Antônio Vicente Mendes Maciel nasceu em 13 de março de
1830, na cidade de Quixeramobim estado do Ceará, o pai era comerciante e sua mãe faleceu quando ele tinha seis anos. Ambos desejavam que o filho fosse sacerdote, um modo que as pessoas sem condição econômica tinham de estudar e ascender socialmente. Sem condições de entrar num seminário religioso, acabou ajudando o pai no armazém familiar. Quando este faleceu, decide sair em peregrinação pelo sertão junto à esposa e à sogra.
Ele era um homem bom passou pelo sertão inteiro da Bahia
nas suas peregrinações, ficou com a fama de conselheiro por ser um sábio que ajudava os necessitados, assim juntou muitos seguidores formados por ex-escravos, indígenas despossuídos e trabalhadores explorados. Após muitas peregrinações ele chegou a Arraial de Canudos 1893, onde se instalou rebatizou o lugar de Belo Monte, os desabrigados do sertão e as vítimas da seca eram recebidos de braços abertos pelo peregrino, era uma comunidade onde todos tinham acesso à terra e ao trabalho sem sofrer as agruras dos capatazes das fazendas tradicionais, um "lugar santo". Belo Monte se tornou um problema para o governo baiano, pois os habitantes não pagavam impostos e as fazendas perdiam sua mão de obra barata. Diante do impasse, três expedições do Exército são realizadas para acabar com o Arraial de Belo Monte. A luta foi dura e sangrenta, e terminou com a completa destruição do arraial em 5 de outubro de 1897.
Conselheiro tinha suas principais ideias defendia uma versão
própria do Cristianismo, que foi condenada como heresia pela Igreja Católica da sua época, combatendo a propriedade privada e o regime republicano, que ele apontava como o "anti-Cristo". Ele queria Instaurar um tipo de monarquia celestial, onde praticava se o sistema comunitário, não havia cobrança de tributos, o povoado tinha, portanto normas próprias. Sua morte aconteceu em 22 de setembro de 1897 não se sabe ao certo qual foi á causa. As razões mais citadas são ferimentos causados por uma granada, e uma forte disenteria.