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Materiais Metálicos e Não Metálicos

Avançados
Aula 3 – Espumas Metálicas

Alexandra Alves
07/12/2022
Contacto
Alexandra Alves

alexandra@dem.uminho.pt

interno - 517250 secretaria 253 510 220

Departamento de Engenharia Mecânica


Lab. Superfícies Funcionais – C2.075

2 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Calendarização das aulas

Dia Docente
Aula 1
(09-11-2022) Alexandra Alves Compósitos de Matriz Metálica (CMM)
Aula 2
(16-11-2022) Alexandra Alves Compósitos de Matriz Metálica (CMM)

23-11-2022 Ana Maria Pinto/Alexandra Alves Apresentações Intercalares


Aula 3
(30-11-2022) Alexandra Alves Espumas Metálicas
Aula 3
(07-12-2022) Alexandra Alves Espumas Metálicas
Aula 4 FGM’s (Functionally Graded Materials)
(14-12-2022) Alexandra Alves
(09h00-11h00) (Ed.2 – 2.83)
Aula 5 Laboratório de Superfícies Funcionais
(14-12-2022) Alexandra Alves
(16h00-18h00) (Ed.3-1.32)

04-01-2023 Ana Maria Pinto/Alexandra Alves TESTE


11-01-2023 Ana Maria Pinto/Alexandra Alves Apresentações

3 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Aplicações de Micro-Nano compósitos
Aplicações na indústria automóvel

O que é que o mercado da indústria automóvel requer?

• Rigidez especícifa

• Resistência ao desgaste

• Elevada resistência à fadiga a


muito ciclos

• Redução de peso

W.H. Hunt, D.R. Herling, Adv. Mater. Process. (2004) 39–42.

6 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Aplicações na indústria automóvel
Nanotecnologia para aplicações em
automóveis

http://www.sardegnaricerche.it/documen
ti/13_116_20081106114138.pdf

7 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Aplicações na indústria da aviação
Requisitos de materiais para aeronaves de
transporte

https://www.aiaa.org/uploadedFiles/About-AIAA/Press_Room/Key_Speeches-Reports-and-Presentations/Charles_Harris_presentation_2011.pdf

8 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Aplicações na indústria da aviação

CMM em aeronaves

O CMM substituiu um
compósito de
carbono/epóxi que
apresentava
problemas com danos
por objetos estranhos
e a um custo menor.

http://www.mat.ethz.ch/news_events/archive/materialsday/matday01/pdf/BeffortMD.pdf

9 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Aplicações em caminhos de ferro

CMM em comboios de alta velocidade

http://www.mat.ethz.ch/news_events/archiv
e/materialsday/matday01/pdf/BeffortMD.pdf
Cayron, C., (2000). PhD Thesis, École
Polytechnique
Fédérale de Lausanne.

10 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Aplicações em material desportivo

CMM em artigos desportivos


CMM reforçados com partículas usados em espigões sapatilhas de
caminhadas

Track shoe with


CMM reforçados com partículas, especialmente com MMC spikes
compósitos com matriz de “metais leves” (Al ou Mg)
reforçados com partículas de Al2O3; SiC, BC ou TiC.
A fracção volúmica do reforço pode variar entre 5-30%.

N. Chawla and K. K. Chawla, Springer, New York, 2006.

11 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Aplicações Biomédicas

Aplicações Biomédicas de Nanotecnologias

Proteses e
Diagnóstico Nanodrogas
implantes
Os fulerenos e nanotubos
de carbono podem ser úteis Funcionalização por
como veículos de entrega nano-estruturas
de drogas porque seu
tamanho nanométrico
permite que se movam
facilmente dentro do corpo.

Fotografia do dispositivo de
diagnóstico composto por um
extrator, uma unidade de reação em
cadeia da polimerase (PCR) e um
chip biossensor de nanofio de silício I. Malsch, Industrial Physicist 8 (2002) 15-17.
http://www.nano.org.uk/news/1150/
para detecção de vírus da dengue. N.R. Rodrigues, Dissertação de Mestrado, Mestrado
em Micro/Nanotecnologias, UMinho, 2013.

12 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Materiais Avançados
• As novas vias de processamento e
fabricação de materiais levaram ao
controle da estrutura subatômica dos
materiais e à adaptação dos materiais
com a estrutura desejada e pré-
determinada.
• Ajustando a estrutura dos materiais
controlando seus arranjos atómicos
afecta todas as propriedades dos
materiais para atingir características de
alto desempenho.
• Controlando as características
morfológicas e microscópicas (forma e
tamanho) dos materiais leva a mudanças
significativas nas suas propriedades e
comportamentos.
Mechanical Alloying: Nanotechnology, Materials Science and Powder Metallurgy. Second Edition

14 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


História do desenvolvimento de espumas metálicas

➢ As espumas metálicas são materiais celulares que apresentam um volume


predominantemente ocupado por poros.
➢ Existem materiais celulares naturais.

Cortiça Pedra Pomes

Materiais
Celulares Naturais

Madeira Ossos

Borracha Natural

Rajak and Gupta, An Insight into Metal based Foams, Springer

15 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Alguns exemplos de materiais porosos naturais

Secção de corte de um osso poroso Morfologia porosa da pedra-pomes Secção de corte da morfologia porosa da
reticulado de uma baleia lava

Porous Materials, Processing and Applications, 1st Edition, Elsevier Vaso feito de lava

16 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Aplicações de Espumas Metálicas

L. Tan, M. Gong, F. Zheng, B. Zhang, K. Yang, Biomed. Mater. 4, 015016 (2009)


J.-H. Lee, H.-E. Kim, K.-H. Shin, Y.-H. Koh, Mater. Lett. 64, 2526 (2010)
S.P. Bruder, A.I. Caplan, Princ. Tissue Eng. 2, 683 (2000)

17 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Classificação das espumas metálicas
Método de processamento

J. Banhart, J. Mater. Sci. 52, 22 (2000)


J. Banhart, Prog. Mater. Sci. 46, 559 (2001)
S. Kim, C. Lee, Proc. Mater. Sci. 4, 305 (2014)

18 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Classificação das espumas metálicas
Método de processamento

Goyal and Pandey, Materials Today: Proceedings 46 (2021) 8196–8203

19 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Metal Gas Injection

• Os gases (Ar, N, He) são injectados sob


pressão no metal fundido.
• Criação de bolhas dentro do metal (as
bolhas são esferas ocas de gás rodeado
pelo metal líquido).
• As bolhas tentam deslocar-se para a
superfície do metal líquido.
• Para se conseguir manter as bolhas
dentro metal líquido é necessário
Vantagens:
aumentar a viscosidade.
✓ Custo reduzido
• Aumento da viscosidade obtém-se pela
✓ Baixa densidade
adição de partículas com maior
✓ Porosidade entre 50-90%
densidade do que o metal líquido (SiC,
Al2O3, MgO, 5-20 µm, 10-20%).
• Os impulsores ou agitadores rotativos
Goyal and Pandey, Materials Today: Proceedings 46 (2021) 8196–8203 são utilizados para criar uma mistura
Banhart, Progress in Materials Science 46 (2001) 559–632
homogénea.
20 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas
Foaming melt with blowing agent

✓ Com um ajuste cuidadoso dos


parâmetros do processo obtém-
se espumas bastante
homogéneas
✓ Tamanho de poros desde 0,5 até
5 mm dependendo do tamanho
• Agentes expansor: TiH2 e Ca das partículas do agente
• Ca fundido é adicionado ao metal fundido e espumante
misturado ✓ Processo mais caro
• O agente espumante decompõem-se sob o ✓ Porosidade desenvolvida neste
efeito do calor e liberta gases que vão processo é melhor do que pelo
impulsionar o processo de formação da processo Metal Gas Injection
espuma (poros)

Goyal and Pandey, Materials Today: Proceedings 46 (2021) 8196–8203


Banhart, Progress in Materials Science 46 (2001) 559–632

21 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Foaming melt with blowing agent

Estrutura porosa de Al formada pela adoção de TiH2 (80x80


mm2) (source Southeast University Nanjiing, China

Banhart, Progress in Materials Science 46 (2001) 559–632

22 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Metalurgia dos Pós
Atomização Prensagem
Redução Prensagem Isostática
Deposição Electrolítica Rolamento
Fragmentação Extrusão Atmosfera
Síntese Mecânica Moldação por Injecção Vácuo
(Mechanical Alloying)

Prensagem a Sinterização
Frio
Operações
Pós
Mistura Secundárias e
Metálicos
Acabamento
Prensagem a
Quente Cunhagem
Aditivos Forjamento
Lubrificantes Maquinagem
Tratamentos Térmicos
Prensagem Isostática Impregnação
Infiltração
Platinagem

http://www3.nd.edu/~manufact/MET%20Powerpoint_files/Ch17.ppt

23 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Atomização

http://www3.nd.edu/~manufact/MET%20Powerpoint_files/Ch17.ppt

24 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Fragmentação Mecânica

Roll crushing Ball mill Hammer milling

http://www3.nd.edu/~manufact/MET%20Powerpoint_files/Ch17.ppt

25 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Formas das Partículas de Pós Metálicos

http://www3.nd.edu/~manufact/MET%20Powerpoint_files/Ch17.ppt

26 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Mistura das Partículas

Groover MP. Fundamentals of Modern


Manufacturing. John Wiley & Sons, Inc.; 2007.
German RM. Sintering Theory and Practice.
New York: Wiley; 1996.

27 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Mistura das Partículas

http://www3.nd.edu/~manufact/MET%20Powerpoint_files/Ch17.ppt
Groover MP. Fundamentals of Modern Manufacturing. John Wiley & Sons, Inc.; 2007.

28 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Ligantes
O ligante é um agente temporário para
conformar os pós na forma desejada e “segurar”
as partículas nessa forma antes da etapa de
sinterização.

Um bom ligante:
» Deve possuir uma viscosidade inerente à temperatura de
conformação,
» Deve ser suficientemente “forte” e rígido após a conformação,
» Deve molhar e aderir ao pó,
» Deve ser quimicamente passivo e não corrosivo,
» Deve ser estável durante a mistura e conformação,
» Não deve deixar resíduos durante a sua remoção,
» Deve ter uma temperatura de decomposição acima da
temperatura da mistura e abaixo da temperatura de
sinterização.
Angelo PC, Subramanian R. Powder Metallurgy:
Science, Technology and Applications. PHI
Learning Pvt. Ltd; 2008.

29 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Lubrificantes

Alguns lubrificantes
para M/P
Parafina
Estearato de Zinco
Estearato de Magnésio
Lubrificantes Stearic acid
Grafite
Nitrato de Boro
etc
Directamente Misturado
aplicado nas com os pós
paredes do
Angelo PC, Subramanian R. Powder Metallurgy:
molde Science, Technology and Applications. PHI
Learning Pvt. Ltd; 2008.

30 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Metalurgia dos Pós
Atomização Prensagem
Redução Prensagem Isostática
Deposição Electrolítica Rolamento
Fragmentação Extrusão Atmosfera
Síntese Mecânica Moldação por Injecção Vácuo
(Mechanical Alloying)

Prensagem a Sinterização
Frio
Operações
Pós
Mistura Secundárias e
Metálicos
Acabamento
Prensagem a
Quente Cunhagem
Aditivos Forjamento
Lubrificantes Maquinagem
Tratamentos Térmicos
Prensagem Isostática Impregnação
Infiltração
Platinagem

http://www3.nd.edu/~manufact/MET%20Powerpoint_files/Ch17.ppt

31 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Prensagem a frio

S. Kalpakjian and S. Schmid, Manufacturing


Engineering & Technology, Prentice Hall, 2001.

32 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Distribuição de tensões na prensagem a frio

B.J. Brisco, S.L. Rough, Colloids


Surfaces A Physicochem. Eng. Asp.
137 (1998) 103–116.
Distribuição de densidade em pós de alumina prensados a frio

33 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Prensagem isostática a frio (CIP)

Pressões mais elevadas são aplicadas nos


pós metálicos num recipiente fechado
com a forma desejada para a palicação.

ASM Handbook Vol. 7, 7ASM International, Materials Park, OH, USA (1998).c

34 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Etapas da Metalurgia dos Pós
Atomização Prensagem
Redução Prensagem Isostática
Deposição Electrolítica Rolamento
Fragmentação Extrusão Atmosfera
Síntese Mecânica Moldação por Injecção Vácuo
(Mechanical Alloying)

Prensagem a Sinterização
Frio
Operações
Pós
Mistura Secundárias e
Metálicos
Acabamento
Prensagem a
Quente Cunhagem
Aditivos Forjamento
Lubrificantes Maquinagem
Tratamentos Térmicos
Prensagem Isostática Impregnação
Infiltração
Platinagem

http://www3.nd.edu/~manufact/MET%20Powerpoint_files/Ch17.ppt

35 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Sinterização

“Sinterização é um tratamento
térmico para ligar as partículas
numa estrutura coerente,
predominantemente sólida,
através de eventos transporte de
massa que ocorrem à escala
atómica. A ligação leva a melhor
resistência e a um sistema de
baixa energia.

German RM. Sintering Theory and Practice.


New York: Wiley; 1996.

36 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Sinterização

Imagem de SEM de ligações de


sinterização formadas entre
partículas esféricas originalmente
num ponto de contacto.
German RM. Sintering Theory and Practice.
New York: Wiley; 1996.

37 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Etapas na sinterização

Etapa Processo Perda da área Densificação


superficial
Mínima a menos
Formação de que haja
Adesão Nenhuma
contactos compactação a
altas temperaturas
Crescimento de Significante, até
Inicial Baixa no início
pescoço 50% de perda
Formação de poros Perto da perda total
Intermédia (redondos) e da porosidade Significante
alongamento aberta
Fecho de poros, Relativamente
Final −
densificação final mínima ou baixa

German RM. Sintering Theory and Practice.


New York: Wiley; 1996.

38 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Etapa final de sinterização

Ti denso Ti-30 vol.% Ti-50 vol.%


porosidade porosidade

A. C. Alves et al., J Porous Mater (2016) 23:1261–1268.

39 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Etapa final de sinterização

F. Toptan et al., Unpublished work.

40 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Temperatura de sinterização
Sistema com componente único
Geralmente ~ 2/3 to 4/5 do ponto absoluto de fusão ou
solidus
Temperatura de
Sinterização Sistema com múltiplos componentes
Geralmente perto do ponto de fusão do constituinte com a
temperatura de fusada mais baixa

ASM Handbook Vol. 7,


7ASM International,
Materials Park, OH, USA
(1998).

41 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Atmosfera de sinterização
• A atmosfera de sinterização
influência a ligação e densificação.
A atmosfera é um factor chave para
assegurar as propriedades finais.

• A atmosfera pode ser uma


variedade de gases (ar, gás inerte,
hidrogénio, azoto, etc ..) ou vácuo.
German RM. Sintering Theory and Practice.
New York: Wiley; 1996.

42 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


HP e HIP
• Sinterização com pressão aplicada é uma técnica que combina a
temperatura com a pressão para acelerar a o processo de
densificação e para garantir a eliminação de poros residuais.

Hot Pressing (HP) Hot Isostatic Pressing (HIP)


German RM. Sintering Theory and Practice. New York: Wiley; 1996.
S. Kalpakjian and S. Schmid, Manufacturing Engineering & Technology, Prentice Hall, 2001.

43 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Caracterização e optmização da sinterização
German RM. Sintering Theory and Practice. New York: Wiley; 1996.

Parâmetros Técnicas
Densidade e porosidade » Dimensões e peso, Método de » Microscopia quantitativa
Archimedes » Helium pycnometry
» X-ray, gamma ray, neutron » Ultrasonic attenuation
absorption
Tamanho de poros » Microscopia quantitativa » Porosimetria de Mercúrio
» Bubble point » Small angle neutron scattering
Tamanho de grão e » Microscopia quantitativa
pescoço
Retracção ou dilatação » Dimensões lineares » Dilatometria
Área superficial » Adsorpção gasosa » Permeabilidade gasosa
» Porosimetria de Mercúrio
Resposta térmica, eléctrica » Análise térmica diferencial (DTA) » Análise termogravimétrica(TG)
e magnética » Conductividade » Permeabilidade magnética
Resposta mecânica » Tensão de ruptura » Módulo de elasticidade
» Tensão de cedência » Resonant frequency or sonic velocity
» Dureza » Fracture toughness, impact energy
Reacções e » XRD » Microprobe or electron microscopy
homogeneização » DTA » Positron annihilation
» TG » Mass spectroscopy

44 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Densidade
• Densidade[massa por unidade de volume] é a propriedade mais utilizada em
sinterização.
• Quando se divide a densidade media pela densidade teórica esta relação
evidência os eventos fundamentais que ocorrem durante a sinterização.

» O volume é » Densidade por


calculado pelas imersão;
dimensões → normalmente usa-se
determinação o princípio de
directa Archimedes

German RM. Sintering Theory and Practice. New York: Wiley; 1996.

45 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Porosidade
» Poros são uma parte inerente da sinterização.
» Os poros estão presentes no compacto de pós
como vazios entre partículas.
» Durante a sinterização os poros podem-se
formar a partir:
- distribuição de fases desigual, » Comparando a » Para formas mais complexas
- eventos de difusão desequilibrados,
densidade medida ou estruturas não homogéneas,
- reacções com a atmosfera,
- etc. com a densidade a porosidade geralmente é
teórica. medida com auxilio de técnicas
P/M Ti de microscopia juntamente
com técnicas de análise de
Pores imagem.
» A técnica de porosimetria de
mercúrio pode ser usada para
peças que tenham porosidade
aberta.

German RM. Sintering Theory and Practice. New York: Wiley; 1996.
M. Ferreira, Unpublished work.

46 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Porosidade: Técnicas de análise de imagem

Microscopia Óptica &


Análise de Imagem

F. Toptan et al, unpublished work.

47 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Microstructura
• Estrutura dos poros
• Forma de grão
• Tamanho de grão
• Orientação de grão
• Quantidade relativa Microscópio Electrónico de
de cada um das Microscópio Óptico Varrimento (MEV)
fases
• Ligações ou
contactos entre
fases.

German RM. Sintering Theory and


Practice. New York: Wiley; 1996.

HP − CoCrMo-Al2O3 P/M − Al-B4C


Z. Doni et al, unpublished work. T. Hacioglu et al, unpublished work.

48 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Microstructura

T/M − Al-B4C
T. Hacioglu et al, unpublished work.

Field Emission Gun Scanning


Electron Microscope (FEG-SEM)
HP − CoCrMo-HAP
(For high resolution images) Z. Doni et al, unpublished work.

49 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Caracterização de fases
Energy Dispersive X-ray
Spectroscopy (EDS)

X-ray maps

Line-scan
Dot-scan F. Toptan, PhD Thesis, 2011.

50 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Caracterização de fases

X-ray Diffractometer
(XRD)

51 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Retracção e dilatação
Retracção: Diminui em dimensões lineares

Dilatação: Aumenta em dimensões lineares

» Em alguns sistemas reactivos, um dos constituintes pode fundir ou


reagir gerando um aumento da porosidade durante o aquecimento.
» Quando um gás é aprisionado em poros fechados, um aumento da
pressão interna de gases leva a um aumento da porosidade

Mudanças
dimensionais são
normalmente
Em alguns casos, a mudança em anisotrópicas!
dimensão pode ser superior a 30%!

Para componentes de elevada


precisão, as dimensões devem ser
sobre- ou subdimensionadas para se
German RM. Sintering Theory and Practice. New York: Wiley; 1996.
obter as dimensões específicas.
52 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas
Taxa de retracção

Temperatura
mais activa de
sinterização

Resultados de dilatometria para


uma taxa de aquecimento
constante de ula liga de tungsténio
(93W-5Ni-2Fe)
German RM. Sintering Theory and Practice. New York: Wiley; 1996.

53 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Resposta térmica
Análise Térmica Diferencial (Differential thermal analysis
(DTA)) permite medir a diferença de temperatura entre
duas amostras: alguma alteração devido ou a reacções
exotérmicas ou endotérmicas podem ser detectadas pelo
aquecimento rápido ou lento das amostras. Reacções

Fundir

German RM. Sintering Theory and Practice.


New York: Wiley; 1996.

54 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


DTA/TG termogravimetria

Picos exotérmicos→ Reacções

J. Silva, Processamento de
compósitos híbridos Ti-TiB2-
TiN in-situ através da técnica
de Hot-Pressing, Projeto
individual, MIEMAT, UM,
DTA/TG analysis of HP-Ti-TiB-TN in situ composite 2013.

55 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Resposta Mecânica
» Poros podem reduzir a área em
secção efectiva e alterar as
propriedades mecânicas
negativamente.

Strength vs sintered fractional


density for Cu compacts
SEM images of the fracture surface
German RM. Sintering Theory and Practice. New York: Wiley; 1996. of sintered Cu powders

56 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Solidificação Rápida em
Técnicas de Manufactura de Adição
✓ Prototipagem rápida (PR) e manufactura rápida (MR) referem-se à construção
automática de partes tridimensionais usando a tecnologia de manufactura de
adição;
✓ O objevtivo dos processos de PR e MR é fabricar partes tridimensionais,
totalmente funcionais directamente de materiais diferentes (ex: metais,
polímeros ou cerâmicos) sem o uso de processos adicionais antes e após as
operações de prototipagem rápida;
Durante o processo de manufactura
de adição, as partes são feitas pela
adição de material por camadas em
que cada camada é uma fina secção
da parte definida a partir de dados
originais de CAD.

Attar E., Universitat Erlangen-Nurnberg, 2011.

57 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Manufatura aditiva já é uma realidade em muitas
indústrias

58 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Potencial impacto económico estimado de diferentes
aplicações de tecnologias inovadoras até 2025

59 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Estimativa do mercado de manufatura aditiva até
2035

60 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Tecnologias de Manufactura de Adição
A norma ASTM F2792-129 (standard terminology for additive manufacturing
technologies), diz que o processo aditivo com pós é um processo de produção
que utiliza uma fonte de energia térmica para ligar pós em região previamente
selecionadas.

Tecnologia de
Manufactura de Adição

Processos de não-fusão Processos de fusão

Métodos de manufactura com base num


feixe e camadas de pós, que envolve
Attar E., Universitat Erlangen-Nurnberg, 2011. conformação e consolidação do material

61 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Processos aditivos com pós metálicos
Manufactura de Adição

Fusão de camada de pó Deposição directa de energia (Direct


(Powder Bed Fusion – PBF) Energy Deposition –DED)

• SLM• A grande diferença entre PBF e DED, é que a DED usa


umaMelting
Selective Laser fonte de distribuição directa• do metal numa região
LENS
• EBM de fusão. Laser Engineered Net Shapping
Electron• Beam
PBFMelting • DMD
permite a produção de componentes de elevada
• DMLS precisão, limitada apenas à área Direct Metal Deposition
de trabalho.
Direct Metal
• DED Laserpossuem
Sintering área de trabalho• DM
maiores e taxas de
• SLS deposição mais elevadas, contudo Direct Manufacturing
componentes
Selective Laser Sintering
complexos e precisos são limitados.

62 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Manufactura Aditiva
Cada tecnologia possui suas próprias vantagens e desvantagens, cabendo a uma
avaliação prévia determinar qual será a mais eficiente para o produto . Alguns
pontos a se considerar:
• (i)Tempo - O tempo prototipagem rápida é relativo, pois seu tempo é superior a
outras técnicas convencionais de fabricação de protótipos, mas em tempo real
a velocidade de produção é geralmente muito lenta. Dependendo do nível de
precisão requerido e do tamanho do objeto, o processo pode levar de poucas
horas a dias.
• (ii) Volume - Atualmente, a maioria dos equipamentos não pode fabricar peças
com volume superior a 500 mm³.
• (iii) Acabamento - Muitas vezes a superfície da peça gerada necessita de um
acabamento secundário para atingir a qualidade final desejada.
• (iv) Material - A variedade de materiais disponíveis para a Prototipagem Rápida
com adição de materiais é ainda muito limitado.

63 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Materiais utilizados

64 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Materiais & Aplicações

65 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Selective Laser Melting (SLM)
✓ SLM é uma das técnicas mais
populares das técnicas de
manufactura de adição, a qual já é
utilizada para várias aplicações;
✓ SLM é uma técnica de
processamento rápida e efectiva,
facilmente aplicada a estruturas
complexas, originando
propriedades equivalentes, ou
melhores, quando comparadas às
técnicas de processamento
convencionais.
Dai et al., Corros Sci 2016;102:484–9. Zhang et al., Adv Eng Mater 2015;18:463–75.
Wang et al., PLoS One 2016;11:1–19. Hao et al., Rare Met 2016;35:661–71.
Abdeen et al., Rapid Prototyp J 2016;22:322–9. Vrancken et al., J Alloys Compd 2012;541:177–85.

66 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Selective Laser Melting (SLM)

https://www.youtube.com/watch?v=IAIKK3QjZuQ

67 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Selective Laser Melting (SLM)
SLM tem como base a fusão selectiva das camadas sequenciais dos pós formando
poços líquidos locais quando interagem com o feixe de laser e subsequentemente
dá-se uma solidificação rápida.

Thijs et al., Acta Mater 2010;58:3303–12.


Attar E., Universitat Erlangen-Nurnberg, 2011.

68 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


SLM – Variáveis do processo
• Laser
• Tipo
• Potência
• Diâmetro do feixe do laser
• Varrimento
• Velocidade
• Padrão
• Distância entre varrimentos
• Pós
• Forma
• Tamanho
• Distribuição
• Morfologia
• Densidade
• Espessura da camada
• Temperatura
• Cama de pós
• Alimentador de pós N.T. Aboulkhair et al. Additive Manufacturing 1-4 (2014) 77-86
• Distribuição
69 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas
Selective Laser Melting (SLM)
✓ Fusão rápida e localizada e também um arrefecimento
rápido leva a um gradiente térmico durante o
processamento dando origem à formação de fases de
não-equilíbrio;
✓ Consequentemente, materiais produzidos por SLM
tipicamente apresentam estruturas muito finas de não-
equilíbrio;
✓ Ti6Al4V por SLM apresenta uma estrutura acicular
martensítica (α’). Mas é possível transformar a fase
martensítica meta-estável numa numa matriz bifásica
α+β através de um tratamento térmico.
Zhang et al., Adv Eng Mater 2015;18:463–75. Vrancken et al., J Alloys Compd 2012;541:177–85.
Thijs et al., Acta Mater 2010;58:3303–12. Damborenea et al., Appl Surf Sci 2017;393:340–7.
Facchini et al., Rapid Prototyp J 2010;16:450–9.

70 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


SLM – Vantagens e desvantagens
• Vantagens: • Desvantagens:
• Elevada precisão dimensional • O preço do equipamento e dos
• Capacidade de elevado detalhe e materiais
paredes muito finas • As superfícies são geralmente mais
• Mudança no design mas a rugosas do que superfícies
modificação é fácil maquinadas
• Flexibilidade na selecção dos • Alguns materiais são frágeis
materiais • Retracção e empeno dos
• Fabricação de componentes componentes devido à distorção
complexos térmica
• Não há necessidade da criação de • Durante a solidificação, pós
uma estrutura para o suporte dos adicionais podem ser endurecidos
componentes na linha da fronteira
• Os componentes não necessitam
de nenhum tratamento posterior

71 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Selective Laser Melting (SLM)

72 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Processos de MA para várias
estruturas porosas

Int J Adv Manuf Technol (2019) 105:193–215

73 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


MA para várias estruturas porosas

Int J Adv Manuf Technol (2019) 105:193–215

74 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Aplicações das Espumas Metálicas

75 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Espumas Metálicas – Nível de Porosidade

76 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Razões para o uso de espumas metálicas na
industria automóvel

77 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Espumas Metálicas Comerciais – Propriedades Mecânicas

Guner A., Arıkan M.M., Mehmet N., Metals 5 (2015) 1553–1565

78 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Possíveis Aplicações para Espumas Metálicas

Li A-B, Xu H-Y, Geng L, Li B-L, Tan Z-B, Ren W (2012) Preparation and characterization of SiCp/2024Al composite foams by powder metallurgy

79 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Propriedades Funcionais
Existe uma vasta gama de propriedades funcionais das espumas metálicas
originadas de seu carácter celular. Este tipo de estrutura implica um aumento da
área de superficial e número de células. Muitas vezes, a combinação de
propriedades funcionais, como acústica, térmica, eléctrica ou resistência
química, com propriedades mecânicas, como resistência ou rigidez, permite
novas aplicações interessantes

Esponja Metálica de NiCrAl

García-Moreno, Materials 9 (2016) 85

80 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Espumas Metálicas - Aplicações
A base deslizante é composta por 11 peças
soldadas AFS (Aluminum Foam
Sandwiches), e a construção é 28% mais
leve que a peça fundida com a mesma
rigidez, mas melhorando o amortecimento
de vibrações

Figura b mostra um feixe de uma máquina


têxtil preenchida com espuma Alporas
produzida pela Au Metallgießerei em
Sprockhövel, Alemanha. Esta parte tem
1.590 mmx280 mm x160 mm e fornece
uma redução de 60% na amplitude na
frequência de ressonância. A produção é
de aproximadamente 1000 peças por ano
Fresadora de alta velocidade de Niles-Simmons (Chemnitz,
Alemanha) em cooperação com o Fraunhofer-Institut für
Werkzeugmaschinen und Umformtechnik (IWU, Chemnitz,
Alemanha)
81 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas
Espumas Metálicas - Aplicações

82 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


83 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas
Dúvidas?
Development of Ti foams for
biomedical applications

A.C.Alves et al, Journal of Porous Materials 23 (2016) 1261-1268.


A.C. Alves et al., J Biomed Mater Res Part B 2018:00B:000–000.
A.C. Alves et al., Surface & Coatings Technology 386 (2020) 125487
Melhorar a osseointegração:
Porosidade
• Superfícies porosas:
• Diminuição do modulo efectivo do implante
• Aumento da ligação interfacial entre as
células vivas e o implante

A recosntrução de The
microCT mostra a
osseointegração num
excerto de Ti ( 4 mm de
diâmtro, 50% porosidade)
num femur de Coelho
após 6 semans.
Excerto de espuma de Ti F.A. España et al., Materials
Science and Engineering C 30
(2010) 50–57.
E. Baril et al., J Mater Sci: Mater Med 22 (2011) 1321–1332.

87 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Caracterização dos pós

D50 - 25m

88 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Caracterização dos pós

89 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Caracterização dos pós

Dilatometry DTA/TG
0,25

0,20 1100ºC
Shrinkage (%.min )
-1

0,15

0,10

0,05

0,00

0 400 800 1200 1600

Temperature (ºC)

90 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Processamento

Carbamide (Urea)
Sintering cycle

Different size of pores I. Mutlu, PhD Thesis, IU FBE, 2011.

91 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Highly porous Ti

Highly porous Ti

Processing

Bio-functionalization
Ti Ti22 by MAO Ti37

Corrosion Tribocorrosion Biological


Studies

0.4 ± 0.1 22 ± 2 37 ± 2
92 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas
Processing
Processing by P/M Space holder removal
Ti (grade 2)
4h @ 450ºC
Ar
D50 25 m

4h
160 rpm
Sintering
Ball mill
Urea (<500 m) 350 MPa 4h @ 1100ºC
30% and 50% vol. 2 min <10−5 mbar
PVA (0.4% vol)

Bio-functionalization by MAO
Treatment Time: 1 min

Electrolyte: 0.35 M CA + 0.02 M β-GP

Voltage: 300 V

93 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Initial surfaces
Ti Ti22 Ti37

Highly porous Ti
Ti-AT Ti22-AT Ti37-AT
Ti+AT Ti Processing
Ti22+AT Ti37+AT
Ti

O Bio-functionalization Ti
O
Ti Ca Ti by MAOCa
O
Ti Ca
P P
Ti Ti P
Ti Ca Ti Ca Ti Ti
Ca
0 2 4 6
0 2 4 6 0 2 4 6

KeV Corrosion Tribocorrosion


KeV
Biological KeV

Ca/P: 3,40 ± 0,17 Ca/P: 3,39 ± 0,22 Studies Ca/P: 3,25 ± 0,15

94 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Bio-functionalized Surfaces
Anodic layer cross-section

Ti-AT Ti22-AT Ti37-AT

95 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Metallic exposed area

Highly porous Ti

Processing

Bio-functionalization
by MAO

Corrosion Tribocorrosion Biological


Studies

Geometric area 0,38 cm2 Real metallic area: Ti22 – 1,18 cm2
Ti37 – 14,80 cm2

96 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Potentiodynamic Polarization

1,00
Ti
0,75 Ti22 Current densities (A cm−2) at 0,4 VSCE
Ti37
0,50 Ti-AT • Ti − 3,24  0,95
Ti22-AT 0,4 V
• Ti22 − 13,33  3,62
E (V vs. SCE)

SCE

0,25 Ti37-AT
• Ti37 − 26,50  5,05
0,00
• Ti-AT − 0,08  0,04
-0,25
• Ti22-AT − 5,89  1,72
-0,50 • Ti37-AT − 17,97  1,90

-0,75
-10
-10 -9
-9 -8
-8 -7
-7 -6
-6 -5
-5 -4
-4 -3
-3
10 10 10 10 10 10 10 10
-2
i (A cm )

97 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


EIS
Qox Qbf
(x10−5 S sncm−2) (x10−5 S sncm−2)
Ti 4,25 ± 1,84 -
7,03 ± 3,69
6 6
10 -90Ti22 10 - -90
experimental data experimental data
fitted data -80Ti37 4,21 ± 0,97 fitted data - -80
10
5 Ti-AT 10
5 - 1,26 ± 0,09
-70 -70
Ti22-AT - 2,06 ± 0,38
-60 -60

Phase Angle (º)

Phase Angle (º)


4 Ti37-AT 4 - 0,52 ± 0,06
10 10
-50 -50
|Z|( cm )

|Z|( cm )
Ti37-AT
2

2
Ti37 -40 Ti22-AT -40
3 3
10 10
-30 -30
Ti22 -20 -20
2 2
10 10
Ti
-10 -10
Ti-AT
Ti-AT
Ti-AT
1 0 1 0
10 10
-2 -1 0 1 2 3 4 5 -2 -1 0 1 2 3 4 5
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
Frequency (Hz) Frequency (Hz)

98 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Tribocorrosion
Ti Ti-AT
0,2
⎯⎯⎯⎯ Sliding ⎯⎯⎯⎯→
Highly porous Ti
0,0 Ti
Ti
Ti22
Processing Ti22
Ti37
Ti37
Ti-AT
-0,2
E (V vs SCE)

Ti22-AT
Bio-functionalization
Ti37-AT
by MAO
-0,4
Ti22 Ti22-AT Ti37 Ti37-AT
Corrosion Tribocorrosion Biological
-0,6 Studies

-0,8
0 600 1200 1800 2400 3000 3600

Time (s)

99 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Biological Response - Fibroblasts NIH/3T3
72h 72h

66
8,0x10

Ti-AT
Highly
Ti22 porous Ti
Ti
Ti Ti37

Ti-AT Ti22-AT Ti37-AT


66
6,0x10
Processing

• Bio-functionalization
of cells

Bio-functionalization

Ti22-AT
by MAO
NumberTi22

• Did not affect the


% Dead Cells < 5%
cells viability.
66
4,0x10

• Increased
Corrosion
the cells proliferation
Tribocorrosion Biological
.
66
2,0x10 Studies

Ti37-AT
Ti37

0,0
24h 48h 72h

Culture time (h)

100 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Biological Response - Osteoblast MC3T3-E1

Ti-AT
Ti22-AT
Ti37-AT

101 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


A systematic review on Ti-based
highly porous structures for
biomedical applications
(2007-July 2018)
A.C. Alves et al. Unpublished work
Critérios de Inclusão e Exclusão
Identification

Records identified through database Inclusion:


1. Search was restricted to highly
searching (key words and specific
porous/scaffolds of Ti or Ti alloys for
period) 2007 – July 2018 biomedical applications
2. Corrosion / wear / tribocorrosion studies
performed only in physiological solutions
Records after duplicates removed
(n = 1012)
Records excluded based on title and
Screening

abstract
(n = 684)
Records after data screening
(n = 328)
Eligibility

Full-text articles assessed for


eligibility
(n = 328)

Review articles were excluded


(n = 46)
Included

Studies included in analysis


(n = 282)

103 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Artigos publicados por ano

104 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Métodos de Processamento de espumas à
base de Ti

Gel Casting
2%

Additive Manufacturing
40%
Space Holder
41%

Spark Plasma Sintering Metal Injection Molding


Slurry Foaming Freeze Casting 4%
4%
3% 6%

105 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Métodos por Manufactura Aditiva

DMLS SLS
5% 4%
3DP Powder bed fusion (PBF)
10%
Selective laser melting (SLM)
Electron beam melting (EBM)
Direct metal laser sintering (DMLS)
EBM SLM Selective laser sintering (SLS)
20% 56% Direct energy deposition (DED)
Laser engineered net shaping (LENS)
LENS
Direct metal deposition (DMD)
5% Direct manufacturing (DM)

PBF ≠ DED
DED uses direct metal poder delivery into melting region

106 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Técnica de Space-holder

107 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas


Blending and mixing
• Aglomerações
• Distribuição homogénea das partículas do space-holder na
mistura leva a uma distribuição homogénea dos poros.

• Ligantes
• Polyvinyl-alcohol (PVA)
• Polyethylene-glycol (PEG)
• Polymethyl metacrylate (PMMA)
• Ethanol
• Wax

108 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas 108


Consolidation – Pressing and Sintering
• Cold compaction

109 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas 109


Space holders

Food-grade particles are


been used in order to
avoid contamination:
• Tapioca
• Saccharose
• Rice

The removal temperature of space holder is usually higher than the


decomposition temperature.
Thermal analysis is used to determine at which temperature the space holder
material is eliminated completely.

110 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas 110


Space holder - Removal
• Leaching in liquid
Contamination of the space holder material is rarely reported for this removal
technique.

111 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas 111


Pressureless sintering
Different stages involved during sintering:
Adhesion stage – formation of contact points between metallic particles;
Initial stage – mass diffusion and neck growth at inter-particle contact points;
Intermediate stage – densification process;
Final stage – pore closure and final densification (slow rate).

112 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas 112


Pressure-assisted sintering

There are very limited studies in the literature


using pressure-assisted technique.

Permanent rather than temporary space holder


Space holder MUST be chemically inert during densification

113 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas 113


Properties of Ti-based highly porous biomaterials

114 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas 114


Mechanical properties
Mechanical strength and Young’s modulus of porous structures may be adjusted
to the properties of native bone, by controlling the porosity and pore size
distribution.

How to evaluate the mechanical properties?


✓ Compression tests
✓ Tensile tests
✓ Three-point bending
✓ Ultrasound technique
Long-term application – fatigue tests

115 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas 115


Mechanical properties

86% of the studies used compression tests to determine


the Young’s modulus of Ti-based highly porous structures.

Uniaxial compression tests the measured


Young’s modulus is significantly lower than the
one measured by ultrasound technique.

116 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas 116


Mechanical properties
A drawback found in the literature regarding the
assessment of mechanical properties is related with the
comparison of Young’s modulus of dense and porous
materials processed by the same technique.

• Why?
Processing technique has an influence not only on microstructure
and the porosity, but also on the oxygen content that can influence
significantly the mechanical properties.

The incorporation of interstitial oxygen may increase strength but


ductility is decreased.

117 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas 117


Mechanical properties
Compressive curves for porous materials:
• Elastic region
• Plateau region – collapse of the cell walls under deformation
• Densification region

Young’s modulus, compressive strength, and yield strength


decrease with increased porosity.

Pore size:
• Does not affect significantly the Young’s modulus
• Compressive strength is slightly higher Ti-based foams with
small pores
118 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas 118
Mechanical properties

Same level of porosity ≠ Young’s modulus


• Size distribution of Ti particles
• Size and morphology of pores
• AM technique – non-equilibrium phases and residual
stresses – post-heat treatment

119 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas 119


Mechanical properties
Balance between high fatigue strength and low Young’s
modulus is crucial for biomedical applications.

Fatigue tests – very time consuming and costly

Fatigue curves
• Stage I – linear regime due to the early crack formation
and the strain is accumulated
• Stage II – long plateau and crack growth
• Stage III – crack coalescence and failure of the samples

120 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas 120


Corrosion behaviour
Physiological fluids are extremely complex environments which
contains several corrosive ions such as chlorides or fluorides.
The most used environment in in vitro corrosion studies is 0.9 %wt.
NaCl at 37 °C.
The main difficulty on evaluating the corrosion behaviour of Ti-
based highly porous biomaterials is related with the difference
between the geometric and the real area exposed to electrolyte.
Pore morphology is another crucial factor influencing the
corrosion behaviour of Ti-based highly porous structures.

121 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas 121


Corrosion behaviour

Damborenea et al. stated that after normalizing the


current density by the real area, the same passivation
current density was obtained for dense Ti6Al4V and its
scaffolds.

Damborenea et al. Materials and Design 83 (2015) 6-13

122 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas 122


Dry sliding behaviour

The very limited number of studies performed on the dry


sliding wear behaviour of Ti-based highly porous
structures showed that porosity affects negatively the
wear behaviour.

Watanabe et al. J. Mat. Proc. Tech. 211 (2011) 1919– 1926, Choi et al. J. Mech. Beh. Biomed. Mat. 72 (2017) 66–73
Liu et al. Metals 7 (2017) 1-20

123 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas 123


Further studies are needed in order to have a better
understanding the degradation mechanisms of Ti-based
highly porous structures.

124 Materiais Metálicos e Não Metálicos Avançados – Espumas Metálicas 124


Dúvidas?

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