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ESCOAMENTO SUPERFICIAL EM DIFERENTES TIPOS E USOS DO SOLO:


REVISÃO SISTEMÁTICA ENTRE 2000 E 2020

Chapter · October 2021


DOI: 10.47402/ed.ep.c202182228486

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5 authors, including:

Thaís Cristina de Aguiar Aline Gonçalves Spletozer


Universidade Federal de Viçosa (UFV) Universidade Federal de Viçosa (UFV)
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Lucas Jesus da Silveira Rodolfo Alves Barbosa


Universidade Federal de Viçosa (UFV) Universidade Federal de Viçosa (UFV)
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CAPÍTULO 29
DOI: 10.47402/ed.ep.c202182228486
ESCOAMENTO SUPERFICIAL EM DIFERENTES TIPOS E USOS DO SOLO:
REVISÃO SISTEMÁTICA ENTRE 2000 E 2020

Thaís Cristina de Aguiar, graduanda em Engenharia Florestal, Universidade Federal de


Viçosa
Aline Gonçalves Spletozer, doutoranda em Ciência Florestal, Universidade Federal de
Viçosa
Lucas Jesus da Silveira, doutorando em Ciência Florestal, Universidade Federal de
Viçosa
Rodolfo Alves Barbosa, doutor em Ciência Florestal, UFV. Pesquisador em Ciências
Agrárias no Instituto Guaicuy
Herly Carlos Teixeira Dias, em Hidrologia Florestal, Professor de Hidrologia Florestal,
Universidade Federal de Viçosa

RESUMO
Estudar os assuntos relacionados ao escoamento superficial é de fundamental importância para
a conservação de solo e água, levando em consideração o seu potencial de causar erosão, perdas
de nutrientes e água. As revisões de literatura surgem como uma fonte de conhecimento através
do levantamento de trabalhos já publicados sobre esse tema. Uma revisão sistemática da
bibliografia publicada sobre escoamento superficial entre os anos de 2000 e 2020 foi realizada,
com o objetivo de mostrar as principais metodologias utilizadas em seu monitoramento, quais
os principais fatores que o influenciam e quais os principais valores encontrados em diferentes
tipos e usos do solo. Na biblioteca científica SciELO, buscando separadamente as palavras-
chaves: “Escoamento superficial” e “Runoff”, foram encontrados 848 artigos dos quais 22
foram utilizados para a revisão dos resultados obtidos de escoamento superficial sob eventos
de chuva natural. Com base nos resultados encontrados o escoamento superficial foi monitorado
sob eventos de chuva natural utilizando principalmente as parcelas coletoras de escoamento em
formato retangular. A precipitação, cobertura vegetal, relevo e os atributos do solo são os
principais fatores que influenciam nos resultados de escoamento superficial encontrados. Os
valores de escoamento superficial em eventos de chuva natural variaram de 0,06% a 84% em
relação ao total precipitado, para diferentes usos do solo.
PALAVRAS-CHAVE: Cobertura vegetal, escoamento superficial, mineração, reabilitação.

INTRODUÇÃO

As revisões da literatura são caracterizadas pela análise e síntese da informação


disponibilizada por todos os estudos relevantes publicados sobre um determinado tema
(MANCINI; SAMPAIO, 2006). Ela permite identificar os trabalhos já realizados, auxiliar na

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Volume 3.
atual e futuras linhas de pesquisas (BRIZOLA; FANTIN, 2016), além de ser uma fonte
diversificada de conhecimentos.

Estudar o escoamento superficial é de fundamental importância, devido ao seu potencial


de causar além da erosão (PINESE JÚNIOR; CRUZ; RODRIGUES, 2008), perda de nutrientes
(SILVA et al., 2005) e água (MENDES, 2006). Conhecer as informações prontamente
disponíveis sobre essas perdas pode auxiliar no planejamento das técnicas de conservação de
solo e água nos diversos tipos e usos do solo.

Com isso buscamos realizar uma revisão sistemática da bibliografia publicada sobre o
escoamento superficial entre os anos de 2000 e 2020 para diferentes tipos e usos do solo a fim
de levantar as principais metodologias utilizadas no monitoramento de escoamento superficial,
analisar os principais fatores que influenciam no escoamento, analisar os valores de escoamento
superficial encontrados em eventos de chuva natural e entender melhor o processo com base
nas informações obtidas.

MATERIAL E MÉTODOS

LEVANTAMENTO DOS ARTIGOS CIENTÍFICOS

A busca dos artigos foi realizada entre 11 e 15 de janeiro de 2021, na biblioteca


eletrônica científica SciELO (Figura 1). Todos os trabalhos relacionados ao escoamento
superficial foram levantados, buscando separadamente as palavras-chaves “Escoamento
superficial” e “Runoff”. A busca por artigos incluiu um filtro limitando ao Brasil e publicados
no período de 2000 a 2020.

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Volume 3.
Figura 1: Fluxograma das etapas no levantamento dos artigos científicos.

Fonte: Os autores.
Foram encontrados 848 artigos no total, os quais foram adicionados à plataforma de
citação e referências Mendeley© para auxiliar no gerenciamento dos trabalhos (ELSEVIER,
2020). Uma filtragem de título e resumo dos trabalhos foi realizada e 61 artigos se adequaram
ao estudo, dos quais após a leitura foram utilizados 22 para a revisão dos resultados. Os demais
artigos foram descartados, pois não quantificaram a perda de água por escoamento superficial,
mas somente a perda de solo a ele associado em eventos de chuva natural.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

ESCOAMENTO SUPERFICIAL

O ciclo da água contém vários processos, dentre eles o escoamento superficial (Figura
2). Esse processo compreende as águas que se deslocam livremente na superfície. Anterior ao
escoamento superficial, parte da água das chuvas é interceptada pela vegetação e outros
obstáculos, a qual é evaporada (PINTO et al., 1976), da água que atinge o solo, parte é retida
em depressões do terreno ou infiltrada (CARVALHO; SILVA, 2006). Após o solo alcançar sua
capacidade de absorver a água, ou seja, quando os espaços nas superfícies retentoras tiverem
sido preenchidos, ocorre o escoamento superficial da água excedente (MARTINS et al., 1976).

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Volume 3.
Figura 2: Ciclo da água – Escoamento superficial

Fonte: Os autores.
As águas superficiais se dividem em dois grupos: Águas livres e águas sujeitas. De
acordo com Pinto et al. (1976) as águas livres não possuem caminho preferencial, e são
formadas na fase inicial da precipitação. Já as águas sujeitas formam a micro-rede de drenagem,
posteriormente caminhos preferenciais, que darão origem juntamente com as águas
subterrâneas aos cursos d’água.

PRINCIPAIS METODOLOGIAS UTILIZADAS NO MONITORAMENTO DO


ESCOAMENTO SUPERFICIAL

Existem diferentes métodos de medir o escoamento superficial de água livre, a


determinação direta (processo volumétrico), consiste na medição do volume de água acumulado
por um determinado tempo, em um reservatório, desde que seja possível manter nula a descarga
de saída do mesmo (GARCEZ; ALVAREZ, 1988).

No processo volumétrico, o método mais utilizado é o das parcelas-padrão (PARCHEN,


2007), em que parcelas de área conhecida são instaladas no local de experimentação e toda água
escoada na parcela é direcionada para um recipiente, onde o volume é medido (DIAS, 2019).
Essas parcelas variaram de 0,26 m² (TARGA; POHL; ALMEIDA, 2019) a 468 m² (ALMEIDA
et al., 2017) para eventos de chuva natural.

De acordo com Mendes (2006), existe uma variedade de tipos e formas de parcelas que
podem ser encontradas na literatura. O tamanho das parcelas pode ser definido pelo tipo de

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Volume 3.
cobertura vegetal, regime pluviométrico e quais os processos que deseja avaliar. As parcelas
geralmente são retangulares, por serem de construção mais simples do que outros formatos,
além de maior precisão em relação a área. As medições são feitas em recipientes de
armazenamento para posterior processamento dos dados.

FATORES QUE INFLUENCIAM NO ESCOAMENTO SUPERFICIAL

O escoamento superficial depende de vários fatores, como a declividade do terreno, tipo


de cobertura do solo, capacidade de infiltração de água no solo e da intensidade da chuva
(SOUZA et al., 2015).

Conhecer essas variáveis permite adequar as práticas de manejo do solo a cada tipo e
uso do solo. Buscando reduzir a velocidade do escoamento superficial e aumento da capacidade
de infiltração de água no solo, essas práticas devem proporcionar a máxima retenção da água
das chuvas, como construção de terraços e boa cobertura vegetal (CARVALHO et al., 2012).

CARACTERÍSTICAS DA PRECIPITAÇÃO

Precipitação é toda a água proveniente do meio atmosférico que atinge a superfície


terrestre (TUCCI, 2001). Pode ser caracterizada de acordo com a sua duração ou intensidade
(volume por unidade de tempo). De acordo com Tucci (2001), a chuva é o tipo de precipitação
mais importante, por sua capacidade de produzir escoamento.

Durante uma precipitação de intensidade menor do que a capacidade de infiltração do


solo, toda a água vai infiltrar (PAZ, 2004). A intensidade da precipitação é uma variável
importante para desenvolver o escoamento superficial (PEREIRA et al., 2006). De acordo com
sua intensidade, as chuvas são classificadas em padrões: avançado, intermediário e atrasado,
quando a localização dos picos de maior intensidade está no início, meio ou fim do período de
duração das chuvas, respectivamente (HORNER; JENS, 1942).

As maiores perdas de solo e água ocorrem nos padrões intermediário e atrasado, devido
à maior umidade da camada superficial do solo quando ocorre o pico de maior intensidade. Em
solos mais úmidos a capacidade de infiltração tende a ser menor e a desagregação do solo pelo
impacto das gotas da chuva também é favorecida, causando o selamento e o escoamento
superficial (OLIVEIRA et al., 2010).

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Volume 3.
COBERTURA VEGETAL

A cobertura do solo é um fator diretamente relacionado aos processos de escoamento


superficial e infiltração de água (CORRÊA et al., 2018). Parte da água proveniente da
precipitação pode ser interceptada pela cobertura vegetal (PEREIRA, 2012), que também
oferece barreiras físicas à passagem da água. Segundo Paz (2004), a maior parte da
interceptação ocorre no início da precipitação e vai diminuindo ao longo do tempo.

De acordo com Panachuki et al. (2011) após a eliminação da cobertura vegetal, tanto o
impacto das gotas de chuva quanto a ação cisalhante da enxurrada modificam as condições
físicas da superfície do solo, como a rugosidade e a porosidade, e, consequentemente, a taxa de
infiltração de água. A remoção da vegetação pode reduzir significativamente as taxas de
infiltração de água e aumentar o escoamento superficial e a erosão (SANTOS et al., 2011).

A permanência dos resíduos vegetais na superfície do solo, favorece a interceptação das


gotas de chuva que irá dissipar sua energia e evitar a desagregar as partículas e pode ainda
formar o selamento superficial (MARTINS FILHO et al., 2009), além de propiciar maiores
índices de infiltração de água no solo (SILVA et al., 2011).

RELEVO

Em geral, a inclinação do terreno influencia na intensidade do processo erosivo, pois


quanto maior a inclinação da vertente, maior será a energia cinética da água que escoa
superficialmente, assim como menor será a infiltração de água no solo, o que aumenta o
escoamento superficial (PINESE JÚNIOR; CRUZ; RODRIGUES, 2008).

Paz (2004) ressaltou que as características do relevo da bacia têm influência direta sobre
o escoamento superficial, principalmente na velocidade do escoamento e na maior ou menor
tendência ao armazenamento da água na superfície ou depressões do solo. O autor também
destacou que o relevo influencia a evaporação, a precipitação e a temperatura, por serem função
da altitude, dentre outras.

Corrêa et al. (2018), em um estudo que avaliou diferentes formas de manejo de


macaúba, destacou que a proteção do solo, por meio da adoção de diferentes técnicas de manejo,
visa, principalmente, favorecer a infiltração da água da chuva no solo e abastecer o lençol
freático. Os autores ressaltaram que essas técnicas minimizam a erosão e evitam o escoamento

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Volume 3.
superficial, objetivo comprovado com menores valores de escoamento em parcelas que
continham o terraço estreito.

A construção de terraços visa combater a erosão através da construção de uma estrutura


transversal ao sentido de maior declive presente no relevo, a fim de favorecer a retenção e
infiltração de água no solo, além da diminuição da velocidade de escoamento (MACHADO;
WADT, 2016).

ATRIBUTOS DO SOLO

Algumas características do solo influenciam de maneira mais significativa no


escoamento superficial, sendo as principais: densidade, porosidade e capacidade de infiltração.

A densidade do solo, relação entre a sua massa total e volume, é inversamente


proporcional à porosidade e permeabilidade. Por efeito de compactação do solo, pode ocorrer
um aumento da densidade, como resultado da diminuição dos macroporos (AHMED, 2009). O
aumento da densidade do solo acarreta a redução da macroporosidade, reduzindo a infiltração
da água no perfil de solo (MENDES, 2006).

A porosidade é a fração volumétrica do solo ocupada com ar e, ou, água, sendo, portanto,
o espaço em que ocorrem os processos dinâmicos do ar e solução do solo (NÓBREGA et al.,
2015). A porosidade do solo interfere na aeração, condução e retenção de água, resistência à
penetração e à ramificação de raízes no solo e, consequentemente, no aproveitamento de água
e nutrientes disponíveis (TOGNON, 1991).

A infiltração pode ser definida como o fenômeno pelo qual a água passa da superfície
para o interior do solo (ABID, 1978). Os fatores que influenciam a infiltração de água no solo
interferem, também, no escoamento superficial. Sob uma intensidade constante de chuva, a
infiltração e o escoamento superficial são processos antagônicos: à medida que um diminui
(infiltração) o outro aumenta (escoamento) (SPOHR et al., 2009).

A capacidade de infiltração pode ser entendida como a quantidade máxima que um solo
pode absorver de água (PAZ, 2004). Em contrapartida, a taxa de infiltração refere-se à
quantidade de água que atravessa a unidade de área da superfície do solo por unidade de tempo
(LIBARDI, 2005).

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Volume 3.
RESULTADOS DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL EM DIFERENTES PRÁTICAS
DE USO DO SOLO (2000-2020)

Vinte tipos diferentes de uso do solo (Tabela 1) foram encontrados, sendo plantio de
milho (BRITO et al., 2008; CARVALHO et al., 2009; PINESE JÚNIOR; CRUZ;
RODRIGUES, 2008; RIEGER et al., 2016), algodão (LEITE et al., 2018), mucuna
(CARVALHO et al., 2009), crotalária (CARVALHO et al., 2009), feijão (CARVALHO et al.,
2012), sorgo (PINESE JÚNIOR; CRUZ; RODRIGUES, 2008), soja (PINESE JÚNIOR;
CRUZ; RODRIGUES, 2008; RIEGER et al., 2016), cana-de-açúcar (FERNANDES et al.,
2013), mandioca (COSTA et al., 2013), eucalipto (PADILHA et al., 2018; RIEGER et al.,
2016; SILVA et al., 2011), banana (MENDES; MAHLER; ANDRADE, 2011), olerícolas
(MENDES; MAHLER; ANDRADE, 2011), macaúba (CORRÊA et al., 2018) e pastagem
(ALMEIDA et al., 2017; CARVALHO et al., 2012; COSTA et al., 2013; PINESE JÚNIOR;
CRUZ; RODRIGUES, 2008; RIEGER et al., 2016; SALEMI et al., 2012; SANTOS et al.,
2011, 2017; SILVA et al., 2011; SOUZA et al., 2015), além de usos como estradas florestais
(MACHADO et al., 2003; OLIVEIRA et al., 2015), solo exposto (CARVALHO et al., 2009;
CARVALHO et al., 2012; PINESE JÚNIOR; CRUZ; RODRIGUES, 2008; RIEGER et al.,
2016; SILVA et al., 2005; SILVA et al., 2011), mata nativa (FERNANDES et al., 2013;
RIEGER et al., 2016; SANTOS et al., 2017; SILVA et al., 2011), sistemas agroflorestais
(COSTA et al., 2013), arborização urbana (ALVES; FORMIGA, 2019) e vegetação espontânea
(ALMEIDA et al., 2017; CORRÊA et al., 2018; MENDES; MAHLER; ANDRADE, 2011;
PINESE JÚNIOR; CRUZ; RODRIGUES, 2008; TARGA; POHL; ALMEIDA, 2019).

Os valores de escoamento superficial nos 22 trabalhos para diferentes usos do solo,


variaram de 0,06% (COSTA et al., 2013) a 84% (ALVES; FORMIGA, 2019) em relação ao
volume da precipitação. Alguns desses trabalhos compararam diferentes técnicas de
conservação do solo como com terraço de base estreita e sem terraço (CORRÊA et al., 2018),
com uma diferença de 0,11% entre os tratamentos. Contrastando plantios de feijão e milho com
o solo exposto, as técnicas apresentaram os seguintes resultados: Terraço 16,97%, 18,04% e
33,29%, sulco 23,40%, 25,87% e 36,09% e rampa 30,57%, 30,57% e 45,64% (CARVALHO et
al., 2012), indicando a eficiência do terraço na diminuição do escoamento superficial.

Dez tipos de preparo do solo foram encontrados: Guimarães Duque (BRITO et al.,
2008), aração profunda (BRITO et al., 2008), aração parcial (BRITO et al., 2008), sulcos
barrados (BRITO et al., 2008), convencional (BRITO et al., 2008; LEITE et al., 2018; SILVA
et al., 2005), queima e trituração dos restos culturais (COSTA et al., 2013; SANTOS et al.,

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Volume 3.
2017; SILVA et al., 2011), orifícios manuais (PADILHA et al., 2018), subsolagem em sentido
descendente (PADILHA et al., 2018) e subsolagem em contorno (PADILHA et al., 2018).

Dentre os trabalhos que testaram o preparo em nível, aqueles com plantio de eucalipto
registraram escoamento superficial entre 0,8 e 2,6% (SILVA et al., 2011). Em contrapartida,
plantios de milho registraram 28,50% de escoamento, um valor expressivamente menor do que
os 38,57% obtido na condição de solo exposto (CARVALHO et al., 2009), evidenciando a
contribuição do tipo de preparo na redução do escoamento.

Dois tipos diferentes de práticas culturais de limpeza foram registradas: queima ou


trituração dos restos culturais. Na queima, ficou evidente que além dos prejuízos ao clima e ao
ambiente, também favorece o escoamento superficial, com valores de 20,40 e 44,50% em
comparação a vegetação nativa, que apresentou 15,20% de escoamento (SANTOS et al., 2017).

Os valores de escoamento superficial de mata nativa servem de referência e geralmente


são confrontados aos demais usos do solo. Essa comparação é devido a mata nativa ser um
ecossistema em equilíbrio e por oferecer condições mais adequadas a infiltração e percolação
da água no solo.

Nos ambientes de floresta nativa foram encontrados os seguintes valores de escoamento


superficial: 15,20% para uma floresta tropical seca nativa-caatinga (SANTOS et al., 2017);
5,07% em floresta ripária (FERNANDES et al., 2013); 4% e 0,10% em uma floresta nativa de
referência nas cidades de Belo Oriente – MG e Guanhães - MG (SILVA et al., 2011) e 0,50%
para uma área de floresta amazônica em Sinop – MT (RIEGER et al., 2016). As diferenças
podem estar relacionadas a porcentagem de cobertura pelas copas, ao tipo de solo da região, a
quantidade de serapilheira presente no local, a intensidade das chuvas, dentre outras variáveis.

Em pastagem, os valores de escoamento variaram entre 0,50% (SILVA et al., 2011) e


44,50% (SANTOS et al., 2017), sendo que o maior valor desse último pode estar relacionado
com o tipo de preparo do solo realizado (queima dos restos culturais).

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Volume 3.
Tabela 1: Trabalhos levantados na biblioteca eletrônica Scielo entre 2000 e 2020 com os seus respectivos
resultados de escoamento superficial sob chuva natural

Período de Área das Tipo de


Referência Local Uso do solo ES
monitoramento parcelas tratamento
1% de declividade 23,09%
80 m²
Machado et Agudos - Estradas 7% de declividade 26,13%
Jul/00 - Mar/01
al. (2003) SP florestais 1% de declividade 17,85%
160 m²
7% de declividade 19,31%
Cambissolo
Solo exposto 28,67%
Silva et al. Lavras - Háplico
Jan/98 - Dez/02 27 m² após arar e
(2005) MG Latossolo
gradear 8,78%
Vermelho
Guimarães duque 37,73%
Aração profunda 18,44%
Brito et al. Petrolina - Fev - Mai de
50 m² Milho Aração parcial 20,36%
(2008) PE 2006
Sulcos barrados 6,60%
Sist. Tradicional 29,81%
Solo
14,36%
exposto
Milho 4,26%
Pinese Sorgo 4,46%
Júnior, Cruz e Uberlândia Jan - Ago de
10 m² Soja 3,17%
Rodrigues - MG 2006
(2008) Revegetação
6,10%
natural
Brachiaria 1,73%
Mata 0,11%
Mucuna 29,73%
Crotalária 12,63%
Milho em
Carvalho et Seropédica 28,50%
Dez/04 - Mai/05 77 m² nível
al. (2009) - RJ
Milho
39,75%
morro abaixo
Solo exposto 38,57%
Banana 1,25%
Mendes,
Bom Olerícolas 2,50%
Mahler e Jan/02 - Jul/04 88 m²
jardim - RJ Pousio
Andrade (2011) 1,00%
florestal

(Continuação)
Período de Área das Tipo de
Referência Local Uso do solo ES
monitoramento parcelas tratamento
Santos et al. Iguatu - Gramíneas e
Jan - Mai de 2009 20 m² 31,28%
(2011) CE arbustos
Floresta
96 m² 4%
nativa
Silva et al. Belo 96 m² Pastagem 2,70%
Out/02 - Dez/08
(2011) Oriente - MG 288 m² Eucalipto Em nível 2,60%
Sentido do
288 m² Eucalipto 2,60%
declive

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Volume 3.
Em declive
com queima
288 m² Eucalipto 3,80%
dos restos
culturais
288 m² Solo nu 16,30%
Floresta
96 m² 0,10%
nativa
96 m² Pastagem 0,50%
288 m² Eucalipto Em nível 0,80%
Guanhães - Sentido do
288 m² Eucalipto 1,20%
MG declive
Em declive
com queima
288 m² Eucalipto 0,50%
dos restos
culturais
288 m² Solo nu 1%
Terraço 16,97%
Feijão Sulco 23,40%
Rampa 30,57%
Terraço 18,04%
Carvalho et Piracicaba
Dez/07 - Abr/08 18 m² Capim Sulco 25,87%
al. (2012) - SP
Rampa 30,57%
Terraço 33,29
Solo exposto Sulco 36,09%
Rampa 45,64%

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Volume 3.
(Continuação)
Área
Período de Tipo de
Referência Local das Uso do solo ES
monitoramento tratamento
parcelas
Salemi et al. Natividade da Nov/07 -
2,25 m² Pastagem 2%
(2012) Serra - SP Out/08
Capoeira 20
0,46%
anos
Preparo por
SAF derruba e 0,06%
queima
Preparo por
SAF corte e 1,19%
Marapanim trituração
Costa et Jan - Jun
e Igarapé-Açu 1 m² Preparo por
al. (2013) de 2010
PA Mandioca corte e 0,34%
trituração
Preparo por
Mandioca derruba e 0,22%
queima
Preparo por
Pastagem derruba e 2,72%
queima
Floresta
5,07%
ripária
Fernandes Jun - Dez
São Paulo 1,7 m² Intermediária 6,89%
et al. (2013) de 2011
Cana-de-
8,18%
açúcar
Campo
Oliveira et Set/09 - Estradas
Belo do Sul - 76 m² 37%
al. (2015) Jan/11 florestais
SC
Souza et Serra
2013 1,08 m² Pastagem 23,79%
al. (2015) talhada - PE
Pastagem 2,40%
Lavoura -
1,70%
Floresta
Rieger et Sinop - Nov/12 - Eucalipto 2,90%
132 m²
al. (2016) MT Set/13 Sucessão
2,40%
soja e milho
Solo nu 33,80%
Floresta 0,50%
Encosta
468 m² Pastagem 22,60%
Almeida Irauçuba- 2010 - degradada
et al. (2017) CE 2011 Encosta em
370 m² Pousio 14,10%
recuperação
Vegetação
2009 15,20%
nativa
Santos et Queima
Ceará 2010 20 m² Capim 20,40%
al. (2017) antes do plantio
Queima
2011 Capim 44,50%
antes do plantio

Editora e-Publicar – Meio ambiente: Gestão, preservação e desenvolvimento sustentável, 446


Volume 3.
(Continuação)
Área
Período de Tipo de
Referência Local das Uso do solo ES
monitoramento tratamento
parcelas
Vegetação
0,07%
espontânea
Corrêa et Araponga Set/12 - 63 Macaúba 0,21%
al. (2018) - MG Ago/13 m² Com terraço
Macaúba 0,10%
estreito
Macaúba Com feijão 0,26%
Leite et al. Campo Dez/05 - Preparo
38,5 m² Algodão 2,13%
(2018) Verde - MT Jun/06 convencional
Subsolagem
em sentido 3,30%
descendente
Padilha et Santa Mar/11 - Subsolagem
288 m² Eucalipto
al. (2018) Catarina Fev/12 em contorno na 2,30%
encosta
Orifícios
2,04%
manuais
Solo
84%
impermeável
Solo
1,80%
semipermeável
Ipê solo
49,90%
impermeável
Alves e Ipê permeável 1,80%
Uruaçu - Nov/13 - Arborização
Formiga 1 m²
GO Mar/14 urbana Mangueira
(2019) 59,00%
impermeável
Mangueira
1,10%
permeável
Oiti
62,20%
impermeável
Oiti permeável 1,60%
Targa,
Pohl e Taubaté - Abr/16 - Revegetação
0,26 m² 3%
Almeida SP Mar/17 natural
(2019)
Fonte: O autor.

Editora e-Publicar – Meio ambiente: Gestão, preservação e desenvolvimento sustentável, 447


Volume 3.
Em solo exposto, após arar e gradear, foi registrado 8,78% de escoamento para um
Latossolo Vermelho e 28,67% em um Cambissolo Háplico (SILVA et al., 2005). O
Cambissolo, um solo incipiente e com presença de rochas em seu perfil, possui uma menor
capacidade de armazenar água, demonstrando a influência do tipo de solo no escoamento.

No estudo de Almeida et al. (2017), uma encosta com pastagem degradada foi
comparada com outra em recuperação, obtendo 22,60% e 14,10% de escoamento para os dois
tratamentos, respectivamente, destacando a influência negativa que uma pastagem degradada
tem sobre a geração de escoamento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O escoamento superficial sob eventos de chuva natural foi monitorado principalmente


usando parcelas coletoras em formato retangular com áreas variando de 0,26 m² a 468 m².

A precipitação, cobertura vegetal, relevo e os atributos do solo são os principais fatores


que influenciaram nos resultados de escoamento superficial encontrados.

Os valores de escoamento superficial em eventos de chuva natural variaram de 0,06% a


84% em relação ao total precipitado, para diferentes tipos e usos do solo.

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