente ampliar os debates e entender diferentes pontos
empoderado das tecnologias ancestrais hibridizadas às de vista. O ponto de vista do artista e ativista indígena
novas tecnologias, trabalhando em prol da manutenção contemporâneo se faz presente!! E o diálogo e o trânsito
da Cultura tradicional. Sua produção chega hoje a um entre diferentes artistas de diferentes etnias se faz
alcance extraordinário! Considerando a quantidade e possível através do olhar proposto por Naine Terena.
qualidade do seu trabalho, vem colhendo os frutos que
O quinto e ultimo capítulo, O Livro dos novos dias, de
tem plantado durante sua vida artística, como profissional
Pedro Mutzenberg Filho, encerra a publicação com chave
da comunicação e em seu percurso acadêmico.
de ouro. O autor descreve que o livro “Da máquina de
A presente obra é uma homenagem à mestra da Cultura roubar almas à máquina de registrar memórias fala do
Mato-grossense Naine Terena de Jesus, reconhecida tempo que passou para o tempo que passará”. É um livro
através da Lei Aldir Blanc. Inicialmente faz um resgate para o futuro! Naine deixa suas marcas de resistência nas
histórico das famílias paterna e materna de Naine, redes digitais, onde conhecimentos contemporâneos e
documentando sua ancestralidade dos povos originários. ancestrais se disseminam pelos caminhos fluídos da web e
O primeiro capítulo Fios de memória, narrado por sua irmã que se fazem presentes também nas páginas desse livro.
Nauk Maria de Jesus, traça a linhagem paterna e suas
Uma boa viagem pelas próximas páginas!!
raízes. Já o segundo capítulo narrado por Naine, Fios de
uma história Terena, traz o percurso de seus antepassados
do povo Terena e traços peculiares deste povo.
Cuiabá antiga.
Fios de memória
A família paterna, narrada pela profa. dra. Nauk Maria de Jesus
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Bisavô paterno Bertula.
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p. 18
Antonio João na festa de São Benedito (no centro à esquerda).
Pintando seu pai, Antonio João, no Museu Rondon/UFMT
(no centro à direita). Nicho com diversos santos na
casa dos avós paternos (acima). Diversos retratos
da família paterna em Cuiabá (abaixo).
Avô e Avó materno, Januário Pio e Flaviana Gabriel, em Aquidauana - Mato Grosso do Sul.
Fios de uma história Terena
Por Naine Terena
A minha avó materna se chamava Flaviana Gabriel e Após o falecimento de Januário, Flaviana junto a
o avô materno tinha o nome de Januário Pio. Conta seu novo marido Bernazio Dias cuidavam da roça,
minha mãe, que até os 8 anos, morava na cidade com mas minha mãe afirma que quase nunca ia junto
o pai que era oriundo da aldeia Bananal - Distrito ajudar na plantação, porque a mãe não deixava.
de Taunay/Aquidauana - MS e a mãe da aldeia Um tempo depois, Leda foi para Campo Grande
Ipegue - Distrito de Taunay/Aquidauana - MS. trabalhar com a madrinha dela. Foi babá por muito
tempo, inclusive morando com uma irmã paterna de
Januário era padeiro, moravam com ele a mãe e seus minha mãe (a Tia Marilda, também já falecida).
primos-irmãos, Leda e Amâncio. Todos estudaram na
igreja Matriz, aos cuidados das irmãs de caridade. O padrasto de minha mãe, o senhor Bernazio,
Minha mãe conta que as Freiras ensinavam a rezar - trabalhava na roça, plantava mandioca, abóbora,
´elas vivem muito de reza né, era uma casa de freiras`. melancia, milho, arroz, atividade típica entre os
Quando voltava para casa, a avó Flaviana já tinha Terena. Na época do arroz minha mãe ia para roça
deixado as roupas das freguesas lavadas e passadas “cortar”, torrar, socar e cozinhar na panela de ferro.
para serem entregues pela minha mãe e a tia Leda. Flaviana “fazia feira”, vendia os produtos das roças
Além de lavar roupa para fora, também fazia bolo na cidade, uma atividade também muito corriqueira
para que as crianças pudessem vender na vizinhança. entre as mulheres Terena. Minha mãe conta que não
Quando a avó Flaviana se separou do avô Januário, acompanhava a mãe, pois enquanto o pai era vivo, ele
Anita, Amâncio e Leda foram viver em Limão Verde. não gostava e brigava se a visse na feira. Talvez este
Viveram com tio Verdulino, irmão de Flaviana ,” fosse um dos motivos pelos quais a entregou para o avô
na casa de palha duas pecinhas só. Foi amparada Januário, já com 14 para 15 anos de vida. Morando
também por Sebastião Dias, na época, Cacique de de novo na cidade com o pai, levava comida para a
Limão Verde, que levou Flaviana todas as vezes que mãe na feira, momento em que conseguia conviver
passou por necessidades, inclusive levando-as para com ela. Minha mãe conta que passou diversos tipos
morar lá, junto com tia Rosa na tarimba, uma espécie de de necessidades. Certa vez, uma mulher apareceu e
cama que era feita de Couro de Boi e parecia colchão”. lhe disse que um homem procurava alguém para lavar
Flaviana viria a se casar novamente no Limão Verde, garrafa. Então, junto da mulher, juntava as garrafas e
após a morte de Januário. Tinha entre 13 e 14 anos. lavavam para entregar e pegar um “troquinho”.
Aldeia Limão Verde, Aquidauana - MS. A filha mais velha de Naine Terena, dança com
outras meninas Terena, a dança do Siputerena (dança das mulheres Terena).
Soliene Barros, ensina a filha de Naine Terena a trançar uma saia Educação dos sentidos: descascar milho, um ato
de palha, utilizada nas danças Terena - Aldeia Limão Verde - MS. de compartilhamento de atividades cotidianas.
P. 35
Isaac Dias, mentor intelectual de Naine Terena.
Numa tarde calorosa, fui procurada por uma jovem E assim surge Naine Terena, essa grande mulher
de pele morena, cabelos lisos e olhar radiante. Com para mim e para o mundo. Hoje compreendo bem
energia e vontade de construir pontes, alcançar o significado da palavra identidade, como mulher
horizontes talvez jamais pensado por muitas meninas negra que sou, sei o quanto é importante para Naine
iguais à ela de descendência indígena que no preservar sua identidade cultural e do seu povo
momento usava da arte, para ampliar a voz do seu em um país onde o racismo é estrutural, e muitas
povo. Me apresentou seu grupo de teatro, falou dos pessoas ainda não compreenderam que só crescemos
seus projetos, dos seus sonhos e da vontade de fazer com a diversidade. Doutora em educação, artista e
parcerias naquele momento. Eu, muito envolvida pesquisadora, Naine tornou-se referência para todas
com as questões culturais parei, conversei e falei o nós mulheres mostrando, através do seu trabalho, que
quanto era importante pessoas tão jovens fazendo esse nós podemos chegar onde quisermos.
trabalho lindo, de criar através da arte instrumentos de
valorização da vida e de valorização cultural dos povos. VIVA O POVO TERENA!
Ana Cristina
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p. 42
Alicce Oliveira no
Espetáculo Histórias indígenas.
Nas últimas décadas, temos olhado para o artista faz não pelo investimento na interdisciplinaridade como
como o cientista, o artista como o viajante, o artista tal, mas pelo fato de que para ela essas categorias,
como o arquiteto, como o educador, o chef, o classificações e separações não existem, nem na vida,
jardineiro ou o artista como o ativista, entre outros, nem no trabalho. Portanto, todas as atividades de
para analisar estratégias e práticas aplicadas por Naine podem ser descritas como seu fazer da arte.
artistas contemporâneos. Mas mesmo que os avanços
Conheci Naine Terena em maio de 2016, quando Júlia
interdisciplinares na produção de arte tenham sido
Rebouças e eu organizamos um programa chamado
dominantes por um tempo, nos últimos anos, ao
Dias de Estudo em Cuiabá como parte da 32ª Bienal
que parece, certas dicotomias que cercaram nosso
de São Paulo. Em 48 horas, conhecemos os vários
pensamento sobre a natureza da arte tornaram-se
chapéus de Naine: em roda de discussão de artistas
irrelevantes: hoje, não tentamos mais entender o
durante um protesto no Instituto do Patrimônio Histórico
que os artistas estão fazendo perguntando se isso é
e Artístico Nacional (IPHAN) de Mato Grosso contra
arte ou design, se arte ou educação, ou se arte ou
a extinção do Ministério da Cultura; caminhamos
ativismo. Em vez disso, compartilhamos a sensação
juntos na Chapada dos Guimarães; presenciamos
de que essas narrativas polarizadoras chegaram
um encontro inesquecível da liderança indígena
ao esgotamento, que não são mais adequadas
Naine Terena com o grande Pajé Álvaro Tukano;
para descrever a complexidade de nossos tempos
conhecemos Naine como mãe e como filha; ouvimos
e estão muito longe de nos permitir imaginar
sua palestra na Faculdade de Comunicação e Artes da
através da arte caminhos alternativos ao futuro.
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e ela
apresentou uma performance como obra de arte.
Descrevendo-se como curadora, educadora, artista
e pesquisadora, Naine Terena para mim é uma das Especialmente, a performance deixou uma impressão
profissionais mais inspiradoras que transita fluidamente muito profunda em mim e em todos os nossos
entre disciplinas e campos de ativismo e pesquisa. Ela o companheiros de viagem. Equipada com uma simples
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Obra “Prosperidade”, Largo da Batata, 2019. A obra foi uma das cinco premiadas da 9a Mostra 3M de artes.
Em Nova York, (2019), como uma das finalistas do Jane Lombard Prize for Art and
Social Justice, oferecido pelo Vera List Center for Art and Politics, de Nova York (EUA).
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Registrar o momento para além da vida e tornar no mundo on-line foi uma das poucas alegrias
as memórias mais duradouras que o próprio corpo que este ano proporcionou. As incontáveis lives,
é como vencer a morte. E é o tempo, elemento mesas de debate e rodas de conversa foram como
que vence a morte, responsável por construir a sementes lançadas em um descampado virtual.
ponte da máquina de roubar almas à máquina de
Afinal, para além da difusão ao vivo daqueles
registrar memórias. Afinal, se antes o tempo era
diálogos, os registros permanecem gravados
de receio e temor pela máquina, hoje esta é mais
e, assim como sementes, devem germinar em
uma ferramenta que registra e perpetua a própria
momento propício. Os povos indígenas estão
existência através das memórias gravadas.
manejando desse modo, pouco a pouco, uma
Em geral, os processos de manutenção das culturas floresta virtual de memórias e saberes, como
indígenas foram vários e possuem diversos momentos, uma biblioteca oral. Com eles no comando das
porém o agora é singular. Enquanto era dito por máquinas de registrar memórias, dispondo do
alguns que os indígenas e suas culturas seriam modo como se expressam e o que registram.
extintos pela mudança dos tempos, desenvolvia-se Sem haver possibilidades, portanto, destas
nas aldeias um “processo de adaptação, assimilação máquinas roubarem também suas almas.
e apropriação de elementos da cultura não indígena
Da máquina de roubar almas à máquina de
com o intuito de manter os costumes”, como disse
registrar memórias fala do tempo que passou para
Naine Terena. Portanto, a tecnologia hoje é aliada
o tempo que passará. Do tempo pré-pandêmico,
ao registrar e compartilhar os valores e tradições
em que os registros ainda eram poucos, esparsos
indígenas, seja para que seus jovens perpetuem
e um tanto receosos; ao tempo em que estes
estes elementos às outras gerações, ou mesmo para
registros minam como água de qualquer
colaborar com o entendimento dos não-indígenas,
webcam disponível, mesmo em um cenário
ampliando sua compreensão e o respeito com o outro.
doméstico e com a conexão instável. No tempo
Sobretudo em 2020, quando o confinamento em razão em que de qualquer modo é necessário falar e
da pandemia de Covid-19 aldeou os povos, a internet - registrar, pela urgência do cenário, pelos anos de
na medida do possível - não os isolou. Pelo contrário, o silenciamento e pela instabilidade do futuro.
exponencial aumento no compartilhamento de saberes
17/04/2020 - Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR. “Naine Terena traz reflexões sobre
Curadoria - #AbrilIndigenaUFPR2020”. https://www.youtube.com/watch?v=687hYVUNfxk
21/08/2020 - Prêmio Pipa para Isael Maxakali (@isaelmaxakali). “Processos de produção e de criação
indígenas”, com Naine Terena e Idjahure Kadiwel. https://www.instagram.com/tv/CEK1OKEHbQC/
02/10/2020 - Museu de Arte Sacra de Mato Grosso. “Cine Debate - Exibição e debate sobre
o filme documentário O Índio Velho Memória Ancestral”, com Naine Terena e Marcos Terena.
https://www.facebook.com/museudeartesacramt/videos/668659277397808
21/10/2020 - 17º Encontro de Escritores Indígenas. “Empreendedores da cultura indígena”, com mediação de Kaká
Werá e participação de Naine Terena, Aline Rochedo Pachamama e Anápuàka Muniz Tupinambá Hã hã hãe.
26/10/2020 - Uni-versos em Tempos de Pandemia: Conversa ao vivo com os artistas Naine Terena, Ibã Sales
Hunikuin, Denilson Baniwa e Yermollay Caripoune, convidados da Residência Artística Indígena promovida pelo
Museu do Índio da UFU, mediada por Kássia Borges. https://www.youtube.com/watch?v=oevNbL2-6HI
12/11/2020 - #VitrineIndica A Febre. Live com Myrupu, Rosa Peixoto e mediação de Naine Terena.
24/11/2020 - VIII Jornada de Educação e Relações Étnico-Raciais (Museu de Arte do Rio). Mesa
“Educação, mídias e práticas de enfrentamento ao racismo”, com os professores Janaína de Azevedo
Corenza (IFRJ), Naine Terena (PUC-SP) e Renato Noguera (UFRRJ). Sob a mediação do coordenador
de educação do MAR, Hugo Oliveira. https://www.youtube.com/watch?v=mkxLDFiAQS0
02/12/2020 - Pinacoteca de São Paulo. “As artes indígenas e as culturas de resistência”, com Ailton Krenak,
Daniel Munduruku, Naine Terena e Jamille Pinheiro Dias. https://www.youtube.com/watch?v=ml7FMPXWwCo
09/12/2020 - The Clark Art Institute. “Indigenous Art and Art Collections in Brazil”
with Naine Terena. https://www.youtube.com/watch?v=u4Zx7L37RrA
14/12/2020 - Encontro Temático Complexo Sul: Museu, teatro e história. Com a participação de Alexander Kellner,
Luciara Ribeiro, Naine Terena e mediação de Daniele Avila Small. https://www.youtube.com/watch?v=eY7SIrFA0Ec
13/01/2020 - Pinacoteca de São Paulo. “Mulheres artistas indígenas: questões de gênero na produção
e reconhecimento”, com Anarrory Yudjá, Daiara Tukano, Kaya Agari e Yone Terena e mediação
de Naine Terena e Jamille Pinheiro Dias. https://www.youtube.com/watch?v=MtuFcD2L9JE
04/02/2021 - Sao Paolo Debate + live Q&A, 2021 Verbier Art Summit, com Naine Terena,
Jochen Voz e Djamila Ribeiro. https://www.youtube.com/watch?v=YipCpniOuls&feature=youtu.be
www.editorasustentavel.com.br
www.oraculocomunica.eco.br/naineterena
Projeto Cultural “Da Maquina de Roubar Almas à Maquina de Registrar Memórias”, aprovado pelo Fundo Estadual de Cultura de Mato Grosso da lei Aldir
Blanc, conforme Edital de Seleção Pública nº 04/2020/SECEL/MT:”Conexão Mestres da Cultura” Marilia Beatriz de Figueiredo Leite.
Realização