Você está na página 1de 24

William Buck Bagby

SERGIO LEITE DOMINGUES JUNIOR


1 Período

Projeto apresentado à disciplina de História de Igreja

Professor Prof Marcelo

Niterói

2021
INTRODUÇÃO

Segundo autores o avanço dos batistas no Brasil


é a partir de uma guerra civil nos Estados Unidos onde presenciamos a vinda de famílias
para solo brasileiro e teve início através de William Buck Bagby e da sua esposa Anne
Luther Bagby, que dedicaram a sua vida a este País, trabalhando nele por um período de
58 anos. Neste período plantaram igrejas, estabeleceram escolas e auxiliaram na criação
da Convenção Batista Brasileira, bem como de alguns de seus órgãos.

Quem era Willian e Anne Buck

William Buck Bagby nasceu em cinco de novembro de 1855, numa fazenda do

Texas, e o seu nascimento foi anunciado à família por uma escrava, [...] que trabalhava

para seus genitores,” dizendo: “D. Maria já tem um bebê e não é João, nem tão pouco

Maria, mas é um William.” Seus pais se deslocaram do Kentucky para o Texas com

outras três famílias em busca de novas terras. Se estabeleceram em uma fazenda,

denominando o lugar de Prairie Home.


E aos 12 anos de idade, William aceitou Jesus Cristo como seu Salvador e foi

batizado. Pouco tempo depois, confessou sentir a chamada de Deus para o ministério.

Sua mãe exerceu grande influência sobre a sua vida. Nas noites de inverno ela se

encarregava de contar aos seus filhos as histórias bíblicas, estando todos sentados ao

redor da lareira. Estes ensinamentos tomavam a sua mente e na sua infância sonhava

em ser pastor. Era comum vê-lo brincando de pastor, pregando no galinheiro de sua

casa ao seu público de espectadoras: as galinhas da família. E sua futura esposa

estudou até os 12 anos de idade e fez curso universitário e especializou se para o

magistério e sendo na instituição de ensino que Deus tocou o coração para missões.

As condições sócio-políticas foram crucias para o avanço batista no Brasil

porque foi um período, onde os estados do Norte e os estados do Sul estavam em

guerra levantando a questões econômicas, como também o desenvolvimento industrial,

auxiliaram no abismo existente entre os dois extremos: o norte se tornava cada vez

mais industrial e o Sul predominantemente agrário. Por ser agrário e com gigantescas

plantações, o Sul dependia quase que inteiramente do trabalho escravo para se

manter. E vemos assim uma guerra gerada fruto de uma escravidão onde vemos

homens que falam do amor de Deus mais são donos de escravos. Sendo assim , a

guerra entre os Estados do Norte com os do Sul nos anos de 1861-1865. Mas, temos

no final a abolição da escravidão e a vitória esmagadora do Norte dos Estados Unidos

sobre os Estados do Sul. Este conflito foi designado como a Guerra de Secessão ou

Guerra Civil e teve desdobramentos importantes para a presença dos batistas no Brasil.

E o curioso é o interesse pela Escola Bíblica Dominical onde vemos onde

ocorreu a aproximação entre o casal a partir de um Congresso de Escolas Bíblicas


Dominicais que ele se encontrou com Anne e um marco importante trajetória ministerial,

principalmente na escolha do Brasil como seu campo missionário.

A preparação para o campo missionário

O casal estava sendo preparado ao longo se sua caminhada, ainda solteiros, e o

próprio Bagbay não pensava em sair da sua igreja local mas, quem tinha esta vontade

era sua futura esposa. E este caminho foi preparado a partir da guerra que possibilitou

a chegada de americanos em solo brasileiro. Questionou a sua noiva se de fato

deveriam se casar, por terem sonhos e projetos tão diferentes, uma vez que ela queria

ser missionária. “Deus que fiquemos separados; e por que não? Os dois se casaram,

pois só assim a Junta os enviaria ao campo juntos. Então, no dia 21 de outubro de

1880,44 aos 25 anos, o jovem pastor William Buck Bagby casou-se com a jovem

professora Anne Luther. “e anteriormente já havia sido palco de uma frustrada tentativa

com o missionário Thomas Jefferson Bowen;

Sendo assim, em janeiro de 1881 embarcaram em Baltimore, no veleiro


Yamoyden, com destino ao Rio de Janeiro com objetivo de chegar ao Rio de Janeiro e
logo após ir para cidade que Deus estaria direcionando. E

• A família Bagby tinha todos os traços de uma família típica do Sul dos EUA. “James e
Mary Franklin, seus pais, eram proprietários de terras e escravos. William Buck Bagby
nasceu em cinco de novembro de 1855, numa fazenda do Texas, e o seu nascimento foi
anunciado à família por uma escrava,...
Aos 12 anos de idade, William aceitou Jesus Cristo como seu Salvador e foi batizado. Pouco
tempo depois, confessou sentir a chamada de Deus para o ministério...
• O General Hawthore foi o grande incentivador de missões americana batistas para o
Brasil.
• Hawthore se prontifica a visitar Bagby para convencê-lo a ir ao Brasil.
“Pastor Bagby, há diversas colônias de sulistas dos Estados Unidos que fugiram para o Brasil
depois de serem derrotados na Guerra Civil entre o norte e o sul. Eles se têm espalhado através do
Amazonas, Bahia e São Paulo, porém obtive do Imperador, Dom Pedro II, uma concessão de um
grande terreno no Rio Jequitinhonha, cerca de 75 léguas ao sul da Cidade de Salvador. Ali
pretendo estabelecer uma grande colônia e desejo levar comigo um casal de missionários.”
REVISTA BATISTA PIONEIRA 2017.pdf

• Ao longo de sete semanas estiveram a bordo do navio Yamoyden com destino ao Rio de
Janeiro.53 A viagem se inicia no primeiro dia de janeiro de 1881, com a ida ao porto,
sendo que o embarque ocorreu apenas no dia 12, chegando ao seu destino somente em
março.
• O navio de carga no qual embarcaram, pertencia a uma família batista norte-americana,
que fazia o rico comércio do café brasileiro. A passagem de embarque num navio de
carga era bem mais em conta do que as passagens em navios de transporte de passageiros,
custando cerca de cinquenta dólares para cada um deles, vinte e cinco a menos do que nos
navios convencionais.

• Contradições sociais e políticas também marcam o período, onde os estados do Norte e os


estados do Sul estavam em oposição, ao ponto de lutarem entre si... A própria questão
econômica, como também o desenvolvimento industrial, auxiliaram no abismo existente
entre os dois extremos: o norte se tornava cada vez mais industrial e o Sul
predominantemente agrário.
Fatos relevantes:
• Por ser agrário e com gigantescas plantações, o Sul dependia quase que inteiramente do
trabalho escravo para se manter. E foi a forma diferente de pensar acerca da escravidão
que alavancou a guerra entre os Estados do Norte com os do Sul nos anos de 1861-1865
• Este conflito foi designado como a Guerra de Secessão ou Guerra Civil e teve
desdobramentos importantes para a presença dos batistas no Brasil.1
A viagem para o Brasil

• Ao longo de sete semanas estiveram a bordo do navio Yamoyden com destino ao Rio de
Janeiro.53 A viagem se inicia no primeiro dia de janeiro de 1881, com a ida ao porto,
sendo que o embarque ocorreu apenas no dia 12, chegando ao seu destino somente em
março.
• O navio de carga no qual embarcaram, pertencia a uma família batista norte-americana,
que fazia o rico comércio do café brasileiro. A passagem de embarque num navio de
carga era bem mais em conta do que as passagens em navios de transporte de passageiros,
custando cerca de cinquenta dólares para cada um deles, vinte e cinco a menos do que nos
navios convencionais.

• cinquenta dias de viagem - Baltimore à Baía de Guanabara, em 02 de março de 1881, o


casal de missionários batistas chegou ao Rio de Janeiro.
• Bagby comparou o Pão de Açúcar “a um gigante que dorme. Enlevado e agradecido a
Deus, rogou aos céus que a verdade como se acha em Jesus, encha esta terra de norte ao
sul e do Atlântico aos Andes”.
• “Ana, para mim, o Brasil é um gigante. ... dorme espiritualmente, e Deus nos mandou até
aqui para ajudarmos a despertá-lo do sono!”
• A própria prática da escravidão adotada era característica dos imigrantes norte
americanos sulistas.
• Os aspectos religiosos tipicamente de protestantismo norte-americano: igrejas com
escolas ao lado, valorizando muito a questão da formação das crianças.
• A guarda do dia do Senhor, como dia especial de adoração tão zelosamente citado por
Anne Bagby, seria uma característica fundamental das práticas batistas no Brasil.
Concluiu suas notas sobre o domingo e sua santificação nos seguintes termos: “Ah! como
sinto falta dos cultos do dia do Senhor na nossa terra!”.7

Fatos relevantes:
• Eles poderiam até mesmo ter viajado de graça, tendo em vista a autorização do período
oferecida por Dom Pedro II aos missionários estrangeiros. Mas o casal preferiu não
confundir as coisas e nem mesmo se associar aos poderes políticos.
• Anne demonstra esta convicção: “Guia, Cristo, minha nau.
• A principal literatura lida por Bagby durante a viagem era um livro de Victor Hugo,
intitulado “Miseráveis”, no qual fazia a sua pesquisa de campo, buscando compreender
mais sobre o catolicismo em solo brasileiro. Ele estava interessado nos aspectos
espirituais, mas não negligenciava toda a bagagem cultural e social que precisava
armazenar e conhecer.

A cooperação de missionários

- ex-padre católico, Antônio Teixeira de Albuquerque que foi auxiliar precioso no aprendizado da
língua e também nas informações sobre o Brasil.
- Chegada do casal o casal Zacarias Clay Taylor

Direcionamento de Deus

Bagby e Taylor passar a orar ajoelhados sobre o mapa do Brasil. Resposta de oração: Salvador,
a capital da Bahia, a cidade considerada a mais católica do Brasil.

Implantação de Igrejas

• Em 15 de outubro de 1882, com apenas cinco membros fundadores, que solicitaram as


suas cartas da Igreja Batista de Santa Bárbara e da Igreja Batista de Estação (congregação
da primeira), foi organizada a Primeira Igreja Batista da Bahia e primeira igreja batista
brasileira, no sentido de ser uma igreja voltada aos brasileiros.
• Os primeiros frutos de seu trabalho:
- a conversão de Emília, a empregada do lar;
- Francisca, a esposa do ex-padre;
uma senhora de nome Mary O’Rorke;

• Primeira Igreja Batista Brasileira (Bahia) em 31 de agosto de 1882;


• Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro em 24 de agosto de 1884;
• Primeira Igreja Batista de Campos (Rio de Janeiro) em 1891;
• Primeira Igreja Batista de Niterói (Rio de Janeiro) em 1892;
• Primeira Igreja Batista de Juiz de Fora (Minas Gerais) em 1894;
• Primeira Igreja Batista de Belo Horizonte (Minas Gerais), em 1896

Perseguição religiosa

• Igreja Católica era unida ao Estado, e muitas vezes as autoridades, atendendo a


exigências de padres e frades entendiam de intervir nas atividades dos
pregadores do evangelho.
• Casos:
- os Bagby e os Taylor foram até a praia para batizar duas senhoras;
- ... um grupo se ajuntou ao redor da casa onde estavam e passou a jogar areia
molhada e pedras pequenas nas vidraças da casa... A polícia defendeu os
agressores;
- o culto, na residência, jogaram areia e pequenas pedras na direção em que
estava Bagby. A única lâmpada que iluminava o local foi apagada e uma menina
foi atingida por uma pedra.
Implantação de projetos

- primeiro colégio batista na cidade de São Paulo;


- Convenção Batista Brasileira
- Junta de Missões Mundiais.

Fonte de pesquisa

• https://missoesnacionais.org.br/noticias/140-anos-da-chegada-da-familia-bagby-no-brasil/
• Texto extraído do Trabalho de Othon Ávila Amaral, publicado em O Jornal Batista – Ano
CXII – Edição 44 – Domingo, 28.10.2012.
• http://revista.batistapioneira.edu.br/index.php/rbp/article/view/230
• https://slideplayer.com.br/slide/3400877/
• https://www.cobapa.org.br/portal/historia-dos-batistas-no-brasil/
• /30308-Texto%20do%20artigo-125323-1-10-20200731.pdf
• 30308-Texto%20do%20artigo-125323-1-10-20200731.pdf
• file:///C:/Users/Cuca/Downloads/30308-Texto%20do%20artigo-125323-1-10-
20200731.pdf
• https://encyclopediavirginia.org/entries/bagby-george-william-1828-1883/

A história de WILLIAM BUCK BAGBY determinar a denominação batista no Brasil e se


destacou por originar muitas das igrejas e instituições históricas da Convenção Batista Brasileira.
E temos que citar a participação de sua sua esposa, que foi a primeira a ter a vocação para o
Brasil e que se preocupou em registrar grande parte da história missionária desta família.
Outros nomes como o General Hawthore, o ex-padre Antônio Teixeira de Albuquerque e o
colega missionário Zacarias Clay Taylor também foram extremamente importantes para os
resultados a que chegou Bagby. Trabalho conjunto é a marca dos batistas em sua história no
Brasil. Bagby é o perfeito relato acerca do missionário que se apaixona por um campo apenas, e a
ele dedica a sua vida. Veio ao Brasil para permanecer nele. Aqui teve as suas maiores alegrias,
como também maiores desafios, entre eles a morte de alguns de seus filhos; trabalhou até os
últimos dias da sua vida, vindo a ser enterrado num cemitério da cidade de Porto Alegre, onde
passou a auxiliar nos trabalhos desenvolvidos pela sua

DESENVOLVIMENTO

Levando em consideração os conceitos distorcidos da questão levantada, há

espaço para entretenimento no espaço de culto?

• A partir deste questionamento seja de pastores, dos líderes de ministérios, dos cristãos que

não exercem serviços em suas igrejas locais e por parte dos não crentes, vimos que há

dificuldade em responder está questão, a partir, de uma pesquisa de campo que foi

realizada em algumas igrejas, por parte do grupo, vimos assim que, múltiplas respostas

que expõe conflitos por parte dos cristãos e não cristãos no que seria entretenimento e se

há espaço para , o mesmo, no espaço de culto. Sendo que esta pesquisa pretende

contribuir para a conscientização do que seria os seguintes questionamentos levantados: o

• O que seria entretenimento na Igreja?

• O culto é um espaço de adoração ou profanação?

• Um espaço de diversão ou transformação?

• A questão cultural interfere nas igrejas?


CAPITULO 1
ENTRETENIMENTO
Iniciamos o trabalho buscando entender o que seria a palavra entretenimento levando em
consideração seu significado a partir de três perspectivas que nortearam o trabalho em questão,
sendo elas:
A psicologia
- função de obter gratificação pessoal ou coletiva;

O Dicionário
- Aquilo que distrai; entretém: 1 brincadeira, recreação, distração, lazer,
desenfadamento, desenfado, diversão, divertimento, entretém, entretimento;

Etimologia
- veio do Francês ENTRETENIR, inicialmente “apoiar, manter junto, unir”, de ENTRE-,
“junto, entre”, mais TENIR, “manter, segurar”, do Latim TENERE, “manter, segurar.

Sendo assim, entendemos que a palavra esta ligada a forma de divertir pessoas ou grupos
de pessoas por um tempo fixo ou impreciso. E segundo o dicionário a palavra nos sugere
obtenção de prazer que segundo as empresas de marketing o setor lucra com a diversão e
podemos citar a seguinte pesquisa :

Recentemente, por exemplo, a Octagon Worldwide empreendeu uma pesquisa, a serviço


da empresa Mastercard, com o objetivo de avaliar os padrões de consumo do povo brasileiro.
Entre os dados averiguados, descobriu-se que 93% dos brasileiros preferem, na esfera do
entretenimento, circular pelo universo virtual.

Assim, conseguimos ver a manipulação ,a partir, de técnicas que buscam atrair atenção
dos homens no espaço de culto.
Mas, se Deus nos fez com tamanha
capacidade criativa porque não poderíamos ter um espaço de
culto que pudesse envolver alegria, gratificação pessoal ou
coletiva? Seguimos assim com o trabalho buscando entender e chegar a uma conclusão.

Sim. Havendo sabedoria e respeito, muitas coisas podem estar no culto. O culto não deve ser

muito diferente da vida. Se assim for, algo está errado na vida ou no culto.

CAPITULO 2
O que seria culto?

A palavra culto é defendida na constituição brasileira onde temos o direito ao culto


independente de suas crenças e raça mas, o que seria cultuar no meio evangélico? Porém, vamos
trazer os conceitos ,a partir de autores e definições etimológicos, para nortear e responder a
temática se há espaço de entretenimento no espaço de culto?

2.1 - Significado da palavra culto


Como substantivo masculino - Culto, é uma homenagem prestada ao que é considerado sagrado
ou divino; é a maneira através da qual uma divindade é adorada.
É a prática religiosa, com regras ou normas específicas e liturgia próprias na adoração a aquilo
que se considera divino.
Como adjetivo – Seria quem tem conhecimento e cultura; uma pessoa bem instruída.

2.2- O culto é para quem?

Sendo o culto uma homenagem, o foco da celebração na igreja, precisa ser unicamente o Senhor
Jesus Cristo. No Salmos 145, Davi, homenageia o Senhor pela sua bondade, grandeza e
providência.
“Exaltar-te-ei, ó Deus meu e Rei; bendirei o Teu nome para
todo o sempre. Grande é o Senhor e mui digno de ser
louvado; a sua grandeza é insondável”. (Salmos 145;1 e 3)
Mas, para que Deus seja verdadeiramente cultuado, é preciso existir amor. Em Êxodo
20:3, encontramos a listados os Dez Mandamentos, cujo o primeiro é: “Não terás outros deuses
diante de mim”. Nos versos 4, 5, 6 e 7, Deus vai continuar estipulando Sua Lei, e definindo a
liturgia de culto que Ele deseja.
V 4 e 5 – “Não fará para ti imagem de escultura. Não as adorarás, nem lhes darás culto.” diz
respeito à idolatria.
V 6 – e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus
mandamentos”. Deus poderia simplesmente exigir adoração, no entanto, Ele, é Deus de
relacionamento. Não nos deixa sozinhos.
V 7 – “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão.” Deus não tolera culto vazio, oco, sem
fundamento, falso.
O Senhor Jesus, quando perguntado sobre qual era o mais importante mandamento,
responde de pronto: “Ame o Senhor, seu Deus, com todo coração, com toda a alma e com toda a
mente”. (Mateus 22:36 e 37). Jesus não criou outro mandamento, apenas deu o entendimento
correto. Sem amor verdadeiro, não se consegue dar exclusividade a Deus.

2.3 - Quem precisa cultuar?

O salmista...
Nos convida:
“Vinde, cantemos ao Senhor com alegria, cantemos com
júbilo à Rocha da nossa salvação.” (Salmo 95:1)
Nos exorta:
“Porque Ele é o nosso Deus, e somos o povo que ele
pastoreia [...]. Se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o
coração.” (Salmo 95:7 e 8)
Nos motiva:
“Entrai pelas suas portas com ação de graças, e em seus
átrios, com louvor! Rendei-lhes graças e bendizei seu
Nome! Porque o Senhor é bom! Seu amor dura para
sempre, e sua fidelidade, de geração em geração”. (Salmo
100: 4 e 5)
Portanto, é o homem que tem necessidade de adorar/cultuar e se torna mais humano
quando reconhece a soberania do Senhor. Em seu livro, Adoração Bíblia, Dr. Russell Shedd,
logo no primeiro capítulo, faz uma série de perguntas que confronta se tão somente o fato de se
estar na igreja (culto), é atitude de adoração. Muitos podem pensar que ouvir o sermão do pastor
e cantar músicas ou hinos religiosos, é um ato de culto. No entanto, o que Deus está procurando é
adoradores verdadeiros.
“Jesus disse: Mas vem a hora e já chegou, em que os
verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em
verdade; porque são estes que o Pai procura para seus
adoradores” João 4:23

A questão é que o secularismo está presente dentro das igrejas e por consequência nos
rituais apresentado. Muitos argumentam que Deus vê o coração, com esse argumento, não se tem
a preocupação ao detalhe principal e que Deus está atento. Um coração puro, sincero, sem mágoa
ou ressentimento e contrito é o que Ele deseja ver. O coração do homem é enganoso, e muitas
vezes, pode acreditar estar agradando a Deus, mas, no fundo pode está sendo enganado pelo seu
próprio coração.
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e
desesperadamente corrupto: quem o conhecerá?” Jeremias
17:9

A Deus, não é possível enganar, ele conhece o coração, os pensamentos, e retribui


conforme a sinceridade de quem o adora.
“Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os
pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu
proceder, segundo o fruto das suas ações” Jeremias 17:10

Sendo assim, precisamos estar atentos, ao que está ocupando nossos pensamentos, se
nossa confiança está realmente no Senhor ou em nós mesmos.
“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de
mim um espírito inabalável” Salmos 51:10
Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no
teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus
caminhos, e ele endireitará as tuas veredas” Provérbios 3:5-6

Não podemos confundir expressões de adoração, com entretenimento. Pois, existe


diversos tipos de liturgias de culto: Carismáticos, pedagógicos, evangelísticos entre outros. No
entanto, o mais importante é se tudo está sendo direcionado para adoração ao nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo.

CAPITULO 3
CULTO E CULTURA: HÁ INFLUÊNCIA NA LITURGIA DO CULTO
CRISTÃO?
INFLUÊNCIAS E REPERCUSSÃO NA LITURGIA DO CULTO CRISTÃO
DEUS QUER SER CULTUADO PORQUE QUER RELACIONAMNETO
A palavra cultura é discutida entre estudiosos e, em relação a sua definição, neste estudo
seguimos o significado:

...A partir desta ampla definição de cultura que Nicola Abbagnano (2000) apresenta,

utilizando de filósofos como Francis Bacon (1561-1626), Immanuel Kant (1724-1804), Friedrich

Hegel (1770-1831), Oswald Spengler (1880-1936), e antropólogos como Bronislaw Malinowski

(1884-1942), compreende-se que cultura são conjuntos de modos

de vida criados, adquiridos e transmitidos de uma geração a

outra, com o intuito de conformar a natureza humana, porém,

consegue-se modificar esta mesma natureza pois ela não é


transmitida pelo sangue, afinal o ser humano não tem a

cultura na sua estrutura biológica.


Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado
em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se
levantar.
LEIA O CAPÍTULO COMPLETO: DEUTERONÔMIO 6

• Pensar em culto cristão é não dissociarmos os aspectos: espirituais, psíquico e

comportamental dos homens, não só no momento do culto, mas também


no seu dia a dia.

Sim. Havendo sabedoria e respeito, muitas coisas podem estar no culto. O culto não deve
ser muito diferente da vida. Se assim for, algo está errado
na vida ou no culto.
Autor pastor Erick

• Os padrões culturais são presentes por meio da música,


do comportamento, do pensamento, da linguagem, do
estilo de vida. É através da incorporação de elementos destes valores que a igreja
celebra seus ofícios casuais, e deve ser também por meio deles que o culto deve transmitir
vida e ensinamentos, assim como, atrair a comunidade para o seu seio.
• Lothar C. Hoch destaca que “foi graças à preservação dos seus mitos, ritos e festas que o
povo judeu conseguiu preservar a sua identidade e até mesmo a própria sobrevivência
como grupo étnico ao longo dos séculos de sua dispersão” (HOCH, 1998, p. 64).
Salmos 145:4-6
Nova Versão Internacional
4
Uma geração contará à outra
a grandiosidade dos teus feitos;
eles anunciarão os teus atos poderosos.
5
Proclamarão o glorioso esplendor
da tua majestade,
e meditarei nas maravilhas que fazes. [a]

6
Anunciarão o poder dos teus feitos temíveis,
e eu falarei das tuas grandes obras.

Sendo assim, vemos que aprendemos dentro de um contexto


onde ocorre inter-relações entre sujeitos. Desta forma ocorre a transmissão
de informações transmitidas ou por assimilação de comportamentos observáveis e a partir desta
troca que os indivíduos constroem sua identidade. E abaixo a sociedade é formada a partir desta
relação que o indivíduo avança nas relações de troca onde presenciamos no seu modo de viver e
de pensar.
Assim não podemos dissociar os aspectos: psíquicos, comportamentais e espirituais do

meio que vivem, do culto e do meio que estão inseridos pois entendemos que cada indivíduo

apresenta seu modo de: falar, comer, vesti, e etc porém a sociedade criou questões éticas e morais

para este ser viver em harmonia e respeitar suas crenças e valores.

E a partir destas definições não seriam hábitos e costumes

que definiriam um adorador, mas, ...é preciso entender que os

verdadeiros adoradores atraem Deus a sua adoração (At

16:23-26).
E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os
guardasse com segurança.
O qual, tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior, e lhes segurou os pés no
tronco.
E, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os
escutavam.
E de repente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e
logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos.

Então, os padrões culturais são presentes por meio da música, do comportamento, do


pensamento, da linguagem, do estilo de vida. É através da incorporação de elementos destes
valores que a igreja celebra seus ofícios casuais, e deve ser também por meio deles que o culto
deve transmitir vida e ensinamentos, assim como, atrair a comunidade para o seu seio.
E Segundo Lothar C. Hoch destaca que “foi graças à
preservação dos seus mitos, ritos e festas que o povo judeu
conseguiu preservar a sua identidade e até mesmo a própria
sobrevivência como grupo étnico ao longo dos séculos de sua
dispersão” (HOCH, 1998, p. 64).

CAPITULO 4
O QUE É ADORAÇÃO A DEUS?
... uma relação entre adorar e conhecer. Adoração não é só

devoção, reverência e música; é intimidade! O coração

precisa estar envolvido e, principalmente, comprometido

com a santidade – esse é o verdadeiro sacrifício de louvor.

... Mas Deus não está preocupado com a adoração que você

entrega e, sim, com você. Ele tem adoração contínua na sua

presença, o que Ele busca de verdade são os adoradores!

Sendo assim, Adoração é reverenciar a Deus e expressar a nossa gratidão, principalmente


pela morte do seu filho na cruz, pelos nossos pecados. E o sentido da adoração é representada por
várias palavras hebraicas e gregas no Antigo e Novo Testamento. Mas, de uma forma geral, o
conceito essencial de adoração na Bíblia expressa as ideias de “serviço” e “reverência.
“Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu vos mando”?Lucas 6:46NVI

Assim, quando aplicamos adoração a Deus devemos expressar: temor, reverência,


admiração, veneração e devoção. Pois, estamos diante do rei dos reis, do criador e nós somos
servos e que se encontram diante a grandeza e das maravilhas de Suas obras.
“ Porque Dele, e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; Glória, pois a Ele eternamente. Amém”.Romanos11:36
Mas, não podemos pensar somente em encher o templo oferecendo entretenimento, se
o maior objetivo é levar a igreja adorar a Deus e a pregação da palavra de
salvação. Entendo que existem momentos específicos para o usar o espaço da igreja para
eventos com esse perfil, mas não deve ser em culto de adoração e pregação. As pessoas
não devem ser atraídas com coisa seculares, mas levadas a estar na igreja buscando ao
Senhor.
“ Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo,
porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a
vontade do Senhor”. Efésio 5.15 - 17

Possamos refletir sobre o que estamos oferecendo a Deus através das nossas expressões de
adoração ao Senhor pois as cartas deixando claro em sua escritura que devemos “ retirai-vos,
separai-vos e purificai-vos”... e façamos que a pureza da pregação bíblica, satisfaça a
nossa alma e guardemos Hebreus 2.1 “ por esta razão, importa que nos apeguemos, com
mais firmeza, às verdades ouvidas, para que nelas jamais nos desviemos”.

CAPITULO 5
TERIA UMA ÚNICA FORMA DE ADORAR A DEUS?
“...veículo de adoração,

a sua forma é externa,

mas a atitude do coração

é interna,...”

Segundo o autor as linguagens artísticas fazem parte da essência do ser humano e vamos

abordar nos tópicos a seguir:

● A linguagem artística faz parte da essência do ser humano.


A arte faz parte da criação de Deus. Deus, o Criador, nos fez a sua imagem e semelhança.
Portanto, também somos seres criadores. Todos possuem algum nível de criatividade, pois ela é
intrínseca à nossa humanidade. A arte pode está ligada ao culto e tem que ter a função de
glorificar a Deus, edificar a igreja e evangelizar, para que assim, não se torne apenas um
entretenimento.
● Expressões de Culto.
Segundo Russell P. Shedd1 existem formas variadas de cultuar a Deus, entre elas, destaca-
se:
● Culto Carismático: Existe uma livre participação. Há manifestações emocionais,
sonoras e visíveis.
● Culto Didático: Centralidade na Palavra de Deus. Focalizando na pregação,
ensino, exortação.
● Culto Eucarístico: Valoriza o culto através da Ceia do Senhor. A Eucaristia
representa o centro da aproximação entre Deus e aquele que está cultuando.
● Culto Kerugmático (proclamação): Objetiva a evangelização dos não convertidos.
● Culto Kononiático: Concentra-se na comunhão uns com os outros.
● Culto Diakonal: Caridade, boas obras, atos de compaixão são vistos como
expressão de culto ao Senhor.

Segundo o autor,
“Todos estes modelos característicos de culto, formados por séculos de tradição,
ou então por modernas reações contra um formalismo herdado do passado ou
importado de terras alheias, têm um fator comum. Expressões de adoração como
as aqui mencionadas caracterizam as formas de cultuar, e não medem a realidade
ou grau de espiritualidade do adorador. Qualquer que seja a expressão do culto ou
rito como veículo de adoração, a sua forma é externa, mas a atitude do coração é
interna, muitas vezes oculta da própria percepção do adorador.”2

Podemos dizer que em cada uma dessas expressões de culto, há uma expressão de arte,
verbal ou não verbal, usada para comunicar o evangelho e louvar a Deus. A música, dança, teatro,
poesia e oratória são algumas formas de arte que podem exprimir culto a Deus.

● Liturgia de culto x expressões artísticas.


1 SHEDD, Russell P. Adoração Bíblica. Edição Vida Nova, 1991
2 Ibid, p 11
Biblicamente não há uma liturgia de culto específica. Em 1 Co 14, por exemplo, é
apresentado apenas uma organização de culto para os fiéis de Corinto enfatizando a importância
do uso dos dons espirituais para edificação da igreja. No versículo 26 ele diz: “Que fazer, pois,
irmãos? Quando vos congregais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem
língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.” Ou seja, se cada um trouxer para o culto
a habilidade especial que Deus deu e tudo for feito para edificação, será benéfico para a igreja.
Nesse texto, há referência a uma forma de arte, a música, contudo, não podemos afirmar
que a música não pode ser apresentada por uma dança, o mesmo sobre a doutrina ou revelação,
que poderia ser exposta a partir de um teatro. Afinal, não temos versículos dizendo se pode ou
não a dança ou teatro no culto, o que sabemos é que devemos fazer tudo para edificar os nossos
irmãos e que existem relatos na bíblia sobre dança (por exemplo, dança de Miriam e Davi) e
muitas formas de encenação (por exemplo At.21)

Além disso, baseado no entendimento de que o culto público tem o objetivo de cultuar a
Deus e também de evangelizar, essas artes, que por muitos é considerada entretenimento, pode
ser uma ferramenta para pregar para os não crentes. Em 1 Co 9:20-22
“Tornei-me judeu para os judeus, a fim de ganhar os judeus. Para os que estão
debaixo da lei, tornei-me como se estivesse sujeito à lei, ( embora eu mesmo não
esteja debaixo da lei ), a fim de ganhar os que estão debaixo da lei.
Para os que estão sem lei, tornei-me como sem lei ( embora não esteja livre da lei
de Deus, mas sim sob a lei de Cristo ), a fim de ganhar os que não têm a lei.
Para com os fracos tornei-me fraco, para ganhar os fracos. Tornei-me tudo para
com todos, para de alguma forma salvar alguns.”

Assim como Paulo, podemos usar as ferramentas necessárias para pregar o amor de Deus
e trazer para o culto algo memorável que vai ficar no coração do visitante. E toda forma de se
comunicar é válida para apresentar e marcar a Palavra de Deus na vida das pessoas.

● O que importa é a intenção do coração.


Segundo Russel,
“É o próprio Deus quem toma a iniciativa na busca de verdadeiros adoradores. Ele
deu Seu Filho para revelá-lO (Jo 1.18), para sacrificar-se em oferta expiatória,
assim rasgando o véu que separava o Lugar Santo do Santo dos Santos (Mt 27.51;
Mc 15.38 e Lc 23.45). Jesus deixou o caminho livre para os pecadores se
aproximarem do Pai santíssimo (Jo 14.6). Deus cumpriu a promessa proclamada
pelos profetas, de derramar Seu Espírito sobre Seus filhos (Ez 36.27). Somente por
meio do Espírito é possível oferecer culto verdadeiro a Deus (Jo 4.24; Fp 3.3).
Este fator central da adoração é invisível. A forma correta de adorar não garante
que estejamos adorando "pelo Espírito"”3
Isto é, nós nos aproximamos de Deus no Espírito. Nenhuma das expressões externas vão
demonstrar a intenção do coração. Até uma pregação pode se tornar um entretenimento se o foco
do coração não for glorificar a Deus. Assim, devemos nos atentar para o que diz Rm 12:1
entendendo que toda forma de expressão de adoração feita como um sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus é aceito como culto racional. E não nos esqueçamos que Deus aceita o louvor
verdadeiro que vem de dentro para fora (Fl 4:8 e Jo: 4 23-24).

CONCLUSÃO

"O temor do Senhor é o princípio da sabedoria" (Sl 111.10).

Não Podemos negar que a palavra Sabedoria e Santidade definiria o que há de

melhor no homem. E estariamos afirmando apenas que o poder emana de Deus que agracia o

homem. Entendemos assim, que a sabedoria vem do alto, isto é, na pessoa de Deus, sem mancha,

de forma pura, sem fingimento e com bons frutos… (Tg 3.17).

3 Ibidem, p 11.
Sendo assim, o que importa é a atitude do coração que é interna, se reflete ao

mais alto de Deus.”

Você também pode gostar