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Ciências Naturais

9.ºano
Organismo humano em equilíbrio
Opções que interferem no equilíbrio do organismo (II)

Bulimia

O que é?
Doença caracterizada por momentos de voracidade alimentar, ou seja, episódios de ingestão de
grandes quantidades de alimentos num curto espaço de tempo.

Causas
– Pressões constantes para possuir um corpo magro e consequente procura na perda de peso;
– predisposição genética.

Sintomas físicos
– Grandes oscilações no peso;
– garganta irritada e glândulas inchadas como consequência da provocação do vómito;
– fadiga;
– dificuldade em dormir;
– irregularidade menstrual;
– sinal de Russell (calos e feridas nas mãos provocados pela indução do vómito);
– fraqueza muscular;
– problemas dentários (diminuição do esmalte/cáries).

Fatores predisponentes
– Emotividade, depressão e alterações de humor;
– obsessão por dietas;
– dificuldade de controlo e pensamentos de autocensura depois de comer;
– autocrítica severa e autoestima determinada pelo peso;
– medo de não conseguir parar de comer voluntariamente;
– necessidade de aprovação dos outros.

Comportamentos padrão
– Obsessão por comida/comer grandes quantidades de alimentos e comer às escondidas;
– indisposição depois das refeições;
– abuso de laxantes, substâncias para emagrecer e diuréticos;
– uso de clisteres;
– indução do vómito (idas suspeitas à casa de banho depois das refeições);
– isolamento social;
– prática de exercício físico em excesso;
– jejuns prolongados e frequentes;
– fuga a restaurantes, refeições planeadas e eventos sociais.

Diagnóstico
– Episódios recorrentes de ingestão compulsiva de uma quantidade de alimentos muito superior
ao normal, recorrendo a comportamentos compensatórios para perder peso e prevenir o seu
ganho, tais como vómito autoinduzido, abuso de laxantes, clisteres ou outros medicamentos,
jejum prolongado e/ou exercício físico prolongado;
– estes episódios ocorrem, pelo menos, 2 vezes por semana, durante, no mínimo, 3 meses;

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Ciências Naturais
9.ºano
– preocupação persistente com a forma e peso corporal, que influencia decisivamente a
autoestima; sentimentos depressivos e perda de autoconfiança sempre que há ganho de peso.

Riscos para a saúde


– Fadiga e perda de energia;
– menstruação irregular ou inexistente;
– tonturas e dores de cabeça;
– desidratação;
– prisão de ventre e diarreia;
– falta de ar;
– batimentos cardíacos irregulares;
– depressão;
– queda de cabelo;
– inchaço e dores de estômago;
– perda do esmalte dentário/cáries;
– irritação crónica da garganta;
– problemas de fígado e rins;
– aumento da glândula parótida;
– desequilíbrio hidroeletrolítico;
– mãos e pés inchados;
– pressão arterial baixa;
– dores no peito;
– úlceras;
– dilatação e rutura gástrica;
– escoriações nas mãos e nas articulações;
– anemia;
– paragem cardíaca e morte.

História
A bulimia nervosa encontra-se descrita em documentos da antiga Grécia, onde foi buscar o
nome: bous – que significa boi e limos – fome, que em conjunto se lê "fome de boi". No latim
dizia-se bulismus e no francês medieval falava-se de bolisme – um apetite insaciável.
Em 1780, Cullen fez a primeira classificação da bulimia nervosa em três subtipos e, finalmente,
em 1979, Russell definia-a como uma doença, ao descrever trinta casos que observara entre
1972 e 1978.

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